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MANUAL DE REDAÇÃO 1.

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<Índice>
<Erros comuns> </03>

<Vírgula></03>

<Porquês></08>

<Crase></10>

<Outros></13>

<Boas práticas> </15>


<Introdução></15>

<Linguagem cotidiana></17>

<Conversa com o leitor></19>

<Ponto e virgula></21>

<Listas></21>

<Frases curtas e diretas></24>

<Parágrafos curtos></26>

<Negritos></27>

<Subtítulos></27>

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<Índice>
<Padrões> </30>

<Horários></30>

<Datas></30>

<Passado ou futuro></31>

<Siglas></32>

<Nomes></33>

<Citações e referências></33>

<Bullets></35>

Este manual será atualizado periodicamente.


Esta é a versão 1.0

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<Erros comuns>
Este manual se propõe a ser um atalho para todo redator que
deseja levar seu texto para o próximo nível sem recorrer a
gramáticas. Nas próximas linhas, vamos tentar ensinar ao máximo
sem repetir aquelas regrinhas chatas e apresentar as melhores
práticas do português por meio de exemplos práticos e padrões.

1 - Vírgula - A vírgula mal colocada atrapalha a leitura do editor


experiente (mais do que a do leitor).

Nem sempre, esse erro é fatal. Em um texto de três mil palavras,


por exemplo, uma vírgula fora de lugar não vai atrapalhar tanto
assim.

Mas, se você não tem ideia do que está fazendo, vale a pena dar
uma revisada na gramática. Talvez você esteja errando mais do
que imagina.

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Para encarar a vírgula do jeito certo, o Redator Hacker deve
esquecer aquela ideia besta da pausa. Vírgula não serve para
conferir uma pausa à narrativa, e sim para estruturar
adequadamente a leitura e melhorar a compreensão da frase.

Aqui, não vamos categorizar nem apelar para a aula de português,


e sim ensinar alguns padrões que vão facilitar muito a sua vida.

Primeira regra: ordem direta não tem vírgula. Ou seja, se estiver


em dúvida, simplifique e use a ordem direta.

Exemplos de ordem direta:

1. Encontro Joana e Felipe nos meus passeios matinais.


2. O incêndio destruiu o prédio azul na manhã de sábado.
3. A jornada de um Redator Hacker começa com uma xícara de
café para fomentar as ideias e impulsionar a criação.

Esses três exemplos mostram a ordem direta, sem vírgula.

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Agora, vamos adaptá-los para a ordem indireta:

1. Nos meus passeios matinais, encontro Joana e Felipe.


2. Na manhã de sábado, o incêndio destruiu o prédio azul.
3. Para fomentar as ideias e impulsionar a criação, a jornada de
um Redator Hacker começa com uma xícara de café.

Percebeu os padrões? Sempre que um elemento é deslocado de sua


posição natural, a vírgula acompanha.

Mas qual é a posição natural dos elementos? Esta aqui: Sujeito +


Predicado + Complementos.

Ok. Agora basta lembrar: quando essa ordem é alterada, recorre-se


à vírgula.

Para fixar essa história da vírgula, você vai ver que o melhor
caminho é lembrar os padrões. Assim, você vai identificá-los no
texto, mesmo sem saber o que cada um faz exatamente,

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e poderá tomar decisões baseadas em bons exemplos.

Bom uso da vírgula:

● Na última sexta-feira, ​o Mercado Público foi destruído


● Em uma bela manhã de sol, a​ vida não poderia sorrir com
maior entusiasmo
● Quanto mais você procurar, mais erros vai encontrar.
● Para o redator que ainda tem medo da vírgula, ​o melhor
caminho é procurar padrões, identificá-los corretamente e
depois utilizá-los em seus textos
● Se você acha que a vírgula é um mistério, talvez lhe falte
alguma leitura
● Por isso, a vírgula mal colocada chama a atenção do editor.
● Na verdade, quanto mais você estudar a vírgula, mais vai
encontrar erros no texto de quem parecia escrever tão bem
● Adoro uma vírgula bem colocada, mas não suporto o ponto e
vírgula.
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● Ele queria usar vírgula para dar pausa, porém logo percebeu a
bobagem que estava fazendo.

Viu como é fácil? Como os outros casos de uso da vírgula são ainda
mais óbvios, vamos partir agora para outro dos principais erros.

2 - Por que / porque / porquê/ por quê - O porquê é outro


problema gigante. Muita gente boa escorrega aqui, e até quem
sabe a regra acaba se descuidando de vez em quando.

Por quê? Basicamente, porque são quatro maneiras de escrever o


que parece ser a mesma coisa (e não é). Veja como diferenciar:

Porque – usado em frases afirmativas que oferecem causa ou


explicação

Por que – usado em orações interrogativas ou em afirmativas


quando pode ser substituído por “pelo qual”, "por qual razão", "por
que motivo" e variações

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Por quê – usado no final de oração interrogativa e antes de vírgula
e dois-pontos (este aqui é mais chatinho, mas teremos exemplos)

Porquê – usado quando se trata de um substantivo (o porquê).

Exemplos de bom uso do porquê:

● Não sei por que você se foi


● Existem inúmeros motivos por que você não deve me deixar
● Ninguém entende por que o árbitro não marcou aquela falta
● Por que você não olha para mim?
● Por que o céu é azul?
● Não consegui chegar para a primeira reunião do dia, porque
me atrasei no trânsito
● Fiquei atrapalhado ao encontrar aquela pessoa no
supermercado, porque não lembrava seu nome

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● Ela ficou feliz ao me ver, mas não sei por quê: duas semanas
antes, queria me matar.
● Parece impossível entender o “porquê”, mas não é.
● O marido desconfiou do porquê, mas concordou mesmo assim.
● Por quê, meu Deus? Por quê?

Pronto, agora só erra quem quer.

3 - Crase - Uma crase mal posicionada não pega nada bem para o
redator. O editor que identifica esse tipo de erro sabe imediatamente
que não pode confiar plenamente no texto e passa a vasculhar cada
frase com afinco ainda maior, atrás de qualquer outro descuido.

Por isso, é bom lembrar: se você estiver em dúvida, não encontrar o


Google por perto (como assim?) e precisar entregar logo o texto, não
use a crase.

Uma crase inventada vai ser identificada em qualquer passada de


olhos pelo texto e categorizada imediatamente como um sinal de

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desconhecimento do redator. Já a ausência de uma crase só vai ser
percebida depois e pode ser considerada um lapso momentâneo.

Mas, convenhamos, o melhor é não passar por essa situação. Para


isso, basta prestar atenção aos padrões, novamente:

● Às sextas-feiras, a gente almoça em restaurante


● Você pode entrar em contato conosco das 7h às 19h
● Nesta quinta-feira, viajo à França
● Entregue este papel à vendedora
● Você pode encaminhar o e-mail àquela aluna?

Nos exemplos acima, o uso da crase fica bem claro, mas, na hora da
prática, pode haver confusão.

Por isso, para errar menos, lembre: crase = a + a.

Então, um jeito rápido de descobrir se a expressão tem crase é


adaptá-la para o masculino.

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Exemplo: Entregue este papel ao vendedor (então, tem crase).

Outro jeito de acertar é substituir o “à” por “para a”. Por exemplo:
Nesta quinta-feira, viajo para a França (então, tem crase). Mas veja
este outro exemplo: nesta quinta-feira, viajo a Paris (sem crase). Por
quê? Porque você viaja para Paris, e não para a Paris.

No fim das contas, se você não estiver disposto a encarar a leitura


da gramática, basta ficar atento a esses padrões e, ao menor sinal
de dúvida, jogar a expressão desejada no Google.

Para ter maior êxito, a busca pode ser feita da seguinte maneira:

Site:veiculodecomunicacaoemquevoceconfia.com “expressão”

Com essa busca, você vai encontrar os principais resultados do site


de confiança para aquela expressão desejada. Aí, basta ver se vai
crase ou não.

Essa tática vale, obviamente, para qualquer dúvida que você tiver.
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4 - Outros erros

a) Vende-se casas: o correto é vendem-se casas. E todos os


outros exemplos que você imaginar seguem esse padrão -
com exceção da letra b, a seguir.
b) Precisam-se de redatores: aqui, quando há a preposição
“de”, o verbo não flexiona e fica no singular. O correto é
“Precisa-se de redatores”.
c) Em vez de / Ao invés: o primeiro indica uma substituição de
um por outro, e o segundo sugere um elemento oposto ou
contrário. Exemplos: Em vez de seguir o carro à minha frente,
desci e fiz o caminho a pé. Ao invés de entrar à direita, entrei à
esquerda.
d) Maior / mais: use o primeiro caso para intensidade e o
segundo, para quantidade. Exemplos: 1) conquistei maior
liberdade / 2) conquistei mais clientes.

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e) Remonta há: o correto é “remonta a”.

f) Há 20 anos atrás: você pode escolher entre “há 20 anos” ou


“Vinte anos atrás”.

g) Por hora: se você ganha por hora de trabalho, OK. Mas, por ora,
não é o caso de todo mundo.

h) Fazem 20 anos: nesse caso, “faz” não flexiona. Exemplos: Faz 20


anos / há 20 anos.

i) Através de um acordo: o correto é “por meio de”. Use “através”


apenas para descrever alguém que observa o que está do outro
lado de uma janela.

j) Aonde você está: o correto é “onde você está”, “aonde você vai”.

k) Chegou em Recife: O correto é “chegou a Recife”. “Chegar” dá


ideia de movimento e acompanha a lógica do “aonde”. Quem
chega, chega a algum lugar.
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<Boas práticas>
1 - Introdução

A introdução de um bom texto focado em SEO deve começar


imediatamente pela busca do usuário. Nessa hora, lembre que
você precisa entregar a resposta ou a solução para o problema do
leitor. Sim, esqueça o glamour, a busca por inspiração e qualquer
aspiração literária (pelo menos, nas primeiras frases).

Para que o leitor escolha a sua aba e decida seguir a leitura, você
precisa convencê-lo de que o seu texto vai resolver o problema.

Como fazer isso? Começando pela keyword.

Como o leitor está buscando por aquela expressão, ele vai se


identificar rapidinho se você mostrar desde o início que está
pensando nele.

Então, não escreva a primeira frase sem a keyword. Em último caso,


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garanta que keyword apareça na segunda frase. Mas essa deve ser a
exceção.

OK, agora você sabe que deve partir da keyword. Mas quais seriam
os melhores caminhos para fazer isso?

Um dos mais utilizados (porque funciona) é a construção de uma


introdução que faça uma pergunta diretamente relacionada à
busca.

Exemplo com a keyword CDB ou poupança:

“Você está em dúvida se investe em CDB ou poupança? Então


chegou ao lugar certo: neste post, você vai entender as principais
características desses investimentos e vai descobrir as melhores
opções de renda fixa para aplicar seu dinheiro.”

Você também poderia começar assim:

● Para quem está em dúvida entre CDB ou poupança…


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● CDB ou poupança, eis a questão. Na verdade, a resposta é
simples: CDB. Mas você precisa entender o porquê para poder
tomar as melhores decisões nos seus investimentos de renda
fixa.
● Muita gente se pergunta se deve aplicar em CDB ou
poupança. Na verdade, tudo depende de três fatores: valores,
tempo e perfil do investidor. Neste post, você vai entender...

Em todos esses exemplos, o redator se preocupa em mostrar, nas


primeiras linhas, qual é a preocupação do leitor e se empenha,
logo no início, em mostrar que vai resolver esse problema.

2 - Linguagem cotidiana

A regra é a seguinte: se você não puder falar aquela palavra, não a


pode escrever.

Trate o texto como um diálogo com o leitor e lembre que, em meio


a 10 abas diferentes, ele precisa escolher a sua.
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Para isso, você precisa ser objetivo, interessante e simples. Essa
tríade deve nortear toda a sua produção textual.

Se estiver complicado, simplifique.

Se estiver pouco objetivo, retome a ordem direta e mire na essência


do que você quer dizer.

Se não estiver interessante, corte.

Então, ao conectar esses três pontos, você deve tomar decisões que
favoreçam a compreensão do leitor.

Isso significa, por exemplo, usar “mas” em vez de “todavia”, abolir


“não obstante”, jogar o ponto e vírgula para fora do texto, reduzir
suas frases, criar perguntas em uma metalinguagem que faz
referência ao usuário, evitar mesóclises (fá-lo-ei) e usar com muita
moderação os pronomes oblíquos átonos (lhe, te).

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3 - Conversa com o leitor

O tom de diálogo com o leitor deve acompanhar todo o texto,


desde a abertura. Por isso, a pergunta nas primeiras frases pode
fazer bastante sentido, já que mostra ao usuário que você se
preocupa com o problema dele e está disposto a resolvê-lo.

Em um universo de informação prestes a ser dominado por


chatbots e inteligência artificial, as pessoas tendem, cada vez mais,
a relutar em aceitar o texto que parece um monólogo e a acolher
com maior entusiasmo a narrativa que inclui o leitor na conversa.

Na prática, isso significa fazer perguntas para garantir que o leitor


está acompanhando e criar referências ao usuário em diferentes
pontos do texto.

Se houver uma explicação de um conceito difícil em uma certa parte


do texto, você pode criar um parágrafo posterior que siga uma linha
assim: “Achou complicado? Calma, nas próximas linhas,
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vamos esmiuçar esses conceitos e dar exemplos para que tudo
fique mais claro, ok?”.

Há muitas outras oportunidades de conversar com o leitor no


texto. Em um post muito longo, por exemplo, você pode, ao fim de
cada H2, contar para o leitor o que vem a seguir. Mais ou menos
assim: “Agora que ficou mais claro como X tem impacto direto na
sua vida, que tal aprender como Y e Z podem ajudar nesse
processo? É o que veremos a seguir.”

Esse diálogo constante com o leitor pode parecer um pouco


estranho para um jornalista acostumado a grandes reportagens em
jornais, revistas e sites.

Mas calma: aos poucos, você vai ver que essa abordagem dá
resultado e vai criar diversas formas de usar esse diálogo para
aumentar o tempo do usuário no site, elevar a taxa de cliques e
atingir o objetivo do post, seja ele qual for.

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● 4 - Ponto e vírgula

A partir de agora, o ponto e vírgula não existe mais. É a abolição


completa desse sinal de pontuação. Ou você usa ponto, ou você usa
vírgula: não dá para misturar.

Se um usuário enxerga de longe um ponto e vírgula, ele sai


correndo do post, pula para a próxima aba, encontra um texto mais
ameno e sem sinais estranhos, respira aliviado e pensa: opa,
finalmente um redator que quer conversar comigo, e não falar
sozinho.

E se você está pensando em exceções, como em listas e bullet


points, pode esquecer. Vá para o item número 5.

● 5 - Bullet points e listas

Para criar um texto que favoreça a leitura diagonal (aquela que não
começa do início e segue ordenadamente até o final), você deve

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usar listas sempre que isso fizer sentido e facilitar a compreensão.

Todo post deve ter, pelo menos, uma lista. Ela pode oferecer
caminhos para solucionar o problema da keyword, pode elencar
tópicos que foram (ou serão) abordados no post, pode desconstruir
um conceito complicado, pode resumir uma questão, enfim…

Use a lista sempre que ela oferecer leitura e compreensão mais fácil
do que um blocão de texto.

Mas como criar uma? Ela pode ser feita de diferentes formas:

1. Com bullet points numerados, como esta aqui


2. Com bullet points (também chamados de bullets) sem
numeração
3. Com subtítulos (H3 ou H4) seguidos de uma explicação sobre
o item.

Perceba, na lista acima, que não utilizamos ponto e vírgula ao fim

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de cada item.

Ficou confuso assim? Fez falta o ponto e vírgula? Não.

Os bullets podem ser construídos também da seguinte forma:

● Palavra ou expressão em negrito: e a explicação aqui


● Outra palavra ou expressão em negrito: e a explicação aqui
● …

Para listas com subtítulos, veja um exemplo abaixo:

7 filmes iranianos que estão na Netflix (h2)

Abaixo, veja quais são os 7 filmes iranianos do catálogo da Netflix


que você não pode perder: (texto normal)

Filme iraniano 1 (h3)

Sinopse do filme iraniano 1(texto normal).

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Filme iraniano 2 (h3)

Sinopse do filme iraniano 2 (texto normal).

Filme iraniano 3 (h3)

Sinopse do filme iraniano 3 (texto normal).

(E segue esse padrão).

O mesmo formato acima pode ser usado para subtítulos H4 dentro


de um H3.

6 - Frases curtas e diretas

Vale repetir: seja objetivo, simples e interessante. Para isso, em um


post, você precisa criar frases curtas e diretas, que instiguem o
usuário a ler mais uma linha, e mais uma linha, e mais uma linha.

Aqui, pense menos na correção gramatical e mais na fluidez da


leitura.
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Nessa hora, não adianta: você precisa fazer uma boa revisão do
texto.

E para isso, use os olhos do leitor. O que isso quer dizer?

Que você precisa se despir, momentaneamente, de todo o


conhecimento que você adquiriu antes e ao longo do processo de
construção daquele texto.

Você precisa encarar aquelas palavras como se as estivesse


enxergando pela primeira vez.

O que é que o leitor está vendo ali? Qual é o verdadeiro significado


daquela frase? Como deixar aquela frase mais pura, mais precisa,
com menor margem de erro e de dúvida? Qual é a essência do que
você está querendo dizer? Será que aquela introdução diz o que
você imagina, ou há na sua leitura significados que não estão
transpostos para a tela? Você já pensou que talvez o leitor não
esteja lendo o que você imagina que está escrevendo?
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Essa tática de ler com os olhos do usuário é bastante poderosa. E se
você adotá-la, vai descobrir que precisa reescrever mais do que
está reescrevendo hoje.

Lembre-se: escrever bem é reescrever.

7 - Parágrafos curtos

Ao ingressar nesse universo de marketing de conteúdo com foco


em SEO, a gente mirava um parágrafo ideal de, no máximo, quatro
frases. Mas, nos últimos quatro anos, esse parágrafo ideal foi sendo
reduzido.

Hoje, uma boa prática é criar parágrafos de uma a duas frases.

Mais uma vez, o jornalista que estiver lendo esse conselho pode
ficar apavorado. Então, se você não está acostumado com essa
prática, mantenha a calma e encare: o texto mudou.

E se você não acompanhar a mudança, vai ficar falando sozinho.


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8 - Negritos

Deixar certas palavras ou expressões em negrito pode parecer feio


no início, mas você se acostuma e, em pouco tempo, vai sentir falta
quando encontrar um post grande sem esses destaques pontuais.

Consideramos uma boa prática o uso de negritos uma vez por


parágrafo ou em parágrafos intercalados. Só tenha cuidado para
não deixar o texto poluído demais, com frases inteiras em negrito.

A ideia é que esses destaques favoreçam a leitura diagonal,


chamem a atenção do leitor para aspectos curiosos ou importantes
e o mantenham lendo por mais uma linha.

E por mais uma linha.

9 - Subtítulos

Ao longo do curso, você vai ouvir a gente falando de “leitura


diagonal” o tempo todo. Mas o que isso significa para o redator?
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Significa que a leitura mudou, e o usuário não enxerga mais o texto
como uma peça integral.

O leitor vê o post como um grande manancial de oportunidades


de conteúdo e decide, com uma primeira leitura rasa e superficial,
se vai encarar uma leitura mais profunda ou se vai correr para a
próxima aba (ou para o WhatsApp).

Por isso, a divisão do texto em subtítulos é essencial. Esses


subtítulos (os headers, H2 ou H3) é que vão oferecer ao usuário as
maiores oportunidades de conteúdo.

É por eles (e pelas fotos, e pelos negritos) que o leitor vai passar os
olhos em um primeiro momento.

Então, ao criar os seus subtítulos, lembre de conversar com o


Google (usando adequadamente as keywords, conforme os
módulos anteriores) e com o usuário. Ele só vai ler, de fato, se
encontrar algum H2 que capte sua atenção.
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Além disso, você precisa lembrar que muitos leitores vão ler apenas
o conteúdo de um subtítulo ou de alguns deles, e não vão encarar o
texto integralmente.

Assim, você precisa construir seu texto como se ele fosse um


quebra-cabeça.

Cada subtítulo é uma peça que precisa funcionar com alguma


autonomia: ela deve fazer sentido em uma leitura parcial e
também em uma leitura integral, como parte desse quebra-cabeça.

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<Padrões recomendados>
1 - Horário

Recomendamos o seguinte padrão:

● 5h25
● 13h40
● 12h
● 22h.

2 - Datas

Escreva a data por extenso:

● 11 de outubro de 2016
● 15 de julho de 2011
● 5 de janeiro de 2017.

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3 - Dia passado ou futuro

Tome cuidado ao fazer referências a datas, dias e horas em seus


textos, para que ele não fique datado além do necessário.

Siga estes padrões:

● Abandone o uso de “hoje”. Use “nesta sexta”, “neste sábado”,


“neste domingo”, etc
● Esqueça o “ontem” também. Use “na última sexta”, “no último
sábado”, “no último domingo”, etc
● Evite o “amanhã”. Prefira o “nesta sexta”, neste sábado”,
“neste domingo”, etc.

E ao criar conteúdo para projetos de marketing de conteúdo,


lembre que você não sabe quando o leitor chegará ao texto. Por
isso, tente ao máximo oferecer uma informação completa, que faça
sentido e possa ser aproveitada em qualquer momento.

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4 - Siglas

Esqueça a prática jornalística que ensina a usar primeiro o nome


completo da instituição (e a sigla entre parênteses), para depois
utilizar apenas a sigla, e assim poupar o leitor da repetição do
termo.

Aqui, você deve empregar o padrão adotado pelo cliente ou, em um


projeto de conteúdo próprio, pode se orientar pela melhor prática
possível texto a texto.

Imagine o leitor que vá direto para o terceiro subtítulo. Ele não vai
querer ler todo o texto para entender o que aquela sigla significa.

E lembre também do SEO nessa hora: substituir a palavra-chave por


uma sigla vai prejudicar bastante o desempenho do post, a menos
que seja parte de uma estratégia bem estruturada.

Na prática, você até pode usar uma sigla aqui e ali, sem exagero.

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5 - Nomes

Assim como nas siglas, esqueça o que pregam as normas


jornalísticas e se concentre no que faz mais sentido para o leitor
que você quer atingir com o texto.

Usar apenas o sobrenome de um personagem importante pode


atrapalhar bastante a leitura. Por isso, utilize o nome completo pelo
menos uma vez a cada subtítulo e sempre que achar necessário.

6 - Citações e referências

Primeiro, é bom lembrar: faça sempre a referência se você usou a


informação de outro site. Uma boa prática para citar algum
entrevistado, do seu site ou de outro, é usar um trechinho pequeno
entre aspas e resumir a ideia do entrevistado usando as suas
palavras, para traduzir para o seu leitor o que a fonte afirma e para
mostrar para o Google que você está produzindo conteúdo original.

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Exemplo: “Esse papo de leitura diagonal é furada”, diz o jornalista
Jaiminho Rodrigues, em entrevista ao blog do Redator Hacker.

A parte em negrito, acima, deve conter o link da entrevista.

Depois desse parágrafo, o redator pode explicar melhor o que o


jornalista quis dizer e ampliar o debate de diversas formas.

Com o devido link, esse tipo de referência a outros sites e blogs


ajuda não apenas a conferir maior autoridade ao seu texto, mas
também empresta um pequeno peso de otimização para o site de
destino.

Por isso, a menos que haja alguma restrição específica, é


interessante amarrar o seu conteúdo com recortes de outros posts
e sites. Todos saem ganhando.

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7 - Listas

Conforme ressaltamos nas boas práticas, o Redator Hacker pode


usar listas com bullets ou subtítulos.

Veja o padrão para lista com bullets:

● Tópico 1
● Tópico 2
● Tópico 3
● Tópico 4.

Perceba: há apenas um ponto final no último item.

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