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11-04-2020

Rede Nacional
dos Cuidados
de Saúde
Cuidados continuados
integrados

Trabalho realizado por:


Sónia Soares, nº13 12ºTas
Disciplina: Gestão
Enfermeira: Joana Teixeira
2
Índice
Introdução..........................................................................................................................2
Serviço Nacional de Saúde................................................................................................3
Política de Saúde...............................................................................................................4
Direitos do utente que recorre aos serviços de saúde........................................................5
Deveres dos doentes que recorrem aos serviços de saúde.................................................7
Humanização na prestação de cuidados de saúde.............................................................8
Rede Nacional de Cuidados de Saúde...............................................................................9
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados....................................................9
Relação que os técnicos de saúde devem ter com o doente terminal..............................15
Conclusão........................................................................................................................16
Bibliografia:.....................................................................................................................17

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Introdução
Este trabalho surge no âmbito da disciplina de Saúde do curso profissional de Técnico
Auxiliar de Saúde (TAS) inserido no 12º Ano do Agrupamento de Escolas de Castelo de
Paiva, do ano letivo 2019/2020.
Foi proposto pela enfermeira Joana Teixeira realizarmos um trabalho individual sobre
rede nacional dos cuidados de saúde.
Ao longo deste trabalho falei sobre a rede nacional dos cuidados de saúde, sobre o
serviço nacional dos cuidados de saúde, e por fim falei sobre os cuidados continuados
integrados.

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Serviço Nacional de Saúde
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) é o organismo através do
qual o Estado Português assegura o direito à saúde (promoção,
prevenção e vigilância) a todos os cidadãos de Portugal. A sua
criação remonta a 1979, após se terem reunido as condições
políticas e sociais provenientes da reestruturação política
portuguesa de 1974.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) é o conjunto de instituições
e serviços, dependentes do Ministério da Saúde, que têm como
missão garantir o acesso de todos os cidadãos aos cuidados de saúde, nos limites dos
recursos humanos, técnicos e financeiros disponíveis.
O SNS abrange ainda os estabelecimentos privados e profissionais de saúde em regime
liberal, com os quais tenham sido celebrados contratos ou convenções, que garantam o
direito de acesso dos utentes em moldes semelhantes aos oferecidos pelo SNS.

O Serviço Nacional de Saúde caracteriza-se por:


 Ser universal quanto à população abrangida;
 Prestar integradamente cuidados globais ou garantir a sua prestação;
 Ser tendencialmente gratuito para os utentes, tendo em conta as condições
económicas e sociais dos cidadãos;
 Garantir a equidade no acesso dos utentes, com o objetivo de atenuar os efeitos
das desigualdades económicas, geográficas e quaisquer outras no acesso aos
cuidados;
 Ter organização regionalizada e gestão descentralizada e participada.
Quem pode ser utente do serviço nacional de Saúde?
 São beneficiários do SNS todos os cidadãos portugueses.
 São igualmente beneficiários do SNS os cidadãos nacionais de Estados membros
da União Europeia, nos termos das normas comunitárias aplicáveis.
 São ainda beneficiários do SNS os cidadãos estrangeiros residentes em Portugal,
em condições de reciprocidade, e os apátridas residentes em Portugal.

Organização do Serviço Nacional de Saúde


1 - O Serviço Nacional de Saúde é tutelado pelo Ministro da Saúde e é administrado a
nível de cada região de saúde pelo conselho de administração da respetiva
administração regional de saúde.
2 - Em cada sub-região existe um coordenador sub-regional de saúde e em cada
concelho uma comissão concelhia de saúde.
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Política de Saúde
A política de saúde tem âmbito nacional e obedece às diretrizes seguintes:
 A promoção da saúde e a prevenção da doença fazem parte das prioridades no
planeamento das atividades do Estado;
 É objetivo fundamental obter a igualdade dos cidadãos no acesso aos cuidados
de saúde, seja qual for a sua condição económica e onde quer que vivam, bem
como garantir a equidade na distribuição de recursos e na utilização de serviços;
 São tomadas medidas especiais relativamente a grupos sujeitos a maiores riscos,
tais como as crianças, os adolescentes, as grávidas, os idosos, os deficientes, os
toxicodependentes e os trabalhadores cuja profissão o justifique;
 Os serviços de saúde estruturam-se e funcionam de acordo com o interesse dos
utentes e articulam-se entre si e ainda com os serviços de segurança e bem-estar
social;
 A gestão dos recursos disponíveis deve ser conduzida por forma a obter deles o
maior proveito socialmente útil e a evitar o desperdício e a utilização indevida
dos serviços;
 É apoiado o desenvolvimento do sector privado da saúde e, em particular, as
iniciativas das instituições particulares de solidariedade social, em concorrência
com o sector público;
 É promovida a participação dos indivíduos e da comunidade organizada na
definição da política de saúde e planeamento e no controlo do funcionamento
dos serviços;
 É incentivada a educação das populações para a saúde, estimulando nos
indivíduos e nos grupos sociais a modificação dos comportamentos nocivos à
saúde pública ou individual;
 É estimulada a formação e a investigação para a saúde, devendo procurar-se
envolver os serviços, os profissionais e a comunidade.

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Direitos do utente que recorre aos serviços de
saúde
 Ser tratada com respeito pela dignidade e integridade humana
É um direito humano fundamental, que adquire particular importância em situação de
doença. Deve ser respeitado por todos os profissionais envolvidos no processo de
prestação de cuidados, no que se refere quer aos aspetos técnicos, quer aos atos de
acolhimento, orientação e encaminhamento dos doentes.
É também indispensável que o doente seja informado sobre a identidade e a profissão de
todo o pessoal que participa no seu tratamento.
Este direito abrange ainda as condições das instalações e equipamentos, que têm de
proporcionar o conforto e o bem-estar exigidos pela situação de vulnerabilidade em que
o doente se encontra.

 Ser respeitada nas suas convicções culturais filosóficas e religiosas


Cada doente é uma pessoa com as suas convicções culturais e religiosas. As instituições
e os prestadores de cuidados de saúde têm, assim, de respeitar esses valores e
providenciar a sua satisfação.
O apoio de familiares e amigos deve ser facilitado e incentivado.
Do mesmo modo, deve ser proporcionado o apoio espiritual requerido pelo doente ou,
se necessário, por quem legitimamente o represente, de acordo com as suas convicções.

 Ter acesso a cuidados apropriados ao seu estado de saúde e situação


psicossocial (promoção da saúde/Prevenção da doença, tratamento,
reabilitação, cuidados continuados, cuidados em fim de vida)
Os serviços de saúde devem estar acessíveis a todos os cidadãos, de forma a prestar, em
tempo útil, os cuidados técnicos e científicos que assegurem a melhoria da condição do
doente e seu restabelecimento, assim como o acompanhamento digno e humano em
situações terminais.
Em nenhuma circunstância os doentes podem ser objeto de discriminação.
Os recursos existentes são integralmente postos ao serviço do doente e da comunidade,
até ao limite das disponibilidades.
Em situação de doença, todos os cidadãos têm o direito de obter dos diversos níveis de
prestação de cuidados (hospitais e centros de saúde) uma resposta pronta e eficiente, que
lhes proporcione o necessário acompanhamento até ao seu completo restabelecimento.
Para isso, hospitais e centros de saúde têm de coordenar-se, de forma a não haver
quaisquer quebras na prestação de cuidados que possam ocasionar danos ao doente.
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O doente e seus familiares têm direito a ser informados das razões da transferência de
um nível de cuidados para outro e a ser esclarecidos de que a continuidade da sua
prestação fica garantida.
Ao doente e sua família são proporcionados os conhecimentos e as informações que se
mostrem essenciais aos cuidados que o doente deve continuar a receber no seu
domicílio. Quando necessário, deverão ser postos à sua disposição cuidados
domiciliários ou comunitários.

 Ter privacidade na prestação de todo e qualquer cuidado ou serviço


A prestação de cuidados de saúde efetua-se no respeito rigoroso do direito do doente à
privacidade, o que significa que qualquer ato de diagnóstico ou terapêutica só pode ser
efetuado na presença dos profissionais indispensáveis à sua execução, salvo se o doente
consentir ou pedir a presença de outros elementos.
A vida privada ou familiar do doente não pode ser objeto de intromissão, a não ser que
se mostre necessária para o diagnóstico ou tratamento e o doente expresse o seu
consentimento.

 Ver garantida a confidencialidade de dados associados ao seu processo clínico


e elementos identificativos que lhe dizem respeito
Todas as informações referentes ao estado de saúde do doente – situação clínica,
diagnóstico, prognóstico, tratamento e dados de carácter pessoal – são confidenciais.
Contudo, se o doente der o seu consentimento e não houver prejuízos para terceiros, ou
se a lei o determinar, podem estas informações ser utilizadas.
Este direito implica a obrigatoriedade do segredo profissional, a respeitar por todo o
pessoal que desenvolve a sua atividade nos serviços de saúde.

 Ter direito à informação que abone a favor de uma melhor prestação de


serviços
Esta informação deve ser prestada de forma clara, devendo ter sempre em conta a
personalidade, o grau de instrução e as condições clínicas e psíquicas do doente.
Especificamente, a informação deve conter elementos relativos ao diagnóstico (tipo de
doença), ao prognóstico (evolução da doença), tratamentos a efetuar, possíveis riscos e
eventuais tratamentos alternativos.
O doente pode desejar não ser informado do seu estado de saúde, devendo indicar, caso
o entenda, quem deve receber a informação no seu lugar.

 Poder apresentar sugestões e reclamações


O doente, por si, por quem legitimamente o substitua ou por organizações
representativas, pode avaliar a qualidade dos cuidados prestados e apresentar sugestões
ou reclamações.
Para esse efeito, existem, nos serviços de saúde, o gabinete do utente e o livro de
reclamações.
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O doente terá sempre de receber resposta ou informação acerca do seguimento dado às
suas sugestões e queixas, em tempo útil.

Deveres dos doentes que recorrem aos serviços


de saúde
1. O doente tem o dever de zelar pelo seu estado de saúde. Isto significa que deve
procurar garantir o mais completo restabelecimento e também participar na
promoção da própria saúde e da comunidade em que vive.
2. O doente tem o dever de fornecer aos profissionais de saúde todas as
informações necessárias para obtenção de um correto diagnóstico e adequado
tratamento.
3. O doente tem o dever de respeitar os direitos dos outros doentes.
4. O doente tem o dever de colaborar com os profissionais de saúde, respeitando
as indicações que lhe são recomendadas e, por si, livremente aceites.
5. O doente tem o dever de respeitar as regras de funcionamento dos serviços de
saúde.
6. O doente tem o dever de utilizar os serviços de saúde de forma apropriada e de
colaborar ativamente na redução de gastos desnecessários.

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Humanização na prestação de cuidados de
saúde
Humanização é uma atividade de dimensão humana, gerida pelo coração, sensível ás
necessidades dos outros. É o relacionamento inter-humano, afetivo e emocional, que
tem como prioridade conferir aos outros a dignidade a que têm direito como pessoa
humana. É proporcionar-lhes condições de vida, independentemente da sua condição
social, económica, política ou religiosa.
Humanizar, além do atendimento fraterno e humano é procurar aperfeiçoar os
conhecimentos continuadamente, é valorizar no sentido antropológico e emocional
todos os elementos implicados no evento assistencial.
Na realidade, a Humanização do atendimento, seja em saúde ou não, deve valorizar o
respeito afetivo ao outro, deve prestigiar a melhoria na vida de relação entre pessoas em
geral.
A empatia e a comunicação verbal ou não verbal são pré-requisitos necessários para
uma ação recíproca entre paciente e cuidador em um momento que a cura não é mais
possível e a ciência é incapaz de estancar problemas provenientes da doença.
Continuamos ainda diante de um ser doente e sua fragilidade, necessitando ser
amparado, cuidado e amado... É neste momento que o calor humano é indispensável,
pois sem ele, o cuidado se torna vazio e todos os esforços gerenciais e tecnológicos
perdem o seu valor.

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Rede Nacional de Cuidados de Saúde
É um conjunto de todos os estabelecimentos de SNS (serviço nacional de saúde), pelos
estabelecimentos privados e pelos profissionais em regime liberal.
Estabelecimentos do SNS:
 Serviços de cuidados primários;
 Serviço de cuidados secundários (ou diferenciados)
 Serviços de cuidados continuados (que inclui os paliativos)

Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados


A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) é constituída por um
conjunto de instituições, públicas ou privadas, que prestam (ou virão a prestar) cuidados
continuados de saúde e de apoio social a pessoas em situação de dependência, tanto na
sua casa como em instalações próprias. A RNCCI resulta duma parceria entre os
Ministérios do Trabalho e Solidariedade Social (MTSS) e da Saúde (MS) e vários
prestadores de cuidados de Saúde e de Apoio Social.

Objetivos da RNCCI
De uma forma geral, o objetivo da RNCCI é prestar cuidados continuados integrados a
pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência.
Os objetivos específicos são:
 melhorar as condições de vida e de bem-estar das pessoas em situação de
dependência, através da prestação de cuidados continuados de saúde e/ou de
apoio social;
 promover a prestação de cuidados no domicílio às pessoas com perda de
funcionalidade, sempre que este apoio domiciliário, garanta os cuidados
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terapêuticos e o apoio social necessários à provisão e manutenção do seu
conforto e qualidade de vida;
 monitorizar todo o processo de internamento e ajustar os procedimentos à
especificidade de cada doente;
 promover a qualidade e a eficácia da prestação de cuidados continuados de
saúde e de apoio social;
 formar, qualificar e apoiar os familiares, ou prestadores informais, na prestação
dos cuidados;
 garantir o correto funcionamento da RNCCI, articulando e coordenando com os
diferentes níveis de atuação a resposta mais adequada às diferentes situações.

PRINCÍPIOS DA RNCCI
Os princípios base da RNCCI são:
 prestação individualizada e humanizada de cuidados;
 garantir a articulação e continuidade dos cuidados entre os diferentes serviços,
setores e níveis de atuação;
 equidade no acesso e mobilidade entre tipologias e equipas da RNCCI;
 proximidade da prestação dos cuidados, através da potenciação de serviços
integrados na comunidade;
 multidisciplinaridade e interdisciplinaridade na prestação dos cuidados;
 avaliação integral das necessidades da pessoa em situação de dependência e
definição periódica de objetivos de funcionalidade e autonomia;
 promoção, recuperação contínua ou manutenção da funcionalidade e da
autonomia;
 participação do utente e seus familiares ou representante legal, na elaboração do
plano individual de intervenção e corresponsabilização na prestação de
cuidados;
 eficiência e qualidade na prestação dos cuidados.
As bases da RNCCI assentam num modelo de garantia do direito da pessoa em
situação de dependência:
 à dignidade;
 à preservação da identidade;
 à privacidade;
 à informação;
 à não discriminação;
 à integridade física e moral;
 ao exercício da cidadania;
 ao consentimento informado das intervenções efetuadas.
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A RNCCI inclui:
 Unidades de internamento, que podem ser de:
 Cuidados continuados de convalescença
 Cuidados continuados de média duração e reabilitação
 Cuidados continuados de longa duração e manutenção
 Cuidados paliativos
 Unidades de ambulatório
 Equipas hospitalares de cuidados continuados de saúde e de apoio social
 Equipas domiciliárias de cuidados continuados de saúde e de apoio social.

Unidade de Convalescença
Tem por finalidade a estabilização clínica e funcional, devendo para esta tipologia ser
referenciadas pessoas que se encontram em fase de recuperação de um processo agudo
ou recorrência de um processo crónico, com elevado potencial de reabilitação com
previsibilidade até 30 dias consecutivos.
A Unidade de Convalescença assegura:
 Cuidados médicos permanentes;
 Cuidados de enfermagem permanentes;
 Exames complementares de diagnóstico, laboratoriais e radiológicos;
 Prescrição e administração de medicamentos;
 Cuidados de fisioterapia;
 Apoio psicológico e social;
 Higiene, conforto e alimentação;
 Convívio e lazer

Os doentes que estão nesta unidade exibem alguma das condições seguintes:
 Doente com necessidade de cuidados médicos e de enfermagem permanentes;
 Reabilitação intensiva;
 Alimentação por sonda nasogástrica;
 Tratamento de úlceras de pressão e/ou feridas;
 Manutenção e tratamento de estomas;
 Terapêutica parentérica;
 Medidas de suporte respiratório, como oxigenoterapia, aspiração de secreções e
ventilação não invasiva;
 Doente com necessidade de ajuste terapêutico e/ou de administração de
terapêutica, com supervisão continuada;
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 Doente com algum das seguintes síndromes, potencialmente recuperável a curto
prazo: depressão, confusão, desnutrição, problemas na deglutição, deterioração
sensorial ou compromisso da eficiência e/ou segurança da locomoção;
 Doente crónico com risco iminente de descompensação;
 Doente com indicação para programa de reabilitação física com duração
previsível igual ou menor a 30 dias;
 Doente com síndrome de imobilização

As Unidades de Média Duração e Reabilitação (UMDR)


Visam responder a necessidades transitórias, promovendo a reabilitação e a
independência, em situação clínica decorrente de recuperação de um processo agudo ou
descompensação de processo crónico, cuja previsibilidade de dias de internamento se
situe entre 30 dias e 90 dias.
A UMDR assegura:
 Cuidados médicos diários;
 Cuidados de enfermagem permanentes;
 Cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional;
 Prescrição e administração de medicamentos;
 Apoio psicossocial;
 Higiene, conforto e alimentação;
 Convívio e lazer

Os doentes que estão nesta unidade exibem alguma das condições seguintes:
 Doente com necessidade de cuidados médicos diários, de enfermagem
permanentes;
 Reabilitação intensiva;
 Medidas de suporte respiratório, como oxigenoterapia e aspiração de secreções
e ventilação não invasiva;
 Prevenção ou tratamento de úlceras;
 Manutenção e tratamento de estomas;
 Doente com algum das seguintes síndromes, potencialmente recuperável a
médio prazo: depressão, confusão, desnutrição, eficiência e/ou segurança da
locomoção;
 Doente com indicação para programa de reabilitação física com duração
previsível até 90 dias;
 Doente com síndrome de imobilização

Unidade de longa duração e manutenção (ULDM)


Para pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência
e graus de complexidade, que não reúnam condições para serem cuidadas em casa ou na
instituição ou estabelecimento onde residem. Presta apoio social e cuidados de saúde de
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manutenção que previnam e retardem o agravamento da situação de dependência,
favorecendo o conforto e a qualidade de vida. Para internamentos de mais de 90 dias
seguidos.
A ULDM pode ter ainda internamentos com menos de 90 dias (máximo 90 dias por
ano) quando há necessidade de descanso do principal cuidador.
A ULDM assegura:
 Atividades de manutenção e de estimulação;
 Cuidados de enfermagem permanentes;
 Cuidados médicos;
 Prescrição e administração de medicamentos;
 Apoio psicossocial;
 Controlo fisiátrico periódico;
 Cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional;
 Animação sociocultural;
 Higiene, conforto e alimentação;
 Apoio no desempenho das atividades da vida diária

Os doentes que estão nesta unidade exibem alguma das condições seguintes:
 Doente com necessidade de cuidados médicos regulares e cuidados de
enfermagem permanentes;
 Doente que, por patologia aguda e/ou crónica estabilizada, necessite de cuidados
de saúde e apresente défice de autonomia nas atividades da vida diária, com
previsibilidade de internamento superior a 90 dias;
 Doente com patologia crónica de evolução lenta, com previsão de escassa
melhoria clínica, funcional e cognitiva;
 Doente sem potencial de recuperação a curto e médio prazo;
 Doente com algum das seguintes síndromes: depressão, confusão, desnutrição/
problemas na deglutição, deterioração sensorial ou compromisso da eficiência
e/ou segurança da locomoção;
 Doentes com dificuldades de apoio familiar ou cujo principal cuidador tem
necessidade de descanso, não podendo a duração do(s) respetivo(s)
internamento(s) ser de duração superior a 90 dias, com o limite anual de 90 dias.

Unidade de cuidados paliativos


Pra doentes em situação clínica complexa e de sofrimento, devido a uma doença severa
e/ou avançada, incurável e progressiva Não há um período limite de internamento.
A Unidade de Cuidados Paliativos assegura:
 Cuidados médicos diários;
 Cuidados de enfermagem permanentes;
 Exames complementares de diagnósticos laboratoriais e radiológicos;
 Prescrição e administração de medicamentos;
 Cuidados de fisioterapia;
2
 Consulta, acompanhamento e avaliação de doentes internados em outros
serviços ou unidades;
 Acompanhamento e apoio psicossocial e espiritual;
 Atividades de manutenção;
 Higiene, conforto e alimentação
 Convívio e lazer.

Caso não precise de ficar internado existe os cuidados continuados integrados


domiciliários.
Cuidados continuados integrados domiciliários
Para pessoas em situação de dependência funcional ou doença terminal, com rede de
suporte social, que não precisem de ser internadas, mas que não possam deslocar-se de
forma autónoma.

Oferece:
 Cuidados domiciliários de enfermagem e médicos (preventivos, curativos,
reabilitadores ou paliativos);
 Cuidados de fisioterapia;
 Apoio psicossocial e de terapia ocupacional, envolvendo os familiares e outros
prestadores de cuidados;
 Educação para a saúde aos doentes, familiares e cuidadores;
 Apoio na satisfação das necessidades básicas;
 Apoio no desempenho das atividades da vida diária

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Relação que os técnicos de saúde devem ter
com o doente terminal
O doente terminal é uma expressão que se refere àquele paciente em que a doença não
responde a nenhuma terapêutica conhecida e, consequentemente entrou num processo
que conduz irreversivelmente à morte. é aquele que tem, em média, 3 a 6 meses de vida,
sendo que esta avaliação deve ser baseada num conjunto de critérios de objetivação de
prognóstico.
Qualquer doente terminal em maior ou menor intensidade, além das emoções
psicológicas que experiencia, passa por uma sucessão de respostas emocionais únicas.
Cada pessoa é um ser único, irrepetível e a forma como enfrenta a proximidade da
morte é também uma experiência singular, porém, dependente de uma multiplicidade de
fatores: estado físico e emocional, idade, valores, expectativas de vida, suporte
familiar/social e mesmo da relação com a equipa de saúde.
Os direitos expressos na Carta dos Direitos do Doente Terminal, são:
 Ser tratado como pessoa humana até ao fim da vida: ou seja, todo o ser humano
possui um valor e uma dignidade intrínseca, que não se perde pelo facto de estar
próximo da morte – a dignidade da pessoa humana é o valor básico em que
assenta a ordem jurídica portuguesa (artigo1º da Constituição da República
Portuguesa);
2
 Expressar os seus sentimentos e emoções relacionados com a proximidade da
morte;
 Manter e expressar a sua fé, numa perspetiva de liberdade religiosa; toda a
pessoa doente tem direito a partilhar as suas convicções, a ter assistência
religiosa ou a prescindir dela;
 Ser cuidado por profissionais competentes e sensíveis capazes de comunicar, de
compreender as necessidades adequadas a cada momento e de ajudar a enfrentar
os momentos difíceis que antecedem a morte;
 Não sofrer indevidamente: o que implica a utilização dos meios necessários
para combater a dor no sentido de contribuir para a diminuição do sofrimento;
 Receber respostas adequadas e honestas às perguntas: isto é, ter a possibilidade
de receber de maneira gradual e respeitosa a informação que possa integrar
(direito à verdade);
 Participar nas decisões que dizem respeito aos seus cuidados: subjacente a este
direito está a defesa da autonomia do doente enquanto pessoa humana – o direito
de receber informação (ou o de não ser informado) para que possa participar na
escolha dos cuidados que lhe são prestados ou que poderiam ser (desde que não
contribua para o prejuízo de terceiros) ou mesmo de não os receber (direito à
recusa de tratamento);
 Manter a sua hierarquia de valores e de não ser descriminado;
 Ter o conforto e a companhia dos seus familiares e amigos ao longo de todo o
processo da doença e no momento da morte, o direito a não morrer só;
 Morrer em paz e com dignidade: todo o ser humano tem direito a viver a sua
própria morte, com a assistência humana e médica adequada às suas
necessidades e a morrer no seu ambiente familiar. Caso não seja possível, num
ambiente o mais próximo do seu.

Conclusão
Gostei muito de fazer este trabalho pois com ele aprendi mais sobre os serviços
nacionais de saúde, pude relembrar os direitos e os deveres dos utentes, e o mais
importante de tudo foi que fiquei a saber mais sobre os cuidados continuados e
paliativos, o que é muito importante sabermos porque um dia mais tarde quando
exercemos a profissão de técnicos auxiliares de saúde vai ser uma mais valia.
Com este trabalho espero ter uma boa nota porque esforcei-me muito da concretização
do mesmo e fiquei a saber muito mais.
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Bibliografia:
 http://www.acss.min-saude.pt/wp-
content/uploads/2016/10/Man_Prestador_UMCCI-RNCCI.pdf
 https://www.sns.gov.pt/reforma-faq/rede-de-prestacao-de-cuidados-de-saude-
%E2%80%A2-definicao/
 lsne.min-saude.pt/servicos/cuidados-continuados-integrados/rede-nacional-de-
cuidados-continuados-integrados-rncci/
 https://prezi.com/yhvnw1uenwlz/rede-nacional-de-cuidados-de-saude/
 https://eportugal.gov.pt/cidadaos/cuidador-informal/rede-nacional-de-cuidados-
continuados-integrados-rncci
 https://pt.scribd.com/presentation/388199072/Rede-Nacional-de-Cuidados-de-
Saude
 https://www.dgs.pt/gestao-integrada-da-doenca/documentos/manual-de-boas-
praticas-para-os-assistentes-sociais-da-saude-na-rede-nacional-de-cuidados-
continuados-integrados-pdf.aspx
 nj5ms2lli5hdggbe3mm7ms5.wpengine.netdnacdn.com/files/2014/12/2014_3_Ro
teiro_cuidados-continuados-integrados_coord_AnaEscoval_versao-final.pdf
 http://www.acss.min-saude.pt/2016/07/22/rncci/
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