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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
1.3.1. Arbitragem
1.3.1.1. Requisitos
- Partes Capazes;
- Direito Patrimonial Disponível; e
- Ajuste Prévio/Convenção de Arbitragem, que pode ser:
A) Cláusula Compromissória: apresenta-se como item do contrato prevendo arbitragem. Pode ser cheia (já
com definição de todos os itens - critério, competência e local de julgamento); ou vazia (genérica); ou
B) Compromisso Arbitral: ajuste posterior, criando a arbitragem. Já há um conflito no caso concreto e o
compromisso é feito regrando tudo.
Obs.: Na área trabalhista cabe arbitragem? A Jurisprudência majoritária entende que para conflitos individuais, não.
Entretanto, para dissídios coletivos, sim, a arbitragem é cabível.
Em relação à reforma trabalhista, permite-se a arbitragem quando o empregado tem remuneração igual ou
superior a 2 pisos salariais e se por iniciativa do empregado.
As partes podem escolher se haverá sigilo ou publicidade, bem como qual será o critério de julgamento (que pode
ser a Lei, por Equidade, Normas Técnicas, Regras Internacionais, etc.).
**A Fazenda Pública pode participar de Arbitragem, DESDE QUE: i- Haja publicidade; e ii- O critério de julgamento
seja a legalidade estrita.
EXTENSIVO REGULAR
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
O árbitro tem o poder de decidir: Sobre liminar; sobre o mérito. O árbitro tem poder cautelar (pode
decidir sobre tutela provisória).
Obs.: Se a Sentença arbitral for estrangeira, deve ser homologada pelo STJ.
O árbitro não tem força executiva, ou seja, ele não tem poder de coerção. Isto significa que a Execução da liminar
ou da sentença arbitral deve ocorrer no Poder Judiciário.
Arbitragem NÃO É JURISDIÇÃO, mas apenas natureza convencional. Este é o posicionamento majoritário na
doutrina clássica, cujos adeptos são Vicente Grecco, Alexandre Câmara, Luiz Guilherme Marinoni e Humberto
Theodoro Jr. Esse posicionamento defende que a arbitragem se trata de um equivalente jurisdicional.
Lado outro, a Carlos Alberto Carmona e Fredie Diddier partilham do entendimento de que arbitragem é jurisdição
exercida por particular/privada. Atenção! O STJ segue esse entendimento.
Obs. Finais:
- Conflito de competência entre juízo arbitral e juiz estatal é julgado pelo STJ;
- Quando o Contrato prevê arbitragem, mas é título extrajudicial, é possível ajuizar execução ou pedido de falência
no Juízo estatal desde logo;
- Súmula 485 do STJ.
1.3.2.1. Conceito
Tribunais Administrativos são órgãos estatais, além alheios ao Poder Judiciário que, com imparcialidade, substituem
as partes e decidem conflitos.
Exs.: Justiça Desportiva; Tribunal Marítimo; Agências Reguladoras por vezes tomando decisões e aplicando multas
(ANS, ANELL e PROCON).
As decisões dos Tribunais Administrativos SEMPRE podem ser revistas pelo Poder Judiciário.
Os Tribunais Administrativos, em regra são facultativos, SALVO A JUSTIÇA DESPORTIVA, que é obrigatória.
*C.A.R.F. (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais): A Justiça Federal entende que falta interesse de agir,
enquanto a questão estiver pendente no CARF.
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Obs.: O artigo 313, VII do CPC prevê que quando o processo versar sobre fato objeto de análise no Tribunal
Marítimo, o processo será suspenso, pois, a decisão do Tribunal Marítimo tem valor de prova documental.
1.3.3. Jurisdição
1.3.3.1. Conceito
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