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Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------1
Matriz Teórica de Base -------------------------------------------------------------------------------- 2
Principais Conceitos ------------------------------------------------------------------------------------ 3
Principais Virtudes e Limitações --------------------------------------------------------------------- 5
Principais Contributos para a Análise das Organizações ------------------------------------------ 6
Bibliografia ---------------------------------------------------------------------------------------------- 7
INTRODUÇÃO
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Abordagem teórica
Pierre Bourdieu
Para Pierre Bourdieu não existe sujeito ou actor, mas sim práticas sociais cujo sentido
escapa sempre aquele que as põe em prática. Um conceito importante na teoria da prática, é o
conceito de “habitus”, que foi recuperado e reelaborado a partir de utilizações anteriores
conhecidas (principalmente em alguns debates filosóficos). Este conceito surge na
necessidade de explicar os comportamentos e relações entre os agentes e as estruturas sociais,
bem como os seus condicionalismos.
A teorização de Bourdieu representa um importante alargamento do conceito de
classes, segundo este a definição de uma classe social passa pela posse de difentes tipos de
recursos. Estes recursos são denominados por capitais: capital económico, capital social e
capital cultural. Os diferentes tipos de capitais podem ser transmitidos e herdados, sendo que
as heranças passam a ser não apenas de recursos económicos, mas também relacionamentos
sociais e habitos culturais, entre outros.
A marcação de uma identidade subjectiva de classe é efectuada através do conceito de
habitus, este é definido como um “sistema de disposições duráveis e transponiveis que
integrando todas as experiências passadas, funciona em cada momento como uma matriz de
percepções, de apreciações e de acções”. (...) O habitus de classe é construido a partir da
pertença dos individuos a determinados grupos sociais (classes) e da sua socialização
prolongada nesses grupos, isto é, a pertnça a diferentes lugares de classe leva à interiorização
de condições objectivas idênticas, a formas de pensar e agir idênticas.
Aqui temos subjacente a noção de processo de socialização, uma vez que o sistema de
disposições são adquiridos pelos agentes através da aprendizagem. Todo este processo ocorre
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num espaço social, mais do que uma teoria de praticas ou de classes sociais, o autor propõem
uma análise multidimensional desse espaço.
Segundo Bourdieu, o espaço social pode ser decomposto em diferentes campos
correspondendo a diferentes práticas e intituições sociais. Cada campo é simultâneamente um
campo de forças estruturado por posições dominantes que determinam as distâncias a
respeitar entre os agentes do campo e um campo de lutas para a conquista das posições
dominantes. Seguindo o raciocinio de Bourdieu, cada campo está ligado a outros mas possui
uma certa autonomia que se traduz nos seus proprios interesses. O que se produz e se proca
nestes campos, não são apenas recursos raros mas também significado, significado este que
atribui uma identidade social aos agentes distinguindo-os uns dos outros. No espaço social em
que se encontram os agentes, são colocadas em prática estratégias quer sejam elas de
conservação (no sentido de preservar as relações de força no campo) ou subversão (que visão
destruir).
Para finalizar, o conceito de habitus surge como mediador entre aquilo que é a
realidade exterior e as realidades individuais, havendo por parte dos agentes sociais uma
interiorização daquilo que está à sua volta e por sua vez uma exteriorização. Assim sendo,
falar de habitus, é dizer que o individual não o é senão social ou colectivo.Bourdieu, critica
ferozmente todas as propostas racionalistas e formas de individualismos metodologicos.
Bourdieu pretende descartar uma oposição sumária: aquela que opões em ciências
sociais, individuo e sociedade, pois não só o individuo é situado num universo social
especifico, mas também esse universo é incorporado por ele. Individuo e Sociedade não são
aqui indissociáveis. Para este autor esta oposição não passa de uma falsa oposição
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Criticas a Bourdieu: pela lógica deste autor não seriam possiveis processos de
mudança ou de emancipação; Martine Founier critica o autor por substituir um fatalismo
genético por um fatalismo sociológico.
António Firmino da Costa refere que em relação à noção de habitus os problemas
provêm tanto de explicar demasiado quanto de explicar insuficientemente, chega-se mesmo a
falar em relativa “imaturidade” conceptual do habitus..........
Este conceito, não explica a mudança social, torna-se dificil compreender como o sistema de
disposições acompanha a mudança.
Outra questão levantada está relacionada com a operacionalização do conceito de habitus, que
Idalina Conde formaliza com base na auseência de desenvolvimentos teóricos e
metodológicos acerca do mesmo.
Considerações finais
BIBLIOGRAFIA