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Errar é normal, aceitável e é no erro que a gente aprende — mesmo que isso soe clichê.
Ainda mais quando se é produtor de conteúdo, erros de português partem até de
profissionais experientes.
Por exemplo, no dia a dia da revisão de textos a gente sempre percebe que alguns
probleminhas, sejam eles de ortografia, acentuação ou semântica, são quase universais.
E pode ser que você, querido redator, nem saiba que tem cometido esses deslizes,
então, para te ajudar (e melhorar nosso trabalho também, por que não?), vale conferir
essa lista com alguns erros gramaticais que você precisa parar de cometer para
produzir textos melhores e aumentar suas chances de sucesso na vida de freela.
1- Ao invés de
Esse é um clássico! Muita gente confunde os termos “ao invés de” com “em vez de” ou,
o que é pior, acha que significam a mesma coisa. Mas cabe uma explicação para acabar
de vez com a sua dúvida:
Ao invés de: significa ao contrário de, em oposição. Ou seja, só use quando você estiver
apresentando duas ideias opostas.
2- A maioria são
Esse erro parece bem feio quando lido sem contexto, mas pode acreditar: você,
provavelmente, já o cometeu em algum texto. Isso acontece porque é comum
incluirmos algumas palavras ali no meio, o que mascara esse erro e faz com que ele
passe batido na hora que escrevemos.
3- Afins e porquês
Se tem uma coisa que quase todo mundo nesse Brasil ainda não domina é o fatídico
uso dos porquês e dos afins. Junto, separado, com ou sem acento, a verdade é que
esse erro já é uma constante. Na dúvida, alguns redatores acabam usando todas as
formas sem nenhum controle ou reflexão antes, soltando expressões a torto e a direito,
torcendo pra acertar algum.
Afins
A fim separado deve ser usado sempre quando você estiver falando de propósito,
finalidade ou desejo (fulano é a fim de sicrano).
Afim junto deve ser usado apenas para indicar afinidade, semelhança.
Porquês
Porquê: sempre que vier precedido de artigo, deve ser usado junto e com acento.
Exemplo: o porquê (já que se comporta como um substantivo)
Por que: usado geralmente em início de frases, para perguntar, separado e sem acento.
Porque: usado para explicar alguma coisa. Exemplo: “eu escrevi esse texto porque
quero te ajudar”.
4- Alcóolico
Se você leu o intertítulo acima e não achou nenhum problema, sinto te informar que
você está engrossando a estatística dos erros gramaticais.
5- Mal/Mau
Não adianta ficar de cara feia ao ver essas duas palavrinhas. Compreendo que elas são
uma pedra no sapato dos nossos revisores. E acredite: você não está sozinho! Segundo
um levantamento feito pela empresa de marketing digital SEMRush, a diferença entre
Mal com L e mau com U foi a 9ª dúvida mais pesquisada no buscador do Google.
Certo: Ele esteve de mau humor porque seu texto como freelancer não foi aprovado
ontem.
Errado: Ele esteve de mal humor porque seu texto como freelancer não foi aprovado.
Percebeu a diferença?
6- Onde/Aonde
Use aonde por dois motivos: quando os verbos da oração solicitarem a preposição e
quando as orações indicarem movimentos.
Quando troco “onde” por “local em que/ lugar em que”, a frase permanece com o
mesmo sentido?
7- Mas e mais
Outro erro clássico da língua portuguesa. A boa notícia é que ele é muito simples de
detectá-lo. Quando utilizado sem o “i”, o “mas” torna-se uma conjunção adversativa.
Ou seja: limita-se ou se opõe a uma nova ideia. Para ficar claro, imagine a seguinte
situação.
“Você está escrevendo um texto, mais não consegue entregar a tempo. Logo, entra em
contato pedindo desculpas pelo ocorrido.”
A frase acima apresenta dois problemas. Primeiro porque o “mas” deveria está grafado
sem o “i”, uma vez que você não conseguiu concluir o texto conforme o esperado.
Segundo porque deixar uma tarefa expirar é um erro que você jamais pode cometer,
caso contrário, a sua reputação ficará prejudicada.
Todavia;
No entanto;
Porém.
8- Há/A
Sabemos o quanto é complicado, para algumas pessoas, entender qual a melhor forma
de usar esses vilões da língua portuguesa. Para tirar suas dúvidas, veja abaixo a
explicação.
Exemplo: há dois dias estou lendo os conteúdos do blog da Comunidade Rock Content.
9- Iminente/Eminente
Essas duas palavras são definidas na língua portuguesa como parônimas ou parônimos.
Isso porque elas possuem praticamente a mesma escrita e pronúncia, mas tem
significados diferentes. As vezes, eles tiram o sono de muitos redatores durante a
produção dos seus textos.
Eminente é um adjetivo. Ele pode ser usado para indicar as seguintes características.
Alto;
Grande;
Elevado;
Saliente;
Pessoa importante;
Notável.
“Ao encontro de” já significa concordância, estar favorável a alguma coisa. Uma
estratégia que vai ao encontro do negócio da empresa, é tudo que ela precisa!
Não vale ficar triste se você vestiu alguma dessas carapuças (ou todas, isso pode
acontecer…), porque a vida é assim mesmo!
E não se engane, hein? Tem muitos outros errinhos soltos pela blogosfera, então fique
sempre ligado nas nossas dicas e não pare nunca de se aprimorar.
https://rockcontent.com/br/talent-blog/erros-gramaticais/Acesso em 05/05/2022 às
19h.
Para responder a esta dúvida, consultamos o professor Pasquale Cipro Neto, que já
começa derrubando a ideia compartilhada por muitos de que o “por que” é usado em
todas as frases terminadas com ponto de interrogação.
E também para frases terminadas com ponto final - “Você sabe por que eu ajo assim”
vira “Você sabe por qual razão eu ajo assim” ou “Você sabe por qual motivo eu ajo
assim”.
“E existe ainda um outro ‘por que’ separado", acrescenta Pasquale. “Lembra aquela
música? ‘Só eu sei as esquinas por que passei’, lembra?”.
Com esse exemplo, ele explica que o “por que” também é separado quando equivale a
"pelo qual", "pela qual", "pelos quais", "pelas quais".
No caso da música, a letra também poderia ser: “Só eu sei as esquinas pelas quais
passei”.
"Porque" junto
O “porque” junto é uma conjunção que indica causa, motivo, justificativa ou explicação.
De acordo com o professor, "Porque estava doente" é a oração que indica a razão pela
qual ele não foi.
Com isso, é possível existir “porque” junto mesmo em frases que terminam com
interrogação, como esta: “Será que ela está chateada comigo porque eu não fui ao
aniversário dela?”
Alguns professores recomendam tentar trocar o "porque" junto por "pois". Se der
certo, está correto o uso do "porque" junto.
“É preciso que haja uma pausa, um ponto final, um ponto de interrogação..." explica
Pasquale.
Só isso. É o mesmo que perguntar "Por qual razão?", "Por qual motivo?".
Pasquale dá dicas resumidas sobre essa questão - para tratar disso de modo
abrangente, “precisaríamos ficar aqui umas três horas, três horas e meia, quatro, cinco,
seis, sete, oito, nove, dez”, explica.
Primeiro, o professor esclarece que a palavra "crase" não se refere ao acento, mas ao
fenômeno de fusão de duas vogais iguais. “O caso mais conhecido é do ‘a’ mais ‘a’ que
vira 'à'", diz.
Mas quando que é necessário usar o acento? Pasquale dá o exemplo da clássica canção
"Você já foi à Bahia?”, de Dorival Caymmi.
“Se você foi, você foi a algum lugar. O verbo ‘ir’ - ‘você foi’, verbo ‘ir’ -, no português
tradicional, rege a preposição "a". Ir a algum lugar”, explica.
Neste caso, ocorre a crase - a fusão - entre duas vogais: a preposição “a”, que sucede o
verbo ir, se junta com artigo “a”, que antecede o substantivo feminino Bahia, ocorrendo
o acento grave.
O resultado é: “Você já foi à Bahia?” - o significa a mesma coisa que “Você já foi para a
Bahia?”.
Mas se a pergunta fosse sobre Santa Catarina - “Você já foi a Santa Catarina?” -, não
haveria fusão, já que Santa Catarina não pede artigo - diz-se “Eu moro em Santa
Catarina” e não “Eu moro na Santa Catarina”.
“Moral da história, esse ‘a’ de ‘Você já foi a Santa Catarina?’ não passa de uma
preposição que não se fundiu com nada”, explica Pasquale. “Esse ‘a’ não receberá
acento por uma razão muito simples: não houve fusão.”
Pronúncia
O professor lembra que o “à” (com acento grave) tem a mesma pronuncia do “a” sem o
acento.
“Eu fundo os dois em ‘Você já foi à Bahia’. Então, na hora de pronunciar isso, não
desfaça a fusão. Não diga ‘você já foi àààààààà Bahia’”, recomenda.
Erros comuns
Pasquale dá exemplos de erros frequentes, como "Sal e pimenta à gosto" (o correto é
sem o acento indicador de crase).
“Isso aparece em tudo quanto é receita, quase sempre com erro, né? O ‘a’ com acento.
‘Gosto’ é palavra masculina. Como é que vai haver um artigo feminino antes de palavra
masculina?”, pergunta.
“‘Você’ não pede artigo. ‘Eu gosto de você’, eu não ‘gosto da você’. Não há artigo antes
de ‘você’”, afirma o professor.
“Coitada da língua!”, diz Pasquale. “‘Eu moro em Brasília’, não ‘moro na Brasília’. A
menos que eu more num automóvel - se for aquela Brasília amarela dos Mamonas
(Assassinas), tudo bem”, acrescenta o professor.
“As pessoas adoram colocar acento aí”, responde o especialista, que aponta novamente
para a falta de artigo: “‘Eu gosto de colaborar’, eu não ‘gosto da colaborar’”.
Àquele
Outro caso de crase é quando a proposição “a” se junta ao “a” que é a primeira letra da
palavra “aquele”.
Isso ocorre, por exemplo, na frase “Vá àquele mercado”, em que se fala de um mercado
específico.
“‘Vá a algum lugar’, que lugar é esse? ‘Aquele mercado’. Então a preposição ‘a’, do
verbo ir, e a letra ‘a’ inicial da palavra ‘aquele’ fundem-se e ocorre o acento grave no ‘a’
inicial de ‘aquele’”, explica Pasquale.
“Posso escrever separadamente - ‘Vá a aquele mercado’? Posso. Ninguém faz isso. Mas
essa fusão não é obrigatória."
Palavras subentendidas
A frase "Sua proposta é igual à do concorrente", tem acento grave indicador de crase
porque está subentendida a repetição da palavra “proposta” - “Sua proposta é igual à
proposta do concorrente”.
“Se uma coisa é igual, é igual a”, afirma o professor. “Já sai um ‘a’ daí. Preposição ‘a’,
né?”
Como “proposta” é um substantivo feminino que pede artigo, a preposição “a” se junta
com o artigo “a” que o antecede, ocorrendo o acento grave indicador de crase.
“Quer ver como é fácil perceber?”, pergunta o professor. “Em vez de ‘proposta’, (use)
‘orçamento’, que é palavra masculina. Como é que vai ser? ‘Seu orçamento é igual ao
(do concorrente)", indica.
Neste terceiro vídeo da série sobre dúvidas de português, o professor Pasquale Cipro
Neto lembra que o uso excessivo do gerúndio até ganhou um nome: o "gerundismo".
“Eu imagino que isso tenha surgido das traduções literais quando começou a
importação, nos anos 90", conta.
"No Brasil até então pouco se importava, a gente não tinha aqui grande quantidade de
produtos importados. Então vieram vários e vários produtos importados com os
manuais traduzidos, sabe Deus por quem, ao pé da letra”, explica o professor.
O gerúndio em inglês foi então traduzido literalmente para o português, apesar de eles
cumprirem papéis diferentes.
“O que em inglês é ‘I will be sending’, por exemplo, em português não é ‘Eu vou estar
enviando’, é ‘Eu vou enviar’”, diz Pasquale.
“Alguém começou a traduzir isso ao pé da letra e, meu Deus do céu, isso infestou o
teleatendimento, virou um inferno, né?”
De acordo com o professor, o gerúndio usado fora do lugar traz a ideia de uma “coisa
que não vai ser resolvida nunca”.
Exemplo do que não se deve dizer: “O senhor vai ter que estar esperando”.
Outro exemplo de gerúndio sem necessidade: “O senhor precisa estar pegando uma
senha”.
De acordo com Pasquale, o gerúndio pode ser empregado em ações contínuas, que
têm um curso. Exemplo: “Não me ligue nessa hora, porque eu vou estar dormindo”.
“Então nada de condenar o gerúndio por si só, coitado. Gerúndio maldito, você veio ao
mundo para ser excomungado, amaldiçoado - nada disso”, afirma.
Pasquale explica que há mais de um emprego para eles - são usados para indicar lugar
e posição, para se referir a tempo e desempenham papel essencial na coesão do texto.
Lugar
De acordo com o professor, o uso mais básico e tradicional é aquele que indica a
posição do próprio falante ou a posição de algo em relação a ele.
Se o falante quiser se referir aos próprios óculos, que estão consigo, deve dizer: "estes
óculos".
Se quiser indicar os óculos que estão com a pessoa com a qual está falando, deve dizer:
"esses óculos".
Mas se a intenção for se referir a óculos que não estão nem perto dele e nem perto da
pessoa com quem está falando, deve dizer “aqueles óculos”.
Outro exemplo é o caso de falante estar na cidade de São Paulo, mas conversando pelo
telefone com um amigo que mora em Curitiba sobre alguém que mora em Olinda.
Ele dirá “esta cidade” para se referir a São Paulo, onde ele próprio está, “essa cidade”
para se referir a Curitiba, local da pessoa com quem está conversando, e “aquela
cidade” para se referir a Olinda.
Tempo
“E que não pode ser assim um mês muito distante. Não me pergunte qual é o tamanho
dessa distância, a coisa é meio subjetiva. Se eu for falar de uma passagem bíblica, por
exemplo, eu vou falar ‘naquele tempo’, ‘naquele’, lá longe”, diz Pasquale.
“Eu até poderia dizer ‘nesse tempo’, mas, quando se trata de um tempo muito distante,
eu vou dizer ‘naquele tempo’, ‘naquele ano’, ‘naquele período’", acrescenta.
Coesão textual
“O mais importante mesmo é lembrar o papel desses pronomes no texto, na coesão
textual”, afirma o professor.
Para se referir a algo que já foi dito no texto ou na conversa, deve-se usar “esse",
"essa", "isso".
Exemplo: "O Copom resolveu reduzir a taxa de juros. Essa decisão já era esperada pelo
mercado".
Para se referir a algo que será citado, deve-se usar “este”, “esta”, “isto”.
Outro caso
Há outro caso, usado em frases que citam duas pessoas.
O pronome "este" se refere ao mais próximo, ao citado mais recentemente. Nesse caso,
é o Paulo. "Aquele" se refere ao mais distante, ao anterior - no caso do exemplo, Pedro.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39646836/acesso em 05/05/2022.
Aprenda a usar S, SS, Ç, SC, SÇ corretamente na escrita para nunca mais errar e
produzir conteúdos incríveis a partir de agora. Confira aqui e aproveite o conteúdo que
preparamos para você.
Abraçadeira ou braçadeira
Aprenda a usar S, SS, Ç, SC, SÇ corretamente na escrita para nunca mais errar e
produzir conteúdos incríveis a partir de agora. A língua portuguesa é muito complexa e
composta por muitas regras e isso inclui o uso do fonema S.
Uso do S
Como muitas palavras da língua portuguesa que não são grafadas com S porém
possuem som de S, é preciso ficar atento. Para o uso do S, SS, Ç, SC, SÇ acertadamente,
preste atenção em algumas regras básicas e não erre mais. Regras para a utilização do
S:
Nos sufixos ÊS; ESA; ISA na formação de palavras indicando nacionalidade, títulos
honrosos, estado social e profissão: Finlandês – finlandesa
Nos sufixos OSO e OSA, no sentido de “cheio de” ao formar adjetivos: Grandioso;
luminoso; esplendorosa; espalhafatosa
Após ditongos (junção de sons vocálicos com semivocálicos em um só): Coisa; Cleusa;
náusea.
Uso do SS
As palavras escritas com SS são as que mais deixam dúvidas atualmente, isso, por conta
do Novo Acordo Ortográfico. Portanto, muitas palavras que antes eram escritas com
hífen, agora não são mais, veja algumas dicas para o uso do SS:
Em palavras onde o prefixo termina em vogal e a seguir vem uma consoante S, ela
deve ser duplicada.
Em verbos que terminam com “primir”, “ceder”, “mitir”, “gredir”, “meter” e “curtir”, suas
substantivações são escritas com SS.
Para diferenciar as palavras escritas com S entre vogais (tendo som de S ou Z) e que
possuem outro significado.
Exemplos: Assar – ato de aquecer, cozer para diferenciar de asar – decorar com asas.
Uso do Ç
Saber quando utilizar o Ç também causa algumas confusões, isso porque as palavras
escritas com essa letra têm som de S. Portanto, é preciso ler bastante e saber algumas
regras para o uso do S, SS, Ç, SC, SÇ corretamente. A seguir, algumas regras para o uso
do Ç:
Uso do SC
Na língua portuguesa SC é chamado de dígrafo, ou seja, quando duas letras são
utilizadas para formar um único som. Contudo, SC também pode indicar um encontro
consonantal quando apresenta dois sons diferentes. Assim, as regras são:
Os dígrafos.
Uso do SÇ
Por último, porém não menos importante, o SÇ também tem suas regras na ortografia.
Confira mais essas normas para saber diferenciar o uso do S, SS, Ç, SC, SÇ. Também
considerado um dígrafo, o SÇ possui poucas utilizações, algumas delas são:
https://www.comoescreve.com/2020/01/uso-do-s-ss-c-sc-sc-como-empregar-
corretamente.html/acesso em 05/05/2022.