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BIOLOGIA EVOLUTIVA

É quando duas ou mais espécies influenciam as evoluções


umas das outras, ou seja, é uma influência recíproca
onde cada espécie exerce uma pressão seletiva sobre
outra, as quais evoluem como resposta.
Larva da borboleta
Formiga
licenídea
(Formica fusca)
(Glaucopsyche lygdamus)

FONTE:http://www.blackwellpublishing.com/ridley/figures/c22.zip

Formiga bebendo um líquido adocicado presente na lagarta no órgão de Newcomer

• Função do órgão: parece ser produzir alimento para as formigas;


• Segundo o experimento de Pierce e Mead (1981), sugere-se que essas
lagartas alimentam as formigas em troca de proteção contra parasitas;

FONTE:http://www.blackwellpublishin
g.com/ridley/figures/c22.zip

Formiga luta com vespa braconídea


• Experimento:

Lagartas-controle Lagartas sem formigas


taxa de parasitismo taxa de parasitismo

LAGARTAS SEM FORMIGAS LAGARTAS-CONTROLE

LOCAL % PARASITADAS TAMANHO DA % PARASITADAS TAMANHO DA


AMOSTRA AMOSTRA
GOLD BASIN 42 38 18 57
NAKED HILLS 48 27 23 39
• Portanto,
formigas comida
lagartas proteção;

• Coadaptação interespecífica, mutualismo;

• Provavelmente a seleção natural favoreceu as mudanças nas diferentes


espécies
• Na coevolução há:

Mudança conjunta Especiação conjunta

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Evolução conjunta de duas linhagens


• Só a constatação de coadaptação entre duas espécies não é suficiente para
confirmar que elas coevoluíram;

• Janzen (1980) disse que duas espécies poderiam evoluir


independentemente e, num determinado momento, ficar mutuamente
adaptadas (exemplo formiga e lagarta);
• A idéia de Janzen é difícil de se realizar na biologia prática;

é quando duas ou mais espécies influenciam as evoluções


umas das outras, ou seja, é uma influência recíproca onde cada espécie
exerce uma pressão seletiva sobre outra, as quais evoluem como resposta.

Sugere que os ancestrais evoluíram juntos, portanto se


!!!
• Exemplo: polinização por insetos;

Flor com néctar


Inseto com língua
guardado
longa
profundamente
• Seleção natural favorece relações com polinizadores especializados:

- : menos pólen é desperdiçado, pois só é


levado para flores da mesma espécie;

- : só ele pode retirar o pólen “difícil”.


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• Praticamente imagens
especulares (com 2 ou 3
exceções);

• São co-filogenias (mesmo


padrão de ramificação);

Filogenias de Tetraopes e Asclepias


Trepadeira Veneno Besouro
(Asclepias) (Cardenolídeos) (Tetraopes)

Aves e Armazena
mamíferos toxinas
• Três razões para o surgimento das co-filogenias:

1) Coevolução;

2) Evolução sequencial (plantas influem na evolução dos insetos, mas


os insetos têm menos efeito na evolução das plantas);

3) Se dois táxons não tem mútua influência evolutiva, mas algum fator
independente leva à especiação de ambos.
• Becerra (1997) estudou a coevolução entre plantas do gênero Bursera e
besouros crisomelídeos especializados do gênero Blepharida;

• Não têm co-filogenias, mas coevoluem;

• Durante a evolução, uma espécie de besouro desenvolve uma defesa


contra um certo conjunto de substâncias químicas das plantas e podem
colonizar outras plantas que têm defesas químicas semelhantes;

• Uma co-filogenia apenas não é uma evidência forte de coevolução porque


esta pode, ou não, produzir co-filogenias, e a coevolução não é o único
fator capaz de causar co-filogenias.
• Insetos e plantas floríferas são os animais e plantas predominantes na vida
terrestre em nosso planeta;

• Eles provavelmente coevoluíram;

• Hipóteses foram testadas usando evidências fósseis (inconclusivo) e formas


das filogenias atuais (sustentados).
Mutualistas

Evolução é resposta a Coevolução


Difusa
Competidores

Pode ser a principal força modeladora da evolução de comunidades de espécies


Capacidade
Parasita de
penetração

Mudança Hospedeiro

Seleção
• Alguns parasitas especiam-se simultaneamente com seus hospedeiros
co-especiação;

• A co-especiação é testada por meio de:


- Co-filogenias;
- Relógio Molecular.
 Jerison (1973)
- No Cenozóico, os predadores (carnívoros) tinham cérebros maiores
que as suas presas (ungulados);
- O tamanho relativo dos cérebros de ambos aumentou com o
tempo;

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Distribuições dos tamanhos relativos
dos cérebros de ungulados e carnívoros
• Vermeij (1987,1999) - Escalada evolutiva
- Predadores desenvolvem armas mais poderosas e presas com
defesas mais poderosas contra elas.
Predadores atuais
• Escalada evolutiva X Progresso seriam melhores
em capturar suas
presas do que
Predadores mais predadores mais
modernos não serão antigos.
melhores do que seus
ancestrais eram em
capturar presas
contemporâneas deles.

- Ex: Moluscos (frequência de reparo nas conchas)


• Wilf e Labandeira (1999)

- As folhas do Paleoceno (29%) tem um menor nível de danos por


insetos que as folhas do Eoceno (36%);

- Tendência atribuída ao aquecimento das temperaturas plantas


sofrem mais com os herbívoros quando faz calor;

- Possibilidade de mudança climática externa em vez de escalada


coevolutiva herbívoros-plantas.
• Van Valen (1973)
- Curvas de sobrevivência taxonômica em escala logarítmica tende a
linearidade sobrevivência é log-linear;

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ridley/figures/c22.zip
- As espécies decaem em taxa exponencial, com uma proporção
constante de sobreviventes extinguindo-se na época seguinte;
• Van Valen (1973)
- Coevolução antagônica

Extinção de uma ou outra das partes

Equilíbrio

Dinâmico Equilíbrio Rainha Vermelha


Estático

wI/AAAAAAAAAv4/VM_rMCoivd
FONTE:http://2.bp.blogspot.c
om/_Eu0m5rJz410/SkI19bmce

s/s400/rainha_vermelha.jpg
•A hipótese da Rainha Vermelha sugere uma explicação para as curvas de
sobrevivência log-lineraes

- A seleção natural atua continuamente em cada espécie, para que ela


enfrente os melhoramentos apresentados pela espécie competidora;
- O ambiente de cada espécie se deteriora à medida que os
competidores desenvolvem novas adaptações;
- A deteriorização causa a extinção.

gallery.com/thumbnail/188618/1/Ali

1832-98-First-Published-1871.jpg
Looking-Glass-By-Lewis-Carroll-
Illustration-From-Through-The-
FONTE:http://www.1st-art-

ce-And-The-Red-Queen,-
Alice Através do Espelho, Lewis Carroll:
“Aqui, veja você, é preciso correr tanto
quanto se consegue para ficar no mesmo
lugar.”
•Por que a taxa de deterioração ambiental deveria ser aproximadamente
constante?
- Argumento de Van Valen poderia prevê que:
Níveis de recursos
Taxas de extinção

Mudanças no nível de recursos >>> mudança na taxa de extinção.

•O modo Rainha Vermelha não é a única forma possível entre espécies que
coevoluem antagonicamente.
•Contribuição relativa da coevolução para a macroevolução é ainda
desconhecida;

•A coevolução não é a única força macroevolutiva.


- Ex.: Mudanças climáticas, mudanças tectônicas, impacto de
asteróides.
 A maioria das evidências de coevolução derivam do estudo de vírus com
elevada virulência em sistemas agrícolas, em que os seres humanos
manipulam a estrutura genética do hospedeiro, o que determina as
mudanças genéticas na população de vírus;

Os estudos têm-se centrado nas respostas dos vírus para a resistência dos
vegetais;
 Análises genética da patogenicidade das populações e dos fatores de
resistência ainda são escassas;

A principal limitação é a falta de informações sobre os sistemas em que o


hospedeiro pode evoluir em resposta à infecção pelo vírus;

 É atualmente desconhecido se, ou sob quais circunstâncias, os vírus


exercem uma pressão de seleção sobre as plantas selvagens; se a resistência
qualitativa é uma importante estratégia de defesa contra os vírus na
natureza; ou até mesmo, se os genes caracterizados das plantas
determinam a resistência qualitativa aos vírus, e se de fato, evoluem em
resposta a infecção por vírus.

Completo:http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B7CTN-4YRFXB3-
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