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ASPECTOS LEGAIS DA
INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Ano: 2004
Estrada do Engenho D’Água, 1210 - Jacarepaguá - Rio de Janeiro - CEP 22765-240 – PABX: (21) 2427-6646 e-mail: integra@integra.org.br 0
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ÍNDICE
PARTE I
1. INTRODUÇÃO
Com o avanço industrial em nosso país no pós-guerra, mais precisamente no final da década
de 50, constatou-se a necessidade de aprimoramento e formação de mão-de-obra especializada
para o desempenho de atividades correlatas a produção industrial. Aquela época, nosso
conhecimento de engenharia nos setores industriais de exploração e no refino de petróleo,
siderurgia e automobilismo, eram ainda, incipientes. O mesmo podemos afirmar com relação
aos nossos conhecimentos nos setores químicos e petroquímicos na década de 60, e nuclear e
área na década de 70.
Em cada um desses seguimentos industriais e ao seu tempo de implantação das técnicas em
nosso país, adquirimos verdadeiras “caixas pretas” – não se discutindo aqui,a viabilidade dos
projetos, apesar de conhecermos a inutilidade de alguns – através de contratos de fornecimentos
bastante semelhantes aos atuais “turn key”, onde o fornecimento prestava-nos consultoria
durante o projeto assistência técnica durante a instalação e por um período de operação, que
variava de 60 a 24 meses, dependendo da complexidade do empreendimento, e mais, consultoria
após o termino da garantia. Não obstante, ainda existia o pagamento de “royalties” pelo repasse
da tecnologia.
Até ai “tudo bem” se as industrias pudessem operar continuamente, sem a necessidade de
manutenção, o que seria impossível por diversas razões:
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Mas para isso um grande caminho inda tem de ser trilhado, desde a qualidade do
profissional de inspeção de equipamentos por entidade oficial, passando pela aceitação do
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2. OBJETIVO:
Esse trabalho tem por principal objetivo alertar aos profissionais que atuam,e ao eu
pretendem atuar, na atividade de inspeção de equipamentos, sobre algumas implicações de
ordem jurídica oferecendo aos alunos suporte dos prolegômenos de direito civil e penal,
inerentes aos exercícios de profissão.
Direito Romano – Foi o direito vigente no Império Romano e que regia a vida dos cidadãos
romanos, dos estrangeiros e peregrinos em solo romano, bem como o relacionamento do Estado
Romano com outros povos.
O Direito Brasileiro é primordialmente baseado no Direito Romano, que é um Monumento
Jurídico erguido ao longo de dez séculos, tempo de duração do Império Romano. Foi
consolidado no “Corpus Juris Civilis”, por Justiniano, imperador romano.
Ele é admirável não só pelo seu conteúdo, cujos preceitos são, em grande parte, válidos até
hoje, mas principalmente se comparado com o conglomerado de leis e costumes vigentes na
época entre outros povos, onde o barbarismo e o “olho por olho, dente por dente” vigiam.
Direito Canônico – Era o direito que regia o relacionamento entre a Igreja Oficial do Estado
com os fiéis e o povo em geral. Ele não sobrepujava o direito temporal, sendo por este
autorizado a subsistir. Um exemplo é o edito do código do imperador romano Justiniano:
(Da Santíssima Trindade, da fé católica e da proibição de discutí –la publicamente. Os
imperadores Graciliano, Valentiniano e Teodósio ao povo da cidade de Constantinopla.
Queremos que todos os povos, que vivem sob o nosso império, adotem a religião que o
apóstolo Pedro transmitia aos romanos como ele próprio o disse... isto é, que creiamos, segundo
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a disciplina apostólica e a doutrina evangélica, na igual divindade, sob uma só pessoa, Pai,
Filho e Espírito Santo unidos na Santíssima Trindade.)
Hoje em dia, o Direito Canônico é o que estabelece a ordem jurídica da Igreja Católica
Apostólica Romana.
5 – A TÉCNICA E A ÉTICA:
A técnica e a ética nunca devem andar isoladas entre si. Elas devem estar sempre juntas,
uma subsidiando a outra. O mais alto conhecimento técnico é inútil e até perigoso se for aplicado
sem a ética, bem como atitudes éticas são inócuas sem a boa técnica.
DEFINIÇÕES:
Técnica – A – Otimização para consecução de um objetivo;
B – Parte material ou o conjunto de processos de uma arte;
C – Maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo.
Ética – Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de
qualificação do ponto de vista do bem e do mal.
O empregador por sua vez, poderá recorrer e demonstrar que a culpa foi de um determinado
funcionário ou pressuposto, com vista a ser ressarcido do prejuízo.
Esta pratica é obrigatória em empresas estatais e órgãos ligados ao governo.
hospital conveniado e contrai uma doença grave. Neste caso poderá acionar o médico, o hospital ou
a empresa já que se ele não trabalhasse naquela empresa não teria ido aquele hospital. Geralmente a
opção recai sobre a entidade de maior posse.
“Culpa é o nexo subjetivo que liga o delito ao seu autor”. Não há vontade do agente para a
obtenção de um resultado lesivo ao direito, porém esse resultado sobrevem em conseqüência de
uma daquelas causas previstas.
Quanto ao elemento objetivo, na parte alusiva ao comportamento do agente, podem os
delitos, conforme a natureza positiva ou negativa do preceito violado, classificar –se em comissivos
ou de comissão e omissivos ou de omissão.
O delito é comissivo quando aos preceitos contidos nos referidos dispositivos legais são de
natureza positiva. Aliás, a maioria das infrações, do Código Penal, representa Delito Comissivo.
Exemplo: homicídio, furto, lesão corporal, etc...
O delito é omissivo quando os preceitos contidos nos referidos dispositivos legais são de
natureza negativa. Exemplo: crimes de omissão de socorro, abandono material, abandono
intelectual, etc...
Há, porém, crimes de comissão por omissão, em que o preceito violado é positivo, mas a
conduta assume a forma de abstenção. Exemplo: a enfermeira que mata o doente que lhe foi
confiado, deixando propositadamente de proporcionar-lhe a medicação recomendada.
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Sujeito passivo do delito é o titular do direito lesado ou posto em perigo pelo crime. A lei o
designa, comumente, pelas palavras “ofendido” ou “vítima”.
“Será impróprio considerar o morto como sujeito passivo. O vilipêndio a cadáver, a violação de
sepultura, ofendem aos vivos”.
No homicídio, o homem que vem a perecer é sujeito passivo, por ser, ao realizar-se o crime,
titular do direito à vida”.
• A Tentativa
Atos preparatórios e iniciais de execução – o “iter criminis”.
O art. 12 do Código Penal preceitua:
I – “Diz-se crime consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal”.
II – “Diz-se crime tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma, por circunstâncias
alheias à vontade do agente”.
O “iter criminis”, assim se compõe: cogitação – atos preparatórios – atos iniciais de
execução – execução – meta “optata”.
• A Embriaguez
È a intoxicação pelo álcool ou por substâncias de efeitos equivalentes.
No caso da embriaguez por álcool, pode ser dividida em três fases:
• Estado de Necessidade
Considera-se estado de necessidade, diz o art. 20 do Código Penal: - “quem pratica o fato
para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-
se”.
• A Legítima Defesa
“Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele
injusta agressão, atual ou eminente, a direito seu ou de outrem”, art 21 do Código Penal.
• As Penas
Pena é o sofrimento imposto pelo Estado, em execução de uma sentença, ao culpado de uma
infração criminosa.
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7 – Conclusão:
A evolução da sociedade brasileira, tem feito com que as pessoas tenham maior
conscientização dos seus direitos e deveres..Em contrapartida, vêm aumentando significativamente
os números de ações movidas contra os profissionais de engenharia nos vários níveis e nas mais
diversas regiões.
Isto, sem sombra de duvidas, é um indicados positivo do desenvolvimento sócio-político do país
porém deve ser visto como motivo permanente de preocupação, que todos os profissionais devem
ter, tendo toda a atenção devido a discussão e aos cuidados imprescindíveis.
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PARTE II
2 - Campo de Aplicação:
Antes de prosseguirmos com a explanação sobre NR-13 faz –se necessário informar o campo
de aplicação e o que vêm a ser caldeiras e vasos de pressão.
Então sujeitas ao disposto nesta NR toda e qualquer instalação industrial, comerciais,
residenciais, hospitalares, marítimas ou outras, que possuam equipamentos com as características
definidas a seguir.
Caldeiras a vapor – são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão
superior a atmosfera (1,033kgf/cm2), utilizando qualquer fonte de energia executando os
refervedores e equipamentos similares.
Vasos de pressão. – são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa,
cujo produto “PxV”(onde p= pressão máxima de trabalho admissível em kpa e v = volume em m3 )
seja superior a 8, tais como : a permutadores de calor, Evaporadores e similares; b ) vasos de
pressão ou partes destes sujeitas a chama direta que não esteja dentro do escopo de outras NR’s,
nem do item 13.1 ( caldeiras) desta NR;c) vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e
reatores; d) autoclaves e caldeiras de fluidos térmicos que não o vaporizem; e ) vasos que
contenham fluidos – inflamáveis com temperatura superior ou igual a 200º C, fluídos tóxicos com
limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm ( partes por milhão), hidrogênio e acetileno,
independente das dimensões e do produto “pxv”.
Nota: não se aplica NR-13 aos seguintes equipamentos: a) cilindros transportáveis, vasos
destinados ao transporte de produtos, reservatórios portáteis de fluido comprimido, extintores de
incêndio; b) vasos destinados a ocupação humana (câmara hiperbâricas); c) câmaras de combustão
ou vasos quem façam parte integrante de maquinas rotativas ou alternativas, tais como bombas,
compressores, turbinas,geradores,motores,cilindros pneumáticos e hidráulico, desde que não
possam caracterizados como equipamentos independentes; d ) dutos e tubulações para condução de
fluido; e)serpentinas para a troca de térmica; f) tanques e recipientes para armazenamento e
estocagem de fluidos não enquadrados em normas e códigos de projeto relativo a vasos de pressão;
g) vasos com diâmetro interno inferior a 150mm para – fluidos inflamáveis com temperatura
inferior ou igual a 200º C fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20ppm, vapor d`água,
asfixiantes simples, ar comprimido, água ou outros Fluidos não enquadrados acima, com tolerância
superior a 50ºC.
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Na instalação:
a) O não atendimento aos seguintes requisitos, para todas as caldeiras instaladas em
ambiente aberto:
• Dispor de pelo menos duas saídas amplas permanentemente desobstruídas e
dispostas em direções distintas;
• Ter sistema de captação e lançamento dos gases e material articulado proveniente
da combustão, para fora da área de operação atendendo as normas ambientais
vigentes;
• Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e possuir sistema de
iluminação de emergência.
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Na operação:
A operação em condições diferentes das previstas no projeto original, para todas as
caldeiras, sem que:
• Seja reprojetada levando em consideração todas as variáveis envolvidas na nova
condição de operação;
• Seja adotadas todos os procedimentos de seguranças de correntes de sua nova
instalação, operação, manutenção e inspeção.
Na inspeção.
Toda as caldeiras devem ser submetidas as inspeções de segurança inicial, periódica
e extraordinária, constituindo grave e iminente risco o não atendimento aos prazos de
inspeção estabelecidos nesta NR, de acordo com as categorias das caldeiras.
Ao completar 25 anos de uso, na sua inspeção subseqüente as caldeiras devem ser
submetidas a rigorosa avaliação de integridade, para determinar a sua vida remanescentes e
novos prazos máximos de inspeção, caso ainda estejam em condições de uso.
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Na instalação:
a) Em ambiente aberto:
• Dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas
e dispostas em direções distintas;
• Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
• Possuir sistema de iluminação de emergência.
b) Em ambiente confinado.
• (Além das citadas acima no subitem a);
• Dispor de ventilação permanente com entrada de ar que não possam ser
bloqueadas
Na operação.
Constitui condição de risco grave e iminente o emprego de artifícios que
neutralizem seus sistemas de controle e segurança e a operação de qualquer vaso de
pressão em condições diferentes das previstas no projeto original, sem que:
• Seja reprojetado levando em consideração todas as variáveis envolvidas na nova
condição de operação;
• Sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentes de sua nova
classificação no que se refere a instalação, operação, manutenção e inspeção;
6 - PROFISSIONAL HABILITADO:
Grande parte das medidas preventivas constantes da NR-13 deverão ser recomendadas,
acompanhadas, elaboradas e ou supervisionadas, por profissional habilitado, assim definido na
própria norma – “Profissional habilitado é aquele que tem competência legal para o exercício da
profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento de
operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de cadeiras e vasos de pressão, em
conformidade com a regulamentação profissional vigente no país”.
Desta forma, coube ao CONFEA definir quem seria o “profissional habilitado”, que assim o
fez – “são considerados profissionais habilitados os profissionais da área de engenharia mecânica
e engenharia naval, bem como os engenheiros civis que tenham cursado as disciplinas de
termodinâmica e transferência de calor ou equivalentes”.
7 – CONCLUSÃO:
Como se pode observar é de vital importância para a continuidade operacional de uma
instalação, o atendimento aos requisitos da norma, não só pelas sanções e penalidades prevista
por lei, às quais estarão sujeitas as empresas que venham a descumprir o estabelecido na NR-13,
como também pelos sinistros que poderão ser evitados, pela deterioração dos equipamentos que
poderá ser minimizado em virtude de utilização racional e manutenção adequada dos
equipamentos, nas empresas que venham a cumprir o disposto na norma, que deve ser sempre
encarado co-requisitos mínimos de seguranças.
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BIBLIOGRAFIA:
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