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A BIBLIA EM ESBOÇO
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61 EDiÇÃO - 1994
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o ÓDIO DO INIMIGO
1) Existem, na Bíblia, dois livros que o grande inimigo da humanidade odeia de maneira particular e, contra os quais, tem usado todo seu poder para os desacreditar: - Gênesis e Apocalipse.
2) Tenta aniquilar Gênesis atacando-o por intermédio dos cientistas e críticos modernos, e procura dar fim ao Apocalipse persuadindo os homens de que é um livro por demais misterioso.
3) Por quê esta aversão? - indagareis. Porque ambos profetizam sua derrota. Gênesis nos mostra quem executaria e Apocalipse fornece os detalhes e sua execução.
SEU ESTILO
Foi escrito em prosa e não como poesia. Isto é importante. A poesia, geralmente, aparece como atavio próprio à mitologia e à lenda, como nos livros antigos. Gênesis não foi escrito em estilo mitológico
mas, rigorosamente histórico; pois, é história e fatos e não fábula.
SUA ANÁLISE
1) Poderia dividir-se em onze seções, tendo por princípio de cada seção a expressão "a geração de", exceto na primeira. Exemplo: Seção I, capo 1 a 2:3, Seção II, capo 2:4 a 4:26, Seção III, capo 5:1
a 6:8, etc.
2) Para uma análise fácil, tomando "o princípio" como palavra chave, temos nove seções.
(b) A HISTÓRIA
PATRIARCAL
mais d. 300 anos
SUA MENSAGEM
1) Principal característica: • o fracasso do homem, sob todas as condições, suprido pela Salvação de Deus; 2) Foi necessário que o homem, pelo fracasso reconhecesse sua fraqueza e insuficiência, antes de aceitar,
voluntariamente, a Deus; 3) Neste livro vemos como o homem falhou: a) num ambiente ideal· Éden; b) Sob o reino de sua consciência, • da queda ao dilúvio; c) Sob o Reino Patriarcal, • de Noé a José; Nota: O livro se
inicia com Deus e termina com um esquife; 4) A falha humana suprida pela Graça e Atividade divinas; ••...mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça";· Romanos, 5:20.
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ANÁLISENQ2 MENSAGEM:
Versos· Chave 3:8 e 12:23 Redenção pelo sangue
o LIVRO DO ÊXODO
LIVINGSTONE E ÊXODO ,
Durante as Conferências do Centenário de Livingstone, chamou-se a atenção do povo para a sua dedicação e amor ao estudo da Bíblia. Fazia das Escrituras Sagradas o objeto constante de seus estudos.
De certa feira, quando se julgou ameaçado de grande perigo, leu a Bíblia completa, quatro vezes. Mais tarde, viu-se, em sua vida, que os livros de Gênesis e Êxodo ocupavam sua mente, sendo Moisés
o seu herói favorito. E, era assim que, aquele poderoso varão de Deus, mantinha aceso o fogo de um santo entusiasmo e coragem.
A DIVISÃO
O livro tem duas divisões e cinco seções, como veremos no quadro que se segue:
3·15:21 15:22·19
1) Eis, aqui, a condição miserável do 1) Aqui notamos Deus em graça bai- 1) Começa a educação de Israel: tudo 1) Aqui, aprendemos que os redimi- 1) Os redimidos devem ser adorado-
povo que Deus redimiu mais tar- xando a Israel para o libertar e como, convergindo a levar o povoa apren- dos devem fazer, sempre, a von- res e devem adorar como Deus o
de. pelo sangue, se operou a redenção. der que dependia unicamente de tade de seu Redentor, e consa- tem determinado.
Deus. grar-se ao seu serviço. Para isso,
2) Eventos: 2) Eventos: Deus mesmo provê a regra para 2) Evento:
a - nascimento de Moisés, a - chamada de Moisés, 2) Eventos: sua fé e conduta. A entrega da Lei Cerimonial
b - adoção de Moisés, b - volta ao Egito, a - Mara e Elim,
c- renúncia de Moisés, c - conflitos com Faraó, 3) Esta é uma seção riquíssima do
b - o deserto de Sir, 2) Eventos:
d - Israel emancipado.
d - fuga de Moisés, c - Refidim, A entrega da Lei Moral. livro.
e - casamento de Moisés: d - Amaleque e Jetro. Deus designou tudo para o Taber-
3) Esboço da vida de Moisés:
3) Hoje, Ele grava Sua lei nas tábuas náculo.
a - durante 40 anos pensou ser al-
3) O terrível sofrimento de Israel. 3) Notar: geralmenteaos Marassuce- dos corações dos redimidos, pelo Conseq üentemente, são artigos sa-
guém,
a - para o despertar b - durante 40 anos aprendeu que era dem os Elins. Espírito Santo que os ilumina e grados e nenh um deveri a ser omi-
b - para o purificar ninguém, guia nos caminhos do Senhor. tido em nosso estudo devoto.
c - para o unir c - durante 40 anos descobriu aquilo O amor de Deus torna doces as
d - para o desencantar que Deus pode fazer com um "nin- águas de Mara, que não remove!
guém".
ANÁLISENº3 MENSAGEM: 1. O acesso dos redimidos a Deus,
Palavras-Chave: somente pelo sangue
"Santidade e Expiação"
o LIVRO DE LEVÍTICO 2. A santidade dos redimidos, um
imperativo
TÍTULO
O nome de "Levítico" foi dado ao terceiro livro de Moisés, pelos "setenta" quando o traduziram da língua original, o hebraico, para o grego. No hebráico o nomeé: "Vá-yich-rah", esignifica: "E Êlechamou".
A forma do nome atual é humana, atendendo ao fato de que o livro faz ordenanças para os levitas, - embora sejam eles mencionados só uma vez em 25 :32,33. A forma original é divina, condiz melhor ao conteúdo
que friza o apelo de Deus aos redimidos para se achegarem a Ele em comunhão e adoração e para se santificarem no corpo e na alma.
TEMPO
Todas as instituições dadas e os eventos recordados neste livro, abrangem o período que vai de 1 de Abril, quando o Tabernáculo foi levantado, (Êxodo 40:2, 17 e Lev. 1:1) até 20 de Maio, quando os israelitas
partiram do Monte Sinal. (Números 10:11).
"Considerando que a narrativa abrange somente um mês" - escreveu o Dr. Parker - "pode considerar-se este livro como o mais notável do Velho Testamento".
PECULlARIDADES
1) Notar como se abre, magestosamente, este livro! É o primeiro, num grupo de somente três, que possuem a mesma introdução. Os outros dois são: Números e Josué. Tal sentença introdutória:
"E chamou o Senhor", revela a importância da comunicação que segue.
2) Notável professor bíblico chamou a atenção para o fato de que em Levítico não se nomeia o Espírito Santo uma vez sequer, quando o é nos demais livros do Pentateuco; diz ele: "porque aqui
tudo se refere a Cristo, e a obra do Espírito Santo é glorificar o Senhor".
3) Em nenhum outro livro da Bíblia encontramos tantas mensagens diretas de Deus, como' neste. "O Senhor falou", - "disse", - "ordenou", se encontram 56 vezes; "Eu sou o Senhor", 21 vezes;
"Eu sou o Senhor vosso Deus", 21 vezes; "Eu sou", 3 vezes; e "Eu o Senhor, faço", duas vezes.
A MENSAGEM
1) Uma das palavras chave do livro é "Santo". Aparece 87 vezes. A outra palavra chave é "Expiação", e aparece pelo menos, 45 vezes.
2) O problema é: - Como pode um pecador aproximar-se de um Deus Santo? - Como terá acesso a Deus? - Quem decidirá tal questão? - Somente Deus. Este livro mostra que os seus remidos terão
acesso a Ele, com todos os privilégios que decorrem da comunhão e adoração, na base do sacrifício, pelo derramamento de sangue.
3) Outra mensagem do livro, que nos surpreende, é a insistência na santificação do corpo a par da santiticação da alma. Levítico, ensina que os remidos devem ser santos porque seu Redentor é Santo, 19:2.
dos seus redimidos a Ele, é assegurado unicamente na base do sacrifício, pelo derramamento de
sangue. Verso-chave, 17:11
1 - AS 5 OFERTAS, cada uma representa um aspecto distinto da oferta única de nosso Senhor 1 - AS LEIS DA PUREZA: 11-16
Jesus Cristo. 1-6:7 O povo santo deve ter: (a) alimento puro (11); (b) corpos puros, 12-14:32; (c) lares puros, 14-33:57; (d) hábitos
puros, 15; (e) constante contato com o "sangue", 16 - O capítulo 16 é o grande capítulo da Expiação.
2 - RECAPITULAÇÃO DAS DIVERSAS LEIS: 17-26
O povo santo deve observar: (a) adoração pura, 17:1-9; (b) um santo reSpeito pelo "sangue", 10-16; (c) moral
3 - O SACERDÓCIO: 8-10 pura, 18; (d) hábitos e vestuários puros, 19-26.
(a) a chamada 8:1-5; (b) a purificação, 6, (c) o vestuário 7-13; (d) a expiação, 14-29; (e) a unção, 30; (f) o No.tar as festas, Levítico 23.
alimento, 31-36; (g) o ministério, 9; (h) a falha, 10. 3 - AS LEIS TOCANTES AOS VOTOS: 27
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NOME
Números é o nome pelo qual, geralmente, é conhecido o quarto livro de Moisés. É, assim chamado porque registra os dois censos de Israel: um, em Sinai, capo 1, e outro, em Moabe, capo
26. No original hebraico seu nome é "B' midbar", e significa - "no deserto", título mais adequado aos relatos do livro, que põem em evidência as viagens, peripécias e experiências dos israelitas
no deserto. É o livro do deserto. '
CARÁTER
Parte do livro tem caráter histórico, e parte tem caráter legislativo. É o livro da peregrinação, da guerra, do serviço, e, infelizmente, das faltas.
MENSAGEM
O livro tem uma tríplice mensagem:
1) Um dos pensamentos principais é "serviço". E, é a mensagem que encontramos bem à sua entrada. O povo do Senhor é salvo para servir. Notemos quanto tem de significativo na ordem
das mensagens dos quatro primeiros livros da Bíblia: em Gênesis, o homem arruinado, caído; em Êxodo, já redimido para, em Levítico, adorar e, assim, em Números, poder servir. É
esta a ordem divina. Somente uma alma salva, e que adora ao Senhor, está qualificada para Seu serviço.
2) Na segunda mensagem, o pensamento central é "ordem". Ordem, indispensável, no serviço e no viver! A ordem é a primeira lei do céu. Notamos, aqui, a organização do acampamento
e do serviço do Tabernáculo. E, nessa ordem, Deus desejava que o Seu povo sempre andasse!
3) Temos, então, a terceira mensagem. A falta do povo de Deus, assume graves proporções ao lermos essas páginas. Falta oriunda da incredulidade!
Por isso, este livro clama aos redimidos: "Acautela i-vos da incredulidade. Mas, graças a Deus nem tudo foi falta. Na última seção do livro, Israel surge, vitorioso, restaurado ao favor
de Deus.
Deuteronômio éo quinto livro de Moisés. Seu nome significa "A Segunda Lei", bem que, o livro não contém uma nova lei mas as leis dadas no Sinai 39 anos antes, aqui são revistas e comentadas. Impunha-
-se, com urgência, tal repetição. A exceção de Calebe e Josué, todos quantos saíram do Egito e receberam as leis no Sinai, não mais existiam, daí a necessidade de dar à nova geração, com toda a ênfase,
essa repetição. Dessa tarefa se desincumbiu Moisés, numa série de discursos nas planícies de Moabe, ao fim de 40 anos de jornadear errante e exatamente um mês antes da travessia do J ordão pelos israelitas
para se apossarem da terra prometida. Esses discursos dirigidos, oralmente, ao povo (cap. 1:3) foram, posteriormente escritos e reunidos em forma de livro. (Cap. 31:24-26).
Capo 1 - Capo 4:43 Capo 4:44 - Capo 26 Caps. 27 e 28 Caps. 29 e 30 Cap.31:1-23 Cap.31:24·29 Capo 31:30 e Capo 32 Cap.33 Cap.34
1. A falta em Cades 1.O maiordosdiscursos 1. Instruçõesquanto à 1.Nesta aliança se es- Últimos conselho de 1. Este é um discurso, Um salmo sublime Este discurso é, real- 1. Morte, solitária,
Barnéia,l 2. Aqui, Moisés revê solenidade da ceri- tabeleceuascondi- Moisés: aos Levitas, com mente, uma profecia como é toda a morte
2. Suas jornadas, as leis moral, civil e môniaao ser realiza- ções para Israel 1. A todo Israel, 1-6 respeito a preserva- Notar: pelo verso 44 notável 2. Morteante umavisão
2-3 cerimonial da ao entrarem na entrar na terra pro- 2. A Josué, 7 e 8 ção do livrode Deu- se deduz que Moisés 3. Morte no abraço di-
3. Aplicação deste 3. Notar: 5:22 Canaã metida 3.AosSacerdotes,9-15 teronômio cantou em dueto com Notar no Capo33: vino
retrospecto,4:1-40 "e nada acrescen- 2. Notar: o altar foi 2. Observe-se a ênfa- 4.AvisodeJeová,14-21 2. Notar: o verso 26, Josué V. 23-Separado Pode ser traduzido
4. Cidadesde refúgio, tou", a perfeição e edificado sobre o se dada à circunci- Notar a tristeza de significa, literal- V.23-Satisfeito "Morreu pelo beijo
4:41-43 a finalidade dos 10 monteda maldição! são do coração - Jeová,nessa Sua de- mente: "perto do Israel acompanhando V.29-Salvo de Deus"
mandamentos. 27:5.Esteéo Evan- 30:6 claração. lado da Arca" no coro
gelho
ANÁLISENº6 MENSAGEM:
Versos-chave: 11:23; 21:44, 45 A fidelidade de Deus declarada
o LIVRO DE JOSUÉ
e demonstrada
O AUTOR
Não há razões para duvidar de que Josué fosse o autor deste livro. O Talmud afirma que Josué o escreveu todo, exceção feita aos últimos cinco versículos, atribuídos a Finéias 24:33. Certamente foi escrito
em tempo anterior a Davi, 15:63, (pois, este expulsou os jebuseus) enquanto que Raabe, a esse tempo, ainda vivia. 6:25.
O CARÁTER
O livro é uma narrativa da campanha militar chefiada por Josué, sucessor de Moisés, e pela qual Israel conquistou a terra prometida. É um livro agressivo e está para os cinco livros de Moisés como "Atos
dos Apóstolos" está para os quatro evangelhos.
A MENSAGEM
E importante notar que é muito mais do que uma simples história de guerras, por mais interessante que seja. Tem uma quádrupla mensagem: (1) A principal é a fidelidade de Deus. Estudai os versos-chave
indicados acima e vereis como Ele é fiel ao que prometeu. Certamente que o é, nem poderia ser de outra maneira! Este livro, pois, declara a demonstra essa fidelidade. (2) Mostra também o valor da regra que
para gozar as dádivas divinas é necessário apropriá-Ias. (3) A terceira mensagem revela o horror e o ódio que Deus vota ao pecado. Esta guerra era punitiva. Os cananeus estavam tão imersos no pecado, ao
qual se entregavam sem reservas, na prática de vícios horrendos eabomináveis que, a espada flamejante da justiça de Deus, teve de ser desembainhada. (4) Aquarta mensagem tem sentido espiritual. Esta campanha
militaré o tipo da guerra do Espírito. Os cananeus representam as nossas concupiscências, os nossos pecados, os inimigos espirituais, e nessa relação, podemos descobrir o segredo duma vida triunfante no Espírito.
NOTÁVEL
Um fato notável, por excelência, neste livro é que, nele, se introduz um novo método ele ensino. Até ali, Deus falara através de sonhos, visões e pelo ministério dos anjos. Agora, aponta o Livro da Lei, escrito
por Moisés, e o povo é exortado a dar ouvidos à voz de Deus, por meio desse livro, 1:8. E o método quue se observa ainda hoje, embora tenhamos um livro, a Bíblia - maior que o de Josué, embora igualmente
inspirado. Temos dado, à Bíblia, seu devido valor?
1. Deus chama Josué, 1:1-9 1. Conquista de Jericó por um meio fora do comum. 1. A mensagem de Deus a Josué, 13 1. Último discurso de Josué:
2. O apêlo do Senhor a Israel, 1:10-15 Not;rr: durante seis dias o único ruído era perto da 2. A divisão da terra, 14-21 a) aos chefes do povo, 23
3. A r~posta, sincera do pOvo, 1:16-18 Arca como que chamando a atençáo somente do 3. O erro das duas e meia tribos; 22 b) a todo o povo, 24:1-28
4. Raabe, e os espias, 2 Senhor, 6 2. A morte de Josué, 24:29-31
5. A passagem do Jordão, 3 2. Pecado de Acã, 7 NOTAR: 3. A morte de Eleazar, 24:33
6. Os dois memoriais, 4 . 3. Conquista de Ai, 8:1-29 1. Hebrom (comunhão) coube a Calebe porque perseve-
7. O efeito disto no inimigo, 5;1 4. A Cerimônia do Ebal, 8:30-35 . rou em seguir o Senhor, 14:14 NOTAR:
8. O opróbio do Egito é resolvido, 5:2-10 Notar: O altar se edificou no Monte da maldição 2. A filha de Calebe cuidou bem de seus interesses 1. Gênesis se inicia com Deus e termina com a morte. O
9. O novo alimento, 5:11,12 5. A aliança com os gibeonitas, 9 pessoais, '15:16-19 livro de Josué começa e termina com a morte.
10. Seu Capitão, 5:13-15 6. Vitória
3. A nobre e digna resposta de Josué, 17:14-18 2. 24:33 - Os sacerdotes não tinham propriedades, e!Jlbora
a) em Gibeão, 10:1-27
4. Josué foi o último a receber sua herança. E, como este verso revele que Finéias as possuía. Provavelmente,
b) em Maqueda, 10:28-43
NOTAR: Calebe recebeu por livre escolha, e escolheu em lugar as recebera em compensação a serviços especiais
c) em Merom, 11
1. A Lei (representada por Moisés) não podia dar estéril que nenhum outro queria, 19:50
7. lista de reis derrotados, 12
possessão ao pecador, 1:2
2. O valor da coragem, 1:6
NOTAR:
3. Israel nem viu água ao atravessar o Jordão 3: J 6
1. Confiança própria, o pecado de Israel, 7:3
2. Em 7:21, o pecado se desenvolve em quatro graus:
a) "vi" - concupiscência dos olhos,
b) "cobicei" - concupiscência da mente,
c) "tomei", ato da vontade,
d) "escondi", ato da mão.
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O AUTOR
O autor deste livro é desconhecido. Das palavras encontradas, quatro vezes, nos últimos capítulos - "Naqueles dias não havia rei em Israel"; (17:6, 18:1, 19:1 e 21:25) se deduz que foi escrito um pouco depois do
estabelecimento da monarquia. Provavelmente escreveu-o Samuel, o profeta e último juiz em Israel durante seu afastamento parcial de líder do povo, depois que Saul fora escolhido como rei. Se assim é, com que gozo
Samuel recordaria a grande renúncia de Gideão, Ver 8:22,23.
UM LIVRO TRISTE
1. O livro de Juízes, (assim chamado porque é a história dos 14 juízes que reinaram e libertaram Israel), abrange o período que vai da conquista da terra e morte de Josué, até o tempo da magistratura de Samuel
e a implantação da monarquia em Israel.
. 2. E a história divina dos repetidos desvios de Israel, da triste decadência nacional, um dos mais negros períodos da história de Israel.
3. O livro de Números é triste ao narrar os 40 anos de jornadas errantes por causa do pecado, mas, o livro de Juízes é muito mais acabrunhador, porque expõe o pecado de Israel durante não 40 anos, mas, quase
10 vezes 40.
NOTÁVEL
O livro é notável por muitos motivos: (1) Tem dois inícios, 1:1 e 2:6. (2) Contém a parábola mais antiga do mundo, 9:8-15. (3) Contém o maiore mais notável hino guerreiro do mundo, capo5. (4) Recorda a história
da história da investidura da primeira mulher na magistratura da nação, capo 4. Provavelmente era viúva.
A MENSAGEM
Sendo, primeiramente, a recordação das tristes recaídas de Israel, este livro revela: (1) a eterna inclinação do coração humano em afastar-se de Deus e mostra a terrível possibilidade do afastamento espiritual, mesmo
depois das grande bênçãos celestiais. (2) que, graças a Deus, não é somente um livro de quedas e desvios mas, também, de libertação! Se houve 7 apostasias e 7 servidões, em compensação temos 7 clamores e 7 livramentos.
Aqui vemos Deus procurando e restaurando seu povo desviado.
ANÁLISE
À primeira vista, o livro nos parece sem ordem. Certamente, seu relato não está em ordem cronológica. Deve(ia principiar em 2:6-9 e depois, então, capo 1 seguindo por 2:10-13 a caps. 17-21 e finalmente capo 2:14
a capo 16. Mas, a ordem é a primeira lei do céu, e houve razão divina para não ser escrito cronologicamente. O esboço demonstra-o. Na primeira seção, Israel depende do Senhor; na segunda, Israel deixa o Senhor,
e colhe os resultados amargos; e na última seção, vemos os abismos profundos para os quais Israel resvalara.
Confusão e anarquia
Israel principiou bem mas, não perseverou: 1. Na igreja ou na vida religiosa da nação, 17 e
1. Deus consultado e os resultados, 1:1-10 A ordem das 7 18
2. Judá principiou em casa, 1:3-4 apostaslas Escrituras Conquistador Duração 2. Na família ou na moral da nação, 19
3. A captura da Adoni-Bezeque 1;4-7 , 3. No país ou na vida política da nação, 20 e 21
3:1-11 Cusá-Risataim 8 anos otniel
4. Vitórias imperfeitas, 1:8-36
..
Apostasia I' ,;
3:12-31 Rei de Mesopotâmia 18 anos Eude e Sangar
5. Repreensão do Senhor, 2:1-5 .. 2' I 4-5 Rei de Moabe e 20 anos Débora e Baraque
NOTAR: 18:30
.. 3' 6 - 8:32 Filisteus
7 anos Gideão
O primeiro sacerdote idólatra foi o neto de
.. 4' 8:33-10:5 Jsbim, rei de Cansá Moisés.
.. 5' 10:6-12 Midianitas 18 anos Abimeleque, Tola e Jair
.. 6'
7'
13-16 Guerra Civil, ele.
Anonitas Filisleus
40 anos Jeftá, 1bzá, Elom
e Abdom Sansáo
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ANÁLISENºS MENSAGEM:
Palavras-Chave: Descanso, 1:9,3:1 Descanso mediante a Redenção
Redimir, 4:4-6
o LIVRO DE RUTE
e união
o VALOR LITERÁRIO
Este livro deve seu nome a Rute, a moabita, que aparece, como personagem principal, na narrativa. É uma autêntica gema literária e espiritual. Uma das maiores autoridades da literatura do século XVIII,
Dr. Samuel Johnson, levou o livro de Rute aos seus amigos, reunidos num clube londrino, e ali lhes leu o livro, dizendo tratar-se de um poema pastoril que ele encontrara a pouco e eles imaginavam que fosse
recentemente composto. Ao findar a leitura, todos, unânimes, teceram os mais entusiásticos elogios, referindo-se à simplicidade, à beleza e ao sentimento da peça. Foi aí que, o Dr. Johnson revelou aos seus
amigos, tratar-se tão somente da históri!i de Rute, que ocorre, nas páginas do livro que eles tanto desprezavam - a Bíblia. Foi uma supresa, tal revelação. Não há, na literatura humana, beleza superior a do
discurso de Rute à sua sogra, 1:16,17. E sublime!
O LIVRO
1. O escritor é desconhecido. Provavelmente, foi escrito ao findar do Reino dos Juízes e ao despontar da monarquia, - 1:1; depois do nascimento de Davi, - 4:22; e daí alguns concluírem que Samuel o
escrev~u. Abrange um período de 10 anos, 1:4.
2. ~ uma espécie de apêndice ao livro de Juízes. Que contraste é aquele livro! O livro de Rute é como um oásis em pleno deserto.
3. E notável pelo fato de ser o único livro, na Bíblia, que se ocupa, exclusivamente, com a história de uma mulher. "Há dois livros que tomam nomes de mulheres: Rute, a gentia que se casou com um
hebreu, e Ester, a judia que se casou com um gentio".
SEU PROPÓSITO
1. Um dos pnncipais propósitos do livro é traçar a genealogia de Davi e a do Senhor de Davi. O sangue de Rute corria nas veias do Senhor Jesus.
2. Certamente, é uma história amorosa designada a provar como o poder dum amor puro vence todas as dificuldades. Cumpre realçar que não se trata de um amor romântico entre jovens; porém é a história
duma jovem viúva possuída de veemente amor por sua sogra Noemi, a quem se devotou inteiramente.
3. E, com toda clareza, o livro aponta o ideal elevado do casamento. A vida matrimonial é tratada em 4:11-17, como uma amizade sublime e sagrada.
A MENSAGEM E A ANÁLISE
A mensagem central do livro é: descanso. Embora a palavra apareça, no livro, somente duas vezes, contudo, a idéia de descanso é evidente em todo o livro. No Oriente a situação da jovem solteira é insegura.
Somente, casada é que pode contar com o respeito e proteção. Elimeleque não teve mais descanso quando saiu da Terra prometida. Deixar Moabe para voltar à Belém pareceu um meio impossível para conseguir-
-se descanso, na opinião grave de Noemi, 1:11-13; porém os caminhos de Deus não são como os do homem. Rute encontrou descanso mediantea Redenção e união com seu Redentor. Para nós não há descanso,
no mundo, senão em união com nosso Divino Redentor.
1 2 3 4
DESCANSO DEIXADO DESCANSO DESEJADO DESCANSO PROCURADO DESCANSO ALCANÇADO
1:1-5 1:6-22 2-3 4
1. Seria esta a fome referida em Juízes 6:3,4? 1. Depois e 10 desastrosos anos Noemi decide buscar 1. Boaz, um homem que se distinguira na guerra, 2: 1 estava, 1. Boaz age na questão, 4:1-8
2. Contra a vontade de Deus não poderia haver descanso em Israel. provavelmente, ausente, devido ao serviço militar, quando 2. Boaz casa com Rute, 9-13
bênção e prosperidade. 2. Suas duas noras decidiram acomp(lnhá-la 1:7-10, Noemi voltou, daí, a sua ignorância a respeito de Rute, 2:5. 3. Noemi confortada e feliz, 14-19
3. Noemi permitiu que seus filhos casassem cqm mas, aconselhadas, arfa voltou para u povo e seus 2. O ato de Rute, capo 3, chegar de mansinho ao lugar onde 4. Um dos muitos pontos de relevo na história é que as
mulheres pagãs. deuses, 1:15. descansava Boaz e deitar-se aos seus pés, sob seu manto, sentenças finais quase todas se referem à velha e feliz
4. As mulheres trataram seus maridos com benevo- 3. Chegando a Belém "toda a cidade se comoveu" mas era a maneira usual daquela época em requerer proteçáo Noemi e não a felicidade do casal.
lência, 1:8. ninguém lhes ofereceu hospi talidade. legal.
4 Notar: "com ela", 1:22, um desviado, somente depois
de restaurado, pode ser uma bênçáo para os outros.
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ANÁLISENº9 MENSAGEM:
Versos - chave: 1:10-27,7:5,8:6, 12:19-23 O lugarpara a oraçãoeo seu
poder em todas as experiências
Palavra-chave: "Orou"
o PRIMEIRO LIVRO DE SAMUEL da vida
O LIVRO
1. Dos seis livros históricos de Israel este é o mais conhecido. Desde a nossa infância têm despertado em nós um interesse sem fim as histórias de Samuel (cap. 3) e de Davi e Golias (cap. 17). É história,
porém apresentada na mais atrativa forma de biografia.
2. É nomeada assim dada a figura proeminente de Samuel que, por certo, escreveu a maior parte do livro, ao passo que Natã e Gade fizeram o restante, I Crôn. 29:29.
3. Dá-nos a história de Israel desde o tempo de Eli até a ascenção de Davi ao trono de Israel.
CONTEÚDO NOTÁVEL
As contribuições deste livro para o vocabulário religioso, teológico e experimental são notáveis.
1. Este livro tem a honra de ser o primeiro em registrar e usar o título majestoso: "Senhor dos Exercícios, 1:3. Esta é a primeira das 281 vezes que ocorre este título que revela o Deus de Israel como Senhor
de todos os exércitos do céu e da terra.
2. Neste livro aparece, pela primeira vez, o nome - "Messias" - por intermédio de uma mulher que teve a honra de nomeá-Io, 2:10; "seu ungido" significa literalmente: "seu Messias", e na Tradução
Setuaginta, "seu Cristo".
3. Este livro é o que revela, a primeira das cinco coisas preciosas do Velho Testamento: (a) a Palavra de Deus, capo 3.1, (b) a Redenção, Salmo 49:8, (c) a morte dos seus santos, Salmo 72:14; 116:15
(d) lábios de conhecimento, Provo 20:15 (e) os pensamentos de Deus, Salmo 139:17.
4. Aqui encontramos, ainda pela primeira vez, a palavra "Icabô", 4:21 e "Ebe!lézer", 7:12; também, "Deus salve o Rei" ou "Viva o Rei", 10:24.
5. O livro revela o nome que antigamente se dava ao profeta: "vidente", 9:9. E um nome sugestivo que implicava na posse de dons de percepção e dicernimento como também da visão de Deus.
6. Indica que Samuel era o primeiro da linhagem nobre dos profetas escritores, 3:20, (v. Atos, 3:24 e 13:20) e mostra, pela primeira vez, a existência duma escola de profetas, provavelmente um instituto
fundado por Samuel, 10:5 e 19:20.
7. Seus ensinos a respeito do Espírito Santo, são importantíssimos. Nas suas páginas, o Espírito Santo aparece: (a) como autor e meio para a regeneração e do coração novo, 10:6 e 9; (b) como autor da
ira santa e justa, 11:6; (c) como inspirador da coragem e da prudência no falar, 16:13,18; "prudente no agir e prudente no falar"; (d) como nosso libertador do mal. (16:14).
MENSAGEM
Este livro tem muitas mensagens: 1 • mostra o sofrimento proveniente da poligamia, 1:6; 2 . os desastres que advêm da indulgência paternal, 2:22-25; 3 - o perigo do ritualismo e do form~lismo, 4:3;
4 - da impaciência, capo 13 e, 5 - da obediência parcial, capo 15. Porém, a chave da mensagem está no significado do nome de Samuel e quantas vezes aparecem as palavras "oração" e "orou". E admirável
como este livro está cheio de oração. Em certo sentido pode ter-se em conta como um tratado sobre oração, claramente objetivado numa vida. "Samuel" quer dizer: "pedido a Deus" e o portador do nome
confirma a oração feita e atendida. Aqui vemos a oração feita constantemente, por isso, tomamos como mensagem central do livro: "o lugar para a oração e o seu poder em todas as experiências da vida";
1) Em resposta a oração, Samuel foi dado, 1:10-28; 2) A vitória foi dada a Israel mediante a oração de Samuel, 7:5-10; 3) Quando Israel rejeitou a Deus como rei e pediu um rei terreno, (ver o início disto
em Juízes 21:25) Samuel, entristeceu--se e orou a Deus, 8:5,6; 4) Um homem de oração conhece os segredos de Deus, 9:15; 5) Não orar por Israel foi considerado pecado porSamuel, 12:19 e 23; 6) A rejeição
final de Saul se considera pelo fato de Deus ter fechado Seus ouvidos à sua oração, 28:6.
ANÁLISE
Seu conteúdo pode ser agrupado em torno de três grandes personagens: Samuel, Saul e Davi.
o AUTOR
Concernete à autoria deste livro, I Crôn: 29:29 tem algo a dizer: "crônicas do profeta Natã", e "crônicas de Gade, o vidente". O segundo livro de Samuel foi, sem dúvida, escrito por Natã e Gade, dois
contemporâneos de Davi.
O DESÍGNIO
O livro se ocupa, quase que inteiramente com a história de Davi como Rei. Começa com a sua ascenção ao trono e narra os acontecimentos durante seu reinado de 40 anos. Portanto, este livro é a história
do reinado davídico.
O CONTEÚDO
1. A primeira vez que, em Israel, um rei é comparado a um pastor, 5:2, "apascentarás o meu povo de Israel" é, literalmente, "pastoreia meu povo de Israel".
2. Foi Davi quem primeiro descreveu um rei como "o ungido do Senhor", título que dá uma concepção elevada e digna da soberania. Compare: I Samuel, 24:6 com Ir Samuell:14, 16,21; 2:4,7; 3:39;
5:3,17; 19: 10; 22:51.
3. Contém, também, o episódio de 7:1-17, onde se aprende que todos os nossos planos devem ser apresentados a Deus para receber, ou não, Sua aprovação. É uma lição que se não ensina, tão claramente,
em nenhuma outra parte da Bíblia. Quantas vezes, em situação análoga, cometemos o mesmo erro de Natã, 7:3.
4. <;> livro registra duas parábolas notáveis: a do egoísta, capo 12, e a do desterrado, capo 14:1-20.
5. E, neste livro, 23:1, que Davi revela a inspiração divina dos seus salmos e afirma que até as suas palavras procederam de Deus.
A MENSAGEM
1. A primeira mensagem mostra a necessidade de paciência e dependência de Deus para que se cumpram as suas promessas 2:1 - 5:1-3. A paciência é uma virtude para a qual nos é dada graça especial.
2. A segunda - primeira no seu valor - é a que aponta o pecado. "Estai certos que o vosso pecado vos descobrirá", se exemplifica em diversas pessoas referidas aqui (1:14-16, 2:8, 9. Abner procedeu assim
apesar de conhecer os propósitos de Deus, 3:9,13; 3:27; 4:11,12), e com mais evidência no caso de Davi e seu filho Absalão. Temos os detalhes horrendos dum pecado vil, 11:4 e 13:1-15. Como veio rápido
o castigo de Deus! Mas, graças a Deus, este livro mostra, também, como Deus está sempre pronto a perdoar, 12:13. Não deixemos de notar que, às vezes, o pecado perdoado é punido, 12:14. Toda a história
subseqüente de Davi é um relato de castigo pelo seu pecado e por causa do seu pecado. Isto, Davi o reconhece, capo 16: 10. Não era grande sua alegria depois de ter pecado. Toda a queda deixa vestígios para
tristeza do crente.
ANÁLISE
Embora, originalmente, os dois livros de Samuel eram um, ambos apresentam características próprias. Temos notado que o espírito de oração prevalece no primeiro livro de Samuel, embora esse espírito
perdure neste livro. C'consultou ao Senhor", 2:1 - 5:19 e 23 - 21:1). Entretanto, a frase chave é "Perante o Senhor", o que, às vezes, significa: "perante a Arca do Senhor". V. 5:3, ainda que a Arca estivesse
em Gibeá, 6:3. Em 12:16 vemos que se prostrava perante o Senhor mesmo em sua casa. Era o reconhecimento da presença constante de Deus. Notai as atitudes diferentes da alma, reveladas no estudo desta
frase, na análise que segue.
Chave 2:1 Chave 5:3 Chave 6:16 e 21 Chave 7:18 Chave8:6"eI4 Chave 12:16 Chave 22:1 e 24:17
O LIVRO
O autor do livro é desconhecido. Com certeza, foi escrito ao tempo em que ainda existia o primeiro Templo, 8:8. Daí presumir-se que Jeremias, inspirado por Deus o tenha escrito adicionando-lhe relativos dados por Natã e Gade, I
Crôn. 29:29, e outros escritores. É a história dos reis de Judá e Israel, desde Davi até Acabe e Jeosafá, num período de 118 a 125 anos.
CONfEÚDO NOTÁVEL
1. No capítulo 1 verso 50 e no capítulo 2 verso 26, encontramos as primeiras referências ao recurso dos chifres do altar como refúgio. Os primeiros apelos ao direito do santuário.
2. Traz o primeiro exemplo de orar de joelhos, 8:54; a prática antiga era de pé, I SamueI1:26. De fato, Salomão ficou de pé antes de se ajoelhar, 8:22. Os adoradores de Baal dobravam os joelhos. Isto explica Juizes 7:5-7 (porque 9.700
homens das tropas de Gideão dobraram seusjoelhos, provando ser adoradores de Baal, e foram rejeitados; e somente os 300 que lamberam as águas foram aceitos) e, I Reis 19:18. Todavia, ajoelhar para orar fica aprovado para nós devido
a ser esta posição usada por nosso Senhor e Salvador, Lucas 22:41.
3. O livro dá a primeira referência duma nova cronologia. Em I Reis 6:1, o período que vai do Êxodo à construção do Templo por Salomão foi calculado em 480 anos, quando,na realidade, é de 573. Isto tem sido uma pedra de tropeço
para muita gente. Porém, estudiosos, doutos das Escrituras descobriram que a diferença dos 93 anos corresponde, justamente, aos anos de cativeiro mencionados em Juízes. Esta é a solução do problema. E, aí está a cronologia divina.
Durante esses 93 anos, Israel não fora governado por Deus; esteve sob o calcanhar do opressor. Deus não contou os anos do cativeiro! Os anos gastos alheios à vontade de Deus não são contados por Ele. Os pecados desses anos, até serem
confessados, são lembrados, e os anos, assim consumidos, são considerados nulos.
4. Temos em 5:5 e 8:27 a primeira declaração, no Velho Testamento, duma concepção maravilhosamente espiritual de Deus. Observai: o Templo não foi edificado, como Casa para o Senhor, mas, sim, "ao nome do Senhor". Os templos
pagãos eram destinados pelos seus construtores para residência de seus deuses. Salomáo foi mais sábio. A expressão "ao nome do Senhor" é muito notável.
5. Notar: - 5:3, "seu Deus" e 5:4, "meu Deus". Salomão gloriava-se no fato de que o Deus de seu Pai era o seu Deus!
6. Observai: a) que foi Joabe, o velho guerreiro, que primeiro, ouviu o som da trombeta (1:41); b) que, em 8:3 temos a única referência da condução da Arca pelos sacerdotes, serviço esse sempre feito pelos levitas; c) a declaração
"Q Senhor disse que habitaria nas trevas" 8;12; tem sido motivo de conforto para milhares de almas aflitas. Estás nas trevas espirituais, meu irmão ou minha irmã? Regozija-te, porque Ele estará contigo! A escuridão nos achega ao nosso
Deus e nunca nos repele. Notai, d) a extraordinária e notável concepção da missão de Israel no mundo, 8:43,60; - Oh, que Israel sempre se tivesse lembrado disso! '
O A A O
sua unidade e sua lamentável e
Estabelecimento medidas tristes, Glória explendor
Divisão
fatal dissidência. Declínio sua corrupção e
do Reino porém do Reino do Reino do Reino decadência
necessárias.
1. Notar: "estabelecido" 2:12,24,45,46 1. Notar: 3:12, 13 - 4:30 e 8:11 1. Notar: 11:11 e 12:17 1. Notar: 14:27, um ato simbólico
2. Apostasia e morte de Salomão Capo 11 2. Apostasia e morte de Jeroboão 12:25 - 14:20
2. Davi, prematuramente velho (70) 1:1-4 2. Aliança duvidosa de Salomão 3:1,2
3. Ascenção e loucura de Roboão 12:1-15 3. A terrível apostasia de Roboão e Judá 14:21-31
3. A rebelião do filho mais velho de Davi 1:5-9 3. Primeira aparição divina a Salomão 3:5-15 4. A divisão do Reino. Jeroboão reina sobre 10 tribos, 4. Os reis de Judá 15:1-24
4. Conspiração de Natã e Batseba 1:10-31 4. A sabedoria de Saio mão 3:16-28 12:16-24 5. Os reis de Israel 15:25-16
5. Salomão ungido rei 1:32-52 6. Acabe e Elias 17-22
5. A grandeza de Salomão Cap.4
6. O último discurso e a morte de Davi 2:1-12 6. O trabalho da vida de Salomão 5-8
7. Salomáo executa vários traidores 2:13-46 7. Segunda aparição divina 9:1-9
8. A fama de Salomão 9:10 -10:13
9. A riqueza de Salomão 10:14-29
A MENSAGEM
1. O livro foi escrito para apresentar as causas do estabelecimento e do declínio do Reino. Ensinando que Israel sempre progredia quando se mantinha leal a Deus, mas, quando o deixava seu reino e sua moral degeneraram. A visão
de 22:19 é, por demais, importante. Deus, em seu trono, dispensando misericórdia e graça ao penitente, obediente; mas punindo e castigando os pecadores.
2. Notai o novo padrão: "como o coração de Davi, seu pai" (3:3,14 - 9:4 - 11:4,33,38 - 14:8 - 15:3,11). O homem falhou mesmo no alcançar este padrão humano.
ANÁLISE Nº 12 MENSAGEM:
Frase-chave: "Segundo a Palavra do Senhor" O cumprimento da Palavra de Deus é
Versos-chave: 1:17,10:10,17:23,24:2 fiel e seguro com relação ao santo e ao
o SEGUNDO LIVRO DE REIS pecador
ORIGINALMENTE, UM LIVRO
1. No original hebraico, I e 11Reis formavam apenas um livro, assim como I e 11 Samuel, I e 11 Crônicas. Foram divididos em 2 livros pelos tradutores da Setuaginta, quando traduziram o Velho Testamento para o
grego. A explicação dada é que a língua grega requer, pelo menos, um terço mais de espaço do que o hebraico, daí o serem forçados a dividi-Ios, ou porque os rolos fossem de comprimento limitado ou, então, para facilitar
o seu uso.
2. Com isso em mente, notai a ordem perfeita nos dois livros, como a indica o Dr. Bullinger: "Os livros precipiam com o rei Davi e terminam com o rei de Babilônia; começam com a dedicação do Templo e terminam
com a destruição do mesmo; abrem-se com o primeiro sucessor de Davi, e se encerram com o último sucessor de Davi, li bertado da casa de servidão.
O ESCOPO DO LIVRO
1. 11 ReIS contém a hIstória de Israel e de Judá, desde Acabe até o cativeiro, num período de mais ou menos 300 anos.
2. A primeira parte do livro se ocupa, quase que exclusivamente, com a narração dos atos de Eliseu durante seus 66 anos de ministério. O livro registra 16 milagres de Eliseu, ao passo que Elias operou apenas 8. A
história de Eliseu é quase que, inteiramente, a descrição dos seus milagres, e estes são quase todos obras de beneficência. (Veja-se: 2:14,21,24 - 3:20 - 4:1 -6, 16, 17,35,41,43 - 5:10, 27 - 6:6, 17, 18, 20 e 13:21).
3. A segunda parte do livro descreve os eventos surgidos com a queda de Samaria e o cativeiro de Israel, a queda de Jerusalém e o cativeiro de Judá.
4. Israel contou com 19 reis sem que 'um só fosse bom! No entanto, Judá foi governado por 19 reis e 1 rainha, dos quais 8 foram bons.
5. Notai: a) um dos melhores reis de Judá, Ezequias, era pai do pior dos reis, (21); b) a notável referência ao nome de Josias, 23:25; c) Por quão pouco faltava perecer o único sobrevivente da linha real davídica (11:1-
3) e a única cópia existente da Lei (22:8-20).
PALA VRAS-CHA VE
Este hvro é nco em palavras-chave.
1. A frase "Homem de Deus" encontra-se 36 vezes neste livro, mais do que em qualquer outro da Bíblia. Deus possuía suas testemunhas corajosas naqueles dias!
2. A triste e trágica sentença: "E fez o que parecia mal aos olhos do Senhor", encontra-se 21 vezes, 3:2 - 8:18 - 12:2-11 -14:24 -15:9,18,24,28 -16;2 - 17:2, 17 - 21:2, 6,15,16,20 - 23:32,37 - 24:9,19. O que
fizeram esses reis foi considerado direito, segundo o conceito dos homens, mas, segundo a regra de Deus - a regra divina da fé e da prática - estava errado.
3. Graças a Deus, encontramos, também, a declaração contrária: "E fez o que era reto aos olhos do Senhor", embora somente 8 vezes, 3:8 - 13:2 - 14:3 - 15:3, 34 - 18:3 - 20:3 e 22:2.
4. A frase "a palavra do Senhor", ou sua equivalente, aparece 24 vezes, 1:17 - 4:44 -7:1,16 - 8:19 - 9:26,36 - 10:10 - 14:25 - 15:12 - 19:21.
Observe-se como a palavra do homem é sempre respondida com a "palavra do Senhor", 20:4, 16,19 - 22:13,16,18 - 23:2,3,16,24 - 24:2.
5. Notai a proeminência dada à ira do Senhor, 13:3 - 17:18 - 23:26 - 24:20 e à indignação, 22:13,17 - 23:26.
A MENSAGEM
Tive o trabalho de anotar essas referências, porque o estudo das mesmas põe em evidência a mensagem do livro. A norma divina para adoração e sua moralidade têm sido violadas. Por isso, o Senhor enviou seus
"Homens de Deus" para exortar e, se possível, reconduzir o desviado a Deus. Eles vieram com um "Assim diz o Senhor". Falhando, o homem, apesar disto, fez com que a ira de Deus se acendesse contra ele, e o entregou
ao inimigo. Em tudo isto, Deus cumpriu sua Palavra.
ANÁLISE
O livro nos oferece um gráfico das emoções do Senhor, oriundas do tratamento vil que recebeu de Israel, como se verá na análise seguinte.
DEUS
SUA CÓLERA VIOLENTA
UM LIVRO CONFUSO
O ilustre escossês Edward Irving referiu-sfl a este livro como o "Livro Enigmático das Crônicas". Uma grande maioria dos estudantes da Bíblia, concorda com ele e confessa que pouco encontra para se esclarecer
nesses dois livros das "Crônicas"; ao contrário, há muito ali para os confundir. Convém salientar que, se um livro da Bíblia nos parece insípido e desinteressante é, simplesmente, porque não se encontrou, ainda, a chave
para estudá-Io.
SUPLEMENTO
Os tradutores gregos deram aos livros das "Crônicas" o título de "Coisas Omitidas". Notaram que muitas informações colhidas nestes livros, não as haviam encontrado em nenhum outro livro histórico, e dando-lhes
este título, queriam, com isso, significar que as "Crônicas" eram suplementos aos livros de "Samuel" e "Reis". Fora de dúvida que muitas informaçóes adicionais estão nestes livros. Exemplos: 1) a genealogia de Judá
se anima pelo episódio de Jabez, 4:9,10; um homem de oração que soube pedir muito e muito recebeu. 2) Um ataque desferido contra os filisteus pelos de Efraim, estando ele ainda vivo (é possível que José ainda vivesse
- Gên. 50:23) e de conseqüências desastrosas, 7;21. Presume-se que, data desse incidente, a contenda entre os filisteus e israelitas. 3) A construção de uma casa temporária para a Arca, por Davi, 15;1 e 16;1, até que
se construísse o Templo. Este cuidado se repetirá antes da edificação do Templo que ainda será construído. Atos 15;16, 17 com Ezequiel40 a 46. 4) A idade, coma qual, os levitas iniciavam seu ministério era originalmente
30 anos, (Núm. 4:3) idade mudada para 25 anos, pelo Senhor (Núm. 8:24) e reduzida, para 20 anos, por Davi, (I Crônicas, 23:27). Porém, estes dois livros são muito mais do que simples suplementos aos outros livros
históricos.
O RASTO
Na realidade é uma obra independente na qual a história do povo escolhido é narrada, novamente, num estilo diferente e de um ponto de vista novo. Enquanto os acontecimentos que se evocam, são os mesmos, são
vistos dum ângulo diferente. Em Samuel e Reis, temos o relato histórico, aqui temos o conceito de Deus a respeito desses fatos, que, se naqueles livros são considerados à vista dos homens, aqui se julgam à vista de Deus.
AS ILUSTRAÇÕES
Frizemos uns fatos, em abono e ilustrando esta afirmativa. 1) Em I Samuel31, conta-se, simplesmente, que os filisteus mataram Saul; em I Crônicas 10:1-14 somos informados de que Deus o matou. A razão é explicada
nesse passo bíblico e, assim, os filisteus se tornaram, mais uma vez, os executores de Deus. 2) Em Samuel, somente num capítulo (lI Samuel 6), vem a narração da remoção da Arca para Jerusalém, mas, nas "Crônicas"
temos 3, (I Crônicas 13-15 e 16), ainda nas "Crônicas" somos inteirados da razão porque Deus matou Uzá e da confissão de Davi (15:2,13) não há referência em nenhum outro livro. 3) Dois capítulos em Samuel (lI
Samuel 11 e 12) tratam exclusivamente, e em detalhes, do grande pecado de Davi, mas, nas "Crônicas", não temos nenhuma citação desse pecado. E isso está em plena conformidade com o caráter de Deus. Quando Ele
perdoa, esquece! Bendito seja o Seu santo nome! Há, no entanto, uma referência ao segundo grande pecado de Davi (I Crônicas 21 :1) e isto para mostrar como e porquais meios ele deveria comprar o terreno para edificação
do altar. 4) No relato desses acontecimentos (I Crônicas 21) descerra-se a cortina e surge o incitador de Davi. Os outros livros silenciam neste assunto, 5) 11Samuel 2:8, chama ao filho de Saul, Isbosete; e Abner o faz
rei de Israel. Mas, em I Crônicas 8:33, aprendemos que esse filho de Saul tinha o nome de Es-Baal, isto é, "homem de Baal". Este filho, por certo, nasceu depois da apostas ia de Saul e, seu nome idólatra, revela que Saul
começara a se inclinar para Baal. Isso se revela só neste livro que o narra na íntima e profunda realidade. 6) Neste livro, Jacó é sempre chamado pelo seu nome espiritual: Israel (1:34 e 2:1).
FRASES E MENSAGENS-CHAVE
1. Ao ler este livro todo, uma frase se destaca: "Buscai ao Senhor" -7:14,11:16,14:4 e 7,15:2,4,12,13 e 15, 17:4, 19:3,20:3 e 4, 22:9, 26:5, 30;19, 31:21, 34:3; vede também: 12:14 e 16:12. Buscar
ao Senhor resulta em bênção, vitória e sucessos.
2. Oração e confiança no Senhor como segredo do sucesso é frizante em 1:1, 13:18, 14:6 e 11, 15:9,20:27,26:6 e 7, 27:6, 32:8 e 22; ainda em 24:24,28:6 e 19 e 20:20.
3. Um estudo destas escrituras, com o espírito de oração, revelará a mensagem que elas trazem. Buscando, crendo, obedecendo, servindo e amando ao Senhor são requisitos indispensáveis para a prática
de uma religião vital e de uma vida espiritual vitoriosa. E, nada menos do que isto satisfará ao Senhor e atenderá aos anceios da alma humana.
ANÁLISE
(A) Capítulos 10 - 36
1 2 3 4
LEAL ABANDONANDO BUSCANDO SERVINDO
ao Senhor ao Senhor ao Senhor ao Senhor
1. Ainda que pareça impossível proceder com este livro como fizemos com os demais, dispondo-o em esquema, com divisões racionais; as quatro partes acima são uma síntese da história do povo de Deus
nele relatado.
2. DuranteoreinadodeSalomãoe3anos deseu filhoesucessor(lI Crônicas 1-11),0 povo se manteve leal aDeus, mesmo a despeito da queda deSalomão, que não é mencionada em "Crônicas". Mas,finalmente,
o povo "deixou a lei do Senhor" (12:1) e a punição é aplicada imediatamente (12:2-4). Semaías, o profeta, transmite a mensagem da parte do Senhor e o povo se humilha (12:6). O reinado de Abias não foi de
todo mau (cap. 13).
3. O primeiro dos quatro grandes reavivamentos celebrou-se no reinado de Asa (cap. 15) Jeosafá continuou nessa prática (caps. 17-20) mandando mensagens a todos os recantos do país (17:7-9 e 19:4). Com
a morte de Jeosafá, Israel descambou para o pecado, sob o reinado de Jeorão, seu filho (cap. 21) e depois com seu neto no poder (capo 22) Jeorão foi guiado por sua esposa iníqua, (21:6) e Acazias sofreu a influência
dessa mãe malvada. (22:3)
4. O segundo grande avivamento religioso se deu com Joás, inspirado por Jeoiada, o sacerdote, (23-24:16) porém, após a morte deste bom sacerdote, induzido pelos princípes deJudá, Joás se desviou (24:17-
19) chegando a matar o filho do seu bem-feitor, que o conduzira sempre pelos caminhos do Senhor (24:20-22). As palavras deste moribundo foram duas vezes usadas pelo Senhor Jesus. Luc. 11:50-51 e Mat.
23:35-36.
5. O terceiro desses grandes avivamentos religiosos teve lugar sob Ezequias (caps. 29 ..30) e o quarto, no reinado de Júsias. (cap. 34).
6. Notar a estranha recompensa à fidelidade! A fidelidade é, muitas vezes, posta à prova. (lI Crôn. 32:1)
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CHAVE
1. A chave para o estudo deste livro está na vida e na paixão predominante do seu escritor, Esdras, que o escreveu no ano 457 a. C.
2. Esdras era um descendente de Hilquias, sumo sacerdote que, no reinado de Josias, achou o livro da lei do Senhor. (lI Crônicas 34:14).
3. Embora fosse sacerdote, por nascimento, não podia exercer seu ministério por ser cativo em Babilônia; o que não impediu de se dedicar ao estudo da Palavra de Deus, (7:10), tornando-se um grande
intérprete da mesma. Quão pouco a comunidade em geral sabia da Lei e de outros escritos divinos, vê-se pelo estudo de II Crônicas, Esdras e Neemias. Este livro mostra como, principalmente pelo ministério
de Esdras, a Palavra de Deus ocupou, pela primeira vez, sua legítima posição na história de Israel e Judá.
4. A Palavra do Senhor, lida e interpretada por Esdras, foi como se fosse uma nova e poderosa revelação e conseguiu maravilhas na vida da nação.
5. Já se pensou que a memória de Esdras não tenha recebido devida atenção entre os estudiosos da Bíblia, mas, certamente, muito lhe devemos. Além do seu ministério poderoso na Palavra, ele escreveu
I e II Crônicas, Salmo 119 (que é um poema extraordinário da Palavra de Deus); Esdras instituiu o sistema maravilhoso da adoração na Sinagoga e, auxiliado pela grande Sinagoga, fixou o Cânone Sagrado
das Escrituras. Sob Esdras deu-se a revivificação do estudo bíblico e obediência à vontade expressa de Deus. Os frutos daquele movimento nos beneficiam ainda hoje, apesar de decorridos, desde Esdras,
2500 anos!
SEÇÕES
1. Até o terceiro século "Esdras" e "Neemias" foram tidos como um só livro, e isto parece explicar do final abrupto de "Esdras".
2. Esdras encara a volta do ponto de vista eclesiástico, Neemias, do ponto de vista civil. Esdras é o livro da construção do Templo, enquanto que, Neemias é o da construção do muro e da cidade santa.
3. Tem duas seções: capítulos 1 a 6, ocupando-se da volta sob Zorobabel, e, depois de um intervalo de 57 anos, (capítulos 7-10) a volta sob Esdras.
FRASE-CHAVE
Sua frase-chave é a Palavra do Senhor, referida como "Palavra do Senhor" (1:1), "Lei" (3:2), "Mandamentos do Deus de Israel" (6:14), "Livro de Moisés" (6:18), "Lei do Senhor" (7:10), "Lei de Moisés"
(7:6), "Lei do teu Deus" (7:14), "Palavras do Deus de Israel" (9:4), "Mandamentos de Deus" (10:3 e 5).
SUA MENSAGEM
Diz, claramente, do lugar e poder da Palavra de Deus, na vida espiritual, social e civil do Seu povo.
(A)
1. Notar: 1:1 1. Notar: 3:2 1. Notar: 6: 14 1. Notar: 6: 18 1. Notar: 7:10 1. Notar: 9:4 1. Notar: 10:5
2. Como Daniel profetizou 2.Antesde pensarem em casas 2. Encontraremos, sempre, 2. Cerca de 23 anos decorre- 2.ComoEsdrasamava a Palavra. 2. Ao chegar encontrou uma 2. Aqui vemos a Palavra de
no Reino de Dario, prova- próprias pensaram na Casa obstáculos para o trabalho ram entre a volta dos exila- 3. Pelo verso 13 do capo 7, siruação pior do que esperava. Deus operando o arrepen-
velmente tinha algo com do Senhor. real de Deus. dos e o término das obras da percebemos quanto impres- 3. Tenho aprendido a temer a dimento sincero e guiando
esta proclamação. 3. Não principiaram com o 3. A igreja não deve ter o auxílio reedificação do Templo. sionou ao rei o zelo e o Palavra de Deus? à separação.
3. Até os pagãos cooperaram Templo nem com o muro, do mundo, 4:1-3. 3. O verso 17 prova que volta- carinho de Esdras pela Pa- 4. Sede, d!l joelhos, e fazei-a 3. Neste livro temos a separação:
com suas dádivas 1:6. mas com o altar. 4. A oposição os desanimou, e ram elementos representa- lavra de Deus. Oxalá, vi- vossa, a oração tocante e fer- a) da Babilônia, 1
<t. Apesar de voltarem só 74 4. Aobra propiciatória tem que tornou-se necessária a men· tivos de todas as 12 tribos. vêssemos de forma tal que vorosa confissão de Esdras. b) do auxílio mundano, 4
levitas, houve 4.000 sacer- pudéssemos induzir os ho-
vir primeiro, e deve ser o sagem de Ageu 6:14. (Leia, 9:5·15. c) da confiança no braço
mens a respeitarem a Pala-
dotes que os acompanha- centro de todo o movimento aqui, Ageu). carnal, 8 :21-23
vra de Deus!
ram. vivo e real. 4. Notar a lealdade de Esdras a d) da aliança pecaminosa,
Deus e o seu zelo pela Sua 10:10-11
glória. 8:21-22.
ANÁLISE Nº 16 MENSAGEM: Oração, sofrimento, perseve-
Versos-Chave: 1:4,6:3 rança, condições para o suces-
Palavras-Chave: "Oração" e "Trabalho"
o LIVRO DE NEEMIAS
so do trabalho de Deus
INTRODUÇÃO
1. O Livro de Neemias é, acentuadamente, autobiográfico, e é o último livro histórico do Velho Testamento.
2. Este livro revela, admiravelmente, o caráter de Neemias. Ele nasceu (provavelmente, da casa real de Judá) no exílio, e veio a ser o copeiro-mor do poderoso rei Artaxerxes. Ainda que, vivendo
confortavelmente no castelo de Susã, em circunstâncias que lhe prodigalizavam o melhor que poderia desejar, contudo seu coração estava na cidade arruinada de seus pais.
2. Neemias renunciou à vida de comodidade e bem-estar, com todas as suas vantagens, pela chamada de Deus a uma vida de trabalho, de perigos, e de serviço doloroso próprio de um autêntico reformador.
Já deu-lhe devida honra, bem merecida para a sua aceitação deste serviço?
4. O livro nô-lo revela como um homem patriota, corajoso, destemido e empreendedor; um homem de oração, trabalhador incansável, que temia a Deus e buscava Sua bênção. Caráter impoluto!
5. Entre Esdras e Neemias decorre um período de, mais ou menos, 12 anos. A administração de Neemias se projeta pelo espaço de 36 anos, bem sucedida, apesar da incessante e amargurada oposição que
lhe moveram. O livro inicia e termina com oração.
1. A cena no palácio real. 1. Depois de descansar 3 dias, ele inspeciona, secreta- 1. Antes da comovente dedicação do muro terminado, 13:27- 1. Depois de uma ausência de 12 anos (passados na
2. No mês de dezembro, ele soube do lastimável estado mente, à noite, as obras, 2:12-16. 43 Corte da Pérsia) Neemias volta e vê a necessidade de
de Jerusalém, por um dos seus irmãos. 1:1-3 2. Inspira o povo a trabalhar, 2:17-30. 2. Os planos para guardar o muro e a cidade, 7:1-4 uma nova reforma.
3. As notícias o induziram à oração, 1 :4-11 (Notar: 3. Os nomes dos que trabalharam e o serviço feito por 3. O recenseamento, 7:5-73 e Caps. 11 e 12 2. Notar: a triste queda do sumo sacerdote, numa alian-
"Deus dos céus"). eles, capo 3. 4. Convocação de numerosa e notável Convenção para a ça mundana, 13:4
4. A expressão "e à oração dos teus servos" prova que 4. Noemias enfrentou 6 formas de oposição do inimigo leitura e exposição da palavra de Deus, Caps. 8-10 3. Neemias trata severamente os transgressores, 13:8-
ele dirigia um pequeno grupo de amigos da oração. a) Tristeza, 2:10; b) Riso, (zombaria), 2:19; c) Raiva, 5. A única referência ao púlpito, na Bíblia, 8:4 28
5. Depois de 4 meses de oração, vem a inquirição e a 4:1; d) Escárneo, 4:1; e) Conflito, 4:8; f) Astúcia, 6:2 4. O descanso do sábado restabelecido e os casamentos
comissão do rei, 2:1-10. e 3. mundanos dissolvidos.
5. Mais perigosa, ainda, era a oposição dos amigos; a)
Desânimo, 4:10-23, b) Egoísmo, capo 5.
6. O muro terminado em 52 dias.
7. Não há referências à sua própria obra, aquilo que ele
fez com suas próprias mãos.
o LIVRO DE ESTER
PROBLEMA
1. Dizem que Lutero se declarou francamente hostil ao livro de Ester a ponto de almejar o seu desaparecimento. E, hoje, muitos têm a mesma idéia. É verdade que o livro está cheio de problemas difíceis.
À primeira vista se nos afigura como um livro de caráter profano, sem méritos para ensinar espiritualmente e muito menos para formar entre os livros das Sagradas Escrituras.
2. Notar: a) o nome de Deus não aparece, aí, nem uma vez, ao passo que o do rei pagão é mencionado 187 vezes. b) No Novo Testamento, não se faz nenhuma referência ao livro. c) Neste livro não se
fala de oração nem se alude à observação da sagrada Lei dos Judeus. d) Trata da supersticiosa crença pagã em observar "dias de sorte". Se isto pode ser chamado de sobrenatural, é, só nisto, que o livro se
aproxima do sobrenatural.
FATO
---1. Antes de condená-l o, precipitadamente, devemos inquirir da atitude do povo judeu a seu respeito, e se, realmente podemos compreendê-I o ou não.
2. É fato que não só foi aceito como parte do Cânon, como também é considerado, pelos judeus, como peculiarmente sagrado e, a seu ver, ocupa o 2 lugar, logo em seguida aos 5 livros de Moisés.
Q
SOLUÇÃO
1. O fato da ausência do nome de Deus é o seu principal encanto, e, de maneira alguma, consideraríamos isto uma mancha.
2. Mathew Henry disse: "Se o nome de Deus não está aqui, Seu dedo está". Este livro é, como o chama o Dr. Pierson, o "Romance da Providência". Por providência compreendemos que, em todos os negócios
e atos na vida humana, quer individuais, quer nacionais, Deus tem sua parte e sua porção. Este controle, no entanto, está oculto - é secreto. Nisto reside a história maravilhosa que ensina a realidade da
Providência Divina. O nome de Deus não aparece, "somente os olhos da fé vêm o fator divino na obra humana. Para o observador atento toda a história é a sarça ardente, flamejante, com a Presença misteriosa.
3. O Talmud dá Deut. 31:18, como outra razão porque não se menciona o nome de Deus. Deus escondera seu rosto a Israel por causa do seu pecado. Mesmo assim, não era indiferente à situação do Seu
povo, embora agindo como que sob um véu.
4. Sugere-se que este livro é um extrato do~ arquivos oficiais da Corte Persa (2:23). Isto explica a omissão do nome de Deus e os detalhes particulares.
O AUTOR
1. Nada, dogmaticamente, se pode dizer a respeito do autor. Agostinho atribui o livro a Esdras, o Talmud à Grande Sinagoga.
2. Possivelmente, o livro foi escrito por Mardoqueu. (9:20)
A DIVISÃO
Curiosamente, todos os acontecimentos do livro giram em torno das 3 festas, daí, se formam, naturalmente as 3 divisões.
1. Um banquete que durou 6 meses 1:1-4 1. Mardoqueu recusa adorar um descendente de Agague que Samuel matara, 1. Intercessão e estratégia de Ester para salvar a vida de Israel, capo 8
2. Seguido de uma festa de 7 dias 1:5-8 3:1-2 2. Um dia de defesa própria, 9:1-19
3. A nobre recusa da rainha e sua deposição 1:9-22 2. Os intrigantes da Corte o contam a Hamã, 3:3-4 3. A festa de Purim instituída e observada pelos judeus desde esse tempo
4. Entre os caps. 1 e 2, o rei desencadeou o histórico ataque à Grécia, com um 3. A conspiração de Hamã, 3:5-15 9:20-32
exército de 5 milhões, sofrendo terrível derrota. 4. O jejum dos judeus, 4:1-4 4. A grande festa de Mardoqueu, capo 10
5. A mensagem de Mardoqueu a Ester, 4:5-14 Notar: Crê-se que a prática de "mandar presentes uns aos outros, e dádivas
5. Escolha e entronização de Ester, 2:1-20 6. O jejum de Ester, 4:15-17 aos pobres" no dia de Natal, teve origem na observância habitual dos
6. Mardoqueu salva a vida do rei, 2:21·23 7. Ester conferencia com o rei, 5: 1-8 judeus de assim fazerem durante a Festa de Purim. (9:22)
Notar: "Ester" é nome pérsico e significa: "Estrela do Oriente". No hebraico 8. Hamã conspira para matar Mardoqueu, 5:9-14
o nome era Hadassah, que significa "Murta". 9. O que fez o rei na noite de sua insônia, capo 6
10. A festa de Ester e o resultado, capo 7
ANÁLISE Nº 18 MENSAGEM: As provações e sofrimentos, às
Palavra-Chave: Provação vezes, nos sobrevêm para nossa
Verso-Chave: 1:9, com Tiago 5:11
o LIVRO DEJÓ instrução; nem sempre para
castigo
OPINIÕES
Na opinião de muitos, o livro deJá é o mais notável das Sagradas Escrituras. Tennyson considera-o como "o maior poema das antigas e modernas literaturas". Lutero disse ser "o mais magnífico e sublime
entre os demais livros das Escrituras". Carlyle escreveu: "eu acho em Jó uma das maiores coisas jamais escritas por uma pena".
A DATA
Dos livros conhecidos, é o mais antigo. Deve ter sido escrito mais ou menos nos tempos de Jacó. Notar: (1) silêncio total dos disputantes sobre os milagres, atinentes ao êxodo; (2) a longa vida de Jó o
coloca na era dos patriarcas; (3) Já era o sumo-sacerdote na sua família, o que não seria admissível, dadas as prescrições cerimoniais de Êxodo, caso ele tivesse vivido a esse tempo ou depois; (4) Elifaz era
descendente do filho mais velho de Esaú, chamado Elifaz, o qual tinha um filho chamado Temã, Gênesis, 36:10,11.
O AUTOR
Desconhecido, Já 32:17 (Notar o "eu") parece mostrar que Eliú o escreveu. Embora escrito em estilo de poesia (com exceção dos primeiros dois capítulos e parte do último) Já e as outras pessoas eram
reais, portanto o livro cita fatos, e não é ficção.
MENSAGEM
Incidentalmente, revela como eram vastos os conhecimentos teológicos e a cultura intelectual dos dias patriarcais. Quase toda doutrina importante se encontra nestelivroe, adicionadas de verdades científicas
somente descobertas, com precisão, em nossos dias. Mas a mensagem do livro fala do mistério do sofrimento. Julgava-se, então, que todo o sofrimento decorria do pecado pessoal. A falha de Deus, aparente,
em não recompensar seus servos e castigar seus inimigos, como mereciam, era um problema que punha sempre à prova a fé dos santos do Velho Testamento. Assim, à vista do sofrimento cruel de Jó, seus
amigos deduziram ter ele pecado grandemente. Embora o livro não dê sua última palavra no assunto, no entanto, faz luz sobre o mistério do sofrimento e da dor; provando, como em Jó, que o sofrimento
é permitido por Deus, não como castigo, mas como testerevelador do caráter, para educare instruir. Os antigos perguntavam: "Como este homem pode ser justo, se sofre tanto?" Nós, cristãos, perguntaríamos:
"Como este homem pode ser piedoso, se nada sabe do sofrimento?" - A melhor resposta dada ao porquê do sofrimento do crente é: "Para sermos participantes da sua santidade".
JÓ SATANÁS Termina a paciência de 1. Concordam os 3 amigos de J6, nos seus argumentos, quando dizem que 1. Admiramos, antes de tudo, por 1. E qual foi o prop6sito
1. Lugar: Uz, falado em 1. Admissão na corte do J6 e inicia-se sua queixa. todo o sofrimento deriva do pecado pessoal, portanto, a grande tribulação aquilo que Deus não disse. Até de Deus em permitir
Lamentações 4:21, céu, 1:6 Embora não amaldiço- de J6 provava ser ele um grande pecador e um refinado hip6crita. aqui o livro tem sido um longo que J6 sofresse?
idêntico a Edom. 2. Inquietação 1:7 assea Deus, almadiçoouo 2. Nos primeiros discursos dos 3 amigos, esta suposição veio em primeiro argumento, se bem que o argu- PRIMEIRO
2. Pureza, 1: 1 3. Poder: sua extensão e dia de seu nascimento, en- lugar e cada umdos três termina com um apelo para queJ6 se arrependa mento mesmo não existe. É como Revelar o caráter deJ6.
3. Prosperidade, 1:2-4 limite. volvendo em suas maldi- do seu pecado para que volte a prosperar. se os mistérios da divina provi- SEGUNDO
4. Popular (v. capo 29) 4. Teoria: que J6 era bom ções o que Satanás citara 3. Na segunda série de discursos, cada um trata, exclusivamente, dos dência não devessem ser resolvi- Lição objetiva:
S. Piedoso, l:S somente por interesse. como suas bênçãos. terríveis sofrimentos e o fim dos ímpios. dos por demonstrações l6gicas. O "O quadro negro de
No verso 4 notemos S. Declaração: que o sofri- 1:10-3:23 4. A terceira série de discursos assemelha-se à primeira. coração não entra em repouso pelo Deus".
que os filhos tinham mento aniquilaria a pie- Notar: Os "sete dias e S. Notar: Elifaz prova seus argumentos pela revelação recebida em sonho. caminho das forças intelectuais. TERCEIRO
suas pr6prias casas. dade de J6. sete noites" de Bildade se ap6ia em velhos provérbios que lera ou ouvira (como em 8 :2- 2. Os pensamentos deJ6 se voltaram Manifestar um pecado
Notar: J6 buscou aces- 6. A teoria supra provada 2:13 é o perío- 13) e Zofar pela experiência e raciocínio. de si para Deus. Se não podia oculto do do qual J6
so a Deus, através do falsa. do de grande 6. Embora J6 concorde com os argumentos apresentados, protesta sua explicar os fatos mais simples e não era ciente: justiça
sangue do sacrifício Notar: "Os filhos de luto. inocência, e no capo 21 apresenta um novo argumento: os ímpios, muitas conhecidos (hist6ria natural ou pr6pria.
l:S Deus", no verso 6, em vezes, vivem em prosperidade. ciência), como se julgar capaz para 2. O verso 6 é sempre a
conexão com 38.7, re- 7.0 quarto amigo, Eliú, mais se aproxima da verdade -capo 33 - quando expicar o mistério dos caminhos linguagem do verda-
velam-se como anjos. diz que o sofrimento tem de ser considerado, às vezes, como disciplina divinos. deiro arrependido.
de Deus para restaurar ou instruir uma alma. 3. O fato de Deus não explicar o 3. Notar: A força do verso
mistério do sofrimento nos ensi- 10.
na que Ele apela para a nossa
confiança.
j
( (
ANÁLISE N!! 19 MENSAGEM: "Dai ao Senhor a glória
Palavra-Chave: "Adoração" devida ao seu nome; ... "
Verso-Chave: 29:2
o LIVRO DOS SALMOS
UM TESTEMUNHO
Cada salmo é uma expressão viva do conhecimento de Deus. Os estudantes e leitores assíduos dos Salmos estão à altura de compreender o ardente testemunho dado por C.H. Spurgeon, o príncipe dos
pregadores, depois que terminou seu grande comentário sobre esse livro; obra na qual gastou os 20 melhores anos de sua vida. Eis o teor do seu testemunho: "Mística tristeza pesa em meu espírito ao completar
o "Tesouro de Davi", visto que, jamais, encontrarei na terra repositório mais rico, embora tenha aberto, para mim, todo o palácio da Revelação. Abençoados têm sido os dias dispendidos em meditar, prantear,
esperar, crer e exultar com Davi. Posso esperar usufruir dias mais alegres aquém da porta dourada? O livro dos Salmos nos instruiu, tanto no uso das asas como no uso das palavras. Ele nos prepara tanto
para voar como para cantar".
OQUEÉ
E uma coletânea de 150 cânticos ou poemas espirituais, muitos dos quais foram compostos para adoração, por meio da música, no Tabernáculo e no Templo. Eles revelam a atitude da alma na presença
de Deus, quando contempla a história vivida, a experiência presente e a esperança profética. Cada salmo é a expressão dum consciencioso auto-exame da alma frente a seu Deus, sentido e conhecido
profundamente.
AUTORES
Foram diversos os autores desses poemas sagrados e inspirados. Moisés escreveu o de nO90; Davi compôs 73 salmos; os filhos de Coré, 11; Asafe, 12; Hemã, 1; Etã, 1; Ezequias, 10; há algumas referências
a Salmos de Salomão (72 e 127); Esdras compôs o 119, e o restante permanece sem os seus autores conhecidos.
DIVISÃO
1. Desde os tempos mais antigos, o livro foi sempre conhecido como sendo dividido em 5 seções, terminando cada uma com uma doxologia.
2. Mas, a razão dessa divisão do livro tem sido, por séculos, um embaraçoso problema.
3. Alguns têm pensado que no Livro I figuram os salmos compostos por Davi; no Livro 11, Salmos adicionais para uso no templo, coligidos por Ezequias; no livro m, uma compilação por 10sias e nos
Livros IV e V uma coleção feita por Esdras e Neemias. Explicação esta não aceita totalmente.
4. O certo é que os Salmos não figuram em ordem cronológica, se assim fosse, o mais antigo (nO90) seria o primeiro.
5. A sol ução apropriada reside na compreensão, correta, duma declaração judaica, antiquíssima e que diz: "Moi sés deu aos iraelitas os 5 livros da Lei, e, correspondendo a esses, Davi deu-lhes os 5 livros
dos Salmos".
6. Todo o livro é um Pentateuco poético. Isto aparece, explendidamente, no "Companheiro da Bíblia", como segue:
ASSUNTO:
RUÍNA DE ISRAEL 42-49 Deuteronômio
o HOMEM: seu estado de REDENTOR 50-60
bem-aventurança, queda e restauração REDENÇÁO 61-72
1. O homem, no estado de bem-aventu- "No livro de Gênesis, o pensa- "Neste os conselhos de Deus são vis- Assim como Números é o "livro do deser- Todo o ensino desta quinta seção envolve
. rança. mento central é o homem; em Êxo- tos em relação com o Santuário, o qual é to" - ou da terra - assim nesta quarta seção o ao redor da Palavra de Deus .
2. Ele é visto (2-8) caido de sua alta posi- do, é a nação de Israel. mencionado ou referido em quase todos assunto central é a terra. O livro se abre com o Salmo 107 que dá a
ção de bênção e em inimizade com Abre-se com o clamor profundo os salmos. A bênção para a terra, é: chave. "Ele enviou a Sua Palavra e os sarou."
Deus. da ruína e da opressão, como em O santuário é visto desde a sua ruína necessária 90-94 Por isso, o Salmo 119 éo grande salmo de
3. Esta inimizade culmina no "anticristo", Êxodo, e termina com o Rei, reinan- até seu estabelecimento com a plenitude antecipada 95-100 todo o livro, já pelo seu conteúdo, já pela sua
9-15 do sobre a nação redimida, (72) con- da bênção. gozada 101-106 extensão.
4. Finalmente, abençoado pela obra re- gregada, pela segunda vez, dos qua- Seu primeiro Salmo foi escrito nas jorna-
dentora de Jesus Cristo, Homem, 16-41 tro cantos da terra, como foi tirada, das no deserto 90
quando da primeira vez, do Egito."
ANÁLISE N!I20 A piedade é intensamente
Propósito: Palavras para orientar a vida. prática
Verso-Chave: 9:10
o LIVRO DE PROVÉRBIOS
o ANTIGO MÉTODO DE ENSINO
O ensino pelos provérbios era uma das formas mais antigas de instrução. Desde os tempos históricos mais antigos, cada nação possuía seus provérbios. Tal JTIétodo de ensino se adaptava, perfeitamente, à época,
quando os livros rareavam e eram caríssimos. As sentenças claras e vivas eram facilmente decoradas. Ainda hoje - idade de erudição e ciência - os provérbios são tão familiares que exercem poderosa influência.
AUTORES
Escrito sob a inspiração de Deus, "Provérbios" tem vários autores humanos. Somente nos capítulos 10-19 e 25,26, temos os provérbios de autoria de Salomão. Nos capítulos 1:6 a 9:18, 19:20 a 24, encontramos
as "Palavra dos Sábios". (Veja 1:6 - 22:17-24, palavras que Salomão aprendeu de seus mestres). Nos capítulos 30 e 31, encontramos as palavras de Agur e Lemuel. Dentre os 3.000 provérbios que Salomão disse,
(I Reis 4:32) ele mesmo selecionou mui tos e os pôs em ordem, (Ecles. 12:9). Mui tos anos depois "os homens de Ezequias, rei de J udá (Prov. 25: 1) fizeram outra seleção daquele vasto repertório, preservado, sem dúvida,
na biblioteca real. O livro de Provérbios foi, então, completado como o temos hoje.
ANÁLISE
Salomão pôs em ordem a coleção de Provérbios que ele compôs. Que ordem? À primeira vista, parece não ter nenhuma ordem. Mas não há desordem em nenhum livro divino. Um segundo olhar nos revela 3 divisões,
marcadas pela frase: "Provérbios de Salomão" -1: 1, 10: 1 e 25: 1. Examinando com atenção estas 3 divisões, descobrimos diferenças notáveis, especialmente nos pronomes: em algumas partes estão na segunda pessoa
e, em outras, na terceira pessoa. Estes e outros dados induziram o Dr. Thirtle e outros a uma conclusão decisiva: -os provérbios pronunciados na segunda pessoa do singular são os que foram ensinados a Salomão
pelos seus mestres, e os que aludem à terceira pessoa são os que Salomão ensinou aos seus discípulos e ao povo em geral.
INDISPENSÁVEL
Mesmo consideradc contraditório e incompreensível, não o podemos dispensar, pois é, largamente, citado no Novo Testamento. capo 7:2 em Mal. 5:3,4; capo 5:2 em Mal. 6:7; capo 6:2 em Lucas 12:20; capo 11:5
em João 3:8; capo 12;14, em 11Cor. 5:10; capo 5:1, em I Tim. 3:15; capo 5:6, em I Cor. 11:10.
FATOS CIENTÍFICOS
Contém declarações sobre fenômenos científicos rigorosamente certas. "Sendo tãomavilhosas essas afirmações, o estudante incauto corre o perigo de tomar a Bíblia em defesa de conhecimentos científicos. Fato
curioso é o das afirmações de Salomão sobre a evaporação das águas e a formação de chuvas, coincidirem, perfeitamente, com as descobertas dos sábios de nossos dias a esse respeito. Alguns têm dito que a teoria de
Redfield sobre tempestade tem sua origem aqui. Sem penetrarmos em tal campo, perguntamos: quem ensinou a Salomão o emprego de termos que, claramente, exprimem fatos, e quem revelou a ele que o movimento
dos ventos, tido por muitos sem lei, se rege por leis tão positivas como as que determinam o crescimento da planta; e ainda que, por evaporação, as águas que caem sobre a terra sobem novamente e tornam a descer,
de sorte que o mar nunca transborda? - Capo 12:6, é uma descrição poética da morte; como "cadeia de prata" descreve a espinha dorsal; o "copo de ouro" é a caixa craneana; o "cântaro" são os pulmões; a "roda" é
o coração. Sem pretendermos afirmar que Salomão fosse inspirado a revelar algo positivo sobre a circulação do sangue, 26 séculos antes que Harvey a revelasse, veja-se a assombrosa linguagem que ele usa, e que evoca
a figura de uma roda puxando água através dum cano para despejar noutro". (Dr. Pierson)
CARÁTER
1. Não há dúvida de que Salomão é o autor do livro, 1:1 e que é, certamente, a autobiografia de sua vida dramática cheia de experiências difíceis, desde que se desviou de Deus e apelou para recursos pessoais para
alcançar a felicidade. Este livro originou-se no triste afastamento de Salomão.
2. Regenerou-se Salomão? Foi restaurado? Os últimos versos do livro parecem declarar, de maneira decisiva, que o foi.
PALA VRA-CHA VE
1. E pródigo em palavras-chave: "debaixo do sol", encontra-se 29 vezes; "vaidade", 37 vezes; "debai,xo do céu", 3 vezes; "sobre a terra", 7 vezes.
2. A verdadeira chave é: "debaixo dosol". Tem sido chamado, com justiça, "o livro do homem natural". E interessante que o título da Aliança, "Jeová", não é mencionado nenhu,ma vez. Este livro se refere, unicamente,
ao homem em relação ao seu Criador. O livro é uma exposição da longa experiência, pela qual passou o autor, em busca da felicidade. Não há, no livro, "assim diz o Senhor". E simplesmente uma obra de argumento
e um apelo à razão humana, ressaltando que os resultados de uma tentativa feita para viver sem Deus.
3. Mas, para o cristão, viver não é apenas existir "debaixo do sol", mas "acima do sol", "assentado, como Cristo, nos lugares celestiais". E, aquilo que, "debaixo do sol", se diz impossível, o homem de Deus, "acima
do sol", conhece e afirma ser, gloriosamente, possível. "Debaixo do sol" é a vida materialista e natural; "acima do sol" é a vida sobrenatural. O impossível ao homem é possível a Deus. Ler: Isaítts 40;4 e 42;16 - Lucas
3:5 e 13:13 - Filip. 2:15 e 1:9 - 11Cor. 5:17 e Apoc. 21:5.
MENSAGEM
A mensagem do livro é que, separada de Deus, a vida se enche de enfado e desapontamento. Ainda bem que ao Eclesiastes segue Cantares de Salomão, um é complemento do outro. Em Eclesiastes aprendemos
que sem Cristo não podemos ser felizes, mesmo que possuamos o mundo inteiro, o qual é por demais pequeno para o coração. Nos Cantares de Salomão, o ensino é que se renunciarmos o mundo e concentrarmos toda
a nossa afeição em Cristo, não poderemos sondar a infinita preciosidade e excelência do seu amor. O objeto, Cristo, é demasiadamente grande para o coração.
(1) (2)
O PROBLEMA 1:1-3 A EXPERIÊNCIA 1:4 -12:12
Como satisfazer-se e viver feliz sem - Ele buscou satisfazer-se com: 1. Salomáo surge aos nossos olhos, cada vez, como homem de ciência e de prazer; como fatalista
Deus? 1. Ciência, 1:4-11, mas colheu enfadonha monotonia.
2. Sabedoria e filosofia, 1: 12-18, tudo sem nenhum proveito. e materialista; comocético, epicurista e estóico, com poucos intervalosardentes e brilhantes, até
3. Prazeres, 2: 1-11, em alegria, l-em beber, 3 -em construir, 4-em ter grandes possessões, 5-7 -em o fim do livro. Mas, no fecho da obra, ele se desliza de todas as vaidades enganosas e se firma,
riquezas e música, 8 - tudo em vão. aos nossos olhos, como o mais nobre tipo humano: o arrependido e o crente.
- Experimentou também: 2. Notar: "dever" está em grifo, isto é, "este é o homem íntegro". Como que dizendo: fazendo isto,
4, Materialismo, 2; 12-26, vivendo só para o presente.
5, Fatalismo, 3; 1-15 sereis o todo e não a metade de um homem, portanto, santo!
6. Doísmo, 3; 16 até o fim do capo 4, aí, tudo falho. 3. Somente Deus pode satisfazer.
7. Religião (sem Deus) 5; 1-8
8. Riquezas, 5-9 até o fim do capo 6, sem satisfação.
- Finalmente, experimentou:
9. Moralidade, 7: 1 a 12: 12. Aqui ele respira numa atmosfera mais pura. Eleva-se a um plano superior. Mas
nem a moralidade o satisfez.
ANÁLISE Nº 22 Comunhão de Cristo com Seu
Palavra-Chave: "Amor" povo: sua necessidade, condição
,.,
Verso-Chave: 8:6 e resultado
CANTARESDESALOMAO
MAL ENTENDIDO
Este é um dos livros mais mal entendidos da Bíblia. Não poucos são os cristãos que lhe negam lugar no cânon sagrado.
OPINIÕES
Antes de o condenar, notemos a opinião de outros. Os judeus sempre o tiveram em elevado apreço e o reconheciam entre os mais santos dos livros. Comparavam "Provérbios" ao átrio exterior do Templo,
"Eclesiastes" ao lugar santo e "Cantares" ao Santo dos Santos. Jonathan Edwards, de veneranda memória, escreveu: "O livro inteiro me era agradável e lia-o em todo o tempo, achando nele, cada vez que
o lia, uma doçura sempre crescente que me elevava na minha contemplação". O fato é que os homens mais espirituais que o mundo conheceu encontraram gozo profundo nas suas páginas.
O QUE É?" ,
1. Provavelmente o livro teve sua origem num fato da atualidade, talvez a história de um amor todo humano: o romance de Salomão com uma donzela de Shulam. Alguém escreveu: "E a história real duma
moça, humilde e virtuosa, prometida em casamento a um jovem nas mesmas condições; e que foi tentada a voltar suas atenções e afetos a um dos jovens mais ricos e famosos que jamais vivera entre os homens.
Celebra-se a vitória do amor casto e da vida humilde sobre as atrações mundanas e vantagens presumíveis da alta nobreza. É, ainda, a revelação de um amor puro, virtuoso, que os faróis da riqueza não podem
iludir, nem a lisonja conquistar".
2. Mas isto é apenas o fundo e a armação. O Dr. Duff, em sua linda introdução às cartas de Rutherford's, diz: "Temos, aqui, representados, misticamente, os sons apaixonados da mais sublime concepção
metafórica do Oriente, por demais deslumbrante aos sentidos e pensamentos habituados com a frieza ocidental. A relação amorosa, o enlevo na comunhão, e a ardente, íntima, afeiçoada entrevista entre Emanuel
- o Homem Deus -e as almas humanas. Mrs. Penn Lewis escreveu: "Em "Cantares de Salomão" nos é revelada a história mais íntima do redimido, que é levado a conhecer o Senhor, oculto em linguagem
só compreendida pelo esclarecimento do Espírito Santo. Vemos como o Noivo Celestial atrai a alma, por quem Ele morreu, estabelecendo união real com ela, atraindo-a com as cordas do amor, e fazendo
com que, numa experiência real, tivesse sua vida unida a dEle".
ANÁLISE
O livro pode dividir-se em 5 seções e, em cada seção, exceto em duas - 3e5- temos evocada a separação entre os noivos, as conseqüências da separação, mas também o feliz desfecho na união e deleite
mútuos.
(1) (2) (3) (4) (5)
Cap.I-2:7 Capo 2:8 - 3:5 Capo 3:6 - 5:1 Capo 5:2 - 8:4 Capo 8:5 até o fun.
Versos: Nesta seção, temos, mais uma vez, a Esta seção difere das duas anteriores. Principia com nova separação dos noivos. Aqui vemos os noivos, mais uma vez juntos
1. A melhor introdução aos Cantares de Salo- separação dos noivos. Os noivos não se separam. Ela não fala nem A noiva dorme, mas é acordada por ele; demais voltando do deserto.
mão.
10. A noiva dorme. sequer uma vez. Somente ele fala. Pela sonolenta, custa a se levantar e quando o faz nota a Agora não há mais deserto, nada mais do que
2. Anseio pelo beijo de comunhão.
3. Noivo ausente, porém de nome doce, e seu 11. 11-13. O noivo clama por sua primeira vez o noivo chama uma alma sua ausência do noivo. a terra manando leite de mel.
amor colocado acima de todas as alegrias da noiva. noiva. No capo 1, ela é somente sua amiga. Ela expõe sua mágoa às suas amigas, filhas de O Rei lembra-lhe a sua humilde posição an-
terra. 14. A noiva se refugia no sacrifico No capo 2:14, ele a chama "pomba" símbo- Jerusalém, que lhe indagam da diferença que há terior, 5; e a noiva prorrompe numa maravilhosa
4-6. Confissão de fraqueza e indignidade, lem- expiatório. lo da presença Espírito Santo nela. entre o seu noivo e o das outras. declação do amor verdadeiro.
brança das misericórdias passadas. 3; 1-3. O noivo atrai o olhar dela para Em 4:8 ele a chama "minha esposa". Ela replica.
7. Desejo de encontrar seu querido, ainda que o calvário, buscando-O. Perguntando-se onde teria ido, de repente ela se
ele se oculte. 3. O auxílio dos guardas. lembra, 6:2.
8. Ensina-a como achá-IO.
4. Sua recompensa em achá-Io. Ele volta e descreve a glória da noiva numa
9-2:2. Por fim, o Rei revela-se, então temos o
diálogo apaixonado. linguagem que jamais escandalizaria a mais fina
2:3-7. A noiva testemunha que agom é feliz. sensibilidade oriental.
O PROFETA
Isaías era um homem de sangue real. Seu pai, Amós, era um dos filhos mais novos de Joás, rei de Judá. Sendo um homem de personalidade marcante, torna-se estadista, exercendo poderosa influência
a bem da nação. Casou-se com uma mulher que possuía o dom de profetizar e teve, pelo menos, dois filhos, 7:3, 8:3 e 18. Trabalhou 60 anos e morreu mártir, no reinado de Manassés (segundo a tradição)
aos 120 anos de idade.
ESTILO
Eo mais beloesublime de todos os escritores proféticos. Tem sido chamado o maior dos profetas. Com exceção de 4 capítulos, do 36 ao 39, o livro é todo poético eque poesia magnífica! O livro é exuberante
em metáforas, 2:19 e 24:20. Para um estudo, em tópicos, da Bíblia, o livro possui uma reserva extraordinária de material. Exemplos:
ESTUDOS EM TÓPICOS
1. Há outras coisas eternas em Isaías: - a) Salvação, 45:17 - b) Luz, 60:19 - c) Gozo, 35:10 - d) Força, 26:4 - e) Bondade, 54:8 - f) Aliança, 55:3 - g) Julgamento, 33: 14.
2. Constituir, lias suas páginas, a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo: a) Nascimento, 7:14 e 9:6 - b) Família, 11:1-c) Unção, 11:2 -d) Caráter, 11:3·4 -e) Regime simples e simplicidade de vida,
7:15 - f) Doçura, 42:1 a 4 - g) Morte, 53 - h) Ressurreição, 25:8 - i) Reino glorioso, 11:3-16 e Capo 33 etc.
3. Notar seu ensino com respeito ao Espírito Santo: 10:27 -11:2 - 32:15 - 40:7 e 13 - 42:1 - 44:3 - 59:19 e 21 - 61:1 e 63:10.
4. Vede seu ensino concernente ao Conforto: 40:1 - 51:3 e 12 - 66:13 - 61:2,3 e 12 - 63:9, também 43:1,2 e 50:10.
5. Notar ainda: (a sua alusão à Trindade ("Nós") 6:8 - b) sua profecia quanto ao fim das guerras, 2:4,11:9 e 14:7 -c) os três "bem-aventurados", 30:18, 32:20 e 56:2 - d) o Senhor como Rei de Israel,
6:5,44:6 e 43:15 - e) o remanescente de Israel, salvo, 1:25-27; 2:2 e 3; 6:13; 11:11; 18:7; 27:12 e 13, etc.
ANÁLISE
Este livro divi~e-se, naturalmente, em 3 partes: I Parte - Principia com o Senhor dando a razão do julgamento e cativeiro iminentes de Israel, porém finaliza com a sua bênção e restauração. 11Parte-
Focaliza a intervenção do Senhor e o livramento de Israel. III Parte - Tem três seções duas terminam com as palavras: "Mas os ímpios não têm paz, disse o Senhor", e a terceira anuncia a morte do ímpio.
A I Parte começa com a Visão - Capo 6 -; a III Parte principia com a Voz - Capo 40. Notemos que a III Parte principia e acaba com o Novo Testamento, isto é, com João, o Batista, no deserto e um novo
céu. Notar, também, que, intercaladas com ameaças de julgamento, há promessas animadoras de bênçãos e garantias de uma gloriosa restauração.
1. Concernente a Judá e à Jerusalém, 1·12. Degradação do povo, chamada de Isaías, Emanuel, 1. Aflição de Ezequias, 36 1. l' seção - Nota dominante: "Conforto", 40-48
o Menino-Deus, única esperança de Israel. 2. Oração e Libertação de Ezequias, 37 2. 2' seção -Nota dominante: "O servo sofredor", 49·55 (O capítulo 53 é o capítulo central)
2. Concernente às nações circunvizinhas, 13·23. Babilônia, Moabe, Damasco, Egito e Tiro. 3. Doença de Ezequias, 38 2. 3' seção - Tema dominante: "A glória futura", 58·66
3. Concernente ao mundo, 24-35. Uma seção notável; principalmente concemente ao futuro. 4. Loucura de Ezequias, 39
( ( ( ( ( ( (,( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( (I( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( (
A VIDA DE JEREMIAS
Ao contrário de muitos profetas, J e'remias tem muito a dizer de si mesmo ..Era sacerdote por nascimento, 1:1,e foi chamado pelo Senhor, para o ministério da profecia, mui to jovem ainda, 1:6. Alegando sua mocidade,
(apenas 21 anos) inexperiência e deficiência no falar, 1:6; como razões para não atender à chamada, Deus revelou-lhe que o consagrara para este serviço antes do seu nascimento, 1:5; então recebeu a unção divina,
1:9, e, logo a seguir a comissão, 1:10. Não lhe foi permitido casar-se, capo 16. A mensagem que teve de transmitir era tão severa e solene que custou amargura a esse coração temo, patriótico, e de um verdadeiro homem
de Deus. O entregar desta mensagem de julgamento feria-lhe o coração. Seu ministério não foi aceito, sua própria família e seus próprios patrícios conspiraram contra ele, 12:6 e 38:8-9. O povo de Jerusalém também
conspirou contra ele, 18:18, sendo por fim, açoitado e acorrentado ao cepo, 20:1-3. Solto, foi agredido com risco de sua vida, capo 26. Sofreu encarceramento diversas vezes; 37:11-15, 38. Na queda de Jerusalém foi
solto por Nabucodonozor e ajudou o novo governador, mas, morto este, Jeremias viu-se obrigado a acompanhar, sem o querer, os refugiados ao Egito, onde encontrou a morte pelo apedrejamento ao contar 40 anos
de ministério.
O CARÁTER DE JEREMIAS
Não era poderoso como um Elias, eloqüente como Isaías ou místico como Ezequiel, mas um tímido, acanhado, cônscio de sua incapacidade, anelando por uma simpatia e um amor que jamais conheceria - tal
era o instrumento escolhido, pelo qual veio a Palavra do Senhor, àquela geração corrupta e degenerada. Por quê a escolha de tal homem para tão árdua missão? Ah! Somente um homem de coração boníssimo poderia
transmitir com poder e carinho a tremenda mensagem do juízo divino. O importante residia na força da palavra. Jeremias falou sempre com acerto e distinguiu-se como o profeta de coração quebrantado.
ANÁLISE
O livro é uma entrosagem de história, biografia e profecia. Não está escrito em ordem cronológica.
MENSAGEM
Na leitura do livro, algumas palavras são freqüentes: "deixai", "deixado", 24 vezes; "apóstata", "apostatando", 13 vezes; - estas últimas só se encontram em Jeremias, salvo uma vez em Provérbios e três vezes
em Oséias - "voltai", 47 vezes; por isso Jeremias é um livro cheio de mensagem para os apóstatas.
Judá deixara o Senhor - Jeremias advertiu-o quanto ao Juízo iminente, e instou para que voltasse ao Senhor e endireitasse suas veredas, pois o Senhor ainda o amava ternamente.
AUTOR,ETC.
1. O livro foi escrito por Jeremias após o 3° sítio e queda de Jerusalém. Na versão setuaginta, o livro traz um prefácio com estas palavras: "E aconteceu que, depois que Israel foi levado para o cativeiro
e Jerusalém ficou desolada, Jeremias assentou-se, chorando e lamentando com esta lamentação sobre Jerusalém", - Note-se que, ao invés de exultar pelo cumprimento das profecias por ele anunciadas à
nação, Jeremias se conturba e chora~ É um fato, este, digno de nota.
2. Num lado do Monte do Calvário, o monte verde, fora das muralhas de Jerusalém, onde nosso querido Senhor foi crucificado, há um recesso conhecido como "A Gruta de Jeremais". Crê-se ter sido aí
onde o profeta, sentando-se, contemploll a cidade em ruínas e, com o coração quebrantado, chorando, compôs sllas lamentaçóes. A ser isto real, quão sugestivo nos será imaginar que, ali perto do lugar onde
Jeremias verteu lágrimas de dor, oriundas de seu acendrado amor pátrio, - o Salvador rejeitado, sofreu pelos pecados da mesma, por ele e por toda a humanidade e verteu seu precioso sangue.
3. Os judeus patriotas, em cada sexta-feira, can\3m por este livro, junto ao "Muro das Lamentaçóes" em Jerusalém. O livro é lido também em toda sinagoga judaica por ocasião do jejum, aos nove dias
de agosto, dia esse marcado para o pranto e jejum pelas cinco grandes calamidades qu~ sobrevieram à nação.
OPINIÕES
O Principal Whyte escreveu: "Nada há, em todo o mundo, como "Lamentações de Jeremias". Tristeza bastante já houve em todas as éras e em todos os países, mas outro pregador como Jeremias, cujo
coração abrigava tanta tristeza, não nasceu. Dante vem depois de Jeremias, e sabemos que Jeremias era o profeta favorito daquele grande desterrado". Poderíamos citar mais opiniões, mas, cremos que isto
basta.
ANÁLISE
Há cinco poemas conforme indicam os capítulos. Em cada poema, exceto no úl timo, há referências às condições miseráveis da cidade, seguidas da justificação de Deus quanto ao tratamento drástico aplicado
ao Seu povo e uma referência aos viandantes. Cada poema termina com uma oração ao Senhor com exceção feita ao quarto que é beneficiado pelo último, pois este todo é uma oração. A pérola do livro se
encontra em 3:22 e 23. .
A cidade representada como A cidade representada como A cidade representada como A cidade representada como A cidade representada como
uma uma pelo OURO um
VIÚVA CHORANDO MULHER VELADA PROFETA CHORANDO deslustrado, alterado, desvalorizado SUPLICANTE
lamentando em solidão agora lamentando entre as ruínas lamentando perante Deus, o Juiz rogando ao Senhor
Jerusalém écomparada a uma viúva, priva- Aqui há uma descrição viva do cerco de Este é considerado como um dos poemas 1. Cidade - por uma série de contrastes, são Ao se encerrar o poema anterior, não
da de seus filhos, assentada, sozinha, à noite, Jerusalém. Neste 2° poema, o profeta medita mais notáveis do Velho Testamento. pintados os horrores do sítio 1-10 houve oração; este, no entanto, é um longo
chorando. Notemos os dizeres característicos: principalmente em Deus como autor e admi- Ele difere dos outros no fato de o profeta 2. Juízos - Deus justificado 11-16 e fervoroso apelo ao Senhor.
"ninguém a consola", 2, 9, 17, 21 - nistrador de castigos tão duros. se identificar com o povo e tomar sobre si as 3. Crueldade de Edom 17-20 1. Cidade. Calamidade 1-6
"nenhum descanso" 3 1. A cidade cercada e sua ruína 1-14 misérias e tristezas do mesmo. 4. Retribuição a Edom 21-22 2. Pecado. Confissão 7
"pasto algum " 6 2. Os viandantes, seus escámeos e injúrias 1. Cidade - profeta, um homem de aflição, 3. Sofrimento 8-18
"nenhum confortado r" 9 cruéis 15-16 1-20 4. Apelo ao Senhor 19-22
1. A cidade na sua calamidade 1-7 3. Juízos preditos 17 - profeta, um homem de esperança 21-36
2. Juízes - Deus justificado 8-11 e 18 4. Oração ao Senhor 18-22 2. Juízos - Deus justificado 37 -39
3. Viandantes, apelo à simpatia deles, 12-19 3. Apelo à Nação 40-54
4. A oração, apelo ao Senhor 20-22 4. Apelo ao Senhor 55-66
ANÁLISE Nº 26 A bondade e a severidade de
Versos-Chave: 1:28,10:4 e 18, 43:2 Deus
Frase-Chave: "A Glória do Senhor"
o LIVRO DE EZEQUIEL
EZEQUIEL
Ezequiel era um sacerdote da aristocracia de Jerusalém, 1:1-3. Com idade de 25 anos, e justamente 11 anos antes da destruição do Templo, foi levado cativo à Babilônia. Foi contemporâneo de Daniel
e Jeremias. Em Babilônia, residia em sua própria casa, 8;1. Era casado, tendo sua esposa falecido no ano em que se iniciou o cerco final de Jerusalém, 24:18. Principiou seu ministério 5 anos após ter chegado
à Babilônia. Tinha, então, 30 anos, e Jeremias se aproximava do fim de sua trágica, porém gloriosa carreira.
SUA MISSÃO
Os falsos profetas induziram os cativos a crer que Jerusalém não seria destruída, e que eles logo seriam restaurados em sua querida cidade. Jeremias ouvindo isto, então em Jerusalém, lhes escreveu e enviou
uma carta, Jeremias 29. Ezequiel principiou seu ministério no ano seguinte, confirmando tudoo queJeremias havia dito. Ezequiel se esforçou em convencê-l os de que, antes de alimentarem qualquer esperança
de voltarem a Jerusalém, era necessário voltarem ao Senhor seu Deus. Embora a tarefa, a princípio, se apresentasse difícil e cheia de oposições, Ezequiel conseguiu levá-Ia a bom término e foi coroado de
sucesso, pois a volta do povo ao Senhor e à sua terra foi, em grande parte, o fruto de seu ministério.
PROFETA DO ESPÍRITO
Cada um dos três grandes profetas enfatizou uma pessoa da Santíssima Trindade. Ezequiel é o profeta do Espírito; como Isaías o é do Filho, e Jeremias do Pai. O ministério do Espírito é muito notável
neste livro. Há, pelo menos, 25 referências ao Espírito. Veja-se: 2:2,3:12, 14,24, etc. O nome de Ezequiel significa "a quem Deus fortalece", e o agente neste fortalecer foi o Espírito Santo.
VERDADES NOTÁVEIS
1. Ezequiel fala de Israel mais que qualquer outro profeta. Somente nestre livro, (20:1-9), somos informados da idolatria de Israel no Egito e do pensamento de Deus em destruí-I o naquele país, por esta
razão.
2. Somente em Ezequiel se nos revela a história de Satanás, 28:11-29, lemos, aqui, um vislumbre da história do nosso grande adversário.
3. Ainda, somente neste livro, temos a história, em muito detalhe, do Templo a ser edificado, capo 40-42; e a do novo rio, 47.
ANÁLISE
1. Este é um livro do qual muitos se desinteressam de o ler. A razão no fato de que não compreendem sua chave, sua estrutura, e não alcançam sua mensagem.
2. Sua frase-chave é: "A Glória do Senhor" que ocorre 14 vezes nos primeiros 11 Capítulos. No Velho Testamento, a "Glória do Senhor" significava a luz visível que brilhava entre os querubins no lugar
do Santo dos Santos, no Tabernáculo e no Templo e que proclamava a presença de Deus. Antes da destruição do Templo, Ezequiel viu, em visão, a "Glória do Senhor" deixando o Templo. Há, em 9:3, uma
descrição, breve, deste fato, do qual temos mais particularidades no capo 10. Enquanto olhava, viu acima dos querubins a semelhança do trono, com rodas e, portanto, uma espécie de carro real, 10:1. Daí
a "Glória do Senhor" dirigiu-se para entrada da casa, 10:4 e daí para a porta do oriente, 10:18 e 19, e daí, do Templo para o meio da cidade e em seguida para o monte que está ao oriente da cidade, 11:22
e 23. Assim, aos poucos, com pesar, porém magestosamente, a "Glória do Senhor" deixou o Santuário e a Cidade. Mas a Glória, certamente, voltará, capo 43. O ministério de Ezequiel principiou com uma
visão de Deus e termina com uma visão de Deus entre seu povo. Bendito final! Sua mensagem é a severidade de Deus ao seu povo desviado e impenitente e Sua bondade para o penitente.
o aparecimento da Glória e o resultado na vida do Profeta. Razões para o desaparecimento da Glória de Deus. A Glória de Deus agindo em defesa do seu povo. Preparação para a volta da Glória do Senhor.
1. Céus a bertos e uma visão de Deus, o Filho como o Homem, Ele principia seu ministério a Israel. Essas sete profecias foram proferidas no tempo entre o Preparação após um silêncio de 3 anos.
sobre o trono 1 1. Predição do cerco de Jerusalém 4 conhecimento do sítio porNabucodonosor, 24:2e as notíci- Muitos consideram esta parte a mais rica do livro.
2 Os servos: 2 Horrores do cerco 5 as so bre a captura de Jerusalém, 33 :21. 1. Promessa de restauração 33
a) sua comissão 2 3. Um remanescente preservado 6 Observemos que Deus foi contra essas nações pagãs, não 2. O Bom Pastor 34
b) seu alimento 3:1-3 4. Sua terrível desolação 7 somente por causa de seu pecado, a idolatria, mas por causa 3. O Evangelo segundo Ezequiel 36
c) sua tarefa 5. Idolatria na alta sociedade 8 do tratamento cruel infligdo ao seu povo. 4. Predição de um grande avivamento nacional 37
3:4-11
6. O remanescente designado para preservação 9 5. Futuros inimigos derrotados 38-39
d) sua unção 3:12·14 1. Amom, Moabe, Edom, Filistia 25
7. O desaparecimento da Glória 10, 11 6. O novo Santuáro será edificado 40-42
e) seus deveres 3:15-21 2. Tiro 26-28
8. Castigo tardio, porém certo 12 7. A volta da Glória do Senhor 43
3. O aparecimento da Glória do Senhor 3:22·27 3. Egito 29-32
9. Falsas profetisas 13 8. O Príncipe Misterioso 44
10. Várias parábolas do Velho Testamento, com mais ensi- 9. A divisão de Jerusalém 45-46
nos importantes, todos visando induzir Israel ao arrepen- 10. Torrentes de águas purificadoras 47
dimento, restauração política e espiritual. 14 - 24 11. A divisão da Terra 48
ANÁLISE N2 27 A Soberania Universal de
Versos-Chave: 2:22,4:25 Deus
o LIVRO DE DANIEL
DANIEL
1. Daniel, tal qual Ezequiel, encontrava-se entre os que foram levados cativos para Babilônia, por ocasião da invasão da Palestina pelas hostes de NabucodoÍlosor, 1:1-3.
2. Admite-se que procedia de família de alta estirpe, talvez da Casa Real. Foi levado para Babilônia aos 16 anos de idade, oito anos antes de Ezequiel. Sendo assim, conclui-se que Daniel seguiu entre
os capturados por ocasião da primeira invasão no terceiro ano de Jeoaquim, ao passo que Ezequiel foi levado após a segunda invasão.
3. Toda a sua vida, desde então, passou-a em Babilônia (1:21) num período de 69 anos. No seio de uma Corte corrupta, ele viveu uma vida santa, tanto assim é que, em EzequieI14:14-20, Daniel é apontado
como padrão e modelo de justiça. .
4. Embora pertencesse a uma raça cativa, embora nunca abandonasse sua devoção e lealdade a Jeová, alcançou o mais alto cargo da administração pública e exerceu seu poderoso ministério político nos
3 impérios: babilônico, medo e persa.
PROFETA
Não era exclusivamente um servidor público do Estado, mas, sobretudo, um profeta de Deus. Suas profecias, dirigidas, de maneira particular, às nações gentílicas, antes mesmo que aos de sua raça, figuram,
em nível igual, ao lado das mais notáveis da Bíblia.
MENSAGEM
Tem diversas mensagens. Os servos do Senhor leais e obedientes, (1) freqüentemente são abençoados com vitórias neste mundo, 1:9,20 - 2:48,49, e (2) Deus lhes confia Seus segredos, 2:19, 22, 47;
(3) em tempos de sofrimento e provação, eles têm o conforto da Sua presença, 3:25. (4) Ergue-se também forte clamor contra o orgulho, 4:30-37. (5) em não honrar e glorificar a Deus, 5:22 e 23. Mas sua
mensagem principal é proclamar a soberania universal de Deus, 4:25.
ANÁLISE
Contém duas divisões principais. A primeira trata, especialmente, de eventos históricos; a segunda de visões e, então, de interpretações. O nome de Daniel significa: "Deus é meu juiz", (sugerindo a defesa
que Deus lhe prestava) ou "Juiz de Deus", isto é, aquele que transmite o juízo em nome do Senhor. Sugerem-se 6 divisões menores, como se segue:
1. Tendo sido dedicado a Baal 1. Os fil6sofos pagãos (ma- 1. A construção desta grande 1. Pela morte de Belsazar. 1. Daniel teria mais ou menos 1. Visão das Bestas - Capo 7
(seu novo nome significa que gos, astr610gos e encantado- imagem foi uma tentativa 2. Das inscrições achadas e 80 anos quando lhe sobre- No capo 20s reinos do mundo se vêem, pelo rei pagão, nasua gl6ria
e unidade exterior, mas sem vida - um colosso de metal.
ele seria um favorito de res) fracassaram na interpreta- de Nabucodonosor para decifradas, sabemos agora veio esta prova.
Neste capítulo, eles aparecem ao profeta em seu aspecto real, como se
Baal), contudo permaneceu ção do sonho. unificar as religiões do seu que Belsazar e seu pai, Na- 2. Daniel pôs a Deus em pri- fosse instinto com vida, - vida merahnente bestial, poder animal,
fiel a Jeová. 2. A interpretação do sonho império por deificar-se a si bucodonosor, reinaramjun- meiro lugar, e Deus o de- terrível.
2. Ele e seus companheiros re· indica o curso e fim do do- mesmo. tos no Império Babilônico. fendeu. 2. Visão do Carneiro e do Bode - Capo 8
cusaram-se a comer, no Pa- mínio mundial pelos genti- 2. Esta tentativa será repetida 3. Enquanto Belsazar caía mor- 3. Vede como Deus foi glorifi- Dando mais particularidades concernentes ao reinos, medo, persas
e macedônio, (versos 5 e 8 tanto impressionaram ao grande Alexandre,
lácio do Rei Pagão, carne de os, desde os dias de Daniel pela Besta, o último cabeça to na captura da cidade im- cado pela lealdade do sell
o Magno, que ele preservou a Israel).
animais sacrificados aos ído- até o fim desta era. do domínio mundial gentí- perial, seu pai se entregava servo. 3. ~isão das 70 semanas - Capo 9
los. 3. Notamos a Pedra, 2:34, 35 lico. Apoc. 13:11-15 e em Borsippa. Este é um capítulo muito importante. As setenta semanas são
3. Deus lhe abençoou e aos que não cresce até que te- 19:20. setenta períodos, cada um com 7 anos.
seus companheiros, pela sua nha feito em pedaços a gran·· Notai a significação da eleva- 4. Visão do Senhor - Capo 10
Nos versos 1-9 e 16 até o fim, temos a visão do Senhor, mas, nos
lealdade e deu-lhes a vit6- de imagem. É depois da ção, em nl'ssosdias, do Hu·
versos 10-15, surge um anjo.
ria. destruição total do domínio manismo religioso. 5. Mais profecias a respeito dos tempos de Daniel até ao final dos
gentílico que se estabelecr- tempos, capo 11 - Capo 12:3.
o Reino de Deus. 6. As últimas palavras - Capo 12:4 até ao fim.
ANÁLISE Nº 28 Uma exposição do método
Palavra-Chave: "Volta" de Deus em restaurar os
~
(citada 15 vezes) desviados
O LIVRO DE OSEIAS
o PROFETA
1. Oséias contemporâneo de Amós, Isaías e Miquéias, desenvolveu suas atividades em Samaria, contudo, em seus últimos anos, se retirou para a Judéia depois de ter apelado, em vão, aos seus patrícios
sentenciados. Crê-se que os últimos trechos deste livro foram escritos na Judéia.
2. Foi poupado para trabalhar para seu Senhor, muitos anos. Do capo 1:1 deduzimos que exerceu seu ministério profético durante 72 anos. Calculamos que o iniciou aos 20 anos de idade, tendo falecido
com a idade de 92 anos.
3. Sof.ria triste provação doméstica; - a infidelidade da esposa, - e Deus usou tão lamentável aflição para falar a Israel. Este é o ponto central do livro.
SUA MISSÃO
A mensagem de Oséias foi, particularmente, dirigida a Israel, (às 10 Tribos). O nome de Efraim aparece, neste livro, mais de 35 vezes, e o nome de Israel com igual freqüência. Enquanto que a Judéia
é mencionada só 14 vezes, e Jerusalém não é mencionada uma vez sequer.
CARÁTER
1. Os escritos de Oséias são mais poéticos do que a maioria dos profetas; são ricos em notáveis metáforas.
2. O atributo divino mais usado por Oséias é: "Senhor". O aspecto do caráter de Deus, sobre o qual Oséias medita mais carinhosamente, é aquele que simboliza o esposo e a esposa. (Israel é a noiva de
Jeováenquanto que a Igreja é a noiva do Cordeiro).
ANÁLISE
1.Alguns consideram Oséias como o livro mais difícil dos livros proféticos. Por certo, não é um livro de fácil estudo.
2. À primeira vista, parece não haver, nele, ordem alguma, mas um estudo contínuo e apurado revela uma ordem bela.
3. Em realidade, é um tratado claro sobre o arrependimento. É um livro para os desviados, onde se evidencia uma deliciosa exposição dos métodos de Deus na restauração do seu povo desviado.
14:4·9
1. O casamento de Oséias com 1. A infidelidade da esposa 1. Apesar de o ter deixa- 1. Falta de moral, 1-5 1. Será a resolução do re- 1. Para pôr à prova o ar- Um apelo dó profeta a 1. A cura 4
uma mulher sem moral (2). de Oséias é um quadro do e viver em má con- 2. Ignorãncia obstinada, 6- manescente nos últimos rependimento de Isra- Israel, para: 2. Amado pelo Senhor, 4
Calvino e outros pensam tra- da infidelidade de Israel duta, o profeta tem de 11 dias. el, o Senhor sonda suas 1. Reconhecer que o seu 3. Restaurado pelo Senhor,
tar-se apenas de uma parábola. a Deus. 1-5 amar sua esposa. (1) 3. Idolatria, 12·19 2. Notar a força de expres- feridas e, assim, experi- triste estado era devido, 5
Não vemos razão para não se 2. Castigo 6-13 2. O profeta faz um 4. Mas a pior das calamida- são do verso 3. menta sua contrição. unicamente, ao seu pró- 4. Crescimento 5
tomar esse verso literalmente. 3. Vede como O verso 14 contrato pelo qual cer- des foi a de se ocultar à Para o Israel imperti- 2. Notar as metáforas para prio pecado. 5. Beleza 6
2. Nascimento de dois filhos e com 8:13, parecem su- ta provisão é providen- face do Senhor, 5-15 nente, Ele é "como um descrever o caráter e a 2. Repudiar toda a espe- 6. Fragância 6
de uma filha, com nomes suges- gerir a Israel que precisa ciada para ela, (2) sob comp. 4-7 com 14:8. Há leão", 5:14, mas, aos condição de Israel: rança em auxílio huma- 7. Prosperidade 6
tivos dado a cada um (4-9). uma nova experiência do condição (3) aqui uma visão perfeita arrependi dos é "como a 6:4 no. 8. Companhia do Senhor,
3. O casamento era uma lição Egito e do deserto. 3. Contudo, parece que do Evangelho em duas chuva seródia que rega 7:4, 8, 11 e 12 3. Apresentar sinais evi· Notar a conclusão
para Israel (e não é verdade 4. Finalmente, termina com não morariam juntos partes: a terra". 8:7,9 dentes de seu arrepen· magnífica com o verso 9.
quanto à cada crente hoje?) que Israel restaurado pelo tão cedo. 1) O quadro duma nação 3. Sea nossa bondade pro- 10:1,11 e 12 dimento verdadeiro. A cura de apostasia
não fora escolhido por qual- Senhor. 19 4. Cumprido em Israel, apegada a seus ídolos. ceder de Deus, não será 12:1 significa mais do que um
quer valor que tinha em si, por- Notar: Pela bênção de hoje. Não vivendo como 2) A mesma nação atiran- "como a nuvem da ma- 3. Notar, ainda, as como- Notar como é confortado- perdão; significa que Deus
que era tão indigno de casa- Deus, os nossos vales de esposa de Jeová, mas vi- do-os para fora de si. nhã e como o orvalho ventes expressões em ra a última cláusula do vs. não somente cura, como
mento puro quanto Gomer. Acor (aflições) se tornarão vendo vida separada. 4- "Eu O tenho ouvido", é da madrugada, que cedo 11:8 3, para os órfãos. também remove a causa.
4. No verso 2, Oséias mostra fontes de bênçãos e lugares 5. o segredo. passa" . vs. 4
que as aflições de Israel come- de cãnticos. 15 5. Evidentemente Davi
çaram pelo desviar-se de Deus. terá de reinar novamen-
Vede como termina este livro, te sobre Israel. 5
14:1.
ANÁLISE Nº 29 O valor e a importância do
Frase-Chave: "O dia do Senhor" arrependimento
o LIVRO DE JOEL
JOEL
---1. Nada se conhece de Joel, além do que ele mesmo revela na pequena apresentação que dá de si mesmo em, 1:1.
2. O primeiro conhecido por este nome nas Escrituras foi o filho mais velho de Samuel, (I Samuel 8:2) e significa "Jeová é meu Deus".
3. Provavelmente, Joel foi um dos mais antigos, senão o primeiro, dos profetas-escritores, tendo exercido seu ministério na Judéia no princípio do reinado de Joás, (lI Reis, 11 e 12). Na sua mocidade teria
conhecido Elias e Eliseu.
NOTÁVEL
1. Destacadas autoridades literárias são unânimes em afirmar que, quanto ao seu estilo, este pequeno livro é uma verdadeira gema literária. "Seu estilo é, evidentemente, puro e se caracteriza pela suavidade,
fluência, força e ternura".
2. Três coisas o tornam, por demais, notável: a) contém a maior descrição, conhecida em toda a literatura, de uma devastação por gafanhotos; b) é o livro que, em primeiro lugar, nos prediz o derramamento
do "Espírito sobre TODA a carne", 2:28 e 29; c) suas profecias se notabilizaram pelo seu escopo e se estendem, desde aqueles dias, até o final dos tempos.
OCASIÃO
1. Uma grande seca assolara a terra e uma praga de gafanhotos tudo arruinara.
2. Embora Moisés em Deut. 28:38 e 39, e Salomão em I Reis 8:37, tivessem feito menção aos gafanhotos como um dos instrumentos do castigo divino, nesta instância, o povo não os reconheceu como
tal. •
3. A missão de Joel foi a de mostrar que a condição tristíssima da vida espiritual da nação foi a causa de lhe ser enviada a praga e exortar ao arrependimento toda a nação como passo essencial para
voltar-se a Deus. '
PROFÉTICO
1. Joel mostrou, ainda, que a invasão dos gafanhotos era apenas o tipo (símbolo) duma outra invasão muito mais terrível.
2. Sem dúvida, esta profecia cumpriu-se, parcialmente, quando da invasão da terra pelas hostes pagãs, naqueles dias.
3. Contudo, há detalhes que não tiveram o seu cumprimento e são ainda para o futurO, para os últimos dias.
CHAVE
1. Para se compreender o livro, a chave é a frase: "O dia do Senhor", 1:15 - 2:1,11,31 e 3:14.
2. "O dia do Senhor" com"eçará com o arrebatamento da Igreja. É o dia no .qual,o Senhor julgará e intervirá, mais uma vez, diretamente,
.
no curso político deste mundo, e reinará por mil anos.
1. Calamidade sem paralelo 1-3 O profeta vê, nesse ataque dos 1. Número do inimigo ea~ injúri- 1. A súbita e inesperada intervenção 1. Notar: "Ainda assim" 1. Bênção 18, 19
2. Descrição da desolação 4-13 gafanhotos, o símbolo dum ataque as feitas por ele 2: 1-10 , do Senhor para' salvar Israel do 2. A intervenção voluntária do Se- 2. Emancipação 20
3. Assemelha-se o jejum nacional 14 mais terrível das hostes pagãs no seu 2. O desafio de Deus aos inimigos , aniquilamento. nhor é a razão suprema dada para 3. Prosperidade 21 c27
4. Lamento do profeta 16-20 dia, e"mais particularmente, nos últi- de Israel 3:9-15 2. "Refúgio do seu povo" - 3: 16- que Israel se arrependesse evol- 4. Derramamento do Espírito, 28, 29
mos dias. 3. A promessa de preservar um significa: "um porto" - "um lu- tasse ao Senhor. 5. Julgamento das nações gentílicas,
remanescente 2:30-32 gar para reparos". 3. Ao coração rasgado, vs. 13, se- 3:1-8
gue-se o véu rasgado, Mal. 27:51, 6. A bênção para todo o Reino, 3:17-
e o céu fendido, Isaías 64: 1. 21
MENSAGEM
Joel tem sido chamado o "profeta do avivamento religioso". Ele compreendeu que o arrependimento sincero é a base de todo o avivamento verdadeiro, e era para isso que ele se esforçava. Este é o livro
do arrependimento. Ao coração rasgado segue-se o véu e céu rasgados, isto é: Acesso a Deus e as bênçãos do Pentecostes seguem ao vero arrependimento. '
ANÁLISE Nº 30 o pecado da nação implica
Palavra-Chave: "Castigo" no julgamento da nação
o LIVRO DE AMÓS
O PROFETA
1. Amós era natural de Tecoa, situada a 19 quilômetros de Jerusalém e a 9 quilômetros de Belém. Pertencia, portanto, à Judéia.
2. Não era da corte como Isaías, nem sacerdote como Jeremias. Era simples homem de tra b,tlho. Era pastor - boieiro - e cultivador de sicômoros. "Cultivador" significa "podador" ou "picador" do fruto
do sicômoro, - um figo bravo comido somente pelos mais pobres - fruta essa que só amadurecia quando picada. .
3. Amós foi contemporâneo de Oséias e Jonas. Embora natural da Judéia, profetizou contra Israel.
O TEMPO
1. "Dois anos antes do terremoto", 1:1; iniciou seu ministério profético em Betel. Arnós profetizou este terremoto, 5:8 - 6:11 - 8:8 e 9:5.
2. Este terremoto foi de conseqüências espantosas, pois, quase 300 anos depois, Zacarias fala dele como um acontecimento que não se esquece, Zac. 14:5.
UM OBREIRO MODELO
O livro nos apresenta, incidentalmente, um tratado sobre pregação e descreve Amós como um obreiro do Senhor.
1. Sua humildade. Ele não esconde, sob pretexto algum, fatos relacionados com sua vida passada; não se envergonhava do seu nascimento humilde e de sua ocupação. Nele não havia, de maneira alguma,
afetação. Sua elevação à carreira profética não o arruinou.
2. Sua indústria. Devido à sua ocupação, passava muito tempo em solidão, mas sempre em comunhão com Deus; observando a natureza. As ilustrações esparsas através do livro são todas oriundas de
sua vida diária, provando, assim, sua visão perspicaz e a originalidade de sua mente.
3. Sua sabedoria. Não pregava acima do entendimento vulgar, empregava termos familiares a todos.
4. Sua habilidade. Chamava, logo, a atenção do povo, falando contra seus inimigos.
5. Sua fidelidade. Não procurava ser agradável aos ouvidos do povo, mas tratava lealmente com ele, indo, diretamente, à sua consciência.
6. Sua constância. Recusou deixar a missão que Deus lhe confiara, 7:10-17. Tinha o seu olhar fixo no Mestre Divino.
7. Sua mensagem. Sempre usou "Assim diz o Senhor". Mensagem direta de Deus, apropriada àquele povo que abandonara seu Deus.
8. Seu sucesso. Recebeu a bênção de um sucesso maravilhoso, 7:10; e exerceu influência em toda a terra.
MENSAGEM
O peso de Arnós era concernente ao castigo. Possuía uma mensagem rigorosa para aquela época de luxo e indulgência. Era o profeta da ira e dos "ais". O livro mostra que o pecado da nação resulta no
julgamento da nação. O pecado individual será julgado no Trono Branco, ao passo que as nações serão julgadas, a seu tempo, neste mundo. A História dos Povos e da Civilização confirma isto.
1. Aqui a profecia é contra as nações circunvizi- 1. O troar da ira de Deus paira sobre os 1. Cada um desses discursos principia 1. Dos gafanhotos Aqui se prediz a vinda do Senhor e o estabeleci-
nhas que ocupavam território dado por Deus a reinos ao redor, atingindo Judá, 4 e com um "OUVI". 2. Do fogo mento do Reino Davídico.
Israel. 2. Discurso contra Israel e "toda a 1. Restauração
5; e finalmente cai em seu furor, 3. Do prumo 11
geração", atingindo, assim aJudá.
2. Embora enviado expressamente a Israel, ele esmagando Israel. 3. Em 4:2, rudemente. o profeta dissi- 4. Frutos do verão 2. Possessão 12
inicia seu ministério anunciando o juízo contra 2. Notemos as acusações que Deus pa, de Israel, a idéia que alimentava 5. Do Senhor 3. Prosperidade 13,14
as 6 naçóes pagás. teve que levantar contra eles: 2:4, 6, seu orgulho nacional, de que à nação Notai: "Sobre o altar" 4. Perpetuidade 15
a) para chamar a atenção de Israel, 7,8 etc. favorecida de Jeová, nenhum dano
lhe sucederia.
b) para mostrar que Deus não faz acepçáo de
4. No capo 5, temos um discurso a
pessoas quando trata do pecado. Verso Notável: respeito de buscar o Senhor. 5:4
2:13 - "Eu vos apertarei no vosso
Versos notáveis: lugar como se aperta um carro cheio Versos notáveis: Versos notáveis: Verso notável:
Expressão original em 1:3 e outros versos: "Por de manolhos". 1. -4:12 7:1- 8:11 9:15
2.- 3:3
três transgressões".
3.- 6:1
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OBADIAS
Nada se sabe, absolutamente, quanto ao autor deste livro. Vários Obadias são mencionados no Velho Testamento, mas nada há que indique ser um deles o autor deste livro. Seu nome significa: "O servo"
ou "adorador de Jeová". É difícil positivar quando foi escrito o livro. No entanto, os versos 10-14 provam, claramente, que o livro foi escrito depois da queda de Jerusalém. 11Crônicas, 36:17-21.
PROPÓSITO
Este é o menor livro do Velho Testamento. É um brilhante precioso de profecia. Forma um manifesto severo contra os ferozes idumeus, inimigos perpétuos de Israel. Mostra o caráter, a condenação e
a queda de Edom. '
HISTÓRIA
Os edomitas ou idumeus eram os descendentes de Esaú. Constituíam um povo orgulhoso, feroz e vingativo, procurando, sempre pretextos para maltratar os filhos de Jacó. Governados, primeiramente,
pelos duques e depois pelos reis, - Gên. 36 -desfrutaram sua época áurea quando Israel deixava a escravidão egípcia. Israel e Edom estavam, freqüentemente, em guerra. Quando Nabucodonosor ( 'pturou
Jerusalém, Edom se regozijou com a derrota de Israel e tomou parte no massaére cruel dos vencidos e no despojar de Israel. (Salmo 137:7). Em tempos passados, Deus ordenara ao seu povo que ,catasse
bondosamente a Edom, (Deu!. 23:7), mas a sua conduta atroz fez transbordar seu cálice de iniqüidade, e a sentença de condenação e extermínio foi lavrada contra eles. Depois' da restauração de Israel, Ciro,
rei da Pérsi;i, venceu os idumeus, matando milhares deles. Tiveram outra derrota esmagadora frente aos judeus, sob Macabeus e, gr~dativamente, desapareceram como nação, perecendo o seu própro nome.
Notemos os passos da humilhação de Edom. Notemos a descrição viva do pecado de Edom. À primeira vista, esta seção parece tratar exclusivamente da
1. O Senhor trabalhando, incitando as nações contra Edom 1 1. Violência contra seu irmão Jacó 10 restauração gloriosa de Judá, mas um estudo mais minucioso mostra
ser uma introdução às declarações, de como e quando Edom seria
2. Em conseqüência a pequena nação edomita foi "desp:ezada" 2 2. "tu mesmo eras um deles" e agiste como os vencedores 11 destruída.
3. Seriam desalojados dos seus refúgios que julgavam inexpugnáveis 3. Alegrou-se na derrota de Jacó e zombou dele 12 1. A sentença anunciada 10-15
3,4 4. Tomou parte no despojar 13 2. Israel seria libertado, santificado, enriquecido, (17) e, depois disto,
4. Seriam despojados, mas não como por ladrões 5,6 5. E, pior do que tudo isso, prendeu os fugitivos e os entregou aos seria um instrumento na destruição de Edom, (18) e possuiria a terra
5. Nações vizinhas com as quais mantinham aliança, romperiam com inimigos 14 de Edom,19 e 20.
6. Até seus célebres conselheiros, sábios, e a força e a coragem dos revelam um cumprimento mais glorioso.
seus soldados, lhes seriam tirados, e lhes falhariam 8, 9 4. Que fim glorioso: "e o reino será do Senhor!"
MENSAGEM
Este pequeno livro tem uma dupla mensagem: um aviso contra o orgulho pecaminoso e o desafio ímpio, (verso 3) e, ainda, contra o odiar e maltràtar os judeus, cuja causa Deus defenderá, e cujos inimigos
Ele destruirá.
EVANGELHO
Que jóia preciosíssima do Evangelho está aqui - versos 17 e 18! Aqui surgem as preliminares da vitória - iibertado, santificado, enriquecido, poderei viver a vida de plena vitória.
ANÁLISE Nº 32 Deus é Deus do gentio
Verso-Chave: 4:2 como o é do judeu
o LIVRO DE JONAS
VALOR LITERÁRIO
Charles Reade, eminente autoridade literária, declarou que o livro de lonas é a mais bela história jamais escrita em tão pouco espaço. É uma jóia perfeita e rica em ensinos.
HISTÓRIA
Este livro é um campo de batalha ao criticismo destruidor do modernismo. É considerado, por muitos, uma simples alegoria sem fundo histórico algum; porém 11Reis 14:25 prova que lonas era um
personagem histórico. Ainda, o caráter histórico deste homem é confirmado pelo Senhor lesus em Mat. 12:39-41. Portanto, não hesitamos em afirmar que temos, aqui, um fato, e não ficção; uma história,
e não uma fábula.
O PROFETA
1. lonas era natural de Gate-Hefer perto de Nazaré, portanto era galileu, provando quanto mentiram os farizeus, ao dizerem: "que da Galiléia nenhum profeta surgiu". (João 7:52). Naum e Malaquias também
eram da Galiléia.
2. lonas iniciou sua carreira profética quando Eliseu terminava a sua. Algumas autoridades antigas dos judeus eram de opinião de que lonas era o filho da viúva de Zarefate que Elias ressuscitara.
3. Uma de suas profecias foi preservada em 11Reis 14:25-27. Era, portanto, um profeta acreditado.
CHAVE
Capítulo 4:2 é a chave, dando-nos a compreensão do livro inteiro. Por quê lonas desobedeceu o Senhor? (1) Não por causa da covardia; há evidências abundantes de sua coragem neste livro. (2) Nem,
tampouco, por não simpatizar com "missões estrangeiras". (3) Nem ainda por considerar sua própria honra de profeta. (4) O motivo que o levou a desobedecer a Deus foi um falso patriotismo. Assíria era
o grande inimigo de Israel, e lonas pensou em deixá-Ios perecer nos seus pecados para que Israel ficasse livre de seu velho inimigo. Ir lá, pregar a eles, poderia conduzi-Ios à salvação e preservação, e isso
ele desejava evitar. .
1. Devia ter sido um profeta experi- 1. O profeta desobedeceu delibera- 1. Eis aqui uma oração feita em gran- 1. Oh! Que Alegria em não ser lan- 1. Jonas alcançou sucesso porque 1. Jonas alimentava uma vaga es-
mentado ao ser chamado. damente o Senhor. de aflição, e çado fora por desobediência e in- foi uma testemunha viva das ver- perança de que a Assíria seria
2. Este livro começa abrutamente 2. "pagou, pois, a sua passagem". 2. Num lugar esquisito. fidelidade! dades que proclamava. Contem- destruída.
- "Levanta-te", parecendo ser Sempre temos de "pagar" quando Notar: 2. Teria de levar a mensagem do plando-o, obtinham um raio de . 2. Deus deu-lhe uma lição objetiva.
uma continuação, e não um início O desobedecemos. 1) Sua condição: - deslocado. Senhor! esperança. 3. Notar: a terminação brusca, que
do seu ministério. 3. Notemos 4 coisas "preparadas" 2) Sua descrição gráfica. "a pregação que eu te disse" 2. Notar: impressiona pelas expressões
3. Nínive era, na verdade, "grande neste livro: 1:17 - 4:6,7,8. 3. O profeta obedeceu prontamente. "os homens de Nínive creram em tenras de Deus.
cidade". Era de95 quilômetros de 4.Quão parecido com o sono do pe- Deus" e se arrependeram.
circunferência, cobrindo 560 qui- cador é 1:6.
lômetrosquadrados, com uma po- 5. Salvação pela substituição é ensi-
pulação de 600.000 pessoas. nada em 1:15.
LIÇÕES
1. Mostra quão inú!eis são os esforços humanos para impedir os Divinos propósitos da Graça.
2. A lição principal é a declaração em Rom. 3:29, e designava-se a ensinar o povo de Deus que Ele era Deus do gentio como era do judeu e que tinha propósitos de graça e amor, tanto para gentios como
para ludeus. No entanto, Israel nunca aprendeu esta lição, mesmo apesar do ensino eloqUente deste livro.
TIPO
--1. Em Mat. 12:38-42, lesus declara que lonas era tipo de sua morte e ressureição, e o povo de Nínive um exemplo do arrependimento sincero.
2. lonas é tipo, não só do Senhor como de Israel. O Dr. Bultinger, sugestivamente, o tem apontado, dizendo: "lonas é o embaixador de Deus enviado a pregar o arrependimento aos gentios. Assim foi Israel.
Opondo-se à bênção aos gentios, lonas foge da desagradável tarefa. Alcançado por uma tempestade, divinamente enviada, é lançado ao mar. Assim é com Israel, que foi lançado ao mar das nações; mas, como
Jonas, não está perdido, visto que, mais tarde, será atirado à terra, e será, então, o embaixador de Jeová e o transmissor da bênção aos gentios".
ANÁLISE Nº 33 MENSAGEM: 1) Odeia a injustiça
Versos-Chave: 6:8 e 7:18 DEUS: 2) Odeia o ritualismo
o LIVRO DE MIQUÉIAS
3) Deleita-se em perdoar
o ESCRITOR
1) Nada se sabe de Miquéias, além do que vem registrado em 1:1, e que era de Judá. Era contemporâneo de Isaías que profetizou 17 ou 18 anos antes que Miquéias iniciasse seu ministério. Embora fosse
um camponês, seu ministério foi dedicado às cidades.
2) Seu nome "quem é como Jeová" reflete seu caráter. Para ele, Deus era tudo. Tinha em alto conceito a Santidade, a Justiça e a Compaixão de Deus. Termina seu livro exclamando: "Quem, ó Deus, é
semelhante a ti? ... " (7:18) compreendendo muito bem o que dizia. Ajulgar pelo seus escritos, era um homem de poder notável, calmo, juízo são, coração temo. Todavia, fiel e, contudo, reconhecia ser Deus
a fonte (3:8).
NOTÁVEL
É notável por muitas razões: (a) É escri to em estilo encantador, cheio de beleza poética, pelo que é um favorito dos estudantes dos profetas menores. (b) Contém uma profecia notável concemente à Jerusalém,
3:12. (c) e, à glória futura de Jerusalém, capo 4. (d) Indica o lugar do nascimento do Salvador, 5:2 (e) e, como diz Dean Stanley, contém "uma das mais sublimes e emocionantes declarações da religião espiritual
contidas no Velho Testamento", 6:6-8. (I') E, para coroar tudo isto, em 7: 18 e 19, temos, como diz o Dr. Pierson: "um pequeno poema de 121inhas (no hebraico ) ... uma das coisas mais esquisitas que se encontram
em todo o Velho Testamento e que, por si somente, provaria que a Bíblia é a Palavra de Deus, porque não há nada que se lhe possa comparar em toda a literatura humana".
CITAÇÕES
Todo o autor se orgulha quando é citado, seja pela imprensa ou pela opinião pública. Há três ocasiões notáveis quando Miquéias é citado: (a) Pelos anciãos da terra e, fazendo assim, foi salva a vida de
Jeremias -Jer. 28:18 e Miq. 3:12. (b) Citado na chegada dos Magos em Jerusalém. MaL 2:5 e 6 e Miq. 5:2. (c) Pelo Senhor, quando enviou seus doze discípulos. MaL 10:35 e 36 e Miq. 7:6.
ANÁLISE
Alguns sustentam que o livro contém três discursos, começando cada um com a palavra "Ouvi". - Este ponto de vista é prejudicado, visto que essa palavra aparece cinco vezes: 1:2,3:1 e 9, 6:1 e 2. A
exemplo de Isaías, temos duas divisões distintas: - Denunciatória, caps. 1-3, e Consolatória, caps. 4-7. Tem uma semelhança notável com Isaías e tem sido julgado por alguns como sendo um sumário das
predições de Isaías; um "Isaías abreviado", mas, naturalmente, é um livro distinto. Divide-se em 4 subdivisões.
1. O profeta e seus ouvintes 1:1,2 1. Observai a grande diferença no trato. O Senhor 1. Este é um capítulo emocionante. Comovido, o 1. O profeta lamenta 7: 1-4
2. Descrição prática do Senhor, como vem emjuízo, que testificou contra Israel surge aqui, consolan- Senhor implora 6:1-5 2. Os próprios lares haviam sido invadidos pelo ódio e pelo
para testificar contra Israel 1:3-5 do-o através de suas declarações concernentes a 2. Ele requer adoração e serviço espirituais 6-8 engano 5-6
3. A causa do j uízo 1-5 glórias vindouras. 4:1-5 3. O pecado e o mal, denunciados e julgados, 9-16 3. O profeta se volta para Deus (7), repreende o inimigo (8),
4. Predição da destruição de Samaria 1:6-7 2. Embora disperso, Israel será juntado 4:6-8 Notar - O profeta fala no vs. 8, a respeito do que confessa, humildemente, o pecado de Israel (9), confiante,
5. Invasão de Judá 1:8,9 3. Embora positivo o cativeiro babilônico, Israel Deus requer, mas nada diz do dom de Deus. Não espera em Deus para o futuro (10-17), e termina declarando a
6. O pânico conseqüente 1:10-16 seria libertado 4:9-13 poderemos satisfazer o que Ele requer sem que, plenitude, a liberalidade e a fidelidade do perdão de Deus.
7. A apostasia e a violência condenadas Cap.2 4. Tudo isto se conseguirá por intermédio de Jesus, primeiro, recebamos os dons divinos de justiça e
8. Denunciados os chefes e os falsos profetas, 3: 1-11 "O Eterno" 5:1-3 vida.
9. A destruição de Jerusalém graficamente predita 5. A glória futura de Israel 5:5-15
3:12
ANÁLISE N° 34 A sentença e o fim horrível
Frase-Chave: "Duma vez" do apóstata
Versos-Chave: 1:8 e 9
o LIVRO DE NAUM
NAUM
--N-aum, o autor, era elcosita, 1:1. Há uma Elcos na Assíria,situada a poucas milhas de Nínive, eonde existe um túmulo que há muito tempo vem sendo apontado, como sendo o do profeta; porém autoridades
no assunto rejeitam, por muitas razões, este lugar em favor de Elcos na Galiléia. Este último lugar, embora em ruínas, foi indicado a Jerome, como sendo o de Naum, por um guia nativo.
FUNDO HISTÓRICO
Perceber o fundo histórico certo é importante para bem compreender este livro. É claro que Naum era da Galiléia e era contemporâneo de Ezequias e Isaías. Quando da invasão da Assíria e a deportação
das 10 tribos, Naum escapou para o território de Judá e, provavelmente, fixou sua residência em Jerusalém. Aqui, 7 anos depois, ele presenciou o sítio daquela cidade por Senaqueribe, e a destrui cão do exército
assírio, quando pereceram 185.000 de seus homens numa noite, (lI Reis, caps. 18 e 19). Indubitavelmente, há referências disso em 1:11, etc. Pouco depois destes acontecimentos, Naum escreveu seu livro.
ASSUNTO
Este livro focaliza apenas um tema: a destruição de Nínive. Foi escrito 150 anos após a missão de Jonas. O avivamento, ou antes o arrependimento ocasionado pela pregação de Jonas, sincero que fosse,
não foi duradouro, dando lugar a uma completa e deliberada apostasia contra Deus. Não eram, simplesmente, desviados, mas, bem piores, eram apóstatas deliberados, rejeitando e desafiando ao Deus que
tinham aceito e adorado, (lI Reis 18:25,30,35 e 19:10-13). O Senhor aceitou o desafio orgulhoso do assírio, (lI Reis 19:22,23) e Naum foi escolhido para recordar a profecia da derrota completa, final de
Nínive e seu império - um império edificado pela violência e por opressão cruel, mas sentenciado a perecer duma maneira toda especial e violenta. Toda esta profecia se cumpriu 86 anos depois. O livro
de Naum é um grande "Duma vez'.
ESTILO
Naum é um lindo poema, vívido, pictorial, concemente à grandeza, poder e justiça de Deus, e sobre o conflito entre Jeová e o cruel império desafiador de Nínive. Um grande estudioso dos profetas escreve:
"Nenhum dos profetas menores parece se igualar a Naum em ousadia, ardor e sublimidade. Sua profecia é um poema perfeito. O exórdio não é simplesmente magnífico, é, verdadeiramente, majestoso! A
preparação para a destruição de Nínive e a descrição de sua queda e desolação se expressam, vivamente, nas cores mais fortes, e são ousadas e luminosas no mais alto grau".
ANÁLISE
O livro divide-se em 2 seções: a primeira aponta o Juiz; a segunda, o Julgamento.
MENSSAGEM
Sua mensagem é dupla: -1) É de conforto, (Naum significa "conforto") a um povo perseguido, aterrado e em perigo, por causa do cruel e terrível poder militar da Assíria. Notemos, quanto conforto em
1:7, 12, 13! - 2) É, também, de aviso, mostrando que, a um povo ou nação apóstatas, a Deus nada mais resta, senão destruí-los.
ANÁLISE Nº 35 A constância de Deus
Palavra-Chave: "Porquê?" - 1:3 consigo mesmo à vista do
EXCELENTE LITERATURA
1. Observado, simplesmente, como literatura (embora seja, infinitamente, mais do que isso), este livro surge proeminente pela sua extraordinária beleza. Dizem que Benjamin Franklin leu Habacuque num
círculo literário, em Paris, grangeando para o autor o tributo de admiração de todos, unânimes em confessar que nunca dele haviam ouvido antes.
2. A descrição da majestade eda revelação própria de Deus, no capo 3, éalgodesupremo; o livro todo é escrito em acentuado gênero lírico, aproximando-se dos Salmos, na sua estrutura, mais do que qualquer
outro escrito profético.
o AVÔ DA REFORMA
1. Este profeta foi um autêntico avô da Reforma. A grande doutrina da justificação pela fé, Paulo a aprendeu com Habacuque e
Martinho Lutero a aprendeu de Paulo.
2. Pode concluir-se que este livro foi um dos prediletos de Paulo, porque ele cita 1:5 na sua advertência aos judeus incrédulos, em Antioquia; (Atos 13:41) e quanto à célebre declaração de 2:4, Paulo a
cita 3 vezes: Rom.1:17, Gál. 3:11 e Heb. 10:38.
DIÁLOGOS
1. Este livro é notável pelo fato de que quase dois terços ele constituem diálogos entre o profeta e Deus.
2. Habacuque é chamado, não somente o "profeta da Fé", como também de "livre pensador entre os profetas". Não podia conciliar sua crença em Deus - tão bom e justo - com os fatos da vida como
ele os via. Daí sua dúvida e o "Por quê?"
3. Mas, com todo este mistério e perplexidade, justificando seu nome, (que significa "abraçar", "agarrar"), ele se agarrava a Deus, e derramando ante Ele suas dificuldades, em oração, aguardava,
pacientemente (2:1), pela explicação divina.
Ele estava perplexo com o silêncio e Deus responde, fazendo sentir que A resposta do Senhorresolveu uma A isso responde o Senhor, esclare- Dissipando-se todas as suas dificuldades, e a calma de Deus
com a clemência de Deus, permitin- Seu silêncio não quer dizer ignorância dificuldade, mas susci tou um proble- cendo que não desconhecia a maldade apoderando-se de sua alma, o profeta estravasa todo o seu ser num
do que o mal prosseguisse, e derrama ou indiferença, pois, logo trará o cas- ma - vs. 13 - Como poderia um do instrumento, que, a seu tempo, so- hino vibrante, de oração, louvor e confiança em Deus.
sua alma a Deus. tigo àquela nação Ímpia. Deus puro castigar Israel por uma na- freria um castigo severo.
ção mui tas vezes pior do que ela?
A perplexidade do profeta, pela: Deus respondeu que: o profeta confessa sua dificulda- a) Deus ordena ao profeta para que a) O profeta ora para que Deus renove sua Graça Iibertadora 2
a) negligência do Senhor às suas ora- a) estava para fazer coisa incrível 5 de em crer que: escreva, bem claro, o que ia dizer, 2 b) E que, na execução do JUÍzo, se lembrasse da misericórdia 2
ções 1:2 b) usaria os caldeus para castigar Isra- a) o Eterno e Santo Deus 12,13 b) o que Deus tinha a fazer sucederia c) Então, escreve a majestade do Senhor no Sinai, e na ida adiante de
b) aparente indiferença ao pecado e el pelo seu pecado 6 b) pudesse castigar um povo pecador brevemente 3 Israel para possuir a Canaã 3-15
ao sofrimento 1:3,4 c) E, dá uma descrição característica por outro pior 12, 13 c) os contados como justos pela fé d) A evocação de tudo isso traz descanso à sua alma 16
dos caldeus 7-11 c) e permitir apanhar os homens como seriam preservados daquelas terrí- e) E confiança em Deus.
peixes 14, 15 veis tristezas 4
d) quando eles se glorificam a si mes- d) E, então, Deus lança cinco "ais"
mos 16,17 contra os caldeus.
e) A paciência do profeta 2: 1
ANÁLISE Nº 36 "Eu, o Senhor teu Deus, sou
Palavra-Chave: "Zeloso" Deus zeloso"
Versos-Chave: 1:18 e 3:8
o LIVRO DE SOFONIAS
AUTOR
Muito pouco se sabe de Sofonias, o autor deste livro. Através de 1:1 aprendemos que, provavelmente, era um príncipe da casa real de Judá, sendo um dos descendentes de Hezequias. Acredita-se que tenha
profetizado ainda moço. Seu nome, que significa: "Escondido em Jeová", talvez tivesse influído quando escreveu 2:3.
ATIVIDADE
Sofonias iniciou seu ministério profético nos primeiros dias do reinado deJosias (641-610, a.c.). Ele prediz a sentença contra Nínive, (2:13) quese cumpriu em 625 a.c., e em 1:4 ele denuncia várias formas
de idolatria, as quais foram estirpadas por Josias. Indubitavelmente, foi o principal inspirador do avivamento sob o reinado de Josias. A tradição adianta que Sofonias tinha Jeremias como colega.
PALA VRAS-CHA VE
Existem, no livro, três: 1) "O Dia do Senhor", ao qual se refere sete vezes, constitui uma chave para o estudo deste livro. 2) "No meio" é outra chave notável. 3) Porém a chave, por excelência é, "Zeloso".
Há um zelo ou ciúme, que jamais deverá ser atribuído a Deus, é o ciúme que faz suspeitar da fidelidade e que, constantemente, induz à busca de provas da mesma. Milton fala desse ciúme como sendo o "inferno
do amante". Que inferno na terra é o lar onde existe tal ciúme! Porém, há um outro ciúme, produto natural do amor, e esta é a natureza do ciúme divino. Deus ama tanto ao seu povo que não pode admitir
um rival. Requer inteira devoção, e tudo fará para a conseguir, mesmo que tenha de lançar mão de terríveis castigos, como lemos neste livro.
CONTEÚDO
Ao iniciar a leitura deste livro, assusta-nos seu conteúdo: denúncias terríveis, ameaças, nada além de exprobações e ameaças de ira, - porém, quando nos lembramos da frase de Cowper, "o castigo é
o semblante mais grave do amor", vemos, em tudo isso, a prova inconteste do amor de Deus. Embora o livro comece com ira, termina com cânticos; e embora as duas primeiras seções estejam repletas de
sombras e tristezas, a última seção contém o mais doce cântico de amor do Velho Testamento.
o fogo devorador do zelo do Senhor, aceso em "toda a terra" de Israel. o fogo devorador do zelo do Senhor, aceso em "toda a terra" entre os o fogo devorador do zelo do Senhor, extinto, e o Senhor "descansará no
(Ver. 1:18) gentios. seu amor".
I. Ameaça de julgamento 1:2-7 I. Julgamento dos inimigos locais de Israel, literalmente cumprido naqueles I. O arrependimento de Israel (9) seguido da sua restauração (10). Humilda-
de (11, 12), santificação (13), regozijo (14) e libertação (15).
2. Aqueles sobre quem recairá o julgamento 1:8-13 dias. 2:4-15 2. Notemos o canto do Senhor 3:17
3. A aproximação do "dia do Senhor" 1:14-18. (Parte cumprida na invasão 2. Julgamento dos inimigos mundiais de Israel, ainda para se cumprir, 3:8 3. O Senhor contou a Jó -38:7 - que, quando firmou os fundamentos da
de Nabucodonosor. O cumprimento final é, ainda, futuro.) terra, as "estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e todos os filhos
com 2:10,11
de Deus rejubilavam", mas Deus silenciava.
4. Chamada ao arrependimento 2:1-3
4. A primeira vez que se faz referência ao cantar de Deus é em relação à
5. A triste condição moral de Jerusalém ao tempo do profeta 3:1-7 Redenção (Salmo 105 :43)
5. Foi em Mateus 26:30, a última vez que cantou? A ocasião mais recente em
que Deus cantou foi a última conversão.
6. E, quando Israel será restaurado, Deus cantará.
ANÁLISE Nº 37 Deus em primeiro lugar, na
Frase-Chave: "A Palavra do Senhor" vida e no serviço
o LIVRO DE AGEU
TEMPO
O "segundo ano de Dario" no qual Ageu profetizou foi o de 520 a.c., quando o célebre filósofo chinês Confúcio brilhava e progredia na China.
AUTOR
Nada sabemos a respeito de Ageu, além do fato de que trabalhava em harmonia com Zacarias. Provavelmente, nasceu na Babilônia, durante o cativeiro. Seu nome significa: "minha festa" e pode muito
. bem ser que assim o chamaram, antecipando a alegria da volta do cativeiro. Ele começou a profetizar dois meses depois de Zacarias. No entanto, Zacarias profetizou durante 3 anos, enquanto que Ageu não
o fez senão durante 3 meses e 24 dias.
OCASIÃO
Dezesseis anos haviam decorrido após a volta do cativeiro. Esdras, capo 3, declara que o primeiro pensamento do povo foi reconstruir o Altar e o Templo, porém surgiram dificuldades. Finalmente, as
intrigas políticas paralizaram o trabalho, e o zelo e entusiasmo do povo arrefeceu em face dessas difuldades prolongadas. E, mesmo depois de apaziguada a tempestade, ninguém voltou ao trabalho. Surgiu,
logo depois, um tempo de aflição -a colheita fal hou, houve seca, aflições e tristeza, (1:6,9-11). Ageu foi enviado a interpretar-Ihes a calamidade e incentivá-Ios a deixar sua indolência edesânimo pecaminosos.
O resultado foi bom. Em vinte e quatro dias, o povo reiniciou a obra. Então, outras mensagens animadoras e de conforto foram entregues.
ESTILO
Cada livro, na Bíblia, tem um estilo próprio. O de Ageu é simples, claro, brusco e diligente. Usava, com freqüência, da interrogação, (exemplos 1:4,2;3,12 e 13) processo que obriga a pensar e dispensar
toda atenção. Certas frases, ele repete várias vezes, como: "diz o Senhor" e "Senhor dos Exércitos", ambas nada menos de doze vezes; "a Palavra do Senhor" aparece cinco vezes determinando as divisões
do livro. Houve cinco mensagens transmitidas em ocasiões especiais e distintas.
A mensagem rigorosa A mensagem confortadora A mensagem alegre Uma mensagem confirmadora Uma mensagem de firmeza
de de de concernente à puri ficação e concernente à
REPREENSÃO RECOMENDAÇÃO ANIMAÇÃO BÊNÇÃO SEGURANÇA
L Desanimado e sem desejo de trabalhar, 1. A repreensão alcançou o resultado dese- 1. Ao passo que trabalhavam, iam desani- 1. Por perguntas e respostas, Ageu discutiu 1. Evidentemente, 2:6,7 os havia perturba-
procuravam excusar-se por um erro em jado 1:12 mando pelo fato de pensarem que, dada a sobre a impureza do povo. do.
calcular os anos 1:2 sua pobreza, o Templo seria inferior ao de 2. Pela figura do "anel de selar", foram escla-
2. Em seguida, Ageu transmite uma mensa- 2. Porém a impureza havia sido removida.
Salomão. recidos como Deus os estimava, avaliava
2. A calamidade declarada e interpretada, gem do Senhor, curta, porém confortado- 3. Agora havia bênção para os outros. e cuidava.
ra 1: 13 2. Ageu os animava, declarando-Ihes que sua
1:6-11 3. E quão seguros estariam nos tempos per-
3. Mensagem que teve um resultado esti- glória seria maior do que a anterior. Jesus
3. O povo exortado ao trabalho 1:8 turbadores.
mulantel:14 ficou no meio.
MENSAGEM
1. "Deus em primeiro lugar" na vida e no serviço é a mensagem do livro. É uma ilustração e um comentário velho-testamentário sobre I Cor. 15:58.
2. Ageu está diante de nós, como um obreiro-modelo de Deus, e um padrão para imitarmos.
a) Ele se eclipsou; não gastou tempo algum em dar referências ou detalhes de seu trabalho. Exaltou, sempre, o seu Senhor.
b) Sempre aflorava ao seus lábios, o "assim diz o Senhor". Era um mensageiro do Senhor.
c) Não somente repreendia, mas também animava; não só criticava, mas também recomendava e estimulava por palavras e exemplos.
d) Não somente pregava, mas também praticava. Ele sempre dava a mão de auxílio (Esdras 5:1-2).
ANÁLISE N!!38 o amor e cuidado de Deus
Versos-Chave: 1:14,2:8 e 8:2 pelo seu povo
o LIVRO DE ZACARIAS
AUTOR
(1) Zacarias (o profeta da Restauração e Glória) provavelmente nasceu em Babilônia. A diferença entre Esdras 5:1, 6:14 e Zacarias 1:1 pode ser explicada facilmente. Provavelmente seu pai falecera
durante sua infância, e, então, seu avô Ido (Neemias 12:4 e 16) o criou.
(2) Assim, ele era sacerdote e também profeta. Os três nomes são sugestivos quando reunidos: Zacarias, "Jeová lembra" - Baraquias, "Jeová abençoa" - Ido, "o tempo determinado". Assim, estes três
nomes formam uma chave para a interpretação do livro. Notemos as palavras-chave do livro: "zelo" - "zelei" - "grande zelo"1
MISSÃO
(1) Zacarias era contemporâneo de Ageu, sendo o menor dos dois. (2:4) Sua missão era a de animar aos desalentados.
(2) Ele encorajava os desalentados profetizando, em termos ardorosos, da glória que, no futuro, havia de vir a Israel.
(3) Aqui está o método divino, para animar: desviar o nosso olhar das tristezas do presente, para vermos as glórias do futuro. Zacarias exerceu seu ministério por 3 anos.
ESTILO
Dos antigos e inspirados videntes, Zacarias era um dos maiores. Seus 14 capítulos estão repletos das mais notáveis visões do Velho Testamento. Era um grande poeta, e assim um companheiro apropriado
para o simples e prático Ageu.
DIVISÃO
(1) O livro está dividido em duas partes principais: a primeira recai em 3 seções; e a segunda, em duas. Abrangem cinco mensagens, separadas e distintas.
(2) O livro não se compõe de profecias já cumpridas como muitos o desejariam; é, na maior parte, sem cumprimento ainda. Mesmo algumas profecias que pareciam cumpridas estão evidentemente só
parcialmente cumpridas.
B) SEGUNDA DIVISÃO
PROFÉTICA - Capo 9-14
(1) (2) (3) (4) (5)
PRIMEIRA MENSAGEM SEGUNDA MENSAGEM TERCEIRA MENSAGEM QUARTA MENSAGEM QUINTA MENSAGEM
Uma chamada fervorosa ao arrependimento. Lem- Oito visões, todas dadas em uma noite, e todas para 1. Esta terceira mensagem foi transmitida quase dois anos 1. As profecias desta quarta mensagem tiveram, parci-
brou os pecados de seus pais (2), do cativeiro que animação. depois. almente, seu cumprimento. Veja 9:8.
resultou (6), e exortou-os a fugir daqueles pecados (4). I - O lADO MATERIAL DA PROSPERIDADE 2. As profecias da quinta mensagem visam, totalmente,
Ao lamentar sua grandeza passada, não devem esquecer FUTURA 2. É uma resposta quádrupla a uma inquirição feita por o futuro.
1. As murteiras, 1:7-17. Israel por baixo, pisado, mas 3. As profecias não estão em ordem cronológicas.
a causa. uma comissão de babilônios, concernente à necessida-
contemplado e lembrado em oração.
de de observar certas festas que eles (não Deus) tinham
2. Chifres e ferreiros, 1:18-21. Predizendo a derrota dos
NOTAR que tanto juízos como bênçãos nos seguem e inimigos de Israel. instituído.
atingem. 3. Um cordel para medir, 2:1. Revelando a prosperidade
gloriosa de Jerusalém, como resultado da derrota dos 3. O jejum do quinto mês se referia à destruição do 1. A vinda do Rei -9:9, somente em parte está cumpri-
inimigos. Templo, e o do sétimo mês, ao aniversário da morte de da.
11-O lADO ESPIRITUAL DA PROSPERIDADE Gedalias (Jeremias 41). 2. A relação do Rei
FUTURA a) O preço pago 11:12-13
4. Josué, o Sumo Sacerdote, 3:2. Um quadro dacorrupção 4. Primei ra resposta 7:1-7 b) O pastor morto 13:6-7
nacional purificada e a restauração da nação ao serviço Segunda resposta 7:8-14 c) A dispersão do povo 11:7-11
sacerdotal. Terceira resposta 8:1-17 3. A segunda vinda do Rei 14:3-8
5. O castiçal, 4:2. Resultando em Israel capacitar-se para Quarta resposta 8:18-23 4. As vitórias do Rei 9:8 -12:1-9 e 10-14-13:1-5
ser o luzeiro de Deus ao mundo.
5. O programa do Rei 9:10-17 -10 -14:9-21
6. Rolo voante, 5: 1-4. Israel torna-se uma força moral no
mundo por meio da Palavra de Deus.
7. O efa, 5:5-11. Aplicação da Lei de Deus.
8. Quatro carros, 6:1-8. Uma agência trabalhando a favor
de Israel.
Conclusão: - coroação simbólica.
ANÁLISE Nº 39 Lembrai-vos, arrepende i-vos,
Frase-Chave: "vós dizeis" volta i, relatai
o LIVRO DE MALAQUIAS
NOME ANGÉLICO
(1) Malaquias é o profeta desconhecido, com nome angélico. Nada se sabe dele. Há os que acei 13m a versão de ser desconhecido, e que Malaquias é apenas um título que revela a sua posição oficial, pois
significa: "Meu anjo" ou "Mensageiro".
(2) Não usou esse nome vagamente, mas, ao contrário de muitos de nós, orgulhava-se dele e deleitava-se em repeti-lo. Exemplo - Quando falava de Levi, como exemplo do verdadeiro sacerdote, dizia:
"Ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos" (2:7). Descreve João, o Batista, como "Mensageiro de Deus", e fala do Senhor como sendo o "Mensageiro da Aliança" (3:1).
DIÁLOGO
(1) Este livro se notabiliza pelo seu estilo dialógico. Uma evidência do estado do crente desviado é o espírito hipercrítico. O povo de Deus vivia em triste condição espiritual e, conseqüentemente, estava
sempre pronto a trazer em questão todo e qualquer assunto, até mesmo as declarações de Deus. Todas as suas palavras de crítica tinham sido apontadas pelo Senhor. - "vós dizeis" ou "e dizeis" se encontram,
pelo menos, onze vezes, (1:2, 6, 7, 12, 13 - 2:14, 17 - 3:7,8, 13, 14). Ele observa, ainda, as declarações de outros (1:4) .
. (2) Porém, Deus, não somente aponta tais palavras como, também, as combateu. É o que, facilmente, se deduz do estudo dos textos acima citados.
UM RETRATO
(1) Malaquias foi o último dos profetas. "Suas profecias, por isso, assumem solene e grave importância; por duas razões: primeira, quando mostra a condição dos sobreviventes que, na infinita misericórdia
de Deus, tinham sido trazidos de Babilônia; e, segunda, por causa da posição deste remanescente em relação à do povo de Deus nesse momento. Como nada havia entre eles, assim, nada haverá para intervir
entre nós e a expectação da vinda do Senhor".
(2) No estado de Israel revelado por Malaquias, temos um retrato nítido do nosso tempo e época.
ANÁLISE
O livro apresenta duas divisões e três subdivisões, como segue:
1. A declaração de Deus afirmando seu amor a Israel 1:2 Aos sacerdotes: Uma série de profecias concernentes:
2. Israel questiona, cegamente, aquele amor para com ele 1:2 1. Não davam a Deus a reverência e a honra que Lhe eram devidas 1:6
3. O Senhor condescende a dar uma das muitas provas 1:3-5 2. Ofereciam a Deus o que não ousavam oferecer ao seu rei 1:8 1. À vinda e à obra de João, o batista 3:1
3. Recusaram trabalhar, a não ser com retribuição 1:10 2. À vinda e à obra do Senhor, tudo, ainda, para o futuro 3:1-6
N. B. - No Velho Testamento temos a declaração do amor de Deus para com 4. A afirmativa solene de Deus de que Seu nome seria grande, apesar das faltas 3. Ao estado triste do Seu povo anterior à Sua vinda 3:7-15
Israel. (2) No Novo Testamento temos a revelação do amor de Deus de Israel 1:11
para com o Mundo -João 3:16. 5. A falta total 2:1-9 4. Ao remanescente fiel, que mesmo então haverá 3:16-18
5. Ao Dia do Senhor 4:1
6. Ao Seu advento que não inspira terror aos fiéis 4:2-4
Ao povo:'
1. O pecado de um para com o outro 2:10 7. A Elias que, voltaria antes do Dia do Senhor 4:5
2. O pecado contra Deus na família 2:11-17