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A AVENTURA DO ANTIBIÓTICO

Após a análise do filme, foi possível observar o quanto os microrganismos


estão presentes a nossa volta e como foram importantes na formação da
camada de ozônio do planeta, tornando possível a nossa sobrevivência na
Terra.

Os antibióticos são sem dúvida a maior descoberta de todos os tempos no


campo da saúde.
Com a descoberta dos antibióticos o homem conseguiu neutralizar os
micróbios pela primeira vez na história. Esta surpreendente vitória conduziu a
sociedade a uma importante revolução tanto social como cultural. Graças a
esta descoberta, a esperança de vida nas sociedades ocidentais aumentou
muito. A mortalidade infantil desapareceu virtualmente assim como doenças
como a peste e a tuberculose.
Os antibióticos representam mais do que um progresso científico: eles são uma
revolução cujas consequências afetam a vida das pessoas e das sociedades.
Contudo a descoberta dos antibióticos deu à humanidade a ilusão de que se
pode controlar a doença e dominar a natureza.

Os nossos corpos estão repletos de bactérias. O micróbio divide-se de 20 em


20 minutos, formando enormes exércitos, colônias persistentes de clones que
se reproduzem infinitamente. Acima de tudo, as bactérias adoram as nossas
membranas unidas e os nossos corpos a 37° C. De fato, os nossos corpos
contêm 10 vezes mais micróbios do que células.
Das numerosas espécies de bactérias, são poucas as perigosas para o corpo
humano. Produzem toxinas e multiplicam-se, provocando infecções que
ameaçam a saúde. Os estafilococos, os pneumococos e os estreptococos
provocam septicemia, pneumonia e tuberculose.
É difícil imaginar como era a vida antes de surgirem os antibióticos. Nos
séculos XVII, XVIII e XIX, a esperança de uma vida era de 30 a 40 anos.
Geralmente, as pessoas morriam devido a infecções, tuberculose ou
pneumonia, e a todo o tipo de doenças que se curam facilmente, agora. Um
exemplo perfeito é a sífilis.
O tratamento para essa doença costumava ser sais de mercúrio, que eram
extremamente tóxicos. Depois disso, experimentaram arsênicos e sais de
metais pesados. Muitos não sabem que, até 1945, os médicos até usavam um
parasita responsável pela malária, chamado Plasmódio.
O processo de descoberta dos antibióticos sofreu uma reviravolta quando os
cientistas perceberam como as bactérias e os vírus influenciam a propagação
de doenças infecciosas. Pasteur e Robert Koch, em particular, descobriram os
agentes infecciosos responsáveis pela tuberculose e pela cólera. Mas
precisava saber como diminuir a sua proliferação.
Um dos alunos de Koch, chamado Paul Elrich, observou secções de tecidos ao
microscópio de doentes que tinhas morrido de infecção. Descobriu que
continham bactérias. Ele coloriu-os com tintas derivadas de um produto
químico do carvão, chamado anilina, e reparou que, às vezes, os tecidos não
eram afetados, mas que as bactérias mudavam sempre de cor. Concluiu que
era possível matar bactérias de uma forma seletiva, recorrendo a corantes.
Os antibióticos não nasceram antes das bactérias como alguns creem, na
verdade foram as bactérias que inventaram os antibióticos. Durante 99% da
sua história o nosso planeta foi habitado exclusivamente por bactérias. Nesse
mundo primitivo, em que cada micróbio defendia ciosamente o seu território e
alimento dos rivais, as bactérias inventaram o antibiótico. Um antibiótico é uma
enzima produzida por organismos unicelulares para destruir os adversários.
Foi só na década de 20 que Sir Alexandre Fleming descobriu o primeiro
tratamento. O antibiótico é a primeira cura capaz de atacar o micróbio, o único
tratamento verdadeiramente mágico na história da humanidade, em apenas
alguns anos os antibióticos se tornaram os pilares da vida moderna. As suas
enzimas são capazes de feitos até aqui inalcançáveis: penetrar a parede do
micróbio e matar as bactérias a partir do interior.
Em 1920, um humilde bacteriologista chamado Alexander Fleming fez uma
descoberta muito estranha no seu laboratório, no Hospital de Saint Mary, em
Londres. Depois de aplicar o seu próprio fluído lacrimal a uma cultura de
germes, reparou que surgiram grandes entalhes na colônia de bactérias,
chamou esse fenômeno de lise e passou a desenvolver lisozimas a partir de
lágrimas e muco nasal. Mas este primeiro antibiótico natural feito pelo homem
era ineficaz em bactérias realmente patogênicas, pelo que o processo foi
abandonado. Contudo, oito anos depois, em Julho de 1928, Fleming ao
regressar a casa depois de umas férias, encontrou algumas placas de Petri
com culturas de estafilococos no laboratório onde crescera nelas um estranho
bolor. O cientista inglês percebeu que se deparara com um importante
fenômeno: o fungo impedira que as bactérias alastrassem.
Mas, enquanto nos ocupamos em consumir grandes quantidades de
antibióticos, as bactérias preparam pacientemente o contra-ataque.·.

A década de 30 foi muito ativa em termos de investigação científica.

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