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A autocrítica: quando somos nossos próprios juízes.

Como você tem tratado a si mesmo? Acredite, a forma como a gente lida
com nossos sentimentos, o que pensamos sobre nós mesmos e o
julgamento que temos para quem somos e o que fazemos, pesa muito
em nossa vida.
A autocrítica está fortemente associada a um sentimento primordial de
não ser “suficientemente bom”, gerando sentimentos de inferioridade,
indignidade, fracasso e culpa. Podem ser julgamentos das suas
habilidades, inteligência, aparência física e até mesmo dos seus
pensamentos ou sentimentos. 
Aceitar-se é um processo diário, que precisa de muita dedicação

Muito daquilo que vemos no outro é apenas reflexo do que nossa alma
insiste em não aceitar. A este sentimento denominamos “projeção”. O
outro, por vezes, torna-se um espelho diante de uma realidade que não
aceitamos em nós mesmos. 

Vejamos apenas alguns exemplos de diálogo interno expressos por


indivíduos atormentados devido ao hábito de serem autocríticos:
Eu sou tão estúpido!
Eu sou um fracasso.
Eu sou tão feio.
Eu sou tão fraco.
Eu não consigo fazer nada certo!
A autocrítica e os sentimentos associados podem ser desencadeados por
um acontecimento específico e consequente reação, que leva a uma
enxurrada de reflexões desse tipo.
Uma visão errada de nossa fé pode incutir altas exigências em nós
mesmos, fazendo aumentar o nosso senso de não ser bom o suficiente. 
Essas experiências anteriores podem contribuir para um perfeccionismo
elevado, motivado a evitar a vergonha aos olhos dos outros e de si
mesmo. Além disso, podem ainda contribuir para se sentirem imperfeitos,
não amáveis e indesejáveis quando buscarem conexão com os outros.
Mas veja o que a palavra diz sobre a autocrítica exarcebada.
1 João3: 20: "Pois, se o nosso coração nos condena, sabemos que Deus é
maior do que o nosso coração e conhece tudo."
Que palavra consoladora! Se o nosso coração nos condena, Deus é maior
do que o nosso coração.
Mas Deus é maior do que o nosso
coração. E conhece todas as coisas. Ele sabe o que se passa em nosso
coração e pode nos perdoar e dar uma nova oportunidade.
Você vai fracassar. Eu vou fracassar Ou já fracassamos em algum
momento, em alguma situação ou mais de uma vez. O que você vai fazer
com a adversidade?
Vai desistir? Vai sentir pena de si mesmo? Vai pensar por que isso tinha de
acontecer justo com você?
Ou vai levantar e traçar um plano para voltar à batalha com mais
experiência, mais maturidade e muito mais conhecimento?
Os altos e baixos da vida trazem beleza aos nossos caminhos imprevisíveis.
Alguns acontecimentos nos abatem, mas a tua fé determina o desfecho
que isso terá. É muito fácil ficar abatido e solitário e se fazer de vítima e
nos criticarmos. Mas você também pode superar o que aconteceu e
colocar a tua fé em Deus. Ou então, melhor ainda, você pode aprender
com o que passou e se tornar uma pessoa ainda melhor. Lembre-se de
que Deus é capaz de tornar coisas impossíveis e coisas que não vemos
nem imaginamos, em coisas reais. Só precisamos ter um pouco de fé.
As cicatrizes dessa luta vão deixá-lo mais forte, belo e valoroso!
Por isso, quando o nosso coração nos condena, embremo-nos sempre
disso: Deus é maior do que o nosso coração.

Aceitar-se é um processo diário, que precisa de muita dedicação


A vida é uma difícil aventura de viver consigo mesmo. Muito daquilo que
vemos no outro é apenas reflexo do que nossa alma insiste em não
aceitar. A este sentimento denominamos “projeção”. O outro, por vezes,
torna-se um espelho diante de uma realidade que não aceitamos em nós
mesmos.

Não podemos fugir de experiências dolorosas como doenças, perdas,


decepções, separações, etc. Resistir a esses acontecimentos ou
circunstâncias, por mais indesejáveis que eles sejam, só nos trará mais
sofrimento e dor.

Resistir é colocar nossa emoção naquilo que não queremos e que nos
preocupa. “Por que isso aconteceu comigo?” A resistência é um
mecanismo de oposição à realidade. Sentimos raiva, impotência,
desaprovação, indignação, e isso nos tira a serenidade e a lucidez. O fato
de resistirmos às mudanças não impede que elas aconteçam. Nem tudo
está sob nosso controle.

A resistência provoca uma tempestade emocional. É uma emoção que


cresce à medida que nos tornamos conscientes do que está acontecendo
e não conseguimos encontrar uma solução. Não conseguimos ver a
situação com clareza, nos sentimos fracassados, desperdiçamos nossas
energias e tornamos as coisas mais difíceis.

Quando não aceitamos, nos tornamos amargos, revoltados, frustrados, insatisfeitos, cheios de
rancor e tristeza

Viva o presente e pare de resistir. No instante em que você aceita e se entrega ao que a vida
pode lhe oferecer, novas ideias surgem para prosseguir na direção desejada. Se queremos
modificar qualquer aspecto da nossa vida, devemos começar com a aceitação. É um processo
lento e gradual que leva algum tempo para acontecer. É preciso mudar o foco da sua atenção,
ver o lado positivo dos acontecimentos e focar na solução dos problemas.

Aceite o momento presente como ele é. Muitas vezes isso nos obriga a adiar projetos para o
futuro e fazer mudanças na nossa vida. A aceitação não significa aprovação, mas torna as
coisas mais fáceis.

Aceitar não é permanecer passivo diante dos acontecimentos. É reconhecer nossos limites
diante de situações inevitáveis, encarar a realidade e seguir em frente.

Para finalizar, deixo um velho provérbio, tudo aquilo que você resiste, persiste. Quando
começamos a aceitar, a situação muda.

As mudanças mais significativas começam a acontecer quando aceitamos as coisas como elas
são; tanto a aceitação do que a vida nos dá, quanto a aceitação de nós mesmos.
Em Cristo Wesley Ramalho.
23 de nov de 2019

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