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ii
Agradecimentos
Distancia (IAPED)
Dr Sergio Artur
Pela Revisão
Elaborado Por:
iii
Índice
Visão geral 1
v
Visão geral
Objectivos do Módulo
1
Objectivos
▪ Um índice completo.
▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo,
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente
de habilidades de estudos. Conteúdo desta Disciplina / módulo
Este módulo está estruturado em quatro Temas. Cada tema, por sua
vez comporta certo número de unidades temáticas visualizadas por
um sumário. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos. No final de cada unidade
temática ou do próprio tema, são incorporados antes exercícios de
auto-avaliação, só depois é que aparecem os de avaliação. Os
exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros
2
exercícios teóricos, Problemas não resolvidos e actividades práticas
algumas, incluido estudo de casos.
Outros recursos
Comentários e sugestões
3
Ícones de actividade
Habilidades de estudo
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada
4
ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando
achar que já domina bem o anterior.
5
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os seriços de atendimento e
apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone,
sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando
a preocupação.
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor,
estudante – CR, etc.
As sessões presenciais/virtuais são um momento em que você, caro
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff
do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais/virtuais.
Neste período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza
pedagógica e/ou administrativa.
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30%
do tempo de estudos a distância, é de muita importância, na
medida em que permite-lhe situar, em termos do grau de
aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira
ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas.
Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados com os
conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas e
unidade temática, no módulo.
6
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa,
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados,
respeitando os direitos do autor.
Avaliação
1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.
7
recomendações, a identificação das referências bibliográficas
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de
Avaliação.
8
TEMA I: A INVESTIGAÇÃO COMO FORMA DE CONHECIMENTO
Por isso, apelamos ao caro estudante, para que desenvolva uma postura
diferente na construção do conhecimento.
Introdução
10
principalmente a capacidade de participar da construção do
conhecimento científico, através da investigação e da pesquisa, é
requerida.
11
Objectivos
1. O Ensino Universitário
12
extensão. A pesquisa deve ser entendida como a produção de
conhecimento por uma comunidade de investigação, a extensão é a
forma de a universidade presta serviços à comunidade, oferecendo
cursos e actividades diversas, o ensino é em geral compreendido como
o momento de transmissão do conhecimento.
13
completam o universo a ser
conhecido,
A esse respeito, Sérgio Artur (2011) conclui qua a universidade deve ser
um espaço de busca do saber (pesquisa), de mediação pedagógica
(ensino) e que propicia o melhoramento da existência humana a partir
da intervenção na sociedade (extensão). Nesta tríplice função da
universidade acontece a produção, a transmissão e a aplicação do
conhecimento. Neste contexto, as universidades instituem, na sua
organização, a iniciação à investigação científica, a partir de programas
ou disciplinas específicas. No caso presente, a disciplina de Metodologia
de Investigação Científica reflecte este propósito, o de estimular,
desenvolver e viabilizar o aprender a aprender e aprender a pensar.
Sumário
14
prestar serviços à comunidade, oferecendo cursos e actividades
diversas, o ensino é em geral compreendido como um momento em
que, o aluno, numa postura activa e reflexiva desenvolve o seu
conhecimento com a orientação do professor.
Exercícios de auto-avaliação
3. O que é pesquisa.
Resposta:
ou primário.
15
Enquanto nos níveis inferiores, predomina o paradigma padrão, onde o
aluno, numa atitude, espera absorver, simplesmente, as informações
transmitidas pelo professor. Na universidade predomina o paradigma
reflexivo, onde professor é visto como orientador de estudo, e do aluno
universitário se espera uma postura activa e reflexiva.
Introdução
16
Definir os conceitos de ciência e conhecimento;
Identificar os principais tipos de conhecimento
Caracterizar os diferentes tipos de conhecimento
▪
▪
▪
Objectivos
17
• Ciência como o conjunto de enunciados
lógicos e
dedutivamente justificada por outros enunciados;
18
a lógica, são de facto comandadas por princípios de organização do
pensamento ou paradigmas, princípios ocultos que governam a nossa
visão das coisas e do mundo sem que disso tenhamos consciência.
2. Tipos de conhecimentos
19
acaba sendo insuficiente, pois é um conhecimento que depende dos
sentidos humanos, que são limitados e não podem contemplar a
realidade verdadeira das coisas.
20
2.3 Conhecimentos filosófico
Sumario
21
a. Do latim;
b. Do Grego;
c. Do Espanhol;
d. Do Inglês.
2. A Ciência é:
a. Acumulação de conhecimentos sistemáticos
b. Actividade que propõe demostrar a verdade dos factos
experimentais e as suas aplicações práticas;
c. Conjunto de enunciados lógicos e dedutivamente justificada por
outros enunciados;
d. Todas as afirmações estão correctas
22
UNIDADE TEMÁTICA 1.3. A Investigação Científica
Introdução
Objectivos
1. A pesquisa científica
23
Fig 3. A investigação cientifica
24
Além de constituir o roteiro do trabalho docente e da caminhada do
aluno, ele deve mediar a proposta educativa visada pelo curso em geral
e pela disciplina em particular. Daí a importância que tem a justificativa
para alicerçar as programações.
A interação comunicativa, a capacidade de estabelecimento de uma
relação profissional e democrática que se configure fundamentalmente
pelo respeito mútuo, dimensão que tem a ver com o relacionamento
humano e com a necessidade de um contrato entre as partes, de modo
que a autoridade não se confunda com o autoritarismo nem a liberdade
com libertinagem.
O que está em pauta é uma concepção da aprendizagem como processo
de construção do conhecimento. Consequentemente tornase
imprescindível a adoção de estratégias diretamente vinculadas de
modo que experiências práticas possam ser mobilizadas para essa
aprendizagem. Ou seja, que a própria prática da pesquisa seja caminho
do processo de ensino e aprendizagem. Nessa linha, todas as disciplinas
do curso devem se articular, fazendo que ocorra envolvimento de todos
os docentes. É necessária uma atitude coletiva convergente em termos
de exigência de padrão de produção acadêmica.
O cuidado crítico com avaliação é exigência fundamental na prática
docente universitária. Sem dúvida, este é aspecto delicado do processo
educacional, dado o índice de poder que ele envolve. Porque quando se
torna um mecanismo de opressão estiola toda a fecundidade
pedagógica.. O critério a prevalecer aqui é o da medida da justiça, ou
seja, que não se marque nem pela dominação nem pelo protecionismo.
25
organicamente articulado para que possa responder, adequadamente,
ao projeto formativo do aluno.
26
atuação do professor mas também as tarefas que estarão sendo
atribuídas aos discentes.
27
Felizmente, a tomada de consciência da importância de se efetivar o
ensino dos graduandos mediante práticas de efetiva construção do
conhecimento só tem feito aumentar nos últimos tempos. Em todos os
setores acadêmicos, está se reconhecendo, cada vez mais, a
necessidade e a pertinência de assim se proceder. As resistências ficam
por conta da acomodação de alguns ou da ausência de projetos
culturais e educacionais de outros gestores das instituições
universitárias. Mas é preciso lutar contras essas situações e consolidar
sempre mais esta postura. Não se trata, bem entendido, de se
transformar as instituições de ensino superior em institutos de
pesquisa, mas de se transmitir o ensino mediante postura de pesquisa.
Trata-se de ensinar pela mediação do pesquisar, ou seja, mediante
procedimentos de construção dos objetos que se quer ou que se
necessita conhecerem, sempre trabalhando a partir das fontes.
28
reformulação da mentalidade e da prática de se conceber e ministrar o
ensino nas instituições universitárias.
29
como a metodologia do trabalho científico, onde se tratará da iniciação
às práticas do trabalho acadêmico, estratégia geral de interesse de
todos os estudantes, independentemente de sua área de formação.
Sumário
Exercícios de auto-avaliação
1. Nao faz parte da investigação cientifica a:
a. Justificativa
b. Objetivos
c. Conteúdos
d. Expeculação
30
2. A estratégia didático-metodológica pretende:
a. Designar como a metodologia do trabalho científico
b. O trabalho investigativo específico de cada área
c. O desenvolvimento do saber de sua área
d. Uma legitimação político-educacional do conhecimento
Introdução
31
Objectivos
A. Elementos pré-textuais
32
trabalho. A capa contém:
33
significativa, explicar o tema principal do documento. Não
devem constar do resumo citação de autores, tabelas e figuras.
O resumo pode ser precedido da referência bibliográfica
completa do documento e deve, preferencialmente, estar
contido em único parágrafo e única página. De acordo com a
norma, o resumo deve conter até 250 palavras para monografias
e até 500 palavras para dissertações e teses. Para contar o
número de palavras do resumo, use o menu Ferramentas e
Contar palavras. O resumo deve ser vertido para o inglês, por ser
a língua de maior difusão da produção científica, sendo
facultado ainda fazer versões para outras línguas, o francês
comumente, em caso de interesse específico. Esse abstract e ou
résumé são inseridos depois do resumo.
B. Elementos textuais
34
muitos optam por apenas resumir os trabalhos lidos em um ou dois
parágrafos e apresentá-los em ordem cronológica. Deve-se evitar esse
tipo de redação, pois, além de tedioso, o texto escrito dessa forma não
apresenta de maneira eficiente o que já existe publicado sobre o tema.
O texto deve apresentar as diferentes correntes de pesquisadores que
estudaram a questão, deve ser fluente e os parágrafos devem possuir
articulação entre si, cada um contendo idéias que evoluíram do
parágrafo anterior e que preparam o seguinte.
C. Elementos pós-textuais
35
Estrutura Modelo de um Trabalho de Investigação Científica
Exercícios de auto-avaliação
1. A estrutura de um trabalho de investigacao e composta por:
a. Elementos pre-textuais, texto e elemento pós-
textuais;
b. Elementos pós-textuais, texto e glossario;
c. Apendice, texto e paragrafos;
d. Elementos pré-textuais, texto e folha de Rosto;
36
a. Dedicatoria;
b. Agradecimentos;
c. Lista de figuras;
d. Bibliografia
37
Introdução da Unidade Temática II – Estruturação da unidade
Por isso, apelamos ao caro estudante, para que desenvolva uma postura
diferente na construção do conhecimento.
38
Introdução
Esta unidade pretende dotar aos estudantes no concernente a
investigação – acção. Portanto ela fornece subsídios naquilo que tem a
ver com a definição do conceito e a caracterização da investigação.
Objectivos
39
De uma forma simplificada podemos afirmar que a Investigação-acção
é uma metodologia de investigação orientada para a melhoria da
prática nos diversos campos da acção (Jaume Trilla, 1998 e Elliott,
1996). Por conseguinte, o duplo objectivo básico e essencial é, por um
lado obter melhores resultados naquilo que se faz e, por outro, facilitar
o aperfeiçoamento das pessoas e dos grupos com que se trabalha.
Ana Terence, citando Haguete (1999) fala de pesquisa acção. Para esta
autora pesquisa-ação é, muitas vezes, tratada como sinônimo de
pesquisa participante ou pesquisa colaborativa. Tanto a pesquisa-ação
quanto a pesquisa participante têm como origem a psicologia social e
as limitações da pesquisa tradicional, dentre as quais se evidencia o
distanciamento entre o sujeito e o objeto de pesquisa, fator que
ressalta a necessidade de inserção do pesquisador no meio e a
participação efetiva da população investigada no processo de geração
de conhecimento.
8. Características da Investigação-acção
O investigador/actor formula primeiramente princípios especulativos,
hipotéticos e gerais em relação aos problemas que foram identificados;
a partir destes princípios, podem ser depois produzidas hipóteses
40
quanto à acção que deverá mais provavelmente conduzir, na prática,
aos melhoramentos desejados. Essa acção será então experimentada e
recolhida a informação correspondente aos seus efeitos; essas
informações serão utilizadas para rever as hipóteses preliminares e para
identificar uma acção mais apropriada que já reflicta uma modificação
dos princípios gerais. A recolha de informação sobre os efeitos desta
nova acção poderá gerar hipóteses posteriores e alterações dos
princípios, e assim sucessivamente.
41
A figura apresenta-nos, através da espiral auto-reflexiva lewiniana o
processo cíclico das fases que estão presentes na Investigação - acção
referidas anteriormente.
42
Ana Terence, recorrendo-se aos autores Eden; Huxham (2001); Lima,
(2005); Maciel (1999); Thiollent (1997) e Vergara (2005) apresentam as
principais características da pesquisa-ação, quando utilizada em
organizações como método para geração de conhecimento:
• É flexível, pois se delineia à medida que se desenrola, de modo que o
pesquisador não conhece antecipadamente o caminho que irá percorrer
para atingir os objetivos definidos por ele mesmo e pelos demais
envolvidos na investigação;
• É um método adaptável, que auxilia os pesquisadores e usuários a
lidarem com a inserção de conhecimentos na prática; Demanda o
envolvimento integral do investigador na tentativa de mudar a
organização; − preconiza que o problema de pesquisa deve ser
formulado com base nos dados coletados para o diagnóstico e na
discussão do tema com os sujeitos envolvidos, não, a priori, pelo
pesquisador, o que faz pressupor a participação ativa de pesquisadores
e representantes dos grupos implicados bem como a existência de um
diálogo aberto entre estes;
• Resulta na interação do pesquisador com os sujeitos envolvidos, que
colaboram na identificação dos problemas organizacionais e de sua
possível solução, tendo, como princípio, a não pré-determinação e
adaptação situacional, uma vez que as próprias relações estabelecidas
no ambiente de pesquisa variam e não são totalmente previsíveis;
• Está orientada para o futuro, pois facilita a criação de soluções
voltadas para um futuro desejado pelos interessados, processo no qual
o presente é considerado um momento de análise da situação vigente
e o futuro próximo uma instância a ser levada em conta ao se
delinearem as ações e suas chances de êxito;
• Estabelece que os dados coletados representem a realidade
organizacional como um todo e não uma amostra da mesma,
configurada estatisticamente, sendo, de forma geral, obtidos por meio
de técnicas implicativas e interativas, como entrevistas, discussões em
grupo e observação participante;
• Propõe que os dados sejam levantados, tendo em vista elaborar-se o
diagnóstico organizacional, ou seja, a identificação dos problemas e a
formulação de alternativas de soluções, ajustadas às necessidades reais
da organização, e, finalmente,
• Demanda desenvolvimento teórico para informar um
desenvolvimento de prática mais confiável e consistente, de modo que
ferramentas, técnicas, modelos ou métodos desenvolvidos são
possíveis expressões do resultado da pesquisa-ação.
43
Sumário
A investigação-acção é uma metodologia de investigação orientada
para a melhoria da prática nos diversos campos da acção (Jaume Trilla,
1998 e Elliott, 1996). Por conseguinte, o duplo objectivo básico e
essencial é, por um lado obter melhores resultados naquilo que se faz
e, por outro, facilitar o aperfeiçoamento das pessoas e dos grupos com
que se trabalha. Ela orienta-se pata a melhoria das práticas mediante a
mudança e a aprendizagem a partir das consequências dessas
mudanças e permite ainda a participação de todos os implicados.
responsabilidade e envolvimento;
• Produz mudanças inesperadas e conduz a
processos inovadores.
2. É a característica da investigação-acção:
a. Dificultar um misto de capacidade de resposta e de rigor
nos requisitos da investigação e da acção;
b. Facilita um misto de capacidade de resposta e de rigor
nos requisitos da investigação e da acção;
c. Ocultar um misto de capacidade de resposta e de rigor
nos requisitos da investigação e da acção;
d. Mostrar um misto de resposta e de rigor nos requisitos
da investigação e da acção;
44
3. A Acção visa:
a. Orientar mudança numa comunidade ou organização ou
programa
b. Debater mudança numa comunidade ou organização ou
programa
c. Obter mudança numa comunidade ou organização ou
programa
d. Recorrer a uma comunidade ou organização ou
programa
Introdução
45
Objectivos
Replanificação.
46
Figura nº 1 – Fases da Investigação-acção apresentada por Kuhne, G.
W., & Quigley, B. A. (1997). Fonte: Almeida (2005)
47
intervenção capaz de produzir mudança só é possível quando nos
implicamos todos (comunidade educativa) num mesmo dinamismo de
acção e intervenção.
Mudar implica alterar mentalidades, formas de estar e actuar. É
complicado, porque, tendo como objectivo melhorar a vida das pessoas,
pode estar a pôr em conflito as suas crenças, estilos de vida e
comportamentos. Para que essa mudança seja efectiva, é necessário
compreender a forma como os indivíduos envolvidos vivenciam a sua
situação e implicá-los nessa mesma mudança, pois são eles que vão
viver com ela (Sanches, 2005).
48
a sua acção, recolhendo e analisando informação que vai usar no
processo de tomada de decisões e de intervenção pedagógica.”
Sumário
A Investigação-acção deve estar definida por um plano de investigação
e um plano de acção, tudo isto suportado por um conjunto de métodos
e regras. São as chamadas fases neste
processo metodológico. As principais fases desta metodologia
resumem em fase de planificação, de acção e de reflexão. A
Investigação-acção exerce um forte contributo na prática educativa. os
processos de mudança são problemática nuclear da Investigação-acção.
Ao utilizar-se esta metodologia o que se pretende é a mudança na
forma e na dinâmica da intervenção educativa que se realiza no dia-a-
dia na escola.
Exercícios de auto-avaliação
49
TEMA III: FASES DE PLANEAMENTO
50
postura diferente na construção do conhecimento.
Introdução
2. Tipo de Pesquisa
Segundo Sérgio Artur (2011), a classificação dos tipos de pesquisa pode
ser feita quanto:
a) A abordagem – pesquisas qualitativas e quantitativas;
b) Ao nível de investigação – pesquisa básica e aplicada;
c) Aos objectivos – pesquisa exploratória, descritiva.
d) Aos procedimentos de recolha de dados – pesquisas
experimentais, quase experimentais e não experimentais e;
e) As fontes de informação – pesquisas de campo, de laboratório e
bibliográficas.
A opção pelo tipo, método ou técnica de pesquisa, depende muitas vezes,
“da natureza do problema que preocupa o investigador, ou do objecto
que se deseja conhecer ou estudar (...) também, do domínio que o
pesquisador tem no emprego destas técnicas. Isso significa que a escolha
do tipo de abordagem nas pesquisas não é feita em vão, mas a partir dos
objectivos que o pesquisador pretende alcançar com a sua investigação
(Idem).
Pesquisa quantitativa
As pesquisas quantitativas são aplicáveis em situações nas quais se exige
um estudo exploratório, buscando-se um conhecimento mais profundo
52
do problema ou objecto de estudo. Por exemplo, na análise de
desempenho, relação de causa e efeito, incidências e índices.
Nas pesquisas quantitativas “as informações são de natureza numérica.
O pesquisador busca classificar, ordenar ou medir as variávies para
aprensentar estatítisticas, comparar grupos ou estabelecer associações.
Alguns exemplos podem ilucidar a abordagem quantitativa são: (1) as
pesquisas de intenção de voto, na qual o pesquisador pergunta – se a
eleição fosse hoje, em que o eleitor votaria? Ou (2) Quando um
pesquisador/educador questiona – qual é a incidências da evasão escolar,
considerando sexo, faixa etária e rendimento familiar nas escolas da
cidade da Beira?
No primeiro exemplo podem ser calculados os percentuais dos votos de
cada candidato a partir da amostra, com a devida margens de erro o
resultado pode ser generalizado para uma população maior e concluirse:
“se a eleição fosse hoje venceria o candidato Y”.
No segundo exemplo o pesquisador apura os dados do questionário e
calcula os percentuais por sexo, faixa etária e rendimento familiar e faz
suas generalizações, dentro de uma margem de erro.
Assim, pode-se ver que uma das principais características da pesquisa
quantitativa é a generalização, a partir de uma amostra é possível
estender, com certa margem de erro, o resultado da pesquisa para toda
a população.
Assim, a pesquisa quantitativa faz uso do raciocínio indutivo, através do
qual “pela observação dos fatos desprovida de preconceitos, pode-se
chegar a uma ‘lei geral’”.
A pesquisa quantitativa utiliza “a descrição matemática como uma
linguagem, ou seja, a linguagem matemática é utilizada para descrever as
causas de um fenómeno e as relações entre variáveis, etc.
Geralmente, nessas pesquisas o problema é formulado com a intenção
de saber:
a) A relação entre variáveis (qual é a relação entre idade, sexo,
rendimento familiar na evasão escolar?);
b) A causa (O que provoca a evasão escolar?)
c) O efeito ou consequência (Qual é o efeito de métodos expositivos
na aprendizagem de crianças da primeira de 4 a 7 anos?);
d) A incidência (Qual é o número de caso novos de evasão em Buzi
em 2010);
e) A prevalência (Qual é o número de casos de evasão escolar na 5ª
classe, em Maringué entre 2005 a 2010?).
Para concluir, a abordagem quantitativa faz a leitura dos factos a partir
dos princípios do positivismo de Augusto Comte, com base no empirismo
53
de Locke, Newton e Bacon. Todos estes defendem que as ciências
humanas devem adoptar métodos das ciências naturais, que privilegiam
a separação ou o dualismo entre o sujeito e o objecto de estudo, a
neutralidade da ciência com relação a todos os valores e a regularidade
dos fenómenos ou factos sociais (se acontece aqui assim, pode acontecer
assim também em qualquer parte do universo).
Pesquisa qualitativa
Pesquisas Exploratórias
Pesquisas descritivas
Pesquisas explicativas
59
Objectivos
1. Tipos de citações
Exemplos:
Fazenda (2001, p.48) afirma que “a vida académica deve favorecer tanto
a construção como a socialização dos conhecimentos”.
Ou
Exemplos:
60
Ou
Exemplos:
Ou
Ou
Ou
61
Por isso, “cada enfoque epistemológico elucidar a atividade científica a
seu modo. Cada um tem uma concepção particular do que seja ciência”
(JAPIASSU apud FAZENDA, 2001, p.18).
Ou
Ou
Bastos & Keller (apud Fazenda, 2001) referem que a memorização ajuda
a reter por mais tempo um determinado conhecimento que o acto de
decorar.
Ou
Bastos & Keller apud Fazenda (2001) referem que a memorização ajuda
a reter por mais tempo um determinado conhecimento que o acto de
decorar.
Ou
62
A memorização ajuda a reter por mais tempo um determinado
conhecimento que o acto de decorar (BASTOS & KELLER apud FAZENDA,
2001).
2. As Referências Bibliográficas
Importante observar:
63
2) Caso de vários autores
a) Quando a obra é escrita por até três autores, todos eles constarão da
referência, conforme a ordem que aparece na capa do livro e os nomes
serão separados por ponto e vírgula.
64
BRAÇO, António Domingos e MORAES, Célia Ribeiro de. Uma reflexão
sobre as reformas de ensino no Brasil. Trilhas. Revista do Centro de
Ciências Humanas e Educação, Belém, v. 4, n. 2, p.79-84, dez. 2003.
3. Escritos mimeográficos:
65
http://www.elogica.com.br/user/gmoura/refere/html. Acesso em: 15
dez. 2000.
2. Documentos em CD-ROM
a) Referência de todo o material do CD-ROM:
Segredo Mágico. Juceila. n. 11456 Sons d’África, s/l, 2004. 1 CD-ROM. IV
Simpósio Trabalho e Educação: Gramsci, política e educação. Belo
Horizonte: FAE/UFMG, 2007. 1 CD-ROM.
Introdução
67
Objectivos
Segundo Sergio Artur (2011), Temos que ter consciência que o exercício
da pesquisa começa desde a preparação desta até a produção do
relatório final.
Por isso, Teixeira (2000:107) propõe que o primeiro passo a ser dado
na investigação é a identificação do problema da pesquisa e a
elaboração das questões norteadoras, “o problema a ser estudado
deverá ser o marco de referência para todas as decisões.
68
Magibire (2007) afirma a definição de um problema de pesquisa é
comentada através de diferentes enfoques. Gil (1999, p. 49) concebe
um problema como uma questão não resolvida e que é objeto de
discussão em qualquer domínio do conhecimento. Santaella (1999, p.
114) acrescenta que não há problema sem uma indagação central, uma
dificuldade que se quer resolver, portanto o problema de pesquisa é
uma interrogação que implica em uma dificuldade não só nos termos
teóricos ou práticos, mas também é capaz de sugerir uma discussão que
pode, em alguns casos, passar por um processo de mensuração, para
terminar em uma solução viável por meio de um estudo sistematizado.
Vergara (1997, p. 21) enfatiza que uma questão não resolvida pode
estar referida a alguma lacuna epistemológica ou metodológica
percebida, a alguma necessidade de pôr à prova uma suposição, à
interesses práticos, à vontade de compreender e explicar uma situação
do cotidiano, ou outras situações. Máttar Neto (2002, p. 143)
acrescenta que um problema implica uma ou mais dúvidas ou
dificuldades em relação ao tema que se propõe, e, portanto, formulálo
envolve perguntas que o trabalho procura responder. Portanto, não se
pode propor um problema de pesquisa onde não há dúvida, um querer
saber mais ou uma inquietação.
Teixeira (2000) citado por Sérgio Artur sugere que para a definição de
um problema, seja levada em conta a experiência do pesquisador: o
que ele tem lido? Em quê trabalha? O que lhe preocupa nas suas
experiências profissionais? Assim pode-se definir como requisitos para
a escolha do problema: (a) conhecimento suficiente sobre o problema
e interesse pelo mesmo; (b) a experiência profissional e, (c) as leitura
feitas pelo pesquisador.
69
– delimitação. Vejamos abaixo o que é importante para a definição do
problema de pesquisa:
70
A revisão bibliográfica
medidos.
72
Huot (2002, p.53) define que a «hipótese de investigação é a resposta
temporária, provisória, que o investigador propõe perante uma
interrogação formulada a partir de um problema de investigação».
ou
Podemos, no exemplo acima que há uma relação entre causa (2) e efeito
(1), conectados pelas expressões “resulta” e “se... então”.
a) É directamente proporcional;
b) Está inversamente relacionado;
c) Produz;
d) Se... Então...
e) Resulta;
f) Há relação significativa entre;
g) Etc.
73
10. Variáveis de estudo
Segundo Vaz Freixo (p. 174), «uma variável pode ser definida como
qualquer característica da realidade que pode tomar dois ou mais
valores mutuamente exclusivos. Refere-se ainda «a qualquer
característica que numa experiência é manipulada, medida ou
controlada». Para o mesmo autor, uma variável pode ser classificada de
diferente maneiras, conforme o tipo de utilização que dela se faz numa
investigação. Algumas podem ser manipuladas, outras controladas.
74
ii. Variável independente – que é utilizada para descrever ou
medir os factores assumidos como causas ou que pelos menos
influenciam o problema.
A. A observação
É um método de colecta de dados que se apropria da capacidade selectiva
da mente humana.
75
Cabe, também, nesse sentido, o observador definir o grau de sua
participação na observação designadamente: observação participante
(no qual o observador fica face a face com o pesquisado e tem
possibilidades de modificar as situações) ou não participante.
B. A entrevista
A essência da entrevista é a palavra e a interacção, pois ela tem como
principal alvo as comunicações verbais e não verbais. Ela é uma das
principais técnicas nas pesquisas em ciências humanas e sociais.
76
Para Lüdke e André (1986) a entrevista deve ser permeadas por um
clima de estimulação e de aceitação mútua, entre o pesquisador e o
pesquisado, que facilita a fluência das informações, podendo-se ser
captadas de forma imediata assuntos pessoais e de natureza íntima ou
temas complexos.
Sugestões de planeamento
78
Pré-teste
Procure realizar uma entrevista com alguém que poderá fazer uma
crítica de sua postura antes de se encontrar com o entrevistado de
sua escolha.
Diante do entrevistado
C. O questionário
O Questionário, numa pesquisa, é um instrumento ou programa de
coleta de dados. Se sua confecção é feita pelo pesquisador, seu
preenchimento é realizado pelo informante.
Todo questionário a ser enviado deve passar por uma etapa de préteste,
num universo reduzido, para que se possam corrigir eventuais erros de
formulação.
Conteúdo de um questionário:
– A proposta da pesquisa;
– Instruções de preenchimento;
- Agradecimento.
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Tipos de aplicação dos questionários
dos questionários:
( ) 1 a 3 salários mínimos
( ) 4 a 6 salários mínimos
( ) 7 a 11 salários mínimos ( )
Questões mistas.
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Ex.: Quem financia seus estudos?
( ) Pai ou mãe
( ) Outro parente
( ) Outra pessoa
( ) O próprio aluno
Outro: _____________________________________
D. Ficha documental
A ficha documental é um dos meios para a colecta de dados,
principalmente nas pesquisas qualitativas. Sobre este assunto pode
rever a unidade V deste módulo, relativa as Práticas de
documentação.
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9.4 – Técnicas de colecta e análise de dados – definir se na
pesquisa serão usado a entrevista, o questionário e/ou a
observação. Referir-se qual técnica será usada para quais
sujeito, as etapas de análise dos dados.
a. Titulo
b. Tema de estudo;
c. Justificativa;
d. Metodologia de estudo.
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3. Justifique a necessidade da preparação de um projecto de
4. Discuta o termo “projecto de pesquisa”.
Exercícios 5. Aponte as fases de elaboração de um projecto de pesquisa.
6. Indique os elementos de programação de uma pesquisa
7. Justifique a necessidade da justificativa.
8. Fale da necessidade dos objetivos numa pesquisa.
9. Indique os elementos necessarios para elaboração de uma
pesquisa.
Por isso, apelamos ao caro estudante, para que desenvolva uma postura
diferente na construção do conhecimento.
Introdução
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▪ Identificar os métodos de pesquisa
▪ Caracterizar os diferentes métodos de trabalho de pesquisa
Objectivos
A. Os métodos de pesquisa
Segundo Caravalho (2009), o jogo da ciência só é possível se o
investigador tiver uma ideia muito clara da ordem que espera da
realidade observada. Fora desse quadro de ordem, os factos não têm
significação. Os investigadores procuram os factos que são decisivos
para a confirmação ou negação das suas teorias. As teorias são
enunciadas acerca do comportamento dos objectos de interesse do
investigador.
Para o mesmo autor, a capacidade do investigador não é feita pelos
instrumentos que utiliza. Com efeito, os laboratórios não fazem o
cientista, as espingardas não fazem o caçador, as canas de pesca não
fazem pescadores, as algemas não fazem os detectives, etc. O que torna
os indivíduos cientistas, caçadores, pescadores e detectives é o
conhecimento que possuem das entidades que estudam (animal, peixe,
gente) e os métodos que utilizam para pô-los em prática.
O autor afirma que método refere-se à especificação dos passos que
devem ser dados, em certa ordem, para alcançar um determinado fim
Para o autor, há diferença entre método (a abordagem) e os
procedimentos operacionais (as técnicas) utilizados no
desenvolvimento da investigação. O método é o caminho e os passos
para se atingir um determinado objectivo. A técnica é a parte material
(os instrumentos) que fornece operacionalidade ao método. Assim, o
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método caracteriza-se por uma abordagem mais ampla, em nível de
abstracção mais elevado dos fenómenos observados; as técnicas ou
procedimentos operacionais correspondem a operações com finalidade
mais restrita em termos explicativos e geralmente limitados a um
domínio partícula.
1. Método de Abordagem
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Figura 1- Método científico hipotético-dedutivo
CONTEXTO
DE
PROBLEMA
(dúvida)
DESCOBERTA
HIPÓTESES
Nova teoria
Novo problema
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O método científico hipotético-dedutivo decorre em dois contextos que
se interligam:
2. Método de procedimento
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Introdução
Objectivos
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Um dos grandes princípios na pesquisa é o consentimento esclarecido
dos envolvidos, dos participantes. Tal deve ser feito com clareza e uma
linguagem acessível.
Figura 1: "bomba_nuclear"
Fica cada vez mais claro que pesquisa científica atual, em seus passos
mais decisivos, está condicionada às regras de financiamento, às
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expectativas sobre seus resultados e às forças sociais e de instituições
que moldam seus rumos.
Ora vejamos:
Ou não?
Em outras palavras:
Ele enfatiza que essa prática visa apenas garantir lucros exorbitantes
para as desenvolvedoras, que por congelamento do desenvolvimento
científico, certifica-se de não haver concorrência.
É fácil observar que o cientista está no centro deste processo e ele não
pode mais se furtar das questões éticas envolvidas em seu trabalho.
Eu mesmo, não canso de repetir para meus alunos, que nossas decisões
sobre as nossas carreiras afetam não só nossas vidas, mas também a
dos que nos cercam.
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preços desse monopólio maximizassem sua receita, mas não seus
resultados na saúde pública?
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Bibliografia
Bibliografia Recomendada
Bibliografia Complementar
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• http://pt.wikiversity.org. Introdução à Metodologia
Científica/Formas de conhecimento. (acessado em Setembro de
2014)
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