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Capitulo I
1. Introdução
A qualidade de vida no trabalho (QVT) está focalizada no ser humano e no ambiente em que ele
vive, seja no trabalho, casa ou lazer, deve proporcionar condições de desenvolvimento da pessoa,
deve melhorar o seu dia-a-dia, criar uma maior participação do funcionário nos processos da
instituição, motivando-o a fortalecer seus pontos fortes de qualidades, combate ao stress, o
sedentarismo e o mau humor, tornando o funcionário uma peça fundamental em todo o processo
organizacional.
Quando nas instituições existir um ambiente de trabalho que proporciona uma participação de
todos os funcionários e o estilo de direcção estiver orientada para uma gestão de liderança
participativa, estarão nessas instituições garantidos alguns pressupostos de boa Qualidade de
Vida no Trabalho.
1.2.1.Objectivo Geral
1.2.2.Objectivo Específico
1.3.Metodologia
Pesquisa documental, quando elaborada a partir de material que não recebeu tratamento
analítico, fontes primárias, Marconi e Lakatos (2003:174). Na nossa pesquisa esta técnica
consiste no uso de documentos oficiais relacionados ao local do estudo (leis e decretos).
Capitulo II- Revisão da Literatura
Higiene e Segurança no Trabalho – são todas as condições criadas visando eliminar ou reduzir
os riscos profissionais, condições inseguras de trabalho que podem afectar a saúde, segurança e
bem estar do trabalhador, (Manual de formação PME, AEP, 2007:4).
Segundo Lazarus&Folkan, (1984:19) citados por França, (2003:580), Stress psicológico é uma
relação particular entre a pessoa e o ambiente que é avaliado pela pessoa como onerando ou
excedendo seus recursos e colocando em risco o seu bem-estar.
De acordo com Luz (2003:10) citando Barçante&de Castro, clima organizacional é aatmosfera
resultante das percepções que os funcionários têm dos diferentes aspectos que influenciam seu
bem – estar e sua satisfação no dia- a -dia de trabalho.
SIDA, refere-se ao conjunto de infecções causadas pelo HIV, o qual ataca e destrói certas células
do organismo essencial ao sistema imunológico, (Lei nº 5/2002, de 5 de Fevereiro).
2.2. Evolução Perspectivas e indicadores de Qualidade de Vida no Trabalho
Segundo França (2003:20), a QVT faz parte das mudanças pelas quais as relações de trabalho na
sociedade moderna, em rápida transformação. Conforme relata Sampaio (1999), essa disciplina é
discutida nas literaturas organizacional e científica desde os anos 50. Essa competência foi
desenvolvida de disciplina de área de saúde, evoluindo para englobar dimensões da psicologia,
da sociologia e da administração. Em sua essência é um tema discutido em foque
multidisciplinar humanista. As visões e definições de QVT são multifacetadas, com implicações
éticas, políticas e de expectativas pessoais.
Muitos são factores desencadeadores de acções de QVT. As demandas de qualidade de vida não
são aleatórias. Elas pressupõem necessidades a serem atendidas no sentido da preservação
pessoal e da sobrevivência da espécie. Contudo, só na última década do século passado é que se
difundiu amplamente o conceito de qualidade de vida. Em alguns países, as demandas de QVT
são denominadas condições de trabalho.
O tema Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) tem sido tratado como leque amplo e, geralmente,
confuso. As definições de qualidade de vida no trabalho vão desde os cuidados médicos
estabelecidos pela legislação de saúde e segurança até actividades voluntárias dos empregados e
empregadores nas áreas de lazer, motivação, entre enumeras outras. A maioria destes caminhos
leva á discussão de vida e do bem-estar de pessoas, grupos, comunidades e até mesmo do planeta
inteiro e de sua inserção no universo. Na verdade, a base da discussão sobre o conceito de
qualidade de vida encerra escolhas de bem-estar e percepção do que pode ser feito para atender a
expectativas criadas tanto por gestores como por usuários das acções de QVT nas organizações.
Segundo França (2003:20), considera o conjunto e a natureza das indagações em torno do tema e
dos diversos conceitos, critérios, abordagens, indicadores e outros meios de disjunção do tema
QVT, podem-se agrupar as dimensões sob as quais o tema é abordado em três escolas de
pensamento, a saber:
Escola Socioeconómica
Escola Organizacional
Taylor é a referência paradoxal desta escola, com seus estudos sobre as melhores formas de
racionalizar a produção e massa, fenómeno típico do sec. XX. A razão do saber em Taylor era de
natureza tecnológica, por meio de uso de melhores técnicas e métodos pelos empregados, estes
visto como uma das partes da complexa engrenagem produtiva. Após essa postura fragmentada,
surge um movimento que enfatiza as relações humanas iniciado pelo Elton Mayo e seus
colaboradores, em Hawthorne e abre espaço mais para a frente, para as questões relativas à saúde
física e mental ou psicológica do trabalhador. Seguem se os modelos de teorias de administração
X e Y de McGregor que as concepções de maturidade - imaturidade de ChrysArgyris. Esses
estudos tiveram um novo marco com Maslow, com o desenvolvimento de conceito de hierarquia
de necessidades. Hersberg, na sequência, introduz as necessidades higiénicas e de satisfação
como pontos focais do processo de trabalho.
A partir da década de 70, os gurus da qualidade, entre elesJuran e Deming, são os precursores da
discussão das questões de qualidade pessoal como parte dos processos de qualidade
organizacional. Já na década de 90, os trabalhos norte-americanos de Schein, Handy, Mintzberg
e Ulrich abordam novos conceitos de condição humana no trabalho, em extenso conjunto de
contribuições sob a perspectiva organizacional, no que se refere a competência, estratégia,
cultura e talento.
Já com a denominação de qualidade de vida, Walton (1975) é o primeiro autor norte-americano
que fundamenta, explicitamente, um conjunto de critérios sob a óptica organizacional, iniciando
importante linha de pesquisa de satisfação em qualidade de vida no trabalho. Entre os autores
mais recentes, Spink é sem dúvida uma referência nacional e internacional, com a visão
sociotécnica. Fernandes e Rodrigues destacam-se como pensadores e consultores
contemporâneos das questões organizacionais de qualidade de vida no trabalho. Do conjunto de
contribuições da escola organizacional, podem-se destacar as seguintes características:
Embora não existe uma definição precisa do conceito da qualidade de vida na escola de
pensamento condição humana no trabalho, três aspectos fundamentais referentes ao constructo
qualidade de vida foram abstraídos de um grupo de especialistas de diferentes culturas:
subjectividade, multidimensionalidade, presenças de dimensões positivas e negativas. O
desenvolvimento desses elementos conduziu a definição de qualidade de vida como "a percepção
do indivíduo sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores nos quais
ele vive e em relação aos seus objectivos, expectativas, padrões e preocupações". O
reconhecimento da multidimensionalidade do constructor reflectiu-se na estrutura do instrumento
baseada em seis domínios: físico, psicológico, nível de independência, relações sociais, meio
ambiente e espiritualidade.
Consideram-se todas condições criadas do ponto de vista não médico, visando eliminar ou
reduzir os riscos profissionais condições inseguras no trabalho que podem afectar a saúde,
segurança e bem-estar do trabalhador cujas actividades estão intimamente relacionadas com o
objectivo de garantir as condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos
profissionais, doentes, e seus utentes em geral (Tiedjenc&Mclntosh, 2006).
Segundo Seixo, (2005:143), a segurança, higiene e saúde no trabalho tem vindo a merecer
felizmente a tensão crescente face á autentica pragas que são os acidentes de trabalho no nosso
país. O empregador tem a obrigação de organizar as actividades de segurança, higiene, e saúde
no trabalho prevenindo os riscos profissionais e promovendo a saúde dos trabalhadores,
garantindo-lhes o direito a condições de trabalho que não ponham em risco quer a integridade
física quer a saúde de uma forma geral e face as actividades da empresa cabe ao empregador
realizar o seguinte:
O conceito subadjacente é de que o stress psicológico é uma relação particular entre a pessoa e o
ambiente que é avaliada pela pessoa com onerando ou excedente seus recursos e colocando em
risco seu bem - estar.
O Modelo de Lazarus e Folkmam compreende as seguintes fases:
A avaliação cognitiva na qual este modelo é centrado refere-se à interpretação subjectiva duma
transacção interpretação que é este segundo os autores geralmente mantém correlação com a
realidade. Em outras palavras quando o cenário ambiental não é ambíguas as pessoas percebem e
avaliam o ambiente objectivo bastante bem, havendo pouca oportunidade para as diferenças
individuais manifestarem-se.
De acordo com Baker e Karasek (2000) citados por França e Rodrigues (2002:61), a definição de
stress subjacente ao modelo enfatiza um desencontro entre as condições de trabalho e os
trabalhadores individuais: o stress do trabalho é visto com as respostas físicas e emocionais
prejudiciais que ocorrem quando as exigências do trabalho não estão em equilíbrio com as
capacidades recursos ou necessidades do trabalhador.
O modelo exigência controle prevê que os trabalhadores que se defrontam com alta sobre carga
de exigência, combinada com um baixo controle sobre o trabalho corre maior risco de apresentar
problemas de saúde física e mental decorrente do stress.
Segundo Cooper citado por França e Rodrigues (2002:65), entende seu processo com base nas
seguintes premissas:
A maioria dos indivíduos procura manter os seus pensamentos, emoções e relacionamentos com
o mundo estável.
Cada factor de stress emocional e físico de uma pessoa possui limites de estabilidade dentro dos
quais a pessoa se sente confortável
Segundo Luz (2003: 35), não podemos confundir uma estratégia de avaliação de clima com um
indicador de clima organizacional. A primeira é o meio utilizado pela empresa para conhecer,
detalhadamente, o seu clima, enquanto que um indicador serve apenas como um indício, um
sinal, um alerta sobre o clima. Assim, pode-se concluir que a estratégia permite á empresa
conhecer de forma concreta o seu clima (parcial ou totalmente), já o indicador permite á empresa
apenas presumir sobre ele.
Contacto directo dos gestores com os seus subordinados – uma maneira natural de avaliação do
clima é através das reuniões, dos contactos mantidos entre os gestores e os membros de suas
equipas de trabalho. Nesses contactos, os gestores percebem os problemas potenciais que possam
afectar o clima;
Consultar a ouvidoria – se a empresa possui uma ouvidoria, constitui mais uma oportunidade
de obtenção de dados sobre a satisfação dos funcionários, já que o ouvidor é a pessoa com
capacidade e credibilidade para identificar reclamações dos clientes, fornecedores, comunidade e
funcionários;
Reuniões da equipa de relações trabalhistas – são formasde manter uma boa relação com os
sindicatos, atendendo as necessidades levantadas pelos sindicatos e assim evitar conflitos
colectivos de trabalho. As queixasdos sindicatos podem estar relacionados as condições de
trabalho, e essas informações são indícios de um clima ruím.
De acordo com Valentim (2003:43-44), a evolução do HIV/SIDA no mundo está marcada por
cinco fases, a saber:
Fase 1- Vai até 1981, quando não se suspeitava da presença da doença e o vírus disseminava-se
de forma despercebida;
Fase 2 - De 1981 até 1985, marcada pelas pesquisas que culminaram com na descoberta do Vírus
e das formas de transmissão;
Fase 4 - Compreende o começo da década 90, quando inicia a fase de efectiva aplicação de
recursos financeiros, na ordem internacional de resposta à doença e vai até aos meados do
segundo quartel da mesma década;
Fase 5 - A doença nos países desenvolvidos encontra-se controlada, o que não se verifica nos
países em vias de desenvolvimento, particularmente nos países localizados na África e no
Caribe.
2.8. Políticas, Planos e Programas do HIV/SIDA em Moçambique
Em 2003, a Declaração de Maseru, afirmou o alto compromisso político sobre o HIV/SIDA, bem
como as áreas de prioridade e acção urgentes incluindo a prevenção do HIV/SIDA.
De acordo com a análise do impacto demográfico do HIV/SIDA a nível da Função Pública para
o ano de 2008. Dos cerca de 167 mil funcionários, 32 mil estão infectados pelo vírus do HIV a
nível nacional dos quais 10 mil precisam de tratamento Anti-retroviral. Por outro lado, estima-se
o registo de cerca de 1,6 mil óbitos de funcionários infectados pelo HIV/SIDA.
Para Osório e Andrade (2002), a falta de articulação entre a informação estatística e a análise
qualitativa por um lado, e a problemática por outro lado, constitui um traço mais evidente da
fragilidade das estratégias de combate ao HIV/SIDA em Moçambique.
Estes autores chegaram mesmo a apontar a tendência muito generalizada no País de se confundir
inquéritos com a acção de se fazer pesquisas científicas sobre as estratégias de combate ao
HIV/SIDA que vêm sendo adoptadas.
Ainda no quadro normativo dos esforços do governo no combate ao HIV/SIDA, foram aprovadas
duas importantes Leis que respondem as estratégias nacionais até então desenhadas na agenda
nacional a Lei n 5/2002 e a Lei 12/2009.
Estas duas Leis foram revistas pela Assembleia da República na VII Legislatura tendo sido
debatido o Relatório de votação na especialidade atinente a revisão da Lei 12/2009, de 12 de
Março, que passou a denominar-se Lei que estabelece os Direitos e Deveres da pessoa vivendo
com HI/SIDA e adopta medidas para a prevenção, protecção e tratamento.
A Lei 5/2002, de 5 de Fevereiro, também foi revista e passou a ter a seguinte designação, Lei que
protege os trabalhadores e candidatos a emprego vivendo com HIV/SIDA.
Por forca da fusão destas leis, foi aprovada uma nova designação da Lei de protecção da pessoa,
do trabalhador e do candidato ao emprego vivendo com HIV/SIDA. Esta Lei tem como
fundamento, garantir maior respeito pela dignidade humana da pessoa, trabalhador e do
candidato a emprego vivendo com HIV/SIDA, tendo em conta os efeitos desta pandemia e o seu
impacto na sociedade vem assumindo proporções consideráveis, constituindo uma ameaça ao
exercício dos direitos fundamentais do cidadão.
A presente política está em conformidade com a Lei do Trabalho e as Leis nºs 5/2002 e 12/2009
sobre HIV/SIDA. Este documento é uma revisão da política da GTZ (2004), que inclui novas
directrizes sobre a promoção da saúde e no conjunto das directrizes, os trabalhadores devem
assumir responsabilidades sobre a sua saúde para o seu bem-estar. A prevenção do HIV/SIDA é
da responsabilidade de cada trabalhador.
Os trabalhadores devem participar nas actividades de sensibilização sobre o HIV/SIDA e
promoção da saúde oferecidas no local de trabalho pelo programa como forma de contribuir
activamente na resposta nacional de HIV/SIDA.
Os trabalhadores devem respeitar a privacidade dos seus colegas, em particular dos trabalhadores
HIV positivos, devem ter consideração e manter confidencialidade nos seus contactos mútuos.
Segundo a ONUSIDA (2005:7), a epidemia da SIDA, está a ter um impacto indesejável sobre as
empresas, em padrões gestores e trabalhadores, especialmente em países com grande prevalência
do HIV. O impacto sobre os lucros das companhias e mesmo a sua sobrevivência é directo. A
SIDA faz diminuir a produtividade, aumenta os custos e tem um impacto negativo sobre o clima
económico mais largo onde as companhias operam.
A ONUSIDA (2005:8), destaca que “quando os empregados ficam doentes, tiram dias para
cuidar de membros da família doentes ou para participar em funerais, ou quando morrem a
produtividade sofre ”.
A economia depende do sector da educação para os seus futuros empregados, gestores e líderes
económicos. Assim, nos países africanos mais afectados, a SIDA está a causar a morte de
trabalhadores com competência e experiência que não podem ser facilmente substituídos.
Capitulo III
Conclusão
Do trabalho findo, concluiu-se que abordar o tema QVT é falar de algo fundamental para o bom
funcionamento das instituições, o capital humano é indispensável, pois, a ele cabe gerir todos
outros recursos. A QVT deve estar em equilíbrio com as dimensões físicas, emocionais, sociais,
intelectuais, profissionais, e espirituais do funcionário, conciliando suas necessidades, carências,
explorando suas potencialidades, realizações e respeitando seus limites.
É possível atingir-se melhor qualidade de vida no trabalho quando algumas das necessidades
básicas dos funcionários forem satisfeitas pelos incentivos ou recompensas recebidas da
organização em troca do seu trabalho. Quando regista-se a melhoria de qualidade de vida no
trabalho, os níveis de desempenho individual dos funcionários aumenta e consequentemente o
desempenho organizacional melhora.
A política está em conformidade com a Lei do Trabalho e as Leis nºs 5/2002 e 12/2009 sobre
HIV/SIDA. Este documento é uma revisão da política da GTZ (2004), que inclui novas
directrizes sobre a promoção da saúde e no conjunto das directrizes, os trabalhadores devem
assumir responsabilidades sobre a sua saúde para o seu bem-estar.
Como forma de travar esta epidemia, e para que nós os funcionários e agentes de Estado
continuemos saudáveis e produtivos, foi desenhada a Estratégia de Combate ao HIV/SIDA na
Função Pública, cujas intervenções necessárias para que se atinjam os principais objectivos estão
estruturadas em áreas prioritárias: Prevenção, cuidados e tratamento, mitigação do impacto,
estigma, e descriminação; integração do HIV/SIDA no Ciclo de Planificação das Instituições do
Estado; Estabelecimento de Parcerias para a provisão de Serviços; Aspectos normativos;
Coordenação multissectorial; Comunicação; Monitoria e Avaliação e Mecanismo de
Financiamento e sustentabilidade.
Referências bibliográficas
Legislação Consultada