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Adensamento unidimensional

Quando um carregamento é aplicado


num solo coesivo saturado e confinado
por um anel de metal, a pressão da água
nos poros sobe instantaneamente e terá
valor igual ao da carga aplicada.
Baixo coeficiente de permeabilidade o
fluxo d´água não poderá se estabelecer
instantaneamente, o acréscimo de carga é
convertido em acréscimo de pressão na
água dos poros.

Na fronteira da camada de solo o fluxo será lento em função da permeabilidade do


solo e respeitará a lei de Darcy (v = k.i)
Ensaio de adensamento unidimensional

O ensaio é
unidimensional. Um anel
de metal confina a amostra
garantindo não haver
movimentação lateral do
solo e todo o fluxo ocorre
na direção vertical.
Procedimento
1. Antes de realizar o ensaio verificar as condições da prensa,o extensômetro,
saturar as pedras porosas em água destilada, separar os conjuntos de pesos.
2. Mede-se o diâmetro e a altura do anel com um paquímetro e determina-se o seu
peso. Faz-se a moldagem da amostra diretamente no anel de adensamento.
Pesa-se o anel com a amostra e das sobras tomam-se duas amostras, uma para
determinação da umidade e outra para determinação de Gs.
3. Coloca-se a amostra com o anel dentro da célula de adensamento com
uma pedra porosa saturada e uma lâmina de papel filtro embaixo. A
seguir coloca-se uma outra lâmina de papel filtro e a placa de
carregamento.
4. Coloca-se a célula de adensamento na prensa, posiciona-se o
extensômetro na leitura máxima e equilibra-se o braço da prensa.
5. Aplica-se o primeiro estágio de carregamento que funciona como uma
carga de ajuste e não fornece resultados satisfatórios. Este primeiro
carregamento pode ser de 0,0625 kg/cm2 (solos moles) a 0,125
kg/cm2 (solos rijos).
6. Após deixar o primeiro carregamento sobre o solo por tempo
suficiente (24h), aplica-se o primeiro incremento de carga e
simultaneamente iniciam-se as leituras no extensômetro:
0 – 0,25 – 0,5 – 1 – 2 – 4 – 8 – 15 – 30 min – 1 – 2 – 4 – 8 – 24 horas
7. Ao se completar o tempo de um incremento faz-se a leitura final
(24 horas) no extensômetro. Esta será a leitura inicial do próximo
incremento. Aplica-se o próximo carregamento com o cuidado de
se adicionar o cronômetro assim que a carga for aplicada.

8. Ao final do ensaio desmonta-se o aparato e leva-se a amostra com


o anel para a estufa para se determinar a umidade final e o peso de
sólidos.
Ensaio Edométrico

Cr
3,4
s’p
3,2
Índice de vazios

3 Cc
2,8

2,6

2,4

2,2

2
Cs
1,8
10 100 1000 10000

Tensão (kPa)
Ensaio Oedométrico
e
Coeficiente de recompressão: C R 
Logs '

e
 Coeficiente de compressão: Cc 
Logs '
e
Coeficiente de expansão: Cc 
Logs '

 Tensão de Pré-adensamento (sp’):


A maior tensão efetiva já sofrida pelo solo em toda a sua
história.

Adensamento ocorrido no solo numa época anterior à atual,


quando o solo deve ter sofrido um carregamento maior que
o que está atuando hoje no campo.
Determinação da Tensão de Pré-adensamento
Método de Casagrande
e Ponto de inflexão
Prolongamento da reta virgem
Horizontal pelo ponto de
inflexão

Bissetriz

Tangente ao ponto de
inflexão
Interseção com a bissetriz

s’p Log s’p


Determinação da Tensão de Pré-adensamento
Método de Pacheco Silva

Prolongamento da reta virgem


Horizontal pelo índice de
vazios inicial

s’p
Teoria do Adensamento
Evolução dos recalques com o tempo
Analogia mecânica de Terzaghi

válvula fechada válvula aberta válvula aberta

Força suportada
pela água
Força suportada
pela mola

Porcentagem de
adensamento

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Hipóteses da Teoria do Adensamento
 Solo homogêneo
 Solo saturado
 Água intersticial e partículas sólidas incompressíveis
 Adensamento ou compressão unidimensional
 Escoamento da água intersticial unidimensional
 Validade da lei de Darcy (v = ki)
Teorias aplicáveis a elementos serão extendidas por integração a
toda massa de solo
 Linearidade da relação entre a variação do índice de vazios com
o acréscimo de pressão

e
av   cons tan te 11
s '
Método de
Casagrande

0,197H d 
2
cv 
t50
Método de Taylor
0,848H d 
2
1. Marcam-se os pontos
correspondentes às leituras
cv 
t90
deformação-tempo feitas no ensaio.
2. Ajusta-se uma tangente ao trecho
inicial da curva dos pontos marcados,
determinando-se o ponto x
correspondente a 0% de
adensamento, em l0.
3. Tomando-se o valor de x no eixo das
ordenadas até a curva, multiplicá-lo
por 1,15. Marcar este ponto e definir
uma segunda reta unindo-o ao ponto
de 0% de adensamento.

4. Onde esta reta cruzar com a curva de laboratório será definido o exato instante onde
ocorre 90% de adensamento (t90).

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