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Foram dias de estudo e discussões para que enfim o novo texto da NR35 fosse aprovado por consenso pelas
bancadas do governo, trabalhadores e patronal.
Podemos até dizer que foi uma conquista, um trabalho de discussões, acordos e desacordos, sugestões e
contribuições técnicas, até se chegar ao texto final acordado por todos.
Podemos dizer que tivemos ganhos e melhorias, mas ainda faltam alguns detalhes, importantes para
podermos avançar mais em prol da segurança dos trabalhadores em altura.
Alguns itens considerados fundamentais foram retirados para podermos avançar nos trabalhos, como, por
exemplo, a menção às normas técnicas, que deveria estar contida no item “Objetivo” e foi retirada.
A bancada dos trabalhadores no GTT, inclusive, enviou um manifesto à CTPP sobre essa questão tão
fundamental às boas práticas de segurança (vide anexo).
Porém, o texto da NR-35 contempla, em vários momentos, o atendimento às normas técnicas e não podemos
deixar de esclarecer que os equipamentos de proteção contra queda, cuja certificação é compulsória, devem
atender às normas técnicas.
Outro ponto polêmico resolvido muito bem foi a questão das ancoragens, principalmente as temporárias,
cuja seleção e responsabilidade passa a ser de um PLH responsável ou por trabalhador capacitado de acordo
com procedimento elaborado por este. A exigência também de uma autorização formal do trabalhador
capacitado garante a prática segura. Tira do trabalhador essa responsabilidade que não deve ser dele.
Muitos pontos importantes devem ser ressaltados, como a inclusão de itens referentes ao resgate, o
esclarecimento e complementação do processo de inspeção do SPIQ, tão importante para a segurança do
trabalhador, a menção à obrigatoriedade do uso do talabarte de segurança contra queda com absorvedor de
energia, os novos itens de glossário que irão ajudar muito no entendimento de vários termos e procedimentos
indicados no texto base e o anexo III de escadas.
O Anexo de escadas merece uma menção especial pois, trabalho em altura e escadas andam juntos: a maioria
dos trabalhos em altura é acessado via escadas, até os mais simples, como trocar uma lâmpada até escadas
em torres e plataformas.
Houve também nesse item alguma dificuldade de aceitação, mas que foi contornada e entendida como
necessária.
Discussões foram adiadas para uma futura revisão, como a necessidade de se incluir alguma orientação sobre
trabalhos de risco mesmo abaixo dos 2m padrão, onde riscos adicionais possam ser detectados pela avaliação
inicial.
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NOVA REDAÇÃO DA NR 35 TRABALHO EM ALTURA
Como conclusão podemos dizer que: com a harmonização desta com as demais NRs e Portaria 672, a importância
da informação ao trabalhador quanto às instruções de segurança, simplificação e desburocratização de alguns
procedimentos, tivemos ganhos e melhorias para o entendimento e aplicabilidade da NR-35 e segurança do
trabalhador em altura.
Anexo
A Análise de Impacto Regulatório da NR-35 nos orienta quanto à necessidade da melhoria dos regulamentos
para avanço na prevenção de acidentes no trabalho em altura. Atualmente, o número de acidentes por
queda de altura representa a segunda maior causa de fatalidade em acidentes de trabalho no Brasil.
- Orientação e respaldo aos fabricantes, importadores e nos projetos específicos sobre os produtos que
serão ofertados ao mercado;
Devido a estas e outras questões pertinentes à garantia da segurança e à prevenção de acidentes dos
trabalhadores em altura, a retirada da referência às normas técnicas imporia retrocessos à regulamentação
atualmente existente na NR-35 e iria na contramão dos objetivos constantes da análise de impacto regulatório,
quais sejam: reduzir a exposição de trabalhadores, sem a devida proteção, aos perigos do trabalho em altura
com risco de queda, e reduzir ocorrências de acidentes e doenças ocupacionais decorrentes do trabalho em
altura.
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NOVA REDAÇÃO DA NR 35 TRABALHO EM ALTURA