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Constitucional 1º BIMESTRE
▸Aristóteles:
Grande classificador, a partir da observação reconheceu que o estado naquela época desenvolvia muitas funções e
então as classificou, dizendo que este teria uma função de criar normas, uma função de administração (governabilidade
– celebrar paz, declarar guerra, cobrar impostos, definir utilização dos bens públicos) e uma função de julgar (quando
ocorria litígios). Neste momento histórico Aristóteles não informou que o estado faria essas funções separadamente
como vemos hoje em dia, mas ele demonstrou claramente que esses funções existiam e que funcionavam
independentemente das outras, pois cada uma tinha sua peculiaridade.
▸Período pré revolucionário:
(Revolução Americana – Revolução Francesa) Nesta época, os grandes teóricos que apareceram eram chamados de
Jusnaturalistas, mais precisamente Contratualistas, esses teóricos tentavam explicar o estado não mais como uma
figura da vontade divina, e sim buscar uma explicação mais lógica. Dessa forma o povo (por vontade própria) decidiu
estabelecer uma ordem política na forma de um contrato. Com base nesse contrato estabelecido pelo povo, o Estado
deveria garantir a segurança e a paz, enquanto o povo deveria ser submisso ao Estado.
▸John Locke:
Inglês, Autor contratualista. Retomou as descrição das funções do Estado de Aristóteles. Preocupado com as
estruturas absolutistas do Estado Inglês, e buscando mensurar a atuação do parlamento em relação ao rei, elencando
critérios que permitisse a esse parlamento limitar o humor do mesmo. A ideia de Locke era dar mais densidade de poder
ao parlamento, reduzindo a atuação do rei ( rei com limites), ele aduz a ideia de que o rei poderá desenvolver a atividade
de administração da sociedade, mas a elaboração de normas e a fiscalização da atuação real deveria ser feita por um
órgão afastado dele, que seria o parlamento. (Soberania do Parlamento)
▸Revolução Gloriosa:
A Inglaterra com o passar do tempo desenvolveu com mais afinco a ideia de John Locke (tal que se utiliza da figura
do parlamento até hoje). E Revolução Gloriosa entra com esse mesmo conteúdo de Locke, estabelecendo a ideia de
liberdades políticas aos cidadãos ingleses e limitou o poder do Estado Absolutista Inglês a partir da atuação do
Parlamento.
▸Barão de Montesquieu:
Francês, personagem histórico de maior destaque sobre a teoria de separação dos poderes.
“Todo o homem investido de poder, tem a tendência natural ao abuso, a não ser que ele encontre limites/obstáculos”
Montesquieu observou que os governantes da sua época tinham uma tendência ao abuso do poder, embora suas
boas intenções, a prática do abuso gerava a autoridade e estruturas de submissão do outro, se tornando um ato eivado.
Deste modo ele determinou que a única forma para conter a pratica de abusos do Estado seriam os obstáculos/limites,
criando um outro poder que o confrontasse e tivesse a mesma força. Dessa maneira ele estabeleceu que cada uma das
funções exercidas por só um órgão do estado, fosse feita por três órgãos diferentes, para que cada órgão do estado,
exercendo suas funções diferentes, controlasse o abuso que cada um poderia vir a cometer, criando assim as figuras
que hoje conhecemos como poder Legislativo, Executivo e Judiciário.
Com o desenvolvimento da Teoria dos Freios e Contrapesos, cada Poder estaria submetido à vigilância dos outros
Poderes, para que assim não cometessem abusos, e se esse viesse a cometer, os outros poderiam “punir” o Poder
abusivo. Nenhum Poder está acima do outro, não há desequilíbrio entre eles, dessa Forma, se eu tenho um desequilíbrio
entre os poderes, eu tenho uma disfunção na separação dos poderes, sendo assim a ideia é que os poderes exerçam
suas funções dentro dos limites do texto constitucional.
Art. 16 da Declaração dos direitos do Homem e do cidadão francês de 1789 “ Toda sociedade na qual não esteja
assegurada a garantia dos direitos nem determinada a separação dos poderes não tem Constituição.”
Pelo menos duas coisas precisam estar presentes num documento para que ele possa ser conceituado como
Constituição:
▪ Ter expresso os Direitos do Cidadãos
▪ Separação dos Poderes.
Cabe frisar que, a importante contribuição de Montesquieu para a Teoria da Separação dos Poderes, foi a imposição
dos limites a autoridade do governante, ou seja não apenas o governado está submetido pela lei, mas o governante
também, independentemente do tipo de governo escolhido.
▸Final do Século 18 - atualmente:
Após o período de Montesquieu, os Estados Unidos estava se constituindo como Estado soberano, e as questões
políticas das sociedades foram ficando cada vez mais complexas, as funções do Estado foram se transformando até o
que conhecemos hoje, os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
PODER LEGISLATIVO:
“O poder Legislativo foi concebido na Inglaterra, durante a Idade Média, com a finalidade de limitar a autoridade dos
reis.” (Marcelo Novelino) Podendo ser encontrado em dois tipos de sistemas, o unicameral, geralmente adotado por
Estados Unitários onde o Legislativo é formado por um único órgão, e o bicameral, adotado por Estados Federais, no
qual o poder legislativo se compõe da vontade de duas casas.
Segundo Novelino a Constituição Brasileira de 1988 adota o sistema bicameral. O Congresso Nacional é composto
por duas casas, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Também podemos ver a utilização do sistema unicameral
nas esferas estaduais (governadoria e assembleia legislativa), distritais e municipais (câmara de vereadores ou
municipal).
Faz-se Necessário o uso do sistema bicameral no Congresso Nacional, pois nossa escolha para organização do
estado foi em forma de federação (República Federativa do Brasil), isso significa que, o poder de exercício das
atividades deve estar distribuído em diferentes unidade federativas (a união/estados-membros = 27 Unidade
federativas ). Essas unidades federativas tem que participar da vontade nacional, deste modo cada estado membro e
o distrito federal elegem os senadores, que representam a vontade dos estados em âmbito nacional, e seus deputados
que representam a vontade do povo.
⇢ FUNÇÕES:
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida está para o especificado nos
arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, [...]
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia
de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de
cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta,
assuma obrigações de natureza pecuniária.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União
[...]
O Poder Legislativo tem como função típica legislar e fiscalizar os atos emanados do Poder Executivo.
Da mesma forma que os outros Poderes o Poder Legislativo também desempenha funções atípicas, como as
funções administrativas exercidas pela Câmara e Pelo Senado.
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
O Congresso nacional como dito anteriormente, conta com a atuação de duas casas, tendo elas competências
conjunta, onde não necessariamente precisam estar no mesmo ambiente.
O congresso nacional exerce suas funções num período especifico de tempo chamado legislatura, que é a forma de
estabelecer a organização dos trabalhos, ou seja é o exercício das funções. A nossa constituição estabelece que a
legislatura é de 4 anos, ou seja tem prazo para começar e prazo para se finalizar. Essa legislatura coincide com o
mandato dos deputados federais, mas não com o dos senadores, pois estes tem um mandato de 8 anos, então cada
senador vivencia duas legislaturas.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio
majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente,
por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas
por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Diferente da Câmara dos Deputados, que representa o povo, o Senado Federal irá representar os Estados e o Distrito
Federal, para garantir a atuação da divisão do poder, agindo então esses representantes para assegurar a vontade dos
unidades federativas.
O mandato do Senadores da republica é de 8 anos, e o sistema adotado para a eleição desses é o majoritário, onde
o mais votado vence. No âmbito do poder executivo tem-se o majoritário absoluto, em que se o candidato não vencer
no 1º turno, ocorrerá um 2º turno com os dois candidatos mais votados, já na esfera do Senado Federal a maioria
absoluta não é um requisito, ou seja, dá-se por maioria simples, o candidato mais votado vence as eleições.
Embora o mandato para Senador da Republica seja de 8 anos, as eleições ocorrem no período de 4 anos, pois o
processo de substituição de senadores se faz por 1/3 ou por 2/3, garantindo-se aos senadores o cumprimento de seus
respectivos mandatos no período de 8 anos.
Além disso, cada Senador quando eleito é eleito com dois suplentes fixos, no qual fazem parte da chapa dos
senadores, e sempre que estes não puderem exercer o cargo o primeiro suplente ficará responsável, caso ocorra do
primeiro suplente não puder substitui-lo, chama-se o segundo suplente.
Cada Estado tem como representantes 3 Senadores, sem importância do número de habitantes de cada Estado
(como ocorre no caso dos Deputados Federais), totalizando em 81 senadores federais, que recebem o mesmo salário,
e o processo de representação acontece da mesma forma em todos os Estados, ou seja quando a eleição ocorre para
uma vaga, todos os Estados estão sujeitos a somente uma vaga, quando ocorre para o preenchimento de duas vagas
todos os estados terão duas vagas.
▸Substituição Completa:
Estamos submetidos ao princípio federativo, onde a vontade dos Estados precisa ser uma vontade continua na
vontade nacional, ela não pode se encerrar, não há do que se falar em interrupção na continuidade da vontade dos
estados no âmbito nacional. Por esse motivo as substituições são proporcionais, para que sempre exista um senador
do estado representando aquele estado na vontade nacional.
Obs: Para se candidatar a vaga de Senador Federal o candidato terá que ter a idade mínima de 35 anos.
Obs: O senado por ser composto de pessoas mais “experientes” é chamado de a Casa Alta.
Obs: Os territórios federativos não possuem representantes no Senador Federal (Novelino)
⇢ COMPETÊNCIAS:
Como o congresso é a união das duas casas, tem-se dois tipos de competências:
▸Competência Conjugadas: ▸Competência Especificas:
As casas atuam em conjunto. Cada uma das casas desenvolve aquela matéria sem
precisar se comunicar com a outra casa.
▸Competência exclusiva:
Serve para a criação dos decretos legislativos, é também um elemento normativo semelhante a lei (na mesma
hierarquia da lei), faz-se também necessária a participação das duas casas. O Decreto Legislativo é criado pela Câmara
e pelo senado conjuntamente e é promulgado pela mesa de ambas as casas, ou seja, ele não precisa passar pelo
presidente da república. Por isso as matérias que podem ser objeto de decretos legislativo se caracterizam como
exclusivas do Congresso Nacional.
ART. 49: Rol taxativo, pois somente essas matérias podem ser reguladas por meio de decreto legislativo.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional;
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze
dias;
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas
medidas;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa;
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos
planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da
administração indireta;
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de
riquezas minerais;
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos
hectares.
Pode também atuar isoladamente, tento sua competência interna corporis ou como é comumente chamada
competência privativa, que são aquelas matéria que interessam somente a esta casa, sem dizer respeito a outra, a do
Senado é regida pelo art. 52 da Constituição Federal, tendo um rol taxativo:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com
aqueles;
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho
Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de
responsabilidade;
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática
de caráter permanente;
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo
Tribunal Federal;
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do
término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o
desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal,
limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo,
com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
É o instrumento normativo utilizado pela Câmara do Deputados e pelo Senado Federal, para exercer suas
competências exclusivas.
No 3º ano tem-se uma segunda sessão preparatória apenas para eleger a próxima mesa diretora, que ficará mais 2
anos.
A sessão preparatória começa no dia 1º de fevereiro do ano subsequente as eleições, contanto que esses dias não
sejam nos finais de semana ou feriados.
▸CONSTITUIÇÃO DA MESA DIRETORA:
“As Mesas da Câmara dos do Deputados e do Senado Federal são órgãos diretivos dessas casas, composto por um
conjunto de parlamentares eleitos por seus pares para dirigir os trabalhos legislativos pelo período de dois anos.”
(Novelino)
As eleições para as mesas diretoras são feitas com a candidatura de chapas, e cada integrante se candidata ao cargo
que quer ocupar. Como processo é eleitoral, deve haver o convencimento de seus pares, a discussão entre os pares e
a eleição, nessa eleição é escolhida a respectiva chapa que irá assumir a direção dos trabalhos pelo prazo de dois anos.
Esse processo ocorre somente dentro da Câmara dos Deputados e dentro do Senado Federal, não se tendo uma
eleição para o Congresso Nacional, pois quando ambas as casa se reúnem conjuntamente quem assume a presidência
do congresso é o presidente do Senado Federal, e quem assume a 1º vice-presidência do Congresso é o 1º vice-presidente
da Câmara, desse modo os respectivos cargos são ocupados alternativamente pelos mesmo ocupantes dos cargos
equivalentes na Câmara e no Senado, começando sempre pelo Senado.
Se um determinado Deputado ou Senador ocupar um desses cargo nos dois primeiros anos da legislatura, no
segundo momento de eleição (3º ano da legislatura) ele não poderá se candidatar para o mesmo cargo na mesma
legislatura, mas podendo se candidatar para outro cargo ou para o mesmo cargo em uma legislatura diferente.
⇢ COMISSÕES:
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as
atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional
dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver
recurso de um décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das
autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais,
além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de
fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
§ 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última
sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá,
quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.
“A diversidade e complexidade das matérias a serem analisadas pelo Legislativo exigem comissões parlamentares
especializadas que, atuando na função de órgãos técnicos [...]” (Novelino) Deste modo podemos ver que as comissões
são criadas para facilitar o desenvolvimento das atividades do Congresso Nacional.
▸Comissões Isoladas: ▸Comissões Mistas:
Compostas somente por deputados ou senadores, ou Compostas por deputados e vereadores, ou seja,
seja pertencem somente a câmara ou somente ao pertencem a ambas as casas
senado.
As comissões representam o tanto quanto for possível os partidos políticos e os blocos partidários, buscando evitar
que essas sejam constituídas só da maioria ou só da minoria. Deste modo, a ideia é que dentro das comissões se tenha
a participação de todos os blocos parlamentares, assim como se faz nas mesas.
São aquelas que estão previstas no regimento com São aquelas criadas em razão de uma determinada
sua determinada matéria e vão sempre existir matéria/necessidade e só irão existir num determinado
independente da legislatura, mudando somente seus período de tempo, ou seja, existem somente durante o
integrantes. período de uma legislatura.
Segundo Novelino “as comissões permanentes não Novelino afirma que as comissões temporárias
possuem um prazo de duração determinado, “ainda que seja admitido o pedido de prorrogação de
permanecendo existentes mesmo após o termino da uma comissão temporária, em nenhuma hipótese ela
legislatura.” poderá ultrapassar a legislatura.”
A imunidade material está descrita no caput do art. 53 da Constituição Federal, ela consiste na liberdade pura de o
parlamentar se manifestar, votar e opinar, não podendo ser processado por isso. Essa imunidade é absoluta,
protegendo o parlamentar dentro e fora do mandato, desse modo o que o Deputado ou Senador proferir no exercício
de sua função não poderá ser usado para um futuro processo quando seu mandato acabar.
Essa liberdade de se manifestar concedida aos Deputados e Senadores, é de fundamental importância, visto que
garantem um benefício tanto para eles quanto para o povo, devido sua imunidade, o parlamentar pode dizer tudo
aquilo que o povo gostaria de falar, já que eles, principalmente os deputados, são representantes do povo.
“Quando as opiniões, palavras e votos forem produzidos fora do recinto da respectiva Casa Legislativa, exige-se que o
ato esteja relacionado ao exercício da atividade parlamentar.” (Novelino). Fica claro que a imunidade não pode ser usada
de forma abusiva, mas se for feito, o fato ocorrido não será discutido pelo poder judiciário e sim pela sua própria casa,
com o uso das comissões de ética, que vão dizer se a fala do parlamentar ultrapassou ou não o limite de suas
manifestações no exercício de sua função.
Os parlamentares estão protegidos de serem processados em alguns casos, mas isso não impede que eles sejam
responsabilizados por outros, e é disso que se trata a imunidade formal. Buscando evitar que a imunidade do
parlamentar acabe por se tornar uma impunidade, os crimes que não estão envolvidos com a liberdade de manifestação
(Ex: Crime contra vida, crime contra a liberdade), deve ser devidamente respondidos.
Ocorre que, devido as prerrogativas concedidas aos Deputados e Senadores, o foro em que eles irão responder o
processo, pertence ao STF, se chamando foro por prerrogativa de função (foro privilegiado). Desta forma a partir do
momento em que o parlamentar for diplomado, ele irá automaticamente responder pelos atos ilícitos por ele praticado,
no foro por prerrogativa de função, isso acontece também com os processos tramitando em outros foros, eles irão sair
da varas de justiça comum e vão subir para o Supremo Tribunal Federal.
Em regra a imunidade formal garante aos parlamentares a impossibilidade de ser preso, entretanto, se ao cometer
o fato ilícito e ele for pego em flagrante delito de crime inafiançável isso poderá ocorrer, devendo ser encaminhado
para uma sala de comando maior, onde serão feitos os altos da prisão em flagrante, que deverão ser encaminhados
para sua respectiva casa num período de 24 horas, que irá decidir se ele irá continuar preso ou se responderá pelo crime
em liberdade. Não há a necessidade de uma autorização da casa para que ele seja processado, porém o poder judiciário
⇢ PROIBIÇÕES/VEDAÇÕES DE MANDATO:
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia
mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas
entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa
jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Ao mesmo tempo em que os Deputados e Senadores tem imunidades, eles tem vedações, para que se evite a
execução do que bem quiserem durante seus mandatos, para que eles realizem suas atividades estando relacionados
ao que está previsto no seu mandato, em razão da sua eleição para representar o povo. Essas vedações determinadas
pela CF, se praticadas pode gerar a perda do mandato.
“A incompatibilidade ocorre após a eleição e impede a pratica de determinados atos pelo eleito ou o exercício
simultâneo de certos cargos, funções ou empregos públicos remunerados. Assim como ocorre com as garantias, as
restrições inerentes ao exercício do mandato parlamentar não se estendem aos suplentes.” (Novelino)
Modalidades de vedações:
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
III - que deixar de comparecer, em cada sessão I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas
legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da no artigo anterior;
Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por II - cujo procedimento for declarado incompatível
esta autorizada; com o decoro parlamentar;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos VI - que sofrer condenação criminal em sentença
políticos; transitada em julgado.
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos § 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além
previstos nesta Constituição; dos casos definidos no regimento interno, o abuso
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será das prerrogativas asseguradas a membro do
declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou Congresso Nacional ou a percepção de vantagens
mediante provocação de qualquer de seus membros, indevidas.
ou de partido político representado no Congresso § 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato
Nacional, assegurada ampla defesa. será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo
Senado Federal, por maioria absoluta, mediante
Nestes casos, quando o Deputado ou Senador
provocação da respectiva Mesa ou de partido
comentem esses atos, basta apenas uma declaração da
político representado no Congresso Nacional,
mesa diretora da casa para que o parlamentar perca o
assegurada ampla defesa
mandato, que pode ser atribuída de oficio, ou seja a
própria mesa declara sem que ninguém a provoque, mas Diante dos incisos expostos, não basta que se tenha
que também pode se dar por provocação de um partido uma declaração emitida pela casa, é preciso que se
político com representação no Congresso Nacional ou tenha uma votação, um plenário, que irá decidir se
por um outro parlamentar participante do Congresso. aquele parlamentar irá ou não perder o mandato.
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste
artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º.
Após o início do processo, que pode levar o Deputado ou o Senador a perder seu mandato, não cabe a ele mais a
renuncia do cargo, pois essa renuncia perde seus efeitos com o inicio do processo, isso não impede que, antes de o
processo começar o parlamentar renuncie suas funções.
⇢ CARGOS PERMITIDOS:
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de
Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária;
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular,
desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior
a cento e vinte dias.
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o
término do mandato.
§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato.
⇢ REMUNERAÇÃO:
A Remuneração do deputado ou senador não é fixado por lei, e sim determinada pelo congresso nacional por um
decreto legislativo, e é idêntica para ambos os cargos.
⇢ FALTA DE SUPLENTE:
Se por algum motivo, o parlamentar deixar de ocupar seu cargo, torna-se necessário que seu suplente o substitua,
porém há a possibilidade de que nem mesmo os suplentes queiram ou possam ocupar o cargo. Em vista disso é preciso
que se atente aos prazos para uma nova eleição de ocupação do cargo, observando que se o momento em que o cargo
ficou vago se dá num prazo inferior a 15 meses para o término do que seria aquele mandato, não se fará uma nova
eleição, por outro lado, se esse prazo for superior a 15 meses a eleição deve ser feita, para que se ocupe aquele cargo.
Deste modo, havendo vaga e não havendo suplente, e o período for maior que 15 meses, faz-se uma eleição no
estado para que se eleja um novo Deputado ou Senador.
⇢ CONVOCAÇÕES DE AUTORIDADES:
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de
Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência
sem justificação adequada
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas
Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de
seu Ministério.
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações a
Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de
responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.
⇢ ESPÉCIES:
Como o próprio nome diz, esse procedimento está destinado a criação de leis ordinárias (comuns), aquelas que são
a base do processo legislativo, que disciplinam a maior quantidade de conteúdo.
Serve tanto para a criação de leis ordinárias como de leis complementares, a única diferença é que ele será um
procedimento abreviado/rápido, pois quando iniciado pelo Presidente da República, este poderá solicitar urgência
determinando assim que o procedimento utilizado será o sumario. Neste procedimento o período de tempo utilizado
para a criação das normas será, desde sua iniciativa até a sua finalização, um prazo de 100 dias.
Obs: Esse procedimento só poderá ocorrer nos casos em que o Presidente da República, nos casos em que ele iniciar,
pedir a urgência.
É aplicado para todas as outras normas, quando essas não são ordinárias, ou seja, ele é utilizado para a criação de
leis complementares, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções e etc. Qualquer norma que
exija algo especial será necessário que se utilize o procedimento especial.
A fase iniciativa é o momento em que o processo legislativo vai ser deflagrado/iniciado, devendo ser um ato formal
pois o objetivo do processo legislativo é a criação da lei, que é um ato escrito, geral, abstrato e complexo.
▸INICIATIVA:
É a faculdade conferida a uma pessoa ou alguma autoridade para deflagrar o processo legislativo, ou seja, para
apresentar um projeto de lei que dará vida a uma lei. Somente as pessoas determinadas pelo artigo 61 da Constituição
Federal é que podem apresentar um projeto de lei, sob pena de a lei que for gerada por ele sofrer vicio insanável, ou
seja, ser formalmente inconstitucional.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos
Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
▸GERAL:
No sentido de que todos aqueles que preencherem o requisito estão submetidos a lei.
▸PARLAMENTAR:
Diz-se que a iniciativa é parlamentar quando ela é feita por um Deputado, Senador, de uma comissão de Deputados,
de uma comissão de Senadores ou quando a comissão for mista.
▸EXTRAPARLAMENTAR:
A iniciativa se torna extraparlamentar quando a mesma é feita por alguém fora do parlamento, como o Presidente da
República, O STF, o procurador geral da república ou até mesmo os cidadãos.
Obs: Todas as vezes em que a iniciativa for extraparlamentar, sempre começará na câmara dos deputados, ou seja a
discussão sobre o projeto de lei sempre irá começar dentro da Câmara dos Deputados.
▸CONCORRENTE:
Quando a matéria de que trata o projeto de lei puder ser iniciada tanto por uma autoridade, quanto por outra, diz-
se que ela também será concorrente. Ex: Matérias com relação ao Ministério Publico podem ser iniciadas pelo
Presidente da Republica ou pelo Procurador Geral da República.
▸EXCLUSIVA:
Quando a matéria só puder ser iniciado por uma única autoridade competente, diz-se que ela é exclusiva.
Art. 61, § 1º, CF - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da
administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do
Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração,
reforma e transferência para a reserva.
▸POPULAR:
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por,
no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três
décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
O próprio povo faz a iniciativa, não necessitando de um parlamentar.
momento de manifestação. A deliberação dada pela casa iniciadora é chamada de deliberação principal, pois é ela que
dirá se o Projeto de Lei irá ou não seguir em frente.
▪ Casa revisora: Analisa o Projeto de Lei, depois que ele é aprovado pela casa iniciadora.
Se o projeto de lei for rejeitado na casa iniciadora, ele sequer passará pela casa revisora, sendo então arquivado,
deste modo menciona-se a importância da casa iniciadora na fase constitutiva do processo legislativo, de modo que
esta é quem irá ditar se o PL irá ou não seguir em frente, por meio da sua deliberação principal.
O projeto de lei obrigatoriamente tem que ser apreciado pelas duas casas do Congresso Nacional, e essa análise é
feita separadamente. Devendo ser aprovados em um único turno de discussão e de votação, diferentemente da
Emenda Constitucional que são votadas em dois turnos.
Obs: Em regra a casa iniciadora é a câmara dos deputados, pois lá há o maior numero de iniciativas.
▸FASE CONSTITUTIVA EXECUTIVA:
A fase executiva é do Presidente da República.
Depois que o PL passa pelas casas, ele passará pelas comissões, sendo a primeira delas a comissão de constituição
e justiça e redação, que é responsável pela apreciação da constitucionalidade ou inconstitucionalidade do PL, ou seja,
ela é responsável pelo controle de constitucionalidade. Após a aprovação do PL nessa comissão ele irá para as
comissões temáticas, que elaborarão um parecer sobre a matéria, que vão dizer se elas concordam ou não com o PL,
este parecer é que será votado pelo plenário.
As comissões estão presentes para atuar na melhoria daquele PL
Os PL podem sofrer emendas, pois o direito de emendar e modificar o PL pertence ao Congresso Nacional, com exceção
dos PJ que dizem respeito a lei orçamentária.
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º;
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos
Tribunais Federais e do Ministério Público.
A fase complementar é composta pela promulgação e publicação da lei. Novelino informa que esses atos não
integram o processo legislativo, pois ocorrem após a transformação do projeto em lei.
Na fase complementar é possível encontrar dois atos feitos em regra pelo presidente, a promulgação e a publicação.
▸PROMULGAÇÃO:
Art. 66, § 5º, CF - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República.
“A promulgação é o ato que atesta a existência da lei e garante a sua executoriedade. O chefe do Poder Executivo, por
meio da promulgação, ordena a aplicação e o consequente cumprimento da lei.” (Novelino)
Como dito em regra a promulgação é feita pelo presidente, num prazo especifico de 48 horas, contudo, nos casos de
sanção tácita, ou rejeição do veto, se este não o fizer no decorrer do prazo, quem virá a promulgar será o Presidente
do Senado, e se este não fizer (tem o mesmo prazo) caberá ao vice presidente.
▸PUBLICAÇÃO:
É a ultima fase do processo legislativo ordinário, é o ato que confere obrigatoriedade a lei, tendo a função de dar
conhecimento a todos de que a lei foi criada, impedindo a alegação do desconhecimento da lei.
A publicação ocorre com a inserção do texto promulgado no Diário Oficial.
A lei delegada não é muito utilizada, visto que o Presidente da República tem preferência na utilização da medida
provisória devido a validade imediata dela, enquanto a lei delegada necessita da autorização do congresso nacional
para que depois possa vir a ser criada, tendo um procedimento mais difícil que a medida provisória.
▪ Trata-se de uma exceção do princípio da Indelegabilidade.
A lei delegada é criada pelo Presidente da República, que inicialmente terá que pedir a autorização para a criação da
mesma ao Congresso Nacional, podendo ele conceder ou não a autorização (aprovar a autorização), nos casos de
rejeição a solicitação do PR é arquivada. (Resolução de Rejeição)
Nos casos em que o Congresso aprovar, Resolução de Aprovação, essa resolução irá dizer os limites da delegação e
os termos de exercício, poderá também a resolução exigir que antes de o Presidente da Republica publicar a lei
delegada ela seja apreciada no Congresso Nacional, ou poderá decidir que não será necessária a apreciação no
Congresso.
Quando não for necessária a apreciação no congresso, o presidente criará a lei delegada, promulgará e publicará a
lei. Quando o Congresso determinar que será necessária a apreciação, a lei delegada passará por uma votação única
(maioria simples) que ditará se ela irá ser aprovada, ou rejeitada. Se no caso de rejeição a lei será arquivada, nos casos
de aprovação o Presidente irá promulgar e publicar a lei.
Obs¹: Na lei delegada, não é permitido ao Congresso Nacional que se faça qualquer alteração no conteúdo da lei, ou
eles aprovam integralmente ou rejeitam. Não é permitido ao CN emendar projetos de lei delegada.
Obs²: Existem matérias que não podem ser reguladas por lei delegada.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso
Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa
da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu
conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada
qualquer emenda.
⇢ DECRETO LEGISLATIVO:
▪ O decreto legislativo disciplina as matérias referidas no art. 49 da CF, que dizem respeito as matérias exclusivas do
congresso nacional.
▪ Não tem participação do Presidente da Republica
Obs¹: O presidente da republica tem que prestar constas todo o ano da sua gestão, tendo esse 60 dias apresentar as
contas ao o poder legislativo para que este possa apreciar, se ele não fizer ele será responsabilizado por crime (crime
de responsabilidade)
Obs²: O presidente da republica tem suas contas votadas dentro do Congresso Nacional, enquanto os outros gestores
públicos terão suas contas apreciadas pelo tribunal de contas.
Obs³: O tribunal de contas não poderá prender ninguém, somente imputar o debito com uma multa.
Obs4: O tribunal de contas tem atuação em âmbito nacional e sua sede fica em Brasília.
Obs5: É composto, na cúpula, por 9 ministros (são nomeados e vitalícios), e seus servidores são os auditores (que tem
que fazer concurso público) Dos ministros 6 são indicadas pelo Congresso Nacional de forma livre, e 3 pelo Presidente
da República, desses 3, um obrigatoriamente tem que ser auditor de carreira, o outro tem que ser membro do Ministério
Público, e o 3º e escolhido livremente, todos os 3 devem ser aprovados pelo Senado e só vão poder ser nomeados após
essa aprovação.
Obs6: Os membros tem que ter idade mínima de 35 anos, devem ter conhecimento jurídico, de economia, de ciências
contábeis ou de administração pública, tem que ter pleno exercícios de seus direitos políticos e ser brasileiro (nato ou
naturalizado)
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União,
ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser
elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração
direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração
direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo
de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta
ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros
instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das
respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em
lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de
pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes
requisitos:
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos
mencionados no inciso anterior.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre
auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os
critérios de antigüidade e merecimento;
II - dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos
e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as
normas constantes do art. 40.
§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no
exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com
a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela
darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
⇢ MONARQUIA PARLAMENTARISTA:
Atualmente, no mundo ocidental, a monarquia absoluta não é mais possível, sendo hipótese cabível somente a
monarquia parlamentarista.
⇢ REPUBLICA:
▪ Modelo Criado pelos Estados Unidos
▪ Pode ser dividido em dois sistemas de governo:
Tem-se autoridades diferentes para o exercício das funções, a chefia de estado é exercida pelo presidente, e a chefia
de governo é exercida pelo primeiro ministro.
Uma única autoridade exerce duas chefias, a chefia do Estado – que é a representação do país na comunidade
internacional – e a chefia de governo – diz respeito a administração interna do Estado.
▪ Adotado pelo Brasil.
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
Os Ministros de Estado são os secretários escolhidos pelo Presidente da República, são cargos de livre nomeação e
exoneração, e essa pessoa escolhida irá exercer a função de um ministério (que é um órgão público determinado por
lei).
⇢ ELEIÇÃO:
Para que se faça a escolha do Presidente da República, é necessário uma eleição direta, que acontecerá de 4 em 4
anos (que será equivalente ao mandato do Presidente da República). Ocorre a eleição, no primeiro domingo de outubro
do ano anterior ao término do mandato.
▸Requisitos:
▪Ser Brasileiro Nato (valido também para vice presidente)
▪Ter Idade mínima de 35 anos
▪Estar em pleno exercício de seus direitos políticos
▪Estar vinculado a um partido político.
Será considerado vencedor aquele candidato que no primeiro turno, obtiver maioria absoluta dos votos (quando
quantidade de votos obtida pelo vencedor for maior que a soma dos votos obtidos pelos outros candidatos) Porém
nos casos em que a maioria absoluta dos votos não é alcançada, ocorrerá um 2º turno de votações, com os dois
candidatos mais votados, que acontecerá no ultimo domingo de outubro.
CANDIDATOS: VOTOS:
A 60 m
EXEMPLO¹: 20 m
B CANDIDATO A ELEITO
(100 milhões de votos) 10 m
C POR MAIORIA ABSOLUTA!
D 5m
Votos Nulos/Brancos: 5 milhões
CANDIDATOS: VOTOS:
EXEMPLO²: A 40 m
(100 milhões de votos) B 30 m HAVERÁ 2º TURNO COM
C 20 m OS CANDIDATOS A e B!
D 10 m
Obs: Na contagem de votos não se leva em consideração os votos em branco, nem os votos nulos, somente os votos
válidos são levados em conta.
É importante destacar que o Vice Presidente é eleito em conjunto com o Presidente da República, pois estes estão
registrados na mesma chapa.
Nos casos de empate no segundo lugar, qualifica-se o candidato mais idoso para o segundo turno.
CANDIDATOS: VOTOS:
EXEMPLO²: A 35 m
30 m HAVERÁ 2º TURNO COM OS
(100 milhões de votos) B
30 m CANDIDATOS A e C!
C
Visto que C é mais velho que B.
D 5m
⇢ MANDATO DO PRESIDENTE:
O mandato do presidente da republica é de 4 anos, entretanto há situações em que o Presidente de República,
precisa ser substituído temporariamente, ou casos em que há a perda de seu mandato, e esse precisa ser sucedido.
Obs: É permitida uma única reeleição sucessiva/ subsequente.
Nos casos de impedimento o substituto natural do Presidente da República é o seu Vice, porém há ocasiões em que
o Vice Presidente também se encontra impedido de exercer a substituição, neste caso, quem irá exercer a substituição
do Presidente da Republica é o Presidente da Câmara dos Deputados.
No impedimento do Presidente da Câmara dos Deputados quem exerce é o Presidente do Senado Federal, e no
impedimento deste último quem substitui é o Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Obs: Os Substitutos do Presidente (com exceção do Vice) só podem exercer o cargo temporariamente.
⇢ AUSÊNCIA:
Uma das funções do presidente da República é o exercício de chefe de estado, representando o pais na comunidade
internacional, entretanto para que este possa viajar para outro pais e se essa viagem durar mais de 15 dias, ele terá que
pedir licença ao congresso nacional, e somente com autorização deste é que ele poderá sair do pais, sob perna de
perder o cargo.
⇢ PRATICA DE CRIME:
Só serão levados em consideração os crimes cometidos pelo Presidente da República a partir da sua posse, visto
que antes da posse a Constituição garante que o mesmo não poderá ser responsabilizado por atos estranhos ao seu
mandato, desse modo, todos os crimes cometidos antes do mandato do Presidente ficarão paralisados e só voltaram
a ser processados quando terminar o mandato.
O crime cometido pelo Presidente da Republica não será julgado imediatamente, é necessário que haja o juízo de
admissibilidade que é realizado pelo Câmara dos Deputados, esta é quem irá autorizar por 2/3 de votos a instauração
de processos contra Presidente, Vice-Presidente e Ministro de Estado.
São aqueles crimes que qualquer pessoa pode cometer (homicídio, roubo, etc)
Se a Câmara dos Deputados autorizar o processo e o crime cometido pelo PR for um crime comum, ele será
processado e julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
No dia em que o Supremo receber a denuncia ou queixa crime contra o Presidente da República, ele ficará suspenso
de suas funções pelo prazo de 180 dias
⇢ MINISTROS DE ESTADO:
O Ministros de Estado para serem julgados também necessitam da aprovação da Câmara dos Deputados, por 2/3 de
votos, mas eles somente serão julgados pelo Senado Federal pelo crime de responsabilidade, se o crime que estes
cometeram forem de conexão com o Presidente e com o Vice Presidente da República, caso eles venham a cometer
esses crimes sem essa conexão, eles serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal, tanto pelo crime comum quanto
pelo crime de responsabilidade civil.
Os Ministro exercem a função de administração de sua “pasta”, devendo satisfações ao Presidente da República,
sendo acompanhado por este e também pelo Congresso Nacional, que podem convoca-lo para exercer ações, falar
sobre os programas que esteja realizando no âmbito do seu ministério.
▸REQUISITOS PARA SER MINISTRO DE ESTADO:
▪ Ter idade mínima de 21 anos
▪ Estar em pleno gozo dos direitos políticos.
▪ Ser Brasileiro nato ou naturalizado (exceção do Ministro de Estado da Defesa que tem que ser brasileiro nato)
⇢ CONSELHOS:
Nascem como órgão de consulta do Presidente da República, não tem nenhum poder para determinar o que o
Presidente da República pode fazer, eles podem sugerir, opinar, considerar explicações, mas não podem obrigar o
Presidente da República a realizar qualquer tipo de ação.
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da
República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos,
vedada a recondução.
Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
§1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando
constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.
§2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.
Obs: Os componentes do Conselho não recebem qualquer tipo de remuneração por essa função.
PODER JUDICIÁRIO:
O PoderJudiciário como os outros poderes, compõe a teoria da separação dos poderes, aparecendo sempre como
o mais distantes das relações sociais, pois diferente do que acontece nos poderes executivo e legislativo, os
magistrados, em regra, não são eleitos, mas ingressão na careira de diferentes formas (nomeação ou concurso público).
Seus integrantes são agentes políticos pois tem força de tomar decisão, e os órgãos superiores são constituídos por
indivíduos escolhidos a partir de determinados requisitos que estão previstos na Constituição Federal.
O Brasil tem poder judiciário desde a sua primeira constituição (Constituição Monárquica de 1824), se refletindo nas
outras constituições até a que temos hoje em dia, a nossa constituição rege como direitos individuais e coletivos, em
seu art. 5º algumas regras importantes sobre a função do Poder Judiciário (função jurisdicional) entre elas, é preciso
que o judiciário não deixe de analisar matérias sobre lesão ou ameaça de lesão a direitos, tornando o poder judiciário
um poder ultima ratio, ou seja, aquele em que dá a última razão.
⇢ ÓRGÃOS:
É abordado no art. 5º, que não haverá juízo nem tribunal de exceção, isto é, que todos os tribunais/juízos precisam
estar previstos anteriormente no texto constitucional, significando que nada poder ser criado após um ato ser
praticado (pois violaria o direito constitucional de ser a pessoa julgada por tribunais anteriormente existentes). Deste
modo, os juízos ou tribunais elaborados depois do ato, são chamados de tribunais de exceção, violando os direitos
fundamentais e não podendo ser criados.
O Art. 92 CF, apresenta um rol de todos os órgão que compõe o poder judiciário brasileiro, desde o órgão superior até
aqueles que compõe a base da pirâmide constitucional, sejam eles de matéria comum (que julgam matéria comum)
sejam eles órgãos de matéria especial (que julgam matéria especializadas previstas no texto constitucional).
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e
cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
O STF é composto por onze ministros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado. Os nomeados precisam ser brasileiros natos, ter notável saber jurídico, reputação ilibada,
e idade superior a 35 anos e inferior a 65. Não é Necessário que sejam magistrados, basta que respeitem esses
requisitos.
▸COMPETÊNCIAS:
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL:
É exercida principalmente por meio do controle de constitucionalidade das leis e atos dos poderes públicos.
A Competência Originária para o exercício do controle concentrado pode ser provocada por quatro instrumentos:
● Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) de lei ou ato normativo federal
● Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) no caso de não serem tomadas as medidas necessárias para
Obs: Em grau recursal o STF possui competência para julgar, mediante recurso extraordinário, as causa decididas em
única ou ultima instancia, quando a decisão recorrida envolver questão constitucional.
CRIMES COMUNS E DE RESPONSABILIDADE:
Infrações penais comuns: Crime comum é todas aquelas infrações penais, inclusive delitos eleitorais e contravenções,
que possam ser praticados.
Crime de Responsabilidade: é uma ação ilícita cometida por um agente político em razão de sua colocação.
Dessa forma são julgados pelo STF, se cometerem tais atos, o Presidente e o Vice-Presidente, os Membros do Congresso
Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador Geral da República.
Obs¹: Nos casos de “exceção de verdade” deduzida contra autoridade com prerrogativa, de foro perante ao STF, o
Tribunal tem entendido que sua competência se restringe unicamente ao julgamento desse exceção.
Obs²: Se existir conexão a impor o julgamento conjunto dos denunciados e um deles tiver prerrogativa de foro perante
ao STF, este será o órgão competente para processo e julgamento.
Obs³: Tanto nos crimes comuns quanto nos crimes de responsabilidade, as prerrogativas de foro não se estende a ações
populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias e ações declaratórias e medidas cautelares.
TUTELA DAS LIBERDADES CONSTITUCIONAIS:
Aqui se enquadra o exercício da jurisdição constitucional provocada por meio de ações constitucionais. As
competências recursais originárias tanto do STF quanto do STJ só são cabíveis em relação a essas ações quando a
decisão for denegatória, ou seja, se a ação for julgada improcedente, ou até mesmo se essas ações forem extintas (Sem
analise do mérito).
São elas:
Habeas Corpus
Habeas Data
Mandado de segurança
Mandado de injunção
LITÍGIOS E CONFLITOS:
Composição de litígios e conflitos de natureza constitucional, ocorridos entre Estado estrangeiro ou organismo
internacional e União, o Estado, O Distrito Federal ou o Território.
Se o conflito envolver Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa residente ou domiciliada
no Brasil, a competência originária será dos juízes federais e a competência recursal ordinária do Superior Tribunal de
Justiça.
Como tribunal da federação, compete-lhe processar e julgar as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União
e o Distrito Federal, ou entre uns e outros inclusive as respectivas entidades da administração indireta.
Sendo órgão de cúpula do Poder Judiciário, cabe-lhe julgar a ação em que todos os membros da magistratura sejam
direta ou indiretamente interessados e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam
impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados.
Compete-lhe, ainda, julgar os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre
Tribunais Superiores ou entre estes e qualquer outro tribunal.
OUTRAS COMPETÊNCIAS:
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição pública que visa a aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário
brasileiro. Criado em 31 de dezembro de 2004 e instalado em 14 de junho de 2005, tem sua sede em Brasília, mas atua
em todo o território nacional. Tem natureza de órgão administrativo de caráter nacional. Embora incluído na estrutura
constitucional do Poder Judiciário, não dispõe de atribuições institucionais para exercer a fiscalização da atividade
jurisdicional dos magistrados e tribunais.
Tem como principais finalidades o controle da atuação administrativa e financeira dos órgãos do Judiciário e a
fiscalização dos juízes no cumprimento de seus deveres funcionais. Assim como o controle ético-disciplinar dos
magistrados não afeta a imparcialidade jurisdicional, o controle das atividades administrativas e financeiras não atinge
o autogoverno do Judiciário, porquanto não há qualquer usurpação de competência privativa dos tribunais.
▸COMPOSIÇÃO:
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida
1 (uma) recondução, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;
III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;
IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;
XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados
pelo órgão competente de cada instituição estadual;
XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo
Senado Federal.
Na composição do órgão foram contempladas as duas esferas federativas dotadas de "Justiças" (União e Estados-
membros), as quais contam com representantes das respectivas magistraturas. É composto por quinze membros,
desses quinze:
● 9 são indicados dentre os integrantes do Poder Judiciário
● 2 são cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada (um indicado pela Câmara e outro pelo Senado
O Conselho é dirigido pelo Presidente do Supremo e, em suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente. A
composição híbrida não compromete a independência do Judiciário, por não exercer função jurisdicional e não ter
competência para interferir no desempenho de funções desta natureza desempenhadas por órgãos judiciais. Os limites
de idade (mais de 35 e menos de 66 anos) para os membros do Conselho foram abolidos com o advento da Emenda
Constitucional nº 61/2009, que manteve a previsão do mandato de dois anos, admitida apenas uma recondução.
▸COMPETÊNCIAS:
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos
deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da
Magistratura:
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos
praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se
adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da
União;
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços
auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público
ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos
disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade;
As competências constitucionalmente atribuídas ao Conselho para exercer o controle preventivo e correicional não são
exaustivas. A fim de viabilizar e tornar efetivo o controle da atuação administrativa e financeira dos órgãos do Judiciário,
bem como de fiscalizar os juízes no cumprimento de seus deveres funcionais, o Estatuto da Magistratura poderá lhe
conferir outras atribuições.
O Conselho Nacional de Justiça, enquanto órgão de caráter administrativo, não tem competência para fiscalizar,
reexaminar e suspender os efeitos decorrentes de atos de conteúdo jurisdicional emanados de magistrados e tribunais
em geral, apreciar a constitucionalidade de atos administrativos (somente sua legalidade); nem interferir em acordo
judicial. Não tem ainda qualquer competência sobre o STF, suas atribuições se restringem a órgãos e juízes situados,
hierarquicamente, abaixo dele. O STF possui preeminência sobre o CNJ, cujos atos e decisões estão sujeitos ao seu
controle jurisdicional.
⇢ JURISDIÇÃO:
Embora a localização geográfica dos órgãos seja na capital federal, esses terão jurisdição em todo o território
nacional, tendo competências originárias e competências recursais, e qualquer ação que ocorra em qualquer município
brasileiro pode chegar aos tribunais superiores (dependendo da matéria, esta se adequando ao tribunal que lhe for
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.
cabível)
Obs: Não se inclui a jurisdição do CNJ, pois esse não tem jurisdição, atuando somente como fiscal da atividade disciplinar
dos magistrados, fiscal da atividade financeira e orçamentaria dos tribunais e administrativa, não sendo um órgão de
poder judiciário estrito para tomar decisões jurisdicionais, ou seja, não tem função juiz. Tem somente circunscrição e
atividade administrativa.
⇢ ESTATUTO DA MAGISTRATURA:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, [...]
O cargo ou as estruturas do poder judiciário desenvolvidas pelos magistrados, estão reguladas por um estatuto
próprio, denominado estatuto da magistratura/ estatuto dos magistrados. Esse estatuto é uma lei complementar e só
poder ser modificado por outra lei complementar.
⇢ INGRESSO NA CARREIRA:
Art. 93, I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos,
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo,
três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.
A CF/88 traz inúmeras regras sobre os direitos, deveres, garantias, atividades, tanto dos próprios magistrados
quanto das suas respectivas funções, sendo umas delas a forma de ingresso na carreira.
A função de magistrado não é uma função isolada, tendo uma mobilidade dentro da carreira, iniciando por um
quadro de atividade inicial podendo progredir para um quadro de atividade final. A mobilidade também acrescenta um
grau de valor a carreira dos magistrados, além de uma responsabilidade e uma atuação muito maior.
Para que se inicie a carreira de magistrado é preciso que o candidato preste um concurso público, só podendo
prestar esse concurso os bacharéis em direito que tenham no mínimo 3 anos de atividade jurídica (qualquer atividade
privativa de bacharel em direito). Sendo aprovado no concurso terá uma ordem de classificação e a partir dessa é que
se dará a nomeação. O concurso é feito por meio de provas e títulos e a OAB participará de todas a fases como requisito
para garantir a transparência do mesmo.
O magistrado aprovado e nomeado, iniciará a carreira como juiz substituto, tendo seu processo de efetivo exercício
nessa condição por um período de 2 anos, como substituto o magistrado não tem um comarca especifica e ocupa os
lugares onde houver necessidade, após o período de dois anos ele ganhará vitaliciedade não podendo mais perder o
cargo por decisão administrativa, apenas por decisão judicial.
VITALICIAMENTO: ESTABILIDADE POR
Ocorre após 2 anos de
SERVIÇO PUBLICO:
Para servidor público,
efetivo exercício após ESTÁGIO PROBATÓRIO: significa que o servidor não
concurso na carreira.
pode ser demitido, salvo
+ forte que a estabilidade.
por processo administrativo
O magistrado só perde o
que determine essa
cargo por sentença judicial
demissão.
DIREITO CONSTITUCIONAL | Por: Eduarda Bacelar
transitado em julgado.
Prazo de 3 anos de efetivo
exercício.
⇢ ACESSO AOS TRIBUNAIS:
No âmbito do poder judiciário, as comarcas não estão necessariamente ligadas aos municípios, podendo haver uma
comarca constituída de um único município e uma comarca constituída por mais de um município, isso é determinado
pela lei de organização e divisão do poder judiciário.
Essa lei classificou as comarcas por entrâncias, sendo essas denominadas de entrância inicial, intermediária ou final,
a lei também estabelece requisitos para que cada comarca seja classificada com a entrância adequada.
As comarcas de entrâncias inicial são constituídas por apenas um juiz, geralmente são pequenas, com pelo menos
100 mil eleitores e recebem poucas demandas judiciais. As comarcas de entrâncias intermediária é composta de mais
de um juiz, porém tem menos de 200 mil eleitores, se diferenciando das comarcas de entrância final, que são compostas
por mais de um juiz e tem como público mais de 200 mil eleitores.
Entrância Final
Comarca com mais de um juiz e Carreira
24 ministros
1º GRAU mais de 200 mil eleitores 2º GRAU Tribunal de
(instância) (instância) Justiça Quinto
Entrância Intermediária
Comarca com mais de um juiz e Constitucional
menos de 200 mil eleitores 8 ministros
Entrância Inicial
Comarca com um juiz
O juiz no início de sua carreira exercerá sua atividade em uma comarca de entrância inicial, podendo ser promovido
para as outras entrâncias respeitando a ordem de classificação das mesmas, sendo promovido primeiramente para juiz
de entrância intermediária e depois para juiz de entrância.
Art. 93, III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados
na última ou única entrância.
Art. 93, II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, [...]
Após o vitalíciamento, o juiz passará um por um processo para ser promovido, as promoções na carreira ocorrem
por dois critérios, antiguidade e merecimento. A CF determina que as promoções serão feitas alternadamente, visando
garantir a maior dinâmica possível das promoções, tendo assim uma movimentação na carreira e a possibilidade de os
magistrados ascenderem até chegar na entrância final.
▸ANTIGUIDADE: Tribunal de Justiça, quando esse não demonstrar
Leva em consideração o tempo em que o capacidade para a promoção.
magistrado exerceu suas funções numa determinada A votação para que o juiz seja recusa, se dá por 2/3
comarca, isto é, quem mais tempo está naquela dos membros do TJ, a CF garante ao juiz mais antigo o
entrância, dessa forma o mais antigo é que será direito de ampla defesa, a votação por antiguidade não
promovido. pode impedir a mobilidade na respectiva carreira.
Art. 93, II, “d” - na apuração de antigüidade, o
▸MERECIMENTO:
tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo
pelo voto fundamentado de dois terços de seus Leva em consideração o mérito, não importando o
membros, conforme procedimento próprio, e tempo para essa promoção. A nossa constituição criou
assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até critérios objetivos para melhorar a sistemática de
fixar-se a indicação. promoção por merecimento, buscando evitar que
houvessem conchavos/combinações para a promoção
A promoção de um juiz por meio do critério de de pessoas que não haviam preenchidos os requisitos
antiguidade, não é tão simples quanto parece, pois essa para uma promoção por merecimento.
não tem nenhum ou critério além da antiguidade.
Entretanto o juiz mais antigo pode ser recusado pelo
Art. 93, II, “c” - aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e
presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento.
IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa
obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de
formação e aperfeiçoamento de magistrados;
É necessário observar que quando um juiz se candidata a uma promoção por merecimento, ele deve mostrar que
frequentou cursos de aperfeiçoamento e capacitação tanto para a promoção quanto para o ingresso na carreira. Esses
cursos precisam ser oficiais, reconhecidos pela escola superior de magistratura tanto no âmbito estatual como no
âmbito nacional.
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e
Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de
notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte
dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
O nosso tribunal de justiça é constituído por 30 desembargadores, dentre eles, 24 são juízes de carreira, ou seja,
entraram na magistratura por meio de concurso publico e passaram por todas as entrâncias até chegar ao tribunal, e
os outros 6 são ditos desembargadores eleitos pelo quinto constitucional. O quinto constitucional diz respeito as vagas
reservadas no tribunal para membros do ministério publico e da OAB, o número de vagas reservadas a esses membros
são iguais, sendo 3 para membros do ministério publico e 3 para a OAB.
O preenchimento de um cargo vago se dá em respeito a quem ocupava o anteriormente. Dessa maneira, caso haja
uma vaga no tribunal que antes era ocupada por um desembargador que teve sua origem da OAB, a vaga deverá ser
preenchida por outro advogado indicado pela OAB, que por meio de uma reunião do seu conselho superior, indicará 6
advogados. Logo após, a lista com o nome dos indicados será enviada ao Tribunal de Justiça que reduzirá para apenas
3 dos candidatos indicados, ficando a cargo do Governador do Estado selecionar o advogado que ocupará o cargo vago
no Tribunal de Justiça, se tornando esse desembargador.
O mesmo ocorre com o indicado pelo ministério público, quando surge vaga que anteriormente foi ocupada por um
desembargador indicado pelo Ministério Público, o conselho superior do MP indicará 6 dos seus membros, que serão
reduzidos a 3 pelo Tribunal de Justiça, sendo selecionado pelo Governador aquele que será nomeado desembargador.
Diferentemente do que ocorre com os juízes de carreira, os desembargadores indicados pelo quinto constitucional
serão vitalícios do ato de sua nomeação e posse.
Art. 93, II, “a”- é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de
merecimento.
Buscando evitar que outros magistrados, com menor tempo de serviço ou com um menor desempenho, sejam
eleitos primeiro que aqueles que devidamente merecem a promoção, a CF, na alínea “a” do art. 93, determina que, nos
Art. 93, II, “e” - não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não
podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.
⇢ APOSENTADORIA:
Art. 93, VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40.
A aposentadoria dos magistrados é semelhante a aposentadoria dos servidores públicos, obedecendo as regras de 30
anos para as mulheres e 35 anos para os homens. A pensões também é semelhante ao dos servidores públicos (tanto
para esposa quanto para filhos menores ou com alguma deficiência)
⇢ PUBLICIDADE E MOTIVAÇÃO:
Art. 93, IX - todos os julgamentos dos órgãos do Art. 93, X - as decisões administrativas dos tribunais
Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas serão motivadas e em sessão pública, sendo as
todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta
lei limitar a presença, em determinados atos, às de seus membros
próprias partes e a seus advogados, ou somente a
estes, em casos nos quais a preservação do direito à
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o
interesse público à informação;
⇢ NUMERO DE MAGISTRADOS:
Art. 93, XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o
mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais
delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por
eleição pelo tribunal pleno.
A quantidade de magistrados em um tribunal varia de estado para estado, desse modo a Constituição estabelece
por meio deste artigo, que quando o numero de magistrados em um tribunal for superior a 25 membros, pode ser
constituído um órgão especial, que é um pequeno tribunal de justiça dentro do grande tribunal de justiça. Esse órgão
especial pode ser composto por no mínimo 11 e no máximo 25 magistrados, tendo como função a mesmas atribuições
do Tribunal de Justiça, buscando aumentar a celeridade e agilizar os processos, visto que a reunião de um grande
numero de desembargadores (tribunal pleno) é dificilmente alcançada em seu total.
Dos desembargadores escolhidos para compor o órgão especial metade são os mais antigos entre eles, e a outra (11
desembargadores) é escolhido por meio de eleição entre os próprios desembargadores, permitindo se ter os mais
velhos e os maios queridos.
Obs: O órgão especial julgará os casos como se fosse o tribunal pleno.
⇢ FÉRIAS:
Art. 93, XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo
grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente
É proibido que se dê ao judiciário férias coletivas, cada um marcará suas férias de acordo com o cronograma da
própria corregedoria. Nos finais de semana e nos feriados também não se pode deixar de ter atividade jurisdicional,
havendo plantão nesses dias. Isso ocorre pois a atividade jurisdicional deve ser continua, ocorrendo até pela noite.
⇢ DELEGAÇÃO A SERVIDORES:
Art. 93, XIV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem
caráter decisório.
Determinados atos judiciais podem ser delegados a servidores públicos, contanto que não digam respeito a
decisões, pois essas só quem pode tomar é o juiz.
⇢ DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSOS:
Art. 93, XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.
Sendo o processo de cunho aleatório, ou seja obedece a um sorteio (distribuição), a parte não pode fazer a escolha
de qual juiz julgará o seu processo. Desse modo, no momento em que o autor ingressa com sua petição inicial,
requisitando aquela demanda, o próprio sistema elenca qual a vara será responsável por processar a demanda.
Com exceção das comarcas que tenham somente um juiz, as compostas por mais de um juiz tem um processo de
distribuição, que serve para fazer a divisão processual de forma aleatória.
⇢ GARANTIAS:
Art. 95 - Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo,
nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial
transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o que dispõem os arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e
153, § 2º, I.
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
só perde o cargo por sentença judicial transitado em
julgado.
Ocorre após 2 anos de efetivo exercício após
concurso na carreira, depois de vitalício o magistrado
É necessário ingressar por meio de um concurso publico de provas e títulos, que terá a participação da OAB em
todas as fases do concurso. Além disso, somente poderão ingressar na carreira do ministério público, bacharéis em
direito com 3 anos de atividade jurídica, semelhando ao que acontece com os magistrados.
Ao ingressar na carreira, esta se inicia com o cargo de promotor substituto (procurador substituto se for no âmbito
da união). A promoção, se for no âmbito dos Estados, seguirá as regras das comarcas do poder judiciário, ou seja um
promotor de comarca de entrância inicial, será promovido para promotor de comarca de entrância intermediária até
que se chegue a comarca de entrância final.
A promoção se dá pelas mesmas regras do juiz, dois anos no mínimo de atividade, observando-se o mais antigo,
quando a promoção se der por antiguidade, e os critérios objetivos e subjetivos para a promoção por merecimento.
O Cargo mais alto do âmbito Estadual do MP é a Procuradoria de Justiça, tendo somente um procurador geral e os
outros membro são procuradores de justiça, esse membros do MP possuem garantias e vedações, as garantias dos
procuradores são as mesmas dos magistrados (Vitalíciamento, Inamovibilidade, Irredutibilidade de subsídios).
Semelhante aos magistrados os membros do MP também possuem vedações/proibições. Dessa forma os
procuradores não podem exerce outro cargo ou função a não ser a de professor, não podem exercer a advocacia, não
podem participar de sociedade comercial, também não pode receber a qualquer título ou pretexto, qualquer valor ou
porcentagem ou custa processual. Fica também fica vedado a participar de qualquer atividade politico partidária, não
podem receber de pessoa (física ou jurídica) seja elas publicas ou primadas, qualquer tipo de contribuição, sob qualquer
pretexto, salva aquelas em que a lei permite.
*Promover ação penal pública: São para os crimes de atribuição própria do Ministério Público, Ex: Crime de Homicídio.
*Promover inquérito civil e ação civil pública: visando a proteção do patrimônio social e público, do meio ambiente e
também dos interesses difusos e coletivos.
*Promover ação de inconstitucionalidade ou a representação para intervenção: No âmbito da União e dos Estados,
figuras muito importantes para esse processo é o Procurador Geral de Justiça (âmbito Estadual) e o Procurado Geral
da República (âmbito de União)
*Defender os direitos indígenas
*Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência:
*Exercer o controle externo das policias: (tanto civil, como militar)
*Requisitar diligencias e instauração de inquéritos policiais.
Obs: É importante destacar que se tem um Ministério Publico Junto ao tribunal de contas, esse MP não está inserido na
estrutura do MP, porém, terá as mesmas garantias e vedações, as mesmas características como se fosse um órgão do
Ministério Público. Entretanto, o concurso do MP do Tribunal de contas é feito pelo próprio tribunal de constas.
O MP é dividido em Ministério Publico da União e Ministério Publico dos Estados, sendo que cada estados terá seu
próprio ministérios, totalizando assim 26 ministérios públicos dos estados, cada tribunal de constas também terá seu
próprio ministério público, sendo assim mais 26 ministérios.
O ministério publico da União é subdividido em quadro, e em todos eles a forma de ingresso é por meio de concurso
de provas e títulos, sendo:
▪ MP Federal: Constituído por procuradores da república.
▪ MP do Trabalho: Constituído por procuradores do Trabalho
▪ MP Militar: atua perante a justiça militar
▪ MP do DF e Territórios
No âmbito da União, o chefe do MP é o Procurador Geral da República, podendo ser escolhido dentre os membros
de qualquer um dos Ministérios Públicos em que se subdivide o Ministério Público da União. Sendo o chefe, uma escolha
do Presidente da República, e precisando essa indicação ser aprovada por maioria absoluta no Senado Federal, o
Procurador Geral da Republica é nomeado para um mandato de 2 anos, podendo ser reconduzido ao cargo inúmeras