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GABRIEL MACEDO
INDIARA MARIA
ISABELA GARCIA

REGRAS PARA A UTILIZAÇÃO DA CRASE

Rio de Janeiro

2019
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GABRIEL MACEDO
INDIARA MARIA
ISABELA GARCIA

REGRAS PARA A UTILIZAÇÃO DA CRASE

Artigo Científico apresentado á Escola


Técnica Mônaco como requisito parcial à
obtenção do Título de Técnico de
Enfermagem, sob a orientação da
Professora Luzia Schmitd Carvalho.

Rio de Janeiro
2019
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RESUMO

O trabalho apresentado na forma de artigo faz parte da disciplina Língua Portuguesa


da Escola Técnica Mônaco do Curso Técnico de Enfermagem e visa evidenciar o
emprego correto do acento grave da crase. A questão da pesquisa: Como utilizar a
Crase corretamente? O objetivo geral do presente trabalho demonstra as diversas
formas de utilizar a crase. A base teórica do trabalho e a análise dos dados apóiam-
se em pesquisa bibliográfica.

Palavras-chave: Acento grave. Crase; Curso Técnico de Língua Portuguesa; Escola


Técnica Mônaco; Enfermagem.

ABSTRACT

The work presented in the form of article is part of the discipline Portuguese language
of the Technical school Monaco of the technical nursing course is to evidence the
correct use of the severe accent of the crase. The question of research: How to use
Crase correctly? The general objective of the present study demonstrates the different
ways of using crase. The theoretical basis of the work and the analysis of the data are
based on bibliographic research.

Keywords: grave accent. Crasis Portuguese language Technician course; Technical


School Monaco; Nursing.
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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho faz uma análise da crase visando entender o assunto e


demonstra as principais regras para a correta colocação deste importante recurso
linguistico.
Na Moderna Gramática de Bechara apresenta a crase como um fenômeno
fonético, o qual se refere a toda fusão de vogais iguais, e não somente ao a
acentuado.

Já o autor Rocha Lima apresenta a Crase como aquilo “que não se distinguem
na pronúncia o /a/ artigo, o /a/ preposição, o /a/ pronome e o /à/ resultante de crase
(seguidos ou não de /s/ o primeiro e os dois últimos)” (LIMA, 2011 p. 71).

A opção do grupo em aprofundar os estudos sobre a Crase foi perceber que o


emprego correto acento da crase, nos casos de regência, depende do conhecimento
do emprego do artigo. Isto é, no momento em que percebe-se a importância da
regência na identificação do uso da crase.

A justificativa para a escolha do tema se faz importante por perceber que no


uso da crase , muitas pessoas não sabem como usa-lá, e dessa forma não dão a
devida importância de se aprofundar para aprender a utilizá-la corretamente. Assim o
trabalho torna-se relevante justamente por demonstrar, por exemplo, que em algumas
vezes o emprego da crase na sua utilização apresenta um duplo sentido.
Exemplos: Vou a Copacabana e à Tijuca. Iriam à penha, a Cascadura.

Os pressupostos acima supracitados apontam para a seguinte questão da


pesquisa: Como utilizar a Crase corretamente?

O objetivo geral do presente trabalho demonstra as diversas formas de utilizar


a crase.

A base teórica do trabalho e a análise dos dados apóiam-se em pesquisa


bibliográfica
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2-REFENRENCIAL TEÓRICO

2.1 Crase

A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua


portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas.

É de grande importância a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a"


(s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele
(s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita,
utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase.

Torna-se importante o uso da crase uma vez que muitas pessoas não sabem
como usa´-lá, e dessa forma não percebem a importância de se aprofundar para
aprender o modo de usar corretamente.

O autor Rocha Lima apresenta as regras práticas do uso da crase que serão
demonstradas seguir.

O autor explica que o acento grave é assinalado na escrita quando os sons da


preposição a e dos artigos a, as ou pronomes demonstrativos femininos (a, as, aquele,
aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a qual e as quais) se fundem.

Abaixo estão as regras citadas para o uso ou não do acento grave:

2.2 Casos que sempre ocorrem crase

Ou seja, Sempre acentuar na opinião de Rocha Lima:

a. Antes de palavra feminina que venha acompanhada de artigo. Exemplo: Vou à


escola.

b. Antes de palavra masculina quando se subtende uma palavra feminina. Exemplo:


Chapéu à Napoleão (ou seja, chapéu à moda de Napoleão).

c. Na designação das horas. Exemplo: Os empregados entram à uma hora e


deixam o serviço às seis. d. Nas locuções de natureza adverbial, formadas com
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palavra feminina. Exemplo: Fazer tudo à pressa. 3. Casos em que é facultativo o


acento:

a. Antes de nome próprio feminino. Exemplo: Darei o vestido a/à Carolina. b. Antes
de pronome possessivo. Exemplo: Dirija-se a/à sua sala.

: O acento indicativo de crase é obrigatório ainda:

A) Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas em que aparece a


ou as.

Ex.: Retomaremos nossa rotina à medida que os processos pendentes sejam


analisados.

Eis algumas locuções:

Adverbiais:

à parte à disposição à distância à custa

às pressas às vezes às escondidas às claras

Prepositivas:

à procura de à espera de à roda de

em frente à à beira de

Conjuntivas:

à medida que à proporção que

B) Nas expressões à moda de e à maneira de, ainda que subentendidas.

2.3 Casos que não ocorre a crase

A) Diante de substantivo masculino.


Ex.: Não vendemos a prazo.
B) Diante de verbos.
Ex.: Convido-os a participarem do lançamento de nosso mais novo produto.
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C) Diante de artigo indefinido e pronome indefinido.


Ex.: Seu relatório não conseguiu direcionar a nenhuma conclusão.
D) Diante de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo e de alguns pronomes
de tratamento que repelem o artigo.
Ex.: Solicite a ela que se apresente com 30 minutos de antecedência.
Encaminhamos a Vossa Senhoria o pedido de reclassificação salarial dos funcionários
do setor fiscal.
E) Quando um a no singular encontra-se diante de palavra no plural, fornecendo à
F)Não há crase no regime preposicional de cuja(s), por isso que o relativo não pode
ser determinado. Exemplos: Homens a cuja probidade tudo confiamos; Tribunal a
cujas decisões devemos respeito.

Na opinião de Rocha Lima não ocorre crase:

a. Antes de palavra masculina. Exemplo: Pintura a óleo.

b. Antes do artigo indefinido uma.

Exemplo: Você faz jus a uma recompensa.

c. Antes de palavra no plural. Exemplo: Não compareço a festas públicas.

d. Antes de verbo.Exemplo: Preferiu morrer a entregar-se.

e. Antes de pronome pessoal e de tratamento.

Exemplo: O concerto será dedicado a você.

f. Antes de numeral cardinal (exceto da designação e horas). Exemplo: O vilarejo fica


a duas léguas da cidade.

g. Antes de pronome demonstrativo, indefinido, relativo ou interrogativo (nesse caso


excetua-se: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a qual, as quais – que podem
fundir com a preposição). Exemplo: Não sei responder a essa questão.
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h. Antes de nome de lugar, que se use sem artigo. Exemplo: Foi a Paris. Entretanto
se a palavra é determinada usa-se crase. Exemplo: Jamais voltei à Paris dos meus
sonhos. i. Em expressões como frente a frente.

Recomenda-se substituir a palavra feminina precedida de a(s) por um termo


masculino que pertença à mesma classe ou categoria gramatical.

Caso apareça ao(s), o acento será obrigatório; se oa se mantiver inalterado ou


apare-cer apenas o(s), não haverá acento:Entregamos flores à g a r o t i n h a . ( Ao
garotinho) Compareceu à comemoração (Ao desfile).

Além dos casos em que ocorre fusão de preposição com artigo, a crase é
obrigatória:

 antes dos numerais que indicam horas: Abriremos às 18h.


 quando “moda” ou “maneira” estiverem implícitas: Ela preparou um virado à
paulista delicioso!
 nas locuções femininas à noite, à toa, à tona, à custa de, à risca, à procura.
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Quando você encontrar algum caso que não foi explicado aqui, pense se o verbo ou
o nome exigem uma preposição e se a palavra que vem a seguir precisa de um artigo
feminino definido (singular ou plural).

3 METODOLOGIA

A metodologia de pesquisa utilizada neste trabalho está fundamentada, quanto


aos fins de investigação, como pesquisa exploratória e, quanto aos meios de
investigação, como pesquisa bibliográfica.
Quanto aos fins de investigação, Vergara (2013) esclarece que a
fundamentação da pesquisa como exploratória deve ser realizada em área na qual há
pouco conhecimento acumulado e sistematizado.
Quanto aos meios de investigação, Vergara (2013) esclarece que a
fundamentação da pesquisa como pesquisa bibliográfica contempla uma investigação
a um referencial teórico que fundamentará este trabalho com a realização de uma
revisão de literatura com o objetivo de identificar o que está consolidado e o estado
da arte em relação ao tema deste trabalho.

CONCLUSÃO

Este artigo veio analisar e evidenciar o emprego correto do acento grave da


crase.
Retomando ao questionamento inicial da pesquisa: Como utilizar a Crase
corretamente?
O objetivo geral do presente trabalho demonstra as diversas formas de utilizar
a crase.
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Concluiu-se que a palavra crase é de origem grega e significa "fusão",


"mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais
idênticas.
Conclui-se ainda que a crase é utilizada em categorias funcionais, uma vez que
a mesma não possui uma relação semântica com os argumentos em sua volta, ela
possui uma função funcional, ou seja, gramatical. A crase identifica a fusão que ocorre
com a preposição a e um determinante (um artigo, por exemplo).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37a edição revista, ampliadas


e atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Editora Nova
Fronteira, 2009.

TODA MATÉRIA. Disponível em https://www.todamateria.com.br/crase/ Acesso


em: 26/05/2019 ás 23:50.

ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. Gramática normativa da língua portuguesa. 38 ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.

SCHMITD, Luzia. Crase Sala de aula Mônaco em 15/05/ 2019.

https://pt.scribd.com/doc/62650446/TERMOS-TECNICOS. /. Acesso em: 26/05/2019


ás 23:50.

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/crase/1308. /.
Acesso em: 26/05/2019 ás 23:50.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 14ª ed. São


Paulo: Atlas, 2013.

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