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02/03/2017
• Gerontologia social: aspectos não orgânicos (antropológicos, psicológicos, legais, sociais, ambientais, econômicos,
éticos, políticos, etc.) da saúde.
Fragilidade
• Fragilidade: síndrome biológica caracterizada por importante decréscimo nas reservas e resistência individual a
estressores (internos ou externos), resultando em declínios cumulativos em múltiplos sistemas fisiológicos,
desencadeando vulnerabilidade a eventos adversos. É uma capacidade diminuída em desempenhar as atividades
básicas da vida diária.
Fragilidade é como pornografia: você pode não saber como defini-la, mas quando você estiver na frente dela, com
certeza vai reconhecê-la.
Não é possível conceituar concretamente a fragilidade. Quase todos os pacientes acima de 60 anos vão ter algum
grau de fragilidade ou de desnutrição. É muito comum, principalmente se o paciente tiver comorbidades. Muitas
vezes, independe da idade.
“É uma síndrome clínica associada ao envelhecimento fisiológico normal, agravada pelos danos acumulados ao longo
da vida. Caracteriza-se por diminuição das reservas de energia, desregulação neuroendócrina, declínio da função
imune e redução da resistência aos estressores. Relaciona-se de forma robusta com risco para morte em prazo
relativamente curto, doenças crônicas, incapacidades, quedas e necessidade de institucionalização. ”
7,7% dos idosos vivendo em comunidade com mais de 75 anos são frágeis.
Cardiovascular Health Study
30% dos idosos com 80 anos ou mais são frágeis.
5 sinais e sintomas que definem fragilidade são: anorexia, sarcopenia, osteopenia, déficits cognitivos, inatividade,
incapacidade e doenças inflamatórias.
Segundo o Cardiovascular Health Study a prevalência da fragilidade foi maior entre as mulheres do que entre os
homens e entre os idosos de idade mais avançada do que entre os mais jovens (32% no grupo de mais de 90 anos e
2,5% entre os de 65 e 70 anos).
“O predomínio de fragilidade entre as mulheres e os idosos mais velhos é devido ao número de déficits acumulados,
particularmente no final da vida, e ao aumento da vulnerabilidade por perdas fisiológicas relacionadas ao
envelhecimento. Essas condições são potencializadas por vulnerabilidade social, à qual as mulheres estão mais
expostas ao longo de toda a vida e na velhice. Quanto mais alto o status socioeconômico ao longo da vida e na
velhice, melhores as possibilidades de um envelhecimento saudável, garantido por mais e melhores serviços de
saúde, por mais informações sobre saúde e por acessibilidade, educação, entretenimento e oportunidades para
estar ativo e socialmente participante. ”
• Idade avançada não pressupõe a fragilidade. A associação entre o envelhecimento e a síndrome ainda não é
estabelecida. ATENÇÃO: isso é o que dizia no slide do professor. O texto que nos foi passado contém várias
Geriatria Juliana Cordeiro + Transcrição 72 + Texto do professor
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pesquisas sobre isso e basicamente todas elas dizem que há maior incidência de fragilidade em idosos mais
velhos. Então a fragilidade ocorre principalmente em mais velhos, mas que pode acontecer em outras idades.
Diagnóstico
Estudos de Rockwood e de Fried definiram a fragilidade pela presença de dois ou mais dos seguintes componentes:
• A síndrome não está descrita na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à
Saúde (CID) e na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Ou seja, não tem CID
“fragilidade”.
Tratamento
Conclusão
• Algumas pessoas tornam-se frágeis no curso das doenças crônicas, porém em outros idosos as causas não são
evidentes.
“Idosos frágeis compõem um subconjunto de indivíduos portadores de uma condição de maior suscetibilidade a
desfechos adversos de saúde, tais como morte, incapacidade e hospitalização, em virtude da redução de sua
capacidade para responder a condições de estresse. Não se trata de uma doença, nem de um desfecho obrigatório
na velhice. ”
Geriatria Juliana Cordeiro + Transcrição 72 + Texto do professor
02/03/2017
“Boa parte dos idosos com sinais de fragilidade continuam ativos e participativos nas respectivas comunidades e
satisfeitos com a vida. Uma minoria vive em instituições sob cuidados intensivos. ”