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INDICE

Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------1
Matriz Teórica de Base -------------------------------------------------------------------------------- 2
Principais Conceitos ------------------------------------------------------------------------------------ 3
Principais Virtudes e Limitações --------------------------------------------------------------------- 5
Principais Contributos para a Análise das Organizações ------------------------------------------ 6
Bibliografia ---------------------------------------------------------------------------------------------- 7
INTRODUÇÃO

O presente relatório, é elaborado no âmbito da cadeira de Novas Questões de


Sociologia, visa explorar os principais contributos de algumas das correntes teóricas da
Sociologia bem como de alguns autores para a definição do respectivo objecto de estudo e
para a compreensão da realidade social. Foi proposto aos alunos que comentassem
essencialmente as diferentes propostas e caminhos adoptados; por Pierre Bourdieu, Anthony
Giddens, Norbert Elias e Bernard Lahire; acerca da tensão existente entre Estrutura Social e
Singularidade dos Agentes.
Para este trabalho optei por fazer uma abordagem teórica sobre cada um dos autores
referidos, em que faço uma breve apresentação das propostas de cada um, fazendo referência
aos conceitos mais importantes.
Num segundo ponto, procuro colocar em evidência as principais semelhanças e
diferenças existentes nas reflexões dos autores.
No terceiro e ultimo ponto deste relatório, faço uma abordagem critica, isto é
equaciono as limitações e virtudes das propostas dos referidos autores, tendo como base de
argumentação outros pontos de vista.

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Abordagem teórica

Uma das caracteristicas da sociologia é a ausência de um corpo teórico unificado, pois


ao longo dos tempos foram surgindo diversas correntes teóricas opostas, sendo esta disciplina
um tanto ao quanto pluriparadigmática. Se por um lado é muito rica em virtude de ter um
pluralismo teórico abrangente, por outro torna-se um bocado abstracta sendo necessário
atribuir sentido lógico às oposições que surgiram.
Para este efeito, alguns autores tentaram fazer uma espécie de sintese, não para
substituir as teorias existentes, contudo estas teorias vieram aumentar ainda mais a
diferenciação existente.

Pierre Bourdieu
Para Pierre Bourdieu não existe sujeito ou actor, mas sim práticas sociais cujo sentido
escapa sempre aquele que as põe em prática. Um conceito importante na teoria da prática, é o
conceito de “habitus”, que foi recuperado e reelaborado a partir de utilizações anteriores
conhecidas (principalmente em alguns debates filosóficos). Este conceito surge na
necessidade de explicar os comportamentos e relações entre os agentes e as estruturas sociais,
bem como os seus condicionalismos.
A teorização de Bourdieu representa um importante alargamento do conceito de
classes, segundo este a definição de uma classe social passa pela posse de difentes tipos de
recursos. Estes recursos são denominados por capitais: capital económico, capital social e
capital cultural. Os diferentes tipos de capitais podem ser transmitidos e herdados, sendo que
as heranças passam a ser não apenas de recursos económicos, mas também relacionamentos
sociais e habitos culturais, entre outros.
A marcação de uma identidade subjectiva de classe é efectuada através do conceito de
habitus, este é definido como um “sistema de disposições duráveis e transponiveis que
integrando todas as experiências passadas, funciona em cada momento como uma matriz de
percepções, de apreciações e de acções”. (...) O habitus de classe é construido a partir da
pertença dos individuos a determinados grupos sociais (classes) e da sua socialização
prolongada nesses grupos, isto é, a pertnça a diferentes lugares de classe leva à interiorização
de condições objectivas idênticas, a formas de pensar e agir idênticas.
Aqui temos subjacente a noção de processo de socialização, uma vez que o sistema de
disposições são adquiridos pelos agentes através da aprendizagem. Todo este processo ocorre

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num espaço social, mais do que uma teoria de praticas ou de classes sociais, o autor propõem
uma análise multidimensional desse espaço.
Segundo Bourdieu, o espaço social pode ser decomposto em diferentes campos
correspondendo a diferentes práticas e intituições sociais. Cada campo é simultâneamente um
campo de forças estruturado por posições dominantes que determinam as distâncias a
respeitar entre os agentes do campo e um campo de lutas para a conquista das posições
dominantes. Seguindo o raciocinio de Bourdieu, cada campo está ligado a outros mas possui
uma certa autonomia que se traduz nos seus proprios interesses. O que se produz e se proca
nestes campos, não são apenas recursos raros mas também significado, significado este que
atribui uma identidade social aos agentes distinguindo-os uns dos outros. No espaço social em
que se encontram os agentes, são colocadas em prática estratégias quer sejam elas de
conservação (no sentido de preservar as relações de força no campo) ou subversão (que visão
destruir).
Para finalizar, o conceito de habitus surge como mediador entre aquilo que é a
realidade exterior e as realidades individuais, havendo por parte dos agentes sociais uma
interiorização daquilo que está à sua volta e por sua vez uma exteriorização. Assim sendo,
falar de habitus, é dizer que o individual não o é senão social ou colectivo.Bourdieu, critica
ferozmente todas as propostas racionalistas e formas de individualismos metodologicos.

SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS EXISTENTES NAS REFLEXÕES DOS


AUTORES.

Bourdieu pretende descartar uma oposição sumária: aquela que opões em ciências
sociais, individuo e sociedade, pois não só o individuo é situado num universo social
especifico, mas também esse universo é incorporado por ele. Individuo e Sociedade não são
aqui indissociáveis. Para este autor esta oposição não passa de uma falsa oposição

PRINCIPAIS VIRTUDES E LIMITAÇÕES

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Criticas a Bourdieu: pela lógica deste autor não seriam possiveis processos de
mudança ou de emancipação; Martine Founier critica o autor por substituir um fatalismo
genético por um fatalismo sociológico.
António Firmino da Costa refere que em relação à noção de habitus os problemas
provêm tanto de explicar demasiado quanto de explicar insuficientemente, chega-se mesmo a
falar em relativa “imaturidade” conceptual do habitus..........
Este conceito, não explica a mudança social, torna-se dificil compreender como o sistema de
disposições acompanha a mudança.
Outra questão levantada está relacionada com a operacionalização do conceito de habitus, que
Idalina Conde formaliza com base na auseência de desenvolvimentos teóricos e
metodológicos acerca do mesmo.

Considerações finais

BIBLIOGRAFIA

CHIAVENATO, Idalberto - Teoria geral da administração. S. Paulo, Mcgraw-hill,(1979).

CORIAT, Benjamin, "o Taylorismo e a Expropriação do SaberOperário" in Sociologia do


Trabalho. Organização do Trabalho Industrial. Antologia, Lisboa, A Regra do Jogo,1985

CUNHA, Miguel Pina e, “Organizações: Pluralidade das concepções a uma metáfora


pluralista”, Organizações & Trabalho, nº 13, Abril.

STOLEROFF, Alan, “Sobre a Sociologia do Trabalho em Portugal: Evolução e perspectiva”


Sociologia Problemas e Práticas, nº 12, Outubro 1992

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