Você está na página 1de 31

MECÂNICA DOS SOLOS I

Aula 11 e 12 – Compressibilidade,
Adensamento e Recalques no Solo

1
Introdução
RECALQUE

• Deslocamento vertical, para baixo, da base da sapata


em relação ao indeformável. Esse deslocamento é
resultante da deformação do solo.

2
Introdução
RECALQUE

• Deslocamento vertical, para baixo, da base da sapata


em relação ao indeformável. Esse deslocamento é
resultante da deformação do solo.

3
Introdução
RECALQUE DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS

• Recalques imediatos
Observa-se nas
fundações recalques
que ocorrem
imediatamente após o
carregamento e outros
no decorrer do tempo.

•Recalques por adensamento


Introdução
Modelos para Elasticidade

Para a estimativa dos valores de recalque é preciso assumir alguns


parâmetros do solo, que compreendem erros embutidos, porém são
necessários para aplicação dos métodos de cálculo.
Para assumir a teoria da elasticidade são propostos três modelos.
Introdução
Distribuição de Pressão por Contato

Os recalques ocorrem após a aplicação de determinada carga.


No entanto as tensões que são transmitidas ao solo variam de acordo
com o tipo de fundação.

Sapatas Rígidas ou Flexíveis.


Introdução

 Compressibilidade em solo – característica de todos os


materiais de quando submetidos a forças externas
(carregamentos) se deformarem;
 devido a estrutura própria do solo (multi-fásica), possuindo uma
fase sólida (grãos), uma fase fluída (água) e uma fase gasosa (ar)
confere-lhe um comportamento próprio, tensão-deformação.

 Solos Arenosos- rápida compressão;

 Solos Coesivos – lenta compressão;

Variação de Volume em solos finos saturados se chama:


ADENSAMENTO
7
Introdução

Solo sem nenhum tipo de carregamento

8
Introdução

Solo com carregamento imediato

9
Introdução

Solo com carregamento a longo prazo

10
Modelo Mecânico de Terzaghi

11
Variações de Tensões e Volumes

o Da rigidez da estrutura do solo;


o Da espessura da camada;
o Do incremento de carga vertical.

o Pressão neutra depende da permeabilidade do solo e das


12
condições de drenagem que há nos contornos da camada.
Teoria do Adensamento por Terzaghi

o Solo homogêneo e saturado;


o Partículas sólidas e a água contida nos vazios do solo são
incompressíveis;
o Compressão (deformação) e drenagem unidimensionais
(vertical);
o Propriedades do solo permanecem constante:
o ( k, mv, Cv);
o Validade da lei de Darcy ( v = k . i );
o Há linearidade entre a variação do índice de vazios e as
tensões aplicadas.

13
Ensaio de Adensamento – Oedométrico
NBR 12007/90

 Ensaio onde o solo está confinado lateralmente e recebe


apenas carregamento axial, nas condições drenadas.
 Os resultados do ensaio podem servir para a estimativa
dos recalques de uma obra.
o Confinamento lateral
o Pressão aplicada:
o 10, 20, 40, 80, 160, ... kPa
o Tempos de Leitura:
o 1/8, 1/4, 1/2, 1, 2, 4, 8, 15, 30 min; 1, 2, 4, 8, e 24h
o Dados plotados em gráfico – Índice de Vazios x Pressão
14
Ensaio de Adensamento – Oedométrico

15
Ensaio de Adensamento – Edométrico

16
Ensaio de Adensamento – Edométrico
e1  e2 e
Cr – índice de recompressão Cc  
log  2  log  1 log  2
Cc – índice de compressão 1

Estagio I – pré adensado


Estágio II – expulsão da poro-pressão
17
Estágio III – reajuste das partículas
Ensaio de Adensamento – Edométrico

18
Tensão de Pré-Adensamento
A determinação da tensão de pré-adensamento pode ser feita pelo
ensaio edométrico:

 ' vm
Método de Pacheco Silva Casagrande

19
Histórico de Tensões - OCR
Conhecido a Tensão de Pré-Adensamento determina-se
o Índice de Pré-Adensamento
Over Consolidation Ratio (OCR)
 ' vm
OCR 
 ' v0

• Solos Normalmente Adensados (NA) – OCR = 1,0


Tensão atual corresponde a máxima.

• Solos Pré-Adensados (PA) – OCR > 1,0


Tensão atual é inferior a máxima já ocorrida

• Solos em Adensamento (PA) – OCR < 1,0


Solos que ainda estão adensando
20
Histórico de Tensões - OCR

(a) Solos Normalmente Adensados (NA) – OCR = 1,0


(b) Solos Pré-Adensados (PA) – OCR > 1,0

(c) Solos em Adensamento – OCR < 1,0

21
Grau de Adensamento Localizado

22
Grau de Adensamento Localizado
Cv  t k t
T  
Hd 2
 W  mv Hd 2
Vt ut u u
Uz    e
Vt  ut  ue  u0
U – Grau de Adensamento
0% - Não dissipou a sobre pressão
100% - Dissipou toda sobre pressão

23
Grau de Dissipação de Poro-Pressão Localizado

Grau de dissipação
de poro pressão para
uma dada
profundidade

24
Grau de Adensamento Meio da Camada
Solução gráfica do Grau de Adensamento
(somente para saber o valor médio)
0

Porcentagem de recalque - U (%) 10

20

30

40

50

60

70

80

90

100
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Fator tempo - (T)

T   4U 2
Para U < 60%

T  0,9332  log1  U   0,0851 Para U > 60%


25
Grau de Adensamento – Meio da Camada
U (%) T U (%) T U (%) T U (%) T U (%) T
1 0,0001 21 0,035 41 0,132 61 0,297 81 0,588
2 0,0003 22 0,038 42 0,139 62 0,307 82 0,610
3 0,0007 23 0,042 43 0,145 63 0,318 83 0,633
4 0,0013 24 0,045 44 0,152 64 0,329 84 0,658
5 0,0020 25 0,049 45 0,159 65 0,340 85 0,684
6 0,0028 26 0,053 46 0,166 66 0,352 86 0,712
7 0,0038 27 0,057 47 0,173 67 0,364 87 0,742
8 0,0050 28 0,062 48 0,181 68 0,377 88 0,774
9 0,0064 29 0,066 49 0,189 69 0,390 89 0,809
10 0,0079 30 0,071 50 0,196 70 0,403 90 0,848
11 0,0095 31 0,075 51 0,204 71 0,417 91 0,891
12 0,0113 32 0,080 52 0,212 72 0,431 92 0,939
13 0,0133 33 0,086 53 0,221 73 0,446 93 0,993
14 0,0154 34 0,091 54 0,229 74 0,461 94 1,055
15 0,0177 35 0,096 55 0,238 75 0,477 95 1,129
16 0,0201 36 0,102 56 0,246 76 0,493 96 1,219
17 0,0227 37 0,108 57 0,255 77 0,511 97 1,336
18 0,0254 38 0,113 58 0,264 78 0,529 98 1,500
19 0,0284 39 0,119 59 0,273 79 0,547 99 1,781
20 0,0314 40 0,126 60 0,283 80 0,567 100 ∞ 26
Grau de Adensamento – Meio da Camada

Exercícios propostos:
1 ao 9

27
Recalque por Adensamento – Primário

e
H  H
1  e0

H = deformação ou recalque
H = espessura da camada compressível
e = variação do índice de vazios
e0 = índice de vazios inicial
28
Determinação do Recalque

 Solo Normalmente Adensado (NA) - ’vm = ’v0

H ( ' v0   ' v)
H  Cc  log
1  e0  ' v0
H = recalque por adensamento para argilas normalmente
adensadas;
H – espessura da camada compressível;
Cc = Coeficiente de compressão; (Cc = LL – 10)*
eo = índice de vazios inicial;
’v0 = tensão inicial;
’v = acréscimo de tensão efetiva no centro da camada (Teoria
da Elasticidade;
29
Determinação do Recalque
 Solos Pré-Adensados (PA)
a) Quando ´v0 + ´v > ´vm
H   ' vm ( ' v0   ' v) 
H   Cr  log  Cc  log 
1  e0   ' v0  ' v m 

b) Quando ´v0 + ´v < ´vm

H   ' v0   'v 
H   Cr  log 
1  e0   ' v0 

Recalque Devido ao Rebaixamento do Lençol


Freático
30
Determinação do Recalque
H = Hi + Ha + Hcs
Hi = recalque imediato ou recalque elástico resultante da distorção
do solo a volume constante, presente em todos os materiais;

Ha = recalque por adensamento resultante da dissipação do excesso


de pressão neutra, típico de solos argilosos saturados (recalques
ocorrem ao longo do tempo);

Hcs = recalque secundário evolui com o tempo, porém a tensões


efetivas constantes (após a dissipação das pressões neutras);

Recalque imediato
Hi = recalque vertical imediato

Hi  Cd  Q  B 

1   2 Cd = fator de forma e rigidez
B = diâmetro ou largura da área carregada
E  = coeficiente de Poisson
E = módulo de elasticidade do solo
31

Você também pode gostar