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Note que, ao falarmos sobre a crase, é comum surgirem outros termos e regras
da língua portuguesa que se entrelaçam para formar uma grande cadeia de
normas. A preposição nada mais é que uma ligação entre dois termos.
E é com toda essa salada de regras que chegamos à crase, a junção de dois
termos “a” que se transformam em “à”.
O bom uso da crase indica que o utilizador está em dia com os ensinamentos
da língua portuguesa. Utilizar corretamente as normas gramaticais é papel
fundamental para redigir redações convincentes no Enem, em concursos
públicos e aplicações para o mercado de trabalho.
E uma boa dica para você aprimorar a sua escrita e acostumar-se com o uso
da crase é investir na leitura! Ao ler, assimilamos melhor a língua
portuguesa e aprendemos na prática a melhor forma de utilização de cada
regra ortográfica.
Entretanto, não pense que são apenas os materiais didáticos que servem para
este fim: livros, artigos da internet, publicidades e textos do seu interesse
também são uma excelente opção para incrementar suas habilidades de leitura
e escrita.
Agora que você já sabe da onde surgiu e por que ela é empregada na escrita,
vamos para o que mais importa: a maneira correta de utilizá-la na
prática. Mas aí vai uma dica que ajuda e muito na hora de decorar as
regrinhas principais: comece pelas regras de NÃO utilização.
Ao definir em quais situações a crase não é utilizada, você elimina boa parte
das sentenças e, dessa forma, fica mais fácil compreender em quais situações
a crase será aplicada depois disso.
Por isso, pegue uma caneta e um papel e anote a seguir os casos em que a
crase nunca é utilizada:
Antes de artigo
Antes de verbo
Antes de plural
Já sabemos que a crase não será utilizada antes do sujeito masculino, portanto
ficou mais fácil de entender as suas regras de aplicação. A principal delas está
óbvio, não é mesmo? A crase sempre será empregada antes de palavras
femininas!
Outra dica importante é que não basta apenas decorar o momento ideal para
utilizar a crase, mas também entender a estrutura e o enunciado das frases.
Para que haja crase, é preciso que exista uma sequência de duas vogais
iguais, que sofrem contração. Mas não pense que para por aí: há diversas
outras formas de empregá-la em frases e sentenças.
Pra entender tudinho, temos aqui as explicações e alguns exemplos para você
não ter mais dúvidas na hora de utilizá-la. Anota aí!
Dica: “A reunião foi marcada para as 11h” não leva crase, por conta da
preposição “para”. Também não cabe utilizar a crase quando falamos de um
tempo ocorrido, como por exemplo em: “Ela mal percebeu que as horas haviam
passado.”
4. A distância ou à distância?
Essa é uma dúvida muito frequente para quem se depara com a crase. E
ainda não há um consenso absoluto sobre o uso do acento grave neste caso.
Isso ocorre porque algumas gramáticas dizem que a crase só deve ser utilizada
quando a palavra distância estiver determinada. Veja o exemplo:
Note que a palavra distância está especificada, portanto, você deve sim utilizar
a crase. No entanto, há momentos em que a palavra distância aparece sem
que nada a determine. E, como nos casos a seguir, é recomendado que não
seja utilizada a crase.
Mas é claro que você não precisa decorar. Existe um macete muito legal que
você já deve até ter escutado na escola. Consiste no dizer: “Se vou a e volto
da, então, crase há. Se vou a e volto de, então crase para quê?”
“Vou a Nova Iorque e volto de Nova Iorque” -> cidade + de = sem crase;
“Vou à Alemanha e volto da Alemanha” -> país + da = crase;
“Vou a São Paulo e volto de São Paulo” -> estado + de = sem crase;
“Vou à França e volto da França” -> país + da = crase.
Por via das dúvidas, a crase NÃO deve ser utilizada antecedendo pronomes de
tratamento, como você e Vossa Excelência.
A preposição “a” antes da palavra casa (no sentido de lar) só recebe o acento
grave quando vier acompanhada de um modificador, caso contrário não ocorre
a crase. Se você quer dizer que voltará para a SUA casa, o correto é não
utilizar crase.
Neste caso, vale a mesma regra utilizada para locais geográficos no mapa. Se
você vem DE casa, ou se ficou EM casa, voltará a casa, sem crase.
Qualquer outra casa vem antecedida de artigo definido, isso é: haverá crase.
Confira os exemplos a seguir.
“Hoje foi um dia duro de trabalho, mal posso esperar para voltar a”
“Vou à casa do vizinho para colocarmos o papo em dia.”
Por isso, nunca deixe de atualizar seus conhecimentos para fazer bonito tanto
na hora de redigir textos como para conversar, participar de reuniões,
apresentações etc.