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Masaru Emoto

O Milagre da Água
ÍNDICE

INTRODUÇÃO
A Energia Positiva do Amor e da Gratidão 9

CAPÍTULO UM
A Relação entre as Palavras e a Água 15

CAPÍTULO DOIS
Melhore o seu Estado de Espírito com os Cristais 25

CAPÍTULO TRÊS
O que é Vibração e Ressonância 39

CAPÍTULO QUATRO
Sirva-se da Ressonância no seu Dia a Dia 45

CAPÍTULO CINCO
Os Cristais da Água Podem Desenvolver-lhe o Potencial 55

CAPÍTULO SEIS
Viva com Água Pura: Descubra a Paz e o Conforto 95

CAPÍTULO SETE
Amor, Gratidão e a Salvação do Mundo 111

EPÍLOGO
A água e o Círculo da Paz em Expansão 137
CAPÍTULO UM

A RELAÇÃO ENTRE AS PALAVRAS


E A ÁGUA

Já expliquei que, quando expomos a água a palavras posi-


tivas, obtemos cristais positivos. Então, se nos habituarmos
a utilizar palavras positivas, a água que temos no organismo
e à nossa volta fica limpa e bela e proporciona-nos saúde e
bem-estar. Esta bem poderia ser a conclusão deste livro, mas a
verdade é que ainda mal comecei. Observemos melhor a água
e o significado das nossas palavras.
Talvez julgue que as palavras que emprega todos os dias
são ferramentas que lhe permitem comunicar com os outros.
E tem toda a razão, mas, para além dessa, desempenham uma
outra função muito importante. As palavras produzem vibra-
ção que é um elemento vital na monumental ordem da natu-
reza.
Para produzir os cristais, utilizo nada mais do que a vulgar
água mineral. Quando, porém, exponho amostras de água a
diferentes palavras escritas, cada amostra apresenta um cristal
diferente, formado pela vibração específica da palavra a que a
expus. Daqui, podemos deduzir duas coisas.
16 < MASARU EMOTO

A primeira é que, apesar de parecer igual à superfície, se


tivermos em conta a sua constituição molecular, percebemos
que a água se pode expressar de variadas formas. Poderíamos
até dizer que a água é como duas pessoas que parecem idên-
ticas à superfície mas são completamente diferentes a nível
interno. As duas podem ser aparentemente saudáveis, mas
uma poderá ter a mente e o espírito saudável e a outra, a
mente e os órgãos desgastados. Os cristais da água mostram-
-nos que uma vez que as aparências iludem, não devemos olhar
para as coisas superficialmente. Devemos, antes, centrar-nos
no interior.
Dou um exemplo. Vejo muitas jovens a beber diligen-
temente enormes quantidades de água, para melhorarem o
estado de saúde e a aparência. Talvez obtivessem melhores
resultados se pensassem em purificar a água que perfaz 70%
do organismo, empregando palavras positivas e formulando
pensamentos benéficos. Creio que essa é a melhor e mais rápi-
da maneira de se conseguir beleza interna e vitalidade física.
A segunda lição que as fotografias de cristais de água nos
ensinam é que por mais pura e saborosa que seja a água que
consumimos, o discurso e o pensamento descuidados impe-
dem a formação de cristais belos. Os cristais que se formam na
água mais pura, alteram-se diariamente, consoante o ambiente
e as palavras a que ela é exposta. Se tiver o cuidado de enun-
ciar palavras positivas, conseguirá manter a beleza e a pureza
da água dentro de si.
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Os Sons da Natureza

Então, o que são as palavras? Fui criado no Japão por pais


falantes de japonês e é por isso que falo a língua nipónica.
Porém, se, por exemplo, tivesse sido separado dos meus pais
à nascença e criado por pais chineses, a minha língua materna,
seria, claro está, o chinês. Por outras palavras, não é o sangue
japonês que me corre nas veias que determina a língua que
falo ou o meu modo de expressão oral. A língua não é genética.
É aprendida.
Pensemos nas personagens bíblicas, Adão e Eva. Quem é
que os ensinou a falar? Creio que, se não tinham pais terre-
nos para os ensinar, só podem ter aprendido a primeira língua
da humanidade ouvindo os vários sons e vibrações produzidos
pela natureza.
Existem inúmeros sons na natureza. Lembre-se de todos
os sons produzidos pela água a fluir. Na fonte, sai a borbulhar
do solo e corre em direção a outros cursos de água, para for-
mar um rio apressado e, talvez, até, revolto que se precipita
em cataratas. A água poderá acabar por formar um amplo
rio que vai zumbindo lentamente até ao mar. Cada subtil
mudança no ambiente, transforma o som da água no seu per-
curso.
É também o som que revela mudanças súbitas e radicais
na natureza, tal como um terramoto, uma erupção vulcânica
ou uma onda gigante. Os antigos estavam mais sintonizados
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com a natureza do que nós e sabiam interpretar o som. Quem


ouvisse o som de água prestes a galgar as margens, iria ime-
diatamente avisar as outras pessoas, para que todos pudes-
sem fugir para zonas elevadas. A melhor forma de o fazer, era
imitando o som do rio. Caso continuassem a ouvir, as pessoas
seriam capazes de perceber quando a chuva parava e as águas
recuavam. Nessa altura, haviam de comunicar às outras que
já era seguro regressar.
Por coincidência, o termo sânscrito que designa «som» é
Nada-Brahman. Nada significa «rio amplo» e Brahman sig-
nifica «a fonte», traduzindo o conceito de que o som está na
fonte do rio. Por acaso, o meu nome, Emoto, também significa
«fonte do rio» em japonês, por isso, faz sentido eu viajar pelo
mundo a espalhar a mensagem da água.
Seja como for, os sons da natureza assumem diversas for-
mas. Alguns são agradáveis e outros são pesarosos. Os nossos
antepassados mais distantes sabiam-no por experiência diária.
Conheciam igualmente os sons da acalmia, do calor, do frio,
da frustração, do conforto, dos animais grandes, dos animais
pequenos, dos machos e das fêmeas. Através da imitação, os
sons da natureza tornaram-se os nossos sons e, por fim, a nossa
línguagem. Veja por si próprio: escute a água de um riacho,
rio, lago ou do mar e tente identificar as diferenças entre os
sons da natureza e as nossas próprias palavras.
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A Diferentes Ambientes correspondem Diferentes Palavras

Se pensar no papel que a natureza desempenha na for-


mação da linguagem, perceberá que algumas palavras antigas
talvez não devessem ser substituídas – são palavras tão funda-
mentais para uma língua que não devem, de modo algum, ser
substituídas, devido à ligação que mantêm com os princípios
imutáveis da natureza.
No nosso mundo, porém, existe uma grande diversidade
de línguas. Como é que isso aconteceu?
Os princípios da natureza existem em todo o lado, tal como
sempre existiram e sempre existirão, mas a forma da natureza
altera-se de acordo com os fatores ambientais, como a tempera-
tura e a humidade. Essa é a explicação para as diferentes línguas
faladas por diferentes povos. O japonês, por exemplo, tem uma
vasta gama de termos descritivos que poderão resultar de um
grupo étnico geralmente homogéneo do norte gélido do país
que se espalhou para o sul tropical. E com estações distintas por
grande parte do Japão, o tempo está em constante mutação.
O Japão é um país abençoado com uma natureza abundante
que preenche o ar com uma rica variedade de sons que, com
o tempo se tornariam a fonte de uma variedade de palavras
igualmente rica, incluindo as utilizadas em distintas formas de
poesia japonesa, tal como o haiku e o tanka.
Em contrapartida, a língua dos ainu, um grupo minori-
tário distinto que vive no extremo norte do Japão, tem um
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vocabulário muito reduzido, apesar de incluir 160 termos para


descrever a água. A zona do Japão onde a maioria dos ainu vive
é conhecida pela abundância de cursos de água, lagos e elevada
precipitação. Cada aspeto da natureza tem o seu som específi-
co – sons que, com os anos, se tornaram palavras.
Em qualquer parte do mundo, a natureza emite vibrações
diferentes, consoante a localização e o ambiente, que dão ori-
gem às diversas línguas faladas pelos vários povos do mundo.

A Formação de Cristais com Recurso a Línguas Diferentes

Os fenómenos, fossem eles agradáveis ou desagradáveis, a


que assistiam os antigos, eram expressos por eles em palavras
que transmitissem a natureza de cada um. Ou seja, por pala-
vras agradáveis ou desagradáveis. Dessa mesma forma, a água
exposta a palavras agradáveis forma cristais belos, enquanto
as palavras desagradáveis formam cristais disformes. É o mais
lógico, tendo em conta que as palavras derivam de sons ou
vibrações da natureza. A linguagem surge da capacidade para
distinguir os sons da natureza assustadores, suaves, aprazíveis
e perturbadores, aliada ao desejo de comunicar com os outros.
Mas há aqui um pormenor menos evidente. Quando expo-
mos a água a uma palavra com o mesmo significado em japonês,
alemão, inglês, coreano ou noutra língua qualquer, formam-
-se cristais semelhantes. Apesar de serem completamente
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diferentes, Obrigado e a expressão equivalente em japonês,


arigato, formam cristais surpreendentemente idênticos.
Por que razão terão diferentes vocábulos, ainda que com o
mesmo significado, este efeito nos cristais?
Já sabemos que as diferenças na natureza resultam na
formação de palavras distintas. Em inglês, a voz do porco é
oink-oink, enquanto em japonês é mais parecido com bu-bu.
O galo inglês canta cock-a-doodle-doo enquanto o despertar do
galo japonês é ko-ke-ko-ko. A diferença justifica-se pelo facto de
as pessoas nascidas e criadas no Japão ouvirem os sons de uma
forma ligeiramente diferente da forma como as pessoas nascidas
e criadas noutro país ouvem esse mesmo som. Os porcos e as
galinhas de um país não são assim tão diferentes dos de outro
país – talvez não exista mesmo qualquer dissemelhança –, mas é
o modo como uma cultura escuta esses sons que varia.
Embora o som e a grafia variem consoante a língua, as
palavras assentam todas nos princípios da natureza. Desse
modo, quando expomos a água a palavras com os mesmos sig-
nificados, os cristais que se formam serão idênticos, indepen-
dentemente do idioma.

Fazemos Todos Parte das Vibrações do Universo

O termo japonês para designar «cosmos», uchu, terá deri-


vado dos sons das estrelas. A palavra inglesa cosmos talvez se
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tenha baseado no mesmo som. O facto é que só existe um


cosmos e as várias palavras que o designam limitam-se a trans-
mitir as diferentes interpretações da mesma realidade.
Saber que as palavras advêm das vibrações do universo
permite-nos entender que fazemos todos parte de um todo.
Viver a vida com base nesse pressuposto é completamente
diferente de viver a vida pensando só em nós próprios. Não é
benéfico para ninguém viver a vida preocupado apenas com o
curto prazo. Algumas pessoas talvez só consigam preocupar-se
com o futuro imediato. Porém, enquanto se estiver obsessiva-
mente preocupado com o futuro imediato, é importante que
se alargue a nossa perspetiva e se entenda que o céu é um só e
que nós formamos um todo com o céu e o cosmos.
Hoje em dia, cada vez mais pessoas parecem sentir-se
perdidas. Os jovens já não sabem o que fazer em relação ao
seu futuro. Essa sensação de deriva e confusão deve-se à apa-
rente artificialidade do mundo que criámos. Nesta sociedade
de consumo, onde tudo o que vemos foi feito por outra pes-
soa, só é real o que é natural: o sol, a lua, as estrelas, a flora e a
fauna. Tudo se enquadra quando pensamos nessas maravilhas
naturais. Todas as pessoas que, como nós, se sentem perdidas,
encontram sentido na lembrança de que todos sentimos as
vibrações do universo e buscam conforto nas raízes comuns da
nossa linguagem.
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Pode Transformar-se Através das Palavras

Pense nas palavras que utiliza todos os dias. As palavras


que escolhe e a forma como as pronuncia exercem uma enor-
me influência sobre a sua vida. Ninguém ficará admirado com
esta descoberta.
As palavras são vibrações e quando os nossos corpos, com
tanta água a correr através deles, são expostos a palavras posi-
tivas, só podemos sentir saúde e bem-estar. Da mesma forma,
as palavras negativas e as suas vibrações negativas terão previsi-
velmente um efeito negativo sobre os nossos organismos. Não
será, pois, de admirar que as palavras destrutivas destruam.
Uma só palavra pode transmitir tanto. É por isso que a
nossa vida depende das palavras que utilizamos e da forma
como nos identificamos com o seu significado todos os dias.
Mais do que nunca, estamos rodeados de palavras negativas
provenientes da rádio, da televisão e das nossas conversas
com os outros. Embora a linguagem negativa possa não ser
tão nociva quando é utilizada num contexto de humor, muita
da linguagem que empregamos e, até, muitas das palavras e
expressões que entram na nossa língua na cultura moderna
emitem vibrações negativas.
Temos a capacidade para tornar o nosso léxico partilhado
positivo. Pode começar por si próprio.

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