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cificações no item sobre escadas encontrado na
NR-18 . Ainda vale lembrar que a partir de agora,
todas as escadas deverão ser submetidas à
inspeção inicial e periódica, sem ignorar
o plano de manutenção que deverá
ser elaborado e cumprido, pois
caso uma escada precise de
manutenção, essa deve ser
realizada por empresa espe-
cializada ou por trabalhador
devidamente qualificado.
Po r t anto, é n e ce s s ário
conhecer o texto e entendê-lo
corretamente para que não
haja erros e se atentar ao
prazo para cumprimento das
novas obrigações. O desafio
requer dedicação, pois as novas
atualizações não se definem
apenas em escadas, muita coisa
mudou nessa versão mais recente.
Dentre as mudanças destacamos
também a padronização do Sistema de
Proteção contra Quedas – SPQ, e a ênfase
nos procedimentos de emergência e resgate,
exigindo da organização a elaboração de um
plano de resgate eficiente e o dimensionamento de
uma equipe devidamente qualificada e preparada para
atuação imediata em resposta a emergência em caso Uma simples consulta ao Obser vatório de
de ocorrências e acidentes no trabalho em altura. Isso, Acidentes Brasileiro já indica que são inúmeros
sem dúvidas, gera impacto diretamente nas empresas acidentes que acontecem por quedas de altura, e
que devem se atentar para o prazo estabelecido e se esses números aumentam ainda mais em ambientes
atualizarem, adequando seu ambiente de trabalho onde se desprezam as normas regulamentadoras
e capacitando seus trabalhadores para atender e não cuidam da segurança do trabalhador ade-
corretamente às novas exigências para prevenção e quadamente. Muitas empresas se preocupam em
segurança contra acidentes por quedas de altura. apenas possuir o papel para evidenciar as fiscali-
zações trabalhistas, mas a qualidade e segurança no
Entendimento e interpretação atendimento normativo quase sempre são ignoradas,
Quando falamos de acidentes por queda, não talvez por causa de valores, outras por falta de profis-
podemos ser ignorantes e pensarmos pequeno, sionais competentes. Contudo, não podemos dizer que
precisamos ter uma visão de risco 360° para avaliar os acidentes pararam, estaríamos mentindo, mas seria
as causas reais desses acidentes que não se resumem muita ignorância nossa afirmar que a norma regu-
apenas em quedas de altura, mas envolvem choque lamentadora não atende a necessidade real para a
elétrico, riscos derivados de trabalho em espaços segurança e saúde no trabalho brasileiro. Os acidentes
confinados, animais peçonhentos, aves de rapina, mal continuam, mas as normas regulamentadoras possuem
súbito, dentre muitos outros que irão variar de acordo um papel relevante na prevenção destes acidentes e
com a ocupação e o ambiente de trabalho. isso é o que queremos destacar neste artigo.
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Artigo NOVA NR-35
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UE (União Europeia), como valor máximo de força de Cordas) do treinamento inicial e periódico da NR-35,
frenagem (força gerada na retenção da queda) para considerando que o trabalhador do acesso por corda
fins de projeto, fabricação, ensaio e certificação de possui formação com carga horária muito maior que
equipamentos de retenção de queda de trabalhado- o treinamento da norma.
res. Esses são os fatores que interferem na tolerância O novo texto traz incluso a obrigação de procedi-
do corpo aos efeitos dinâmicos da queda e deve ser mentos para salvamento e atendimento a emergências
levado a sério elaborando um projeto técnico com de trabalho em altura, considerando os perigos
memorial de cálculo e emissão de ART – Anotação de associados à operação de resgate, o dimensiona-
Responsabilidade Técnica, por profissional legalmente mento da equipe de resgate necessária, conforme
habilitado, treinando, por fim, os trabalhado- o planejamento das atividades, o tempo estimado
res envolvidos na utilização adequada e segura do para o resgate e o emprego de técnicas eficazes a
sistema implantado. serem empregadas em um eventual resgate em altura
seguidas de equipamentos compatíveis com as técnicas
Profissional legalmente habilitado escolhidas para cada situação, com o propósito de
reduzir o tempo de resposta a emergência e o risco
A meu ver, o novo texto trouxe uma definição de trauma ortostático devido a suspensão inerte do
mais clara de responsabilidade pela capacitação, dife- trabalhador, observando que em uma situação de
renciando o profissional qualificado e profissional emergência tempo é vida, é um luxo que não temos
habilitado, assim ficou definitivamente clara a para perder. É, portanto, necessário a equipe de
necessidade de um profissional legalmente habilitado resgate estar preparada para atender a ocorrência
na responsabilidade do treinamento e capacitação seguindo os procedimentos, conforme apresentados
para trabalho em altura. A edição anterior só no plano de resgate que poderá ser incluído no PAE –
fazia referência à responsabilidade de profissional Plano de Atendimento a Emergência, de acordo com a
qualificado em segurança do trabalho, portanto, NBR 15219 ou no PGR conforme a NR-1. A formação de
evoluímos muito neste quesito, além do detalhamento resgate técnico industrial em espaço confinado e altura
em relação ao trabalhador autorizado e a autorização no Brasil têm uma norma a seguir com recomendações,
para o trabalho que ficou mais criteriosa, considerando por isso é necessário conhecer a norma NBR 16710 e
que trabalhador autorizado é aquele que se submeteu que o treinamento apresente resultados eficazes para
a sistemática de capacitação, tendo sido aprovado e que a equipe treinada tenha a capacidade de elaborar,
posteriormente avaliado suas condições de saúde em reconhecer e atender o plano de resgate para cada
que o médico especialista, após analisar o resultado frente de trabalho em altura.
dos exames, constata a aptidão para o trabalho em Melhoramos muito nos avanços normativos
altura. Essa avaliação de saúde deve seguir ao novo brasileiro, isso é algo indiscutível, mas ainda temos
item 7.5.3, no qual se exige que o PCMSO deve incluir uma estrada longa a percorrer. Não podemos parar
a avaliação do estado de saúde dos empregados em jamais, o mundo é dinâmico e se pararmos no ponto,
atividades críticas, como definidas nesta nova norma, acabaremos tropeçando e caindo. Sendo assim, sempre
considerando os riscos envolvidos em cada situação e haverá espaço para a melhoria contínua em prol da
a investigação de patologias que possam impedir o segurança e saúde do trabalhador, basta cada um fazer
exercício de tais atividades com segurança, enquanto a sua parte e colocá-la em ação.
que a autorização precisa constar a atividade específica
a ser desenvolvida pelo trabalhador, a capacitação IVAN BONGIOVANI JUNIOR
inicial a qual foi submetido considerando que deve
ser de acordo com a atividade que executará, a aptidão Diretor Técnico PREVESEG-ES
mencionada na ASO – Atestado de Saúde Ocupacional Especialista de Trabalho em Altura
e, por fim, a anuência formal emitida pela empresa. Chefe de Equipes de Resgate
Avançamos também dispensando a necessidade adm@preveseg.com.br
do Profissional Alpinista Industrial (Acesso por
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