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Sete pecados gramaticais

Não basta ter bons argumentos ou boas ideias: quem vai redigir
um texto deve ficar atento para evitar os sete pecados
gramaticais mais recorrentes.

Escrever ou não escrever: eis a questão! Para muitos, redigir


um texto é um verdadeiro sacrifício, pois, não bastasse a
dificuldade para organizar as ideias, ainda é preciso ficar atento
às inúmeras regras gramaticais. Pois bem, isso é verdade, mas
para ajudar você a livrar-se dos incômodos erros que ferem a
gramática normativa.
Aqui não estão todas as “derrapadas linguísticas”, mas
elencamos para você algumas dúvidas bem habituais, além de
possíveis soluções que vão transformar a escrita em um
exercício prazeroso. Atenção às dicas:
Os sete pecados gramaticais

⇒ 1 - Uso da Crase: Não se preocupe, você não é o único


que sofre quando o assunto é CRASE. Saber que a crase
nada mais é do que a fusão da preposição “a” com o artigo
“a” ajuda em muito, afinal de contas, o A só levará o sinal se
houver a obrigatoriedade da preposição e do artigo ao mesmo
tempo: Os alunos vão à escola. (Quem vai, vai A algum lugar,
e o substantivo escola pede o artigo A, portanto, ocorrerá o
fenônemo da fusão dos dois “As”).
⇒ 2 - Emprego da vírgula: Não se engane, a vírgula não é um
sinal gráfico que pode ser empregado aleatoriamente dentro de
um texto. Quando mal empregada, ela pode ocasionar
alterações de sentido, comprometendo a inteligibilidade e a
compreensão de sua redação. Existem algumas situações em
que seu uso é obrigatório: na existência de um vocativo,
aposto explicativo, quando o predicativo está deslocado na
frase, entre outras. Uma leitura cuidadosa do seu texto poderá
indicar a necessidade – ou não – do uso da vírgula.
⇒ 3 - Mas x mais: Duelo desnecessário, mesmo porque é fácil
identificar quando cada um dos termos em questão deve ser
utilizado. Emprega-se o “mas” quando houver relação de
oposição e contrariedade. O “mais” deve ser utilizado como
advérbio de intensidade: Eu gostaria de
viajar mais vezes, mas tenho pouco tempo e pouco
dinheiro. (Mas = contrariedade/oposição e mais = advérbio
de intensidade).
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⇒ 4 - Aonde x onde: Não deixe que esse clássico dos erros


gramaticais gere ainda mais dúvidas: “aonde” deve ser utilizado
com os verbos que indicam movimento e que exigem a
preposição “a”, enquanto “onde” expressa ideia de lugar
fixo. Aonde os alunos foram? Onde eles gostam de estar,
na escola!
⇒ 5 - Palavras homônimas: Chamamos de homônimas as
palavras que apresentam a mesma estrutura fonológica, os
mesmos fonemas, a mesma acentuação e ainda assim
apresentam significados completamente divergentes! O bom
leitor saberá quando e como usar as palavras homônimas,
já que o contexto será fundamental para a compreensão do
texto. São Francisco de Assis e Santa Clara são os santos
mais populares da Itália.
⇒ 6 - Verbo “haver”: Não tem nada a ver você confundir o
verbo “haver”, pelo menos não a partir de agora! Apesar de ser
pouco usado na modalidade oral (costumamos substituí-lo pelo
verbo “ter”), o verbo em questão deve ser empregado sem
medo na modalidade escrita, pois ele confere maior formalidade
a um texto. Se ele fizer a substituição perfeita do verbo
“ter”, então o uso está liberado. Lembre-se: “haver” com
“H”, sempre!
⇒ 7 - Nosso último pecado gramatical é... Mim x Eu. Não,
não vamos entrar em confronto, nada disso, a ideia é fazer você
entender que “mim” não poderá ser utilizado para cumprir a
função de sujeito, mesmo porque mim não faz nada, muito
menos antes de um verbo! Nesse caso, empregue o pronome
pessoal do caso reto “eu” e acerte na mosca! Bons estudos!

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