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Proteção de Executivos e Autoridades

Estudo Dirigido

Olá, prezado aluno. O estudo dirigido é um pequeno resumo de alguns dos


temas que podem ser cobrados nas avaliações da disciplina. Por se tratar de
um resumo, ele é apenas um complemento. Estude pelas videoaulas, textos
e demais materiais disponibilizados a você, de acordo com a Rotina de
Estudos entregue na fase.

Referência: Aulas da disciplina e obra: AGIBERT, Claudionor. Segurança


Executiva e de Autoridades. Curitiba: InterSaberes, 2017.
Sumário

Introdução .......................................................................................... 3

( 1 ) Gestão de Pessoas.................................................................. 3

( 2 ) Recursos materiais .................................................................. 4

( 3 ) Formação e aperfeiçoamento .................................................. 4

( 4 ) Modos de gestão ..................................................................... 5

( 5 ) Liderança ................................................................................. 5

( 6 ) Planejamento de missão.......................................................... 6

( 7 ) Ser um agente de proteção ..................................................... 7

( 8 ) Modo de proteção de agentes ................................................. 8

( 9 ) Varreduras e inspeções ........................................................... 9

( 10 ) Plano de contingência .......................................................... 9

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Introdução
Entre 800 e 900 d.C., gangues de guerreiros na Noruega cumpriam o
papel de guarda-costas da corte real. A necessidade de proteção de
autoridades existia desde tempos imemoriais. Os escolhidos para a tarefa de
segurança de autoridades eram aqueles com melhor condição física.
Atualmente, existem excelentes sistemas de proteção de autoridades
e executivos no mundo. Devem ser destacados o Shin Bet israelense, a BKA
alemã, a VIPPU chinesa, a RCMP canadense e o serviço secreto americano,
entre outros. No Brasil, as organizações com a responsabilidade de proteção
são: Departamento de Polícia Federal, o Departamento de Polícia Rodoviária
Federal, as Polícias Civis e as Polícias Militares.
Agentes privados podem ser empregados para a proteção de outras
autoridades e também de executivos, e é essa atividade de proteção que
orienta nossos estudos.

( 1 ) Gestão de Pessoas

Realmente não existe recurso mais valioso que o humano, já que


profissionais motivados são os responsáveis diretos pelo sucesso de
qualquer organização. A Administração de Recursos Humanos (ARH)
consiste no planejamento, na organização, no desenvolvimento, na
coordenação e no controle de técnicas capazes de promover o desempenho
eficiente do pessoal dentro da organização. Ao mesmo tempo, a organização
representa o meio que permite às pessoas que com ela colaboram alcançar
os objetivos individuais relacionados direta ou indiretamente com o trabalho.
Podemos entender que a ARH busca conquistar e manter empregados na
organização, trabalhando e dando o máximo de si, com uma atitude positiva
e favorável.

Há três diferentes tipos de planejamento estratégico para a gestão de


pessoas:

 Planejamento otimizante: voltado para a adaptabilidade e a


inovação da organização. As decisões são tomadas no sentido
de obter os melhores resultados possíveis minimizando
recursos ou maximizando o desempenho para melhor utilizar
os recursos disponíveis.

 Planejamento conservador: planejamento voltado para a


estabilidade e manutenção da situação existente. As decisões
são tomadas no sentido de obter bons resultados, porém

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dificilmente esse planejamento procurará fazer mudanças
radicais da organização.

 Planejamento prospectivo: é o planejamento voltado para as


contingências e para o futuro da organização. As decisões são
tomadas no sentido de compatibilizar os diferentes interesses
envolvidos, através de uma composição capaz de levar a
resultados para o desenvolvimento natural da empresa e
ajustá-las às contingências que surgem no meio do caminho.

( 2 ) Recursos materiais
Os recursos materiais são um tipo específico de recursos
organizacionais colocados à disposição de uma determinada organização
para que ela possa desenvolver a sua atividade e atingir os seus objetivos.
Para fins de gestão, os recursos materiais, em sentido amplo, podem ser
classificados em duas subcategorias:

 Recurso material em sentido estrito: é todo o bem físico


(tangível) empregado em uma organização que detém
natureza não permanente. Em geral, são materiais que são
consumidos ao longo do tempo, constituindo-se, usualmente,
em bens de estoque. O conceito de recurso material em sentido
estrito aproxima-se de outro conceito, adotado na área
contábil, chamado de material de consumo.

 Recurso patrimonial: é todo o bem físico (tangível) empregado


em uma organização que detém natureza permanente. Em
geral, os bens patrimoniais podem ser de três tipos: imóveis
(prédios, terrenos etc.), instalações (uma central de ar
condicionado, por exemplo) e materiais permanentes
(máquinas, móveis, computadores etc.).

( 3 ) Formação e aperfeiçoamento
Devemos ter em mente que todos os profissionais precisam estar
sujeitos a algum tipo de formação, treinamento e aperfeiçoamento, de
maneira a melhorar o desempenho de suas atividades. É possível verificar
que é imperioso existir um planejamento de curso preparatório para todos os
profissionais que integrarem uma seção de segurança de autoridades e de
executivos. Além disso, é necessário haver um período de estágio obrigatório
e instruções periódicas de manutenção. O período de estágio recomendável
é de 30 dias. As instruções periódicas de manutenção podem ocorrer uma

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vez por mês, abrangendo conteúdos de segurança, varredura, tiro VIP e
operações.

( 4 ) Modos de gestão
Gestão por processos é uma metodologia que ordena e nos faz
continuamente melhorar nosso dia a dia de uma forma ordenada e
sistematizada. Verificamos que existe uma sequência, uma rotina, que deve
ser seguida e melhorada constantemente, sendo assim, na área de proteção
de autoridades e executivos, a gestão de processos se torna fundamental,
porque lida com a vida, a integridade física e psicológica de pessoas muito
importantes. Os grandes sucessos de diversas atividades estão ligados à
padronização e ao estabelecimento de protocolos. Seja na medicina, seja na
engenharia, seja na segurança pública e privada, tal medida pode ser fato
decisivo — os processos.
De acordo com o Manual Interativo de Gestão por Processos
Organizacionais, existe um ciclo da gestão de processos constituído por:
estratégia; mapeamento e diagnóstico; redesenho; implementação; controle,
monitoramento, avaliação e melhoria. A finalidade da gestão de processos
construídos por controle, monitoramento, avaliação e melhoria é medir o
processo de trabalho em execução, a fim de verificar se o resultado a que se
pretende chegar com o indicador e meta está sendo alcançado e,
obviamente, se o novo modelo de o desenvolver (redesenho) está atentando
às expectativas da área executora e consequentemente da organização. Com
o controle e monitoramento é possível avaliar sua eficiência e eficácia e traçar
soluções para corrigir os desvios observados, bem como apontar outras
melhorias possíveis.

( 5 ) Liderança
Naturalmente, as pessoas que trabalham com a proteção de
autoridades e executivos precisam ter espírito de liderança e motivação
bastante desenvolvidos. Liderança é o processo de influenciar as atividades
de um indivíduo ou de um grupo para a consecução de um objetivo numa
dada situação. A liderança é um processo que envolve líder, do liderado e
de variáveis situacionais.
É importante que a liderança seja desenvolvida nos agentes de
proteção, objetivando o preparo adequado para o cumprimento de sua
missão. É possível verificar que existem diversos tipos de líderes, contudo
sobre o líder especialista, é interessante saber que, se por um lado lhe falta
habilidade para influenciar sua equipe ou os profissionais que trabalham com

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ele, por outro lado tem a característica de ser um expert na área de atuação,
fazendo com que seu conhecimento contribua com o grupo e promova
resultados. As relações interpessoais são um aspecto a ser trabalhado por
esse tipo de líder. Liderança não é sinônimo de gerência, embora cada
gerente deva ser um líder.
A liderança e a motivação caminham de mãos dadas.
Acerca da motivação, devemos considerar que ela não tende a vir de
fatores externos, como salários ou mesmo reconhecimento dos colegas e
superiores. A motivação é interna, vem de dentro para fora; portanto, uma
equipe deve buscar constantemente a capacidade de automotivar-se. O
principal responsável pela motivação não são os consultores e nem os
gerentes, mas sim o próprio indivíduo. Estímulos são importantes, pois eles
relembram às pessoas de sua importância, seus valores e sua existência,
porém, não motivam. Motivação, assim, desempenha um papel fundamento
na liderança.

( 6 ) Planejamento de missão
O planejamento de uma missão de proteção envolve várias
atividades.
Um planejamento de segurança deve ser entendido como a
formulação de um conjunto de medidas, em sua maioria, preventivas, que
visam a proteger o segurado (cliente) de uma série de ameaças previsíveis.
O planejamento exige do agente de segurança a identificação de potenciais
focos de antagonismo que possam atingir a pessoa num contexto sócio-
político-econômico; quem quer que tenha razões para temê-la ou odiá-la;
saber quem ou quais grupos podem pretender atentar contra a integridade da
pessoa segurada; quais os objetivos dos autores; avaliar as motivações e os
recursos de que os adversários poderão lançar mão para atingir seus
objetivos etc.
Na área de segurança de autoridades e de executivos, é fácil verificar
que não existem regras rígidas sobre o planejamento. Elementos essenciais
para esse planejamento são: reuniões preparatórias, treinamento, plano e
execução. Sobre a execução, é importante a presença atenta e alerta de
todos os envolvidos na missão, para que tudo o que foi planejado seja feito
de modo adequado e bem-sucedido. Equipes devem estar preparadas para
imprevistos que obriguem a alterar o planejamento, sem, contudo,
surpreendê-las, haja vista a experiência e o preparo para tais situações.
Quando pensamos na estrutura de uma seção de proteção, não
podemos de modo algum negligenciar os aspectos associados aos recursos

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humanos e materiais. São eles, entre outros mecanismos, que buscam
assegurar missões de proteção bem-sucedida. A estrutura de recursos
humanos encontra papel fundamental no desempenho das missões de
proteção.
O tamanho de uma seção de proteção de autoridades e executivos
dependerá da natureza do cargo da autoridade/executivo e do órgão
responsável pela missão (se público ou privado), bem como do orçamento
disponível.

( 7 ) Ser um agente de proteção


É muito importante entender que nem todos os perfis profissionais
são adequados para a função de proteção de autoridades e executivos. Ao
agente de proteção é conferida uma missão de muita importância, para tanto,
ele deverá ter certos atributos essenciais para atingir um desempenho
adequado: ser profissional, dedicado, resistente física e mentalmente,
técnico, polido, culto, atento e disposto a dar a própria vida para salvar o
protegido (segurado, cliente). Ainda, deve ter excelente caráter, não ter vícios
e não ter registro de qualquer atividade criminosa; deve ser dotado de boa
memória, disciplina, paciência, atenção aos detalhes, além de boa visão.
Também são levados em consideração o domínio de técnicas de combate
sem uso de armas, e, dependendo da situação, o conhecimento de
armamentos e técnicas de tiro em situações-limite.
O fato de prestar serviço a pessoas ilustres e importantes leva a
frequentar lugares que exigem uma postura adequada, razão por que uma
boa formação cultural e uma apresentação adequada são aspectos
fundamentais. Verificou-se que os profissionais de proteção devem estar
preparados para resolver situações embaraçosas que não dependem das
habilidades físicas, mas de diplomacia e bom senso.
Muitas pessoas podem pensar que um agente de proteção deve
sempre estar de passeio completo. Ledo engano. O vestuário do agente de
proteção dependerá de dois critérios básicos: o estilo pessoal da pessoa
protegida e o evento do qual ela participará.

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Traje passeio completo, o famoso “terno e gravata” para os homens,
não é requisito para atuação como agente de proteção de executivos.
(Imagem: http://ap.imagensbrasil.org/image/nRh2my)

( 8 ) Modo de proteção de agentes


Uma autoridade ou executivo pode estar presente em vários locais.
Quando se trata de prédios, residências e outras instalações, implicará a
adoção de algumas medidas. Com relação aos locais fixos permanentes, nas
questões de proteção perimetral, deve realizar estudo específico que
contemple os pontos de acesso e as vulnerabilidades, bem como tomar todas
as providências para minimizá-las. Os principais recursos usados no caso de
uma proteção perimetral são: muros, grades, alambrados, estacas de
concreto, estrutura de madeira e cercas de arame farpado, instalação de
câmeras e alarme.
Quando a autoridade ou executivo estiver em deslocamento, será o
momento de maior atenção e cuidado por parte da equipe de proteção. Os
parâmetros básicos para o desempenho dos agentes de proteção serão:
 Estar em alerta permanente, mesmo que a tarefa seja simples;
 Preparar-se para ficar entre o dignitário e ameaça que
sobrevenha;
 Não se descuidar da tarefa principal de proteger a autoridade;
 Estar atento a qualquer situação que lhe pareça suspeita;
 Certifique-se das ameaças que podem haver à pessoa que
está sob cuidados;

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 Buscar limitar o acesso a dados e informações da autoridade,
repassando-os apenas às pessoas que precisam;
 Respeitar a privacidade;
 Orientar a autoridade/executivo sob proteção e evitar rotinas
que a tornem um alvo fácil.
Quanto à formação de proteção com um agente, aprendemos que se
trata de uma formação simples e que é mais comum no caso de viagens
internacionais. Percebe-se que há algumas considerações de autores que
são contra a proteção exercida por um único profissional de segurança, sendo
recomendada apenas para dignitários de baixíssimo risco.
No cenário em que há dois agentes de segurança, eles devem ir atrás
do executivo/autoridade, um do lado direito e o outro do lado esquerdo, mas
a formação com dois agentes pode sofrer alteração, a depender da situação;
no caso em que a pessoa sob proteção for passar por uma porta ou por uma
multidão, o agente de segurança deve adiantar-se e passar na frente da
autoridade, observando a possibilidade da existência de risco.

( 9 ) Varreduras e inspeções
As varreduras e inspeções são muito importantes no trabalho da
equipe precursora. Na fase prévia da realização do evento, busca-se
identificar qualquer perigo potencial, armadilhas, artefatos explosivos ou
equipamentos de vigilância clandestina (escutas e câmeras).
Uma questão muito importante no que diz respeito à segurança das
autoridades/executivos em relação a artefatos explosivos é a possibilidade
de utilização de cartas-bomba. As características a serem verificadas em uma
correspondência para identificar uma carta-bomba são: o envelope, seja qual
tamanho tiver, tem uma espessura maior do que as cartas comuns, além de
estar mais pesados. Dependendo do tipo de explosivo utilizado, um envelope
de papel poderá apresentar manchas de gordura ou mesmo exalar um odor
estranho.

( 10 ) Plano de contingência
O plano de contingência é muito importante para qualquer seção de
proteção de autoridades/executivos, que se resume exatamente em um
planejamento de contingência; ou seja, um documento normativo que
descreve de forma clara, concisa e completa a resposta ou ação que deverá
ser desencadeada diante de adversidades ou em caso de acontecimentos de
um sinistro, perda ou dano, seja ele de ordem pessoal ou patrimonial.

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Pretende minimizar ou eliminar riscos a que estão sujeitos autoridades e
executivos.
Os planos de contingência têm como objetivos garantir o
funcionamento de uma empresa ou a dinâmica de uma residência e minimizar
ou excluir os prejuízos de um incidente. Todo plano de contingência
apresenta características peculiares que constituem a sua estrutura:
 Material de instrução;
 Finalidade;
 Situação e pressupostos;
 Operações;
 Atribuição de responsabilidade;
 Administração e logística;
 Instruções para uso do plano;
 Instruções para manutenção do plano;
 Distribuição;
 Registro das alterações.
Essas características são explicadas nas aulas e obra da disciplina.

E por aqui terminamos este estudo.


Desejamos sucesso!
Antoine Youssef Kamel
Coordenador adjunto

Elaboração do Estudo Dirigido: Profa. Tatiana H. Wagner

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