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EMPREENDEDORISMO
Prof. José Newton Pires Reis – UFC/DEA
Ser um empreendedor é:
1) Criar oportunidades e não esperar que elas apareçam.
2) Sonhar grandes sonhos e construir metas para transformar os sonhos em realidade.
3) Abrir o leque da inteligência, libertar a sensibilidade e expandir a coragem para
conquistar o que mais ama, admira e necessita.
4) Não ter medo de caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem bússola.
5) Aprender a usar os fracassos como pilares das grandes vitórias, usar as perdas como
plataforma dos melhores ganhos, usar a fragilidade como nutriente da sabedoria.
6) Acreditar na vida e nunca desistir dela.
7) Saber começar tudo de novo tantas vezes quantas forem necessárias.
8) Carregar consigo esta pérola do pensamento: O destino não é inevitável, mas uma
questão de escolha. .
Um empreendedor deve estar consciente de que quem sobe no pódio sem riscos triunfa
sem glória. Ele não acredita em sorte, azar, destino, mas nas ferramentas que tem para ser
autor da sua história.
Para ser empreendedor é necessário trabalhar perdas e frustrações. É necessário superar
as dores da existência e usá-las para esculpir a personalidade. A sociedade, as
universidades, as empresas, as famílias, as igrejas e demais instituições sociais precisam de
empreendedores. Os empreendedores são o oxigênio, e a inspiração da sociedade.
São os empreendedores que fazem a diferença nos ambientes. Eles ajudam, abrem
caminhos, conquistam, enxergam o que não está diante dos olhos, corrigem erros, previnem
falhas, motivam pessoas, trazem soluções que ninguém trouxe. Você é um empreendedor?
Gostaria de sê-lo?
seus filhos e alunos. Quem acha que entende do amor poderá perder quem ama. Quem está
convencido de que sabe a melhor maneira de trabalhar poderá fechar o leque da sua
inteligência para outras possibilidades.
As crenças, os paradigmas e os preconceitos que estão nas matrizes da memória são seu
maior obstáculo para ser um empreendedor. Um empreendedor deve ser uma pessoa aberta
e ter um senso refinado de observação. Não podemos nos esconder atrás dos nossos
diplomas, status, condição financeira.
Devemos perceber rapidamente as pequenas mudanças e procurar tomar atitudes. Não
espere o amor morrer para depois tentar ressuscitá-lo. Não espere os filhos ficarem doentes
para depois tratá-los. Não espere estar superado profissionalmente para depois tentar com
desespero reciclar-se.
Alguns lidam com as finanças de maneira inadequada. Não percebem que a vida é um
labirinto, que ninguém conhece os eventos que o amanhã nos trará. Gastam mais do que
ganham, tratam seu dinheiro como fonte inesgotável. Não percebem que o estresse
financeiro é uma grande causa da ansiedade moderna.
Muitas doenças psíquicas, relacionamentos desfeitos, empresas falidas seriam evitados
se fôssemos mais rápidos para enxergar os problemas. Infelizmente, somos lentos para
perceber as mudanças e lentos para reagir.
Precisamos ser empreendedores. Todavia, se falharmos não devemos ter vergonha de
dizer: "Eu errei". Se precisarmos de ajuda, não devemos ter receio de falar: "Ensine-me".
Se errarmos o caminho, não devemos ter medo de recomeçar.
Um empreendedor não é infalível nem perfeito. Ele cai e se levanta. Não lamenta os
seus fracassos, agradece a possibilidade de estar no páreo. O anfiteatro da sua mente não é
controlado pela teimosia e auto-suficiência, mas é uma esponja que absorve com modéstia
as experiências dos outros.
Ele sabe a diferença entre um pequeno líder e um grande líder. Um pequeno líder
enxerga os grandes erros, um grande líder enxerga os pequenos erros; um pequeno líder vê
a casa desmoronar, um grande líder enxerga as pequenas rachaduras e previne seu
desabamento.
Você é um grande líder? Enxerga os pequenos problemas?
Nos momentos de turbulência, as dúvidas surgem. Será que o labirinto não é perigoso?
Será que não sofrerei mais ainda ao percorrer lugares desconhecidos? Será que as pessoas
não pensam que eu sou um derrotado? Será que não é mais fácil ficar paralisado do que
mudar de atitude para conquistar o que eu amo? Será que vale a pena correr riscos para ser
um pai melhor, um amigo mais profundo, um profissional mais competente, um amante
mais sensível?
Os que sucumbem ao calor das suas dúvidas e inseguranças são derrotados. Um
empreendedor tem dúvidas, mas não é aprisionado por ela. Como você se comporta quando
o que você mais ama está se dissipando? Fica com raiva, sente medo, culpa os outros? Um
empreendedor não culpa os outros, mas decide mudar. Ele escolhe caminhos e não apenas
detecta erros.
Um professor empreendedor não apenas dá com maestria suas aulas, mas conquista o
território da emoção dos seus alunos, conta-lhes história, conta as aventuras dos cientistas
para produzir conhecimento, inspira-lhes a inteligência, prepara-os para a vida.
Um executivo empreendedor não apenas trabalha bem com gráficos e dados lógicos,
mas transmite sensibilidade, elogia seus liderados, vê além do horizonte, sorri no caos,
demonstra que é nas dificuldades que se conquistam as melhores oportunidades.
Um amante empreendedor não acha que o amor é inesgotável. Por isso, cultiva-o e
irriga-o. Encanta sua esposa ou seu marido, seu namorado ou namorada. Liberta-se da
prisão do ciúme e dá liberdade para quem ama. Não gasta energia tola com brigas e
acusações. Sabe que a vida é tão breve como as gotas de orvalho que se dissipam ao calor
do sol. Aproveita seu tempo, faz do seu relacionamento uma poesia, um canteiro de respeito
e amor.
As melhores coisas de sua vida precisam ser cultivadas. Infelizmente, alguns maridos só
descobrem que suas esposas estão profundamente feridas por eles quando elas pedem o
divórcio. Algumas esposas só percebem que seus casamentos estão destruídos quando a
última gota de amor seca. Algumas pessoas só investem em qualidade de vida quando estão
no leito de um hospital.
Infelizmente, há muitas pessoas fechadas num casulo. São cultas, mas engessadas. São
eloqüentes, mas não sabem falar a linguagem da emoção. Querem ser líderes em suas
empresas e nas instituições, mas não são lideres de si mesmas.
Se você souber abrir as janelas da sua mente, ampliar a arte de pensar e praticar as leis
da qualidade de vida deste projeto, então, os labirintos que você vive não serão um terreno
perigoso, um deserto, um cárcere, mas um ambiente em que você realizará seus mais belos
projetos.
que lhes perdoasse. Do ponto de vista psiquiátrico é impossível para um crucificado ter um
raciocínio lúcido quanto mais afetivo e altruísta como o de Cristo.
Ele disse que seus carrascos não sabiam o que faziam Expressou que eles eram escravos
do sistema, cumpriam ordens refletir, não eram livres. Por isso, com lábios trêmulos,
desculpou-os sem que eles lhe pedissem desculpas. Compreendeu homens
incompreensíveis. Perdoou homens imperdoáveis.
1. Ser um empreendedor é criar oportunidades. Você tem criado oportunidades para ter
grandes conquistas? Enfrenta seus labirintos com coragem ou tem medo do desconhecido?
2- Você percebe os pequenos problemas no seu trabalho, na relação com os filhos, esposa
ou marido, ou só descobre quando o mundo está desabando? Você tem coragem para tomar
atitude para reconquistar o que mais ama?
3- Você tem sido um profissional, um pai ou mãe, um jovem, um amante, empreendedor?
Tem tido coragem para levantar e cair? Tem libertado sua criatividade para encantar as
pessoas, trazer soluções que ninguém trouxe, prevenir erros, corrigir falhas? Enfim, você
tem feito a diferença nos ambientes em que atua?
4- Você expõe ou impõe suas idéias? Você influencia positivamente o ambiente?
5- Você tem força, sabedoria e consolo nas situações de perdas, sabedoria nas tormentas?
Quem nunca pensou em abrir seu próprio negócio? Essa opção é cada vez mais levada
em consideração por profissionais de todas as áreas.
Fatores estratégicos como a terceirização e a expansão do setor de serviços colocaram
as pequenas empresas em posição privilegiada na nova ordem mundial.
Do ponto de vista individual, a pequena empresa tem sido vista como a saída sonhada
por aqueles que querem trocar as amarras do trabalho assalariado pela aventura da auto-
realização e do sucesso conquistado por meio do próprio esforço.
Esses motivos são mais do que suficientes para a multiplicação das pequenas empresas.
E, contraditoriamente, têm sido responsáveis também pelos transtornos enfrentados por
grande parte dos negócios, que acabam fechando as portas.
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Saber conviver com o risco e tirar proveito das oportunidades são, talvez, as
características mais necessárias para a atividade empresarial, as que realmente definem o
perfil do empreendedor.
Capacitar os novos empresários para superarem as dificuldades iniciais do seu novo
projeto de vida, à frente do seu próprio negócio, é o objetivo deste programa do SEBRAE.
Obviamente, não estamos oferecendo aqui fórmulas prontas ou receitas pré-fabricadas.
Nem é disso que o futuro empreendedor precisa.
O conhecimento e as atividades práticas que estamos desenvolvendo são acima de tudo
um roteiro, uma espécie de moldura em que cada um terá, necessariamente, que colocar o
seu talento, sua competência e, sobretudo, sua dedicação.
2. TEXTOS DE APOIO
Muitos motivos levam as pessoas à idéia de abrir um negócio próprio. Os mais comuns
são:
Vontade de ser independente, “mandar no seu próprio nariz”;
Ser o patrão em vez de empregado;
Ganhar muito dinheiro;
Dedicar mais tempo à família;
Sair da rotina, da mesmice;
Realizar outras aspirações além daquelas que lhe permitia a condição de
empregado;
Provar para si e para os outros sua competência, sua capacidade de abrir e manter
um negócio;
Trabalhar e tirar férias quando quiser.
Ao fazer a opção, o empresário considera seu engajamento (econômico e psicológico)
como um investimento mais gratificante que o trabalho assalariado.
No entanto, ser empresário exige sempre sacrifícios que muitos não estão dispostos a
fazer. Entre alguns desses "ossos do ofício", estão os seguintes:
a maioria dos empresários trabalha de 12 a 15 horas diárias em seu negócio, em vez
de oito horas, como empregado;
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raramente tiram férias e, quando o fazem, é por poucos dias, mas não esquecem o
telefone "só para saber como vão as coisas no seu negócio;
às vezes envolvem-se tanto com a empresa que diminui, em vez de aumentar, o
tempo disponível para a família;
sua tão desejada independência toma-se muita relativa, quando se observa a
dependência aos fornecedores, bancos, clientes, funcionários, governo etc.;
o patrimônio pessoal do empreendedor fica comprometido com as operações do
novo negócio e talvez até vinculado como garantia de algum empréstimo tomado pela
empresa;
a vontade de ganhar muito dinheiro pode esbarrar num obstáculo definitivo:
competência. A intenção apenas não é suficiente -é necessário que o empresário demonstre,
com efetividade, a capacidade de gerir seu negócio.
Entretanto, mais e mais pessoas, no Brasil e no mundo, desejam tornar-se
empreendedoras. Quando esse desejo é acompanhado de uma decisão amadurecida e
consciente, é uma manifestação saudável de vitalidade e renovação da sociedade e um
passo importante para a satisfação de uma necessidade pessoal legítima.
O empreendedor nasce feito? NÃO. É possível ensinar. Não somos um produto
concluído. É questão de comportamento, e não um traço de personalidade; o
comportamento do empreendedor é intencional (baseado em metas, desafios, objetivos
definidos); diferencia-se dos demais pelo modo como ver o mundo, encarar a realidade,
administrar conflitos e resolver problemas – aliados a um conjunto de técnicas e
conhecimentos que permite enxergar oportunidades e atuar de forma a obter resultados. O
ambiente pode alterar substancialmente a disposição para empreender.
talento
conhecimento dedicação SUCESSO
Dinâmica (desafio tarefa): dividir a turma em duplas. Solicitar uma determinada quantia
em dinheiro como forma de pagamento de duas camisetas. As camisetas precisam ser
vendidas pela dupla, se não conseguirem ficaram para si.
Debate: estratégias, dificuldades etc
Será que você não passa a vida inteira fazendo o que não quer fazer? Você não é apenas
um fazedor de tarefas?
Ver problema ou oportunidade?
Planeja Desenvolve
Age Controla
Nos últimos anos, tem havido espaço para uma multidão de especialistas no campo do
empreendedorismo. Podemos até mesmo dizer que existe hoje um ramo de pesquisa
rotulado de "empreendedorismo", com seus próprios pensadores e estudiosos.
Os principais autores situam-se nos campos da economia e das ciências do
comportamento, mas o assunto percorre muitas outras disciplinas.
Portanto, é com um farto embasamento conceitual que apresentamos os significados
mais correntes ligados ao termo empreendedor.
1. Que empreende; ativo, arrojado, cometedor.
2. Aquele que empreende; cometedor.
3. Chefe de uma empresa.
4. Chefe de uma empresa especializada na construção, nos trabalhos públicos, nos
trabalhos de habitação.
5. Pessoa que, perante contrato de uma empresa, recebe remuneração para executar
determinado trabalho ou aufere lucros de uma outra pessoa, chamada mestre-de-obras.
6. A idéia de empreendedor é associada inicialmente à idéia de criação de um negócio
por meio de capitais pessoais. Empreendedor é a pessoa que levanta o capital. A gestão de
um negócio criado requer também qualidades de empreendedor.
7. Aquela pessoa que efetua uma obra, para um cliente, sem se subordinar a ele.
8. Chefe de uma empresa artesanal ou industrial.
9. Refere-se ao fator organizacional na produção.
10. Alguém que provê fundos para uma empresa e, assim, assume os riscos.
11. Aquele que empreende qualquer coisa.
12. Pessoa que se encarrega da execução de um trabalho por contrato empresarial.
13. Toda pessoa que dirige um negócio por sua própria competência e que coloca em
execução os diversos fatores de produção, tendo em vista vender os produtos ou serviços.
14. Pessoa que organiza e gere um negócio, assumindo o risco em favor do lucro.
15. O termo empreendedor denota a pessoa que exercita total ou parcialmente as
funções de:
iniciar, coordenar, controlar e instituir maiores mu- danças no negócio da
empresa; e/ou
assumir os riscos, nessa operação, que decorrem da natureza dinâmica da
sociedade e do conhecimento imperfeito do futuro e que não pode ser convertido em certos
custos através de transferência, cálculo ou eliminação.
As características convencionalmente associadas ao empreendimento -liderança,
inovação, risco etc. -estão tão relacionadas ao conceito precisamente porque, em uma
cultura altamente comercializada como a nossa, elas são características essenciais da efetiva
organização dos negócios. Pela mesma lógica, em uma cultura diferentemente orientada, as
características típicas de um empreendimento diferem. (AITKEN, 1963).
Por definição, empreendedorismo sempre envolve, explícita ou implicitamente, a idéia
de inovação. (AITKEN, 1965).
O empreendedor (queira ou não, também exerce, de fato, a função de gerente) tem uma
função diferente. É seu trabalho localizar novas idéias e colocá-las em prática. Ele deve
liderar, talvez ainda inspirar; ele não pode deixar que as coisas se tornem rotineiras e, para
ele, a prática de hoje jamais será suficientemente boa para amanhã.
Em resumo, ele é inovador e algo mais. Ele é o indivíduo que exercita o que na
literatura da administração é chamado de 'liderança', E é ele quem está virtualmente
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presente. Ou seja, mesmo não estando presente, ele é percebido como se estivesse
(BAUMOL, 1968).
Um empreendedor é alguém que toma a iniciativa nos recursos administrativos.
(BELSHAW,1955).
Empreendedorismo -a habilidade de criar uma atividade empresarial crescente onde não
existia nenhuma anteriormente (BRERETO, 1974).
Um empreendimento empresarial é aquele cujos principais objetivos são lucratividade e
crescimento. Um negócio É caracterizado pelas práticas estratégicas inovativas.
Um empreendedor é um indivíduo que estabelece e gerencia um negócio com a
principal intenção de lucro crescimento. O empreendedor é caracterizado, principalmente,
pelo comportamento inovativo e empregará práticas estratégicas de gerenciamento no
negócio (CARLAND, 1984).
Um empreendedor é alguém que se especializa em tom decisões determinantes sobre a
coordenação de recursos escassos (CASSON, 1982).
O trabalho específico do empreendedorismo numa empresa de negócios é fazer os
negócios de hoje capazes de realizar o futuro, transformando-se em um negócio diferente
(DRUCKER, 1974).
Empreendedorismo não é nem ciência, nem arte. É uma prática.
A gerência do empreendedor (empresarial) dentro da nova abordagem possui quatro
requisitos:
Requer, primeiro, uma visão para o mercado.
Requer, segundo, provisão financeira, e, particularmente, planejamento, fluxo de
caixa e necessidade de capital para o futuro.
Requer, terceiro, construir um alto time de gerência antes que o novo empreendimento
necessite dele e bem antes que realmente possa ter condições de pagá-lo.
E, finalmente, requer do empreendedor fundador uma decisão com relação ao seu
próprio papel, área de atuação e relações.
Um empreendedor é uma pessoa imaginativa, caracterizada pela capacidade de fixar
alvos e objetivos. (...) Essa pessoa manifesta-se pela perspicácia, ou seja, pela sua
capacidade de perceber e detectar as oportunidades. Também, por longo período, ele
continua a atingir oportunidades potenciais e continua a tornar decisões relativamente
moderadas, tendo em vista modificá-las; essa pessoa continua a desempenhar um papel
empresarial (FILION, 1986).
Pode-se definir mais simplesmente empreendedorismo como a apropriação e a gestão
dos recursos humanos e materiais dentro de uma visão de criar, de desenvolver e de
implantar resoluções permanentes, de atender às necessidades dos indivíduos (JASSE,
1982).
O espírito empresarial se traduz por uma vontade constante de tomar as iniciativas e de
organizar os recursos disponíveis para alcançar resultados concretos (JASSE, 1985).
Comparados aos homens em geral, os empreendedores estão significativamente, em
maior escala, refletindo necessidades de realização, independência e eficiência de sua
liderança, e estão, em menor escala, refletindo ênfases nas necessidades de manutenção
(HORNDAY, 1970).
Smith (1967) refere-se a dois tipos de empreendedores: o empreendedor profissional
(ou artesanal) e o empreendedor que identifica oportunidades. Os primeiros são limitados
em termos de bagagem cultural e engajamento social; os últimos são de um maior grau de
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Hoje tomamos como definição o termo 'empreendedor'. Ele sugere espírito, zelo, idéias.
Contudo, temos a tendência de usar a palavra livremente para descrever qualquer um que
dirige um negócio, por exemplo, para a pessoa que preside a General Motors ou possui uma
banca de frutas, ou a pessoa que é dona do McDonald's (franquia) ou vende assinaturas de
revistas.
Antes, a palavra 'empreendedor' gozava de um significado mais puro, mais preciso.
Descrevia apenas aqueles que criaram seus próprios negócios, aqueles como Henry Ford.
Certamente, no início de sua carreira, o maior dom de um empresário tradicional é sua
habilidade de explorar inúmeros caminhos para assegurar o seu sucesso, sem se tornar
desanimado pelo fracasso ao longo do percurso; um dos seus dons é diminuir suas perdas
rapidamente; e um outro é levantar-se, sacudir a poeira e tentar novamente (STACEY,
1980).
Um raio X da organização empresarial revela essas características dinâmicas:
Encorajamento da imaginação dos indivíduos;
Flexibilidade;
Voluntariedade em aceitar riscos (STEVENSON, 1985).
Persistência
Superar o seu próprio limite e ir até o final, mudando de estratégia de acordo com as
circunstâncias.
Age diante de um obstáculo.
Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou superar
um obstáculo.
Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao atingimento de
metas e objetivos.
Comprometimento
Fazer coisas além do seu padrão normal de comportamento para cumprir com o
combinado.
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Estabelecimento de metas
Qualquer tipo de forte desejo (intencional) de conquista de algo palpável.
Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal.
Define metas de longo prazo, cloros e específicos.
Estabelece objetivos de curto prazo, mensuráveis.
Busca de informações
Buscar informações pessoalmente (utilizando qualquer meio que possa ajudá-lo,
como telefone, pessoas etc.) para adquirir ou confirmar dados acerca de algo, com
determinado objetivo.
Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e
concorrentes.
Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço.
Consulta especialistas para obter assessoria técnico ou comercial.
Independência e autoconfiança
Ter pontos de vista próprios e manter a confiança na capacidade de enfrentar os
desafios.
Busca autonomia em relação a normas e controles de outros.
Mantém seu ponto de vista, mesmo diante de oposição ou de resultados inicialmente
desanimadores.
Expressa confiança na sua própria capacidade de complementar uma tarefa difícil
ou de enfrentar um desafio.
3. TAREFA DE IMPLANTAÇÃO
SUAVISÃO DO EMPREENDEDOR
Quais são, para você, os aspectos mais importantes na conduta de um empreendedor?
INSTRUÇÕES:
a) Este questionário contém 85 afirmações que descrevem atitudes e reações diante de
acontecimentos ou rotinas do dia-a-dia de trabalho e negócios. Leia cada uma e decida
qual o numeral da escala abaixo que define melhor sua forma de lidar com cada situação
ou atitude descrita. Seja o mais realista possível no julgamento a seu próprio respeito. O
questionário tem o objetivo de ajudá-lo em sua auto-avaliação e não consiste em nenhum
teste.
b) Você deve escolhe um numeral que melhor descreve o seu comportamento conforme o
critério abaixo:
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1. Nunca
2. Raramente
3. Algumas vezes
4. A maioria das vezes
5. Sempre
c) Anote o numeral escolhido na linha à direita de cada afirmação, de acordo com o
exemplo abaixo:
Mantenho-me calmo em situações tensas 2
Se você escolheu o numeral 2, é porque você considera que raramente mantém-se calmo na
situação descrita.
d) É importante esclarecer que esses números não correspondem a uma nota ou pontuação.
Em alguns casos, por exemplo, o numeral 5 pode corresponder a uma atitude ou
comportamento menos recomendável que o 2 ou 5. Em outros casos, essa ordem é inversa.
QUESTIONÁRIO
INSTRUÇÕES:
1. Anote as respostas que você deu ao questionário sobre as linhas que ficam acima dos
numerais que se referem a cada questão, Para facilitar a marcação, observe que, embora em
cada linha haja um intervalo entre os numerais correspondentes às afirmações que você
respondeu, esses numerais estão ordenados de forma crescente e consecutiva em cada
coluna vertical,
2. Faça as somas e as subtrações indicadas em cada linha para computar os pontos que você
obteve em cada uma das competências,
3. Some todas as pontuações relativas a cada competência individual para determinar a
pontuação total.
AVALIAÇÃO DAS DECLARAÇÕES SOMA DE PONTOS COMPETÊNCIA
Iniciativa
Busca de oportunidades
Persistência
Busca de informações
Exigência de qualidade
Comprometimento
Eficiência
Estabelecimento de metas
Planejamento sistemático
Persistência na resolução de problemas
Independência
Autoconfiança
Persuasão
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Fator de correção
FOLHA PARA CORRIGIR A PONTUAÇÃO
INSTRUÇÕES
1 .O fator de correção (o total da soma das respostas 1; 34, 51, 68 e 85) é utilizado para
determinar se a pessoa tentou apresentar uma imagem altamente favorável de si mesma.
Se o total desta soma for maior que 20, então o total da pontuação da competência deve
ser corrigido para oferecer uma avaliação mais precisa da pontuação das competências
do indivíduo.
2. Empregue os seguintes números para fazer a correção da pontuação:
Se o total do fator correção for
24 ou 25
22 ou 23
20 ou 21
19 ou menos
diminua o número a seguir da pontuação de cada competência
7
5
3
0
Busca de oportunidades
Persistência
Busca de informações
Exigência de qualidade
Comprometimento
Eficiência
Estabelecimento de metas
Planejamento sistemático
Independência
Autoconfiança
Persuasão
Monitoramento
Iniciativa
Busca de oportunidades
Persistência
Busca de informações
Exigência de qualidade
Comprometimento
Eficiência
Estabelecimento de metas
Planejamento sistemático
Independência
Autoconfiança
Persuasão
Monitoramento
5. BIBLIOGRAFIA
As grandes transformações que estão acontecendo no mundo cada vez mais exigirão
contínua evolução dos profissionais, para que possam acompanhar as mudanças e gerar
competitividade para seus negócios e empresas.
O cenário em que vivemos hoje sinaliza queda nas margens de lucro das empresas e
acirramento da competição. Por isso, apenas empresas e profissionais competitivos terão
espaço no mundo dos negócios.
O mercado exigirá profissionais com os seguintes conhecimentos e habilidades:
Domínio de informática - com o surgimento da agricultura de precisão e da
automação industrial, torna-se indispensável o domínio das ferramentas de informática para
que se possa operar com eficiência essas novas tecnologias;
Domínio de idiomas - com a globalização da economia, o mundo hoje se comunica
basicamente através do inglês. Por isso, negociações, acesso a novas tecnologias e
participação em congressos internacionais são de suma importância para lincar o
profissional ao mercado. A ausência do conhecimento do idioma tem sido fator eliminatório
nas contratações das empresas;
Capacidade de desaprender - a evolução exige que o profissional tenha uma
capacidade de deletar da memória antigos conceitos e velhas tecnologias, para que esses
espaços possam ser preenchidos com conceitos modernos de gestão e novas tecnologias.
Aquele que não adquirir essa habilidade terá uma obsolescência rápida e deixará de ser
válido para as organizações;
Visão sistêmica - os desafios das empresas em um cenário de mercado competitivo
exigirão que os profissionais entendam profundamente os negócios e que conheçam
sistemicamente suas empresas, para que se tenha o domínio do negócio e o conhecimento
da "anatomia" dos resultados;
"Empreendedorismo" - as empresas estão demandando profissionais dinâmicos que
têm coragem de correr riscos e também que não têm medo de cometer erros, que criem
novos empreendimentos e alavanquem o crescimento da companhia:
Liderança - a presença de líderes nas empresas tem demanda crescente, pois líderes
agregadores e dinâmicos motivam equipes de trabalho e desenvolvem um espírito
colaborativo na busca dos resultados:
Comunicação - vivemos em uma era em que a comunicação é fator altamente
relevante para o sucesso dos profissionais. Quem não tem essa habilidade, necessita
urgentemente trabalhá-la e desenvolvê-la para que perante os clientes, fornecedores e
colegas de trabalho possa ter uma atuação importante, expressando claramente suas
opiniões e propósitos;
Criatividade - com a rapidez das transformações dos negócios, as empresas
precisam de profissionais criativos que tenham capacidade de desenvolver soluções simples
e rápidas, além de criar novos rumos e alternativas em prol de uma maior competitividade
da companhia:
Espírito de equipe - uma empresa só se torna vencedora quando tem um time unido
e determinado. Espírito de equipe é alcançado quando o profissional tem a visão de que o
sucesso de todos será também o seu e que, quando a empresa se desenvolve
conseqüentemente seus horizontes se ampliam e suas alternativas se multiplicam.
Humildade - esta característica é extremamente relevante para o profissional ter
sucesso. Normalmente pessoas humildes têm postura agregadora, são queridas pelos
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