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Responda às perguntas:

 Por que você gosta de arte?


 Quando você decidiu estudar arte?
 Quais suas formas de arte favoritas? Quais seus artistas preferidos?
 O que você gosta na arte brasileira?
 Qual a diferença entre as formas de arte no Brasil e na Inglaterra?
 O que você não gosta na sua área de trabalho?
 Como você se vê em sua profissão em 10 anos?

Romero Britto

As pinturas de Romero Britto transpiram


alegria. Britto retrata um mundo onde a felicidade e a
serenidade imperam: há casais dançando, gatinhos
sorrindo, peixes voadores saltando à tona, flores desabrochando e amantes se beijando. Para atingir emoções tão
delicadas, Britto criou sua própria linguagem pictórica. Com cores brilhantes, formas harmoniosas e desenhos
agradáveis, sua arte precisa ser absorvida em termos próprios.
A alegria de viver, expressada na obra de Britto contrasta de forma dramática com as dificuldades de
uma infância pobre. Criado nas favelas do Recife, Brasil, e educação que recebeu poderia ter-se refletido numa arte
soturna ou melancólica. Entretanto apesar das muitas adversidades sofridas na infância, o artista resolveu criar
uma arte otimista, isenta de ansiedade e medo. Diz ele:
“Não creio que devamos viver isolados ou falar de coisas terríveis. Pessoalmente, não gosto de debater
os problemas do mundo, prefiro falar sobre soluções. Hoje em dia os jornais publicam casos pavorosos e más
notícias. Eu, ao contrario de tudo isso, creio em minha arte e no poder de uma mensagem positiva. Quando era
jovem, a vida me parecia um pesadelo. Tudo parecia desmoronar ao meu redor. Agora meu mundo é minha arte.
Em meu estúdio, debruçado sobre telas, posso criar e controlar um mundo pequeno, perfeito, que posso
compartilhar com todos. Por que haveria de compartilhar os meus pesadelos?”
O otimismo de Britto não representa somente o contraste com a sua própria educação, mas uma
resposta à historia da arte ocidental. Ao lhe perguntarem qual foi o seu primeiro contato com a arte e qual pintor
ou imagem o impressionaram inicialmente, replicou: “Caravaggio impressionou de forma marcante. Uma vez, meu
irmão que era vendedor de livros de arte e enciclopédias, deu-me um livro a respeito de Caravaggio. Claro que
nunca havia estado na Europa e não havia visto nenhuma obra dos velhos mestres. O que mais me impressionou
foi a violência que emanava da obra de Caravaggio, como se estivesse cortando gargantas. Soube no mesmo
momento que aquilo representava tudo o que eu não queria ver em minhas obras.”
Desde então, Britto seguiu uma trajetória definida em busca de temas alegres. Também neste ponto, a
história da arte tem precedentes interessantes. Num século de tanta agitação, poucos artistas tiveram êxito na
criação de uma arte que festejasse a vida. E Britto tem uma posição definida dentro da tradição desses pintores.
Pensar-se-ia em Martisse, cujas cores e desenhos vibrantes manteve afastada a dor provocada por
duas guerras mundiais. Da mesma forma, os amantes livres de Chagall parecem um prenuncio dos casais
exultantes retratado por Britto. Lenger, artista otimista e corretas, com um estilo reservado que resiste à
intromissão das transformações externas.
Britto fala de artistas admiráveis, desde Pablo Picasso a Jasper Johns que possuem uma linguagem
interna harmônica da incrível sensação de paz interior que se atinge quando se é capaz de controlar todos os
elementos do universo pictórico.
Britto cria suas pinturas fazendo primeiro um esboço na tela e depois acrescentando as diversas formas
em tinta acrílica que mais lhe agradam. Usa as cores com moderação, buscando cuidadosamente harmonizá-las.
Geralmente, utiliza os mesmos desenhos, motivos florais, listras, círculos, arabescos e traçados para
preencher as formas individuais com uma tênue linha preta. O resultado são obras admiráveis por sua unidade e
uniformidade plástica.
A arte de Britto é um prolongamento de sua própria autenticidade e refinamento. Apesar de haver
dissociado sua arte da cor e do sofrimento tão presentes neste século. Britto não é eremita ou um recluso. Ele
acredita que a chave da felicidade pessoal é manter um envolvimento com a comunidade seja local ou global. Uma
vez que a arte de Britto possui tanta uniformidade interna e seus temas são tão reconhecidos universalmente que
sua obra acabe por transcender as barreiras culturais. Como humanista e filantropo, sua obra complementa o
aspecto unificador de sua arte.
Britto é um moderado ativista que se dedica a inúmeras atividades beneficentes. Acredita
fervorosamente no meio ambiente e se preocupa com a destruição das florestas tropicais da bacia amazônica. Mas
é uma pessoa essencialmente positiva e sempre otimista. Eis o símbolo com que retrata a Amazônia um peixe
voador saltando por cima de um jacaré, o que constitui uma imagem de esperança muito em harmonia com o
espírito do artista. Diz ele:
“Creio que todo ser humano deve tentar fazer o bem para alguém. Há tantas formas pelas quais se
pode fazer isso! Minha arte pode ser um instrumento de ajudas as pessoas. Que sensação maravilhosa saber que
posso conseguir isso com a minha arte.”
Uma arte de alegria e prazer que tantas pessoas em todo o mundo apreciam. É este, na realidade o
grande dom de Romero Britto.

Eileen Guggehheim
1/1/2006
http://www.britto.com.br/portu/depo2.asp?flg_Lingua=1&cod_Depoimento=115

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MAMAM - História

O MAMAM foi, da sua criação até junho de 2001, um equipamento pertencente à Fundação de Cultura
Cidade do Recife, órgão da então Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura do Recife. A partir de julho de
2001, com o desmembramento das pastas de Cultura e Turismo, passa a ser vinculado à Secretaria de Cultura da
Prefeitura do Recife. Desde então, teve cinco diretores: Marcus de Lontra Costa, Marco Pólo Guimarães, Moacir dos
Anjos, Cristiana Tejo e, atualmente, Beth da Matta.
Tendo como objetivo se tornar um centro de referência da produção moderna e contemporânea das
artes visuais, o MAMAM, por meio da divulgação, registro e reflexão sobre a arte do presente e suas referências
históricas, tem contribuído para a formação cultural do público e para o adensamento do meio institucional e
artístico do Recife.
Ao longo de seus primeiros anos de existência, o MAMAM realizou exposições com artistas de diversas
procedências e orientações artísticas, permitindo ao público o contato com a diversidade rica que define a produção
moderna e contemporânea. Entre muitas outras, destacam-se as mostras de Goya, Picasso, Gilvan Samico, Joseph
Beuys, Jean-Michel Basquiat, Miguel Rio Branco, Auguste Rodin, Vik Muniz, Cildo Meireles, Guita Charifker, Antonio
Dias, Espelho Cego (Coleção Marcantonio Vilaça), Arthur Barrio, Nelson Leirner, Ernesto Neto, Rivane
Neuesnchwander, Dora Longo Bahia, Marcelo Silveira, Jarbas Lopes, Detanico & Lain, Martin Sastre e Fluxus.
Importantes obras de seu acervo também têm sido mostradas com freqüência ao público, destacando-se o
conjunto de telas de Vicente do Rego Monteiro e a série “Cenas da Vida Brasileira”, de autoria de João Câmara.
O centenário prédio que abriga o Museu foi inicialmente o Clube Internacional do Recife. A partir da
década de 1930 e até o final da década de 1960, foi sede da Prefeitura do Recife. Sua transformação em espaço de
arte ocorreu apenas em 1982, quando foi criada a Galeria Metropolitana Aloisio Magalhães. O casarão foi reformado
e em 1997 passou a ser Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães.
http://www.mamam.art.br/index.php?option=com_content&view=article&id=171&Itemid=194&Name=Value

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