Você está na página 1de 110

ApostilasBrasil.

com Seu Futuro é o Nosso Presente

Conceitos essenciais

RACIOCÍNIO LÓGICO- Conjunto: representa uma coleção de objetos,


geralmente representado por letras maiúsculas;
QUANTITATIVO
1. Lógica: Proposições, valor-verdade negação, conjunção, Elemento: qualquer um dos componentes de um
disjunção, implicação, equivalência, proposições compostas.
conjunto, geralmente representado por letras
Equivalências lógicas. Problemas de raciocínio: deduzir in-
formações de relações arbitrárias entre objetos, lugares,
minúsculas;
pessoas e/ou eventos fictícios dados. Diagramas lógicos,
tabelas e gráficos. Pertinê
ncia: é a característica associada a um
2. Conjuntos e suas operações. Números naturais, inteiros, elemento que faz parte de um conjunto;
racionais,reais e suas operações. Representação na reta.
Unidades de medida: distância, massa e tempo. Representa- Pertence ou não pertence
ção de pontos no plano cartesiano.
3. Álgebra Básica: equações, sistemas e problemas do pri-
meiro grau. Porcentagem e proporcionalidade direta e inver- Se é um elemento de , nós podemos dizer que o
sa. elemento pertence ao conjunto e podemos escrever
4. Sequências, reconhecimento de padrões, progressões
aritméticas e geométricas. Juros. . Se não é um elemento de , nós podemos
5. Geometria Básica: distâncias e ângulos, polígonos, circun- dizer que o elemento não pertence ao conjunto e
ferência, perímetro e área. Semelhanças e relações métricas
no triângulo retângulo. Medidas de comprimento, área e vo- podemos escrever .
lume.
6. Princípios de contagem e noção de probabilidade.
1. Conceitos primitivos

TEORIA DOS CONJUNTOS Antes de mais nada devemos saber que conceitos
primitivos são noções que adotamos sem definição.

CONJUNTO Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de con-


junto, o de elemento e o de pertinência de um elemento
Em matemática, um conjunto é uma coleção de a um conjunto. Assim, devemos entender perfeitamente
elementos. Não interessa a ordem e quantas vezes os a frase: determinado elemento pertence a um conjunto,
elementos estão listados na coleção. Em contraste, sem que tenhamos definido o que é conjunto, o que é
uma coleção de elementos na qual a multiplicidade, elemento e o que significa dizer que um elemento per-
mas não a ordem, é relevante, é chamada tence ou não a um conjunto.
multiconjunto.
2 Notação
Conjuntos são um dos conceitos básicos da
matemática. Um conjunto é apenas uma coleção de Normalmente adotamos, na teoria dos conjuntos, a
entidades, chamadas de elementos. A notação padrão seguinte notação:
lista os elementos separados por vírgulas entre chaves
(o uso de "parênteses" ou "colchetes" é incomum) • os conjuntos são indicados por letras maiúsculas:
como os seguintes exemplos: A, B, C, ... ;
• os elementos são indicados por letras
{1, 2, 3} minúsculas: a, b, c, x, y, ... ;
• o fato de um elemento x pertencer a um conjunto
{1, 2, 2, 1, 3, 2}
C é indicado com x ∈ C;
• o fato de um elemento y não pertencer a um
{x : x é um número inteiro tal que 0<x<4}
conjunto C é indicado y ∉ C.
Os três exemplos acima são maneiras diferentes de
representar o mesmo conjunto. 3. Representação dos conjuntos

É possível descrever o mesmo conjunto de Um conjunto pode ser representado de três


diferentes maneiras: listando os seus elementos (ideal maneiras:
para conjuntos pequenos e finitos) ou definindo uma
propriedade de seus elementos. Dizemos que dois • por enumeração de seus elementos;
conjuntos são iguais se e somente se cada elemento • por descrição de uma propriedade
de um é também elemento do outro, não importando a característica do conjunto;
quantidade e nem a ordem das ocorrências dos • através de uma representação gráfica.
elementos. Um conjunto é representado por enumeração
quando todos os seus elementos são indicados e
colocados dentro de um par de chaves.

Exemplo:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 1


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

a) A = ( 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto
formado pelos algarismos do nosso sistema de
numeração.
b) B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t,
u, v, x, z ) indica o conjunto formado pelas letras do
nosso alfabeto.
c) Quando um conjunto possui número elevado de
elementos, porém apresenta lei de formação bem clara,
podemos representa-lo, por enumeração, indicando os
primeiros e os últimos elementos, intercalados por
reticências. Assim: C = ( 2; 4; 6;... ; 98 ) indica o
conjunto dos números pares positivos, menores do
que100. Por esse tipo de representação gráfica, chamada
d) Ainda usando reticências, podemos representar, diagrama de Euler-Venn, percebemos que x ∈ C, y ∈
por enumeração, conjuntos com infinitas elementos que C, z ∈ C; e que a ∉ C, b ∉ C, c ∉ C, d ∉ C.
tenham uma lei de formação bem clara, como os
seguintes: 4 Número de elementos de um conjunto

D = ( 0; 1; 2; 3; .. . ) indica o conjunto dos números Consideremos um conjunto C. Chamamos de núme-


inteiros não negativos; ro de elementos deste conjunto, e indicamos com n(C),
E = ( ... ; -2; -1; 0; 1; 2; . .. ) indica o conjunto dos ao número de elementos diferentes entre si, que per-
números inteiros; tencem ao conjunto.
F = ( 1; 3; 5; 7; . . . ) indica o conjunto dos números Exemplos
ímpares positivos.
a) O conjunto A = { a; e; i; o; u }
A representação de um conjunto por meio da des- é tal que n(A) = 5.
crição de uma propriedade característica é mais sintéti- b) O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } é tal
ca que sua representação por enumeração. Neste ca- que n(B) = 10.
so, um conjunto C, de elementos x, será representado c) O conjunto C = ( 1; 2; 3; 4;... ; 99 ) é tal que n
da seguinte maneira: (C) = 99.

C = { x | x possui uma determinada propriedade } 5 Conjunto unitário e conjunto vazio

que se lê: C é o conjunto dos elementos x tal que Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C,
possui uma determinada propriedade: tal que n (C) = 1.

Exemplos Exemplo: C = ( 3 )

O conjunto A = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } pode ser E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c,


representado por descrição da seguinte maneira: A = tal que n(C) = 0.
{ x | x é algarismo do nosso sistema de numeração }
2
Exemplo: M = { x | x = -25}
O conjunto G = { a; e; i; o, u } pode ser
representado por descrição da seguinte maneira G = O conjunto vazio é representado por { } ou por
{ x | x é vogal do nosso alfabeto } ∅.

O conjunto H = { 2; 4; 6; 8; . . . } pode ser Exercício resolvido


representado por descrição da seguinte maneira:
Determine o número de elementos dos seguintes
H = { x | x é par positivo } com juntos :

A representação gráfica de um conjunto é bastante a) A = { x | x é letra da palavra amor }


cômoda. Através dela, os elementos de um conjunto b) B = { x | x é letra da palavra alegria }
são representados por pontos interiores a uma linha c) c é o conjunto esquematizado a seguir
fechada que não se entrelaça. Os pontos exteriores a d) D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 )
esta linha representam os elementos que não perten- e) E é o conjunto dos pontos comuns às
cem ao conjunto. relas r e s, esquematizadas a seguir :

Exemplo

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 2


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Sejam os conjuntos A = {x | x é mineiro} e B = { x | x


Resolução é brasileiro} ; temos então que A ⊂ B e que B ⊃ A.

a) n(A) = 4 Observações:
b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de
possuir dote letras, possui apenas seis letras distintas • Quando A não é subconjunto de B, indicamos
entre si. com A ⊄ B ou B A.
c) n(C) = 2, pois há dois elementos que • Admitiremos que o conjunto vazio está contido
pertencem a C: c e C e d e C em qualquer conjunto.
d) observe que:
2 = 2 . 1 é o 1º par positivo 8 Número de subconjuntos de um conjunto dado
4 = 2 . 2 é o 2° par positivo Pode-se mostrar que, se um conjunto possui n
6 = 2 . 3 é o 3º par positivo n
elementos, então este conjunto terá 2 subconjuntos.
8 = 2 . 4 é o 4º par positivo Exemplo
. .
. . O conjunto C = {1; 2 } possui dois elementos; logo,
. . 2
ele terá 2 = 4 subconjuntos.
98 = 2 . 49 é o 49º par positivo
Exercício resolvido:
logo: n(D) = 49
1. Determine o número de subconjuntos do conjunto
e) As duas retas, esquematizadas na C = (a; e; i; o; u ) .
figura, possuem apenas um ponto comum.
Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E é, portanto, unitário. Resolução: Como o conjunto C possui cinco
5
elementos, o número dos seus subconjuntos será 2 =
6 igualdade de conjuntos 32.
Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 são iguais, e Exercícios propostas:
indicaremos com A = 8, se ambos possuírem os mes-
mos elementos. Quando isto não ocorrer, diremos que 2. Determine o número de subconjuntos do conjunto
os conjuntos são diferentes e indicaremos com A ≠ B. C = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 }
Exemplos .
Resposta: 1024
a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u}
b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a} 3. Determine o número de subconjuntos do conjunto
c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u}
1 1 1 2 3 3
d) {a;e;i;o;u} ≠ {a;e;i;o} C=  ; ; ; ; ; 
2
e) { x | x = 100} = {10; -10} 2 3 4 4 4 5 
f) { x | x = 400} ≠ {20}
2

Resposta: 32
7 Subconjuntos de um conjunto
B) OPERAÇÕES COM CONJUNTOS
Dizemos que um conjunto A é um subconjunto de
um conjunto B se todo elemento, que pertencer a A, 1 União de conjuntos
também pertencer a B.
Dados dois conjuntos A e B, chamamos união ou
Neste caso, usando os diagramas de Euler-Venn, o reunião de A com B, e indicamos com A ∩ B, ao con-
conjunto A estará "totalmente dentro" do conjunto B : junto constituído por todos os elementos que perten-
cem a A ou a B.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e


representando com hachuras a interseção dos
conjuntos, temos:

Indicamos que A é um subconjunto de B de duas


maneiras:

a) A ⊂ B; que deve ser lido : A é subconjunto de


B ou A está contido em B ou A é parte de B;
b) B ⊃ A; que deve ser lido: B contém A ou B
inclui A. Exemplos

Exemplo a) {a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e}


b) {a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d}
c) {a;b;c} U {a;c}={a;b;c}

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 3


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

2 Intersecção de conjuntos

Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interse-


ção de A com B, e indicamos com A ∩ B, ao conjunto
constituído por todos os elementos que pertencem a A
e a B.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e


representando com hachuras a intersecção dos
conjuntos, temos:
.Resolução

Exemplos
a) {a;b;c} ∩ {d;e} = ∅
b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c}
c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c}

Quando a intersecção de dois conjuntos é vazia,


como no exemplo a, dizemos que os conjuntos são
disjuntos.

Exercícios resolvidos

1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t
), determinar os seguintes conjuntos: 3. No diagrama seguinte temos:
a) A ∪ B f) B ∩ C n(A) = 20
b) A ∩ B g) A ∪ B ∪ C n(B) = 30
c) A ∪ C h) A ∩ B ∩ C n(A ∩ B) = 5
d) A ∩ C i) (A ∩ B) U (A ∩ C)
e) B ∪ C
Determine n(A ∪ B).
Resolução Resolução
a) A ∪ B = {x; y; z; w; v }
b) A ∩ B = {x }
c) A ∪ C = {x; y;z; u; t }
d) A ∩ C = {y }
e) B ∪ C={x;w;v;y;u;t}
f) B ∩ C= ∅
g) A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t} Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30
elementos de B, estaremos considerando os 5
h) A ∩ B ∩ C= ∅
elementos de A n B duas vezes; o que, evidentemente,
i) (A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y}
é incorreto; e, para corrigir este erro, devemos subtrair
uma vez os 5 elementos de A n B; teremos então:
2. Dado o diagrama seguinte, represente com
hachuras os conjuntos: : n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) ou seja:
a) A ∩ B ∩ C
n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então:
b) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
n(A ∪ B) = 45.

4 Conjunto complementar

Dados dois conjuntos A e B, com B ⊂ A,


chamamos de conjunto complementar de B em relação
a A, e indicamos com CA B, ao conjunto A - B.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 4


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Observação: O complementar é um caso particular


de diferença em que o segundo conjunto é subconjunto símbolo ou usualmente representa este
do primeiro. conjunto.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e 5. Números reais incluem os números algébricos


representando com hachuras o complementar de B em e os números transcendentais. O símbolo
relação a A, temos: usualmente representa este conjunto.

6. Números imaginários aparecem como soluções


2
de equações como x + r = 0 onde r > 0. O símbolo
usualmente representa este conjunto.

7. Números complexos é a soma dos números


reais e dos imaginários: . Aqui tanto r quanto s
podem ser iguais a zero; então os conjuntos dos
números reais e o dos imaginários são subconjuntos do
Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f} conjunto dos números complexos. O símbolo
usualmente representa este conjunto.
Observação: O conjunto complementar de B
em relação a A é formado pelos elementos que
faltam para "B chegar a A"; isto é, para B se
igualar a A.
NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS,
IRRACIONAIS E REAIS.
Exercícios resolvidos:
Conjuntos numéricos podem ser representados de
4. Sendo A = { x; y; z } , B = { x; w; v } e C = { y; diversas formas. A forma mais simples é dar um nome
u; t }, determinar os seguintes conjuntos: ao conjunto e expor todos os seus elementos, um ao
lado do outro, entre os sinais de chaves. Veja o exem-
A–B C-A plo abaixo:
B–A B–C A = {51, 27, -3}
A–C C–B
Esse conjunto se chama "A" e possui três termos,
Resolução que estão listados entre chaves.
a) A - B = { y; z } Os nomes dos conjuntos são sempre letras maiús-
b) B - A= {w;v} culas. Quando criamos um conjunto, podemos utilizar
c) A - C= {x;z} qualquer letra.
d) C – A = {u;t}
e) B – C = {x;w;v} Vamos começar nos primórdios da matemática.
f) C – B = {y;u;t} - Se eu pedisse para você contar até 10, o que você
me diria?
Exemplos de conjuntos compostos por números - Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove
e dez.
Nota: Nesta seção, a, b e c são números naturais,
enquanto r e s são números reais. Pois é, estes números que saem naturalmente de
sua boca quando solicitado, são chamados de números
1. Números naturais são usados para contar. O NATURAIS, o qual é representado pela letra .
símbolo usualmente representa este conjunto.
Foi o primeiro conjunto inventado pelos homens, e
tinha como intenção mostrar quantidades.
2. Números inteiros aparecem como soluções de
*Obs.: Originalmente, o zero não estava incluído
equações como x + a = b. O símbolo usualmente neste conjunto, mas pela necessidade de representar
representa este conjunto (do termo alemão Zahlen que uma quantia nula, definiu-se este número como sendo
significa números). pertencente ao conjunto dos Naturais. Portanto:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
3. Números racionais aparecem como soluções
de equações como a + bx = c. O símbolo Obs.2: Como o zero originou-se depois dos outros
usualmente representa este conjunto (da palavra números e possui algumas propriedades próprias, al-
quociente). gumas vezes teremos a necessidade de representar o
conjunto dos números naturais sem incluir o zero. Para
4. Números algébricos aparecem como soluções isso foi definido que o símbolo * (asterisco) empregado
de equações polinomiais (com coeficientes inteiros) e ao lado do símbolo do conjunto, iria representar a au-
envolvem raízes e alguns outros números irracionais. O sência do zero. Veja o exemplo abaixo:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 5


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Estes números foram suficientes para a sociedade Conjunto dos Números Naturais
durante algum tempo. Com o passar dos anos, e o São todos os números inteiros positivos, incluindo o
aumento das "trocas" de mercadorias entre os homens, zero. É representado pela letra maiúscula N.
foi necessário criar uma representação numérica para Caso queira representar o conjunto dos números natu-
as dívidas. rais não-nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um *
ao lado do N:
Com isso inventou-se os chamados "números nega- N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...}
tivos", e junto com estes números, um novo conjunto: o N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
conjunto dos números inteiros, representado pela letra
. Conjunto dos Números Inteiros
São todos os números que pertencem ao conjunto
O conjunto dos números inteiros é formado por to- dos Naturais mais os seus respectivos opostos (negati-
dos os números NATURAIS mais todos os seus repre- vos).
sentantes negativos.
São representados pela letra Z:
Note que este conjunto não possui início nem fim Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
(ao contrário dos naturais, que possui um início e não
possui fim). O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos,
eles são:
Assim como no conjunto dos naturais, podemos re-
presentar todos os inteiros sem o ZERO com a mesma - Inteiros não negativos
notação usada para os NATURAIS. São todos os números inteiros que não são negati-
Z* = {..., -2, -1, 1, 2, ...} vos. Logo percebemos que este conjunto é igual ao
conjunto dos números naturais.
Em algumas situações, teremos a necessidade de
representar o conjunto dos números inteiros que NÃO É representado por Z+:
SÃO NEGATIVOS. Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...}

Para isso emprega-se o sinal "+" ao lado do símbolo - Inteiros não positivos
do conjunto (vale a pena lembrar que esta simbologia São todos os números inteiros que não são positi-
representa os números NÃO NEGATIVOS, e não os vos. É representado por Z-:
números POSITIVOS, como muita gente diz). Veja o Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
exemplo abaixo:
Z+ = {0,1, 2, 3, 4, 5, ...} - Inteiros não negativos e não-nulos
É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se es-
Obs.1: Note que agora sim este conjunto possui um se subconjunto por Z*+:
início. E você pode estar pensando "mas o zero não é Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
positivo". O zero não é positivo nem negativo, zero é Z*+ = N*
NULO.
- Inteiros não positivos e não nulos
Ele está contido neste conjunto, pois a simbologia São todos os números do conjunto Z- excluindo o
do sinalzinho positivo representa todos os números zero. Representa-se por Z*-.
NÃO NEGATIVOS, e o zero se enquadra nisto. Z*- = {... -4, -3, -2, -1}

Se quisermos representar somente os positivos (ou Conjunto dos Números Racionais


seja, os não negativos sem o zero), escrevemos: Os números racionais é um conjunto que engloba
os números inteiros (Z), números decimais finitos (por
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}
exemplo, 743,8432) e os números decimais infinitos
periódicos (que repete uma sequência de algarismos
Pois assim teremos apenas os positivos, já que o
da parte decimal infinitamente), como "12,050505...",
zero não é positivo.
são também conhecidas como dízimas periódicas.
Ou também podemos representar somente os intei-
Os racionais são representados pela letra Q.
ros NÃO POSITIVOS com:
Z - ={...,- 4, - 3, - 2, -1 , 0} Conjunto dos Números Irracionais
É formado pelos números decimais infinitos não-
Obs.: Este conjunto possui final, mas não possui i- periódicos. Um bom exemplo de número irracional é o
nício. número PI (resultado da divisão do perímetro de uma
circunferência pelo seu diâmetro), que vale 3,14159265
E também os inteiros negativos (ou seja, os não po- .... Atualmente, supercomputadores já conseguiram
sitivos sem o zero): calcular bilhões de casas decimais para o PI.
Z*- ={...,- 4, - 3, - 2, -1}
Também são irracionais todas as raízes não exatas,
Assim: como a raiz quadrada de 2 (1,4142135 ...)

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 6


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Conjunto dos Números Reais EXPRESSÕES NUMÉRICAS


É formado por todos os conjuntos citados anterior-
mente (união do conjunto dos racionais com os irracio- Para calcular o valor de uma expressão numérica
nais). envolvendo adição e subtração, efetuamos essas ope-
rações na ordem em que elas aparecem na expressão.
Representado pela letra R.
Exemplos: 35 – 18 + 13 =
Representação geomé trica de 17 + 13 = 30
A cada ponto de uma reta podemos associar um ú- Veja outro exemplo: 47 + 35 – 42 – 15 =
nico número real, e a cada número real podemos asso- 82 – 42 – 15=
ciar um único ponto na reta. 40 – 15 = 25
Dizemos que o conjunto é denso, pois entre dois
números reais existem infinitos números reais (ou seja, Quando uma expressão numérica contiver os sinais
na reta, entre dois pontos associados a dois números de parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }, procede-
reais, existem infinitos pontos). remos do seguinte modo:
1º Efetuamos as operações indicadas dentro dos
Veja a representação na reta de : parênteses;
2º efetuamos as operações indicadas dentro dos
colchetes;
3º efetuamos as operações indicadas dentro das
chaves.

1) 35 +[ 80 – (42 + 11) ] =
Fonte:
http://www.infoescola.com/matematica/conjuntos- = 35 + [ 80 – 53] =
numericos/ = 35 + 27 = 62

CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS (N) 2) 18 + { 72 – [ 43 + (35 – 28 + 13) ] } =


= 18 + { 72 – [ 43 + 20 ] } =
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO = 18 + { 72 – 63} =
Veja a operação: 2 + 3 = 5 . = 18 + 9 = 27
A operação efetuada chama-se adição e é indicada
escrevendo-se o sinal + (lê-se: “mais") entre os núme- CÁLCULO DO VALOR DESCONHECIDO
ros.
Quando pretendemos determinar um número natu-
Os números 2 e 3 são chamados parcelas. 0 núme- ral em certos tipos de problemas, procedemos do se-
ro 5, resultado da operação, é chamado soma. guinte modo:
2 → parcela - chamamos o número (desconhecido) de x ou
+ 3 → parcela qualquer outra incógnita ( letra )
5 → soma - escrevemos a igualdade correspondente
- calculamos o seu valor
A adição de três ou mais parcelas pode ser efetua-
da adicionando-se o terceiro número à soma dos dois Exemplos:
primeiros ; o quarto número à soma dos três primeiros 1) Qual o número que, adicionado a 15, é igual a 31?
e assim por diante.
3+2+6 = Solução:
Seja x o número desconhecido. A igualdade cor-
5 + 6 = 11
respondente será:
x + 15 = 31
Veja agora outra operação: 7 – 3 = 4
Calculando o valor de x temos:
Quando tiramos um subconjunto de um conjunto, x + 15 = 31
realizamos a operação de subtração, que indicamos x + 15 – 15 = 31 – 15
pelo sinal - . x = 31 – 15
7 → minuendo x = 16
–3 → subtraendo
4 → resto ou diferença Na prática , quando um número passa de um lado
para outro da igualdade ele muda de sinal.
0 minuendo é o conjunto maior, o subtraendo o sub-
conjunto que se tira e o resto ou diferença o conjunto 2) Subtraindo 25 de um certo número obtemos 11.
que sobra. Qual é esse número?

Somando a diferença com o subtraendo obtemos o Solução:


minuendo. Dessa forma tiramos a prova da subtração. Seja x o número desconhecido. A igualdade corres-
4+3=7 pondente será:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 7


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

x – 25 = 11
x = 11 + 25 1) 3.4 + 5.8– 2.9=
x = 36 =12 + 40 – 18
= 34
Passamos o número 25 para o outro lado da igual-
dade e com isso ele mudou de sinal. 2) 9 . 6 – 4 . 12 + 7 . 2 =
= 54 – 48 + 14 =
3) Qual o número natural que, adicionado a 8, é i- = 20
gual a 20?
Solução: Não se esqueça:
x + 8 = 20 Se na expressão ocorrem sinais de parênteses col-
x = 20 – 8 chetes e chaves, efetuamos as operações na ordem
x = 12 em que aparecem:
1º) as que estão dentro dos parênteses
4) Determine o número natural do qual, subtraindo 2º) as que estão dentro dos colchetes
62, obtemos 43. 3º) as que estão dentro das chaves.
Solução:
x – 62 = 43 Exemplo:
x = 43 + 62 22 + {12 +[ ( 6 . 8 + 4 . 9 ) – 3 . 7] – 8 . 9 }
x = 105 = 22 + { 12 + [ ( 48 + 36 ) – 21] – 72 } =
= 22 + { 12 + [ 84 – 21] – 72 } =
Para sabermos se o problema está correto é sim- = 22 + { 12 + 63 – 72 } =
ples, basta substituir o x pelo valor encontrado e reali- = 22 + 3 =
zarmos a operação. No último exemplo temos: = 25
x = 105
105 – 62 = 43 DIVISÃO

MULTIPLICAÇÃO Observe a operação: 30 : 6 = 5

Observe: 4 X 3 =12 Também podemos representar a divisão das se-


guintes maneiras:
A operação efetuada chama-se multiplicação e é in- 30
dicada escrevendo-se um ponto ou o sinal x entre os 30 6 ou =5
números. 6
0 5
Os números 3 e 4 são chamados fatores. O número
12, resultado da operação, é chamado produto. O dividendo (D) é o número de elementos do con-
3 X 4 = 12 junto que dividimos o divisor (d) é o número de elemen-
tos do subconjunto pelo qual dividimos o dividendo e o
3 fatores quociente (c) é o número de subconjuntos obtidos com
X 4 a divisão.
12 produto
Essa divisão é exata e é considerada a operação
Por convenção, dizemos que a multiplicação de inversa da multiplicação.
qualquer número por 1 é igual ao próprio número. SE 30 : 6 = 5, ENTÃO 5 x 6 = 30

A multiplicação de qualquer número por 0 é igual a 0. observe agora esta outra divisão:

A multiplicação de três ou mais fatores pode ser efe- 32 6


tuada multiplicando-se o terceiro número pelo produto 2 5
dos dois primeiros; o quarto numero pelo produto dos 32 = dividendo
três primeiros; e assim por diante. 6 = divisor
3 x 4 x 2 x 5 = 5 = quociente
12 x 2 x 5 2 = resto
24 x 5 = 120
Essa divisão não é exata e é chamada divisão apro-
EXPRESSÕES NUMÉRICAS ximada.

Sinais de associação ATENÇÃO:


O valor das expressões numéricas envolvendo as 1) Na divisão de números naturais, o quociente é
operações de adição, subtração e multiplicação é obti- sempre menor ou igual ao dividendo.
do do seguinte modo: 2) O resto é sempre menor que o divisor.
- efetuamos as multiplicações 3) O resto não pode ser igual ou maior que o divi-
- efetuamos as adições e subtrações, na ordem sor.
em que aparecem. 4) O resto é sempre da mesma espécie do divi-

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 8


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

dendo. Exemplo: dividindo-se laranjas por certo


número, o resto será laranjas. 9) Dividindo 1736 por um número natural, encon-
5) É impossível dividir um número por 0 (zero), tramos 56. Qual o valor deste numero natural?
porque não existe um número que multiplicado 1736 : x = 56
por 0 dê o quociente da divisão. 1736 = 56 . x
56 . x = 1736
PROBLEMAS x. 56 = 1736
x = 1736 : 56
1) Determine um número natural que, multiplica- x = 31
do por 17, resulte 238.
X . 17 = 238 10) O dobro de um número é igual a 30. Qual é o
X = 238 : 17 número?
X = 14 2 . x = 30
Prova: 14 . 17 = 238 2x = 30
x = 30 : 2
2) Determine um número natural que, dividido x = 15
por 62, resulte 49.
x : 62 = 49 11) O dobro de um número mais 4 é igual a 20.
x = 49 . 62 Qual é o número ?
x = 3038 2 . x + 4 = 20
2 x = 20 – 4
3) Determine um número natural que, adicionado 2 x = 16
a 15, dê como resultado 32 x = 16 : 2
x + 15 = 32 x=8
x = 32 – 15
x =17 12) Paulo e José têm juntos 12 lápis. Paulo tem o
dobro dos lápis de José. Quantos lápis tem
4) Quanto devemos adicionar a 112, a fim de ob- cada menino?
termos 186? José: x
x + 112 = 186 Paulo: 2x
x = 186 – 112 Paulo e José: x + x + x = 12
x = 74 3x = 12
x = 12 : 3
5) Quanto devemos subtrair de 134 para obter- x=4
mos 81? José: 4 - Paulo: 8
134 – x = 81
– x = 81 – 134 13) A soma de dois números é 28. Um é o triplo
– x = – 53 (multiplicando por –1) do outro. Quais são esses números?
x = 53 um número: x
Prova: 134 – 53 = 81 o outro número: 3x
x + x + x + x = 28 (os dois números)
6) Ricardo pensou em um número natural, adi- 4 x = 28
cionou-lhe 35, subtraiu 18 e obteve 40 no re- x = 28 : 4
sultado. Qual o número pensado? x = 7 (um número)
x + 35 – 18 = 40
x= 40 – 35 + 18 3x = 3 . 7 = 21 (o outro número).
x = 23 Resposta: 7 e 21
Prova: 23 + 35 – 18 = 40
14) Pedro e Marcelo possuem juntos 30 bolinhas.
7) Adicionando 1 ao dobro de certo número ob- Marcelo tem 6 bolinhas a mais que Pedro.
temos 7. Qual é esse numero? Quantas bolinhas tem cada um?
2 . x +1 = 7 Pedro: x
2x = 7 – 1 Marcelo: x + 6
2x = 6 x + x + 6 = 30 ( Marcelo e Pedro)
x =6:2 2 x + 6 = 30
x =3 2 x = 30 – 6
O número procurado é 3. 2 x = 24
Prova: 2. 3 +1 = 7 x = 24 : 2
x = 12 (Pedro)
8) Subtraindo 12 do triplo de certo número obte- Marcelo: x + 6 =12 + 6 =18
mos 18. Determinar esse número.
3 . x -12 = 18 EXPRESSÕES NUMÉRICAS ENVOLVENDO AS
3 x = 18 + 12 QUATRO OPERAÇÕES
3 x = 30
x = 30 : 3 Sinais de associação:
x = 10 O valor das expressões numéricas envolvendo as
Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 9
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

quatro operações é obtido do seguinte modo: am : an = am - n


- efetuamos as multiplicações e as divisões, na Exemplos:
ordem em que aparecem; 37 : 33 = 3 7 – 3 = 34
- efetuamos as adições e as subtrações, na ordem 510 : 58 = 5 10 – 8 = 52
em que aparecem; 3ª) para elevar uma potência a um outro expoente,
conserva-se base e multiplicam-se os expoen-
Exemplo 1) 3 .15 + 36 : 9 = tes.
= 45 + 4 2 4
Exemplo: (3 ) = 3
2.4
= 38
= 49 4ª) para elevar um produto a um expoente, eleva-
Exemplo 2) 18 : 3 . 2 + 8 – 6 . 5 : 10 = se cada fator a esse expoente.
= 6 . 2 + 8 – 30 : 10 = (a. b)m = am . bm
= 12 + 8 – 3 =
= 20 – 3 3 3 3
Exemplos: (4 . 7) = 4 . 7 ; (3. 5)2 = 32 . 52
= 17
RADICIAÇÃO
POTENCIAÇÃO
Suponha que desejemos determinar um número
Considere a multiplicação: 2 . 2 . 2 em que os três que, elevado ao quadrado, seja igual a 9. Sendo x esse
2
fatores são todos iguais a 2. número, escrevemos: X = 9

Esse produto pode ser escrito ou indicado na forma De acordo com a potenciação, temos que x = 3, ou
3 2
2 (lê-se: dois elevado à terceira potência), em que o 2 seja: 3 = 9
é o fator que se repete e o 3 corresponde à quantidade
desses fatores. A operação que se realiza para determinar esse
número 3 é chamada radiciação, que é a operação
3
Assim, escrevemos: 2 = 2 . 2 . 2 = 8 (3 fatores) inversa da potenciação.

A operação realizada chama-se potenciação. Indica-se por:


O número que se repete chama-se base.
O número que indica a quantidade de fatores iguais
2
9 =3 (lê-se: raiz quadrada de 9 é igual a 3)
a base chama-se expoente.
O resultado da operação chama-se potência. Daí , escrevemos:
9 = 3 ⇔ 32 = 9
3 2
2 = 8
3 expoente
Na expressão acima, temos que:
base potência - o símbolo chama-se sinal da raiz
- o número 2 chama-se índice
Observações: - o número 9 chama-se radicando
1) os expoentes 2 e 3 recebem os nomes especi- - o número 3 chama-se raiz,
ais de quadrado e cubo, respectivamente. 2
2) As potências de base 0 são iguais a zero. 02 = - o símbolo 9 chama-se radical
0.0=0
3) As potências de base um são iguais a um. As raízes recebem denominações de acordo com o
3
Exemplos: 1 = 1 . 1 . 1 = 1 índice. Por exemplo:
15 = 1 . 1 . 1 . 1 . 1 = 1 2
36 raiz quadrada de 36
4) Por convenção, tem-se que: 3
0
- a potência de expoente zero é igual a 1 (a = 1,
125 raiz cúbica de 125
a ≠ 0) 4
81 raiz quarta de 81
30 = 1 ; 50 = 1 ; 120 = 1 5
- a potência de expoente um é igual à base (a =
1 32 raiz quinta de 32 e assim por diante
a)
21 = 2 ; 71 = 7 ; 1001 =100 No caso da raiz quadrada, convencionou-se não es-
crever o índice 2.
PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS Exemplo : 2 49 = 49 = 7, pois 72 = 49

1ª) para multiplicar potências de mesma base, EXERCÍCIOS


conserva-se a base e adicionam-se os expoen-
tes. 01) Calcule:
am . an = a m + n a) 10 – 10 : 5 = b) 45 : 9 + 6 =
2 8 2+8
Exemplos: 3 . 3 = 3 = 310 c) 20 + 40 : 10 = d) 9. 7 – 3 =
5 . 5 6 = 51+6 = 57 e) 30 : 5 + 5 = f) 6 . 15 – 56 : 4 =
2ª) para dividir potências de mesma base, conser- g) 63 : 9 . 2 – 2 = h) 56 – 34 : 17 . 19 =
va-se a base e subtraem-se os expoentes. i) 3 . 15 : 9 + 54 :18 = j) 24 –12 : 4+1. 0 =

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 10


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Respostas: 15) Um aluno ganha 5 pontos por exercício que a-


a) 8 b) 11 certa e perde 3 pontos por exercício que erra.
c) 24 d) 60 Ao final de 50 exercícios tinha 130 pontos.
e) 11 f) 76 Quantos exercícios acertou? (35)
g) 12 h) 18
i) 8 j) 21 16) Um edifício tem 15 andares; cada andar, 30 sa-
las; cada sala, 3 mesas; cada mesa, 2 gavetas;
02) Calcule o valor das expressões: cada gaveta, 1 chave. Quantas chaves diferen-
3 2
a) 2 +3 = tes serão necessárias para abrir todas as gave-
2 2
b) 3.5 –7 = tas? (2700).
3 3
c) 2 . 3 – 4. 2 =
3 2 2
d) 5 –3 .6 +2 –1= 17) Se eu tivesse 3 dúzias de balas a mais do que
2 4 2
e) (2 + 3) + 2 . 3 – 15 : 5 = tenho, daria 5 e ficaria com 100. Quantas balas
2 4 2
f) 1 + 7 – 3 . 2 + (12 : 4) = tenho realmente? (69)

Respostas: 18) A soma de dois números é 428 e a diferença


a) 17 b) 26 entre eles é 34. Qual é o número maior? (231)
c) 22 d) 20
e) 142 f) 11 19) Pensei num número e juntei a ele 5, obtendo 31.
Qual é o número? (26)
03) Uma indústria de automóveis produz, por dia,
1270 unidades. Se cada veículo comporta 5 20) Qual o número que multiplicado por 7 resulta
pneus, quantos pneus serão utilizados ao final 56? (8)
de 30 dias? (Resposta: 190.500)
21) O dobro das balas que possuo mais 10 é 36.
04) Numa divisão, o divisor é 9,o quociente é 12 e o Quantas balas possuo? (13).
resto é 5. Qual é o dividendo? (113)
22) Raul e Luís pescaram 18 peixinhos. Raul
05) Numa divisão, o dividendo é 227, o divisor é 15 pescou o dobro de Luís. Quanto pescou cada
e o resto é 2. Qual é o quociente? (15) um? (Raul-12 e Luís-6)

06) Numa divisão, o dividendo é 320, o quociente é PROBLEMAS


45 e o resto é 5. Qual é o divisor? (7)
Vamos calcular o valor de x nos mais diversos ca-
07) Num divisão, o dividendo é 625, o divisor é 25 e sos:
o quociente é 25. Qual ê o resto? (0)
1) x + 4 = 10
08) Numa chácara havia galinhas e cabras em igual Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inver-
quantidade. Sabendo-se que o total de pés des- sa da adição:
ses animais era 90, qual o número de galinhas? x = 10 – 4
Resposta: 15 ( 2 pés + 4 pés = 6 pés ; 90 : 6 = x=6
15).
2) 5x = 20
09) O dobro de um número adicionado a 3 é igual a Aplicando a operação inversa da multiplicação, te-
13. Calcule o número.(5) mos:
x = 20 : 5
10) Subtraindo 12 do quádruplo de um número ob- x=4
temos 60. Qual é esse número (Resp: 18)
3) x – 5 = 10
11) Num joguinho de "pega-varetas", André e Rena- Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inver-
to fizeram 235 pontos no total. Renato fez 51 sa da subtração:
pontos a mais que André. Quantos pontos fez x = 10 + 5
cada um? ( André-92 e Renato-143) x =15

12) Subtraindo 15 do triplo de um número obtemos 4) x : 2 = 4


39. Qual é o número? (18) Aplicando a operação inversa da divisão, temos:
x=4.2
13) Distribuo 50 balas, em iguais quantidades, a 3 x=8
amigos. No final sobraram 2. Quantas balas
coube a cada um? (16) COMO ACHAR O VALOR DESCONHECIDO EM UM
PROBLEMA
14) A diferença entre dois números naturais é zero
e a sua soma é 30. Quais são esses números? Usando a letra x para representar um número, po-
(15) demos expressar, em linguagem matemática, fatos e
sentenças da linguagem corrente referentes a esse
Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 11
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

número, observe: idade de uma é o triplo da idade da outra. Qual a i-


- duas vezes o número 2.x dade de cada uma?
Solução:
- o número mais 2 x+2 3x + x = 40
x 4x = 40
- a metade do número x = 40 : 4
2 x = 10
- a soma do dobro com a metade do número 3 . 10 = 30
x Resposta: 10 e 30 anos.
2⋅ x +
2 PROBLEMA 6
x A soma das nossas idades é 45 anos. Eu sou 5 a-
- a quarta parte do número
4 nos mais velho que você. Quantos anos eu tenho?
x + x + 5 = 45
PROBLEMA 1 x + x= 45 – 5
Vera e Paula têm juntas R$ 1.080,00. Vera tem o 2x = 40
triplo do que tem Paula. Quanto tem cada uma? x = 20
Solução: 20 + 5 = 25
x + 3x = 1080 Resposta: 25 anos
4x= 1080
x =1080 : 4 PROBLEMA 7
x= 270 Sua bola custou R$ 10,00 menos que a minha.
3 . 270 = 810 Quanto pagamos por elas, se ambas custaram R$
Resposta: Vera – R$ 810,00 e Paula – R$ 270,00 150,00?
Solução:
PROBLEMA 2 x + x – 10= 150
Paulo foi comprar um computador e uma bicicleta. 2x = 150 + 10
Pagou por tudo R$ 5.600,00. Quanto custou cada 2x = 160
um, sabendo-se que a computador é seis vezes x = 160 : 2
mais caro que a bicicleta? x = 80
Solução: 80 – 10 = 70
x + 6x = 5600 Resposta: R$ 70,00 e R$ 80,00
7x = 5600
x = 5600 : 7 PROBLEMA 8
x = 800 José tem o dobro do que tem Sérgio, e Paulo tanto
6 . 800= 4800 quanto os dois anteriores juntos. Quanto tem cada
R: computador – R$ 4.800,00 e bicicleta R$ 800,00 um, se os três juntos possuem R$ 624,00?
Solução: x + 2x + x + 2x = 624
PROBLEMA 3 6x = 624
Repartir 21 cadernos entre José e suas duas irmãs, x = 624 : 6
de modo que cada menina receba o triplo do que x = 104
recebe José. Quantos cadernos receberá José? Resposta:S-R$ 104,00; J-R$ 208,00; P- R$ 312,00
Solução:
x + 3x + 3x = 21 PROBLEMA 9
7x = 21 Se eu tivesse 4 rosas a mais do que tenho, poderia
x = 21 : 7 dar a você 7 rosas e ainda ficaria com 2. Quantas
x =3 rosas tenho?
Resposta: 3 cadernos Solução: x+4–7 = 2
x+4 =7+2
PROBLEMA 4 x+4 =9
Repartir R$ 2.100,00 entre três irmãos de modo que x =9–4
o 2º receba o dobro do que recebe o 1º , e o 3º o x =5
dobro do que recebe o 2º. Quanto receberá cada Resposta: 5
um?
Solução: CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS (Z)
x + 2x + 4x = 2100
7x = 2100 Conhecemos o conjunto N dos números naturais: N
x = 2100 : 7 = {0, 1, 2, 3, 4, 5, .....,}
x = 300
300 . 2 = 600 Assim, os números precedidos do sinal + chamam-
300 . 4 =1200 se positivos, e os precedidos de - são negativos.
Resposta: R$ 300,00; R$ 600,00; R$ 1200,00
Exemplos:
PROBLEMA 5 Números inteiros positivos: {+1, +2, +3, +4, ....}
A soma das idades de duas pessoas é 40 anos. A Números inteiros negativos: {-1, -2, -3, -4, ....}

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 12


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

(+5) + (-12) = -7
O conjunto dos números inteiros relativos é formado
pelos números inteiros positivos, pelo zero e pelos nú- PROPRIEDADES DA ADIÇÃO
meros inteiros negativos. Também o chamamos de A adição de números inteiros possui as seguintes
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS e o represen- propriedades:
tamos pela letra Z, isto é: Z = {..., -3, -2, -1, 0, +1,
+2, +3, ... } 1ª) FECHAMENTO
A soma de dois números inteiros é sempre um nú-
O zero não é um número positivo nem negativo. To- mero inteiro: (-3) + (+6) = + 3 ∈ Z
do número positivo é escrito sem o seu sinal positivo.
2ª) ASSOCIATIVA
Exemplo: + 3 = 3 ; +10 = 10 Se a, b, c são números inteiros quaisquer, então: a
Então, podemos escrever: Z = {..., -3, -2, -1, 0 , + (b + c) = (a + b) + c
1, 2, 3, ...}
Exemplo:(+3) +[(-4) + (+2)] = [(+3) + (-4)] + (+2)
N é um subconjunto de Z. (+3) + (-2) = (-1) + (+2)
+1 = +1
REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA
Cada número inteiro pode ser representado por um 3ª) ELEMENTO NEUTRO
ponto sobre uma reta. Por exemplo: Se a é um número inteiro qualquer, temos: a+ 0 = a
e0+a=a

... -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 ... Isto significa que o zero é elemento neutro para a


... C’ B’ A’ 0 A B C D ... adição.

Ao ponto zero, chamamos origem, corresponde o Exemplo: (+2) + 0 = +2 e 0 + (+2) = +2


número zero.
4ª) OPOSTO OU SIMÉTRICO
Nas representações geométricas, temos à direita do Se a é um número inteiro qualquer, existe um único
zero os números inteiros positivos, e à esquerda do número oposto ou simétrico representado por (-a),
zero, os números inteiros negativos. tal que: (+a) + (-a) = 0 = (-a) + (+a)

Observando a figura anterior, vemos que cada pon- Exemplos: (+5) + ( -5) = 0 ( -5) + (+5) = 0
to é a representação geométrica de um número inteiro.
5ª) COMUTATIVA
Exemplos: Se a e b são números inteiros, então:
ponto C é a representação geométrica do núme- a+b=b+a
ro +3
ponto B' é a representação geométrica do núme- Exemplo: (+4) + (-6) = (-6) + (+4)
ro -2 -2 = -2

SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS


ADIÇÃO DE DOIS NÚMEROS INTEIROS
Em certo local, a temperatura passou de -3ºC para
1) A soma de zero com um número inteiro é o pró-
5ºC, sofrendo, portanto, um aumento de 8ºC, aumento
prio número inteiro: 0 + (-2) = -2
esse que pode ser representado por: (+5) - (-3) = (+5) +
2) A soma de dois números inteiros positivos é um
(+3) = +8
número inteiro positivo igual à soma dos módulos
dos números dados: (+700) + (+200) = +900
Portanto:
3) A soma de dois números inteiros negativos é um
A diferença entre dois números dados numa certa
número inteiro negativo igual à soma dos módu-
ordem é a soma do primeiro com o oposto do segundo.
los dos números dados: (-2) + (-4) = -6
4) A soma de dois números inteiros de sinais contrá-
Exemplos: 1) (+6) - (+2) = (+6) + (-2 ) = +4
rios é igual à diferença dos módulos, e o sinal é
2) (-8 ) - (-1 ) = (-8 ) + (+1) = -7
o da parcela de maior módulo: (-800) + (+300) =
3) (-5 ) - (+2) = (-5 ) + (-2 ) = -7
-500
Na prática, efetuamos diretamente a subtração, eli-
ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS
minando os parênteses
A soma de três ou mais números inteiros é efetuada
- (+4 ) = -4
adicionando-se todos os números positivos e todos os
- ( -4 ) = +4
negativos e, em seguida, efetuando-se a soma do nú-
mero negativo. Observação:
Permitindo a eliminação dos parênteses, os sinais
Exemplos: 1) (+6) + (+3) + (-6) + (-5) + (+8) = podem ser resumidos do seguinte modo:
(+17) + (-11) = +6 (+)=+ +(-)=-
- (+)=- - (- )=+
2) (+3) + (-4) + (+2) + (-8) =

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 13


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Exemplos: - ( -2) = +2 +(-6 ) = -6


- (+3) = -3 +(+1) = +1 Podemos concluir que:
- Quando o número de fatores negativos é par, o
PROPRIEDADE DA SUBTRAÇÃO produto sempre é positivo.
A subtração possui uma propriedade. - Quando o número de fatores negativos é ímpar,
o produto sempre é negativo.
FECHAMENTO: A diferença de dois números intei-
ros é sempre um número inteiro. PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO
No conjunto Z dos números inteiros são válidas as
MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS seguintes propriedades:
1º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS
INTEIROS POSITIVOS 1ª) FECHAMENTO
Exemplo: (+4 ) . (-2 ) = - 8 ∈ Z
Lembremos que: 3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6 Então o produto de dois números inteiros é inteiro.
Exemplo:
(+3) . (+2) = 3 . (+2) = (+2) + (+2) + (+2) = +6 2ª) ASSOCIATIVA
Logo: (+3) . (+2) = +6 Exemplo: (+2 ) . (-3 ) . (+4 )
Este cálculo pode ser feito diretamente, mas tam-
Observando essa igualdade, concluímos: na multi- bém podemos fazê-lo, agrupando os fatores de duas
plicação de números inteiros, temos: maneiras:
(+) . (+) =+ (+2 ) . [(-3 ) . (+4 )] = [(+2 ) . ( -3 )]. (+4 )
(+2 ) . (-12) = (-6 ) . (+4 )
2º CASO: UM FATOR É POSITIVO E O OUTRO É -24 = -24
NEGATIVO
Exemplos: De modo geral, temos o seguinte:
1) (+3) . (-4) = 3 . (-4) = (-4) + (-4) + (-4) = -12 Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,
ou seja: (+3) . (-4) = -12 então: a . (b . c) = (a . b) . c

2) Lembremos que: -(+2) = -2 3ª) ELEMENTO NEUTRO


(-3) . (+5) = - (+3) . (+5) = -(+15) = - 15 Observe que:
ou seja: (-3) . (+5) = -15 (+4 ) . (+1 ) = +4 e (+1 ) . (+4 ) = +4

Conclusão: na multiplicação de números inteiros, Qualquer que seja o número inteiro a, temos:
temos: ( + ) . ( - ) = - (-).(+)=- a . (+1 ) = a e (+1 ) . a = a
Exemplos :
(+5) . (-10) = -50 O número inteiro +1 chama-se neutro para a multi-
(+1) . (-8) = -8 plicação.
(-2 ) . (+6 ) = -12
(-7) . (+1) = -7 4ª) COMUTATIVA
Observemos que: (+2). (-4 ) = - 8
3º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS IN- e (-4 ) . (+2 ) = - 8
TEIROS NEGATIVOS Portanto: (+2 ) . (-4 ) = (-4 ) . (+2 )
Exemplo: (-3) . (-6) = -(+3) . (-6) = -(-18) = +18
isto é: (-3) . (-6) = +18 Se a e b são números inteiros quaisquer, então: a .
b = b . a, isto é, a ordem dos fatores não altera o pro-
Conclusão: na multiplicação de números inteiros, duto.
temos: ( - ) . ( - ) = +
Exemplos: (-4) . (-2) = +8 (-5) . (-4) = +20 5ª) DISTRIBUTIVA EM RELAÇÃO À ADIÇÃO E À
SUBTRAÇÃO
As regras dos sinais anteriormente vistas podem ser Observe os exemplos:
resumidas na seguinte: (+3 ) . [( -5 ) + (+2 )] = (+3 ) . ( -5 ) + (+3 ) . (+2 )
(+).(+)=+ (+).(-)=- (+4 ) . [( -2 ) - (+8 )] = (+4 ) . ( -2 ) - (+4 ) . (+8 )
(- ).( -)=+ (-).(+)=-
Conclusão:
Quando um dos fatores é o 0 (zero), o produto é i- Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,
gual a 0: (+5) . 0 = 0 temos:
a) a . [b + c] = a . b + a . c
PRODUTO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS IN- A igualdade acima é conhecida como proprieda-
TEIROS de distributiva da multiplicação em relação à adi-
Exemplos: 1) (+5 ) . ( -4 ) . (-2 ) . (+3 ) = ção.
(-20) . (-2 ) . (+3 ) = b) a . [b – c] = a . b - a . c
(+40) . (+3 ) = +120 A igualdade acima é conhecida como proprieda-
2) (-2 ) . ( -1 ) . (+3 ) . (-2 ) = de distributiva da multiplicação em relação à sub-
(+2 ) . (+3 ) . (-2 ) = tração.
(+6 ) . (-2 ) = -12

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 14


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS


CÁLCULOS
CONCEITO
Dividir (+16) por 2 é achar um número que, multipli- O EXPOENTE É PAR
cado por 2, dê 16. Calcular as potências
16 : 2 = ? ⇔ 2 . ( ? ) = 16
4
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto ,
é
4
(+2) = +16
4
O número procurado é 8. Analogamente, temos: 2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é
, (-
4
1) (+12) : (+3 ) = +4 porque (+4 ) . (+3 ) = +12 2 ) = +16
2) (+12) : ( -3 ) = - 4 porque (- 4 ) . ( -3 ) = +12 4 4
3) ( -12) : (+3 ) = - 4 porque (- 4 ) . (+3 ) = -12 Observamos que: (+2) = +16 e (-2) = +16
4) ( -12) : ( -3 ) = +4 porque (+4 ) . ( -3 ) = -12
Então, de modo geral, temos a regra:
A divisão de números inteiros só pode ser realizada
quando o quociente é um número inteiro, ou seja, Quando o expoente é par, a potência é sempre um
quando o dividendo é múltiplo do divisor. número positivo.
6 2
Portanto, o quociente deve ser um número inteiro. Outros exemplos: (-1) = +1 (+3) = +9

Exemplos: O EXPOENTE É ÍMPAR


( -8 ) : (+2 ) = -4 Calcular as potências:
3
( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro 1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
3
isto é, (+2) = + 8
3
Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é 2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
3
a mesma que vimos para a multiplicação: ou seja, (-2) = -8
(+):(+)=+ (+):( -)=- 3 3
(- ):( -)=+ ( -):(+)=- Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8

Exemplos: Daí, a regra:


( +8 ) : ( -2 ) = -4 (-10) : ( -5 ) = +2 Quando o expoente é ímpar, a potência tem o
(+1 ) : ( -1 ) = -1 (-12) : (+3 ) = -4 mesmo sinal da base.
3 4
PROPRIEDADE Outros exemplos: (- 3) = - 27 (+2) = +16
Como vimos: (+4 ) : (+3 ) ∉ Z
PROPRIEDADES
Portanto, não vale em Z a propriedade do fecha-
mento para a divisão. Alem disso, também não são PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
3 2 3 2 5
válidas as proposições associativa, comutativa e do Exemplos: (+2 ) . (+2 ) = (+2 ) +2 = (+2 )
elemento neutro. ( -2 )2 . ( -2 )3 . ( -2 )5 = ( -2 ) 2 + 3 + 5 = ( -2 )10

POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS Para multiplicar potências de mesma base, mante-


mos a base e somamos os expoentes.
CONCEITO
A notação QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
3
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) (+2 ) 5 : (+2 )2 = (+2 )5-2 = (+2 )3
( -2 )7 : ( -2 )3 = ( -2 )7-3 = ( -2 )4
Para dividir potências de mesma base em que o ex-
é um produto de três fatores iguais poente do dividendo é maior que o expoente do divisor,
mantemos a base e subtraímos os expoentes.
Analogamente:
4
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) POTÊNCIA DE POTÊNCIA
[( -4 )3]5 = ( -4 )3 . 5 = ( -4 )15
Para calcular uma potência de potência, conserva-
é um produto de quatro fatores iguais mos a base da primeira potência e multiplicamos os
expoentes .
Portanto potência é um produto de fatores iguais.
2
POTÊNCIA DE UM PRODUTO
Na potência (+5 ) = +25, temos: 4 4 4 4
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )] = ( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )
+5 ---------- base
2 ---------- expoente Para calcular a potência de um produto, sendo n o
+25 ---------- potê
ncia expoente, elevamos cada fator ao expoente n.
Observacões : POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO
1 1
(+2 ) significa +2, isto é, (+2 ) = +2 (+2 )5 : (+2 )5 = (+2 )5-5 = (+2 )0
1 1
( -3 ) significa -3, isto é
, ( -3 ) = -3 5 5
e (+2 ) : (+2 ) = 1

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 15


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

0 0
Consequentemente: (+2 ) = 1 ( -4 ) = 1 POTÊNCIA DE UM PRODUTO
4 4 4 4
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )] = ( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )
Qualquer potência de expoente zero é igual a 1. Para calcular a potência de um produto, sendo n o
expoente, elevamos cada fator ao expoente n.
Observação:
2 2 2
Não confundir -3 com ( -3 ) , porque -3 significa POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO
2 5 5 5-5 0
-( 3 ) e portanto (+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
5 5
-32 = -( 3 )2 = -9 e (+2 ) : (+2 ) = 1
0 0
2
enquanto que: ( -3 ) = ( -3 ) . ( -3 ) = +9 Consequentemente: (+2 ) = 1 ( -4 ) = 1
Logo: -3
2
≠ ( -3 )2 Qualquer potência de expoente zero é igual a 1.
2 2 2
Observação: Não confundir-3 com (-3) , porque -3
CÁLCULOS 2 2 2
significa -( 3 ) e portanto: -3 = -( 3 ) = -9
2
enquanto que: ( -3 ) = ( -3 ) . ( -3 ) = +9
O EXPOENTE É PAR Logo: -3
2
≠ ( -3 )2
Calcular as potências
4 4
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto é , (+2) = NÚMEROS PARES E ÍMPARES
+16
4 4
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é
, (-2 ) = Os pitagóricos estudavam à natureza dos números, e
+16 baseado nesta natureza criaram sua filosofia e modo de
4 4 vida. Vamos definir números pares e ímpares de acordo
Observamos que: (+2) = +16 e (-2) = +16
com a concepção pitagórica:
• par é o número que pode ser dividido em duas par-
Então, de modo geral, temos a regra:
tes iguais, sem que uma unidade fique no meio, e
Quando o expoente é par, a potência é sempre um
ímpar é aquele que não pode ser dividido em duas
número positivo.
partes iguais, porque sempre há uma unidade no
6 2 meio
Outros exemplos: (-1) = +1 (+3) = +9
Uma outra caracterização, nos mostra a preocupação
O EXPOENTE É ÍMPAR
com à natureza dos números:
Exemplos: • número par é aquele que tanto pode ser dividido
Calcular as potências: em duas partes iguais como em partes desiguais,
3
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8 mas de forma tal que em nenhuma destas divisões
3 haja uma mistura da natureza par com a natureza
isto é
, (+2) = + 8
3 ímpar, nem da ímpar com a par. Isto tem uma úni-
2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
3
ou seja, (-2) = -8 ca exceção, que é o princípio do par, o número 2,
que não admite a divisão em partes desiguais, por-
3 3
Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8 que ele é formado por duas unidades e, se isto po-
de ser dito, do primeiro número par, 2.
Daí, a regra:
Quando o expoente é ímpar, a potência tem o Para exemplificar o texto acima, considere o número
mesmo sinal da base. 10, que é par, pode ser dividido como a soma de 5 e 5,
mas também como a soma de 7 e 3 (que são ambos
3 4
Outros exemplos: (- 3) = - 27 (+2) = +16 ímpares) ou como a soma de 6 e 4 (ambos são pares);
PROPRIEDADES mas nunca como a soma de um número par e outro ím-
PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE par. Já o número 11, que é ímpar pode ser escrito como
3 2 3 2 5
Exemplos: (+2 ) . (+2 ) = (+2 ) +2 = (+2 ) soma de 8 e 3, um par e um ímpar. Atualmente, definimos
2 3 5 2+3+5 10
( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = ( -2 ) = ( -2 ) números pares como sendo o número que ao ser dividido
por dois têm resto zero e números ímpares aqueles que
Para multiplicar potências de mesma base, mante- ao serem divididos por dois têm resto diferente de zero.
mos a base e somamos os expoentes. Por exemplo, 12 dividido por 2 têm resto zero, portanto 12
é par. Já o número 13 ao ser dividido por 2 deixa resto 1,
QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE portanto 13 é ímpar.
5 2 5-2 3
(+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
7 3 7-3 4
( -2 ) : ( -2 ) = ( -2 ) = ( -2 ) MÚLTIPLOS E DIVISORES
Para dividir potências de mesma base em que o ex-
poente do dividendo é maior que o expoente do divisor, DIVISIBILIDADE
mantemos a base e subtraímos os expoentes. Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4,
6 ou 8. Ex.: O número 74 é divisível por 2, pois termina em
POTÊNCIA DE POTÊNCIA 4.
3 5 3.5 15
[( -4 ) ] = ( -4 ) = ( -4 )
Para calcular uma potência de potência, conserva- Um número é divisível por 3 quando a soma dos valo-
mos a base da primeira potência e multiplicamos os res absolutos dos seus algarismos é um número divisível
expoentes . por 3. Ex.: 123 é divisível por 3, pois 1+2+3 = 6 e 6 é divi-

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 16


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

sível por 3 tes obtidos. A decomposição em fatores primos estará


terminada quando o último quociente for igual a 1.
Um número é divisível por 5 quando o algarismo das
unidades é 0 ou 5 (ou quando termina em o ou 5). Ex.: O Exemplo:
número 320 é divisível por 5, pois termina em 0. 60 2
30 2
Um número é divisível por 10 quando o algarismo das 15 3
unidades é 0 (ou quando termina em 0). Ex.: O número 5 5
500 é divisível por 10, pois termina em 0. 1
Logo: 60 = 2 . 2 . 3 . 5
NÚMEROS PRIMOS
DIVISORES DE UM NÚMERO
Um número natural é primo quando é divisível apenas
Consideremos o número 12 e vamos determinar todos
por dois números distintos: ele próprio e o 1.
os seus divisores Uma maneira de obter esse resultado é
escrever os números naturais de 1 a 12 e verificar se
Exemplos:
cada um é ou não divisor de 12, assinalando os divisores.
• O número 2 é primo, pois é divisível apenas por dois
1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12
números diferentes: ele próprio e o 1.
= = = = = ==
• O número 5 é primo, pois é divisível apenas por dois
Indicando por D(12) (lê-se: "D de 12”) o conjunto dos
números distintos: ele próprio e o 1.
divisores do número 12, temos:
• O número natural que é divisível por mais de dois
D (12) = { 1, 2, 3, 4, 6, 12}
números diferentes é chamado composto.
• O número 4 é composto, pois é divisível por 1, 2, 4.
Na prática, a maneira mais usada é a seguinte:
• O número 1 não é primo nem composto, pois é divi-
1º) Decompomos em fatores primos o número consi-
sível apenas por um número (ele mesmo).
derado.
• O número 2 é o único número par primo. 12 2
6 2
DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS (FATORA- 3 3
ÇÃO) 1
Um número composto pode ser escrito sob a forma de 2º) Colocamos um traço vertical ao lado os fatores
um produto de fatores primos. primos e, à sua direita e acima, escrevemos o nume-
ro 1 que é divisor de todos os números.
Por exemplo, o número 60 pode ser escrito na forma: 1
2
60 = 2 . 2 . 3 . 5 = 2 . 3 . 5 que é chamada de forma fato- 12 2
rada. 6 2
3 3
Para escrever um número na forma fatorada, devemos 1
decompor esse número em fatores primos, procedendo
do seguinte modo: 3º) Multiplicamos o fator primo 2 pelo divisor 1 e es-
crevemos o produto obtido na linha correspondente.
Dividimos o número considerado pelo menor número x1
primo possível de modo que a divisão seja exata. 12 2 2
Dividimos o quociente obtido pelo menor número pri- 6 2
mo possível. 3 3
1
Dividimos, sucessivamente, cada novo quociente pelo
menor número primo possível, até que se obtenha o quo- 4º) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos
ciente 1. divisores já obtidos, escrevendo os produtos nas
linhas correspondentes, sem repeti-los.
Exemplo: x1
60 2 12 2 2
6 2 4
0 30 2 3 3
1
0 15 3
5 0 5 x1
12 2 2
1 6 2 4
Portanto: 60 = 2 . 2 . 3 . 5 3 3 3, 6, 12
1
Na prática, costuma-se traçar uma barra vertical à di-
reita do número e, à direita dessa barra, escrever os divi- Os números obtidos à direita dos fatores primos são
sores primos; abaixo do número escrevem-se os quocien- os divisores do número considerado. Portanto:
D(12) = { 1, 2, 4, 3, 6, 12}

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 17


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

12 2 18 2
Exemplos: 6 2 9 3
1) 3 3 3 3
1 1 1
18 2 2 2 2
9 3 3, 6 D(18) = {1, 2 , 3, 6, 9, 18} 12 = 2 . 3 18 = 2 . 3
2 2
3 3 9, 18 Resposta: M.M.C (12, 18) = 2 . 3 = 36
1
Observação: Esse processo prático costuma ser sim-
2) plificado fazendo-se uma decomposição simultânea dos
1 números. Para isso, escrevem-se os números, um ao
30 2 2 lado do outro, separando-os por vírgula, e, à direita da
15 3 3, 6 barra vertical, colocada após o último número, escrevem-
5 5 5, 10, 15, 30 se os fatores primos comuns e não-comuns. 0 calculo
1 estará terminado quando a última linha do dispositivo for
composta somente pelo número 1. O M.M.C dos números
D(30) = { 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30} apresentados será o produto dos fatores.

MÁXIMO DIVISOR COMUM Exemplo:


Calcular o M.M.C (36, 48, 60)
Recebe o nome de máximo divisor comum de dois ou 36, 48, 60 2
mais números o maior dos divisores comuns a esses 18, 24, 30 2
números. 9, 12, 15 2
9, 6, 15 2
Um método prático para o cálculo do M.D.C. de dois 9, 3, 15 3
números é o chamado método das divisões sucessivas 3, 1, 5 3
(ou algoritmo de Euclides), que consiste das etapas se- 1, 1 5 5
guintes: 1, 1, 1
1ª) Divide-se o maior dos números pelo menor. Se a 4 2
divisão for exata, o M.D.C. entre esses números é Resposta: M.M.C (36, 48, 60) = 2 . 3 . 5 = 720
o menor deles.
2ª) Se a divisão não for exata, divide-se o divisor (o RAÍZ QUADRADA EXATA DE NÚMEROS INTEIROS
menor dos dois números) pelo resto obtido na di-
visão anterior, e, assim, sucessivamente, até se CONCEITO
obter resto zero. 0 ultimo divisor, assim determi- Consideremos o seguinte problema:
nado, será o M.D.C. dos números considerados. Descobrir os números inteiros cujo quadrado é +25.
2 2
Solução: (+5 ) = +25 e ( -5 ) =+25
Exemplo: Resposta: +5 e -5
Calcular o M.D.C. (24, 32)
Os números +5 e -5 chamam-se raízes quadradas de
32 24 24 8 +25.

8 1 0 3 Outros exemplos:
Número Raízes quadradas
Resposta: M.D.C. (24, 32) = 8 +9 + 3 e -3
+16 + 4 e -4
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM +1 + 1 e -1
+64 + 8 e -8
Recebe o nome de mínimo múltiplo comum de dois ou +81 + 9 e -9
mais números o menor dos múltiplos (diferente de zero) +49 + 7 e -7
comuns a esses números. +36 +6 e -6
O símbolo 25 significa a raiz quadrada de 25, isto
O processo prático para o cálculo do M.M.C de dois ou
mais números, chamado de decomposição em fatores é 25 = +5
primos, consiste das seguintes etapas: Como 25 = +5 , então: − 25 = −5
1º) Decompõem-se em fatores primos os números
Agora, consideremos este problema.
apresentados.
2º) Determina-se o produto entre os fatores primos
Qual ou quais os números inteiros cujo quadrado é -
comuns e não-comuns com seus maiores expo-
25?
entes. Esse produto é o M.M.C procurado. 2 2
Solução: (+5 ) = +25 e (-5 ) = +25
Resposta: não existe número inteiro cujo quadrado
Exemplos: Calcular o M.M.C (12, 18)
seja -25, isto é, − 25 não existe no conjunto Z dos
Decompondo em fatores primos esses números, te- números inteiros.
mos:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 18


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Conclusão: os números inteiros positivos têm, como


3 2
raiz quadrada, um número positivo, os números inteiros 2) (-1 ) + (-2 ) : (+2 ) =
negativos não têm raiz quadrada no conjunto Z dos nú- -1+ (+4) : (+2 ) =
meros inteiros. -1 + (+2 ) =
-1 + 2 = +1
RADICIAÇÃO
3) -(-4 +1) – [-(3 +1)] =
-(-3) - [-4 ] =
A raiz n-ésima de um número b é um número a tal que
n +3 + 4 = 7
a = b.
2 3
4) –2( -3 –1) +3 . ( -1 – 3) + 4
n
b = a ⇒ an = b 2 3
-2 . ( -4 ) + 3 . ( - 4 ) + 4 =
-2 . (+16) + 3 . (- 64) + 4 =
5
32 = 2 -32 – 192 + 4 =
-212 + 4 = - 208
5 índice 2 2
32 radicando
5
pois 2 = 32 5) (-288) : (-12) - (-125) : ( -5 ) =
(-288) : (+144) - (-125) : (+25) =
raiz (-2 ) - (- 5 ) = -2 + 5 = +3
2 radical
6) (-10 - 8) : (+6 ) - (-25) : (-2 + 7 ) =
3 3 (-18) : (+6 ) - (-25) : (+5 ) =
Outros exemplos : 8 = 2 pois 2 = 8 -3 - (- 5) =
3
− 8 = - 2 pois ( -2 )3 = -8 - 3 + 5 = +2
2 2 4 2
7) –5 : (+25) - (-4 ) : 2 - 1 =
PROPRIEDADES (para a ≥ 0, b ≥ 0) -25 : (+25) - (+16) : 16 - 1 =
a n = a n: p 310 = 3 3 2
m m: p 15
1ª) -1 - (+1) –1 = -1 -1 –1 = -3
2ª) n
a⋅b = n a ⋅n b 6 = 2⋅ 3 8)
2
2 . ( -3 ) + (-40) : (+2) - 2 =
3 2

5 4
5 2 . (+9 ) + (-40) : (+8 ) - 4 =
3ª) n
a:b = n a :n b 4 =4 +18 + (-5) - 4 =
16 16 + 18 - 9 = +9

4ª) ( a)
m
n
= m an ( x)
3
5
= 3 x5 CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (Q)
5ª)
m n
a = m⋅ n
a 6
3= 3 12
Os números racionais são representados por um
EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM NÚMEROS IN- a
numeral em forma de fração ou razão, , sendo a e b
TEIROS ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES b
Para calcular o valor de uma expressão numérica com números naturais, com a condição de b ser diferente de
números inteiros, procedemos por etapas. zero.
1. NÚMERO FRACIONARIO. A todo par ordenado
1ª ETAPA: (a, b) de números naturais, sendo b ≠ 0, corresponde
a) efetuamos o que está entre parênteses ( ) a
b) eliminamos os parênteses um número fracionário .O termo a chama-se nume-
b
2ª ETAPA: rador e o termo b denominador.
a) efetuamos o que está entre colchetes [ ]
b) eliminamos os colchetes 2. TODO NÚMERO NATURAL pode ser represen-
tado por uma fração de denominador 1. Logo, é possí-
3º ETAPA: vel reunir tanto os números naturais como os fracioná-
a) efetuamos o que está entre chaves { } rios num único conjunto, denominado conjunto dos
b) eliminamos as chaves números racionais absolutos, ou simplesmente conjun-
to dos números racionais Q.
Em cada etapa, as operações devem ser efetuadas na
seguinte ordem: Qual seria a definição de um número racional abso-
1ª) Potenciação e radiciação na ordem em que apa- luto ou simplesmente racional? A definição depende
recem. das seguintes considerações:
2ª) Multiplicação e divisão na ordem em que apare- a) O número representado por uma fração não mu-
cem. da de valor quando multiplicamos ou dividimos
3ª) Adição e subtração na ordem em que aparecem. tanto o numerador como o denominador por um
mesmo número natural, diferente de zero.
Exemplos: Exemplos: usando um novo símbolo: ≈
1) 2 + 7 . (-3 + 4) = ≈ é o símbolo de equivalência para frações
2 + 7 . (+1) = 2 + 7 = 9

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 19


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

2 2 × 5 10 10 × 2 20 3 3 8 8
≈ ≈ ≈ ≈ ≈ ⋅⋅⋅ guais = , = , etc.
3 3 × 5 15 15 × 2 30 4 4 5 5
b) Classe de equivalência. É o conjunto de todas as
frações equivalentes a uma fração dada. g) forma mista de uma fração: é o nome dado ao
3 6 9 12 numeral formado por uma parte natural e uma parte
, , , ,⋅ ⋅ ⋅ (classe de equivalência da fra-  4
1 2 3 4 fracionária;  2  A parte natural é 2 e a parte fracio-
3  7
ção: ) 4
1 nária .
7
Agora já podemos definir número racional : número
racional é aquele definido por uma classe de equiva- h) irredutível: é aquela que não pode ser mais sim-
lência da qual cada fração é um representante. plificada, por ter seus termos primos entre si.
3 5 3
NÚMERO RACIONAL NATURAL ou NÚMERO , , , etc.
NATURAL: 4 12 7
0 0
0= = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equiva- 4. PARA SIMPLIFICAR UMA FRAÇÃO, desde que
1 2 não possua termos primos entre si, basta dividir os dois
lência que representa o mesmo ternos pelo seu divisor comum.
número racional 0) 8 8:4 2
1 2 = =
1 = = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equiva- 12 12 : 4 3
1 2
lência que representa o mesmo 5. COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES.
número racional 1) Para comparar duas ou mais frações quaisquer pri-
e assim por diante. meiramente convertemos em frações equivalentes de
mesmo denominador. De duas frações que têm o
NÚMERO RACIONAL FRACIONÁRIO ou NÚME- mesmo denominador, a maior é a que tem maior nume-
RO FRACIONÁRIO: rador. Logo:
1 2 3 6 8 9 1 2 3
= = = ⋅ ⋅ ⋅ (definido pela classe de equivalên- < < ⇔ < <
2 4 6 12 12 12 2 3 4
cia que representa o mesmo (ordem crescente)
número racional 1/2).
De duas frações que têm o mesmo numerador, a
NOMES DADOS ÀS FRAÇÕES DIVERSAS maior é a que tem menor denominador.
Decimais: quando têm como denominador 10 ou 7 7
uma potência de 10 Exemplo: >
5 7 2 5
, ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
10 100 OPERAÇÕES COM FRAÇÕES

b) próprias: aquelas que representam quantidades ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO


menores do que 1. A soma ou a diferença de duas frações é uma outra
1 3 2 fração, cujo calculo recai em um dos dois casos seguin-
, , ,⋅ ⋅ ⋅ etc. tes:
2 4 7
1º CASO: Frações com mesmo denominador. Ob-
c) impróprias: as que indicam quantidades iguais ou servemos as figuras seguintes:
maiores que 1.
5 8 9
, , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
5 1 5
d) aparentes: todas as que simbolizam um número 3 2
natural. 6 6
20 8
= 5, = 4 , etc.
4 2 5
6
e) ordinárias: é o nome geral dado a todas as fra- 3 2 5
ções, com exceção daquelas que possuem como de- Indicamos por: + =
2 3
nominador 10, 10 , 10 ... 6 6 6

f) frações iguais: são as que possuem os termos i-

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 20


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Para adicionar mais de duas frações, reduzimos to-


das ao mesmo denominador e, em seguida, efetuamos
a operação.

Exemplos.
2 2 7 3 3 5 1 1
a) + + = b) + + + =
6 15 15 15 4 6 8 2
2+7+3 18 20 3 12
= = = + + + =
5 15 24 24 24 24
6 12 4
= = 18+ 20+ 3 +12
= =
15 5 24
3 53
=
6 24
5 2 3 Havendo número misto, devemos transformá-lo em
Indicamos por: − = fração imprópria:
6 6 6
Exemplo:
Assim, para adicionar ou subtrair frações de mesmo
1 5 1
denominador, procedemos do seguinte modo: 2 + +3 =
adicionamos ou subtraímos os numeradores e 3 12 6
mantemos o denominador comum. 7 5 19
+ + =
simplificamos o resultado, sempre que possível. 3 12 6
28 5 38
Exemplos: + + =
12 12 12
3 1 3 +1 4 28 + 5 + 38 71
+ = = =
5 5 5 5 12 12
4 8 4 + 8 12 4
+ = = = Se a expressão apresenta os sinais de parênteses (
9 9 9 9 3 ), colchetes [ ] e chaves { }, observamos a mesma
7 3 7−3 4 2
− = = = ordem :
6 6 6 6 3 1º) efetuamos as operações no interior dos parênte-
ses;
2 2 2−2 0
− = = =0 2º) as operações no interior dos colchetes;
7 7 7 7 3º) as operações no interior das chaves.

Observação: A subtração só pode ser efetuada Exemplos:


quando o minuendo é maior que o subtraendo, ou igual 2 3 5 4
a ele. 1) +  −  −  =
3 4 2 2
2º CASO: Frações com denominadores diferentes:  8 9  1
Neste caso, para adicionar ou subtrair frações com = + − =
denominadores diferentes, procedemos do seguinte  12 12  2
modo: 17 1
• Reduzimos as frações ao mesmo denominador. = − =
12 2
• Efetuamos a operação indicada, de acordo com o
17 6
caso anterior. = − =
• Simplificamos o resultado (quando possível). 12 12
11
Exemplos: =
12
1 2 5 3
1) + = 2) + =
3 4 8 6
4 6 15 12
= + = = + =
12 12 24 24
15 + 12
4+6 = =
= = 24
12
27 9
10 5 = =
= = 24 8
12 6

Observações:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 21


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

  3 1   2 3 
2)5 −  −  − 1 +  =
  2 3   3 4 
  9 2   5 3 
= 5 −  −  −  +  =
  6 6   3 4 
 7   20 9 
= 5 −  −  +  =
 6   12 12 
 30 7  29
= − − =
 6 6  12
23 29
= − = 1 2 3
6 12 Dizemos que: = =
2 4 6
46 29
= − =
12 12 - Para obter frações equivalentes, devemos multi-
17 plicar ou dividir o numerador por mesmo número dife-
=
12 rente de zero.
1 2 2 1 3 3
Ex: ⋅ = ou . =
NÚMEROS RACIONAIS 2 2 4 2 3 6

Para simplificar frações devemos dividir o numera-


dor e o denominador, por um mesmo número diferente
de zero.

Quando não for mais possível efetuar as divisões


dizemos que a fração é irredutível.
Um círculo foi dividido em duas partes iguais. Dize-
mos que uma unidade dividida em duas partes iguais e Exemplo:
indicamos 1/2. 18 2 9 3
: = = ⇒ Fração Irredutível ou Sim-
onde: 1 = numerador e 2 = denominador 12 2 6 6
plificada

1 3
Exemplo: e
3 4

Calcular o M.M.C. (3,4): M.M.C.(3,4) = 12


1 3 (12 : 3 ) ⋅ 1 (12 : 4 ) ⋅ 3 temos: 4 e 9
Um círculo dividido em 3 partes iguais indicamos e = e
3 4 12 12 12 12
(das três partes hachuramos 2).
1 4
Quando o numerador é menor que o denominador A fração é equivalente a .
temos uma fração própria. Observe: 3 12

Observe: 3 9
A fração equivalente .
4 12

Exercícios:
1) Achar três frações equivalentes às seguintes fra-
ções:
1 2
1) 2)
4 3
2 3 4 4 6 8
Quando o numerador é maior que o denominador Respostas: 1) , , 2) , ,
temos uma fração imprópria. 8 12 16 6 9 12

FRAÇÕES EQUIVALENTES COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES

Duas ou mais frações são equivalentes, quando re- a) Frações de denominadores iguais.
presentam a mesma quantidade. Se duas frações tem denominadores iguais a maior
será aquela: que tiver maior numerador.
3 1 1 3
Ex.: > ou <
4 4 4 4
Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 22
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

2 2 5 4 5 2 4
b) Frações com numeradores iguais 1) e 2) e 3) , e
5 3 3 3 6 3 5
Se duas frações tiverem numeradores iguais, a me-
nor será aquela que tiver maior denominador.
2 2 4 5
7 7 7 7 Respostas: 1) < 2) <
Ex.: > ou < 5 3 3 3
4 5 5 4
4 5 3
3) < <
c) Frações com numeradores e denominadores 3 6 2
receptivamente diferentes.
Reduzimos ao mesmo denominador e depois com- OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
paramos. Exemplos:
2 1 1) Adição e Subtração
> denominadores iguais (ordem decrescente)
3 3 a) Com denominadores iguais somam-se ou subtra-
4 4 em-se os numeradores e conserva-se o denominador
> numeradores iguais (ordem crescente) comum.
5 3
2 5 1 2 + 5 +1 8
Ex: + + = =
SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES 3 3 3 3 3
4 3 4−3 1
− = =
Para simplificar frações devemos dividir o numera- 5 5 5 5
dor e o denominador por um número diferente de zero.
b) Com denominadores diferentes reduz ao mesmo
Quando não for mais possível efetuar as divisões, denominador depois soma ou subtrai.
dizemos que a fração é irredutível. Exemplo: Ex:
18 : 2 9 : 3 3 1 3 2
= = 1) + + = M.M.C.. (2, 4, 3) = 12
12 : 2 6 : 3 2 2 4 3

Fração irredutível ou simplificada. (12 : 2).1 + (12 : 4).3 + (12.3).2 6 + 9 + 8 23


9 = =
36 12 12 12
Exercícios: Simplificar 1) 2)
12 45 4 2
2) − = M.M.C.. (3,9) = 9
3 4 3 9
Respostas: 1) 2)
4 5 (9 : 3).4 - (9 : 9).2 12 - 2 10
= =
9 9 9
REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MENOR DENOMINA-
DOR COMUM
Exercícios. Calcular:
2 5 1 5 1 2 1 1
1 3 1) + + 2) − 3) + −
Ex.: e 7 7 7 6 6 3 4 3
3 4
8 4 2 7
Respostas: 1) 2) = 3)
Calcular o M.M.C. (3,4) = 12 7 6 3 12
1
e
3
=
(12 : 3 ) ⋅ 1 e (12 : 4 ) ⋅ 3 temos:
3 4 12 12 MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES
4 9
e Para multiplicar duas ou mais frações devemos mul-
12 12 tiplicar os numeradores das frações entre si, assim
1 4 3 como os seus denominadores.
A fração é equivalente a . A fração equiva-
3 12 4 Exemplo:
9 2 3 2 3 6 3
lente . . = x = =
12 5 4 5 4 20 10

Exemplo: Exercícios: Calcular:


2 4 2 5 2 3 4  1 3  2 1
? ⇒ numeradores diferentes e denomina- 1) ⋅ 2) ⋅ ⋅ 3)  +  ⋅  − 
3 5 5 4 5 2 3 5 5 3 3
dores diferentes m.m.c.(3, 5) = 15
10 5 24 4 4
Respostas: 1) = 2) = 3)
(15 : 3).2 (15.5).4 10 12 12 6 30 5 15
? = < (ordem
15 15 15 15
DIVISÃO DE FRAÇÕES
crescente)

Exercícios: Colocar em ordem crescente: Para dividir duas frações conserva-se a primeira e
multiplica-se pelo inverso da Segunda.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 23


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

4 2 4 3 12 6 Outros exemplos:
Exemplo: : = . = =
5 3 5 2 10 5 34 635 2187
1) = 3,4 2) = 6,35 3) =218,7
10 100 10
Exercícios. Calcular:
4 2 8 6  2 3  4 1 Note que a vírgula “caminha” da direita para a es-
1) : 2) : 3)  +  :  −  querda, a quantidade de casas deslocadas é a mesma
3 9 15 25 5 5 3 3 quantidade de zeros do denominador.

20 Exercícios. Representar em números decimais:


Respostas: 1) 6 2) 3) 1
9 35 473 430
1) 2) 3)
10 100 1000
POTENCIAÇÃO DE FRAÇÕES
Respostas: 1) 3,5 2) 4,73 3) 0,430
Eleva o numerador e o denominador ao expoente
dado. Exemplo: LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
3 3
2 2 8
  = 3 = Ex.:
 
3 3 27

Exercícios. Efetuar:
2 4 2 3
3  1  4   1
1)   2)   3)   −  
4 2 3 2

9 1 119
Respostas: 1) 2) 3)
16 16 72

RADICIAÇÃO DE FRAÇÕES

Extrai raiz do numerador e do denominador.


4 4 2
Exemplo: = =
9 9 3
OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS
Exercícios. Efetuar:
1 16 9  1
2 Adição e Subtração
1) 2) 3) +  Coloca-se vírgula sob virgula e somam-se ou sub-
9 25 16  2  traem-se unidades de mesma ordem. Exemplo 1:

1 4 10 + 0,453 + 2,832
Respostas: 1) 2) 3) 1 10,000
3 5
+ 0,453
2,832
NÚMEROS DECIMAIS _______
13,285
Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc,
chama-se fração decimal. Exemplo 2:
3 4 7 47,3 - 9,35
Ex: , , , etc
10 100 100 47,30
9,35
Escrevendo estas frações na forma decimal temos: ______
3 37,95
= três décimos,
10
Exercícios. Efetuar as operações:
4 1) 0,357 + 4,321 + 31,45
= quatro centésimos
100 2) 114,37 - 93,4
7 3) 83,7 + 0,53 - 15, 3
= sete milésimos
1000
Respostas: 1) 36,128 2) 20,97 3) 68,93
Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
MULTIPLICAÇÃO COM NÚMEROS DECIMAIS
3 4 7
=0,3 = 0,04 = 0,007
10 100 1000 Multiplicam-se dois números decimais como se fos-
sem inteiros e separam-se os resultados a partir da

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 24


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

direita, tantas casas decimais quantos forem os alga- DIVISÃO


rismos decimais dos números dados. Para dividir os números decimais, procede-se as-
sim:
Exemplo: 5,32 x 3,8 1) iguala-se o número de casas decimais;
5,32 → 2 casas, 2) suprimem-se as vírgulas;
x 3,8→ 1 casa após a virgula 3) efetua-se a divisão como se fossem números in-
______ teiros.
4256
1596 + Exemplos:
______ ♦ 6 : 0,15 = 6,00 0,15
20,216 → 3 casas após a vírgula
000 40
Exercícios. Efetuar as operações: Igualam – se as casas decimais.
1) 2,41 . 6,3 2) 173,4 . 3,5 + 5 . 4,6 Cortam-se as vírgulas.
3) 31,2 . 0,753 7,85 : 5 = 7,85 : 5,00 785 : 500 = 1,57

Respostas: 1) 15,183 2) 629,9 Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto
3) 23,4936 285

DIVISÃO DE NÚMEROS DECIMAIS Como 285 é menor que 500, acrescenta-se uma
vírgula ao quociente e zeros ao resto
Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o ♦ 2 : 4 0,5
divisor e quando o dividendo for menor que o divisor
acrescentamos um zero antes da vírgula no quociente. Como 2 não é divisível por 4, coloca-se zero e vír-
gula no quociente e zero no dividendo
Ex.: ♦ 0,35 : 7 = 0,350 7,00 350 : 700 =
a) 3:4 0,05
3 |_4_
30 0,75 Como 35 não divisível por 700, coloca-se zero e vír-
20 gula no quociente e um zero no dividendo. Como 350
0 não é divisível por 700, acrescenta-se outro zero ao
b) 4,6:2 quociente e outro ao dividendo
4,6 |2,0 = 46 | 20
60 2,3 Divisão de um número decimal por 10, 100, 1000
0
Obs.: Para transformar qualquer fração em número
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000, ....
decimal basta dividir o numerador pelo denominador.
vezes menor, desloca-se a vírgula para a esquerda,
Ex.: 2/5 = 2 |5 , então 2/5=0,4
respectivamente, uma, duas, três, ... casas decimais.
20 0,4
Exemplos:
Exercícios
25,6 : 10 = 2,56
1) Transformar as frações em números decimais.
04 : 10 = 0,4
1 4 1 315,2 : 100 = 3,152
1) 2) 3)
5 5 4 018 : 100 = 0,18
Respostas: 1) 0,2 2) 0,8 3) 0,25 0042,5 : 1.000 = 0,0425
0015 : 1.000 = 0,015
2) Efetuar as operações:
1) 1,6 : 0,4 2) 25,8 : 0,2 milhar centena dezena Unidade décimo centésimo milésimo
simples
3) 45,6 : 1,23 4) 178 : 4,5-3,4.1/2
5) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4 1 000 100 10 1 0,1 0,01 0,001

Respostas: 1) 4 2) 129 3) 35,07


4) 37,855 5) 200,0833.... LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
Procedemos do seguinte modo:
Multiplicação de um número decimal por 10, 100, 1º) Lemos a parte inteira (como um número natural).
1000 2º) Lemos a parte decimal (como um número natu-
ral), acompanhada de uma das palavras:
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000..... - décimos, se houver uma ordem (ou casa) deci-
vezes maior, desloca-se a vírgula para a direita, res- mal
pectivamente, uma, duas, três, . . . casas decimais. - centésimos, se houver duas ordens decimais;
2,75 x 10 = 27,5 6,50 x 100 = 650 - milésimos, se houver três ordens decimais.
0,125 x 100 = 12,5 2,780 x 1.000 = 2.780
0,060 x 1.000 = 60 0,825 x 1.000 = 825 Exemplos:
1) 1,2 Lê-se: "um inteiro e

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 25


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

dois décimos". irracionais.

2) 12,75 Lê-se: "doze inteiros Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos
e setenta e cinco indicar que o número zero foi excluído de um conjunto.
centésimos".
Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excluído de
3) 8,309 Lê-se: "oito inteiros e N.
trezentos e nove
milésimos''. Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos
indicar que os números negativos foram excluídos de
Observações: um conjunto.
1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte de-
cimal é lida. Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram
Exemplos: excluídos de Z.
a) 0,5 - Lê-se: "cinco Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos
décimos".
indicar que os números positivos foram excluídos de
um conjunto.
b) 0,38 - Lê-se: "trinta e oito
centésimos".
Exemplo: Z − = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos foram
c) 0,421 - Lê-se: "quatrocentos excluídos de Z.
e vinte e um
milésimos". Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o
símbolo (+) ou com o símbolo (-).
2) Um número decimal não muda o seu valor se a-
crescentarmos ou suprimirmos zeros â direita do Exemplos
último algarismo.
Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 " ....... a) Z *− = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os negativos foram
excluídos de Z.
3) Todo número natural pode ser escrito na forma b) Z *+ = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os positivos
de número decimal, colocando-se a vírgula após
o último algarismo e zero (ou zeros) a sua direita. foram excluídos de Z.
Exemplos: 34 = 34,00... 176 = 176,00...
Exercícios resolvidos
1. Completar com ∈ ou ∉ :
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (R)
a) 5 Z g) 3 Q*
b) 5 *
Z−
CORRESPONDÊNCIA ENTRE NÚMEROS E h) 4 Q
PONTOS DA RETA, ORDEM, VALOR ABSOLUTO *
Há números que não admitem representação
decimal finita nem representação decimal infinita e
c) 3,2 Z+
i) ( − 2) 2 Q-
1
periódico, como, por exemplo: d) Z j) 2 R
π = 3,14159265... 4
4 k) 4 R-
2 = 1,4142135... e) Z
1
3 = 1,7320508...
f) 2 Q
5 = 2,2360679... Resolução
a) ∈ , pois 5 é positivo.
Estes números não são racionais: π ∈ Q, 2 b) ∉ , pois 5 é positivo e os positivos foram
*
excluídos de Z −
∈ Q, 3 ∈ Q, 5 ∈ Q; e, por isso mesmo, são
chamados de irracionais. c) ∉ 3,2 não é inteiro.
1
Podemos então definir os irracionais como sendo d) ∉ , poisnão é inteiro.
4
aqueles números que possuem uma representação
4
decimal infinita e não periódico. e) ∈ , pois = 4 é inteiro.
1
Chamamos então de conjunto dos números reais, e f) ∉ , pois 2 não é racional.
indicamos com R, o seguinte conjunto:
g) ∉ , pois 3 não é racional
R= { x | x é racional ou x é irracional}
h) ∈ , pois 4 = 2 é racional
Como vemos, o conjunto R é a união do conjunto
dos números racionais com o conjunto dos números
i) ∉ , pois ( − 2)2 = 4 = 2 é positivo, e os

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 26


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

positivos foram excluídos de Q− . b) ⊄ d) ⊂

j) ∈ , pois 2 é real. 4.
k) ∉ , pois 4 = 2 é positivo, e os positivos foram
excluídos de R−

2. Completar com ⊂ ou ⊄ :
a) N Z* d) Q Z Reta numé rica
Uma maneira prática de representar os números re-
b) N Z+ *
e) Q + R+* ais é através da reta real. Para construí-la, desenha-
c) N Q mos uma reta e, sobre ela, escolhemos, a nosso gosto,
um ponto origem que representará o número zero; a
Resolução: seguir escolhemos, também a nosso gosto, porém à
direita da origem, um ponto para representar a unidade,
a) ⊄ , pois 0 ∈ N e 0 ∉ Z * . ou seja, o número um. Então, a distância entre os pon-
b) ⊂, pois N = Z + tos mencionados será a unidade de medida e, com
c) ⊂ , pois todo número natural é também base nela, marcamos, ordenadamente, os números
racional. positivos à direita da origem e os números negativos à
d) ⊄ , pois há números racionais que não são sua esquerda.
2
inteiros como por exemplo, .
3
e) ⊂ , pois todo racional positivo é também real
positivo.
EXERCÍCIOS
Exercícios propostos: 1) Dos conjuntos a seguir, o único cujos elementos
1. Completar com ∈ ou ∉ são todos números racionais é:
a) 0 N 7  1 
g) Q +* a)  , 2, 3, 5, 4 2 
b) 0 N* 1  2 
c) 7 Z h) 7 Q  2 
d) - 7 Z+ c)  − 1, , 0, 2, 3 
i) 7 2  7 
{ }
Q
e) – 7 Q−
b) − 3, − 2, − 2, 0
R*
{ 4 , 5, 7 }
1 j) 7
f) Q d) 0, 9,
7
2) Se 5 é irracional, então:
2. Completar com ∈ ou ∉
a) 3 Q d) π Q a) 5 escreve-se na forma
m
, com n ≠0 e m, n ∈ N.
b) 3,1 Q e) 3,141414... Q n
c) 3,14 Q b) 5 pode ser racional
m
3. Completar com ⊂ ou ⊄ : c) 5 jamais se escreve sob a forma , com n ≠0 e
n
* N* *
a) Z + d) Z − R m, n ∈ N.
b) Z − N e) Z − R+ d) 2 5 é racional
c) R+ Q
3) Sendo N, Z, Q e R, respectivamente, os conjuntos
4. Usando diagramas de Euler-Venn, represente os dos naturais, inteiros, racionais e reais, podemos
conjuntos N, Z, Q e R . escrever:
Respostas: a) ∀x ∈ N⇒x∈R c) Z ⊃ Q
1. b) ∀x ∈Q⇒x∈Z d) R ⊂ Z
a) ∈ e) ∈ i) ∈
b) ∉ f) ∈ j) ∈
4) Dado o conjunto A = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }, podemos
c) ∈ g) ∈ afirmar que:
d) ∉ h) ∉ a) ∀ x ∈ A ⇒ x é primo
b) ∃ x ∈ A | x é maior que 7
2. c) ∀ x ∈ A ⇒ x é múltiplo de 3
a) ∈ c) ∈ e) ∈ d) ∃ x ∈ A | x é par
b) ∈ d) ∉ e) nenhuma das anteriores

3. 5) Assinale a alternativa correta:


a) ⊂ c) ⊄ e) ⊄ a) Os números decimais periódicos são irracionais

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 27


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

b) Existe uma correspondência biunívoca entre os


pontos da reta numerada, e o conjunto Q.
c) Entre dois números racional existem infinitos nú-
meros racionais.
escrito em linguagem simbólica é:
d) O conjunto dos números irracionais é finito
a) { x ∈ R | 3< x < 15 } c) { x ∈ R | 3 ≤ x ≤ 15 }
6) Podemos afirmar que: b) { x ∈ R | 3 ≤ x < 15 } d) { x ∈ R | 3< x ≤ 15 }
a) todo real é racional.
b) todo real é irracional. 14) Assinale a alternativa falsa:
c) nenhum irracional é racional. a) R* = { x ∈ R | x < 0 ou x >0}
d) algum racional é irracional. b) 3∈ Q
c) Existem números inteiros que não são números
7) Podemos afirmar que: naturais.
a) entre dois inteiros existe um inteiro.
b) entre dois racionais existe sempre um racional.
c) entre dois inteiros existe um único inteiro. d) é a repre-
d) entre dois racionais existe apenas um racional. sentação de { x ∈ R | x ≥ 7 }

8) Podemos afirmar que: 15) O número irracional é:


a) ∀a, ∀b ∈ N⇒a-b∈N a) 0,3333... e)
4
b) ∀a, ∀b ∈ N⇒a:b∈N 5
c) ∀a, ∀b ∈ R⇒a+b∈R b) 345,777... d) 7
d) ∀a, ∀b ∈ Z⇒a:b∈Z
16) O símbolo R − representa o conjunto dos núme-
9) Considere as seguintes sentenças:
ros:
I) 7 é irracional. a) reais não positivos c) irracional.
II) 0,777... é irracional. b) reais negativos d) reais positivos.
III) 2 2 é racional.
Podemos afirmar que: 17) Os possíveis valores de a e de b para que a nú-
a) l é falsa e II e III são verdadeiros. mero a + b 5 seja irracional, são:
b) I é verdadeiro e II e III são falsas.
a) a = 0 e b=0 c) a = 0 e b = 2
c) I e II são verdadeiras e III é falsa.
d) I e II são falsas e III é verdadeira. c) a=1eb= 5 d) a = 16 e b = 0

10) Considere as seguintes sentenças: 18) Uma representação decimal do número 5 é:


I) A soma de dois números naturais é sempre um
a) 0,326... c) 1.236...
número natural.
b) 2.236... d) 3,1415...
II) O produto de dois números inteiros é sempre um
número inteiro.
19) Assinale o número irracional:
III) O quociente de dois números inteiros é sempre
a) 3,01001000100001... e) 3,464646...
um número inteiro.
b) 0,4000... d) 3,45
Podemos afirmar que:
a) apenas I é verdadeiro.
20) O conjunto dos números reais negativos é repre-
b) apenas II é verdadeira.
sentado por:
c) apenas III é falsa.
a) R* c) R
d) todas são verdadeiras.
b) R_ d) R*
11) Assinale a alternativa correta:
21) Assinale a alternativo falso:
a) R ⊂ N c) Q ⊃ N
a) 5 ∈ Z b) 5,1961... ∈ Q
b) Z ⊃ R d) N ⊂ { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 }
5
c) − ∈ Q
12) Assinale a alternativa correto: 3
a) O quociente de dois número, racionais é sempre 22) Um número racional compreendido entre 3 e
um número inteiro.
b) Existem números Inteiros que não são números 6 é:
reais. 3. 6
c) A soma de dois números naturais é sempre um a) 3,6 c)
2
número inteiro.
d) A diferença entre dois números naturais é sempre 6 3+ 6
b) d)
um número natural. 3 2

13) O seguinte subconjunto dos números reais 23) Qual dos seguintes números é irracional?
3
a) 125 c) 27

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 28


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

4 Transformações de unidades: Cada unidade de


b) 1 d) 169
comprimento é dez (10) vezes maior que a unidade
imediatamente. inferior. Na prática cada mudança de vírgula
para a direita (ou multiplicação por dez) transforma uma
unidade imediatamente inferior a unidade dada; e cada
24) é a representação mudança de vírgula para a esquerda (ou divisão por dez)
gráfica de: transforma uma unidade na imediatamente superior.
a) { x ∈ R | x ≥ 15 } b) { x ∈ R | -2≤ x < 4 }
c) { x ∈ R | x < -2 } d) { x ∈ R | -2< x ≤ 4 } Ex.: 45 Km ⇒ 45 . 1.000 = 45.000 m
500 cm ⇒ 500 ÷ 100 = 5 m
RESPOSTAS 8 Km e 25 m ⇒ 8.000m + 25m = 8.025 m
1) d 5) b 9) b 13) b 17) c 21) b ou 8,025 Km.
2) c 6) c 10) c 14) d 18) b 22) b
Resumo
3) a 7) b 11) b 15) d 19) a 23) c
4) e 8) c 12) c 16) b 20) b 24) d

SISTEMA DE MEDIDAS LEGAIS

A) Unidades de Comprimento
B) Unidades de ÁREA
C) Áreas Planas Permitido de um polígono: o perímetro de um polígono
D) Unidades de Volume e de Capacidade é a soma do comprimento de seus lados.
E) Volumes dos principais sólidos geométricos
F) Unidades de Massa

A) UNIDADES DE COMPRIMENTO

Medidas de comprimento:

Medir significa comparar. Quando se mede um


determinado comprimento, estamos comparando este
comprimento com outro tomado como unidade de medida.
Portanto, notamos que existe um número seguido de um
nome: 4 metros — o número será a medida e o nome será a
unidade de medida.

Podemos medir a página deste livro utilizando um Perímetro de uma circunferência: Como a abertura do
lápis; nesse caso o lápis foi tomado como unidade de medida compasso não se modifica durante o traçado vê-se logo que
ou seja, ao utilizarmos o lápis para medirmos o comprimento os pontos da circunferência distam igualmente do ponto zero
do livro, estamos verificando quantas vezes o lápis (tomado (0).
como medida padrão) caberá nesta página.

Para haver uma uniformidade nas relações humanas


estabeleceu-se o metro como unidade fundamental de
medida de comprimento; que deu origem ao sistema métrico
decimal, adotado oficialmente no Brasil.

Múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico: Para


escrevermos os múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico
decimal, utilizamos os seguintes prefixos gregos:

KILO significa 1.000 vezes


Elementos de uma circunferência:
HECTA significa 100 vezes
DECA significa 10 vezes
DECI significa décima parte
CENTI significa centésima parte
MILI significa milésima parte.

1km = 1.000m 1 m = 10 dm
1hm = 100m e 1 m = 100 cm
1dam = 10m 1 m = 1000 mm

O perímetro da circunferência é calculado multiplican-


do-se 3,14 pela medida do diâmetro.

3,14 . medida do diâmetro = perímetro.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 29


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

B) UNIDADES DE ÁREA: a ideia de superfície já é


nossa conhecida, é uma noção intuitiva. Ex.: superfície da
mesa, do assoalho que são exemplos de superfícies planas
enquanto que a superfície de uma bola de futebol, é uma
superfície esférica.

Damos o nome de área ao número que mede uma


superfície numa determinada unidade. Perímetro: é a soma dos quatro lados.
Metro quadrado: é a unidade fundamental de medida Triângulo: a área do triângulo é dada pelo produto da
de superfície (superfície de um quadrado que tem 1 m de base pela altura dividido por dois.
lado).

Propriedade: Toda unidade de medida de superfície é


100 vezes maior do que a imediatamente inferior.

Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado:


Perímetro – é a soma dos três lados.
Múltiplos Submúltiplos
2 2 2 2 2
km : 1.000.000 m m cm : 0,0001 m Trapézio: a área do trapézio é igual ao produto da
2 2 2 2
hm : 10.000 m dm : 0,01 m semi-soma das bases, pela altura.
2 2 2 2
dam : 100 m mm : 0,000001m
2 2
1km = 1000000 (= 1000 x 1000)m
2 2
1 hm = 10000 (= 100 x 100)m
2 2
1dam =100 (=10x10) m

Regras Práticas:

• para se converter um número medido numa unidade


para a unidade imediatamente superior deve-se Perímetro – é a soma dos quatro lados.
dividi-lo por 100.
• para se converter um número medido numa unidade, Losango: a área do losango é igual ao semi-produto
para uma unidade imediatamente inferior, deve-se das suas diagonais.
multiplicá-lo por 100.

Medidas Agrárias:
2
centiare (ca) — é o m
2 2
are (a) —é o dam (100 m )
2 2
hectare (ha) — é o hm (10000 m ).
Perímetro – á a soma dos quatro lados.
C) ÁREAS PLANAS
Área de polígono regular: a área do polígono regular é
Retângulo: a área do retângulo é dada pelo produto da
igual ao produto da medida do perímetro (p) pela medida do
medida de comprimento pela medida da largura, ou, medida
apotema (a) sobre 2.
da base pela medida da altura.

Perímetro: a + a + b + b

Quadrado: a área do quadrado é dada pelo produto


“lado por lado, pois sendo um retângulo de lados iguais, base
= altura = lado. Perímetro – soma de seus lados.

DUNIDADES DE VOLUME E CAPACIDADE

Unidades de volume: volume de um sólido é a medida


deste sólido.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 30


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Chama-se metro cúbico ao volume de um cubo cuja


aresta mede 1 m.

Propriedade: cada unidade de volume é 1.000 vezes


maior que a unidade imediatamente inferior.
Volume do cubo: o cubo é um paralelepipedo
Múltiplos e sub-múltiplos do metro cúbico: retângulo de faces quadradas. Um exemplo comum de cubo,
é o dado.
MÚLTIPIOS SUB-MÚLTIPLOS
3 3 3 3
km ( 1 000 000 000m ) dm (0,001 m )
3 3 3 3
hm ( 1 000 000 m ) cm (0,000001m )
3 3 3 3
dam (1 000 m ) mm (0,000 000 001m )

Como se vê:
3
1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m
3 3
1 hm = 1000000 (100 x 100 x 100) m O volume do cubo é dado pelo produto das medidas
3 3
1dam = 1000 (10x10x10)m de suas três arestas que são iguais.
3 3 3
1m =1000 (= 10 x 10 x 10) dm V = a. a . a = a cubo
3 3
1m =1000 000 (=100 x 100 x 100) cm
3 3
1m = 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm Volume do prisma reto: o volume do prisma reto é
dado pelo produto da área da base pela medida da altura.

Unidades de capacidade: litro é a unidade


fundamental de capacidade. Abrevia-se o litro por l.

O litro é o volume equivalente a um decímetro cúbico.

Múltiplos Submúltiplos

hl ( 100 l) dl (0,1 l)
dal ( 10 l) litro l cl (0,01 l)
ml (0,001 l)

Como se vê:
Volume do cilindro: o volume do cilindro é dado pelo
1 hl = 100 l 1 l = 10 dl produto da área da base pela altura.
1 dal = 10 l 1 l = 100 cl
1 l = 1000 ml

VOLUMES DOS PRINCIPAIS SÓLIDOS


GEOMÉTRICOS

Volume do paralelepípedo retângulo: é o mais comum


dos sólidos geométricos. Seu volume é dado pelo produto de
suas três dimensões. F) UNIDADES DE MASSA

— A unidade fundamental para se medir massa de um


corpo (ou a quantidade de matéria que esse corpo possui), é
o kilograma (kg).
3
— o kg é a massa aproximada de 1 dm de água a 4
graus de temperatura.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 31


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

— Múltiplos e sub-múltiplos do kilograma:


4 + 8 + 12 + 20 44
Múltiplos Submúltiplos ma = = = 11
kg (1000g) dg (0,1 g) 4 4
hg ( 100g) cg (0,01 g)
dag ( 10 g) mg (0,001 g) Mé
dia Aritmé
tica Ponderada (mv):

Como se vê: A média aritmética ponderada de vários números aos


quais são atribuídos pesos (que indicam o número de vezes
1kg = 1000g 1g = 10 dg que tais números figuraram) consiste no quociente da soma
1 hg = 100 g e 1g= 100 cg dos produtos — que se obtém multiplicando cada número
1 dag = 10g 1g = 1000 mg pelo peso correspondente, pela soma dos pesos.

Ex.: No cálculo da média final obtida por um aluno


durante o ano letivo, usamos a média aritmética ponderada.
A resolução é a seguinte:

Matéria Notas Peso


Português 60,0 5
Matemática 40,0 3
História 70,0 2
Para a água destilada, 1.º acima de zero.
60 . 5 + 40 3 + 70 . 2
volume capacidade massa mp =
1dm
2
1l 1kg 5+3+2

Medidas de tempo: 300 + 120 + 140


Não esquecer: = = 56
1dia = 24 horas 10
1 hora = sessenta minutos
1 minuto = sessenta segundos ÂNGULO
1 ano = 365 dias Origem: Wikipé
dia, a enciclopé
dia livre.
1 mês = 30 dias
Ângulo É a região de um plano concebida pela

dia geomé
trica abertura de duas semi-retas que possuem uma origem
em comum, dividindo este plano em duas partes. A
Numa proporção contínua, o meio comum é
abertura do ângulo é uma propriedade invariante deste
denominado média proporcional ou média geométrica dos
extremos. Portanto no exemplo acima 8 é a média
e é medida, no SI, em radianos.
proporcional entre 4 e 16. O quarto termo de uma proporção
contínua é chamado terceira proporcional. Assim, no nosso Unidades de medidas para ângulos
exemplo, 16 é a terceira proporcional depois de 4 e 8. De forma a medir um ângulo, um círculo com centro
no vértice é desenhado. Como a circunferência do
Para se calcular a média proporcional ou geométrica círculo é sempre diretamente proporcional ao
de dois números, teremos que calcular o valor do meio comprimento de seu raio, a medida de um ângulo é
comum de uma proporção continua. Ex.: independente do tamanho do círculo. Note que ângulos
4 X são adimensionais, desde que sejam definidos como a
=
X 16 razão dos comprimentos.
• A medida em radiano de um ângulo é o
4 . 16 x . x comprimento do arco cortado pelo ângulo,
2
dividido pelo raio do círculo. O SI utiliza o radiano
x = 64 x como o unidade derivada para ângulos. Devido
64 =8 ao seu relacionamento com o comprimento do
arco, radianos são uma unidade especial. Senos
4.º proporcional: é o nome dado ao quarto termo de e cossenos cujos argumentos estão em radianos
uma proporção não continua. Ex.: possuem propriedades analíticas particulares, tal
como criar funções exponenciais em base e.
4 12
= , 4 . x = 8 . 12
• A medida em graus de um ângulo é o
8 F comprimento de um arco, dividido pela
96 circunferência de um círculo e multiplicada por
x= =24. 360. O símbolo de graus é um pequeno círculo
4
sobrescrito °. 2π radianos é igual a 360° (um
Nota: Esse cálculo é idêntico ao cálculo do elemento círculo completo), então um radiano é
desconhecido de uma proporção). aproximadamente 57° e um grau é π/180
radianos.

dia Aritmé
tica Simples: (ma) • O gradiano, também chamado de grado, é uma
medida angular onde o arco é divido pela
A média aritmética simples de dois números é dada circunferência e multiplicado por 400. Essa forma
pelo quociente da soma de seus valores e pela quantidade é usado mais em triangulação.
das parcelas consideradas.
Ex.: determinar a ma de: 4, 8, 12, 20
• O ponto é usado em navegação, e é definida
como 1/32 do círculo, ou exatamente 11,25°.
Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 32
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

• O círculo completo ou volta completa representa


o número ou a fração de voltas completas. Por A velocidade média de um trem que percorre cem
exemplo, π/2 radianos = 90° = 1/4 de um círculo quilômetros em duas horas é de cinquenta quilômetros
completo. por hora. O valor médio da velocidade de um corpo é
igual à razão entre o espaço por ele percorrido e o
O ângulo nulo é um ângulo que tem 0º. tempo gasto no deslocamento, de acordo com a
fórmula v = s/t. A representação gráfica da velocidade
A classificação dos ângulos é por sua deve ser feita, em cada ponto, por um segmento
(normalmente) circunferência em graus. orientado que caracteriza seu módulo, sua direção
(tangente à trajetória) e seu sentido (que coincide com
Tipos de ângulos o sentido do movimento). No intervalo de duas horas, a
Com relação às suas medidas, os ângulos podem velocidade do trem pode ter variado para mais ou para
ser classificados como menos em torno da velocidade média. A determinação
• Nulo: Um ângulo nulo mede 0º ou 0 radianos. da velocidade instantânea se faz por meio do cálculo
• Agudo: Ângulo cuja medida é maior do que 0º da velocidade média num intervalo de tempo tão
(ou 0 radianos) e menor do que 90º (ou π/2 próximo de zero quanto possível. O cálculo diferencial,
radianos). inventado por Isaac Newton com esse fim específico,
• Reto: Um ângulo reto é um ângulo cuja medida é permite determinar valores exatos da velocidade
exatamente 90º (ou π/2 radianos). Assim os seus instantânea de um corpo.
lados estão localizados em retas
perpendiculares. RAZÕES E PROPORÇÕES
• Obtuso: É um ângulo cuja medida está entre 90º
e 180º (ou entre π/2 e π radianos). 1. INTRODUÇÃO
• Raso: Ângulo que mede exatamente 180º (ou π Se a sua mensalidade escolar sofresse hoje um rea-
radianos), os seus lados são semi-retas opostas. juste de R$ 80,00, como você reagiria? Acharia caro,
• Côncavo: Ângulo que mede mais de 180º (ou π normal, ou abaixo da expectativa? Esse mesmo valor,
radianos) e menos de 360º (ou 2π radianos). que pode parecer caro no reajuste da mensalidade,
• Giro ou Completo: Ângulo que mede 360º (ou seria considerado insignificante, se tratasse de um
2π radianos). Também pode ser chamado de acréscimo no seu salário.
Ângulo de uma volta.
Naturalmente, você já percebeu que os R$ 80,00
O ângulo reto (90º) é provavelmente o ângulo mais nada representam, se não forem comparados com um
importante, pois o mesmo é encontrado em inúmeras valor base e se não forem avaliados de acordo com a
aplicações práticas, como no encontro de uma parede natureza da comparação. Por exemplo, se a mensali-
com o chão, os pés de uma mesa em relação ao seu dade escolar fosse de R$ 90,00, o reajuste poderia ser
tampo, caixas de papelão, esquadrias de janelas, etc... considerado alto; afinal, o valor da mensalidade teria
quase dobrado. Já no caso do salário, mesmo conside-
Um ângulo de 360 graus é o ângulo que completa o rando o salário mínimo, R$ 80,00 seriam uma parte
círculo. Após esta volta completa este ângulo coincide mínima. .
com o ângulo de zero graus mas possui a grandeza de
360 graus (360 º). A fim de esclarecer melhor este tipo de problema,
vamos estabelecer regras para comparação entre
Observação: É possível obter ângulos maiores do grandezas.
que 360º mas os lados destes ângulos coincidirão com
os lados dos ângulos menores do que 360º na medida 2. RAZÃO
que ultrapassa 360º. Para obter tais ângulos basta Você já deve ter ouvido expressões como: "De cada
subtrair 360º do ângulo até que este seja menor do que 20 habitantes, 5 são analfabetos", "De cada 10 alunos,
360º. 2 gostam de Matemática", "Um dia de sol, para cada
dois de chuva".
VELOCIDADE
A velocidade é uma grandeza vetorial, ou seja, tem Em cada uma dessas. frases está sempre clara uma
direção e sentido, além do valor numérico. Duas comparação entre dois números. Assim, no primeiro
velocidades só serão iguais se tiverem o mesmo caso, destacamos 5 entre 20; no segundo, 2 entre 10, e
módulo, a mesma direção e o mesmo sentido. no terceiro, 1 para cada 2.

Velocidade é a grandeza física que informa com que Todas as comparações serão matematicamente
rapidez e em qual direção um móvel muda de posição expressas por um quociente chamado razão.
no tempo. Sua determinação pode ser feita por meio de
um valor médio (que relaciona o deslocamento total de Teremos, pois:
um corpo ao intervalo de tempo decorrido desde que
ele deixou a posição inicial até quando chegou ao fim De cada 20 habitantes, 5 são analfabetos.
do percurso) ou do valor instantâneo, que diz como a 5
posição varia de acordo com o tempo num determinado Razão =
20
instante.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 33


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática. Exemplo:


2 3 9
Razão = A proporção = , ou 3 : 7 : : 9 : 21, é
10 7 21
lida da seguinte forma: 3 está para 7 assim como 9
c. Um dia de sol, para cada dois de chuva. está para 21. Temos ainda:
1 3 e 9 como antecedentes,
Razão =
2 7 e 21 como consequentes,
7 e 9 como meios e
A razão entre dois números a e b, com b ≠ 0, é o 3 e 21 como extremos.
a
quociente , ou a : b. 3.1 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL
b O produto dos extremos é igual ao produto dos
meios:
Nessa expressão, a chama-se antecedente e b,
consequente. Outros exemplos de razão: a c
= ⇔ ad = bc ; b, d ≠ 0
Em cada 10 terrenos vendidos, um é do corretor. b d
1
Razão =
10 Exemplo:
Se 6 =
24 , então 6 . 96 = 24 . 24 = 576.
Os times A e B jogaram 6 vezes e o time A ganhou 24 96
todas.
6 3.2 ADIÇÃO (OU SUBTRAÇÃO) DOS
Razão = ANTECEDENTES E CONSEQUENTES
6
Em toda proporção, a soma (ou diferença) dos an-
3. Uma liga de metal é feita de 2 partes de ferro e 3 tecedentes está para a soma (ou diferença) dos conse-
partes de zinco. quentes assim como cada antecedente está para seu
consequente. Ou seja:
2 3
Razão = (ferro) Razão = (zinco).
5 5 Se
a
=
c
, entao
a + c
=
a
=
c
,
b d b + d b d
3. PROPORÇÃO a - c a c
Há situações em que as grandezas que estão sendo ou = =
b - d b d
comparadas podem ser expressas por razões de ante-
cedentes e consequentes diferentes, porém com o
mesmo quociente. Dessa maneira, quando uma pes- Essa propriedade é válida desde que nenhum
quisa escolar nos revelar que, de 40 alunos entrevista- denominador seja nulo.
dos, 10 gostam de Matemática, poderemos supor que,
se forem entrevistados 80 alunos da mesma escola, 20 Exemplo:
deverão gostar de Matemática. Na verdade, estamos 21 + 7 28 7
afirmando que 10 estão representando em 40 o mesmo = =
que 20 em 80. 12 + 4 16 4
10 20 21 7
Escrevemos: = =
40 80 12 4
21 - 7 14 7
A esse tipo de igualdade entre duas razões dá-se o = =
nome de proporção. 12 - 4 8 4

c a GRANDEZAS PROPORCIONAIS E DIVISÃO


Dadas duas razões , com b e d ≠ 0,
e PROPORCIONAL
d b
a c
teremos uma proporção se = . 1. INTRODUÇÃO:
b d No dia-a-dia, você lida com situações que envolvem
números, tais como: preço, peso, salário, dias de traba-
Na expressão acima, a e c são chamados de lho, índice de inflação, velocidade, tempo, idade e ou-
antecedentes e b e d de consequentes. . tros. Passaremos a nos referir a cada uma dessas situ-
ações mensuráveis como uma grandeza. Você sabe
A proporção também pode ser representada como a que cada grandeza não é independente, mas vinculada
: b = c : d. Qualquer uma dessas expressões é lida a outra conveniente. O salário, por exemplo, está rela-
assim: a está para b assim como c está para d. E im- cionado a dias de trabalho. Há pesos que dependem
portante notar que b e c são denominados meios e a e de idade, velocidade, tempo etc. Vamos analisar dois
d, extremos. tipos básicos de dependência entre grandezas propor-
cionais.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 34


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

2. PROPORÇÃO DIRETA Número de


pessoas 1 2 4 5 10
Grandezas como trabalho produzido e remuneração
obtida são, quase sempre, diretamente proporcionais.
De fato, se você receber R$ 2,00 para cada folha que Despesa
datilografar, sabe que deverá receber R$ 40,00 por 20 diária (R$ ) 100 200 400 500 1.000
folhas datilografadas.
Você pode perceber na tabela que a razão de au-
Podemos destacar outros exemplos de grandezas
mento do número de pessoas é a mesma para o au-
diretamente proporcionais:
mento da despesa. Assim, se dobrarmos o número de
pessoas, dobraremos ao mesmo tempo a despesa.
Velocidade média e distância percorrida, pois, se
Esta é portanto, uma proporção direta, ou melhor, as
você dobrar a velocidade com que anda, deverá, num
grandezas número de pessoas e despesa diária são
mesmo tempo, dobrar a distância percorrida.
diretamente proporcionais.
Área e preço de terrenos.
Suponha também que, nesse mesmo exemplo, a
quantia a ser gasta pelo grupo seja sempre de
Altura de um objeto e comprimento da sombra pro-
R$2.000,00. Perceba, então, que o tempo de perma-
jetada por ele.
nência do grupo dependerá do número de pessoas.
Assim:
Analise agora a tabela abaixo :
Duas grandezas São diretamente proporcionais Número de 1 2 4 5 10
pessoas
quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas
numa determinada razão, a outra diminui (ou
aumenta) nessa mesma razão. Tempo de
permanência
(dias) 20 10 5 4 2
3. PROPORÇÃO INVERSA
Grandezas como tempo de trabalho e número de Note que, se dobrarmos o número de pessoas, o
operários para a mesma tarefa são, em geral, inver- tempo de permanência se reduzirá à metade. Esta é,
samente proporcionais. Veja: Para uma tarefa que 10 portanto, uma proporção inversa, ou melhor, as gran-
operários executam em 20 dias, devemos esperar que dezas número de pessoas e número de dias são inver-
5 operários a realizem em 40 dias. samente proporcionais.

Podemos destacar outros exemplos de grandezas 4. DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS


inversamente proporcionais:
4. 1 Diretamente proporcional
Velocidade média e tempo de viagem, pois, se você Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricação de
dobrar a velocidade com que anda, mantendo fixa a um mesmo objeto, sendo que A o fez durante 6 horas e
distância a ser percorrida, reduzirá o tempo do percur- B durante 5 horas. Como, agora, elas deverão dividir
so pela metade. com justiça os R$ 660,00 apurados com sua venda?
Na verdade, o que cada um tem a receber deve ser
Número de torneiras de mesma vazão e tempo para diretamente proporcional ao tempo gasto na confecção
encher um tanque, pois, quanto mais torneiras estive-
rem abertas, menor o tempo para completar o tanque. Dividir um número em partes diretamente
proporcionais a outros números dados é
Podemos concluir que : encontrar partes desse número que sejam
diretamente proporcionais aos números dados e
cuja soma reproduza o próprio número.
Duas grandezas são inversamente proporcionais
quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas do objeto.
numa determinada razão, a outra diminui (ou No nosso problema, temos de dividir 660 em partes
aumenta) na mesma razão. diretamente proporcionais a 6 e 5, que são as horas
que A e B trabalharam.
Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A
Vamos analisar outro exemplo, com o objetivo de tem a receber, e de y o que B tem a receber.
reconhecer a natureza da proporção, e destacar a Teremos então:
razão. Considere a situação de um grupo de pessoas
que, em férias, se instale num acampamento que cobra
X + Y = 660
R$100,00 a diária individual.
X Y
Observe na tabela a relação entre o número de =
6 5
pessoas e a despesa diária:
Esse sistema pode ser resolvido, usando as
propriedades de proporção. Assim:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 35


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

X + Y na primeira turma, 10 homens trabalharam durante 5


= Substituindo X + Y por 660, dias; na segunda turma, 12 homens trabalharam duran-
6 + 5 te 4 dias. Estamos considerando que os homens ti-
660 X 6 ⋅ 660 nham a mesma capacidade de trabalho. A empreiteira
vem = ⇒ X = = 360 tinha R$ 29.400,00 para dividir com justiça entre as
11 6 11
Como X + Y = 660, então Y = 300 duas turmas de trabalho. Como fazê-lo?
Concluindo, A deve receber R$ 360,00 enquanto B,
R$ 300,00. Essa divisão não é de mesma natureza das anterio-
res. Trata-se aqui de uma divisão composta em partes
4.2 INVERSAMENTE PROPORCIONAL proporcionais, já que os números obtidos deverão ser
E se nosso problema não fosse efetuar divisão em proporcionais a dois números e também a dois outros.
partes diretamente proporcionais, mas sim inversamen-
te? Por exemplo: suponha que as duas pessoas, A e B, Na primeira turma, 10 homens trabalharam 5 dias,
trabalharam durante um mesmo período para fabricar e produzindo o mesmo resultado de 50 homens, traba-
vender por R$ 160,00 um certo artigo. Se A chegou lhando por um dia. Do mesmo modo, na segunda tur-
atrasado ao trabalho 3 dias e B, 5 dias, como efetuar ma, 12 homens trabalharam 4 dias, o que seria equiva-
com justiça a divisão? O problema agora é dividir R$ lente a 48 homens trabalhando um dia.
160,00 em partes inversamente proporcionais a 3 e a 5,
pois deve ser levado em consideração que aquele que Para a empreiteira, o problema passaria a ser,
se atrasa mais deve receber menos. portanto, de divisão diretamente proporcional a 50 (que
é 10 . 5), e 48 (que é 12 . 4).

Para dividir um número em partes de tal forma que


Dividir um número em partes inversamente propor- uma delas seja proporcional a m e n e a outra a p
cionais a outros números dados é encontrar partes e q, basta divida esse número em partes
desse número que sejam diretamente proporcio- proporcionais a m . n e p . q.
nais aos inversos dos números dados e cuja soma
reproduza o próprio número.
Convém lembrar que efetuar uma divisão em partes
inversamente proporcionais a certos números é o
No nosso problema, temos de dividir 160 em partes mesmo que fazer a divisão em partes diretamente pro-
inversamente proporcionais a 3 e a 5, que são os nú- porcionais ao inverso dos números dados.
meros de atraso de A e B. Vamos formalizar a divisão,
chamando de x o que A tem a receber e de y o que B Resolvendo nosso problema, temos:
tem a receber. Chamamos de x: a quantia que deve receber a
x + y = 160 primeira turma; y: a quantia que deve receber a
segunda turma. Assim:
x y x y x y
Teremos: = = ou =
1 1 10 ⋅ 5 12 ⋅ 4 50 48
3 5 x + y x
⇒ =
50 + 48 50
Resolvendo o sistema, temos:
x + y x x + y x 29400 x
= ⇒ = Como x + y = 29400, então =
1 1 1 8 1 98 50
+
3 5 3 15 3 29400 ⋅ 50
⇒x= ⇒ 15.000
Mas, como x + y = 160, então 98
160 x 160 1
= ⇒ x = ⋅ ⇒ Portanto y = 14 400.
8 1 8 3
15 3 15 Concluindo, a primeira turma deve receber R$
15.000,00 da empreiteira, e a segunda, R$ 14.400,00.
15 1
⇒ x = 160 ⋅ ⋅ ⇒ x = 100 Observação: Firmas de projetos costumam cobrar
8 3 cada trabalho usando como unidade o homem-hora. O
nosso problema é um exemplo em que esse critério
Como x + y = 160, então y = 60. Concluindo, A poderia ser usado, ou seja, a unidade nesse caso seria
deve receber R$ 100,00 e B, R$ 60,00. homem-dia. Seria obtido o valor de R$ 300,00 que é o
resultado de 15 000 : 50, ou de 14 400 : 48.
4.3 DIVISÃO PROPORCIONAL COMPOSTA
Vamos analisar a seguinte situação: Uma empreitei- REGRA DE TRÊS SIMPLES
ra foi contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o
trabalho em duas turmas, prometendo pagá-las propor- REGRA DE TRÊS SIMPLES
cionalmente. A tarefa foi realizada da seguinte maneira:
Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 36
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Retomando o problema do automóvel, vamos zas envolvidas são inversamente proporcionais.


resolvê-lo com o uso da regra de três de maneira Como a proporção é inversa, será necessário inver-
prática. termos a ordem dos termos de uma das colunas, tor-
nando a proporção direta. Assim:
Devemos dispor as grandezas, bem como os valo-
res envolvidos, de modo que possamos reconhecer a 8 60
natureza da proporção e escrevê-la.
Assim: x 90

Grandeza 1: tempo Grandeza 2: distância Escrevendo a proporção, temos:


(horas) percorrida 8 60 8 ⋅ 90
(km) = ⇒ x= = 12
x 90 60
6 900
Concluindo, o automóvel percorrerá a mesma
8 x distância em 12 horas.

Observe que colocamos na mesma linha valores Regra de três simples é um processo prático utilizado
para resolver problemas que envolvam pares de
que se correspondem: 6 horas e 900 km; 8 horas e o
grandezas direta ou inversamente proporcionais.
valor desconhecido.
Essas grandezas formam uma proporção em que se
conhece três termos e o quarto termo é procurado.
Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes,
para indicar a natureza da proporção. Se elas estive-
rem no mesmo sentido, as grandezas são diretamente REGRA DE TRÊS COMPOSTA
proporcionais; se em sentidos contrários, são inversa- Vamos agora utilizar a regra de três para resolver
mente proporcionais. problemas em que estão envolvidas mais de duas
grandezas proporcionais. Como exemplo, vamos anali-
Nesse problema, para estabelecer se as setas têm sar o seguinte problema.
o mesmo sentido, foi necessário responder à pergunta:
"Considerando a mesma velocidade, se aumentarmos Numa fábrica, 10 máquinas trabalhando 20 dias
o tempo, aumentará a distância percorrida?" Como a produzem 2 000 peças. Quantas máquinas serão ne-
resposta a essa questão é afirmativa, as grandezas são cessárias para se produzir 1 680 peças em 6 dias?
diretamente proporcionais.
Como nos problemas anteriores, você deve verificar
Já que a proporção é direta, podemos escrever: a natureza da proporção entre as grandezas e escrever
6 900 essa proporção. Vamos usar o mesmo modo de dispor
= as grandezas e os valores envolvidos.
8 x
Grandeza 1: Grandeza 2: Grandeza 3:
7200 número de máquinas dias número de peças
Então: 6 . x = 8 . 900 ⇒ x = = 1 200
6
10 20 2000
Concluindo, o automóvel percorrerá 1 200 km em 8
horas.
x 6 1680
Vamos analisar outra situação em que usamos a
regra de três. Natureza da proporção: para estabelecer o sentido
das setas é necessário fixar uma das grandezas e
Um automóvel, com velocidade média de 90 km/h, relacioná-la com as outras.
percorre um certo espaço durante 8 horas. Qual será o
tempo necessário para percorrer o mesmo espaço com Supondo fixo o número de dias, responda à ques-
uma velocidade de 60 km/h? tão: "Aumentando o número de máquinas, aumentará o
número de peças fabricadas?" A resposta a essa ques-
Grandeza 1: tempo Grandeza 2: velocidade tão é afirmativa. Logo, as grandezas 1 e 3 são direta-
(horas) (km/h) mente proporcionais.

Agora, supondo fixo o número de peças, responda à


8 90 questão: "Aumentando o número de máquinas, aumen-
tará o número de dias necessários para o trabalho?"
x 60 Nesse caso, a resposta é negativa. Logo, as grandezas
1 e 2 são inversamente proporcionais.
A resposta à pergunta "Mantendo o mesmo espaço
percorrido, se aumentarmos a velocidade, o tempo Para se escrever corretamente a proporção, deve-
aumentará?" é negativa. Vemos, então, que as grande- mos fazer com que as setas fiquem no mesmo sentido,

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 37


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

invertendo os termos das colunas convenientes. Natu- O uso de regra de três simples no cálculo de por-
ralmente, no nosso exemplo, fica mais fácil inverter a centagens é um recurso que torna fácil o entendimento
coluna da grandeza 2. do assunto, mas não é o único caminho possível e nem
sequer o mais prático.
10 6 2000
Para simplificar os cálculos numéricos, é
necessário, inicialmente, dar nomes a alguns termos.
x 20 1680 Veremos isso a partir de um exemplo.

Agora, vamos escrever a proporção: Exemplo:


10 6 2000 Calcular 20% de 800.
= ⋅ 20
x 20 1680 Calcular 20%, ou de 800 é dividir 800 em
100
(Lembre-se de que uma grandeza proporcional a 100 partes e tomar 20 dessas partes. Como a
duas outras é proporcional ao produto delas.) centésima parte de 800 é 8, então 20 dessas partes
10 12000 10 ⋅ 33600 será 160.
= ⇒ x= = 28
x 33600 12000
Chamamos: 20% de taxa porcentual; 800 de
Concluindo, serão necessárias 28 máquinas. principal; 160 de porcentagem.

Temos, portanto:
Principal: número sobre o qual se vai calcular a
porcentagem.
PORCENTAGEM Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100
partes do principal.
1. INTRODUÇÃO Porcentagem: número que se obtém somando
Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha cada uma das 100 partes do principal até
vitrinas, frequentemente se vê às voltas com conseguir a taxa.
expressões do tipo:
"O índice de reajuste salarial de março é de A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao
16,19%." calcularmos uma porcentagem de um principal conhe-
"O rendimento da caderneta de poupança em cido, não é necessário utilizar a montagem de uma
fevereiro foi de 18,55%." regra de três. Basta dividir o principal por 100 e to-
"A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi marmos tantas destas partes quanto for a taxa. Veja-
de 381,1351%. mos outro exemplo.
"Os preços foram reduzidos em até 0,5%."
Exemplo:
Mesmo supondo que essas expressões não sejam Calcular 32% de 4.000.
completamente desconhecidas para uma pessoa, é Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que
importante fazermos um estudo organizado do assunto é a centésima parte de 4 000. Agora, somando 32 par-
porcentagem, uma vez que o seu conhecimento é fer- tes iguais a 40, obtemos 32 . 40 ou 1 280 que é a res-
ramenta indispensável para a maioria dos problemas posta para o problema.
relativos à Matemática Comercial.
Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar
2. PORCENTAGEM o resultado dessa divisão por 32 é o mesmo que multi-
O estudo da porcentagem é ainda um modo de 32
comparar números usando a proporção direta. Só que plicar o principal por ou 0,32. Vamos usar esse
100
uma das razões da proporção é um fração de denomi- raciocínio de agora em diante:
nador 100. Vamos deixar isso mais claro: numa situa-
ção em que você tiver de calcular 40% de R$ 300,00, o
Porcentagem = taxa X principal
seu trabalho será determinar um valor que represente,
em 300, o mesmo que 40 em 100. Isso pode ser resu-
mido na proporção: JUROS SIMPLES
40 x Consideremos os seguintes fatos:
= • Emprestei R$ 100 000,00 para um amigo pelo
100 300
prazo de 6 meses e recebi, ao fim desse tempo,
Então, o valor de x será de R$ 120,00. R$ 24 000,00 de juros.
Sabendo que em cálculos de porcentagem será • O preço de uma televisão, a vista, é R$ 4.000,00.
necessário utilizar sempre proporções diretas, fica Se eu comprar essa mesma televisão em 10
claro, então, que qualquer problema dessa natureza prestações, vou pagar por ela R$ 4.750,00. Por-
poderá ser resolvido com regra de três simples. tanto, vou pagar R$750,00 de juros.
No 1.° fato, R$ 24 000,00 é uma compensação em
3. TAXA PORCENTUAL dinheiro que se recebe por emprestar uma quantia por
Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 38
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

determinado tempo.
3.° exemplo: Tomei emprestada certa quantia du-
No 2.° fato, R$ 750,00 é uma compensação em di- rante 6 meses, a uma taxa de 1,2% ao mês, e devo
nheiro que se paga quando se compra uma mercadoria pagar R$ 3 600,00 de juros. Qual foi a quantia em-
a prazo. prestada?
De acordo com os dados do problema:
Assim: 1,2% em 1 mês ⇒ 6 . 1,2% = 7,2% em 6 meses
Quando depositamos ou emprestamos certa 7,2
quantia por determinado tempo, recebemos uma 7,2% = = 0,072
100
compensação em dinheiro.
Nessas condições, devemos resolver o seguinte
Quando pedimos emprestada certa quantia por
problema:
determinado tempo, pagamos uma compensa-
3 600 representam 7,2% de uma quantia x. Calcule
ção em dinheiro.
x.
Quando compramos uma mercadoria a prazo,
pagamos uma compensação em dinheiro.
Dai:
3600 = 0,072 . x ⇒ 0,072x = 3 600 ⇒
Pelas considerações feitas na introdução, podemos
dizer que : 3600
x=
0,072
Juro é uma compensação em dinheiro que se
x = 50 000
recebe ou que se paga.
Resposta: A quantia emprestada foi de R$
50.000,00.
Nos problemas de juros simples, usaremos a se-
guinte nomenclatura: dinheiro depositado ou empresta- 4.° exemplo: Um capital de R$ 80 000,00, aplicado
do denomina-se capital. durante 6 meses, rendeu juros de R$ 4 800,00.
Qual foi a taxa (em %) ao mês?
O porcentual denomina-se taxa e representa o juro De acordo com os dados do problema:
recebido ou pago a cada R$100,00, em 1 ano. x% em 1 mês ⇒ (6x)% em 6 meses
Devemos, então, resolver o seguinte problema:
O período de depósito ou de empréstimo denomina- 4 800 representam quantos % de 80 000?
se tempo. Dai:
4 800 = 6x . 80 000 ⇒ 480 000 x = 4 800
A compensação em dinheiro denomina-se juro. 4 800 48
x= ⇒ x= ⇒ x = 0,01
480 000 4 800
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE JUROS SIMPLES
1
0,01 = =1%
Vejamos alguns exemplos: 100
Resposta: A taxa foi de 1% ao mês.
1.° exemplo: Calcular os juros produzidos por um
capital de R$ 720 000,00, empregado a 25% ao a- Resolva os problemas:
no, durante 5 anos. - Emprestando R$ 50 000,00 à taxa de 1,1% ao
De acordo com os dados do problema, temos: mês, durante 8 meses, quanto deverei receber
25% em 1ano ⇒ 125% (25 . 5) em 5 anos de juros?
125 - Uma pessoa aplica certa quantia durante 2 anos,
125% = = 1,25 à taxa de 15% ao ano, e recebe R$ 21 000,00 de
100 juros. Qual foi a quantia aplicada?
- Um capital de R$ 200 000,00 foi aplicado durante
Nessas condições, devemos resolver o seguinte 1 ano e 4 meses à taxa de 18% ao ano. No final
problema: desse tempo, quanto receberei de juros e qual o
Calcular 125% de R$ 720 000,00. Dai: capital acumulado (capital aplicado + juros)?
x = 125% de 720 000 = - Um aparelho de televisão custa R$ 4 500,00.
1,25 . 720 000 = 900 000. Como vou comprá-lo no prazo de 10 meses, a lo-
900.000 – 720.000 = 180.000 ja cobrará juros simples de 1,6% ao mês. Quanto
Resposta: Os juros produzidos são de R$ vou pagar por esse aparelho.
180.000,00 - A quantia de R$ 500 000,00, aplicada durante 6
meses, rendeu juros de R$ 33 000,00. Qual foi
2.° exemplo: Apliquei um capital de R$ 10.000,00 a a taxa (%) mensal da aplicação
uma taxa de 1,8% ao mês, durante 6 meses. Quan- - Uma geladeira custa R$ 1 000,00. Como vou
to esse capital me renderá de juros? compra-la no prazo de 5 meses, a loja vendedo-
1,8% em 1 mês ⇒ 6 . 1,8% = 10,8% em 6 meses ra cobrara juros simples de 1,5% ao mês. Quan-
10,8 to pagarei por essa geladeira e qual o valor de
10,8% = = 0,108
100 cada prestação mensal, se todas elas são iguais.
Dai: - Comprei um aparelho de som no prazo de 8 me-
x = 0,108 . 10 000 = 1080 ses. O preço original do aparelho era de R$
Resposta: Renderá juros de R$ 1 080,00. 800,00 e os juros simples cobrados pela firma fo-

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 39


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

ram de R$ 160,00. Qual foi a taxa (%) mensal


dos juros cobrados?
[ 3
]
J = R$1.000,00 (1,3) − 1 = R$1.197,00

Respostas Demonstrando agora, em detalhes, o que se passou


R$ 4 400,00 com os cálculos, temos:
R$ 70 000,00
R$ 48 000,00 e R$ 248 000,00 Ano Juros simples Juros Compostos
R$ 5 220,00 1 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00
2 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.300,00(0,3) = R$ 390,00
1,1% 3 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.690,00(0,3) = R$ 507,00
R$ 1 075,00 e R$ 215,00 R$ 900,00 R$ 1.197,00
2,5%
Vamos dar outro exemplo de juros compostos:
JUROS COMPOSTOS
Suponhamos que você coloque na poupança R$
1. Introdução 100,00 e os juros são de 10% ao mês.
O dinheiro e o tempo são dois fatores que se
encontram estreitamente ligados com a vida das Decorrido o primeiro mês você terá em sua
pessoas e dos negócios. Quando são gerados ex- poupança: 100,00 + 10,00 = 110,00
cedentes de fundos, as pessoas ou as empresas,
aplicam-no a fim de ganhar juros que aumentem o No segundo mês você terá:110,00 + 11,00 =111,00
capital original disponível; em outras ocasiões, pelo
contrário, tem-se a necessidade de recursos No terceiro mês você terá: 111,00 + 11,10 = 111,10
financeiros durante um período de tempo e deve-se
pagar juros pelo seu uso. E assim por diante.
Para se fazer o cálculo é fácil: basta calcular os
Em período de curto-prazo utiliza-se, geralmente, juros de cada mês e adicionar ao montante do mês
como já se viu, os juros simples. Já em períodos de anterior.
longo-prazo, utiliza-se, quase que exclusivamente, os
juros compostos. EQUAÇÕES
EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS
2. Conceitos Básicos
No regime dos juros simples, o capital inicial sobre o IGUALDADES E PROPRIEDADES
qual calculam-se os juros, permanece sem variação São expressões constituídas por números e letras,
alguma durante todo o tempo que dura a operação. No unidos por sinais de operações.
regime dos juros compostos, por sua vez, os juros que
vão sendo gerados, vão sendo acrescentados ao 2 2
Exemplo: 3a ; –2axy + 4x ; xyz; x + 2 , é o mesmo
capital inicial, em períodos determinados e, que por sua 3
2 2
vez, irão gerar um novo juro adicional para o período que 3.a ; –2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a, x, y
seguinte. e z representam um número qualquer.

Diz-se, então, que os juros capitalizam-se e que se Chama-se valor numé rico de uma expressão algébri-
está na presença de uma operação de juros ca quando substituímos as letras pelos respectivos valo-
compostos. res dados:
2
Nestas operações, o capital não é constante através Exemplo: 3x + 2y para x = –1 e y = 2, substituindo
os respectivos valores temos, 3.(–1) + 2.2 → 3 . 1+ 4
2
do tempo; pois aumenta ao final de cada período pela
adição dos juros ganhos de acordo com a taxa → 3 + 4 = 7 é o valor numérico da expressão.
acordada.
Exercícios
Esta diferença pode ser observada através do Calcular os valores numéricos das expressões:
seguinte exemplo: 1) 3x – 3y para x = 1 e y =3
2) x + 2a para x =–2 e a = 0
Exemplo 1: Suponha um capital inicial de R$ 2
3) 5x – 2y + a para x =1, y =2 e a =3
1.000,00 aplicado à taxa de 30.0 % a.a. por um período Respostas: 1) –6 2) –2 3) 4
de 3 anos a juros simples e compostos. Qual será o
total de juros ao final dos 3 anos sob cada um dos Termo algé
brico ou monômio: é qualquer número
rearmes de juros? real, ou produto de números, ou ainda uma expressão
na qual figuram multiplicações de fatores numéricos e
Pelo regime de juros simples: literais.
J = c . i . t = R$ 1.000,00 (0,3) (3) = R$ 900,00 4
Exemplo: 5x , –2y, 3 x , –4a , 3,–x
Pelo regime de juros compostos:
Partes do termo algébrico ou monômio.


(
J = Co  1 + i − 1 =
)
n
 Exemplo:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 40


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

sinal (–) CÁLCULO COM EXPRESSÕES LITERAIS


5
–3x ybz 3 coeficiente numérico ou parte numérica
5
x ybz parte literal Adição e Subtração de monômios e expressões poli-
nômios: eliminam-se os sinais de associações, e redu-
Obs.: zem os termos semelhantes.
1) As letras x, y, z (final do alfabeto) são usadas co-
mo variáveis (valor variável) Exemplo:
2) quando o termo algébrico não vier expresso o co- 2 2
3x + (2x – 1) – (–3a) + (x – 2x + 2) – (4a)
eficiente ou parte numérica fica subentendido que 2 2
3x + 2x – 1 + 3a + x – 2x + 2 – 4a =
este coeficiente é igual a 1. 2 2
3x + 1.x + 2x – 2x + 3a – 4a – 1 + 2 =
2
3 4 3 4
(3+1)x + (2–2)x + (3–4)a – 1+2 =
Exemplo: 1) a bx = 1.a bx 2) –abc = –1.a.b.c 2
4x + 0x – 1.a + 1 =
Termos semelhantes: Dois ou mais termos são se- 2
4x – a + 1
melhantes se possuem as mesmas letras elevadas aos
mesmos expoentes e sujeitas às mesmas operações. Obs.: As regras de eliminação de parênteses são as
mesmas usadas para expressões numéricas no conjunto
Exemplos: Z.
3 3 3
1) a bx, –4a bx e 2a bx são termos semelhantes. Exercícios. Efetuar as operações:
3 3 3
2) –x y, +3x y e 8x y são termos semelhantes. 1) 4x + (5a) + (a –3x) + ( x –3a)
2 2 2
2) 4x – 7x + 6x + 2 + 4x – x + 1
Grau de um monômio ou termo algé
brico: E a soma
dos expoentes da parte literal. Respostas: 1) 2x +3a
2
2) 9x – 3x + 3
Exemplos: MULTIPLICAÇÃO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
4 3 4 3 1
1) 2 x y z = 2.x .y .z (somando os expoentes da
parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8.
Multiplicação de dois monômios: Multiplicam-se os
coeficientes e após o produto dos coeficientes escre-
Expressão polinômio: É toda expressão literal
vem-se as letras em ordem alfabética, dando a cada
constituída por uma soma algébrica de termos ou mo-
letra o novo expoente igual à soma de todos os expoen-
nômios.
tes dessa letra e repetem-se em forma de produto as
2 2 letras que não são comuns aos dois monômios.
Exemplos: 1)2a b – 5x 2)3x + 2b+ 1
Exemplos:
Polinômios na variável x são expressões polinomiais 4 3 2 3 4+1 3+2 1+3
1) 2x y z . 3xy z ab = 2.3 .x . y . z .a.b =
com uma só variável x, sem termos semelhantes. 5 5 4
6abx y z
2 2+1 1 +1 3 2
2) –3a bx . 5ab= –3.5. a .b . x = –15a b x
Exemplo:
2
5x + 2x – 3 denominada polinômio na variável x cuja
2 3 n Exercícios: Efetuar as multiplicações.
forma geral é a0 + a1x + a2x + a3x + ... + anx , onde a0, 2 3 3
1) 2x yz . 4x y z =
a1, a2, a3, ..., an são os coeficientes. 3 2 2 2
2) –5abx . 2a b x =
Grau de um polinômio não nulo, é o grau do monô- 5 4 2 3 3 5
Respostas: 1) 8x y z 2) –10a b x
mio de maior grau.
2
Exemplo: 5a x – 3a x y + 2xy
4 2 EQUAÇÕES DO 1.º GRAU

Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica
maior grau, logo o grau do polinômio é 7. que exprime uma relação de igualdade.

Exercícios Ou ainda: É uma igualdade algébrica que se verifica


1) Dar os graus e os coeficientes dos monômios: somente para determinado valor numérico atribuído à
2 variável. Logo, equação é uma igualdade condicional.
a)–3x y z grau coefciente__________
7 2 2
b)–a x z grau coeficiente__________
c) xyz grau coeficiente__________ Exemplo: 5 + x = 11
↓ ↓
0 0
2) Dar o grau dos polinômios: 1 .membro 2 .membro
4 2
a) 2x y – 3xy + 2x grau __________
5 2
b) –2+xyz+2x y grau __________ onde x é a incógnita, variável ou oculta.

Respostas: Resolução de equações


1) a) grau 4, coeficiente –3
b) grau 11, coeficiente –1 Para resolver uma equação (achar a raiz) seguire-
c) grau 3, coeficiente 1 mos os princípios gerais que podem ser aplicados numa
2) a) grau 5 b) grau 7 igualdade.
Ao transportar um termo de um membro de uma i-

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 41


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

gualdade para outro, sua operação deverá ser invertida. 5x + 2y = 18 -Ι


Exemplo: 2x + 3 = 8 + x 
fica assim: 2x – x = 8 – 3 = 5 ⇒ x = 5 3x - y = 2 - ΙΙ

Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por
2.º membro com as operações invertidas. 2 (para “desaparecer” a variável y).
Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, di- 5x + 2y = 18 5 x + 2 y = 18
 ⇒
zemos ainda que é o conjunto verdade (V). 3x - y = 2 .(2) 6 x − 2 y = 4
soma-se membro a membro:
Exercícios 5x + 2y = 18
Resolva as equações : 6x – 2y = 4
1) 3x + 7 = 19 2) 4x +20=0
22
3) 7x – 26 = 3x – 6 11x+ 0=22 ⇒ 11x = 22 ⇒ x = ⇒x=2
11
Respostas: 1) x = 4 ou V = {4} Substituindo x = 2 na equação I:
2) x = –5 ou V = {–5} 3) x = 5 ou V = {5} 5x + 2y = 18
5 . 2 + 2y = 18
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS 10 + 2y = 18
OU SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES 2y = 18 – 10
2y = 8
Resolução por adição. 8
y=
 x+ y=7 -I 2
Exemplo 1:  y =4
 x − y = 1 - II então V = {(2,4)}

Soma-se membro a membro. Exercícios. Resolver os sistemas de Equação Linear:


2x +0 =8 7 x − y = 20 5 x + y = 7 8 x − 4 y = 28
2x = 8 1)  2)  3) 
5 x + y = 16 8 x − 3 y = 2 2x − 2y = 10
8
x=
2
Respostas: 1) V = {(3,1)} 2) V = {(1,2)} 3) V {(–3,2 )}
x=4

Sabendo que o valor de x é igual 4 substitua este va- INEQUAÇÕES DO 1.º GRAU
lor em qualquer uma das equações ( I ou II ),
Substitui em I fica: Distinguimos as equações das inequações pelo sinal,
4+y=7 ⇒ y=7–4 ⇒ y=3 na equação temos sinal de igualdade (=) nas inequa-
ções são sinais de desigualdade.
Se quisermos verificar se está correto, devemos > maior que, ≥ maior ou igual, < menor que ,
substituir os valores encontrados x e y nas equações ≤ menor ou igual
x+y=7 x–y=1
4 +3 = 7 4–3=1 Exemplo 1: Determine os números naturais de modo
que 4 + 2x > 12.
Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)} 4 + 2x > 12
2x + y = 11 - I 2x > 12 – 4
Exemplo 2 :  8
 x + y = 8 - II 2x > 8 ⇒ x > ⇒ x>4
2
Note que temos apenas a operação +, portanto de-
Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo
vemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1, esco-
que 4 + 2x ≤ 5x + 13
lhendo a II, temos:
4+2x ≤ 5x + 13
2x + y = 11 2x + y = 11
 → 2x – 5x ≤ 13 – 4
 x + y = 8 . ( - 1) - x − y = − 8 –3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por
(-1), invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:
soma-se membro a membro −9
3x ≥ – 9, onde x ≥ ou x ≥ – 3
2x + y = 11 3
 +
 - x- y =-8
Exercícios. Resolva:
x+0 = 3 1) x – 3 ≥ 1 – x,
x=3 2) 2x + 1 ≤ 6 x –2
3) 3 – x ≤ –1 + x
Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fica Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2
3 + y = 8, portanto y = 5 PRODUTOS NOTÁVEIS
Exemplo 3:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 42


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

1.º Caso: Quadrado da Soma 3) 4a. (c + b)


2 2 2
(a + b) = (a+b). (a+b)= a + ab + ab + b
↓ ↓ Exemplo 2:
2 2 2
1.º 2.º ⇒ a + 2ab +b 3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3,
porque MDC (3, 6) = 3.
Resumindo: “O quadrado da soma é igual ao qua- 2
drado do primeiro mais duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o O m.d.c. entre: “a e a é “a” (menor expoente), então
2
quadrado do 2.º. o fator comum da expressão 3a + 6a é 3a. Dividindo
2
3a : 3a = a e 6 a : 3 a = 2, fica: 3a. (a + 2).
Exercícios. Resolver os produtos notáveis
2 2 2 2
1)(a+2) 2) (3+2a) 3) (x +3a) Exercícios. Fatorar:
2 2 3 2
1) 4a + 2a 2) 3ax + 6a y 3) 4a + 2a
Respostas: 1.º caso
2 2
1) a + 4a + 4 2) 9 + 12a + 4a Respostas: 1.º caso 1) 2a .(2a + 1)
4 2 2 2
3) x + 6x a + 9a 2) 3a .(x + 2ay) 3) 2a (2a + 1)

2.º Caso : Quadrado da diferença 2.º Caso: Trinômio quadrado perfeito (É a “ope-
2 2 2
(a – b) = (a – b). (a – b) = a – ab – ab - b ração inversa” dos produtos notáveis caso 1)
↓ ↓
1.º 2.º
2
⇒ a – 2ab + b
2 Exemplo 1
2 2
a + 2ab + b ⇒ extrair as raízes quadradas do ex-
Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao
quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o tremo a2 + 2ab + b2 ⇒ a 2 = a e b2 = b e o
2 2 2
quadrado do 2.º. termo do meio é 2.a.b, então a + 2ab + b = (a + b)
(quadrado da soma).
Exercícios. Resolver os produtos notáveis:
2 2 2 2 Exemplo 2:
1) (a – 2) 2) (4 – 3a) 3) (y – 2b) 2
4a + 4a + 1 ⇒ extrair as raízes dos extremos
Respostas: 2.º caso
2 2 4a + 4a + 1 ⇒ 4a2 = 2a , 1 = 1 e o termo cen-
2
1) a – 4a +4 2) 16 – 24a + 9a 2 2
4 2
3) y – 4y b + 4b
2 tral é 2.2a.1 = 4a, então 4a + 4a + 1 = (2a + 1)

3.º Caso: Produto da soma pela diferença Exercícios


2 2 2
(a – b) (a + b) = a – ab + ab +b = a – b
2 Fatorar os trinômios (soma)
2 2 2
1) x + 2xy + y 2) 9a + 6a + 1
↓ ↓ ↓ ↓ 2
3) 16 + 8a + a
1.º 2.º 1.º 2.º
2
Respostas: 2.º caso 1) (x + y)
Resumindo: “O produto da soma pela diferença é 2 2
2) (3a + 1) 3) (4 + a)
igual ao quadrado do 1.º menos o quadrado do 2.º.
Fazendo com trinômio (quadrado da diferença)
Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela dife- 2 2
x – 2xy + y , extrair as raízes dos extremos
rença:
1) (a – 2) (a + 2) 2) (2a – 3) (2a + 3) x2 = x e y 2 = y, o termo central é –2.x.y, então:
2 2
3) (a – 1) (a + 1) 2 2
x – 2xy + y = (x – y)
2

Respostas: 3.º caso Exemplo 3:


2 2
1) a – 4 2) 4a – 9 2
16 – 8a + a , extrair as raízes dos extremos
4
3) a – 1
16 = 4 e a2 = a, termo central –2.4.a = –8a,
2 2
FATORAÇÃO ALGÉBRICA então: 16 – 8a + a = (4 – a)

1.º Caso: Fator Comum Exercícios


Fatorar:
2 2 2 2
Exemplo 1: 1) x – 2xy + y 2) 4 – 4a + a 3) 4a – 8a + 4
2a + 2b: fator comum é o coeficiente 2, fica:
2
2 .(a+b). Note que se fizermos a distributiva voltamos Respostas: 2.º caso 1) (x – y)
2 2
no início (Fator comum e distributiva são “operações 2) (2 – a) 3) (2a – 2)
inversas”)
3.º Caso: (Diferença de dois quadrados) (note que
Exercícios. Fatorar: é um binômio)
1) 5 a + 5 b 2) ab + ax 3) 4ac + 4ab
Exemplo 1
Respostas: 1.º caso
a2 = a e
2 2
a – b , extrair as raízes dos extremos
1) 5 .(a +b ) 2) a. (b + x)

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 43


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

índice e o radicando forem iguais.


b2 = b, então fica: a – b = (a + b) . (a – b)
2 2

Exemplos:
Exemplo 2:
1) 2, 3 2 , - 2 são semelhantes observe o n = 2
a2
2
4 – a , extrair as raízes dos extremos 4 = 2,
2 “raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 2 5 = 5
= a, fica: (4 – a ) = (2 – a). (2+ a)
2) 53 7 , 3 7 , 23 7 são semelhantes
Exercícios. Fatorar:
2 2 2 2
1) x – y 2) 9 – b 3) 16x – 1 Operações: Adição e Subtração
Só podemos adicionar e subtrair radicais semelhan-
Respostas: 3.º caso 1) (x + y) (x – y) tes.
2) (3 + b) (3 – b) 3) (4x + 1) (4x – 1)
Exemplos:
EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS 1) 3 2 − 2 2 + 5 2 = (3 − 2 + 5 ) 2 = 6 2
2) 53 6 − 33 6 + 73 6 = (5 − 3 + 7 )3 6 = 93 6
São Equações cujas variáveis estão no denominador
4 1 3
Ex: = 2, + = 8, note que nos dois exem- Multiplicação e Divisão de Radicais
x x 2x Só podemos multiplicar radicais com mesmo índice e
plos x ≠ 0, pois o denominador deverá ser sempre dife- usamos a propriedade: n a ⋅ n b = n ab
rente de zero.
Exemplos
Para resolver uma equação fracionária, devemos a-
char o m.m.c. dos denominadores e multiplicamos os 1) 2 ⋅ 2 = 2.2 = 4 = 2
dois membros por este m.m.c. e simplificamos, temos 2) 3 ⋅ 4 = 3 . 4 = 12
então uma equação do 1.º grau. 3
3) 3 ⋅ 3 9 = 3 3 . 9 = 3 27 = 3
1 7
Ex: + 3 = , x ≠ 0, m.m.c. = 2x 4) 3
5 ⋅ 3 4 = 3 5 . 4 = 3 20
x 2
1 7 5) 3 ⋅ 5 ⋅ 6 = 3 . 5 . 6 = 90
2x . +3 = . 2x
x 2
2x 14 x Exercícios
+ 6x = , simplificando
x 2
Efetuar as multiplicações
2 + 6x = 7x ⇒ equação do 1.º grau. 1) 3⋅ 8 2) 5⋅ 5 3) 3 6 ⋅ 3 4 ⋅ 3 5
Respostas: 1) 24 2) 5 3) 3 120
Resolvendo temos: 2 = 7x – 6x
2 = x ou x = 2 ou V = { 2 }
Para a divisão de radicais usamos a propriedade
Exercícios a
também com índices iguais = a : b = a:b
Resolver as equações fracionárias: b
3 1 3
1) + = x≠0
x 2 2x Exemplos:
1 5
2) + 1 = x≠0
x 2x 18
1) = 18 : 2 = 18 : 2 = 9 = 3
Respostas: Equações: 1) V = {–3} 2) V = { 3 } 2
2
20
2) = 20 : 10 = 20 : 10 = 2
RADICAIS 10
3
15
4 = 2, 1 = 1, 9 = 3, 16 = 4 , etc., são raízes exa- 3) = 3 15 : 3 5 = 3 15 : 5 = 3 3
3
5
tas são números inteiros, portanto são racionais: 2=
1,41421356..., 3 = 1,73205807..., 5 = Exercícios. Efetuar as divisões
2,2360679775..., etc. não são raízes exatas, não são 3
6 16 24
números inteiros. São números irracionais. Do mesmo 1) 2) 3)
3
3 2 6
modo 3 1 = 1, 3 8 = 2 , 3 27 = 3 , 3 64 = 4 ,etc., são
Respostas: 1) 2 2) 2 3) 2
racionais, já 3 9 = 2,080083823052.., 3
20 =
2,714417616595... são irracionais. Simplificação de Radicais

Nomes: n a = b : n = índice; a = radicando = sinal Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raí-
n n
da raiz e b = raiz. Dois radicais são semelhantes se o zes exatas usando a propriedade a simplificar índice

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 44


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

com expoente do radicando. 3


2 ⋅ 3 22 23 4 23 4 3
2 22
Exemplos: ⋅ = = = = 4
21 ⋅ 22 2
3 3 3 3
1)Simplificar 12 21 22 23
decompor 12 em fatores primos:
12 2 Exercícios.
Racionalizar:
2
6 2 12 = 22 ⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 2 3 1 3 3
2
3 3 1) 2) 3)
3 3 3
1 4 22 3
2) Simplificar 32 , decompondo 32 fica: 3
16 33 2 3
18
Respostas: 1) 2) 3)
32 2 4 2 3
16 2
8 2 PROGRESSÕES
4 2
2 2
Observe a seguinte sequência: (5; 9; 13; 17; 21; 25; 29)
32 = 22 ⋅ 22 ⋅ 2 = 2 2 2 ⋅ 2 22 ⋅ 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 4 2
Cada termo, a partir do segundo, é obtido somando-
se 4 ao termo anterior, ou seja:
3) Simplificar 3 128 , decompondo fica:
an = an – 1 + 4 onde 2 ≤ n ≤ 7
128 2
64 2
Podemos notar que a diferença entre dois termos
32 2
sucessivos não muda, sendo uma constante.
16 2
8 2 a2 – a1 = 4
4 2 a3 – a2 = 4
2 2 ..........
1 a7 – a6 = 4
fica
3 3 3 Este tipo de sequência tem propriedades
3
128 = 23 ⋅ 23 ⋅ 2 = 23 ⋅ 23 ⋅ 3 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 3 2 = 43 2
interessantes e são muito utilizadas, são chamadas de
PROGRESSÕES ARITMÉTICAS.
Exercícios
Simplificar os radicais: Definição:
1) 20 2) 50 3) 3 40 Progressão Aritmética ( P.A.) é toda sequência
onde, a partir do segundo, a diferença entre um termo
Respostas: 1) 2 5 2) 5 2 3) 2. 3 5
e seu antecessor é uma constante que recebe o nome
de razão.
Racionalização de Radiciação
Em uma fração quando o denominador for um radical AN – AN -1 = R ou AN = AN – 1 + R
2
devemos racionalizá-lo. Exemplo: devemos multipli- Exemplos:
3 a) ( 2, 5, 8, 11, 14, . . . . ) a1 = 2 e r = 3
car o numerador e o denominador pelo mesmo radical 1 1 3 1 1 1
do denominador. b) ( , , , ,. . . . ) a1 = e r=
16 8 16 4 16 16
2 3 2 3 2 3 2 3
⋅ = = = c) ( -3, -3, -3, -3, ......) a1 = –3 e r = 0
3 3 3⋅3 9 3
d) ( 1, 3, 5, 7, 9, . . . . ) a1 = 1 e r = 2
2 2 3
e são frações equivalentes. Dizemos que Classificação
3 3
As Progressões Aritméticas podem ser classificadas
3 é o fator racionalizante. em três categorias:
1.º) CRESCENTES são as PA em que cada termo
Exercícios é maior que o anterior. É imediato que isto
Racionalizar: ocorre somente se r > 0.
1 2 3 (0, 5, 10, 15, 20, 25, 30 )
1) 2) 3) (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14 )
5 2 2 2.º) DECRESCENTES são as PA em que cada
5 6 termo é menor que o anterior. Isto ocorre se r <
Respostas: 1) 2) 2 3) 0.
5 2
( 0, - 2, - 4, - 6, - 8, - 10, - 12)
( 13, 11, 9, 7, 5, 3, 1 )
2 3.º) CONSTATES são as PA em que cada termo é
Outros exemplos: devemos fazer:
3
2 igual ao anterior. É fácil ver que isto só ocorre
quando r = 0.
( 4, 4 , 4, 4, 4, 4 )

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 45


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

( 6, 6, 6, 6, 6, 6, 6 ) 1º termo A = 2
B−A
Aplicando a fórmula: último termo B = 10
As PA também podem ser classificadas em: K +1
a) FINITAS: ( 1, 3, 5, 7, 9, 11) k meios = 3
b) INFINITAS: ( 6, 10 , 14 , 18 , ...) Substituindo na forma acima vem:
B−A 10 − 2 8
⇒ = = 2
lV - TERMO GERAL K +1 3 +1 4
Podemos obter uma relação entre o primeiro termo portanto a razão da PA é 2
e um termo qualquer, assim:
a2 = a1 + r A Progressão Aritmética procurada será: 2, 4, 6, 8,
a3 = a2 + r = ( a1 + r ) + r = a1 + 2r 10.
a4 = a3 + r = ( a1 + 2r ) + r = a1 + 3r
VII –SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA
a5 = a4 + r = ( a1 + 3r ) + r = a1 + 4r PA
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Podemos determinar a fórmula da soma dos n
a10 = a9 + r = ( a1 + 8r ) + r = a1 + 9r primeiros termos de uma PA Sn da seguinte forma:
logo AN = A 1 + ( N – 1) . R Sn = a1 + a2 + a3 +....+ an -2 + an -1 + an ( + )
Sn = an -2 + an -1 + an +....+ a1 + a2 + a3
que recebe o nome de fórmula do Termo Geral de
uma Progressão Aritmética.
2Sn = (a1+ an) + (a1+ an)+ (a1 + an)+....+ (a1+ an)
V - TERMOS EQUIDISTANTES
Em uma PA finita, dois termos são chamados Observe que aqui usamos a propriedade dos termos
equidistantes dos extremos, quando o número de equidistantes, assim: 2Sn = n (a1+ an)
termos que precede um deles é igual ao número de ( A + AN ) ⋅ N
termos que sucede o outro. logo: SN = 1
2
Por exemplo: Dada a PA
EXERCICIOS
( a1, a2, a3, a4, a5, a6, a7, a8 ) Não esquecer as denominações:
an → termo de ordem n
a1 → 1º termo
n → número de termos
r → razão

a2 e a7 são equidistantes dos extremos 1) Determinar o 20º termo (a20) da PA (2, 5, 8, ...)
a3 e a6 são equidistantes dos extremos Resolução:
a1 = 2 an = a1 + (n – 1) . r
E temos a seguinte propriedade para os termos
r=5–2=8–5=3 a20 = 2 + (20 – 1) . 3
equidistantes: A soma de dois termos equidistantes dos
extremos é uma constante igual à soma dos extremos. n = 20 a20 = 2 + 19 . 3
a20 = ? a20 = 2 + 57
Exemplo: a20 = 59
( –3, 1, 5, 9, 13, 17, 21, 25, 29 )
– 3 e 29 são extremos e sua soma é 26 2) Escrever a PA tal que a1 = 2 e r = 5, com sete
1 e 25 são equidistantes e sua soma é 26 termos.
5 e 21 são equidistantes e sua soma é 26 Solução: a2 = a1 + r = 2 + 5= 7
Dessa propriedade podemos escrever também que:
Se uma PA finita tem número ímpar de termos a3 = a2 + r = 7 + 5 = 12
então o termo central é a média aritmética dos a4 = a3 + r = 12 + 5 = 17
extremos. a5 = a4 + r = 17 + 5 = 22
a6 = a5 + r = 22 + 5 = 27
VI - INTERPOLACÃO ARITMÉTICA
a7 = a6 + r = 27 + 5 = 32
Dados dois termos A e B inserir ou interpolar k
meios aritméticos entre A e B é obter uma PA cujo
Logo, a PA solicitada no problema é: (2, 7, 12, 17,
primeiro termo é A, o último termo é B e a razão é
22, 27, 32).
calculada através da relação:
B−A 3) Obter a razão da PA em que o primeiro termo é
K +1 – 8 e o vigésimo é 30.
Exemplo: Solução:
Interpolar (inserir) 3 meios aritméticos entre 2 e 10 a20 = a1 + 19 r = ⇒ 30 = – 8 + 19r ⇒
de modo a formar uma Progressão Aritmética. ⇒ 30 + 8 = 19r ⇒ 38 = 19r ⇒ r = 38 = 2
19
Solução:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 46


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

4) Calcular r e a5 na PA (8, 13, 18, 23, ....) a 2 a3 a 4


ou seja: = = =. . .= q
Solução: a1 a2 a3
r = 23 – 18 = 13 – 8 = 5
CLASSIFICAÇÃO E TERMO GERAL
a 5 = a4 + r Quanto ao número de termos, podemos classificar a
a5 = 23 + 5 Progressão Geométrica em:
a5 = 28 - FINITA: quando o nº de termo for finito: 2, 4, 8,
16, 32, 64 ( 6 termos)
5) Achar o primeiro termo de uma PA tal que - INFINITA: quando o número de termos for
r = – 2 e a10 = 83. infinito: 2, 4, 8, 16, 32, 64, . . .
Solução:
Aplicando a fórmula do termo geral, teremos que o Quanto à razão, podemos classificar a PG em:
- CRESCENTE: quando cada termo é maior que o
décimo termo é: a10 = a1 + ( 10 – 1 ) r ou seja: anterior: 2, 4, 8, 16, 32
83 = a1 + 9 . (–2) ⇒ – a1 = – 18 – 83 ⇒ - DECRESCENTE: quando cada termo é menor
⇒ – a1 = – 101 ⇒ a1 = 101 que o anterior: 16, 8, 4, 2, 1, 1/2, 1/4, ..,
- CONSTANTE: quando cada termo é igual ao
6) Determinar a razão (r) da PA, cujo 1º termo (a1) anterior: 3, 3, 3, 3, 3, . . . (q = 1)
- OSCILANTE OU ALTERNANTE: quando cada
é – 5 e o 34º termo (a34) é 45.
termo, a partir do segundo tem sinal contrário ao
Solução:
do termo anterior.
a1 = –5 a34 = – 5 + (34 – 1) .r
a34 = 45 45 = – 5 + 33 . r Em alguns problemas, seria útil existir uma relação
n = 34 33 r = 50 entre o primeiro termo e um termo qualquer. Vejamos
50 como obtê-la.
R=? r=
33 a2 = a1 . q
2
a3 = a2 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
2 3
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS a4 = a3 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
3 4
a5 = a4 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
1 - DEFINIÇÃO . . . . . . . . . . . . .
Vejamos a sequência 2, 6, 18, 54, 162 an = an -1 . q = ( a1 . q
n -2
) . q = a1 . q
n -1

Onde cada termo, a partir do 2.º, é obtido AN = A1 . Q N -1


multiplicando-se o termo anterior por 3, ou seja:
Esta última expressão é chamada termo geral de
an = an – 1 . 3 n = 2, 3, . . . , 5
uma Progressão Geométrica.
Observe que o quociente entre dois termos EXERCÍCIOS
sucessivos não muda, sendo uma constante.
1) Determinar o 9.º termo (a9) da P.G. (1, 2, 4, 8;....).
a2 6
= = 3 Solução:
a1 2 an → termo de ordem n
a3 18 a1 → 1º termo
= = 3
a2 6 n → número de termos
a4 54 q → razão
= = 3
a3 18 n –1
FÓRMULA DO TERMO GERAL: an = a1 . q
a5 162
= = 3 a1 = 1 q=4=2=2 n=9 a9 = ?
a4 54
2 1
9 –1 8
a9 = 1 . 2 ⇒ a9 = 1 . 2 ⇒
Sequências onde o quociente entre dois termos
consecutivos é uma constante também possuem a9 = 1 . 256 ∴ a9 = 256
propriedades interessantes. São também úteis para a
Matemática recebem um nome próprio: 2) Determinar a1 (1º termo) da PG cuja a8 (8º termo)
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS. é 729, sabendo-se que a razão é 3.
Solução:
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS é toda sequência a1 = ? q=3 n=8 a8 = 729
em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao 8 –1
a8 = a1 . 3
produto do seu termo precedente por uma constante. 729 = a1 . 3
7
Esta constante é chamada razão da progressão 6 7
geométrica. 3 = a1 . 3
6 7
a1 = 3 : 3
Em símbolos: –1 1
a1 = 3 ⇒ a1 =
AN = A N - 1 . Q N = 1, 2, 3, . . . 3

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 47


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Sn = a1 + a2 + a3 + .... + an
3) Determinar a razão de uma PG com 4 termos
cujos extremos são 1 e 64. Observe que, se q = 1, temos S = n . a1.
4 –1
Solução: a4 = a1 . q Suponhamos agora que, na progressão dada,
64 = 1 . q
4 –1 tenhamos q ≠ 1. Multipliquemos ambos os membros
3 3 por q.
4 =1 .q
3
4 =q
3 Sn . q = a1 . q + a2 . q + a3 . q +....+ an –1 . q + an . q
q =4 Como a1 . q = a2 , a2 . q = a3 , ... an –1 . q = an
temos:
TERMOS EQUIDISTANTES Sn . q = a2 + a3 + a4 +....+ an + an . q
Em toda PG finita, o produto de dois termos
equidistantes dos extremos é igual ao produto dos E sendo a2 + a3 + a4 +....+ an = Sn – a1 , vem:
extremos. Sn . q = Sn – a1 + an . q
Exemplo: Sn - Sn . q = a1 - an . q
( 1, 3, 9, 27, 81, 243 ) a -a . q
Sn = 1 n ( q ≠ 1)
1 e 243 extremos → produto = 243 1- q
3 e 81 equidistantes → produto = 3 . 81 = 243
a1 - a1 . qn -1 ⋅ q
9 e 27 equidistantes → produto = 9 . 27 = 243 Sn =
1- q
Desta propriedade temos que: a1 - a1 . qn
Em toda Progressão Geométrica finita com número Sn =
1- q
ímpar de termos, o termo médio é a média geométrica
dos extremos. 1 - qn
Sn = a1 ⋅ ( q ≠ 1)
1- q
Exemplo: ( 3, 6, 12, 24, 48, 96, 192)
2
24 = 3 . 192
VII - SOMA DOS TERMOS DE UMA PG INFINITA
IV - PRODUTO DOS N PRIMEIROS TERMOS COM - 1 < Q < 1
DE UMA PG Vejamos como calcular S = 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + . . .
Sendo a1, a2, a3, ..., an uma PG de razão q, 2 4 8 16
indicamos o produto dos seus n primeiros termos por:
Pn = a1 . a2 . a3 . ... . an Neste caso, temos a soma dos termos de uma PG
1
0bserve que: infinita com q = .
2 3 n –1 2
Pn = a1. ( a1 . q ) . (a1 . q ) . (a1 . q ) ... (a1 . q )
1 2 3 n –1
Pn = ( a1. a1 . a1 . . . . a1 ) . ( q . q . q . . . q ) Multiplicando por 2 ambos os membros, temos:
1+ 2 + 3 + . . . + (n -1)
Pn = a1n. q
1 1 1 1
2S = 2 + 1 + + + + + . ..
Mas 1 + 2 + 3 + .... + (n –1) é uma PA de (n –1) 2 4 8 16
termos e razão 1. Considerando a fórmula da soma dos S
termos de uma PA, temos:
2S=2+S ⇒ S=2
(a + a )n
S= 1 n ⇒S=
[ 1+ ( n - 1) ] ⋅ n - 1 ⇒ S = n (n − 1) 1 1 1
2 2 2 Calculemos agora S = 1 + + + + ...
3 9 27
Multiplicando por 3 ambos os membros, temos:
Assim, podemos afirmar que:
n ( n -1) 1 1 1
3 S = 3 +1 + + + +...
3 9 27
PN = A N • Q 2 S
1
3
3S = 3 + S ⇒ 2S = 3 ⇒ S =
V - INTERPOLAÇÃO GEOMÉTRICA. 2
Inserir ou interpolar k meios geométricos entre os
números A e B, significa obter uma PG de k+2 termos, Vamos obter uma fórmula para calcular a soma dos
onde A é o primeiro termo e B é o último e a razão é termos de uma PG infinita com -1 < q < 1, Neste caso a
B soma converge para um valor que será indicado por S
dada por: QK +1 = S = a1 + a2 + a3 +....+ an + . . .
A
2 n –1
S = a1 + a1 . q + a1 . q +....+ a1 . q +...
VI - SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PG
Seja uma PG de n termos a1 , a2, a3, ...., an multiplicando por q ambos os membros, temos:
2 3 n
Sq = a1q+ a1 q + a1 q +....+ a1 q + . . . ⇒
A soma dos n primeiros termos será indicada por: ⇒ Sq = S – a1 ⇒ S – Sq = a1
Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 48
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

a1 Se um primeiro evento pode ocorrer de m maneiras


⇒ S(1 – q) = a1 ⇒ S = diferentes e um segundo evento, de k maneiras diferen-
1− q
tes, então, para ocorrerem os dois sucessivamente,
Resumindo:
existem m . k maneiras diferentes.
se - 1 < q < 1, temos:
Aplicações
a1 1) Uma moça dispõe de 4 blusas e 3 saias. De
S = a1 + a2 + a3 + .... + an + . . . =
1− q quantos modos distintos ela pode se vestir?

EXERCÍCIOS Solução:
1) Determinar a soma dos termos da PG A escolha de uma blusa pode ser feita de 4 manei-
1 1 1 ras diferentes e a de uma saia, de 3 maneiras diferen-
( 1, , , . . . . , ) tes.
2 4 64
1
Solução: a1 = 1 q= Pelo PFC, temos: 4 . 3 = 12 possibilidades para a
2 escolha da blusa e saia. Podemos resumir a resolução
a1 - an . q no seguinte esquema;
Sn =
1- q
Blusa saia
1 1 1
1- . 1-
Sn = 64 2 ⇒ S = 128
n
1 1
1-
2 2 4 . 3 = 12 modos diferentes
127
127 127 2) Existem 4 caminhos ligando os pontos A e B, e
Sn = 128 = ⋅ 2 ⇒ Sn = ou 5 caminhos ligando os pontos B e C. Para ir de
1 128 64
A a C, passando pelo ponto B, qual o número
2
de trajetos diferentes que podem ser realiza-
Sn = 1,984375
dos?

2) Determinar a soma dos oito primeiros termos da Solução:


2 3
PG (2, 2 , 2 , . . .). Escolher um trajeto de A a C significa escolher um
Solução: caminho de A a B e depois outro, de B a C.
a1 = 2 q = 2 n=8
a1 ⋅ ( 1 - qn )
Sn =
1- q
2 ⋅ ( 1 - 28 ) 2 ⋅ ( 1 - 256)
S8 = = = Como para cada percurso escolhido de A a B temos
1- 2 -1
ainda 5 possibilidades para ir de B a C, o número de
2 ⋅ ( - 255)
= = 510 ∴ S8 = 510 trajetos pedido é dado por: 4 . 5 = 20.
−1
Esquema:
1 1 1 Percurso Percurso
3) Determinar a razão da PG ( 2 ; 1; ; ; ; . . . )
2 4 8 AB BC
Solução: De a2 = a1. q tiramos que:
a 1 1
q= 2 = ⇒ q= 4 . 5 = 20
a1 2 2
1 3) Quantos números de três algarismos podemos
4) Achar o sétimo termo da PG ( ; 1 ; 2 ; . . .)
2 escrever com os algarismos ímpares?
Solução:
1 Solução:
A PG é tal que a1 = e q=2 Os números devem ser formados com os algaris-
2 mos: 1, 3, 5, 7, 9. Existem 5 possibilidades para a esco-
Aplicando então a fórmula do termo geral, lha do algarismo das centenas, 5 possibilidades para o
teremos que o sétimo termo é: das dezenas e 5 para o das unidades.
a7 = a1 ⋅ q(7 - 1) = ⋅ 26 = ⋅ 64
1 1
2 2 Assim, temos, para a escolha do número, 5 . 5 . 5 =
portanto ( ∴ ) a7 = 32 125.
algarismos algarismos algarismos
ANÁLISE COMBINATÓRIA da centena da dezena da unidade

Princípio fundamental da contagem (PFC)

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 49


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

5 . 5 . 5 = 125
Solução:
4) Quantas placas poderão ser confeccionadas se Existem 10 algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
forem utilizados três letras e três algarismos pa- Temos 9 possibilidades para a escolha do primeiro
ra a identificação de um veículo? (Considerar 26 algarismo, pois ele não pode ser igual a zero. Para o
letras, supondo que não há nenhuma restrição.) segundo algarismo, temos também 9 possibilidades,
pois um deles foi usado anteriormente.
Solução:
Como dispomos de 26 letras, temos 26 possibilida- Para o terceiro algarismo existem, então, 8 possibi-
des para cada posição a ser preenchida por letras. Por lidades, pois dois deles já foram usados. O numero
outro lado, como dispomos de dez algarismos (0, 1, 2, total de possibilidades é: 9 . 9 . 8 = 648
3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), temos 10 possibilidades para cada
posição a ser preenchida por algarismos. Portanto, pelo Esquema:
PFC o número total de placas é dado por:

8) Quantos números entre 2000 e 5000 podemos


formar com os algarismos pares, sem os
repetir?
5) Quantos números de 2 algarismos distintos po-
demos formar com os algarismos 1, 2, 3 e 4?
Solução:
Os candidatos a formar os números são : 0, 2, 4, 6 e
Solução:
8. Como os números devem estar compreendidos entre
Observe que temos 4 possibilidades para o primeiro
2000 e 5000, o primeiro algarismo só pode ser 2 ou 4.
algarismo e, para cada uma delas, 3 possibilidades
Assim, temos apenas duas possibilidades para o
para o segundo, visto que não é permitida a repetição.
primeiro algarismo e 4 para o segundo, três para o
Assim, o número total de possibilidades é: 4 . 3 =12 terceiro e duas paia o quarto.
Esquema: O número total de possibilidades é: 2 . 4 . 3 . 2 = 48
Esquema:

Exercícios
1) Uma indústria automobilística oferece um determi-
nado veículo em três padrões quanto ao luxo, três
tipos de motores e sete tonalidades de cor. Quan-
tas são as opções para um comprador desse car-
ro?
2) Sabendo-se que num prédio existem 3 entradas
diferentes, que o prédio é dotado de 4 elevadores e
que cada apartamento possui uma única porta de
6) Quantos números de 3 algarismos distintos po- entrada, de quantos modos diferentes um morador
demos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, pode chegar à rua?
7, 8 e 9? 3) Se um quarto tem 5 portas, qual o número de ma-
neiras distintas de se entrar nele e sair do mesmo
Solução: por uma porta diferente da que se utilizou para en-
Existem 9 possibilidades para o primeiro algarismo, trar?
apenas 8 para o segundo e apenas 7 para o terceiro. 4) Existem 3 linhas de ônibus ligando a cidade A à
Assim, o número total de possibilidades é: 9 . 8 . 7 = cidade B, e 4 outras ligando B à cidade C. Uma
504 pessoa deseja viajar de A a C, passando por B.
Quantas linhas de ônibus diferentes poderá utilizar
Esquema: na viagem de ida e volta, sem utilizar duas vezes a
mesma linha?
5) Quantas placas poderão ser confeccionadas para a
identificação de um veículo se forem utilizados du-
as letras e quatro algarismos? (Observação: dis-
pomos de 26 letras e supomos que não haverá ne-
7) Quantos são os números de 3 algarismos distin- nhuma restrição)
tos? 6) No exercício anterior, quantas placas poderão ser

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 50


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

confeccionadas se forem utilizados 4 letras e 2 al- Os números são :


garismos? 12 13 14 21 23 24 31 32 34 41 42 43
7) Quantos números de 3 algarismos podemos formar
com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6? Observe que os números em questão diferem ou
8) Quantos números de três algarismos podemos pela ordem dentro do agrupamento (12 ≠ 21) ou pelos
formar com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4 e 5? elementos componentes (13 ≠ 24). Cada número se
9) Quantos números de 4 algarismos distintos pode- comporta como uma sequência, isto é :
mos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6? (1,2) ≠ (2,1) e (1,3) ≠ (3,4)
10) Quantos números de 5 algarismos não repetidos
podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 A esse tipo de agrupamento chamamos arranjo
e 7? simples.
11) Quantos números, com 4 algarismos distintos, po-
demos formar com os algarismos ímpares? Definição:
12) Quantos números, com 4 algarismos distintos, po- Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se ar-
demos formar com o nosso sistema de numera- ranjo simples dos n elementos de /, tomados p a p, a
ção? toda sequência de p elementos distintos, escolhidos
13) Quantos números ímpares com 3 algarismos distin- entre os elementos de l ( P ≤ n).
tos podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5
e 6? O número de arranjos simples dos n elementos,
14) Quantos números múltiplos de 5 e com 4 algaris- tomados p a p, é indicado por An,p
mos podemos formar com os algarismos 1, 2, 4, 5
e 7, sem os repetir? Fórmula:
15) Quantos números pares, de 3 algarismos distintos,
podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 A n ,p = n . (n -1) . (n –2) . . . (n – (p – 1)),
e 7? E quantos ímpares? p ≤ n e {p, n} ⊂ IN
16) Obtenha o total de números de 3 algarismos distin-
tos, escolhidos entre os elementos do conjunto (1,
2, 4, 5, 9), que contêm 1 e não contêm 9. Aplicações
17) Quantos números compreendidos entre 2000 e 1) Calcular:
7000 podemos escrever com os algarismos ímpa- a) A7,1 b) A7,2 c) A7,3 d) A7,4
res, sem os repetir? Solução:
18) Quantos números de 3 algarismos distintos possu- a) A7,1 = 7 c) A7,3 = 7 . 6 . 5 = 210
em o zero como algarismo de dezena? b) A7,2 = 7 . 6 = 42 d) A7,4 = 7 . 6 . 5 . 4 = 840
19) Quantos números de 5 algarismos distintos possu-
em o zero como algarismo das dezenas e come- 2) Resolver a equação Ax,3 = 3 . Ax,2.
çam por um algarismo ímpar?
20) Quantos números de 4 algarismos diferentes tem Solução:
o algarismo da unidade de milhar igual a 2? x . ( x - 1) . ( x – 2 ) = 3 . x . ( x - 1) ⇒
21) Quantos números se podem escrever com os alga- ⇒ x ( x – 1) (x –2) - 3x ( x – 1) =0
rismos ímpares, sem os repetir, que estejam com- ∴ x( x – 1)[ x – 2 – 3 ] = 0
preendidos entre 700 e 1 500?
22) Em um ônibus há cinco lugares vagos. Duas pes- x = 0 (não convém)
soas tomam o ônibus. De quantas maneiras dife- ou
rentes elas podem ocupar os lugares? x = 1 ( não convém)
23) Dez times participam de um campeonato de fute- ou
bol. De quantas formas se podem obter os três x = 5 (convém)
primeiros colocados? S = {5}
24) A placa de um automóvel é formada por duas letras
seguidas e um número de quatro algarismos. Com 3) Quantos números de 3 algarismos distintos
as letras A e R e os algarismos pares, quantas pla- podemos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4,
cas diferentes podem ser confeccionadas, de modo 5, 6, 7, 8 e 9?
que o número não tenha nenhum algarismo repeti-
do? Solução:
25) Calcular quantos números múltiplos de 3 de quatro Essa mesma aplicação já foi feita, usando-se o prin-
algarismos distintos podem ser formados com 2, 3, cipio fundamental da contagem. Utilizando-se a fórmu-
4, 6 e 9. la, o número de arranjos simples é:
26) Obtenha o total de números múltiplos de 4 com A9, 3 =9 . 8 . 7 = 504 números
quatro algarismos distintos que podem ser forma-
dos com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Observação: Podemos resolver os problemas sobre
arranjos simples usando apenas o principio fundamen-
ARRANJOS SIMPLES tal da contagem.

Introdução: Exercícios
Na aplicação An,p, calculamos quantos números de 2 1) Calcule:
algarismos distintos podemos formar com 1, 2, 3 e 4. a) A8,1 b) A8,2 c ) A8,3 d) A8,4
Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 51
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

4 ⋅ ( n - 3 )( n - 4 ) ! n ( n - 1) !
= 3⋅
2) Efetue: ( n - 4)! ( n - 1) !
A 8,2 + A 7,4
a) A7,1 + 7A5,2 – 2A4,3 – A 10,2 b) ∴ 4n − 12 = 3n ∴ n = 12
A 5,2 − A10,1
( n + 2 )! - ( n + 1) !
3) Resolva as equações: 4) Obter n, tal que : =4
n!
a) Ax,2 = Ax,3 b) Ax,2 = 12 c) Ax,3 = 3x(x – 1)
Solução:
FATORIAL
( n + 2 ) ( n +1) ⋅ n !- ( n +1) ⋅ n !
= 4∴
Definição: n!
• Chama-se fatorial de um número natural n, n ≥
2, ao produto de todos os números naturais de 1 n ! ( n + 1 ) ⋅ [n + 2 - 1]
até n. Assim : ⇒ =4
• n ! = n( n - 1) (n - 2) . . . 2 . 1, n ≥ 2 (lê-se: n n!
fatorial)
• 1! = 1 n + 1 = 2 ∴ n =1
∴ (n + 1 ) = 4
2
• 0! = 1
n + 1 = –2 ∴ n = –3 (não
convém )
Fórmula de arranjos simples com o auxílio de
fatorial:
Exercícios
, p ≤ n e { p, n} ⊂ lN
n!
A N,P =
( n − p) ! 1) Assinale a alternativa correta:
10 !
a) 10 ! = 5! + 5 ! d) =5
2!
Aplicações b) 10 ! = 2! . 5 ! e) 10 ! =10. 9. 8. 7!
1) Calcular: c) 10 ! = 11! -1!
8! n!
a) 5! c) e) 2) Assinale a alternativa falsa;
6! (n - 2)!
a) n! = n ( n-1)! d) ( n –1)! = (n- 1)(n-2)!
5! 11! + 10 ! b) n! = n(n - 1) (n - 2)! e) (n - 1)! = n(n -1)
b) d)
4! 10 ! c) n! = n(n – 1) (n - 2) (n - 3)!

Solução: 3) Calcule:
a) 5 ! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 12 ! 7!
a) c)
5! 5 ⋅ 4! 10 ! 3! 4!
b) = =5
4! 4! 7! + 5! 8! - 6!
b) d)
8! 8 ⋅7 ⋅ 6! 5! 5!
c) = = 56
6! 6!
11! + 10 ! 11 ⋅ 10 ! + 10 ! 10 ! (11 + 1) 4) Simplifique:
d) = = = 12
10 ! 10! 10 ! n! n!
a) d)
n! n ⋅ ( n - 1)( n - 2 )! ( n - 1) ! n ( n - 1) !
e) = = n2 − n
(n - 2)! ( n - 2 )! ( n + 2 )! n ! 5M ! - 2 ( M - 1 ) !
b) e)
2) Obter n, de modo que An,2 = 30. [( n + 1 ) ! ]2 M!
n ! + ( n + 1)!
c)
Solução: n!
Utilizando a fórmula, vem :
n! n ( n - 1) ( n - 2) ! 5) Obtenha n, em:
= 30 ⇒ = 30 ∴
(n - 2)! (n - 2)! (n + 1)!
a) = 10 b) n!+( n - 1)! = 6 ( n - 1)!
n=6 n!
2
n – n – 30 = 0 ou n (n - 1)!
n = –5 ( não convém) c) =6 d) (n - 1)! = 120
(n - 2)!
3) Obter n, tal que: 4 . An-1,3 = 3 . An,3.
1 n
6) Efetuando − , obtém-se:
Solução: n ! (n + 1)!
4 ⋅ ( n - 1 )! n! 4 ⋅ ( n - 3 )! n! 1 2n + 1
= 3⋅ ⇒ = 3⋅ ∴
( n - 4) ! ( n - 3)! ( n - 4) ! ( n - 1) ! a)
(n + 1) !
d)
(n + 1) !

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 52


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

1
b) e) 0
n!
n ! ( n + 1) !
c)
n -1

7) Resolva as equações: c) Como as 3 primeiras posições ficam ocupadas


a) Ax,3 = 8Ax,2 b) Ax,3 = 3 . ( x - 1) pela sílaba TRE, devemos distribuir as 5 letras restan-
tes em 5 posições. Então:
(n + 2) ! + (n + 1) !
8) Obtenha n, que verifique 8n! =
n +1

9) O número n está para o número de seus


arranjos 3 a 3 como 1 está para 240, obtenha n.
d) considerando a sílaba TRE como um único
PERMUTAÇÕES SIMPLES elemento, devemos permutar entre si 6 elementos,

Introdução:
Consideremos os números de três algarismos
distintos formados com os algarismos 1, 2 e 3. Esses
números são : 123 132 213 231 312 321

A quantidade desses números é dada por A3,3= 6. e) Devemos permutar entre si 6 elementos, tendo
considerado as letras T, R, E como um único elemento:
Esses números diferem entre si somente pela posi-
ção de seus elementos. Cada número é chamado de
permutação simples, obtida com os algarismos 1, 2 e 3.
Definição:
Seja I um conjunto com n elementos. Chama-se
permutação simples dos n elementos de l a toda a se-
quência dos n elementos.
Devemos também permutar as letras T, R, E, pois
O número de permutações simples de n elementos não foi especificada a ordem :
é indicado por Pn.

OBSERVA ÇÃO: Pn = An,n .

Fórmula:
Para cada agrupamento formado, as letras T, R, E
Aplicações
podem ser dispostas de P3 maneiras. Assim, para P6
1) Considere a palavra ATREVIDO.
agrupamentos, temos
a) quantos anagramas (permutações simples)
P6 . P3 anagramas. Então:
podemos formar?
P6 . P3 = 6! . 3! = 720 . 6 = 4 320 anagramas
b) quantos anagramas começam por A?
c) quantos anagramas começam pela sílaba TRE?
f) A palavra ATREVIDO possui 4 vogais e 4
d) quantos anagramas possuem a sílaba TR E?
consoantes. Assim:
e) quantos anagramas possuem as letras T, R e E
juntas?
f) quantos anagramas começam por vogal e
terminam em consoante?

Solução:
a) Devemos distribuir as 8 letras em 8 posições
disponíveis. Exercícios
Assim: 1) Considere a palavra CAPITULO:
a) quantos anagramas podemos formar?
b) quantos anagramas começam por C?
c) quantos anagramas começam pelas letras C, A
e P juntas e nesta ordem?
Ou então, P8 = 8 ! = 40.320 anagramas d) quantos anagramas possuem as letras C, A e P
juntas e nesta ordem?
b) A primeira posição deve ser ocupada pela letra A; e) quantos anagramas possuem as letras C, A e P
assim, devemos distribuir as 7 letras restantes em 7 juntas?
posições, Então: f) quantos anagramas começam por vogal e ter-
minam em consoante?

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 53


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

2) Quantos anagramas da palavra MOLEZA Usando R e A nas duas primeiras posições, restam
começam e terminam por vogal? 5 letras para serem permutadas, sendo que:
3) Quantos anagramas da palavra ESCOLA
possuem as vogais e consoantes alternadas?
G A, A R F

{
{
4) De quantos modos diferentes podemos dispor Assim, 1 temos:
2 1 1
as letras da palavra ESPANTO, de modo que as 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 !
vogais e consoantes apareçam juntas, em p5(2,1,1) = = 60 anagramas
2!
qualquer ordem?
5) obtenha o número de anagramas formados com Exercícios
as letras da palavra REPÚBLICA nas quais as 1) O número de anagramas que podemos formar
vogais se mantenham nas respectivas posições. com as letras da palavra ARARA é:
a) 120 c) 20 e) 30
PERMUTAÇÕES SIMPLES, COM ELEMENTOS RE- b) 60 d) 10
PETIDOS
2) O número de permutações distintas possíveis
Dados n elementos, dos quais : com as oito letras da palavra PARALELA,
α1 são iguais a a1 → a1 , a1 , . . ., a1 começando todas com a letra P, será de ;
α1 a) 120 c) 420 e) 360
α 2 são iguais a a2 → a2, a2 , . . . , a2 b) 720 d) 24
α2
3) Quantos números de 5 algarismos podemos
. . . . . . . . . . . . . . . . .
formar com os algarismos 3 e 4 de maneira que
ar → ar , ar , . . . , ar o 3 apareça três vezes em todos os números?
αr são iguais a αr a) 10 c) 120 e) 6
b) 20 d) 24
sendo ainda que: α1 + α 2 + . . . + αr = n, e indicando-
se por pn (α1, α 2 , . . . α r ) o número das permutações 4) Quantos números pares de cinco algarismos
simples dos n elementos, tem-se que: podemos escrever apenas com os dígitos 1, 1,
2, 2 e 3, respeitadas as repetições
apresentadas?
Aplicações a) 120 c) 20 e) 6 b) 24 d) 12
1) Obter a quantidade de números de 4 algarismos
formados pelos algarismos 2 e 3 de maneira 5) Quantos anagramas da palavra MATEMÁTICA
que cada um apareça duas vezes na formação terminam pela sílaba MA?
do número. a) 10 800 c) 5 040 e) 40 320
b) 10 080 d) 5 400
Solução:
2233 2323 2332 COMBINAÇÕES SIMPLES
os números são 
3322 3232 3223 Introdução:
Consideremos as retas determinadas pelos quatro
A quantidade desses números pode ser obtida por: pontos, conforme a figura.
4 ⋅ 3 ⋅ 2!
P4(2,2 ) =
4!
= = 6 números
2! 2! 2! ⋅ 2 ⋅ 1

2) Quantos anagramas podemos formar com as


letras da palavra AMADA?
solução:
Temos:
A, A, A M D
Assim: 3 1 1 Só temos 6 retas distintas ( AB, BC, CD,
n! AC, BD e AD) porque AB e BA, . . . , CD e DC represen-
pn (α1, α 2 , . . . αr ) =
α1 ! α ! . . . αr ! tam retas coincidentes.

Os agrupamentos {A, B}, {A, C} etc. constituem


5 ⋅ 4 ⋅ 3! subconjuntos do conjunto formado por A, B, C e D.
p5(3,1,1) =
5!
= = 20 anagramas
3 ! 1! 1! 3! Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se combi-
nação simples dos n elementos de /, tomados p a p, a
3) Quantos anagramas da palavra GARRAFA qualquer subconjunto de p elementos do conjunto l.
começam pela sílaba RA?

Solução: Diferem entre si apenas pelos elementos


componentes, e são chamados combinações simples

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 54


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

dos 4 elementos tomados 2 a 2. demos formar com vértice nos pontos indicados:

O número de combinações simples dos n elementos


n
tomados p a p é indicado por Cn,p ou   .
p

OBSERVAÇÃO: Cn,p . p! = An,p.

Fórmula:

n! Solução:
C n ,p = , p≤n e { p, n } ⊂ lN Um triângulo fica identificado quando escolhemos 3
p! ( n - p )! desses pontos, não importando a ordem. Assim, o nú-
mero de triângulos é dado por:
Aplicações 8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6 . 5!
1) calcular: C 8,3 = = = 56
a) C7,1 b) C7,2 c) C7,3 d) C7,4
3!5 ! 3 ⋅ 2 . 5!

Solução: 6) Em uma reunião estão presentes 6 rapazes e 5


moças. Quantas comissões de 5 pessoas, 3 ra-
7! 7 ⋅ 6!
a) C7,1 = = =7 pazes e 2 moças, podem ser formadas?
1! 6 ! 6!
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ! Solução:
b) C7,2 = = = 21
2! 5! 2 ⋅ 1 ⋅ 5 ! Na escolha de elementos para formar uma
comissão, não importa a ordem. Sendo assim :
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
c) C7,3 = = = 35 6!
3!4! 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 4 ! • escolher 3 rapazes: C6,3 = = 20 modos
3!3!
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
d) C7,4= = = 35 5!
4!3! 4! ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 • escolher 2 moças: C5,2= = 10 modos
2! 3!
2) Quantos subconjuntos de 3 elementos tem um
Como para cada uma das 20 triplas de rapazes te-
conjunto de 5 elementos?
mos 10 pares de moças para compor cada comissão,
5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
C5,3 = = = 10 subconjunt os então, o total de comissões é C6,3 . C5,2 = 200.
3! 2! 3! ⋅ 2 ⋅ 1
7) Sobre uma reta são marcados 6 pontos, e sobre
Cn,3 4 uma outra reta, paralela á primeira, 4 pontos.
3) obter n, tal que = a) Quantas retas esses pontos determinam?
Cn,2 3
b) Quantos triângulos existem com vértices em
Solução: três desses pontos?
n!
3! ( n - 3 )! 4 n! 2!( n - 2 )! 4 Solução:
= ⇒ ⋅ = ∴ a) C10,2 – C6,2 – C4,2 + 2 = 26 retas onde
n! 3 3!( n - 3 ) n! 3
2! ( n - 2 )!
C6,2 é o maior número de retas possíveis de serem
2 ⋅ ( n - 2 ) ( n - 3 )! 4 determinadas por seis pontos C4,2 é o maior número
∴ = ∴n - 2 = 4
3 ⋅ 2 ⋅ ( n - 3 )! 3 de retas possíveis de serem determinadas por
quatro pontos .
n=6 convém

4) Obter n, tal que Cn,2 = 28. b) C10,3 – C6,3 – C4,3 = 96 triângulos onde

Solução: C6,3 é o total de combinações determinadas por três


n! n ( n -1 ) ( n - 2 ) ! pontos alinhados em uma das retas, pois pontos
= 28 ⇒ = 56 ∴ colineares não determinam triângulo.
2 ! ( n - 2 )! (n − 2) ! C4,3 é o total de combinações determinadas por três
pontos alinhados da outra reta.
n=8
2
n – n – 56 = 0

n = -7 (não convém)
8) Uma urna contém 10 bolas brancas e 6 pretas.
5) Numa circunferência marcam-se 8 pontos, 2 a 2 De quantos modos é possível tirar 7 bolas das
distintos. Obter o número de triângulos que po- quais pelo menos 4 sejam pretas?

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 55


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

pessoas pode ser dividido em 3 grupos conten-


Solução: do, respectivamente, 5, 3 e duas pessoas?
As retiradas podem ser efetuadas da seguinte
forma: 14) Quantas diagonais possui um polígono de n la-
4 pretas e 3 brancas ⇒ C6,4 . C10,3 = 1 800 ou dos?
5 pretas e 2 brancas ⇒ C6,5 . C10,2 = 270 ou
6 pretas e1 branca ⇒ C6,6 . C10,1 = 10 15) São dadas duas retas distintas e paralelas. So-
bre a primeira marcam-se 8 pontos e sobre a
Logo. 1 800 + 270 + 10 = 2 080 modos segunda marcam-se 4 pontos. Obter:
a) o número de triângulos com vértices nos
Exercícios pontos marcados;
1) Calcule: b) o número de quadriláteros convexos com
a) C8,1 + C9,2 – C7,7 + C10,0 vértices nos pontos marcados.
b) C5,2 +P2 – C5,3
c) An,p . Pp 16) São dados 12 pontos em um plano, dos quais 5,
e somente 5, estão alinhados. Quantos triângu-
2) Obtenha n, tal que : los distintos podem ser formados com vértices
a) Cn,2 = 21 em três quaisquer dos 12 pontos?
b) Cn-1,2 = 36
c) 5 . Cn,n - 1 + Cn,n -3 = An,3 17) Uma urna contém 5 bolas brancas, 3 bolas pre-
tas e 4 azuis. De quantos modos podemos tirar
3) Resolva a equação Cx,2 = x. 6 bolas das quais:
a) nenhuma seja azul
4) Quantos subconjuntos de 4 elementos possui b) três bolas sejam azuis
um conjunto de 8 elementos? c) pelo menos três sejam azuis

5) Numa reunião de 7 pessoas, quantas 18) De quantos modos podemos separar os


comissões de 3 pessoas podemos formar? números de 1 a 8 em dois conjuntos de 4
elementos?
6) Um conjunto A tem 45 subconjuntos de 2
elementos. Obtenha o número de elementos de 19) De quantos modos podemos separar os
A números de 1 a 8 em dois conjuntos de 4
elementos, de modo que o 2 e o 6 não estejam
A p,3 no mesmo conjunto?
7) Obtenha o valor de p na equação: = 12 .
Cp,4 20) Dentre 5 números positivos e 5 números
negativos, de quantos modos podemos escolher
8) Obtenha x na equação Cx,3 = 3 . Ax , 2. quatro números cujo produto seja positivo?

9) Numa circunferência marcam-se 7 pontos 21) Em um piano marcam-se vinte pontos, não
distintos. Obtenha: alinhados 3 a 3, exceto cinco que estão sobre
a) o número de retas distintas que esses uma reta. O número de retas determinadas por
pontos determinam; estes pontos é:
b) o número de triângulos com vértices nesses a) 180
pontos; b) 1140
c) o número de quadriláteros com vértices c) 380
nesses pontos; d) 190
d) o número de hexágonos com vértices e) 181
nesses pontos.
22) Quantos paralelogramos são determinados por
10) A diretoria de uma firma é constituída por 7 dire- um conjunto de sete retas paralelas,
tores brasileiros e 4 japoneses. Quantas comis- interceptando um outro conjunto de quatro retas
sões de 3 brasileiros e 3 japoneses podem ser paralelas?
formadas? a) 162
b) 126
11) Uma urna contém 10 bolas brancas e 4 bolas c) 106
pretas. De quantos modos é possível tirar 5 bo- d) 84
las, das quais duas sejam brancas e 3 sejam e) 33
pretas?
23) Uma lanchonete que vende cachorro quente o-
12) Em uma prova existem 10 questões para que os ferece ao freguês: pimenta, cebola, mostarda e
alunos escolham 5 delas. De quantos modos is- molho de tomate, como tempero adicional.
to pode ser feito? Quantos tipos de cachorros quentes diferentes
(Pela adição ou não de algum tempero) podem
13) De quantas maneiras distintas um grupo de 10 ser vendidos?

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 56


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

a) 12 Quantas comissões diferentes podemos formar


b) 24 com 4 meninos e 3 meninas, incluindo obrigato-
c) 16 riamente o melhor aluno dentre os meninos e a
d) 4 melhor aluna dentre as meninas?
e) 10 a) A10,4 . A9,3 c) A9,2 – A8,3 e) C19,7
b) C10,4 - C9, 3 d) C9,3 - C8,2
24) O número de triângulos que podem ser traçados
utilizando-se 12 pontos de um plano, não ha- 31) Numa classe de 10 estudantes, um grupo de 4
vendo 3 pontos em linha reta, é: será selecionado para uma excursão, De quan-
a) 4368 tas maneiras distintas o grupo pode ser forma-
b) 220 do, sabendo que dos dez estudantes dois são
c) 48 marido e mulher e apenas irão se juntos?
d) 144 a) 126 b) 98 c) 115 d)165 e) 122
e) 180
25) O time de futebol é formado por 1 goleiro, 4 de- RESPOSTAS
fensores, 3 jogadores de meio de campo e 3 a-
tacantes. Um técnico dispõe de 21 jogadores, Principio fundamental da contagem
sendo 3 goleiros, 7 defensores, 6 jogadores de 1) 63 14) 24
meio campo e 5 atacantes. De quantas manei- 2) 12 15) 90 pares e 120 ím-
ras poderá escalar sua equipe? 3) 20 pares
a) 630 4) 72 16) 18
b) 7 000 5) 6 760 000 17) 48
9
c) 2,26 . 10 6) 45 697 600 18) 72
d) 21000 7) 216 19) 1 680
e) n.d.a. 8) 180 20) 504
9) 360 21) 30
26) Sendo 5 . Cn, n - 1 + Cn, n - 3, calcular n. 10) 2 520 22) 20
11) 120 23) 720
27) Um conjunto A possui n elementos, sendo n ≥ 12) 4 536 24) 48
4. O número de subconjuntos de A com 4 13) 60 25) 72
elementos é: 26) 96

a)
[n !] c) ( n – 4 ) ! e) 4 ! Arranjos simples
24( n - 4 )
1) a) 8 c) 336
n! b) 56 d) 1680
b) d) n !
(n-4)
2) a) 9 b) 89,6
28) No cardápio de uma festa constam 10 diferentes
tipos de salgadinhos, dos quais apenas 4 serão 3) a) s = {3} b) S = {4} c) S = {5}
servidos quentes. O garçom encarregado de ar-
rumar a travessa e servi-la foi instruído para que Fatorial
a mesma contenha sempre só dois tipos dife- 1) e 2) e
rentes de salgadinhos frios e dois diferentes dos 3) a) 132 b) 43 c) 35 d) 330
quentes. De quantos modos diversos pode o n+2 5M − 2
4) a) n b) c) n + 2 d) 1 e)
garçom, respeitando as instruções, selecionar n +1 M
os salgadinhos para compor a travessa? 5) n = 9 b) n = 5 c) n = 3 d) n = 6
a) 90 d) 38
b) 21 e) n.d.a. 6) a
c) 240
7) a) S = {10} b) S = {3}
29) Em uma sacola há 20 bolas de mesma dimen-
são: 4 são azuis e as restantes, vermelhas. De 8) n = 5
quantas maneiras distintas podemos extrair um
conjunto de 4 bolas desta sacola, de modo que 9) n = 17
haja pelo menos uma azul entre elas?
20 ! 16 ! 1  20 ! 16 !  Permutações simples
a) − d) ⋅  − 
16 ! 12 ! 4 !  16 ! 12 !  1) a) 40 320 d) 720 2) 144
b) 5 040 e) 4 320 3) 72
20 ! c) 120 f) 11 520 4) 288
b) e)n.d.a.
4 ! 16 ! 5) 120
20 !
c) Permutações simples com elementos repetidos
16 !
1) d 2) c 3) a 4) d 5) b
30) Uma classe tem 10 meninos e 9 meninas.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 57


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Combinações simples Evento:


n! p! 15) a) 160 b) 168 Chama-se evento a qualquer subconjunto do espaço
1) a) 44 c) 16) 210 amostral. Tomemos, por exemplo, o lançamento de um
(n − p)!
17) a) 28 c) 252 dado :
b) 2
b) 224 • ocorrência do resultado 3: {3}
2) a) n = 7 b) n = 10
c) n = 4
18) 70 • ocorrência do resultado par: {2, 4, 6}
3) S = {3}
19) 55 • ocorrência de resultado 1 até 6: E (evento certo)
4) 70
20) 105 • ocorrência de resultado maior que 6 : φ (evento
21) e
5) 35 impossível)
22) b
6) 10
23) c
7) p=5 Como evento é um conjunto, podemos aplicar-lhe as
24) b
8) S={20} operações entre conjuntos apresentadas a seguir.
25) d
9) a) 21 c) 35
26) n =4 • União de dois eventos - Dados os eventos A e B,
b) 35 d) 7 chama-se união de A e B ao evento formado pe-
27) a
10) 140
28) a los resultados de A ou de B, indica-se por A ∪ B.
11) 180
29) d
12) 252
30) d
13) 2 520
31) b
n(n − 3)
14)
2

PROBABILIDADE • Intersecção de dois eventos - Dados os eventos


A e B, chama-se intersecção de A e B ao evento
ESPAÇO AMOSTRAL E EVENTO formado pelos resultados de A e de B. Indica-se
Suponha que em uma urna existam cinco bolas ver- por A ∩ B.
melhas e uma bola branca. Extraindo-se, ao acaso, uma
das bolas, é mais provável que esta seja vermelha. Isto
irão significa que não saia a bola branca, mas que é
mais fácil a extração de uma vermelha. Os casos possí-
veis seu seis:

Se A ∩ B = φ , dizemos que os eventos A e B são mu-


tuamente exclusivos, isto é, a ocorrência de um deles eli-
Cinco são favoráveis á extração da bola vermelha. mina a possibilidade de ocorrência do outro.
Dizemos que a probabilidade da extração de uma bola
5 1
vermelha é e a da bola branca, .
6 6

Se as bolas da urna fossem todas vermelhas, a ex-


tração de uma vermelha seria certa e de probabilidade
igual a 1. Consequentemente, a extração de uma bola
branca seria impossível e de probabilidade igual a zero. • Evento complementar – Chama-se evento comple-
mentar do evento A àquele formado pelos resulta-
Espaço amostral: dos que não são de A. indica-se por A .
Dado um fenômeno aleatório, isto é, sujeito ás leis do
acaso, chamamos espaço amostral ao conjunto de todos
os resultados possíveis de ocorrerem. Vamos indica-lo
pela letra E.

EXEMPLOS:
Lançamento de um dado e observação da face
Aplicações
voltada para cima:
1) Considerar o experimento "registrar as faces
E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} voltadas para cima", em três lançamentos de
uma moeda.
Lançamento de uma moeda e observação da face
a) Quantos elementos tem o espaço amostral?
voltada para cima :
b) Escreva o espaço amostral.
E = {C, R}, onde C indica cara e R coroa.
Solução:
Lançamento de duas moedas diferentes e a) o espaço amostral tem 8 elementos, pois para
observação das faces voltadas para cima: cada lançamento temos duas possibilidades e,
E = { (C, C), (C, R), (R, C), (R, R) } assim: 2 . 2 . 2 = 8.
b) E = { (C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R,

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 58


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

R,C), (R, C, R), (C, R, R), (R, R, R) } OBSERVAÇÕES:


1) Dizemos que n(A) é o número de casos favoráveis
2) Descrever o evento "obter pelo menos uma cara ao evento A e n(E) o número de casos possíveis.
no lançamento de duas moedas". 2) Esta definição só vale se todos os elementos do
espaço amostral tiverem a mesma probabilidade.
Solução: 3) A é o complementar do evento A.
Cada elemento do evento será representado por um
par ordenado. Indicando o evento pela letra A, temos: A Propriedades:
= {(C,R), (R,C), (C,C)}
3) Obter o número de elementos do evento "soma
de pontos maior que 9 no lançamento de dois
dados".

Solução: Aplicações
O evento pode ser tomado por pares ordenados com 4) No lançamento de duas moedas, qual a
soma 10, soma 11 ou soma 12. Indicando o evento pela probabilidade de obtermos cara em ambas?
letra S, temos:
S = { (4,6), (5, 5), (6, 4), (5, 6), (6, 5), (6, 6)} ⇒ Solução:
⇒ n(S) = 6 elementos Espaço amostral:
E = {(C, C), (C, R), (R, C), (R,R)} ⇒ n(E).= 4
4) Lançando-se um dado duas vezes, obter o nú-
mero de elementos do evento "número par no Evento A : A = {(C, C)} ⇒ n(A) =1
primeiro lançamento e soma dos pontos igual a n( A ) 1
7". Assim: P ( A ) = =
n(E ) 4
Solução:
5) Jogando-se uma moeda três vezes, qual a
Indicando o evento pela letra B, temos:
probabilidade de se obter cara pelo menos uma
B = { (2, 5), (4, 3), (6, 1)} ⇒ n(B) = 3 elementos
vez?
Exercícios
Solução:
1) Dois dados são lançados. O número de E = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R,
elementos do evento "produto ímpar dos pontos
C), (R, C, R), (C, R, R), (R. R, R)} ⇒ n(E)= 8
obtidos nas faces voltadas para cima" é:
A = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R,
a) 6 b) 9 c) 18 d) 27 e) 30
C), (R, C, R), (C, R, R) ⇒ n(A) = 7
2) Num grupo de 10 pessoas, seja o evento ''esco- n( A ) 7
P( A )= ⇒ P(A) =
lher 3 pessoas sendo que uma determinada este- n(E ) 8
ja sempre presente na comissão". Qual o número
de elementos desse evento? 6) (Cesgranrio) Um prédio de três andares, com
a) 120 b) 90 c) 45 d) 36 e) 28 dois apartamentos por andar, tem apenas três
apartamentos ocupados. A probabilidade de que
3) Lançando três dados, considere o evento "obter cada um dos três andares tenha exatamente um
pontos distintos". O número de elementos desse apartamento ocupado é :
evento é: a) 2/5 c) 1/2 e) 2/3
a) 216 b) 210 c) 6 d) 30 e) 36 b) 3/5 d) 1/3

4) Uma urna contém 7 bolas brancas, 5 vermelhas Solução:


e 2 azuis. De quantas maneiras podemos retirar O número de elementos do espaço amostral é dado
4 bolas dessa urna, não importando a ordem em 6!
que são retiradas, sem recoloca-las? por : n(E) = C6,3 = = 20
3!3!
a) 1 001 d) 6 006
14 ! O número de casos favoráveis é dado por n (A) = 2 .
b) 24 024 e)
7! 5! 2! 2 . 2 = 8, pois em cada andar temos duas possibilidades
c) 14! para ocupa-lo. Portanto, a probabilidade pedida é:
n( A ) 8 2
PROBABILIDADE P( A )= = = (alternativa a)
n ( E ) 20 5
Sendo n(A) o número de elementos do evento A, e
n(E) o número de elementos do espaço amostral E ( A
⊂ E), a probabilidade de ocorrência do evento A, que se 7) Numa experiência, existem somente duas
indica por P(A), é o número real: possibilidades para o resultado. Se a
1
probabilidade de um resultado é , calcular a
n( A ) 3
P( A )=
n(E ) probabilidade do outro, sabendo que eles são
complementares.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 59


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Solução: P(A ∪ B) = P (A) + P(B) – P(A ∩ B)


1
Indicando por A o evento que tem probabilidade ,
3 "A probabilidade da união de dois eventos A e B é i-
vamos indicar por A o outro evento. Se eles são gual á soma das probabilidades de A e B, menos a pro-
complementares, devemos ter: babilidade da intersecção de A com B."
1
P(A) + P( A ) = 1 ⇒ + P( A ) = 1 ∴
3

2
P( A ) =
3

8) No lançamento de um dado, qual a probabilidade


de obtermos na face voltada para cima um Justificativa:
número primo? Sendo n (A ∪ B) e n (A ∩ B) o número de
elementos dos eventos A ∪ B e A ∩ B, temos que:
Solução: n( A ∪ B) = n(A) +n(B) – n(A ∩ B) ⇒
Espaço amostral : E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} ⇒ n(E) = 6
Evento A : A = {2, 3, 5} ⇒ n(A) = 3 n( A ∪ B) n( A ) n(B) n( A ∩ B)
⇒ = + − ∴
n( A ) 3 1 n(E) n(E) n(E) n(E)
Assim: P ( A ) = = ⇒ P( A ) =
n(E ) 6 2 ∴ P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)

9) No lançamento de dois dados, qual a OBSERVA ÇÃO:


probabilidade de se obter soma dos pontos igual Se A e B são eventos mutuamente exclusivos, isto é:
a 10? A ∩ B= φ , então, P(A ∪ B) = P(A) + P(B).
Solução: Aplicações
Considere a tabela, a seguir, indicando a soma dos 1) Uma urna contém 2 bolas brancas, 3 verdes e 4
pontos: azuis. Retirando-se uma bola da urna, qual a
A probabilidade de que ela seja branca ou verde?
B 1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6 7 Solução:
2 3 4 5 6 7 8 Número de bolas brancas : n(B) = 2
3 4 5 6 7 8 9 Número de bolas verdes: n(V) = 3
4 5 6 7 8 9 10 Número de bolas azuis: n(A) = 4
5 6 7 8 9 10 11
6 7 8 9 10 11 12 A probabilidade de obtermos uma bola branca ou
uma bola verde é dada por:
Da tabela: n(E) = 36 e n(A) = 3 P( B ∪ V) = P(B) + P(V) - P(B ∩ V)
n( A ) 3 1
Assim: P ( A ) = = = Porém, P(B ∩ V) = 0, pois o evento bola branca e o
n ( E ) 36 12
evento bola verde são mutuamente exclusivos.
Exercícios
Logo: P(B ∪ V) = P(B) + P(V), ou seja:
1) Jogamos dois dados. A probabilidade de obtermos
2 3 5
pontos iguais nos dois é: P(B ∪ V) = + ⇒ P(B ∪ V ) =
1 1 7 9 9 9
a) c) e)
3 6 36
2) Jogando-se um dado, qual a probabilidade de se
5 1 obter o número 4 ou um número par?
b) d)
36 36
Solução:
2) A probabilidade de se obter pelo menos duas O número de elementos do evento número 4 é n(A) =
caras num lançamento de três moedas é; 1.
3 1 1
a) c) e) O número de elementos do evento número par é n(B)
8 4 5
= 3.
1 1
b) d)
2 3 Observando que n(A ∩ B) = 1, temos:
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) ⇒
ADIÇÃO DE PROBABILIDADES
Sendo A e B eventos do mesmo espaço amostral E,
tem-se que:
Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 60
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

1 3 1 3 1
⇒ P(A ∪ B) = + − = ∴ P( A ∪ B) = 5) (PUC) Num grupo, 50 pessoas pertencem a um
6 6 6 6 2
clube A, 70 a um clube B, 30 a um clube C, 20
pertencem aos clubes A e B, 22 aos clubes A e
3) A probabilidade de que a população atual de um
C, 18 aos clubes B e C e 10 pertencem aos três
pais seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A
clubes. Escolhida ao acaso uma das pessoas
probabilidade de ser 110 milhões ou menos é
presentes, a probabilidade de ela:
8%. Calcular a probabilidade de ser 110 milhões.
3
a) Pertencer aos três Clubes é ;
Solução: 5
Temos P(A) = 95% e P(B) = 8%. b) pertencer somente ao clube C é zero;
c) Pertencer a dois clubes, pelo menos, é 60%;
A probabilidade de ser 110 milhões é P(A ∩ B). d) não pertencer ao clube B é 40%;
Observando que P(A ∪ B) = 100%, temos: e) n.d.a.
P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) ⇒
⇒ 100% = 95% + 8% - P(A ∩ B) ∴ 6) (Maringá) Um número é escolhido ao acaso entre
(A ∩ B) = 3% os 20 inteiros, de 1 a 20. A probabilidade de o
número escolhido ser primo ou quadrado perfeito
Exercícios é:
1) (Cescem) Uma urna contém 20 bolas numeradas 1 4 3
de 1 a 20. Seja o experimento "retirada de uma a) c) e)
5 25 5
bola" e considere os eventos;
2 2
A = a bola retirada possui um número múltiplo de b) d)
2 25 5
B = a bola retirada possui um número múltiplo de
5 PROBABILIDADE CONDICIONAL
Então a probabilidade do evento A ∪ B é: Muitas vezes, o fato de sabermos que certo evento
13 7 11 ocorreu modifica a probabilidade que atribuímos a outro
a) c) e) evento. Indicaremos por P(B/A) a probabilidade do even-
20 10 20 to B, tendo ocorrido o evento A (probabilidade condicio-
4 3 nal de B em relação a A). Podemos escrever:
b) d)
5 5
n ( A ∩ B)
P(B / A ) =
2) (Santa casa) Num grupo de 60 pessoas, 10 são n (A)
torcedoras do São Paulo, 5 são torcedoras do
Palmeiras e as demais são torcedoras do Corin- Multiplicação de probabilidades:
thians. Escolhido ao acaso um elemento do gru- A probabilidade da intersecção de dois eventos A e B
po, a probabilidade de ele ser torcedor do São é igual ao produto da probabilidade de um deles pela
Paulo ou do Palmeiras é: probabilidade do outro em relação ao primeiro.
a) 0,40 c) 0,50 e) n.d.a.
b) 0,25 d) 0,30 Em símbolos:

3) (São Carlos) S é um espaço amostral, A e B e- Justificativa:


ventos quaisquer em S e P(C) denota a probabi- n ( A ∩ B)
lidade associada a um evento genérico C em S. n ( A ∩ B) n(E)
Assinale a alternativa correta. P(B / A ) = ⇒ P(B / A ) = ∴
n (A) n (A)
a) P(A ∩ C) = P(A) desde que C contenha A
n(E)
P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A)
P ( A ∩ B)
∴ P(B / A ) =
P (A)
b) P(A ∪ B) ≠ P(A) + P(B) – P(A ∩ B) P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A)
c) P(A ∩ B) < P(B)
d) P(A) + P(B) ≤ 1
Analogamente:
e) Se P(A) = P(B) então A = B
P(A ∩ B) = P(B) . P(A/B)
4) (Cescem) Num espaço amostral (A; B), as
Eventos independentes:
probabilidades P(A) e P(B) valem
Dois eventos A e B são independentes se, e somente
1 2 se: P(A/B) = P(A) ou P(B/A) = P(B)
respectivamente e Assinale qual das
3 3
alternativas seguintes não é verdadeira. Da relação P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A), e se A e B
a) A ∪ B = S d) A ∪ B = B forem independentes, temos:
b) A ∪ B = φ e) (A ∩ B) ∪ (A ∪ B) = S
c) A ∩ B = A ∩ B

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 61


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

P(A ∩ B) = P(A) . P(B) 1 1


P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A), isto é, P(A ∩ B) = ⋅
Aplicações: 3 2
1) Escolhida uma carta de baralho de 52 cartas e 1
P(A ∩ B) = (alternativa e)
sabendo-se que esta carta é de ouros, qual a 6
probabilidade de ser dama? Respostas:

Solução: Espaço amostral e evento


Um baralho com 52 cartas tem 13 cartas de ouro, 13 1) b 2) d 3) b 4) a
de copas, 13 de paus e 13 de espadas, tendo uma dama
de cada naipe. Probabilidade
1) c 2) b
Observe que queremos a probabilidade de a carta
ser uma dama de ouros num novo espaço amostral mo- Adição de probabilidades
dificado, que é o das cartas de ouros. Chamando de: 1) d 2) b 3) a 4) b 5) b 6) e
• evento A: cartas de ouros
• evento B: dama
• evento A ∩ B : dama de ouros GEOMETRIA PLANA
Áreas
Temos:
n ( A ∩ B) 1
P(B / A ) = = Procedimentos para o cálculo das medidas de uma super-
n (A) 13
fície plana. Método para calcular a área do quadrado, do
losango, do paralelogramo, do triângulo, do retângulo, do
polígono e do círculo geométrico.

Geometria Plana (formulário) - Fórmula para o cálculo


da área das figuras geométricas. Triângulo, trapézio, parale-
logramo, retângulo, losango, quadrado, círculo e polígono
regular.

Ângulos

2) Jogam-se um dado e uma moeda. Dê a


probabilidade de obtermos cara na moeda e o Lê-se: ângulo
número 5 no dado. AOB e

Solução: são lados


Evento A : A = {C} ⇒ n(A) = 1 do ângulo. O
ponto O é o seu
Evento B : B = { 5 } ⇒ n ( B ) = 1 vértice.

Sendo A e B eventos independentes, temos: Bissetriz de um ângulo


1 1
P(A ∩ B) = P(A) . P(B) ⇒ P(A ∩ B) = ⋅ ∴ È a semi-reta de origem no
2 6 vértice de um ângulo e que o
1 divide em dois ângulos congru-
P(A ∩ B) =
12 entes.

3) (Cesgranrio) Um juiz de futebol possui três cartões


no bolso. Um é todo amarelo, outro é todo vermelho,
e o terceiro é vermelho de um lado e amarelo do
outro. Num determinado lance, o juiz retira, ao Alguns ângulos notáveis
acaso, um cartão do bolso e mostra a um jogador. A
probabilidade de a face que o juiz vê ser vermelha e
de a outra face, mostrada ao jogador, ser amarela é:
1 2 1 2 1
a) b) c) d) e)
2 5 5 3 6

Solução:
Evento A : cartão com as duas cores
Evento B: face para o juiz vermelha e face para o
jogador amarela, tendo saído o cartão de duas cores

Temos:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 62


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

- Quando um arco é interceptado por um ângulo central,


ele é chamado de arco correspondente ao ângulo.

Ângulos de duas paralelas cortadas por uma trans-


versal

Ângulo inscrito
É inscrito numa circun-
ferência somente se o seu
vértice é um ponto da cir-
cunferência e cada um de
seus lados contém uma
corda dessa circunferência.

Obs: A medida de um ângulo inscrito é igual à metade da


medida do arco correspondente ele.
Nomenclatura Propriedades
Correspondentes | a e e; b e f; c e g; d e h| Congruentes ÁREAS DE QUADRILÁTEROS E TRIÂNGULOS
Colaterais internos | e e f; d e e| Suplementares
Retângulo
Colaterais externos | a e h; d e g| Suplementares
Alternos externos | a e g; b e h| Congruentes
Alternos internos | c e e; d e f| Congruentes

ÂNGULOS NA CIRCUNFERÊNCIA S=a.b

Quadrado

S = a²

Arco: qualquer uma das duas partes em que uma circun-


ferência fica dividida por dois quaisquer de seus pontos .
Paralelogramo
S=a.h
Corda: Segmento de reta que une dois pontos quaisquer
de uma circunferência.

Diâmetro: Qualquer corda que passa pelo centro de uma


circunferência.

Ângulo central
Losango
Um ângulo é central em relação a uma circunferên-
cia se o seu vértice coincide com o centro da mesma.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 63


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Trapé
zio 9 lados eneágono ou enealátero
10 lados decágono ou decalátero
11 lados undecágono ou undecalátero
12 lados dodecágono ou dodecalátero
15 lados pentadecágono ou pentadecalátero
20 lados icoságono ou icosalátero

Além de classificar um polígono pelo seu número de la-


dos, podemos também classificá-lo conforme a congruência
de seus lados e ângulos internos.
Triângulo Quando o polígono tem todos os lados e ângulos in-
ternos congruentes eles recebem o nome de polígonos regu-
lares.
Quando o polígono não tem nem lados e nem ângulos
congruentes recebe o nome de irregulares.

Para que um polígono seja regular ele tem que assumir


ser: eqüilátero, ter todos os lados congruentes e ser ao mes-
mo tempo eqüiângulo, ter os ângulos congruentes.

Na construção de um polígono é preciso utilizar um trans-


feridor para medir os ângulos corretamente e uma régua para
medir os lados corretamente.

Se conhecermos as medidas a e b de dois lados de um POLÍGONOS


triângulo e a sua medida α, podemos calcular sua área:
É convexo somente se, quaisquer que sejam os pontos x
e y do seu interior, o segmento de reta xy está inteiramente
contido em seu interior.
Polígono convexo Polígono côncavo

Soma dos ângulos internos de um polígono


- A soma dos ângulos internos de um polígono de n lados
é:
Podemos também calcular a área de um triângulo utili-
zando o semi-perímetro:
Um ponto I qualquer no inte-
rior do polígono unindo esse
ponto a cada vértice, o polígono
fica decomposto em n triângu-
los,

Classificação dos polígonos

Vamos ressaltar a definição de polígono: Soma dos ângulos externos de um polígono


Em qualquer polígono convexo, a soma das medidas
Polígono éuma região plana de uma linha poligonal fe- dos ângulos externos é constante e igual a 360º.
chada com o conjunto de seus pontos interiores.
i1, i2, i3, i4, ... in
Essas linhas são chamadas de lados e a união delas
são as medidas
é chamada de vértice e a união dos vértices é chamada de
dos ângulos internos de um
diagonal. O único polígono que não possui diagonal é o triân-
polígono de n lados.
gulo.
Dependendo do número de lados de um polígono
ele receberá uma nomenclatura diferente, ( o
menor número de lados para que seja formado
um polígono são três lados) veja abaixo:
3 lados triangulo ou trilátero
4 lados quadrângulo ou quadrilátero
5 lados pentágono ou pentalátero
6 lados hexagonal ou hexalátero
7 lados heptágono ou heptalátero
8 lados octógono ou octolátero

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 64


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Polígono regular RETÂNGULO


Um polígono regular
somente se, todos os seus É todo paralelogramo
lados são congruentes e se que possui seu ângulos
todos os seus ângulos retos.
internos são congruentes.

QUADRILÁTEROS LOSANGO
Teorema
A soma das medidas dos quatro ângulos internos de um É todo paralelogramo
quadrilátero qualquer é igual a 360º. que possui quatro lados
Trapézio congruentes.
É todo quadrilá-
tero que possui somente
um par, de lados opostos
paralelos.
AB e CD
QUADRADO

É todo paralelogramo que é


retângulo e losango simultâ-
neamente, ou seja, seu ângulos
AB e CD são as bases do trapézio são retos e seu lados são con-
 gruentes.
AC e BD são os lados transversa is
Classificação dos Trapé
zios
Congruência de triângulos
Trapé
zio escaleno Dois ou mais triângulos são congruentes somente se os
Os lados transversos seus lados e ângulos forem ordenados congruentes.
têm medidas diferentes
AD ≠ BC

Trapé
zio isósceles
Os lados transversos
têm medidas iguais.
AD = BC

Trapé
zio retângulo
Um dos lados transver-
sos é perpendicular as
bases.

O emprego da congruência de triângulos em demonstra-


ção
Com o auxilio da congruência de triângulos é que se de-
monstra grande parte dos teoremas fundamentais da geome-
Paralelogramos
tria.
É todo quadrilátero que possui os lados opostos respecti- Semelhança de triângulos
vamente paralelos. Dois triângulos são semelhantes somente se, existe uma
correspondência biunívoca que associa os três vértices de
um dos triângulos aos três vértices do outro, de forma que:
I) lados opostos a vértices correspondentes são propor-
cionais.
II) Ângulos com vértices correspondentes são congruen-
tes.

Paralelogramos Notáveis
Casos de semelhança de triângulos
Critérios utilizados para que haja semelhança de triângu-
los

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 65


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

1) Caso AA (ângulo, ângulo)Dois triângulos são semelhantes


somente se, têm dois ângulos respectivamente congruen-
tes.

A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da


hipotenusa, ou seja,

2) Caso LAL (lado, ângulo, lado)Dois triângulos são seme- b² + c² = a² (teorema de Pitágoras).
lhantes somente se, têm dois lados, respectivamente,
proporcionais; e são congruentes os ângulos formados
O quadrado da medida de um cateto é igual ao produto da
por esses lados.
medida da hipotenusa pela medida da projeção ortogo-
nal desse cateto sobre a hipotenusa, ou seja,

b² = a . m

c² = a . n

O produto das medidas dos catetos é igual ao produto da


hipotenusa pela altura relativa à hipotenusa, ou seja,

b.c=a.h.

3) Caso LLL (lado, lado, lado) Dois triângulos são O quadrado da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto
semelhantes somente se, têm os três lados, dos segmentos que ela determina na hipotenusa, ou se-
respectivamente, proporcionais. ja,

h² = m . n

Triângulo Equilátero

Num triângulo eqüilátero ABC, cujo lado tem medida a:

AH é altura, mediana e bissetriz relativa ao lado BC;


sua medida h é dada por:

Relações Mé
tricas no triângulo Retângulo

Caso ABC seja um triângulo retângulo em A, traçando-se


a altura AH, relativa à hipotenusa, ficam definidos os seguin-
tes elementos.
Relações Mé
tricas
Triângulo Retângulo
Num triângulo ABC, retângulo em A, indicamos por:
A a medida da hipotenusa BC O baricentro (ponto de intersecção das medianas), o orto-
centro (ponto de intersecção das retas suportes das alturas),
B a medida do cateto AC o incentro (ponto de intersecção das bissetrizes internas) e o
circuncentro(ponto de intersecção das mediatrizes dos lados)
C a medida do cateto AB coincidem.

H a medida de AH, altura relativa a BC O baricentro divide cada mediana em duas partes tais que
a que contém o vértice é o dobro da outra.
M a medida de HC, projeção ortogonal de AC sobre BC
Quadrado
N a medida de BH, projeção ortogonal de AB sobre BC. Num quadrado, cujo lado tem medida a, a medida d de
uma diagonal é dada por:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 66


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

d = a √2

Teorema de Tales
Se um feixe de paralelas determina segmentos congru-
entes sobre uma transversal, então esse feixe determina
segmentos congruentes sobre qualquer outra transversal.
Fonte: http://www.brasilescola.com

SISTEMA DE COORDENADAS CARTESIANO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

- Um feixe de paralelas separa, sobre duas transversais


quaisquer, segmentos de uma proporcionais aos segmentos
correspondentes na outra.

Coordenadas cartesianas de alguns pontos do plano.

Chama-se Sistema de Coordenadas no plano


cartesiano ou espaço cartesiano ou plano cartesiano um
esquema reticulado necessário para especificar pontos num
determinado "espaço" com dimensões.Cartesiano é um
adjetivo que se refere ao matemático francês e
filósofo Descartes que, entre outras coisas, desenvolveu uma
síntese da álgebra com a geometria euclidiana. Os seus
trabalhos permitiram o desenvolvimento de áreas científicas
como a geometria analítica, o cálculo e a cartografia.

A idéia para este sistema foi desenvolvida em 1637 em duas


obras de Descartes:

Discurso sobre o método

Na segunda parte, Descartes apresenta a ideia de especificar


a posição de um ponto ou objecto numa superfície, usando
dois eixos que se intersectam.

La Géométrie

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 67


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

onde desenvolve o conceito que apenas tinha sido referido na Quadrantes das bissetrizes pares (quadrantes II e IV).
obra anterior.

Quadrantes
RACIOCÍNIO LÓGICO
ALGUMAS NOÇÕES DE LÓGICA
António Aníbal Padrão
Introdução
Todas as disciplinas têm um objecto de estudo. O objeto
de estudo de uma disciplina é aquilo que essa disciplina es-
tuda. Então, qual é o objecto de estudo da lógica? O que é
que a lógica estuda? A lógica estuda e sistematiza a validade
ou invalidade da argumentação. Também se diz que estuda
inferências ou raciocínios. Podes considerar que argumentos,
inferências e raciocínios são termos equivalentes.

Muito bem, a lógica estuda argumentos. Mas qual é o in-


teresse disso para a filosofia? Bem, tenho de te lembrar que
a argumentação é o coração da filosofia. Em filosofia temos a
liberdade de defender as nossas ideias, mas temos de sus-
tentar o que defendemos com bons argumentos e, é claro,
Os quatro quadrantes. O ponto A está no primeiro também temos de aceitar discutir os nossos argumentos.
quadrante.
Os argumentos constituem um dos três elementos cen-
trais da filosofia. Os outros dois são os problemas e as teori-
as. Com efeito, ao longo dos séculos, os filósofos têm procu-
rado resolver problemas, criando teorias que se apoiam em
argumentos.

Estás a ver por que é que o estudo dos argumentos é im-


portante, isto é, por que é que a lógica é importante. É impor-
tante, porque nos ajuda a distinguir os argumentos válidos
dos inválidos, permite-nos compreender por que razão uns
são válidos e outros não e ensina-nos a argumentar correc-
tamente. E isto é fundamental para a filosofia.
O que éum argumento?
Um argumento é um conjunto de proposições que utiliza-
mos para justificar (provar, dar razão, suportar) algo. A pro-
posição que queremos justificar tem o nome de conclusão; as
proposições que pretendem apoiar a conclusão ou a justifi-
cam têm o nome de premissas.

Supõe que queres pedir aos teus pais um aumento da


Círculo de raio 2 marcado com seu ponto central no "mesada". Como justificas este aumento? Recorrendo a ra-
ponto de origem. A equação algébrica cria a imagem em zões, não é? Dirás qualquer coisa como:
vermelho acima, ao manipular as coordenadas de x e y
na seguinte fórmula: x² + y² = 2². Os preços no bar da escola subiram;
como eu lancho no bar da escola, o lanche
O plano cartesiano contém dois eixos perpendiculares entre fica me mais caro. Portanto, preciso de um
si. A localização de um ponto P no plano cartesiano é feita aumento da "mesada".
pelas coordenadas do plano V (abscissa e ordenada - x, y).
Temos aqui um argumento, cuja conclusão é: "preciso de
Quando se representam duas grandezas diretamente um aumento da 'mesada'". E como justificas esta conclusão?
proporcionais num referencial cartesiano, todos os pontos Com a subida dos preços no bar da escola e com o facto de
pertencem a uma reta que passa pela origem que se chama lanchares no bar. Então, estas são as premissas do teu ar-
vival (ulteral). gumento, são as razões que utilizas para defender a conclu-
são.

Nos quadrantes I e III os sinas de x,y são os mesmos (+,+) e Este exemplo permite-nos esclarecer outro aspecto dos
(-,-), respectivamente, já nos quadrantes II e IV os sinas de argumentos, que é o seguinte: embora um argumento seja
um conjunto de proposições, nem todos os conjuntos de
x,y são opostos (-,+) e (+,-), respectivamente. proposições são argumentos. Por exemplo, o seguinte con-
junto de proposições não é um argumento:

Quadrantes das bissetrizes ímpares (quadrantes I e III). Eu lancho no bar da escola, mas o João não.
A Joana come pipocas no cinema.
O Rui foi ao museu.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 68


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Neste caso, não temos um argumento, porque não há ne- Um indicador é um articulador do discurso, é uma palavra
nhuma pretensão de justificar uma proposição com base nas ou expressão que utilizamos para introduzir uma razão (uma
outras. Nem há nenhuma pretensão de apresentar um con- premissa) ou uma conclusão. O quadro seguinte apresenta
junto de proposições com alguma relação entre si. Há apenas alguns indicadores de premissa e de conclusão:
uma sequência de afirmações. E um argumento é, como já
vimos, um conjunto de proposições em que se pretende que
uma delas seja sustentada ou justificada pelas outras — o Indicadores de premis- Indicadores de conclu-
que não acontece no exemplo anterior. sa são

Um argumento pode ter uma ou mais premissas, mas só


pode ter uma conclusão.
pois por isso
porque por conseguinte
Exemplos de argumentos com uma só premissa: dado que implica que
como foi dito logo
Exemplo 1 visto que portanto
devido a então
Premissa: Todos os portugueses são europeus. a razão é que daí que
Conclusão: Logo, alguns europeus são portugueses. admitindo que segue-se que
sabendo-se que pode-se inferir que
Exemplo 2 assumindo que consequentemente

Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.


Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano. É claro que nem sempre as premissas e a conclusão são
precedidas por indicadores. Por exemplo, no argumento:
Exemplos de argumentos com duas premissas:
O Mourinho é treinador de futebol e ganha mais de 100000
euros por mês. Portanto, há treinadores de futebol que ga-
Exemplo 1
nham mais de 100000 euros por mês.
Premissa 1: Se o João é um aluno do 11.º ano, então es-
A conclusão é precedida do indicador "Portanto", mas as
tuda filosofia.
premissas não têm nenhum indicador.
Premissa 2: O João é um aluno do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João estuda filosofia.
Por outro lado, aqueles indicadores (palavras e expres-
Exemplo 2 sões) podem aparecer em frases sem que essas frases se-
jam premissas ou conclusões de argumentos. Por exemplo,
se eu disser:
Premissa 1: Se não houvesse vida para além da morte,
então a vida não faria sentido.
Premissa 2: Mas a vida faz sentido. Depois de se separar do dono, o cão nunca mais foi o
Conclusão: Logo, há vida para além da morte. mesmo. Então, um dia ele partiu e nunca mais foi visto.
Admitindo que não morreu, onde estará?
Exemplo 3:
O que se segue à palavra "Então" não é conclusão de ne-
nhum argumento, e o que segue a "Admitindo que" não é
Premissa 1: Todos os minhotos são portugueses.
premissa, pois nem sequer tenho aqui um argumento. Por
Premissa 2: Todos os portugueses são europeus.
isso, embora seja útil, deves usar a informação do quadro de
Conclusão: Todos os minhotos são europeus.
indicadores de premissa e de conclusão criticamente e não
de forma automática.
É claro que a maior parte das vezes os argumentos
não se apresentam nesta forma. Repara, por exemplo, no Proposições e frases
argumento de Kant a favor do valor objectivo da felicida- Um argumento é um conjunto de proposições. Quer as
de, tal como é apresentado por Aires Almeida et al. premissas quer a conclusão de um argumento são proposi-
(2003b) no site de apoio ao manual A Arte de Pensar:
ções. Mas o que é uma proposição?
"De um ponto de vista imparcial, cada pessoa é um fim Uma proposição é o pensamento que uma frase
em si. Mas se cada pessoa é um fim em si, a felicidade de declarativa exprime literalmente.
cada pessoa tem valor de um ponto de vista imparcial e
não apenas do ponto de vista de cada pessoa. Dado que
cada pessoa é realmente um fim em si, podemos concluir Não deves confundir proposições com frases. Uma frase
que a felicidade tem valor de um ponto de vista imparcial." é uma entidade linguística, é a unidade gramatical mínima de
sentido. Por exemplo, o conjunto de palavras "Braga é uma"
não é uma frase. Mas o conjunto de palavras "Braga é uma
Neste argumento, a conclusão está claramente identifica- cidade" é uma frase, pois já se apresenta com sentido grama-
da ("podemos concluir que..."), mas nem sempre isto aconte- tical.
ce. Contudo, há certas expressões que nos ajudam a perce-
ber qual é a conclusão do argumento e quais são as premis-
sas. Repara, no argumento anterior, na expressão "dado Há vários tipos de frases: declarativas, interrogativas, im-
que". Esta expressão é um indicador de premissa: ficamos a perativas e exclamativas. Mas só as frases declarativas ex-
saber que o que se segue a esta expressão é uma premissa primem proposições. Uma frase só exprime uma proposição
do argumento. Também há indicadores de conclusão: dois quando o que ela afirma tem valor de verdade.
dos mais utilizados são "logo" e "portanto".

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 69


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Por exemplo, as seguintes frases não exprimem proposi- Quando é que um argumento é válido? Por agora, referirei
ções, porque não têm valor de verdade, isto é, não são ver- apenas a validade dedutiva. Diz-se que um argumento dedu-
dadeiras nem falsas: tivo é válido quando é impossível que as suas premissas
sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Repara que, para um
1. Que horas são? argumento ser válido, não basta que as premissas e a con-
2. Traz o livro. clusão sejam verdadeiras. É preciso que seja impossível que
3. Prometo ir contigo ao cinema. sendo as premissas verdadeiras, a conclusão seja falsa.
4. Quem me dera gostar de Matemática.
Considera o seguinte argumento:
Mas as frases seguintes exprimem proposições, porque
têm valor de verdade, isto é, são verdadeiras ou falsas, ainda Premissa 1: Alguns treinadores de futebol ganham mais
que, acerca de algumas, não saibamos, neste momento, se de 100000 euros por mês.
são verdadeiras ou falsas: Premissa 2: O Mourinho é um treinador de futebol.
Conclusão: Logo, o Mourinho ganha mais de 100000
1. Braga é a capital de Portugal. euros por mês.
2. Braga é uma cidade minhota.
3. A neve é branca. Neste momento (Julho de 2004), em que o Mourinho é
4. Há seres extraterrestres inteligentes. treinador do Chelsea e os jornais nos informam que ganha
muito acima de 100000 euros por mês, este argumento tem
A frase 1 é falsa, a 2 e a 3 são verdadeiras. E a 4? Bem, premissas verdadeiras e conclusão verdadeira e, contudo,
não sabemos qual é o seu valor de verdade, não sabemos se não é válido. Não é válido, porque não é impossível que as
é verdadeira ou falsa, mas sabemos que tem de ser verdadei- premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Podemos
ra ou falsa. Por isso, também exprime uma proposição. perfeitamente imaginar uma circunstância em que o Mourinho
ganhasse menos de 100000 euros por mês (por exemplo, o
Uma proposição é uma entidade abstracta, é o pensa- Mourinho como treinador de um clube do campeonato regio-
mento que uma frase declarativa exprime literalmente. Ora, nal de futebol, a ganhar 1000 euros por mês), e, neste caso,
um mesmo pensamento pode ser expresso por diferentes a conclusão já seria falsa, apesar de as premissas serem
frases. Por isso, a mesma proposição pode ser expressa por verdadeiras. Portanto, o argumento é inválido.
diferentes frases. Por exemplo, as frases "O governo demitiu
o presidente da TAP" e "O presidente da TAP foi demitido Considera, agora, o seguinte argumento, anteriormente
pelo governo" exprimem a mesma proposição. As frases apresentado:
seguintes também exprimem a mesma proposição: "A neve é
branca" e "Snow is white". Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.
Ambiguidade e vagueza
Para além de podermos ter a mesma proposição expres- Este argumento é válido, pois é impossível que a pre-
sa por diferentes frases, também pode acontecer que a missa seja verdadeira e a conclusão falsa. Ao contrário do
mesma frase exprima mais do que uma proposição. Neste argumento que envolve o Mourinho, neste não podemos
caso dizemos que a frase é ambígua. A frase "Em cada dez imaginar nenhuma circunstância em que a premissa seja
minutos, um homem português pega numa mulher ao colo" é verdadeira e a conclusão falsa. Podes imaginar o caso em
ambígua, porque exprime mais do que uma proposição: tanto que o João não é aluno do 11.º ano. Bem, isto significa
pode querer dizer que existe um homem português (sempre o que a conclusão é falsa, mas a premissa também é falsa.
mesmo) que, em cada dez minutos, pega numa mulher ao
colo, como pode querer dizer que, em cada dez minutos, um Repara, agora, no seguinte argumento:
homem português (diferente) pega numa mulher ao colo (a
sua). Premissa 1: Todos os números primos são pares.
Premissa 2: Nove é um número primo.
Por vezes, deparamo-nos com frases que não sabemos Conclusão: Logo, nove é um número par.
com exactidão o que significam. São as frases vagas. Uma
frase vaga é uma frase que dá origem a casos de fronteira Este argumento é válido, apesar de quer as premissas
indecidíveis. Por exemplo, "O professor de Filosofia é calvo" é quer a conclusão serem falsas. Continua a aplicar-se a noção
uma frase vaga, porque não sabemos a partir de quantos de validade dedutiva anteriormente apresentada: é impossí-
cabelos é que podemos considerar que alguém é calvo. Qui- vel que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
nhentos? Cem? Dez? Outro exemplo de frase vaga é o se- A validade de um argumento dedutivo depende da conexão
guinte: "Muitos alunos tiveram negativa no teste de Filosofia". lógica entre as premissas e a conclusão do argumento e não
Muitos, mas quantos? Dez? Vinte? Em filosofia devemos do valor de verdade das proposições que constituem o argu-
evitar as frases vagas, pois, se não comunicarmos com exac- mento. Como vês, a validade é uma propriedade diferente da
tidão o nosso pensamento, como é que podemos esperar que verdade. A verdade é uma propriedade das proposições que
os outros nos compreendam? constituem os argumentos (mas não dos argumentos) e a
Validade e verdade validade é uma propriedade dos argumentos (mas não das
proposições).
A verdade é uma propriedade das proposições. A valida-
de é uma propriedade dos argumentos. É incorrecto falar em Então, repara que podemos ter:
proposições válidas. As proposições não são válidas nem
inválidas. As proposições só podem ser verdadeiras ou fal-
Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
sas. Também é incorrecto dizer que os argumentos são ver-
são verdadeira;
dadeiros ou que são falsos. Os argumentos não são verda-
deiros nem falsos. Os argumentos dizem-se válidos ou inváli-
dos. Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão fal-
sa;

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 70


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão Sócrates era grego.


verdadeira; Logo, Sócrates era grego.

Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con- (É claro que me estou a referir ao Sócrates, filósofo grego
clusão verdadeira; e mestre de Platão, e não ao Sócrates, candidato a secretário
geral do Partido Socialista. Por isso, a premissa e a conclu-
Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con- são são verdadeiras.)
clusão falsa;
Este argumento é sólido, porque tem premissa verdadeira
Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão e é impossível que, sendo a premissa verdadeira, a conclu-
falsa; e são seja falsa. É sólido, mas não é um bom argumento, por-
que a conclusão se limita a repetir a premissa.
Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
verdadeira. Um argumento bom (ou forte) é um argumento válido per-
suasivo (persuasivo, do ponto de vista racional).
Mas não podemos ter:
Fica agora claro por que é que o argumento "Sócrates era
Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu- grego; logo, Sócrates era grego", apesar de sólido, não é um
são falsa. bom argumento: a razão que apresentamos a favor da con-
clusão não é mais plausível do que a conclusão e, por isso, o
argumento não é persuasivo.
Como podes determinar se um argumento dedutivo é vá-
lido? Podes seguir esta regra:
Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto é, argumen-
tos que não são bons (apesar de sólidos), mais vezes do que
Mesmo que as premissas do argumento não sejam verda-
imaginas. Com certeza, já viveste situações semelhantes a
deiras, imagina que são verdadeiras. Consegues imaginar
esta:
alguma circunstância em que, considerando as premissas
verdadeiras, a conclusão é falsa? Se sim, então o argumento
não é válido. Se não, então o argumento é válido. — Pai, preciso de um aumento da "mesa-
da".
— Porquê?
Lembra-te: num argumento válido, se as premissas forem
— Porque sim.
verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa.
Argumentos sólidos e argumentos bons O que temos aqui? O seguinte argumento:
Em filosofia não é suficiente termos argumentos válidos,
pois, como viste, podemos ter argumentos válidos com con- Preciso de um aumento da "mesada".
clusão falsa (se pelo menos uma das premissas for falsa). Logo, preciso de um aumento da "mesada".
Em filosofia pretendemos chegar a conclusões verdadeiras.
Por isso, precisamos de argumentos sólidos. Afinal, querias justificar o aumento da "mesada" (conclu-
são) e não conseguiste dar nenhuma razão plausível para
Um argumento sólido é um argumento válido esse aumento. Limitaste-te a dizer "Porque sim", ou seja,
com premissas verdadeiras. "Preciso de um aumento da 'mesada', porque preciso de um
aumento da 'mesada'". Como vês, trata-se de um argumento
muito mau, pois com um argumento deste tipo não conse-
Um argumento sólido não pode ter conclusão falsa, pois,
gues persuadir ninguém.
por definição, é válido e tem premissas verdadeiras; ora, a
validade exclui a possibilidade de se ter premissas verdadei-
ras e conclusão falsa. Mas não penses que só os argumentos em que a conclu-
são repete a premissa é que são maus. Um argumento é mau
(ou fraco) se as premissas não forem mais plausíveis do que
O seguinte argumento é válido, mas não é sólido:
a conclusão. É o que acontece com o seguinte argumento:
Todos os minhotos são alentejanos.
Se a vida não faz sentido, então Deus não
Todos os bracarenses são minhotos.
existe.
Logo, todos os bracarenses são alenteja-
Mas Deus existe.
nos.
Logo, a vida faz sentido.
Este argumento não é sólido, porque a primeira premissa
Este argumento é válido, mas não é um bom argumento,
é falsa (os minhotos não são alentejanos). E é porque tem
porque as premissas não são menos discutíveis do que a
uma premissa falsa que a conclusão é falsa, apesar de o
conclusão.
argumento ser válido.
Para que um argumento seja bom (ou forte), as premissas
O seguinte argumento é sólido (é válido e tem premissas
têm de ser mais plausíveis do que a conclusão, como acon-
verdadeiras):
tece no seguinte exemplo:
Todos os minhotos são portugueses.
Se não se aumentarem os níveis de exigência de estudo e de
Todos os bracarenses são minhotos.
trabalho dos alunos no ensino básico, então os alunos conti-
Logo, todos os bracarenses são portugue-
nuarão a enfrentar dificuldades quando chegarem ao ensino
ses.
secundário.
Também podemos ter argumentos sólidos deste tipo:
Ora, não se aumentaram os níveis de exigência de estudo e
de trabalho dos alunos no ensino básico.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 71


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Logo, os alunos continuarão a enfrentar dificuldades quando


chegarem ao ensino secundário. Esta última qualidade é aquela que efetivamente distingue
o homem dentre os demais seres vivos (2).
Este argumento pode ser considerado bom (ou forte),
porque, além de ser válido, tem premissas menos discutíveis 3. JUÍZO E O RACIOCÍNIO
do que a conclusão.
Entende-se por juízo qualquer tipo de afirmação ou nega-
As noções de lógica que acabei de apresentar são ele- ção entre duas idéias ou dois conceitos. Ao afirmarmos, por
mentares, é certo, mas, se as dominares, ajudar-te-ão a fazer exemplo, que “este livro éde filosofia”, acabamos de formu-
um melhor trabalho na disciplina de Filosofia e, porventura, lar um juízo.
noutras.
O enunciado verbal de um juízo é denomina-
do proposição ou premissa.
Proposições simples e compostas
Raciocínio - é o processo mental que consiste em coor-
As proposições simples ou atômicas são assim caracteri- denar dois ou mais juízos antecedentes, em busca de um
zadas por apresentarem apenas uma idéia. São indicadas juízo novo, denominado conclusão ou inferê
ncia.
pelas letras minúsculas: p, q, r, s, t...
Vejamos um exemplo típico de raciocínio:
As proposições compostas ou moleculares são assim ca- 1ª) premissa - o ser humano é racional;
racterizadas por apresentarem mais de uma proposição co- 2ª) premissa - você é um ser humano;
nectadas pelos conectivos lógicos. São indicadas pelas letras conclusão - logo, você é racional.
maiúsculas: P, Q, R, S, T...
O enunciado de um raciocínio através da linguagem fala-
Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando que da ou escrita é chamado de argumento. Argumentar signifi-
a proposição composta Q é formada pelas proposições sim- ca, portanto, expressar verbalmente um raciocínio (2).
ples r, s e t.
4. SILOGISMO
Exemplo:
Proposições simples:
Silogismo é o raciocínio composto de três proposições,
p: O número 24 é múltiplo de 3.
dispostas de tal maneira que a terceira, chamada conclusão,
q: Brasília é a capital do Brasil.
deriva logicamente das duas primeiras, chamadas premissas.
r: 8 + 1 = 3 . 3
s: O número 7 é ímpar
Todo silogismo regular contém, portanto, três proposi-
t: O número 17 é primo
ções nas quais três termos são comparados, dois a dois.
Proposições compostas
Exemplo: toda a virtude é louvável; ora, a caridade é uma
P: O número 24 é divisível por 3 e 12 é o dobro de 24.
virtude; logo, a caridade é louvável (1).
Q: A raiz quadrada de 16 é 4 e 24 é múltiplo de 3.
R(s, t): O número 7 é ímpar e o número 17 é primo. 5. SOFISMA
Noções de Lógica
Sofisma é um raciocínio falso que se apresenta com apa-
Sérgio Biagi Gregório
rência de verdadeiro. Todo erro provém de um raciocínio
ilegítimo, portanto, de um sofisma.
1. CONCEITO DE LÓGICA
O erro pode derivar de duas espécies de causas:
Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte
das palavras que o exprimem ou das idé ias que o constituem.
de aplicá-los à pesquisa e à demonstração da verdade.
No primeiro, os sofismas de palavras ou verbais; no segun-
do, os sofismas de idé
ias ou intelectuais.
Diz-se que a lógica éuma ciê ncia porque constitui um sis-
tema de conhecimentos certos, baseados em princípios uni-
Exemplo de sofisma verbal: usar mesma palavra com
versais. Formulando as leis ideais do bem pensar, a lógica se
duplo sentido; tomar a figura pela realidade.
apresenta como ciência normativa, uma vez que seu objeto
não é definir o que é, mas o que deve ser, isto é,
Exemplo de sofisma intelectual: tomar por essencial o
as normas do pensamento correto.
que é apenas acidental; tomar por causa um simples ante-
cedente ou mera circunstância acidental (3).
A lógica é também uma arte porque, ao mesmo tempo
que define os princípios universais do pensamento, estabele-
ce as regras práticas para o conhecimento da verdade (1).
LÓGICA
2. EXTENSÃO E COMPREENSÃO DOS CONCEITOS
Lógica - do grego logos significa “palavra”, “expressão”,
“pensamento”, “conceito”, “discurso”, “razão”. Para Aristóte-
Ao examinarmos um conceito, em termos lógicos, deve-
les, a lógica é a “ciência da demonstração”; Maritain a define
mos considerar a sua extensão e a sua compreensão.
como a “arte que nos faz proceder, com ordem, facilmente e
sem erro, no ato próprio da razão”; para Liard é “a ciência das
Vejamos, por exemplo, o conceito homem.
formas do pensamento”. Poderíamos ainda acrescentar: “É a
ciência das leis do pensamento e a arte de aplicá-las corre-
A extensão desse conceito refere-se a todo o conjunto de
tamente na procura e demonstração da verdade.
indivíduos aos quais se possa aplicar a designação homem.
A filosofia, no correr dos séculos, sempre se preocupou
A compreensão do conceito homem refere-se ao conjun-
com o conhecimento, formulando a esse respeito várias
to de qualidades que um indivíduo deve possuir para ser
questões: Qual a origem do conhecimento? Qual a sua es-
designado pelo termo homem: animal, vertebrado, mamífero,
sência? Quais os tipos de conhecimentos? Qual o critério da
bípede, racional.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 72


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

verdade? É possível o conhecimento? À lógica não interessa Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas defini-
nenhuma dessas perguntas, mas apenas dar as regrasdo ções e outras referências à lógica:
pensamento correto. A lógica é, portanto, uma disciplina
propedêutica. “A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos per-
mite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio ato
Aristóteles é considerado, com razão, o fundador da lógi- da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain).
ca. Foi ele, realmente, o primeiro a investigar, cientificamente,
as leis do pensamento. Suas pesquisas lógicas foram reuni- “A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para
das, sob o nome de Organon, por Diógenes Laércio. As leis distinguir o raciocínio correto do incorreto” (Irving Copi).
do pensamento formuladas por Aristóteles se caracterizam
pelo rigor e pela exatidão. Por isso, foram adotadas pelos
“A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas
pensadores antigos e medievais e, ainda hoje, são admitidas
como deve ser” (Edmundo D. Nascimento).
por muitos filósofos.

O objetivo primacial da lógica é, portanto, o estudo da in- “A princípio, a lógica não tem compromissos. No entanto,
teligência sob o ponto de vista de seu uso no conhecimento. sua história demonstra o poder que a mesma possui quando
É ela que fornece ao filósofo o instrumento e a técnica ne- bem dominada e dirigida a um propósito determinado, como o
cessária para a investigação segura da verdade. Mas, para fizeram os sofistas, a escolástica, o pensamento científico
atingir a verdade, precisamos partir de dados exatos e racio- ocidental e, mais recentemente, a informática” (Bastos; Kel-
cinar corretamente, a fim de que o espírito não caia em con- ler).
tradição consigo mesmo ou com os objetos, afirmando-os
diferentes do que, na realidade, são. Daí as várias divisões 1.1. Lógica formal e Lógica material
da lógica.
Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os es-
Assim sendo, a extensão e compreensão do conceito, o tudos da lógica orientaram-se em duas direções principais: a
juízo e o raciocínio, o argumento, o silogismo e o sofisma são da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a da
estudados dentro do tema lógica. O silogismo, que é um lógica material, também conhecida como “lógica maior”.
raciocínio composto de três proposições, dispostos de tal
maneira que a terceira, chamada conclusão, deriva logica- A lógica formal preocupa-se com a correção formal do
mente das duas primeiras chamadas premissas, tem lugar de pensamento. Para esse campo de estudos da lógica, o con-
destaque. É que todos os argumentos começam com uma teúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relati-
afirmação caminhando depois por etapas até chegar à con- va. A preocupação sempre será com a sua forma. A forma é
clusão. Sérgio Biagi Gregório respeitada quando se preenchem as exigências de coerência
interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do
ponto de vista material (conteúdo). Nem sempre um raciocí-
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO nio formalmente correto corresponde àquilo que chamamos
de realidade dos fatos.
1. Introdução
No entanto, o erro não está no seu aspecto formal e, sim,
Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de na sua matéria. Por exemplo, partindo das premissas que
Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um
dos campos mais férteis do pensamento humano, particular- (1) todos os brasileiros são europeus
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro e que
seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom
raciocínio. (2) Pedro é brasileiro,

Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que
quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode
ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estudar (3) Pedro é europeu.
o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o
sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo
levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na Materialmente, este é um raciocínio falso porque a experi-
prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos- ência nos diz que a premissa é falsa.
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial
no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se
ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria
raciocínio”. dos casos, processaformalmente informações nele previa-
mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o
Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou aque- valor empírico de tais informações.
la motivação, se respeita ou não a moral social, se teve influ-
ências das emoções ou não, se está de acordo com uma Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das o-
doutrina religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa perações do pensamento à realidade, de acordo com a natu-
embriagada ou sóbria. Ele considera a sua forma. Ao consi- reza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, interessa
derar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as que o raciocínio não só seja formalmente correto, mas que
relações entre as premissas e a conclusão, em suma, sua também respeite a matéria, ou seja, que o seu conteúdocor-
obediência a algumas regras apropriadas ao modo como foi responda à natureza do objeto a que se refere. Neste caso,
formulado etc. trata-se da correspondência entrepensamento e realidade.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 73


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar de Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa
dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade material. ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou
A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou
forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a forte etc.
forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o
conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri- De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria-
meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo, tem- mente, manter-se num plano distante da existência humana,
se a verdade. desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo-
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas à ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos
produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se à estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En-
consecução da verdade, seja ela formal ou material. Relacio- fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o
nando a lógica com a prática, pode-se dizer que é importante interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten-
que se obtenha não somente uma verdade formal, mas, tam- tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização
bém, uma verdade que corresponda à experiência. Que seja, do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático.
portanto, materialmente válida. A conexão entre os princípios
formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios pode ser 1.3. Inferê
ncia Lógica
denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma lógica
aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana. Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um ra-
ciocínio válido, visando à verdade.
1.2. Raciocínio e Argumentação
Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade
Três são as principais operações do intelecto humano: a quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo,
simples apreensão, os juízos e o raciocínio. emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos
de frases: as assertivas e as não assertivas, que também
A simples apreensão consiste na captação direta (através podem ser chamadas de proposições ou juízos.
dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de uma
realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito (p. ex., Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos:
de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que, por sua “a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, nas
vez, recebe uma denominação (as palavras ou termos, p. frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o verda-
deiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o caso
ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”). das interrogações ou das frases que expressam estados
emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente ou
O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa nem
ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento” verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo).
(falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposições
orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre a As frases declaratórias ou assertivas podem ser combina-
mesa da sala” das de modo a levarem a conclusões conseqüentes, constitu-
indo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:
O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos
juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte- (1) Não há crime sem uma lei que o defina;
údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas
para se chegar a conclusões que devem ser adequadas. (2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime;
Procedendo dessa forma, adquirem-se conhecimentos novos
e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para (3) logo, não é crime matar ET’s.
tanto, a cada passo, é preciso preencher os requisitos da
coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três arcanjos estão
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu-
sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda”
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes
Quando os raciocínios são organizados com técnica e arte permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda
e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase
qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi- inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis-
dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar- sas) deve levar a conclusões óbvias.
gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte
de convencer mediante o discurso.
1.4. Termo e Conceito
Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aquilo
Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é
que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e as
fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala-
decisões pessoais (subjetividade), um argumento conseguirá
vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi-
atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as idéias
ficações de significado. Observe-se o exemplo:
propostas se assentem em boas razões, capazes de mexer
com as convicções daquele a quem se tenta convencer. Mui-
tas vezes, julga-se que estão sendo usadas como bom argu- Os jaguares são quadrúpedes;
mento opiniões que, na verdade, não passam de preconcei-
tos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de outras formas Meu carro é um Jaguar
de desconhecimento. Mesmo assim, a habilidade no argu-
mentar, associada à desatenção ou à ignorância de quem logo, meu carro é um quadrúpede.
ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuasão.
O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao
longo do raciocínio, por isso, não tem validade.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 74


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen- persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor
tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”, lógico do raciocínio empregado na argumentação.
“lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de
vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos, Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser
que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo, dotado de duas características fundamentais: ter premissas
o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropria-
conceito, que é o ato mental correspondente ao signo. das. Dos raciocínios mais empregados na argumentação,
merecem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos
Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas-
“mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado
quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
nota característica comum a todos os elementos do conjunto, discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em-
de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental. pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por
Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio
como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica
cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou formal.
aquela cuja trajetória existencial destaca-se pela bondade,
virtude, afetividade e equilíbrio. A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de
raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo
Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre- como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.
manifestação de quem emite o juízo, o significado dos termos
empregados no discurso. Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade-
quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
1.5. Princípios lógicos médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou
como argumento contra a existência da alma o fato de esta
Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua non nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do corpo
para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa ocor- humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
rer. Podem ser entendidos como princípios que se referem que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon-
tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto ao trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti-
pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequado
devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de
deve respeitá-los. São eles: ordem metafísica, não física.

a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a reali- 2.1. Raciocínio analógico


dade de um ser. Trata-se de conceituar logicamente qual é a
identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma vez Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é
conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-se ao partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a
longo do raciocínio. Por exemplo, se estou falando de um analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um
homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No ra-
Antônio. ciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida
com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida,
b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é, aplicando a elas as informações previamente obtidas quando
não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo da vivência direta ou indireta da situação-referência.
tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora,
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se, Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto de
embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são; c) apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia é
Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o falso e o um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado, é
verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verdadeiro. Ou fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também tem
está chovendo ou não está, não é possível um terceiro termo: servido de inspiração para muitos gênios das ciências e das
está meio chovendo ou coisa parecida. artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei do
empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) ou
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No
princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come-
recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve- tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-
ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído, lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha
admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro, grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi-
como também ao indeterminado. cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou
não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun-
2. Argumentação e Tipos de Raciocínio do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba-
bilidade” (Introdução à lógica, p. 314).
Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex-
posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de A força de uma analogia depende, basicamente, de três
alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso aspectos:
de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados
raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e im-
ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos portantes;
sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí-
nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o b) o número de elementos semelhantes entre uma situa-
efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou ção e outra deve ser significativo;

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 75


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

c) não devem existir divergências marcantes na compara- que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces-
ção. sariamente válida.

No raciocínio analógico, comparam-se duas situações, ca- O esquema básico do raciocínio analógico é:
sos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões ade-
quadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a motor é A é N, L, Y, X;
B, tal como A, é N, L, Y, X;
um meio de transporte que necessita de um condutor. Este,
tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de bom A é, também, Z
senso e de boa técnica para desempenhar adequadamente logo, B, tal como A, é também Z.
seu papel. Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó-
gico é precário, ele é muito importante na formulação de
Aplicação das regras acima a exemplos: hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con-
tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana-
a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re- lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante pro-
levantes, não imaginários ou insignificantes.tc cedimentos indutivos ou dedutivos.

"a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re- Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, físico e pro-
levantes, não imaginários ou insignificantes." fessor de ciência da computação da Universidade de Michi-
gan, lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo da
Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao computação, uma situação semelhante à que ocorre no da
comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as genética. Assim como na natureza espécies diferentes po-
roupas de sua filha. dem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento gené-
tico - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na informá-
tica, também o cruzamento de programas pode contribuir
Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per-
para montar um programa mais adequado para resolver um
fume francês e é um bom advogado;
determinado problema. “Se quisermos obter uma rosa mais
bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies: uma
Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês; lo- com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland. “Para
go, deve ser um bom advogado. resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos um pro-
grama que dê conta de uma parte do problema e cruzamos
b) O número de aspectos semelhantes entre uma situação com outro programa que solucione outra parte. Entre as vá-
e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspectos rias soluções possíveis, selecionam-se aquelas que parecem
semelhantes entre uma situação e outra deve ser significati- mais adequadas. Esse processo se repete por várias gera-
vo." ções - sempre selecionando o melhor programa - até obter o
descendente que mais se adapta à questão. É, portanto,
Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera, semelhante ao processo de seleção natural, em que só so-
com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra, brevivem os mais aptos”. (Entrevista ao JB, 19/10/95, 1º cad.,
houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida, p. 12).
logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo
de vida. Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averi-
guação indutiva das conclusões extraídas desse tipo de ra-
Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por ciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não.
noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas
por noite e, por isso, também serei um gênio inventor. 2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral

c) Não devem existir divergências marcantes na compara- Ainda que alguns autores considerem a analogia como
ção.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na com- uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma
paração.." base mais ampla de sustentação. A indução consiste em
partir de uma série de casos particulares e chegar a uma
Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibili-
ocasião de tormentas e tempestades; dade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos e,
na maioria dos casos, também da verificação experimental.
a pescaria marinha não está tendo sucesso porque troveja Como dificilmente são investigados todos os casos possíveis,
muito. acaba-se aplicando o princípio das probabilidades.

Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o salá- Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen-
rio mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros, tal dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos
como os operários suíços, também recebe um salário míni- observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enu-
mo; logo, a maioria dos operários brasileiros também vive meração de casos deve ser realizada com rigor e a conexão
bem, como os suíços. entre estes deve ser feita com critérios rigorosos para que
sejam indicadores da validade das generalizações contidas
Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta consi- nas conclusões.
derar a forma de raciocínio, é muito importante que se avalie
o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admi- O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte:
tido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a
B é A e é X;
conclusão não o será necessariamente, mas possivelmente,
C é A e também é X;
isto caso cumpram-se as exigências acima.
D é A e também é X;
E é A e também é X;
Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral do logo, todos os A são X
raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 76


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos par- particular, os que foram enumerados são representativos do
ticulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral. todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)
Aplicando o modelo:
A jararaca é uma cobra e não voa; b. Indução por enumeração completa
A caninana é uma cobra e também não voa;
A urutu é uma cobra e também não voa; Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio
A cascavel é uma cobra e também não voa; baseado na enumeração completa.
logo, as cobras não voam.
Contudo, Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela ocor-
re quando:
Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir,
caiu e quebrou o braço. Maria viu o mesmo gato e, alguns b.a. todos os casos são verificados e contabilizados;
minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo
gato e, ao sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo, b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
ver um gato preto traz azar.
Exemplos correspondentes às duas formas de indução por
Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do valor enumeração completa:
lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução
forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
caso particular discorde da generalização obtida das premis- em cada uma delas foi constatada uma característica própria
sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probalida- desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-
de de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de
haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera cabeça é um dos sintomas da dengue.
coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso,
há casos em que b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças.
uma simples análise das premissas é suficiente para de-
tectar a sua fraqueza. Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, poden-
do-se classificá-los como formas de indução forte, mesmo
Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa cientí-
aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros de fica.
um grupo ou de uma classe tendo como modelo o comporta-
mento de alguns de seus componentes: O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado nos
1. Adriana é mulher e dirige mal; moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso pela
Ana Maria é mulher e dirige mal; maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou orde-
Mônica é mulher e dirige mal; nada. Observem-se os exemplos:
Carla é mulher e dirige mal;
logo, todas as mulheres dirigem mal. - Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a
2. Antônio Carlos é político e é corrupto; corrupção do cenário político brasileiro.
Fernando é político e é corrupto;
Paulo é político e é corrupto; Depois da série de protestos realizados pela população,
Estevão é político e é corrupto; depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
logo, todos os políticos são corruptos. me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é ta-
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
refa simples, havendo muitos exemplos na história do conhe-
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
cimento indicadores dos riscos das conclusões por indução.
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a
para que caia por terra uma “verdade” por ela sustentada. Um
nação.
exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da descoberta
da Austrália, onde foram encontrados cisnes pretos, acredita-
va-se que todos os cisnes fossem brancos porque todos os - Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
até então observados eram brancos. Ao ser visto o primeiro pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
cisne preto, uma certeza de séculos caiu por terra. respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquanto
alguns insinuavam a suaculpa, eu continuava seguro de sua
inocência.
2.2.1. Procedimentos indutivos

Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sen-
indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas do empregando o método indutivo porque o argumento prin-
ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimen- cipal está sustentado pela observação de muitos casos ou
tos principais de desenvolvimento e aplicação desse tipo de fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a conclu-
raciocínio: o da indução por enumeração incompleta suficien- são. No primeiro caso, a constatação de que diversas tentati-
te e o da indução por enumeração completa. vas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas con-
duzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,
enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com-
a. Indução por enumeração incompleta suficiente portamento do amigo infere-se sua inocência.

Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos Analogia, indução e probabilidade


como suficientes para serem tiradas determinadas conclu-
sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 77


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas mamífero. De certo modo, a conclusão já está presente nas
chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso premissas, basta observar algumas regras e inferir a conclu-
ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas são.
não são sinônimas de certezas.
2.3.1. Construção do Silogismo
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, a
moral e a natural. A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão)
consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin- partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma
do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras
de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de- palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
nominador representa os casos possíveis e o numerador o através da premissa menor e infere, necessariamente, uma
número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um conclusão adequada.
sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de
50% e a de dar coroa também é de 50%. Eis um exemplo de silogismo:

b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Maior
destituídos de caráter matemático. É o caso da possibilidade
de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor
alegre ou triste etc.
Logo, a concussão é punível Conclusão
Exemplos: considerando seu comportamento pregresso, é
provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo... O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da lógi-
Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o ca, as premissas são chamadas de proposições que, por sua
receba bem, mas...
vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas ou
juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras
c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos natu- que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são
rais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas. A necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior
previsão meteorológica é um exemplo particular de probali- é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado
dade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da imprevi- da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário
sibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na
eventos naturais. conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (normal-
mente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima, punível
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e concus-
são passíveis de conclusões inexatas. são é o menor.

Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as suas 2.3.1.1. As Regras do Silogismo
conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade hu-
mana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas, Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio
contudo, também revelam as limitações humanas no que diz perfeitamente lógico. As quatro primeiras dizem respeito às
respeito à construção do conhecimento. relações entre os termos e as demais dizem respeito às rela-
ções entre as premissas. São elas:
2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
2.3.1.1.1. Regras dos Termos
O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos es-
1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior,
tudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as defici-
médio e menor.
ências da analogia e da indução.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos.
No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se Termo Médio: Mimi é um gato.
do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir Termo Menor: Mimi é um mamífero.
do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral, para Exemplo de formulação incorreta:
se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a pre- Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede.
missa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de raciocí- Termo Médio: Maria é uma gata(2).
nio: Termo Menor: Maria é quadrúpede.
O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro
Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. univer- termos ao invés de três.
sal
2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten-
Premissa menor: Pedro é homem. sos que os termos das premissas.
Exemplo de formulação correta:
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular Termo Maior: Todas as onças são ferozes.
Termo Médio: Nikita é uma onça.
No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral Termo Menor: Nikita é feroz.
podem-se tirar conclusões de cunho particular. Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Antônio e José são poetas.
Termo Médio: Antônio e José são surfistas.
Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na qual,
Termo Menor: Todos os surfistas são poetas.
colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue neces-
sariamente, somente pelo fato de terem sido postas”. Uma “Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos os
surfistas”.
vez posto que todos os homens são mamíferos e que Pedro
é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pedro é um

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 78


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

3) O predicado do termo médio não pode entrar na conclu- Se Deus existe, então a felicidade eterna é possível.
são. Deus existe.
Exemplo de formulação correta: Logo, a felicidade eterna é possível.
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem. A validade do argumento (1) depende do modo pelo qual
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei. as sentenças são conectadas, mas não depende da estrutura
Exemplo de formulação incorreta: interna das sentenças. A forma lógica de (1) deixa isso claro:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei. (1a)
Termo Médio: Pedro é homem. Se A, então B.
Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a A.
lei. Logo, B.
A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é ino-
portuna. Diferentemente, a lógica de predicados estuda argumen-
tos cuja validade depende da estrutura interna das senten-
4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em ças. Por exemplo:
sua extensão universal. (2)
Exemplo de formulação correta: Todos os cariocas são brasileiros.
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida- Alguns cariocas são flamenguistas.
des. Logo, alguns brasileiros são flamenguistas.
Termo Médio: Pedro é homem. A forma lógica de (2) é a seguinte:
Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades. (2a)
Exemplo de formulação incorreta: Todo A é B.
Termo Maior: Alguns homens são sábios. Algum A é C.
Termo Médio: Ora os ignorantes são homens Logo, algum B é A.
Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios
O predicado “homens” do termo médio não é universal, A primeira premissa do argumento (2) diz que o conjunto
mas particular. dos indivíduos que são cariocas está contido no conjunto dos
brasileiros. A segunda, diz que ‘dentro’ do conjunto dos cario-
2.3.1.1.2. Regras das Premissas cas, há alguns indivíduos que são flamenguistas. É fácil con-
5) De duas premissas negativas, nada se conclui. cluir então que existem alguns brasileiros que são flamen-
Exemplo de formulação incorreta: guistas, pois esses flamenguistas que são cariocas serão
Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero também brasileiros. Essa conclusão se segue das premissas.
Premissa Menor: Lulu não é um gato.
Conclusão: (?). Note, entretanto, que as sentenças ‘todos os cariocas são
6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma conclu- brasileiros’ e ‘alguns cariocas são flamenguistas’ têm uma
são negativa. estrutura diferente da sentença ‘se Deus existe, a felicidade
Exemplo de formulação incorreta: eterna é possível’. Esta última é formada a partir de duas
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser deseja- outras sentenças ‘Deus existe’ e ‘a felicidade eterna é possí-
dos. vel’, conectadas pelo operador lógico se...então. Já para
Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral. analisar o argumento (2) precisamos analisar a estrutura
Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado. interna das sentenças, e não apenas o modo pelo qual sen-
7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A tenças são conectadas umas às outras. O que caracteriza a
premissa mais fraca é sempre a de caráter negativo. lógica de predicados é o uso dos quantificadores todo, algum
Exemplo de formulação incorreta: e nenhum. É por esse motivo que a validade de um argumen-
Premissa Maior: As aves são animais que voam. to como o (2) depende da estrutura interna das sentenças. A
Premissa Menor: Alguns animais não são aves. diferença entre a lógica sentencial e a lógica de predicados
Conclusão: Alguns animais não voam. ficará mais clara no decorrer desta e da próxima unidade.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: As aves são animais que voam. Usualmente o estudo da lógica começa pela lógica sen-
Premissa Menor: Alguns animais não são aves. tencial, e seguiremos esse caminho aqui. Nesta unidade
Conclusão: Alguns animais voam. vamos estudar alguns elementos da lógica sentencial. Na
8) De duas premissas particulares nada se conclui. próxima unidade, estudaremos elementos da lógica de predi-
Exemplo de formulação incorreta: cados.
Premissa Maior: Mimi é um gato.
Premissa Menor: Um gato foi covarde. 2. Sentenças atômicas e moleculares
Conclusão: (?) Considere-se a sentença
http://www.guiadoconcursopublico.com.br/apostilas/24_12 (1) Lula é brasileiro.
0.pdf
A sentença (1) é composta por um nome próprio, ‘Lula’, e
um predicado, ‘... é brasileiro’. Em lógica, para evitar o uso de
LÓGICA SENTENCIAL E DE PRIMEIRA ORDEM ‘...’, usamos uma variável para marcar o(s) lugar(es) em que
podemos completar um predicado. Aqui, expressões do tipo x
é brasileiro designam predicados. Considere agora a senten-
Elementos de Lógica sentencial
ça (2) Xuxa é mãe de Sasha.
1. A diferença entre a lógica sentencial e a lógica de pre-
dicados
A sentença (2) pode ser analisada de três maneiras dife-
rentes, que correspondem a três predicados diferentes que
A lógica divide-se em lógica sentencial e lógica de predi-
podem ser formados a partir de (2):
cados. A lógica sentencial estuda argumentos que não de-
(2a) x é mãe de Sasha;
pendem da estrutura interna das sentenças. Por exemplo:
(2b) Xuxa é mãe de x;
(2c) x é mãe de y.
(1)

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 79


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Do ponto de vista lógico, em (2c) temos o que é chamado


de um predicado binário, isto é, um predicado que, diferente- As sentenças
mente de x é brasileiro, deve completado por dois nomes (6) Não é o caso que Lula é brasileiro,
próprios para formar uma sentença. (7) Não é verdade que Lula é brasileiro
e
As sentenças (1) e (2) acima são denominadas sentenças (8) É falso que Lula é brasileiro
atômicas. Uma sentença atômica é uma sentença formada são diferentes maneiras de negar (5). Como (5) é uma
por um predicado com um ou mais espaços vazios, sendo sentença atômica, podemos também negar (5) por meio da
todos os espaços vazios completados por nomes próprios. sentença
Sentenças atômicas não contêm nenhum dos operadores (9) Lula não é brasileiro.
lógicos e, ou, se...então etc., nem os quantificadores todo,
nenhum, algum etc. A negação em (9) é denominada negação predicativa,
pois nega o predicado, ao passo que em (6) há uma negação
Sentenças moleculares são sentenças formadas com o sentencial porque toda a sentença é negada. No caso de
auxílio dos operadores sentenciais. Exemplos de sentenças sentenças atômicas, a negação predicativa é equivalente à
moleculares são negação sentencial, mas veremos que isso não ocorre com
(3) Lula é brasileiro e Zidane é francês, sentenças moleculares e sentenças com quantificadores.
(4) Se você beber, não dirija, Note que negar duas vezes uma sentença equivale a a-
(5) João vai à praia ou vai ao clube. firmar a própria sentença. A negação de
(5) Lula é brasileiro
3. A interpretação vero-funcional dos operadores senten- é
ciais (9) Lula não é brasileiro,
Os operadores sentenciais que estudaremos aqui são as e a negação de (9),
partículas do português não, ou, e, se...então, se, e somente (10) Não é o caso que Lula não é brasileiro, é a negação
se. A lógica sentencial interpreta esses operadores como da negação de (5), que é equivalente à própria sentença (5).
funções de verdade ou vero-funcionalmente. Isso significa
que eles operam apenas com os valores de verdade dos 5. A conjunção
seus operandos, ou em outras palavras, o valor de verdade Uma sentença do tipo A e B é denominada uma conjun-
de uma sentença formada com um dos operadores é deter- ção. Considere-se a sentença
minado somente pelos valores de verdade das sentenças que (11) João foi à praia e Pedro foi ao futebol.
a constituem. A sentença (1) é composta por duas sentenças,
(12) João foi à praia
Os operadores sentenciais se comportam de uma manei- e
ra análoga às funções matemáticas. Estas recebem números (13) Pedro foi ao futebol
como argumentos e produzem números como valores. Os conectadas pelo operador lógico e. Na interpretação vero-
operadores sentenciais são funções porque recebem valores funcional do operador e, o valor de verdade de (11) depende
de verdade como argumentos e produzem valores de verda- apenas dos valores de verdade das sentenças (12) e (13). É
de. Considere-se a seguinte função matemática: fácil perceber que (11) é verdadeira somente em uma situa-
(4) y =x + 1. ção: quando (12) e (13) são ambas verdadeiras. A tabela de
verdade de uma conjunção A e B é a seguinte:
Dizemos que y =f(x), isto é, ‘y é função de x’, o que signi- ABAeB
fica que o valor de y depende do valor atribuído a x. VVV
Quando x =1, y =2; VFF
x =2, y =3; FVF
x = 3, y =4, FFF
e assim por diante. Analogamente a uma função matemá-
tica, uma função de verdade recebe valores de verdade como Note que, na interpretação vero-funcional da conjunção, A
argumentos e produz valores de verdade como valores. e B é equivalente a B e A. Não faz diferença alguma afirmar-
mos (11) ou (14) Pedro foi ao futebol e João foi à praia.
As chamadas tabelas de verdade mostram como os ope-
radores da lógica sentencial funcionam. É importante observar que a interpretação vero-funcional
da conjunção não expressa todos os usos da partícula e em
No lado esquerdo da tabela de verdade temos as senten- português. A sentença
ças a partir das quais a sentença composta foi formada – no (15) Maria e Pedro tiveram um filho e casaram não é e-
caso da negação, uma única sentença. O valor produzido quivalente a
pela função de verdade está na coluna da direita. As letras V (16) Maria e Pedro casaram e tiveram um filho.
e F representam os valores de verdade verdadeiro e falso.
Em outras palavras, o e que ocorre em (15) e (16) não é
4. A negação uma função de verdade.
Comecemos pelo operador sentencial mais simples, a ne-
gação. A tabela de verdade da negação de uma sentença A é 6. A disjunção
A não A Uma sentença do tipo A ou B é denominada uma disjun-
VF ção. Há dois tipos de disjunção, a inclusiva e a exclusiva.
FV Ambas tomam dois valores de verdade como argumentos e
produzem um valor de verdade como resultado. Começarei
A negação simplesmente troca o valor de verdade da sen- pela disjunção inclusiva. Considere-se a sentença
tença. Uma sentença verdadeira, quando negada, produz (17) Ou João vai à praia ou João vai ao clube, que é for-
uma sentença falsa, e vice-versa. mada pela sentenças
(18) João vai à praia
Há diferentes maneiras de negar uma sentença atômica e
em português. Considere a sentença verdadeira (19) João vai ao clube combinadas pelo operador ou. A
(5) Lula é brasileiro. sentença (17) é verdadeira em três situações:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 80


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

(i) João vai à praia e também vai ao clube; antecedente da condicional, e B é o conseqüente da condi-
(ii) João vai à praia mas não vai ao clube e cional.
(iii) João não vai à praia mas vai ao clube.
Da mesma forma que analisamos o e e o ou como fun-
A tabela de verdade da disjunção inclusiva é a seguinte: ções de verdade, faremos o mesmo com a condicional. Anali-
A B A ou B sada vero-funcionalmente, a condicional é denominada con-
VVV dicional material.
VFV
FVV Quando analisamos a conjunção, vimos que a interpreta-
FFF ção vero-funcional do operador sentencial e não corresponde
exatamente ao uso que dela fazemos na linguagem natural.
No sentido inclusivo do ou, uma sentença A ou B é verda- Isso ocorre de modo até mais acentuado com o operador
deira quando uma das sentenças A e B é verdadeira ou se...então. Na linguagem natural, geralmente usamos
quando são ambas verdadeiras, isto é, a disjunção inclusiva se...então para expressar uma relação entre os conteúdos de
admite a possibilidade de A e B serem simultaneamente A e B, isto é, queremos dizer que A é uma causa ou uma
verdadeiras. explicação de B. Isso não ocorre na interpretação do
se...então como uma função de verdade. A tabela de verdade
No sentido exclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver- da condicional material é a seguinte:
dadeira apenas em duas situações: A B se A, então B
(i) A é verdadeira e B é falsa; VVV
(ii) B é verdadeira e A e falsa. VFF
FVV
Não há, na disjunção exclusiva, a possibilidade de serem FFV
ambas as sentenças verdadeiras. A tabela de verdade da
disjunção exclusiva é Uma condicional material é falsa apenas em um caso:
A B A ou B quando o antecedente é verdadeiro e o conseqüente falso.
VVF
VFV A terceira e a quarta linhas da tabela de verdade da con-
FVV dicional material costumam causar problemas para estudan-
FFF tes iniciantes de lógica. Parece estranho que uma condicional
seja verdadeira sempre que o antecedente é falso, mas ve-
Um exemplo de disjunção exnclusiva é remos que isso é menos estranho do que parece.
(20) Ou o PMDB ou o PP receberá o ministério da saúde,
que é formada a partir das sentenças: Suponha que você não conhece Victor, mas sabe que
(21) o PMDB receberá o ministério da saúde; Victor é um parente do seu vizinho que acabou de chegar da
(22) o PP receberá o ministério da saúde. França. Você não sabe mais nada sobre Victor. Agora consi-
dere a sentença:
Quando se diz que um determinado partido receberá um (25) Se Victor é carioca, então Victor é brasileiro.
ministério, isso significa que um membro de tal partido será
nomeado ministro. Posto que há somente um ministro da O antecedente de (25) é (26) Victor é carioca e o conse-
saúde, não é possível que (21) e (22) sejam simultaneamente qüente é (27) Victor é brasileiro.
verdadeiras. O ou da sentença (20), portanto, é exclusivo.
A sentença (25) é verdadeira, pois sabemos que todo ca-
Na lógica simbólica, são usados símbolos diferentes para rioca é brasileiro. Em outras palavras, é impossível que al-
designar o ou inclusivo e o exclusivo. No latim, há duas pala- guém simultaneamente seja carioca e não seja brasileiro. Por
vras diferentes, vel para a disjunção inclusiva e aut para a esse motivo, a terceira linha da tabela de verdade, que torna-
exclusiva. No português isso não ocorre. Na maioria das ria a condicional falsa, nunca ocorre.
vezes é apenas o contexto que deixa claro se se trata de uma
disjunção inclusiva ou exclusiva. Descartada a terceira linha, ainda há três possibilidades,
que correspondem às seguintes situações:
Assim como ocorre com a conjunção, sentenças A ou B e (a) Victor é carioca.
B ou A são equivalentes. Isso vale tanto para o ou inclusivo (b) Victor é paulista.
quanto para o exclusivo. (c) Victor é francês.

7. A condicional Suponha que Victor é carioca. Nesse caso, o antecedente


Uma condicional é uma sentença da forma se A, então B. e o conseqüente da condicional são verdadeiros.
A é denominado o antecedente e B o conseqüente da condi-
cional. Temos a primeira linha da tabela de verdade. Até aqui
não há problema algum.
Em primeiro lugar, é importante deixar clara a diferença
entre um argumento (23) A, logo B e uma condicional (24) se Suponha agora que Victor é paulista. Nesse caso, o ante-
A, então B. cedente da condicional (26) Victor é carioca é falso, mas o
conseqüente (27) Victor é brasileiro é verdadeiro.
Em (23) a verdade tanto de A quanto de B é afirmada. No-
te que o que vem depois do ‘logo’ é afirmado como verdadei- Temos nesse caso a terceira linha da tabela de verdade
ro e é a conclusão do argumento. Já em (24), nada se diz da condicional. Note que a condicional (25) continua sendo
acerca da verdade de A, nem de B. (24) diz apenas que se A verdadeira mesmo que Victor seja paulista, isto é, quando o
é verdadeira, B também será verdadeira. Note que apesar de antecedente é falso.
uma condicional e um argumento serem coisas diferentes
usamos uma terminologia similar para falar de ambos. Em Por fim, suponha que Victor é francês. Nesse caso, tanto
(23) dizemos que A é o antecedente do argumento, e B é o (26) Victor é carioca quanto (27) Victor é brasileiro são falsas.
conseqüente do argumento. Em (24), dizemos que A é o Temos aqui a quarta linha da tabela de verdade da condicio-

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 81


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

nal material. Mas, ainda assim, a sentença (25) é verdadeira. respectivas tabelas de verdade, que fica como exercício para
o leitor. Mas pode ser também intuitivamente percebido. Con-
Vejamos outro exemplo. Considere a condicional sidere as sentenças: (35) Se João é carioca, João é brasileiro
(28) Se Pedro não jogar na loteria, não ganhará o prêmio. e
(36) Se João é brasileiro, João é carioca.
Essa é uma condicional verdadeira. Por quê? Porque é
impossível (em uma situação normal) o antecedente ser ver- Enquanto a sentença (35) é verdadeira, é evidente que
dadeiro e o conseqüente falso. Isto é, não é possível Pedro (36) pode ser falsa, pois João pode perfeitamente ser brasilei-
não jogar e ganhar na loteria. Fica como exercício para o ro sem ser carioca.
leitor a construção da tabela de verdade de (28).
Uma condicional se A, então B e sua contrapositiva se
Não é difícil perceber, em casos como (25) e (28) acima, não B, então não A são equivalentes. Isso pode ser constata-
por que uma condicional é verdadeira quando o antecedente do pela construção da tabela de verdade, que fica como um
é falso. O problema é que, sendo a condicional material uma exercício para o leitor. Mas note que a contrapositiva de (35),
função de verdade, coisas como (29) se 2 + 2 = 5, então a (37) Se João não é brasileiro, não é carioca, é verdadeira nas
Lua é de queijo são verdadeiras. Sem dúvida, esse é um mesmas circunstâncias em que (35) é verdadeira. A diferença
resultado contra-intuitivo. Note que toda condicional material entre (35) e (37) é que (35) enfatiza que ser carioca é condi-
com antecedente falso será verdadeira. Mas no uso corrente ção suficiente para ser brasileiro, enquanto (37) enfatiza que
da linguagem normalmente não formulamos condicionais com ser brasileiro é condição necessária para ser carioca. Isso
o antecedente falso. ficará mais claro na seção sobre condições necessárias e
suficientes.
Mas cabe perguntar: se a condicional material de fato não
expressa todos os usos do se...então em português e, além 9. Negações
disso, produz resultados contra-intuitivos como a sentença Agora nós vamos aprender a negar sentenças construí-
(29), por que ela é útil para o estudo de argumentos construí- das com os operadores sentenciais.
dos com a linguagem natural? A resposta é muito simples. O
caso em que a condicional material é falsa, a segunda linha Negar uma sentença é o mesmo afirmar que a sentença é
da tabela de verdade, corresponde exatamente ao caso em falsa. Por esse motivo, para negar uma sentença construída
que, no uso corrente da linguagem, uma sentença se A, en- com os operadores sentenciais e, ou e se...então, basta afir-
tão B é falsa. Considere-se a sentença (30) Se Lula conse- mar a(s) linha(s) da tabela de verdade em que a sentença é
guir o apoio do PMDB, então fará um bom governo. falsa.

Em (30), o ponto é que Lula fará um bom governo porque 9a. Negação da disjunção
tem o apoio do PMDB. Há um suposto nexo explicativo e Comecemos pelos caso mais simples, a disjunção (inclu-
causal entre o antecedente e o conseqüente. Suponha, entre- siva). Como vimos, uma disjunção A ou B é falsa no caso em
tanto, que Lula obtém o apoio do PMDB durante todo o seu que tanto A quanto B são falsas. Logo, para negar uma dis-
mandato, mas ainda assim faz um mau governo. Nesse caso, junção, nós precisamos dizer que A é falsa e também que B é
em que o antecedente é verdadeiro e o conseqüente falso, falsa, isto é, não A e não B. Fica como exercício para o leitor
(30) é falsa. a construção das tabelas de verdade de A ou B e não A e
não B para constatar que são idênticas.
Abaixo, você encontra diferentes maneiras de expressar, (1) João comprou um carro ou uma moto.
na linguagem natural, uma condicional se A, então B, todas
equivalentes. A negação de (1) é:
Se A, B (2) João não comprou um carro e não comprou uma moto,
B, se A ou
Caso A, B (3) João nem comprou um carro, nem comprou uma moto.
B, caso A
Na linguagem natural, freqüentemente formulamos a ne-
As expressões abaixo também são equivalentes a se A, gação de uma disjunção com a expressão nem...nem. Nem
então B: A, nem B significa o mesmo que não A e não B.
A, somente se B (4) O PMDB receberá o ministério da saúde ou o PP re-
Somente se B, A ceberá o ministério da cultura.
A é condição suficiente para B A negação de (4) é:
B é condição necessária para A,mas elas serão vistas (5) Nem o PMDB receberá o ministério da saúde, nem o
com mais atenção na seção sobre condições necessárias e PP receberá o ministério da cultura.
suficientes.
Exercício: complete a coluna da direita da tabela abaixo
8. Variantes da condicional material com a negação das sentenças do lado esquerdo.
Partindo de uma condicional DISJUNÇÃO NEGAÇÃO
(31) Se A, então B A ou B não A e não B
podemos construir sua conversa, A ou não B
(32) Se B, então A não A ou B
sua inversa não A ou não B
(33) Se não A, então não B e sua contrapositiva (34) Se
não B, então não A. 9b. Negação da conjunção
Por um raciocínio análogo ao utilizado na negação da dis-
Há dois pontos importantes sobre as sentenças acima junção, para negar uma conjunção precisamos afirmar os
que precisam ser observados. Vimos que A e B e B e A, casos em que a conjunção é falsa. Esses casos são a se-
assim como A ou B e B ou A são equivalentes. Entretanto, se gunda, a terceira e a quarta linhas da tabela de verdade. Isto
A, então B e se B então A NÃO SÃO EQUIVALENTES!!! é, A e B é falsa quando:
(i) A é falsa,
Isso pode ser constatado facilmente pela construção das (ii) B é falsa ou

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 82


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

(iii) A e B são ambas falsas. 06. (UGF) A negação de x > -2 é:


É fácil perceber que basta uma das sentenças ligadas pe- a) x > 2
lo e ser falsa para a conjunção ser falsa. A negação de A e B, b) x #-2
portanto, é não A ou não B. Fica como exercício para o leitor c) x < -2
a construção das tabelas de verdade de A e B e não A ou
d) x < 2
não B para constatar que são idênticas.
e) x #2
Exemplos de negações de conjunções:
(6) O PMDB receberá o ministério da saúde e o ministério 07. (ABC) A negação de todos os gatos são pardos é:
da cultura.
A negação de (6) é a) nenhum gato é pardo;
(6a) Ou PMDB não receberá o ministério da saúde, ou b) existe gato pardo;
não receberá o ministério da cultura. c) existe gato não pardo;
(7) Beba e dirija.
d) existe um e um só gato pardo;
A negação de (7) é
(7a) não beba ou não dirija. e) nenhum gato não é pardo.

Fonte: http://abilioazambuja.sites.uol.com.br/1d.pdf 08. (ABC) Se A negação de o gato mia e o rato chia é:


a) o gato não mia e o rato não chia;
Questões:
b) o gato mia ou o rato chia;
Sendo p a proposição Paulo é paulista e q a proposição Ro-
c) o gato não mia ou o rato não chia;
naldo é carioca, traduzir para a linguagem corrente as seguin-
d) o gato e o rato não chiam nem miam;
tes proposições:
e) o gato chia e o rato mia.
a) ~q
b) p ^ q
09. Duas grandezas A e B são tais que "se A = 2 então B =
c) p v q
5". Pode-se concluir que:
d) p " q
a) se A 2 antão B 5
e) p " (~q)
b) se A = 5 então B = 2
c) se B 5 então A 2
02. Sendo p a proposição Roberto fala inglês e q a proposi-
d) se A = 2 então B = 2
ção Ricardo fala italiano traduzir para a linguagem simbólica
e) se A = 5 então B 2
as seguintes proposições:
a) Roberto fala inglês e Ricardo fala italiano.
10. (VUNESP) Um jantar reúne 13 pessoas de uma mesma
b) Ou Roberto não fala inglês ou Ricardo fala italiano.
família. Das afirmações a seguir, referentes às pessoas reu-
c) Se Ricardo fala italiano então Roberto fala inglês.
nidas, a única necessariamente verdadeira é:
d) Roberto não fala inglês e Ricardo não fala italiano.
a) pelo menos uma delas tem altura superior a 1,90m;
b) pelo menos duas delas são do sexo feminino;
03. (UFB) Se p é uma proposição verdadeira, então:
c) pelo menos duas delas fazem aniversário no mesmo mês;
a) p ^ q é verdadeira, qualquer que seja q;
d) pelo menos uma delas nasceu num dia par;
b) p v q é verdadeira, qualquer que seja q;
e) pelo menos uma delas nasceu em janeiro ou fevereiro.
c) p ^ q é verdadeira só se q for falsa;
d) p =>q é falsa, qualquer que seja q
Resolução:
e) n.d.a.

01. a) Paulo não é paulista.


04. (MACK) Duas grandezas x e y são tais que "se x = 3
b) Paulo é paulista e Ronaldo é carioca.
então y = 7". Pode-se concluir que:
c) Paulo é paulista ou Ronaldo é carioca.
a) se x 3 antão y 7
d) Se Paulo é paulista então Ronaldo é carioca.
b) se y = 7 então x = 3
e) Se Paulo é paulista então Ronaldo não é carioca.
c) se y 7 então x 3
02. a) p ^ q
d) se x = 5 então y = 5
b) (~p) v p
e) se x = 7 então y = 3
c) q " p
d) (~p) ^ (~q)
05. (ABC) Assinale a proposição composta logicamente ver-
03. B 04. C 05. A 06. C
dadeira:
a) (2 = 3) => (2 . 3 = 5) 07. C 08. C 09. C 10. C
b) (2 = 2) => (2 . 3 = 5) http://www.coladaweb.com/matematica/logica
c) (2 = 3) e (2 . 3 = 5)
d) (2 = 3) ou (2 . 3 = 5) ESTRUTURAS LÓGICAS
e) (2 = 3) e (~ ( 2= 2))

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 83


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

As questões de Raciocínio Lógico sempre vão ser com- Ex1. : ~P (não P): O Pão não é barato. (É a negação lógi-
postas por proposições que provam, dão suporte, dão razão ca de P)
a algo, ou seja, são afirmações que expressam um pensa-
mento de sentindo completo. Essas proposições podem ter ~Q (não Q): O Queijo é bom. (É a negação lógica de Q)
um sentindo positivo ou negativo.
Se uma proposição é verdadeira, quando usamos a nega-
Exemplo 1: João anda de bicicleta. ção vira falsa.

Exemplo 2: Maria não gosta de banana. Se uma proposição é falsa, quando usamos a negação vi-
ra verdadeira.
Tanto o exemplo 1 quanto o 2 caracterizam uma afirma-
ção/proposição. Regrinha para o conectivo de negação (~):

A base das estruturas lógicas ésaber o que éverdade


ou mentira (verdadeiro/falso).
P ~P
Os resultados das proposições SEMPRE tem que dar V F
verdadeiro.
F V
Há alguns princípios básicos:

Contradição: Nenhuma proposição pode ser verdadeira e


falsa ao mesmo tempo. CONJUNÇÃO (símbolo Λ):

Terceiro Excluído: Dadas duas proposições lógicas con- Este conectivo é utilizado para unir duas proposições for-
traditórias somente uma delas é verdadeira. Uma proposição mando uma terceira. O resultado dessa união somente será
ou é verdadeira ou é falsa, não há um terceiro valor lógico verdadeiro se as duas proposições (P e Q) forem verdadei-
(“mais ou menos”, meio verdade ou meio mentira). ras, ou seja, sendo pelo menos uma falsa, o resultado será
FALSO.
Ex. Estudar é fácil. (o contrário seria: “Estudar é difícil”.
Não existe meio termo, ou estudar é fácil ou estudar é difícil). Ex.2: P Λ Q. (O Pão é barato e o Queijo não é bom.) Λ =
“e”
Para facilitar a resolução das questões de lógica usam-se
os Conectivos Lógicos, que são símbolos que comprovam a Regrinha para o conectivo de conjunção (Λ):
veracidade das informações e unem as proposições uma a
P Q PΛQ
outra ou as transformam numa terceira proposição.
V V V
Veja abaixo: V F F
F V F
(~) “não”: negação
F F F
(Λ) “e”: conjunção

(V) “ou”: disjunção


DISJUNÇÃO (símbolo V):
(→) “se...então”: condicional
Este conectivo também serve para unir duas proposições.
O resultado será verdadeiro se pelo menos uma das proposi-
(↔) “se e somente se”: bicondicional
ções for verdadeira.
Agora, vejamos na prática como funcionam estes conecti-
Ex3.: P V Q. (Ou o Pão é barato ou o Queijo não é bom.)
vos:
V = “ou”
Temos as seguintes proposições:
Regrinha para o conectivo de disjunção (V):
O Pão é barato. O Queijo não é bom. P Q PVQ
V V V
A letra P, representa a primeira proposição e a letra Q, a
segunda. Assim, temos: V F V
F V V
P: O Pão é barato.
F F F
Q: O Queijo não é bom.

NEGAÇÃO (símbolo ~): CONDICIONAL (símbolo →)

Quando usamos a negação de uma proposição inverte- Este conectivo dá a ideia de condição para que a outra
mos a afirmação que está sendo dada. Veja os exemplos: proposição exista. “P” será condição suficiente para “Q” e “Q”
é condição necessária para “P”.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 84


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Ex4.: P → Q. (Se o Pão é barato então o Queijo não é de linhas que expressam a permutações entre estes será 4:
bom.) → = “se...então” um caso de ambos termos serem verdadeiros (V V), dois
casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F , F V) e
Regrinha para o conectivo condicional (→): um caso no qual ambos termos são falsos (F F). Se a fórmula
contiver 3 termos, o número de linhas que expressam a
P Q P→Q permutações entre estes será 8: um caso de todos termos
serem verdadeiros (V V V), três casos de apenas dois termos
V V V
serem verdadeiros (V V F , V F V , F V V), três casos de
V F F apenas um dos termos ser verdadeiro (V F F , F V F , F F V)
F V V e um caso no qual todos termos são falsos (F F F).
F F V Tabelas das Principais Operações do Cálculo
Proposicional Dei
Negação
BICONDICIONAL (símbolo ↔)
A ~A
O resultado dessas proposições será verdadeiro se e so-
V F
mente se as duas forem iguais (as duas verdadeiras ou as
duas falsas). “P” será condição suficiente e necessária para F V
“Q”
A negação da proposição "A" é a proposição "~A", de
Ex5.: P ↔ Q. (O Pão é barato se e somente se o Queijo maneira que se "A" é verdade então "~A" é falsa, e vice-
não é bom.) ↔ = “se e somente se” versa.

Regrinha para o conectivo bicondicional (↔): Conjunção (E)

P Q P↔Q A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos


V V V são verdadeiros
V F F
A B A^B
F V F V V V
F F V V F F
F V F
Fonte: http://www.concursospublicosonline.com/
F F F
Disjunção (OU)
TABELA VERDADE A disjunção é falsa se, e somente se ambos os operandos
forem falsos
Tabela-verdade, tabela de verdade ou tabela veritativa A B AvB
é um tipo de tabela matemática usada em Lógica para V V V
determinar se uma fórmula é válida ou se um sequente é
V F V
correto.
F V V
As tabelas-verdade derivam do trabalho de Gottlob Frege, F F F
Charles Peirce e outros da década de 1880, e tomaram a
forma atual em 1922 através dos trabalhos de Emil Post e Condicional (Se... Então) [Implicação]
Ludwig Wittgenstein. A publicação do Tractatus Logico-
Philosophicus, de Wittgenstein, utilizava as mesmas para A conjunção é falsa se, e somente se, o primeiro
classificar funções veritativas em uma série. A vasta operando é verdadeiro e o segundo operando é falso
influência de seu trabalho levou, então, à difusão do uso de
tabelas-verdade. A B A→B
Como construir uma Tabela Verdade V V V
V F F
Uma tabela de verdade consiste em:
F V V
1º) Uma linha em que estão contidos todas as F F V
subfórmulas de uma fórmula. Por exemplo, a fórmula
¬((A∧B)→C) tem o seguinte conjuntos de subfórmulas: Bicondicional (Se e somente se) [Equivalê
ncia]

{ ¬((A∋B)→C) , (A∧B)→C , A∧B , A , B , C} A conjunção é verdadeira se, e somente se, ambos


operandos forem falsos ou ambos verdadeiros
2º) l linhas em que estão todos possíveis valores que os A B A↔B
termos podem receber e os valores cujas as fórmulas
moleculares tem dados os valores destes termos. V V V
V F F
O número destas linhas é l = nt , sendo n o número de F V F
valores que o sistema permite (sempre 2 no caso do Cálculo
F F V
Proposicional Clássico) e t o número de termos que a fórmula
contém. Assim, se uma fórmula contém 2 termos, o número

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 85


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU... OU XOR) Algumas falácias

A conjunção é verdadeira se, e somente se, apenas um Afirmação do conseqüente


dos operandos for verdadeiro
Se A, então B. (A→B)
A B A((B
V V F B.
V F V
F V V Logo, A.
F F F A B A→B
Adaga de Quine (NOR) V V V
V F F
A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos F V V
são falsos F F V
A B A((B A↓B
V V V F
V F V F Comutação dos Condicionais
F V V F
A implica B. (A→B)
F F F V
Como usar tabelas para verificar a validade de Logo, B implica A. (B→A)
argumentos
Verifique se a conclusão nunca é falsa quando A B A→B B→A
as premissas são verdadeiros. Em caso positivo, o V V V V
argumento é válido. Em caso negativo, é inválido. V F F V
F V V F
Alguns argumentos válidos
F F V V
Modus ponens Fonte: Wikipédia

DIAGRAMAS LÓGICOS

História
A B A→B
V V V Para entender os diagramas lógicos vamos dar uma rápi-
V F F da passada em sua origem.
F V V O suíço Leonhard Euler (1707 – 1783) por volta de 1770,
ao escrever cartas a uma princesa da Alemanha, usou os
F F V diagramas ao explicar o significado das quatro proposições
categóricas:
Modus tollens
Todo A é B.
Algum A é B.
Nenhum A é B.
Algum A não é B.
A B ¬A ¬B A→B
V V F F V Mais de 100 anos depois de Euler, o logicista inglês John
Venn (1834 – 1923) aperfeiçoou o emprego dos diagramas,
V F F V F utilizando sempre círculos. Desta forma, hoje conhecemos
F V V F V como diagramas de Euler/Venn.
F F V V V
Tipos
Silogismo Hipoté
tico
Existem três possíveis tipos de relacionamento entre dois
diferentes conjuntos:

Indica que um con-


A B C A→B B→C A→C junto está ompleta-
V V V V V V mente contido no
V V F V F F outro, mas o inverso
não é verdadeiro.
V F V F V V
V F F F V F
F V V V V V
F V F V F V
F F V V V V
F F F V V V

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 86


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

bem dominada e dirigida a um propósito determinado, como o


Indica que os dois fizeram os sofistas, a escolástica, o pensamento científico
conjuntos tem alguns ocidental e, mais recentemente, a informática” (Bastos; Kel-
elementos em co- ler).
mum, mas não todos.
1.1. Lógica formal e Lógica material

Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os


Indica que não exis- estudos da lógica orientaram-se em duas direções principais:
tem elementos co- a da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a
muns entre os con- da lógica material, também conhecida como “lógica maior”.
juntos.
A lógica formal preocupa-se com a correção formal do
pensamento. Para esse campo de estudos da lógica, o con-
teúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relati-
OBS: CONSIDERE QUE O TAMANHO DOS CÍRCULOS
va. A preocupação sempre será com a sua forma. A forma é
NÃO INDICA O TAMANHO RELATIVO DOS CONJUNTOS.
respeitada quando se preenchem as exigências de coerência
interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS, ponto de vista material (conteúdo). Nem sempre um raciocí-
INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES. nio formalmente correto corresponde àquilo que chamamos
de realidade dos fatos. No entanto, o erro não está no seu
aspecto formal e, sim, na sua matéria. Por exemplo, partindo
1. Introdução das premissas que

Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de (1) todos os brasileiros são europeus
Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um
dos campos mais férteis do pensamento humano, particular- e que
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro
(2) Pedro é brasileiro,
seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom
raciocínio.
formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que
Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental
quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode (3) Pedro é europeu.
ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estudar
o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o Materialmente, este é um raciocínio falso porque a expe-
sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo riência nos diz que a premissa é falsa.
levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na
prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos- No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se
no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico dos casos, processa formalmente informações nele previa-
ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o
raciocínio”. valor empírico de tais informações.

Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou aque- Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das
la motivação, se respeita ou não a moral social, se teve influ- operações do pensamento à realidade, de acordo com a
ências das emoções ou não, se está de acordo com uma natureza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, inte-
doutrina religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa ressa que o raciocínio não só seja formalmente correto, mas
embriagada ou sóbria. Ele considera a sua forma. Ao consi- que também respeite a matéria, ou seja, que o seu conteúdo
derar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as corresponda à natureza do objeto a que se refere. Neste
relações entre as premissas e a conclusão, em suma, sua caso, trata-se da correspondência entre pensamento e reali-
obediência a algumas regras apropriadas ao modo como foi dade.
formulado etc.
Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar
Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas defini- de dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade mate-
ções e outras referências à lógica: rial. A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à
forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a
“A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o
permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri-
ato da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain). meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo, tem-
se a verdade.
“A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados pa-
ra distinguir o raciocínio correto do incorreto” (Irving Copi). Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas
à produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se
“A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas à consecução da verdade, seja ela formal ou material. Rela-
como deve ser” (Edmundo D. Nascimento). cionando a lógica com a prática, pode-se dizer que é impor-
tante que se obtenha não somente uma verdade formal, mas,
também, uma verdade que corresponda à experiência. Que
“A princípio, a lógica não tem compromissos. No entanto,
seja, portanto, materialmente válida. A conexão entre os
sua história demonstra o poder que a mesma possui quando
princípios formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 87


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

pode ser denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um ra-
lógica aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana. ciocínio válido, visando à verdade.

1.2. Raciocínio e Argumentação Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade


quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo,
Três são as principais operações do intelecto humano: a emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos
simples apreensão, os juízos e o raciocínio. de frases: as assertivas e as não assertivas, que também
podem ser chamadas de proposições ou juízos.
A simples apreensão consiste na captação direta (atra-
vés dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos:
uma realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito “a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, nas
(p. ex., de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que, frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o verda-
por sua vez, recebe uma denominação (as palavras ou ter- deiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o caso
mos, p. ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”). das interrogações ou das frases que expressam estados
emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente ou
O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa nem
ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento” verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo).
(falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposições
orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre a As frases declaratórias ou assertivas podem ser combina-
mesa da sala” das de modo a levarem a conclusões conseqüentes, constitu-
indo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:
O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos
juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte- (1) Não há crime sem uma lei que o defina;
údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas
para se chegar a conclusões que devem ser adequadas. (2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime;
Procedendo dessa forma, adquirem-se conhecimentos novos
e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para (3) logo, não é crime matar ET’s.
tanto, a cada passo, é preciso preencher os requisitos da
coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três arcanjos estão Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu-
sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda” tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes
Quando os raciocínios são organizados com técnica e ar- permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda
te e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase
qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi- inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis-
dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar- sas) deve levar a conclusões óbvias.
gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte
de convencer mediante o discurso. 1.4. Termo e Conceito

Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aqui- Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é
lo que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e as fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala-
decisões pessoais (subjetividade), um argumento conseguirá vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi-
atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as idéias ficações de significado. Observe-se o exemplo:
propostas se assentem em boas razões, capazes de mexer
com as convicções daquele a quem se tenta convencer. Mui-
Os jaguares são quadrúpedes;
tas vezes, julga-se que estão sendo usadas como bom argu-
mento opiniões que, na verdade, não passam de preconcei-
tos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de outras formas Meu carro é um Jaguar
de desconhecimento. Mesmo assim, a habilidade no argu-
mentar, associada à desatenção ou à ignorância de quem logo, meu carro é um quadrúpede.
ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuasão.
O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao
Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa longo do raciocínio, por isso, não tem validade.
ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou
ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen-
forte etc. tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”,
“lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de
De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria- vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos,
mente, manter-se num plano distante da existência humana, que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo,
desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo- conceito, que é o ato mental correspondente ao signo.
ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos
estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En- Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo
fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o “mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às
interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten- quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma
tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização nota característica comum a todos os elementos do conjunto,
do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático. de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental.
Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada
1.3. Inferê
ncia Lógica como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino
cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou
aquela cuja trajetóriaexistencial destaca-se pela bondade,
virtude, afetividade e equilíbrio.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 88


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre- A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de
ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo
manifestação de quem emite o juízo, o significado dos termos como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
empregados no discurso. abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.

1.5. Princípios lógicos Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade-


quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou
non para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa como argumento contra a existência da alma o fato de esta
ocorrer. Podem ser entendidos como princípios que se refe- nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do corpo
rem tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
ao pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon-
devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti-
deve respeitá-los. São eles: vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequado
para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de
a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a reali- ordem metafísica, não física.
dade de um ser. Trata-se de conceituar logicamente qual é a
identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma vez 2.1. Raciocínio analógico
conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-se ao
longo do raciocínio. Por exemplo, se estou falando de um Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é
homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a
Antônio. analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um
dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No ra-
b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é, ciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida
não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida,
tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora, aplicando a elas as informações previamente obtidas quando
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se, da vivência direta ou indireta da situação-referência.
embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são;
Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto
c) Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o fal- de apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia
so e o verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verda- é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado,
deiro. Ou está chovendo ou não está, não é possível um é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também
terceiro termo: está meio chovendo ou coisa parecida. tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e
das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei do
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) ou
princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No
recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve- entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come-
ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído, tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-
admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro, lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha
como também ao indeterminado. grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi-
cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou
não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun-
2. Argumentação e Tipos de Raciocínio
do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba-
bilidade” (Introdução à lógica, p. 314).
Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex-
posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de
A força de uma analogia depende, basicamente, de três
alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso
aspectos:
de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados
raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras
ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e
sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí- importantes;
nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o
efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou b) o número de elementos semelhantes entre uma situa-
persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor ção e outra deve ser significativo;
lógico do raciocínio empregado na argumentação.
c) não devem existir divergências marcantes na compara-
Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser ção.
dotado de duas características fundamentais: ter premissas
aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropria- No raciocínio analógico, comparam-se duas situações,
das. casos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões
adequadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a motor
Dos raciocínios mais empregados na argumentação, me- é um meio de transporte que necessita de um condutor. Este,
recem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de bom
três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas- senso e de boa técnica para desempenhar adequadamente
tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado seu papel.
pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em- Aplicação das regras acima a exemplos:
pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por
fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re-
autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica levantes, não imaginários ou insignificantes.tc
formal.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 89


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

"a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante pro-
relevantes, não imaginários ou insignificantes." cedimentos indutivos ou dedutivos.

Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, físico e
comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as professor de ciência da computação da Universidade de
roupas de sua filha. Michigan, lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo
da computação, uma situação semelhante à que ocorre no da
Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per- genética. Assim como na natureza espécies diferentes po-
fume francês e é um bom advogado; dem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento gené-
tico - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na informá-
Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês; tica, também o cruzamento de programas pode contribuir
logo, deve ser um bom advogado. para montar um programa mais adequado para resolver um
determinado problema. “Se quisermos obter uma rosa mais
bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies: uma
b) O número de aspectos semelhantes entre uma situa-
com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland. “Para
ção e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspectos
resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos um pro-
semelhantes entre uma situação e outra deve ser significati-
grama que dê conta de uma parte do problema e cruzamos
vo."
com outro programa que solucione outra parte. Entre as vá-
rias soluções possíveis, selecionam-se aquelas que parecem
Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera, mais adequadas. Esse processo se repete por várias gera-
com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra, ções - sempre selecionando o melhor programa - até obter o
houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida, descendente que mais se adapta à questão. É, portanto,
logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo semelhante ao processo de seleção natural, em que só so-
de vida. brevivem os mais aptos”. (Entrevista ao JB, 19/10/95, 1º cad.,
p. 12).
Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por
noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averi-
por noite e, por isso, também serei um gênio inventor. guação indutiva das conclusões extraídas desse tipo de ra-
ciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não.
c) Não devem existir divergências marcantes na compa-
ração.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na 2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral
comparação.."
Ainda que alguns autores considerem a analogia como
Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma
ocasião de tormentas e tempestades; a pescaria marinha não base mais ampla de sustentação. A indução consiste em
está tendo sucesso porque troveja muito. partir de uma série de casos particulares e chegar a uma
conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibili-
Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o sa- dade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos e,
lário mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros, na maioria dos casos, também da verificação experimental.
tal como os operários suíços, também recebe um salário Como dificilmente são investigados todos os casos possíveis,
mínimo; logo, a maioria dos operários brasileiros também vive acaba-se aplicando o princípio das probabilidades.
bem, como os suíços.
Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen-
Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta consi- dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos
derar a forma de raciocínio, é muito importante que se avalie observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enu-
o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admi- meração de casos deve ser realizada com rigor e a conexão
tido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a entre estes deve ser feita com critérios rigorosos para que
conclusão não o será necessariamente, mas possivelmente, sejam indicadores da validade das generalizações contidas
isto caso cumpram-se as exigências acima. nas conclusões.

Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte:
do raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas
que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces- B é A e é X;
sariamente válida.
C é A e também é X;
O esquema básico do raciocínio analógico é:
D é A e também é X;
A é N, L, Y, X;
E é A e também é X;
B, tal como A, é N, L, Y, X;
logo, todos os A são X
A é, também, Z
No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos
logo, B, tal como A, é também Z. particulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral.

Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó- Aplicando o modelo:


gico é precário, ele é muito importante na formulação de
hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con-
A jararaca é uma cobra e não voa;
tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana-
A caninana é uma cobra e também não voa;

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 90


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

A urutu é uma cobra e também não voa; a. Indução por enumeração incompleta suficiente

A cascavel é uma cobra e também não voa; Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
como suficientes para serem tiradas determinadas conclu-
logo, as cobras não voam. sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em
Contudo, particular, os que foram enumerados são representativos do
todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)
Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir,
caiu e quebrou o braço. Maria viu o mesmo gato e, alguns b. Indução por enumeração completa
minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo
gato e, ao sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo, Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio
ver um gato preto traz azar. baseado na enumeração completa.

Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do va- Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela o-
lor lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução corre quando:
forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um
caso particular discorde da generalização obtida das premis- b.a. todos os casos são verificados e contabilizados;
sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probalida-
de de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera
coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso, Exemplos correspondentes às duas formas de indução
há casos em que uma simples análise das premissas é sufi- por enumeração completa:
ciente para detectar a sua fraqueza.
b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser em cada uma delas foi constatada uma característica própria
aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros de desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-
um grupo ou de uma classe tendo como modelo o comporta- se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de
mento de alguns de seus componentes: cabeça é um dos sintomas da dengue.

1. Adriana é mulher e dirige mal; b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças.
Ana Maria é mulher e dirige mal;
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po-
Mônica é mulher e dirige mal; dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mesmo
que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa cientí-
Carla é mulher e dirige mal; fica.

logo, todas as mulheres dirigem mal. O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado
nos moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso
2. Antônio Carlos é político e é corrupto; pela maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou
ordenada. Observem-se os exemplos:
Fernando é político e é corrupto;
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a
Paulo é político e é corrupto; corrupção do cenário político brasileiro.

Estevão é político e é corrupto; Depois da série de protestos realizados pela população,


depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
logo, todos os políticos são corruptos.
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é ta- moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
refa simples, havendo muitos exemplos na história do conhe- apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
cimento indicadores dos riscos das conclusões por indução. novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a
Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos nação.
para que caia por terra uma “verdade” por ela sustentada. Um
exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da descoberta
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
da Austrália, onde foram encontrados cisnes pretos, acredita-
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
va-se que todos os cisnes fossem brancos porque todos os
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquanto
até então observados eram brancos. Ao ser visto o primeiro
alguns insinuavam a sua culpa, eu continuava seguro de sua
cisne preto, uma certeza de séculos caiu por terra.
inocência.
2.2.1. Procedimentos indutivos
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sen-
do empregando o método indutivo porque o argumento prin-
Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio cipal está sustentado pela observação de muitos casos ou
indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a conclu-
ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimen- são. No primeiro caso, a constatação de que diversas tentati-
tos principais de desenvolvimento e aplicação desse tipo de vas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas con-
raciocínio: o da indução por enumeração incompleta suficien- duzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,
te e o da indução por enumeração completa.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 91


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com- Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na
portamento do amigo infere-se sua inocência. qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue
necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”.
Analogia, indução e probabilidade Uma vez posto que todos os homens são mamíferos e que
Pedro é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pe-
Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas dro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está pre-
chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso sente nas premissas, basta observar algumas regras e inferir
ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas a conclusão.
não são sinônimas de certezas.
2.3.1. Construção do Silogismo
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, a
moral e a natural. A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão)
consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin- partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma
do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras
de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de- palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
nominador representa os casos possíveis e o numerador o através da premissa menor e infere, necessariamente, uma
número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um conclusão adequada.
sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de
50% e a de dar coroa também é de 50%. Eis um exemplo de silogismo:

b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Mai-
destituídos de caráter matemático. É o caso da possibilidade or A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor
de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação
alegre ou triste etc. Logo, a concussão é punível Conclusão

Exemplos: considerando seu comportamento pregresso, é O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da ló-
provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo... gica, as premissas são chamadas de proposições que, por
Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o sua vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas
receba bem, mas... ou juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras
que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são
c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos na- necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior
turais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas. é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado
A previsão meteorológica é um exemplo particular de probali- da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário
dade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da imprevi- ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na
sibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (normal-
eventos naturais. mente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima, punível
é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e concus-
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia são é o menor.
são passíveis de conclusões inexatas.
2.3.1.1. As Regras do Silogismo
Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as su-
as conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio
humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas, perfeitamente lógico. As quatro primeiras dizem respeito às
contudo, também revelam as limitações humanas no que diz relações entre os termos e as demais dizem respeito às rela-
respeito à construção do conhecimento. ções entre as premissas. São elas:

2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular 2.3.1.1.1. Regras dos Termos


1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior,
O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos es- médio e menor.
tudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as defici- Exemplo de formulação correta:
ências da analogia e da indução. Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos.
Termo Médio: Mimi é um gato.
No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se Termo Menor: Mimi é um mamífero.
do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir Exemplo de formulação incorreta:
do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral, para Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede.
se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a pre- Termo Médio: Maria é uma gata(2).
missa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de raciocí- Termo Menor: Maria é quadrúpede.
nio: O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro
termos ao invés de três.
Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. uni-
versal 2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten-
sos que os termos das premissas.
Premissa menor: Pedro é homem. Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todas as onças são ferozes.
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular Termo Médio: Nikita é uma onça.
Termo Menor: Nikita é feroz.
Exemplo de formulação incorreta:
No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral Termo Maior: Antônio e José são poetas.
podem-se tirar conclusões de cunho particular.
Termo Médio: Antônio e José são surfistas.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 92


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Termo Menor: Todos os surfistas são poetas. No caso da retórica existiam muito es-
“Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos critos antigos para nos apoiarmos, mas no
os surfistas”. caso da lógica nada tínhamos absoluta-
mente a referir até termos passado muito
3) O predicado do termo médio não pode entrar na con- tempo em laboriosa investigação.
clusão.
Exemplo de formulação correta: As principais investigações lógicas de Aristóteles incidiam
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei. sobre as relações entre as frases que fazem afirmações.
Termo Médio: Pedro é homem. Quais delas são consistentes ou inconsistentes com as ou-
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei. tras? Quando temos uma ou mais afirmações verdadeiras,
Exemplo de formulação incorreta: que outras verdades podemos inferir delas unicamente por
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei. meio do raciocínio? Estas questões são respondidas na sua
Termo Médio: Pedro é homem. obra Analíticos Posteriores.
Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a
lei. Ao contrário de Platão, Aristóteles não toma como ele-
A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é i- mentos básicos da estrutura lógica as frases simples com-
noportuna. postas por substantivo e verbo, como "Teeteto está sentado".
4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em Está muito mais interessado em classificar frases que come-
sua extensão universal. çam por "todos", "nenhum" e "alguns", e em avaliar as infe-
Exemplo de formulação correta: rências entre elas. Consideremos as duas inferências seguin-
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida- tes:
des.
Termo Médio: Pedro é homem.
1)
Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades.
Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Alguns homens são sábios. Todos os gregos são europeus.
Termo Médio: Ora os ignorantes são homens Alguns gregos são do sexo masculino.
Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios Logo, alguns europeus são do sexo masculino.
O predicado “homens” do termo médio não é universal,
mas particular. 2)
2.3.1.1.2. Regras das Premissas
5) De duas premissas negativas, nada se conclui. Todas as vacas são mamíferos.
Exemplo de formulação incorreta: Alguns mamíferos são quadrúpedes.
Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero Logo, todas as vacas são quadrúpedes.
Premissa Menor: Lulu não é um gato.
Conclusão: (?). As duas inferências têm muitas coisas em comum. São
6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma conclu- ambas inferências que retiram uma conclusão a partir de
são negativa. duas premissas. Em cada inferência há uma palavra-chave
Exemplo de formulação incorreta: que surge no sujeito gramatical da conclusão e numa das
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser dese- premissas, e uma outra palavra-chave que surge no predica-
jados. do gramatical da conclusão e na outra premissa. Aristóteles
Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral. dedicou muita atenção às inferências que apresentam esta
Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado. característica, hoje chamadas "silogismos", a partir da palavra
7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A grega que ele usou para as designar. Ao ramo da lógica que
premissa mais fraca é sempre a de caráter negativo. estuda a validade de inferências deste tipo, iniciado por Aris-
Exemplo de formulação incorreta: tóteles, chamamos "silogística".
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves. Uma inferência válida é uma inferência que nunca conduz
Conclusão: Alguns animais não voam. de premissas verdadeiras a uma conclusão falsa. Das duas
Exemplo de formulação incorreta: inferências apresentadas acima, a primeira é válida, e a se-
Premissa Maior: As aves são animais que voam. gunda inválida. É verdade que, em ambos os casos, tanto as
Premissa Menor: Alguns animais não são aves. premissas como a conclusão são verdadeiras. Não podemos
Conclusão: Alguns animais voam. rejeitar a segunda inferência com base na falsidade das fra-
8) De duas premissas particulares nada se conclui. ses que a constituem. Mas podemos rejeitá-la com base no
Exemplo de formulação incorreta: "portanto": a conclusão pode ser verdadeira, mas não se
Premissa Maior: Mimi é um gato. segue das premissas.
Premissa Menor: Um gato foi covarde.
Conclusão: (?)
Podemos esclarecer melhor este assunto se conceber-
Fonte: estudaki.files.wordpress.com/2009/03/logica-
mos uma inferência paralela que, partindo de premissas ver-
argumentacao.pdf
dadeiras, conduza a uma conclusão falsa. Por exemplo:

A FUNDAÇÃO DA LÓGICA 3)

Anthony Kenny Todas as baleias são mamíferos.


Universidade de Oxford Alguns mamíferos são animais terrestres.
Logo, todas as baleias são animais terrestres.
Muitas das ciências para as quais Aristóteles contribuiu
foram disciplinas que ele próprio fundou. Afirma-o explicita- Esta inferência tem a mesma forma que a inferência 2),
mente em apenas um caso: o da lógica. No fim de uma das como poderemos verificar se mostrarmos a sua estrutura por
suas obras de lógica, escreveu: meio de letras esquemáticas:

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 93


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

4) geométricas, ou teoremas, alcançadas por raciocínio dedutivo


a partir de um pequeno conjunto de outras verdades chama-
Todo o A é B. das "axiomas". Embora o próprio Euclides tivesse nascido
Algum B é C. numa altura tardia da vida de Aristóteles, este método axio-
Logo, todo o A é C. mático era já familiar aos geómetras, e Aristóteles pensava
que podia ser amplamente aplicado. A lógica forneceria as
Uma vez que a inferência 3) conduz a uma falsa conclu- regras para a derivação de teoremas a partir de axiomas, e
são a partir de premissas verdadeiras, podemos ver que a cada ciência teria o seu próprio conjunto especial de axio-
forma do argumento 4) não é de confiança. Daí a não valida- mas. As ciências poderiam ser ordenadas hierarquicamente,
de da inferência 2), não obstante a sua conclusão ser de com as ciências inferiores tratando como axiomas proposi-
facto verdadeira. ções que poderiam ser teoremas de uma ciência superior.

A lógica não teria conseguido avançar além dos seus pri- Se tomarmos o termo "ciência" numa acepção ampla, a-
meiros passos sem as letras esquemáticas, e a sua utilização firma Aristóteles, é possível distinguir três tipos de ciências:
é hoje entendida como um dado adquirido; mas foi Aristóteles as produtivas, as práticas e as teóricas. As ciências produti-
quem primeiro começou a utilizá-las, e a sua invenção foi tão vas incluem a engenharia e a arquitectura, e disciplinas como
importante para a lógica quanto a invenção da álgebra para a a retórica e a dramaturgia, cujos produtos são menos concre-
matemática. tos. As ciências práticas são aquelas que guiam os compor-
tamentos, destacando-se entre elas a política e a ética. As
ciências teóricas são aquelas que não possuem um objectivo
Uma forma de definir a lógica é dizer que é uma disciplina
produtivo nem prático, mas que procuram a verdade pela
que distingue entre as boas e as más inferências. Aristóteles
verdade.
estuda todas as formas possíveis de inferência silogística e
estabelece um conjunto de princípios que permitem distinguir
os bons silogismos dos maus. Começa por classificar indivi- Por sua vez, a ciência teórica é tripartida. Aristóteles no-
dualmente as frases ou proposições das premissas. Aquelas meia as suas três divisões: "física, matemática, teologia"; mas
que começam pela palavra "todos" são proposições univer- nesta classificação só a matemática é aquilo que parece ser.
sais; aquelas que começam com "alguns" são proposições O termo "física" designa a filosofia natural ou o estudo da
particulares. Aquelas que contêm a palavra "não" são propo- natureza (physis); inclui, além das disciplinas que hoje inte-
sições negativas; as outras são afirmativas. Aristóteles ser- graríamos no campo da física, a química, a biologia e a psico-
viu-se então destas classificações para estabelecer regras logia humana e animal. A "teologia" é, para Aristóteles, o
para avaliar as inferências. Por exemplo, para que um silo- estudo de entidades superiores e acima do ser humano, ou
gismo seja válido é necessário que pelo menos uma premis- seja, os céus estrelados, bem como todas as divindades que
sa seja afirmativa e que pelo menos uma seja universal; se poderão habitá-los. Aristóteles não se refere à "metafísica";
ambas as premissas forem negativas, a conclusão tem de ser de facto, a palavra significa apenas "depois da física" e foi
negativa. Na sua totalidade, as regras de Aristóteles bastam utilizada para referenciar as obras de Aristóteles catalogadas
para validar os silogismos válidos e para eliminar os inváli- a seguir à sua Física. Mas muito daquilo que Aristóteles es-
dos. São suficientes, por exemplo, para que aceitemos a creveu seria hoje naturalmente descrito como "metafísica"; e
inferência 1) e rejeitemos a inferência 2). ele tinha de facto a sua própria designação para essa disci-
plina, como veremos mais à frente. Anthony Kenny
Aristóteles pensava que a sua silogística era suficiente
para lidar com todas as inferências válidas possíveis. Estava ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS
enganado. De facto, o sistema, ainda que completo em si
mesmo, corresponde apenas a uma fracção da lógica. E Desidé
rio Murcho
apresenta dois pontos fracos. Em primeiro lugar, só lida com
as inferências que dependem de palavras como "todos" e
É comum falar em argumentos dedutivos, opondo-os aos
"alguns", que se ligam a substantivos, mas não com as infe-
indutivos. Este artigo procura mostrar que há um conjunto de
rências que dependem de palavras como "se…, então ", que
aspectos subtis que devem ser tidos em linha de conta, caso
interligam as frases. Só alguns séculos mais tarde se pôde
contrário será tudo muito confuso.
formalizar padrões de inferência como este: "Se não é de dia,
é de noite; mas não é de dia; portanto é de noite". Em segun-
do lugar, mesmo no seu próprio campo de acção, a lógica de Antes de mais: a expressão "argumento indutivo" ou "in-
Aristóteles não é capaz de lidar com inferências nas quais dução" dá origem a confusões porque se pode ter dois tipos
palavras como "todos" e "alguns" (ou "cada um" e "nenhum") muito diferentes de argumentos: as generalizações e as pre-
surjam não na posição do sujeito, mas algures no predicado visões. Uma generalização é um argumento como
gramatical. As regras de Aristóteles não nos permitem deter-
minar, por exemplo, a validade de inferências que contenham Todos os corvos observados até hoje são pretos.
premissas como "Todos os estudantes conhecem algumas Logo, todos os corvos são pretos.
datas" ou "Algumas pessoas detestam os polícias todos". Só
22 séculos após a morte de Aristóteles esta lacuna seria Numa generalização parte-se de algumas verdades
colmatada. acerca de alguns membros de um dado domínio e genera-
liza-se essas verdades para todos os membros desse
A lógica é utilizada em todas as diversas ciências que A- domínio, ou pelo menos para mais.
ristóteles estudou; talvez não seja tanto uma ciência em si
mesma, mas mais um instrumento ou ferramenta das ciên- Uma previsão é um argumento como
cias. Foi essa a ideia que os sucessores de Aristóteles retira-
ram das suas obras de lógica, denominadas "Organon" a Todos os corvos observados até hoje são pretos.
partir da palavra grega para instrumento. Logo, o próximo corvo que observarmos será preto.

A obra Analíticos Anteriores mostra-nos de que modo a Uma pessoa imaginativa e com vontade de reduzir
lógica funciona nas ciências. Quem estudou geometria eucli- coisas — uma síndrome comum em filosofia — pode que-
diana na escola recorda-se certamente das muitas verdades rer afirmar que podemos reduzir as previsões às generali-

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 94


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

zações via dedução: a conclusão da previsão acima se- É sem dúvida possível aceitar o resultado bizarro, e pas-
gue-se dedutivamente da conclusão da generalização an- sar a usar o termo "argumento" factivamente. Mas se tiver-
terior. Não acho que isto capta de modo algum a natureza mos a possibilidade de o evitar, de forma fundamentada e
lógica ou conceptual da previsão, mas isso não é relevan- reflectida, estaremos a facilitar as coisas — sobretudo ao
te neste artigo. O que conta é que, mesmo que a previsão nível do ensino.
seja redutível à generalização mais dedução, continua a
ser um modo comum de falar e uma parte importante do E temos possibilidade de evitar este resultado bizarro, e
nosso pensamento. manter o uso de "argumento" de tal modo que faça sentido
falar de argumentos inválidos, de deduções inválidas e de
Numa veia ainda reducionista, algumas pessoas pode- induções inválidas. Para o fazer temos de distinguir cuidado-
rão querer dizer que todos os outros tipos de argumentos samente a noção de argumento (dedutivo ou não) da noção
não dedutivos se reduzem à generalização e à previsão. de validade (dedutiva ou não). Podemos, claro, usar um ter-
Assim, não valeria a pena falar de argumentos de autori- mo diferente para a validade não dedutiva, e reservar o termo
dade, por exemplo, que são argumentos como o seguinte: "validade" para a validade dedutiva, mas esta é uma mera
opção terminológica: tanto faz. O que é crucial é poder dizer
Einstein afirmou que não se pode viajar mais depressa do que um argumento é dedutivo, apesar de inválido, ou induti-
que a luz. vo, apesar de inválido. E como se faz isso?
Logo, não se pode viajar mais depressa do que a luz.
Apresentando os argumentos dedutivos como argumentos
Uma vez mais: pode ser que este tipo de argumentos seja cuja validade ou invalidade depende exclusivamente da sua
redutível à generalização e à previsão. Mas é útil compreen- forma lógica; e os argumentos não dedutivos como argumen-
der que este tipo de argumentos tem exigências próprias e tos cuja validade ou invalidade não depende exclusivamente
portanto é útil falar deles explicitamente, ainda que se trate da sua forma lógica. Evidentemente, isto não se aplica a
de um tipo de inferência redutível a qualquer outro tipo ou todos os argumentos dedutivos, mas esta é uma complicação
tipos. que esclareceremos dentro de momentos. Para já, vejamos
alguns exemplos:
Dados estes esclarecimentos, importa agora esclarecer o
seguinte: O que é um argumento dedutivo? E como se distin- Se Sócrates era ateniense, era grego.
gue tal coisa de um argumento indutivo? Sócrates era grego.
Logo, era ateniense.
Vou começar por dizer o modo como não se deve enten-
der estas noções. A primeira coisa a não fazer é pensar que Se Sócrates era ateniense, era grego.
um argumento dedutivo se caracteriza por ser impossível a Sócrates era ateniense.
sua conclusão ser falsa se as suas premissas forem verda- Logo, era grego.
deiras. Pensar isto provoca confusão porque significaria que
não há argumentos dedutivos inválidos. Porquê? Porque só O primeiro argumento é inválido. Mas qualquer argumento
nos argumentos dedutivos válidos é impossível a conclusão indutivo, ainda que válido, sofre deste tipo de invalidade de-
ser falsa se as suas premissas forem verdadeiras; nos argu- dutiva. Devemos então dizer que os argumentos dedutiva-
mentos dedutivos inválidos, nas falácias (como a afirmação mente inválidos não se distinguem dos argumentos indutivos
da antecedente, por exemplo) é perfeitamente possível as válidos? Claro que não, dado que eles se distinguem muito
premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa. claramente uns dos outros.

Em termos rigorosos, não há problem algum com esta op- O primeiro argumento é dedutivamente inválido porque a
ção; significa apenas que estamos a dar ao termo "dedução" sua invalidade pode ser explicada recorrendo unicamente à
força factiva, como damos ao termo "demonstração". Do sua forma lógica. Mas seria uma enorme falta de sensibilida-
mesmo modo que não há demonstrações inválidas, também de lógica abandonar uma indução boa com base no facto de
não há, de acordo com esta opção, deduções inválidas. Se é a sua forma lógica e a verdade das suas premissas não ga-
uma dedução, é válida; se é uma demostração, é válida. Uma rantir a verdade da sua conclusão.
"demonstração" inválida nada demonstra; uma "dedução"
inválida nada deduz. Assim, um argumento é dedutivo ou indutivo em função
da explicação mais adequada que tivermos para a sua vali-
O primeiro problema desta opção é exigir a reforma do dade ou invalidade. Um argumento dedutivo inválido explica-
modo como geralmente se fala e escreve sobre argumentos se adequadamente recorrendo unicamente à sua forma lógi-
dedutivos — pois é comum falar de argumentos dedutivos ca, no sentido em que a sua forma lógica é suficiente para
inválidos, como as falácias formais (por oposição às infor- distinguir os argumentos dedutivos inválidos dos válidos; o
mais). Este problema não é decisivo, caso não se levantasse mesmo não acontece com os argumentos indutivos, pois a
outro problema: o segundo. sua validade ou invalidade não depende exclusivamente da
sua forma lógica.
O segundo problema é o seguinte: Dado que todos os ar-
gumentos são dedutivos ou não dedutivos (ou indutivos, se Deste modo, podemos manter a tradição de falar de ar-
quisermos reduzir todo o campo da não dedução à indução), gumentos dedutivos e indutivos; e podemos dizer que há
e dado que não faz muito sentido usar o termo "dedução" argumentos dedutivos inválidos; e não somos forçados a
factivamente e o termo "indução" não factivamente, o resulta- aceitar que todo o argumento indutivo, por melhor que seja, é
do bizarro é que deixa de haver argumentos inválidos. O sempre um argumento dedutivo inválido. Isto não acontece
termo "argumento" torna-se factivo tal como os termos "dedu- porque os argumentos dedutivos nunca são indutivos, ainda
ção" e "indução". E isto já é demasiado rebuscado; as pesso- que sejam inválidos. Porque o que conta é o tipo de explica-
as não usam mesmo o termo deste modo, nunca; passamos ção adequada para a sua validade ou invalidade.
a vida a falar de argumentos inválidos. E faz todo o sentido
que o façamos, pois se adoptarmos o entendimento factivo Em termos primitivos, pois, o que conta é a validade e in-
do termo um "argumento" inválido não é de todo em todo um validade; há diferentes tipos de validade e invalidade: a dedu-
argumento: é apenas um conjunto de proposições. tiva e a indutiva. E os argumentos são dedutivos ou indutivos

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 95


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

consoante a sua validade ou invalidade for dedutiva ou indu-


tiva. A partir dos valores reais, é que poderemos responder as
perguntas feitas.
É agora tempo de esclarecer que nem todos os argumen-
tos dedutivos dependem exclusivamente da sua forma lógica;
há argumentos dedutivos de carácter conceptual, como "O
João é casado; logo, não é solteiro". Não é difícil acomodar
estas variedades de dedução não formal no esquema aqui
proposto: tudo depende da melhor explicação disponível para
a validade ou invalidade em causa.

Podemos assim continuar a falar de argumentos deduti-


vos e indutivos, validos ou inválidos. E os argumentos deduti-
vos inválidos nunca são uma subclasse dos argumentos
indutivos.

DIAGRAMAS LÓGICOS a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.


b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência
quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a
Introdução seguinte tabela:

Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários


problemas.

Uma situação que esses diagramas poderão ser usados, é na


determinação da quantidade de elementos que apresentam
uma determinada característica.

Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18


que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando- Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente
se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber: montar os diagramas que representam cada conjunto.
Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente A colocação dos valores começará pela intersecção dos três
carro ou ainda quantas dirigem somente motos. conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por
Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que último às regiões que representam cada conjunto individual-
representam os motoristas de motos e motoristas de carros. mente.
Começaremos marcando quantos elementos tem a intersec- Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo
ção e depois completaremos os outros espaços. que indicará o conjunto universo da pesquisa.

Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo


esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 96


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

2. De um grupo de N auxiliares técnicos de produção, 44


lêem jornal A, 42 o jornal B e 18 lêem ambos os jornais. sa-
bendo que todo auxiliar deste grupo é leitor de pelo menos
um dos jornais, o número N de auxiliares é:

3. Em uma turma, 45% dos alunos falam inglês e 33% falam


francês. Se 25% dos alunos não falam nenhuma duas lín-
guas, a porcentagem de alunos que falam francês, mas não
falam inglês é de:
a) 3%
b) 15%
c) 27%
d) 30%
e) 33%

4. Realizou-se uma pesquisa e verificou-se que, das pessoas


Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são consultadas, 200 ouviam a rádio A, 300 ouviam a rádio B, 20
leitores de nenhum dos três jornais. ouviam as duas rádios (A e B) e 220 não ouviam nenhuma
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos. das duas rádios.
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos. Quantas pessoas foram consultadas?
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos. a) 520
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos. b) 560
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos. c) 640
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos. d) 680
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes e) 700
elementos:
5. Em uma pesquisa, foram entrevistados 100 telespectado-
res. 60 assistiam à televisão à noite e 50 assistiam à televi-
são de dia. Quantos assistiam à televisão de dia e de noite?
a) 5
b) 10
c) 15
d) 20
e) 25

6. Em uma pesquisa, foram entrevistadas 200 pessoas. 100


delas iam regularmente ao cinema, 60 iam regularmente ao
teatro e 50 não iam regularmente nem ao cinema nem ao
teatro. Quantas
dessas pessoas iam regularmente a ambos?
a) 10
b) 20
c) 30
d) 40
e) 50

Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas 7. (NCNB_02) Uma professora levou alguns alunos ao par-
lêem apenas o jornal A. que de diversões chamado Sonho. Desses alunos:
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES 16 já haviam ido ao parque Sonho, mas nunca andaram de
Verificamos que 500 pessoas não lêem o jornal C, pois é a montanha russa.
soma 205 + 30 + 115 + 150. 6 já andaram de montanha russa, mas nunca haviam ido
Notamos ainda que 700 pessoas foram entrevistadas, que é ao parque Sonho.
a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 70 + Ao todo, 20 já andaram de montanha russa.
150. Ao todo, 18 nunca haviam ido ao parque Sonho.
Pode-se afirmar que a professora levou ao parque Sonho:
a) 60 alunos
EXERCÍCIOS DE CONCURSOS b) 48 alunos
Diagramas Lógicos c) 42 alunos
d) 366alunos
1. De um total de 30 agentes administrativos sabe-se que: e) 32 alunos
I. 18 gostam de cinema
II. 14 gostam de teatro 8. (ICMS_97_VUNESP) Em uma classe, há 20 alunos que
III. 2 não gostam de cinema, nem de teatro praticam futebol mas não praticam vôlei e há 8 alunos que
O número de agentes que gostam de cinema e de teatro praticam vôlei mas não praticam futebol. O total dos que
corresponde a: praticam vôlei é 15.
a) 2 Ao todo, existem 17 alunos que não praticam futebol. O nú-
b) 4 mero de alunos da classe é:
c) 6 a) 30
d) 8 b) 35
c) 37
d) 42

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 97


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

e) 44 b) 200
c) 0
9. Suponhamos que numa equipe de 10 estudantes, 6 usam d) 50
óculos e 8 usam relógio. O numero de estudantes que usa ao e) 25
mesmo tempo, óculos e relógio é:
a) exatamente 6 14. No diagrama abaixo, considere os conjuntos A, B, C e U (
b) exatamente 2 universo ).
c) no mínimo 6
d) no máximo 5
e) no mínimo 4

10. Numa pesquisa de mercado, foram entrevistadas várias


pessoas acerca de suas preferências em relação a 3 produ-
tos: A, B e C. Os resultados da pesquisa indicaram que:
210 pessoas compram o produto A.
210 pessoas compram o produto N.
250 pessoas compram o produto C.
20 pessoas compram os três produtos.
100 pessoas não compram nenhum dos 3 produtos.
60 pessoas compram o produto A e B.
70 pessoas compram os produtos A eC.
50 pessoas compram os produtos B e C.
Quantas pessoas foram entrevistadas:
a) 670
b) 970
c) 870
d) 610 A região sombreada corresponde à seguinte operação:
e) 510 a) A ∪ B ∪ C
b) (A ∪ B) ∩ C
11. No problema anterior, calcular quantas pessoas compram c) A ∩ B∩ C
apenas o produto A; apenas o produto B; apenas o produto d) (A ∩ B) ∪ C
C.
a) 210;210;250 QUESTÕES CERTO / ERRADO (CESPE / UNB)
b) 150;150;180
c) 100;120;150 15. (UNB) Numa entrevista realizada pelo Departamento de
d) 120;140;170 Ciências Econômicas da UCG com 50 pessoas, da classe
e) n.d.a. média de Goiânia, acerca de suas preferências por aplica-
ções de seus excedentes financeiros, obteve-se o seguinte
12. (A_MPU_ESAF_04) Um colégio oferece a seus alunos à resultado: 21 pessoas disseram que aplicam em fundos de
prática de um ou mais de um dos seguintes esportes: futebol, renda fixa; 34 em cadernetas de poupança e 50 não aplicam
basquete e vôlei. Sabe-se que, no atual semestre, 20 alu- em nenhuma dasmodalidades. Deste modo, 10 pessoas
nos praticam vôlei e basquete; aplicam nas duas modalidades (obs.: uma mesma pessoa
60 alunos praticam futebol e 65 praticam basquete; pode aplicar em mais de uma modalidade).
21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei;
o número de alunos que praticam só futebol é idêntico ao 16. (MPU_99UNB) Em exames de sangue realizados em 500
número dos alunos que praticam só vôlei; moradores de uma região com péssimas condições sanitárias
17 alunos praticam futebol e vôlei; foi constatada a presença de três tipos de vírus: A, B, C . O
45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os 45, não resultado dos exames revelou que o vírus A estava presente
praticam vôlei; em 210 moradores; o vírus B, em 230; os vírus A e B, em 80;
O número total de alunos do colégio, no atual semestre, é os vírus A e C, em 90; e os vírus B e C, em 70. Além disso,
igual a: em 5 moradores não foi detectado nenhum dos três vírus e o
a) 93 numero de moradores infectados pelo vírus C era igual ao
b) 114 dobro dos infectados apenas pelo vírus B.
c) 103 Com base nessa situação, julgues os itens abaixo:
d) 110 I. O número de pessoas contaminadas pelo três vírus simul-
e) 99 taneamente representa 9% do total de
pessoas examinadas.
13. (ESAF_97) Uma pesquisa entre 800 consumidores - II. O número de moradores que apresentam o vírus C é igual
sendo 400 homens e 400 mulheres- mostrou os seguintes a 230.
resultados: III. 345 moradores apresentam somente um dos vírus.
Do total de pessoas entrevistadas: IV. Mais de 140 moradores apresentaram pelo menos, dois
500 assinam o jornal X vírus.
350 têm curso superior V. O número de moradores que não foram contaminados
250 assinam o jornal X e têm nível superior pelos vírus B e C representa menos de 16% do total de pes-
Do total de mulheres entrevistadas: soas examinadas.
200 assinam o jornal X
150 têm curso superior 17. Pedro, candidato ao cargo de Escrivão de Polícia Federal,
50 assinam o jornal X e têm nível superior necessitando adquirir livros para se preparar para o concurso,
utilizou um site de busca da Internet e pesquisou em uma
O número de homens entrevistados que não assinam o jornal livraria virtual, especializada nas áreas de direito, administra-
X e não têm curso superior é, portanto, igual a: ção e economia, que vende livros nacionais e importados.
a) 100 Nessa livraria, alguns livros de direito e todos os de adminis-

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 98


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

tração fazem parte dos produtos nacionais. Alem disso, não


há livro nacional disponível de capa dura. Com base nas PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM
informações acima é possível que Pedro, em sua pesquisa,
tenha:
Por meio do princípio fundamental da contagem, podemos
I. Encontrado um livro de administração de capa dura.
determinar quantas vezes, de modo diferente, um
II. Adquirido dessa livraria um livro de economia de capa
acontecimento pode ocorrer.
flexível.
III. Selecionado para compra um livro nacional de direito de
Se um evento (ou fato) ocorre em n etapas consecutivas e
capa dura.
independentes, de maneira que o número de possibilidades:
IV. Comprado um livro importado de direito de capa flexível.
Na 1a etapa é k1,
Na 2a etapa é k2,
Respostas exercícios: 1-C 2-A 3-A 4-B 5-B
Na 33 etapa é k3,
..........................
RESPOSTAS
1.B 11.C Na enésima etapa é kn, então o número total de
2.C 12.E possibilidades de ocorrer o referido evento é o produto k1, k2,
3.D 13.A k3 ... kn.
4.E 14.C
5.B 15.C (certo) O princípio fundamental da contagem nos diz que sempre
6.A 16.C,E,C,C,E devemos multiplicar os números de opções entre as escolhas
7.B 17.E,C,E,C que podemos fazer. Por exemplo, para montar um computa-
8.E dor, temos 3 diferentes tipos de monitores, 4 tipos de tecla-
9.E dos, 2 tipos de impressora e 3 tipos de "CPU". Para saber o
10.D numero de diferentes possibilidades de computadores que
podem ser montados com essas peças, somente multiplica-
EQUIVALÊNCIA LÓGICA mos as opções:
3 x 4 x 2 x 3 = 72
Na lógica, as asserções p e q são ditas logicamente
equivalentes ou simplesmente equivalentes, se p = q e q = Então, têm-se 72 possibilidades de configurações diferen-
p. tes.

Em termos intuitivos, duas sentenças são logicamente Um problema que ocorre é quando aparece a palavra
equivalentes se possuem o mesmo "conteúdo lógico". "ou", como na questão:
Quantos pratos diferentes podem ser solicitados por um
Do ponto de vista da teoria da demonstração, p e q são cliente de restaurante, tendo disponível 3 tipos de arroz, 2 de
equivalentes se cada uma delas pode ser derivada a partir da feijão, 3 de macarrão, 2 tipos de cervejas e 3 tipos de refrige-
outra. Semanticamente, p e q são equivalentes se elas têm rante, sendo que o cliente não pode pedir cerveja e refrige-
os mesmos valores para qualquer interpretação. rante ao mesmo tempo, e que ele obrigatoriamente tenha de
escolher uma opção de cada alimento?
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS NOTÁVEIS
A resolução é simples: 3 x 2 x 3 = 18 , somente pela co-
Negação da Negação (Dupla Negação) mida. Como o cliente não pode pedir cerveja e refrigerantes
~(~p) p juntos, não podemos multiplicar as opções de refrigerante
pelas opções de cerveja. O que devemos fazer aqui é apenas
somar essas possibilidades:
p ~q ~(p) (3 x 2 x 3) x (2 + 3) = 90
F V F
Resposta para o problema: existem 90 possibilidades de
V F V pratos que podem ser montados com as comidas e bebidas
disponíveis.
Como as tabelas-verdade são idênticas podemos dizer
que ~(~p) p. Outro exemplo:
No sistema brasileiro de placas de carro, cada placa é
Exemplo: "Não é verdade que Mario não é estudioso" é formada por três letras e quatro algarismos. Quantas placas
logicamente equivalente a "Mario é estudioso". onde o número formado pelos algarismos seja par, podem
Exemplos: ser formadas?
a)
p: Não tem ninguém aqui. Primeiro, temos de saber que existem 26 letras. Segundo,
~p: Tem ninguém aqui. para que o numero formado seja par, teremos de limitar o
~(~p): Tem alguém aqui. ultimo algarismo à um numero par. Depois, basta multiplicar.
26 x 26 x 26 = 17.567 -> parte das letras
Logicamente falando, "Não tem ninguém aqui" é equiva- 10 x 10 x 10 x 5 = 5.000 -> parte dos algarismos, note que
lente à "Tem alguém aqui". na última casa temos apenas 5 possibilidades, pois queremos
b) um número par (0, 2 , 4 , 6 , 8).
p: Não dá para não ler.
~p: Dá para não ler. Agora é só multiplicar as partes: 17.567 x 5.000 =
~(~p): Dá para ler. 87.835.000

Logicamente falando, "Não dá para não ler" é equivalente Resposta para a questão: existem 87.835.000 placas on-
à "Dá para ler". de a parte dos algarismos formem um número par.

PRINCÍPIO DA ADIÇÃO

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 99


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

Suponhamos um procedimento executado em k fases. A PROVA SIMULADA


fase 1 tem n1 maneiras de ser executada, a fase 2 possui n2
maneiras de ser executada e a fase k tem nk modos de ser
1. Todos os marinheiros são republicanos. Assim sendo,
executada. As fases são excludentes entre si, ou seja, não é
possível que duas ou mais das fases sejam realizadas em (A) o conjunto dos marinheiros contém o conjunto dos
conjunto. Logo, todo o procedimento tem n1 + n2 + ... + nk republicanos.
maneiras de ser realizado. (B) o conjunto dos republicanos contém o conjunto
dos marinheiros.
Exemplo
(C) todos os republicanos são marinheiros.
Deseja-se fazer uma viagem para a cidade A ou para a
(D) algum marinheiro não é republicano.
cidade B. Existem 5 caminhos possíveis para a cidade A e 3
(E) nenhum marinheiro é republicano.
possíveis caminhos para a cidade B. Logo, para esta viagem,
existem no total 5 + 3 = 8 caminhos possíveis.
2. Assinale a alternativa que apresenta uma contra-
dição.
PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO
Suponhamos um procedimento executado em k fases, (A) Todo espião não é vegetariano e algum vegetari-
concomitantes entre si. A fase 1 tem n1 maneiras de ser ano é espião.
executada, a fase 2 possui n2 maneiras de ser executada e a (B) Todo espião é vegetariano e algum vegetariano
fase k tem nk modos de ser executada. A fase 1 poderá ser não é espião.
seguida da fase 2 até a fase k, uma vez que são (C) Nenhum espião é vegetariano e algum es pião
concomitantes. Logo, há n1 . n2 . ... . nk maneiras de não é vegetariano.
executar o procedimento. (D) Algum espião é vegetariano e algum es pião não
é vegetariano.
Exemplo
(E) Todo vegetariano é espião e algum espião não é
Supondo uma viagem para a cidade C, mas para chegar
vegetariano.
até lá você deve passar pelas cidades A e B. Da sua cidade
até a cidade A existem 2 caminhos possíveis; da cidade A até
3. Todos os que conhecem João e Maria admiram
a B existem 4 caminhos disponíveis e da cidade B até a C há Maria. Alguns que conhecem Maria não a admi-
3 rotas possíveis. Portanto, há 2 x 4 x 3 = 24 diferentes ram. Logo,
caminhos possíveis de ida da sua cidade até a cidade C.
(A) todos os que conhecem Maria a admiram.
Os princípios enunciados acima são bastante intuitivos. (B) ninguém admira Maria.
Contudo, apresentaremos ainda alguns exemplos um pouco (C) alguns que conhecem Maria não conhecem João.
mais complexos de aplicação. (D) quem conhece João admira Maria.
(E) só quem conhece João e Maria conhece Maria.
Quantos números naturais pares de trê s algarismos
distintos podemos formar?
4. Válter tem inveja de quem émais rico do que ele. Ge-
Inicialmente, devemos observar que não podemos colocar
raldo não émais rico do que quem o inveja. Logo,
o zero como primeiro algarismo do número. Como os
números devem ser pares, existem apenas 5 formas de
(A) quem não é mais rico do que Válter é mais pobre
escrever o último algarismo (0, 2, 4, 6, 8). Contudo, se
do que Válter.
colocamos o zero como último algarismo do número, nossas
(B) Geraldo é mais rico do que Válter.
escolhas para distribuição dos algarismos mudam. Portanto,
(C) Válter não tem inveja de quem não é mais rico do
podemos pensar na construção desse número como um
que ele.
processo composto de 2 fases excludentes entre si.
(D) Válter inveja só quem é mais rico do que ele.
(E) Geraldo não é mais rico do que Válter.
Fixando o zero como último algarismo do número, temos
as seguintes possibilidades de escrever os demais 5. Em uma avenida reta, a padaria fica entre o posto de
algarismos: gasolina e a banca de jornal, e o posto de gasolina
1º algarismo: 9 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9) fica entre a banca de jornal e a sapataria. Logo,
2º algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9), porém
excluímos a escolha feita para o 1º algarismo; (A) a sapataria fica entre a banca de jornal e a pada-
3º algarismo: 1 possibilidade (fixamos o zero). ria.
(B) a banca de jornal fica entre o posto de gasolina e
Logo, há 9 x 8 x 1 = 72 formas de escrever um número de a padaria.
três algarismos distintos tendo o zero como último algarismo. (C) o posto de gasolina fica entre a padaria e a banca
de jornal.
Sem fixar o zero, temos: (D) a padaria fica entre a sapataria e o posto de gaso-
3º algarismo: 4 possibilidades (2,4,6,8) lina.
1º algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9), (E) o posto de gasolina fica entre a sapataria e a pa-
excluindo a escolha feita para o último algarismo; daria.
2º algarismo: 8 possibilidades (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9) , porém
excluindo as escolhas feitas para o primeiro e último 6. Um té
cnica de futebol, animado com as vitórias obtidas
algarismos. pela sua equipe nos últimos quatro jogos, decide
apostar que essa equipe també m vencerá o próxi-
Portanto, temos 8 x 8 x 4 = 256 maneiras de escrever um mo jogo. Indique a Informação adicional que tor-
número de três algarismos distintos sem zero no último naria menos provável a vitória esperada.
algarismo.
(A) Sua equipe venceu os últimos seis jogos, em vez
Ao todo, temos 72 + 256 = 328 formas de escrever o de apenas quatro.
número. (B) Choveu nos últimos quatro jogos e há previsão de
que não choverá no próximo jogo.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 100


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

(C) Cada um dos últimos quatro jogos foi ganho por (C) precisa gostar dos estados em que não sabe a
uma diferença de mais de um gol. resposta correta.
(D) O artilheiro de sua equipe recuperou-se do esti- (D) que não fica aflito explora com mais dificuldades
ramento muscular. os problemas.
(E) Dois dos últimos quatro jogos foram realizados em (E) não deve tolerar estados cognitivos de conflito.
seu campo e os outros dois, em campo adversá-
rio. 13. As rosas são mais baratas do que os lírios. Não tenho
dinheiro suficiente para comprar duas dúzias de ro-
7. Marta corre tanto quanto Rita e menos do que Juliana. sas. Logo,
Fátima corre tanto quanto Juliana. Logo,
(A) tenho dinheiro suficiente para comprar uma dúzia
(A) Fátima corre menos do que Rita. de rosas.
(B) Fátima corre mais do que Marta. (B) não tenho dinheiro suficiente para comprar uma
(C) Juliana corre menos do que Rita. dúzia de rosas.
(D) Marta corre mais do que Juliana. (C) não tenho dinheiro. suficiente para comprar meia
(E) Juliana corre menos do que Marta. dúzia de lírios.
(D) não tenho dinheiro suficiente para comprar duas
8. Há 4 caminhos para se ir de X a Y e 6 caminhos para dúzias de lírios.
se ir de Y a Z. O número de caminhos de X a Z que (E) tenho dinheiro suficiente para comprar uma dúzia
passam por Y é de lírios.

(A) 10. 14. Se vocêse esforçar, então irá vencer. Assim sendo,
(B) 12.
(C) 18. (A) seu esforço é condição suficiente para vencer.
(D) 24. (B) seu esforço é condição necessária para vencer.
(E) 32. (C) se você não se esforçar, então não irá vencer.
(D) você vencerá só se se esforçar.
9. Todas as plantas verdes têm clorofila. Algumas plan- (E) mesmo que se esforce, você não vencerá.
tas que tem clorofila são comestíveis. Logo,
15. Se os tios de músicos sempre são músicos, então
(A) algumas plantas verdes são comestíveis.
(B) algumas plantas verdes não são comestíveis. (A) os sobrinhos de não músicos nunca são músicos.
(C) algumas plantas comestíveis têm clorofila. (B) os sobrinhos de não músicos sempre são músi-
(D) todas as plantas que têm clorofila são comestí- cos.
veis. (C) os sobrinhos de músicos sempre são músicos.
(E) todas as plantas vendes são comestíveis. (D) os sobrinhos de músicos nunca são músicos.
(E) os sobrinhos de músicos quase sempre são músi-
10. A proposição 'É necessário que todo aconteci- cos.
mento tenha causa' éequivalente a
16. O paciente não pode estar bem e ainda ter febre.
(A) É possível que algum acontecimento não tenha O paciente está bem. Logo, o paciente
causa. (A) TEM FEBRE E NÃO ESTÁ BEM.
(B) Não é possível que algum acontecimento não te- (B) TEM FEBRE OU NÃO ESTÁ BEM.
nha causa. (C) TEM FEBRE.
(C) É necessário que algum acontecimento não tenha (D) NÃO TEM FEBRE.
causa. (E) NÃO ESTÁ BEM.
(D) Não é necessário que todo acontecimento tenha
causa. INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder
(E) É impossível que algum acontecimento tenha às questões de nº 17 e 18.
causa. "O primeiro impacto da nova tecnologia de aprendiza-
do será sobre a educação universal. Através dos tempos, as
11. Continuando a seqüê
ncia 47, 42, 37, 33, 29, 26, ... ,
escolas, em sua maioria, gastaram horas intermináveis ten-
temos
tando ensinar coisas que eram melhor aprendidas do que
ensinadas, isto é, coisas que são aprendidas de forma com-
(A) 21.
portamental e através de exercícios, repetição e feedback.
(B) 22.
Pertencem a esta categoria todas as matérias ensinadas no
(C) 23.
primeiro grau, mas também muitas daquelas ensinadas em
(D) 24.
estágios posteriores do processo educacional. Essas maté-
(E) 25.
rias - seja ler e escrever, aritmética, ortografia, história, bio-
logia, ou mesmo matérias avançadas como neurocirurgia,
12. ... ó pensador crítico precisa ter uma tolerância e
diagnóstico médico e a maior parte da engenharia - são
atépredileção por estados cognitivos de conflito,
em que o problema ainda não étotalmente com- melhor aprendidas através de programas de computador. O
preendido. Se ele ficar aflito quando não sabe 'a professor motiva, dirige, incentiva. Na verdade, ele passa a
resposta correta', essa ansiedade pode impedir a ser um líder e um recurso.
exploração mais completa do problema.' (David
Canaher, Senso Crítico). Na escola de amanhã os estudantes serão seus pró-
O AUTOR QUER DIZER QUE O PENSADOR CRÍTI- prios instrutores, com programas de computador como fer-
CO ramentas. Na verdade, quanto mais jovens forem os estu-
(A) precisa tolerar respostas corretas. dantes, maior o apelo do computador para eles e maior o
(B) nunca sabe a resposta correta. seu sucesso na sua orientação e instrução. Historicamente,
a escola de primeiro grau tem sido totalmente intensiva de

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 101


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

mão-de-obra. A escola de primeiro grau de amanhã será que não praticam futebol. O número de alunos da
fortemente intensiva de capital. classe é

Contudo, apesar da tecnologia disponível, a educa- (A) 30.


ção universal apresenta tremendos desafios. Os conceitos (B) 35.
tradicionais de educação não são mais suficientes. Ler, es- (C) 37.
crever e aritmética continuarão a ser necessários como hoje, (D) 42.
mas a educação precisará ir muito além desses itens bási- (E) 44.
cos. Ela irá exigir familiaridade com números e cálculos; uma
compreensão básica de ciência e da dinâmica da tecnologia; INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder
conhecimento de línguas estrangeiras. Também será neces- às questões de nº 23 e 24.
sário aprender a ser eficaz como membro de uma organiza-
ção, como empregado." (Peter Drucker, A sociedade pós- “Os homens atribuem autoridade a comunicações de
capitalista). posições superiores, com a condição de que estas comuni-
cações sejam razoavelmente consistentes com as vantagens
17. Para Peter Drucker, o ensino de maté rias como de escopo e perspectiva que são creditadas a estas posi-
aritmé
tica, ortografia, história e biologia ções. Esta autoridade é, até um grau considerável, indepen-
dente da habilidade pessoal do sujeito que ocupa a posição.
(A) Deve Ocorrer Apenas No Primeiro Grau. E muitas vezes reconhecido que, embora este sujeito possa
(B) deve ser diferente do ensino de matérias como ter habilidade pessoal limitada, sua recomendação deve ser
neurocirurgia e diagnóstico médico. superior pela simples razão da vantagem de posição. Esta é
(C) será afetado pelo desenvolvimento da informática. a autoridade de posição”.
(D) não deverá se modificar, nas próximas décadas.
(E) deve se dar através de meras repetições e exercí- Mas é óbvio que alguns homens têm habilidade supe-
cios. rior. O seu conhecimento e a sua compreensão, independen-
temente da posição, geram respeito. Os homens atribuem
18. Para o autor, neste novo cenário, o computador autoridade ao que eles dizem, em uma organização, apenas
por esta razão. Esta é a autoridade de liderança.' (Chester
(A) terá maior eficácia educacional quanto mais jovem Barnard, The Functions of the Executive).
for o estudante.
(B) tende a substituir totalmente o professor em sala 23. Para o autor,
de aula.
(C) será a ferramenta de aprendizado para os profes- (A) autoridade de posição e autoridade de liderança
sores. são sinônimos.
(D) tende a ser mais utilizado por médicos. (B) autoridade de posição é uma autoridade superior
(E) será uma ferramenta acessória na educação. à autoridade de liderança.
(C) a autoridade de liderança se estabelece por ca-
19. Assinale a alternativa em que se chega a uma racterísticas individuais de alguns homens.
conclusão por um processo de dedução. (D) a autoridade de posição se estabelece por habili-
dades pessoais superiores de alguns líderes.
(A) Vejo um cisne branco, outro cisne branco, outro (E) tanto a autoridade de posição quanto a autoridade
cisne branco ... então todos os cisnes são bran- de liderança são ineficazes.
cos.
(B) Vi um cisne, então ele é branco. 24. Durante o texto, o autor procura mostrar que as
(C) Vi dois cisnes brancos, então outros cisnes devem pessoas
ser brancos.
(D) Todos os cisnes são brancos, então este cisne é (A) não costumam respeitar a autoridade de posição.
branco. (B) também respeitam autoridade que não esteja liga-
(E) Todos os cisnes são brancos, então este cisne da a posições hierárquicas superiores.
pode ser branco. (C) respeitam mais a autoridade de liderança do que
de posição.
20. Cátia émais gorda do que Bruna. Vera émenos (D) acham incompatíveis os dois tipos de autoridade.
gorda do que Bruna. Logo, (E) confundem autoridade de posição e liderança.
(A) Vera é mais gorda do que Bruna. 25. Utilizando-se de um conjunto de hipóteses, um
(B) Cátia é menos gorda do que Bruna. cientista deduz uma predição sobre a ocorrê
ncia de
(C) Bruna é mais gorda do que Cátia. um certo eclipse solar. Todavia, sua predição
(D) Vera é menos gorda do que Cátia. mostra-se falsa. O cientista deve logicamente
(E) Bruna é menos gorda do que Vera. concluir que

21. Todo cavalo éum animal. Logo, (A) todas as hipóteses desse conjunto são falsas.
(B) a maioria das hipóteses desse conjunto é falsa.
(A) toda cabeça de animal é cabeça de cavalo. (C) pelo menos uma hipótese desse conjunto é falsa.
(B) toda cabeça de cavalo é cabeça de animal. (D) pelo menos uma hipótese desse conjunto é ver-
(C) todo animal é cavalo. dadeira.
(D) nem todo cavalo é animal. (E) a maioria das hipóteses desse conjunto é verda-
(E) nenhum animal é cavalo. deira.

22. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol 26. Se Francisco desviou dinheiro da campanha as-
mas não praticam vôlei e há 8 alunos que prati- sistencial, então ele cometeu um grave delito. Mas
cam vôlei mas não praticam futebol. O total dos Francisco não desviou dinheiro da campanha as-
que praticam vôlei é15. Ao todo, existem 17 alunos sistencial. Logo,

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 102


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

33- A operação Å x é definida como o dobro do quadrado de


(A) Francisco desviou dinheiro da campanha assis- x. Assim, o valor da expressão Å 21/2 - Å [ 1Å 2 ] é igual a
tencial. a) 0
(B) Francisco não cometeu um grave delito. b) 1
(C) Francisco cometeu um grave delito. c) 2
(D) alguém desviou dinheiro da campanha assistenci- d) 4
al. e) 6
(E) alguém não desviou dinheiro da campanha assis-
tencial. 34- Um crime foi cometido por uma e apenas uma pessoa de
um grupo de cinco suspeitos: Armando, Celso, Edu, Juarez e
27. Se Rodrigo mentiu, então ele éculpado. Logo, Tarso. Perguntados sobre quem era o culpado, cada um
deles respondeu:
(A) se Rodrigo não é culpado, então ele não mentiu. Armando: "Sou inocente"
(B) Rodrigo é culpado. Celso: "Edu é o culpado"
(C) se Rodrigo não mentiu. então ele não é culpado. Edu: "Tarso é o culpado"
(D) Rodrigo mentiu. Juarez: "Armando disse a verdade"
(E) se Rodrigo é culpado, então ele mentiu. Tarso: "Celso mentiu"
Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que
28. Continuando a seqüê ncia de letras F, N, G, M, H . . todos os outros disseram a verdade, pode-se concluir que o
..., ..., temos, respectivamente, culpado é:
a) Armando
(A) O, P. b) Celso
(B) I, O. c) Edu
(C) E, P. d) Juarez
(D) L, I. e) Tarso
(E) D, L.
35- Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam
29. Continuando a seqüê
ncia 4, 10, 28, 82, ..., temos sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma fila. O número de
maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos
(A) 236. de modo que as duas moças fiquem juntas, uma ao lado da
(B) 244. outra, é igual a
(C) 246. a) 2
(D) 254. b) 4
(E) 256. c) 24
d) 48
30. Assinale a alternativa em que ocorre uma conclu- e) 120
são verdadeira (que corresponde à realidade) e o
argumento inválido (do ponto de vista lógico). 36- De um grupo de 200 estudantes, 80 estão matriculados
em Francês, 110 em Inglês e 40 não estão matriculados nem
(A) Sócrates é homem, e todo homem é mortal, por- em Inglês nem em Francês. Seleciona-se, ao acaso, um dos
tanto Sócrates é mortal. 200 estudantes. A probabilidade de que o estudante selecio-
(B) Toda pedra é um homem, pois alguma pedra é um nado esteja matriculado em pelo menos uma dessas discipli-
ser, e todo ser é homem. nas (isto é, em Inglês ou em Francês) é igual a
(C) Todo cachorro mia, e nenhum gato mia, portanto a) 30/200
cachorros não são gatos. b) 130/200
(D) Todo pensamento é um raciocínio, portanto, todo c) 150/200
pensamento é um movimento, visto que todos os d) 160/200
raciocínios são movimentos. e) 190/200
(E) Toda cadeira é um objeto, e todo objeto tem cinco
pés, portanto algumas cadeiras tem quatro pés. 37- Uma herança constituída de barras de ouro foi totalmente
dividida entre três irmãs: Ana, Beatriz e Camile. Ana, por ser
31 - Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se, a mais velha, recebeu a metade das barras de ouro, e mais
também, que todo B é C. Segue-se, portanto, necessaria- meia barra. Após Ana ter recebido sua parte, Beatriz recebeu
mente que a metade do que sobrou, e mais meia barra. Coube a Camile
a) todo C é B o restante da herança, igual a uma barra e meia. Assim, o
b) todo C é A número de barras de ouro que Ana recebeu foi:
c) algum A é C a) 1
d) nada que não seja C é A b) 2
e) algum A não é C c) 3
d) 4
32- Considere as seguintes premissas (onde X, Y, Z e P são e) 5
conjuntos não vazios):
Premissa 1: "X está contido em Y e em Z, ou X está contido 38- Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre
em P" verdadeira, independentemente da verdade dos termos que a
Premissa 2: "X não está contido em P" compõem. Um exemplo de tautologia é:
Pode-se, então, concluir que, necessariamente a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo
a) Y está contido em Z b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo
b) X está contido em Z c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é
c) Y está contido em Z ou em P gordo
d) X não está contido nem em P nem em Y d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e
e) X não está contido nem em Y e nem em Z Guilherme é gordo
e) se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 103


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

e) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista


39- Sabe-se que a ocorrência de B é condição necessária
para a ocorrência de C e condição suficiente para a ocorrên- 46- Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão. Ou
cia de D. Sabe-se, também, que a ocorrência de D é condi- Alberto é alemão, ou Egídio é espanhol. Se Pedro não é
ção necessária e suficiente para a ocorrência de A. Assim, português, então Frederico é francês. Ora, nem Egídio é
quando C ocorre, espanhol nem Isaura é italiana. Logo:
a) D ocorre e B não ocorre a) Pedro é português e Frederico é francês
b) D não ocorre ou A não ocorre b) Pedro é português e Alberto é alemão
c) B e A ocorrem c) Pedro não é português e Alberto é alemão
d) nem B nem D ocorrem d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês
e) B não ocorre ou A não ocorre e) Se Alberto é alemão, Frederico é francês

40- Ou A=B, ou B=C, mas não ambos. Se B=D, então A=D. 47- Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática.
Ora, B=D. Logo: Se Helena estuda Filosofia, então Jorge estuda Medicina.
a) B ¹ C Ora, Luís estuda História ou Helena estuda Filosofia. Logo,
b) B ¹ A segue-se necessariamente que:
c) C = A a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina
d) C = D b) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina
e) D ¹ A c) Se Luís não estuda História, então Jorge não estuda Medi-
cina
41- De três irmãos – José, Adriano e Caio –, sabe-se que ou d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática
José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço. Sabe-se, e) Pedro estuda Matemática ou Helena não estuda Filosofia
também, que ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais
velho. Então, o mais velho e o mais moço dos três irmãos 48- Se Pedro é inocente, então Lauro é inocente. Se Roberto
são, respectivamente: é inocente, então Sônia é inocente. Ora, Pedro é culpado ou
a) Caio e José Sônia é culpada. Segue-se logicamente, portanto, que:
b) Caio e Adriano a) Lauro é culpado e Sônia é culpada
c) Adriano e Caio b) Sônia é culpada e Roberto é inocente
d) Adriano e José c) Pedro é culpado ou Roberto é culpado
e) José e Adriano d) Se Roberto é culpado, então Lauro é culpado
e) Roberto é inocente se e somente se Lauro é inocente
42- Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é
florido, então o passarinho não canta. Ora, o passarinho 49- Maria tem três carros: um Gol, um Corsa e um Fiesta. Um
canta. Logo: dos carros é branco, o outro é preto, e o outro é azul. Sabe-
a) o jardim é florido e o gato mia se que: 1) ou o Gol é branco, ou o Fiesta é branco, 2) ou o
b) o jardim é florido e o gato não mia Gol é preto, ou o Corsa é azul, 3) ou o Fiesta é azul, ou o
c) o jardim não é florido e o gato mia Corsa é azul, 4) ou o Corsa é preto, ou o Fiesta é preto. Por-
d) o jardim não é florido e o gato não mia tanto, as cores do Gol, do Corsa e do Fiesta são, respectiva-
e) se o passarinho canta, então o gato não mia mente,
a) branco, preto, azul
43- Três amigos – Luís, Marcos e Nestor – são casados com b) preto, azul, branco
Teresa, Regina e Sandra (não necessariamente nesta or- c) azul, branco, preto
dem). Perguntados sobre os nomes das respectivas esposas, d) preto, branco, azul
os três fizeram as seguintes declarações: e) branco, azul, preto
Nestor: "Marcos é casado com Teresa"
Luís: "Nestor está mentindo, pois a esposa de Marcos é Re- 50- Um rei diz a um jovem sábio: "dizei-me uma frase e se ela
gina" for verdadeira prometo que vos darei ou um cavalo veloz, ou
Marcos: "Nestor e Luís mentiram, pois a minha esposa é uma linda espada, ou a mão da princesa; se ela for falsa, não
Sandra" vos darei nada". O jovem sábio disse, então: "Vossa Majesta-
Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e que o marido de não me dará nem o cavalo veloz, nem a linda espada".
de Teresa disse a verdade, segue-se que as esposas de Para manter a promessa feita, o rei:
Luís, Marcos e Nestor são, respectivamente: a) deve dar o cavalo veloz e a linda espada
a) Sandra, Teresa, Regina b) deve dar a mão da princesa, mas não o cavalo veloz nem
b) Sandra, Regina, Teresa a linda espada
c) Regina, Sandra, Teresa c) deve dar a mão da princesa e o cavalo veloz ou a linda
d) Teresa, Regina, Sandra espada
e) Teresa, Sandra, Regina d) deve dar o cavalo veloz ou a linda espada, mas não a mão
da princesa
44- A negação da afirmação condicional "se estiver choven- e) não deve dar nem o cavalo veloz, nem a linda espada,
do, eu levo o guarda-chuva" é: nem a mão da princesa
a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva
b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva RESPOSTAS
c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva 01. B 11. C 21. B 31. C 41. B
d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva 02. A 12. C 22. E 32. B 42. C
e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva 03. C 13. D 23. C 33. C 43. D
04. E 14. A 24. B 34. E 44. E
45- Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é, 05. E 15. A 25. C 35. D 45. A
do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que: 06. B 16. D 26. E 36. D 46. B
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista 07. B 17. C 27. A 37. E 47. A
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro 08. D 18. A 28. D 38. A 48. C
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista 09. C 19. D 29. B 39. C 49. E
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista 10. B 20. D 30. E 40. A 50. B

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 104


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

11- Escreva o número que falta.


4 5 7 11 19 ?
TESTE DE HABILIDADE NUMÉRICA
12. Escreva o número que falta.
6 7 9 13 21 ?
1. Escreva o número que falta.
18 20 24 32 ? 13. Escreva o número que falta.
4 8 6
2. Escreva o número que falta. 6 2 4
8 6 ?

14. Escreva o número que falta.


64 48 40 36 34 ?

15 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.


718 (26) 582
474 (. . .) 226

16. Escreva o número que falta.

3. Escreva o número que falta.


212 179 146 113 ?

4. Escreva o número que falta.

17 Escreva o número que falta.


15 13 12 11 9 9
?

18. Escreva o número que falta.


9 4 1
6 6 2
1 9 ?

19 Escreva o número que falta.


5. Escreva o número que falta. 11 12 14 ? 26 42
6 8 10 11 14 14
? 20. Escreva o número que falta.
8 5 2
6. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 4 2 0
17 (112) 39 9 6 ?
28 ( . . . ) 49
21 Escreva o número que falta.
7 Escreva o número que falta.
7 13 24 45 ?

8. Escreva o número que falta.


3 9 3
5 7 1
7 1 ?

9. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.


234 (333) 567
345 (. . .) 678

10 Escreva o número que falta.


22 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
341 (250) 466
282 (. . .) 398

23 Escreva o número que falta.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 105


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

17 6. (Existem duas séries alternadas: uma diminui de 3


em 3; a outra de 2 em 2).

18 4. (Cada fileira soma 14).


19 18. (Dobre cada termo e subtraia 10 para obter o se-
guinte).

20 3. (Os números diminuem em saltos iguais, 3 na pri-


meira fileira, 2 na segunda e 3 na terceira).

21 18. (Os números são o dobro de seus opostos diame-


tralmente).

24 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 22 232. (Subtraia a parte esquerda da parte direita e mul-
12 (336) 14 tiplique o resultado por dois).
15 (. . .) 16
23 21. (Os números aumentam em intervalos de 2, 4, 6 e
25 Escreva o número que falta. 8).
4 7 6
8 4 8 24 480. (O número inserto no parêntese é o dobro do
6 5 ? produto dos números de fora do mesmo).
25. 2. (A terceira coluna é o dobro da diferença entre a pri-
RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE meira e a segunda).
NUMËRICA
TESTE DE HABILIDADE VÍSUO-ESPACIAL
1 48. (Some 2, 4, 8 e, finalmente 16).

2 24. (No sentido contrário aos ponteiros do relógio, os 1 Assinale a figura que não tem relação com as de-
números aumentam em 2, 3, 4, 5 e 6). mais.

3 80. (Subtraia 33 de cada número).

4 5. (Os braços para cima se somam e os para baixo se


subtraem, para obter o número da cabeça).

5 18. (Existem duas séries alternadas, uma que aumen-


ta de 4 em 4 e a outra de 3 em 3).

6 154. (Some os números de fora do parêntese e multi-


plique por 2).

7 86. (Multiplique o número por dois e subtraia 1, 2, 3 e


4). 2 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.
8 3. (Subtraia os números das duas primeiras colunas e
divida por 2).

9 333. (Subtraia o número da esquerda do número da


direita para obter o número inserto no parêntese).

10 5. (O número da cabeça é igual a semi--soma dos


números dos pés).
3 Assinale a figura que não tem relação com as de-
11 35. (A série aumenta em 1, 2, 4, 8 e 16 unidades su- mais.
cessivamente).

12 37. (Multiplique cada termo por 2 e subtraia 5 para


obter o seguinte).

13 7. (Os números da terceira coluna são a semi-soma


dos números das outras duas colunas).

14 33. (A série diminui em 16, 8, 4, 2 e 1 sucessivamen-


te). 4 Escolha, dentre as numeradas, a figura que corres-
ponde à incógnita.
15 14. (Some os números de fora do parêntese e divida
por 50 para obter o número inserto no mesmo).

16 3. (No sentido dos ponteiros do relógio, multiplique por


3).

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 106


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

5 Assinale a figura que não tem relação com as de- 11 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais. mais.

6 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

12 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

7 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

13 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

8 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

14 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

9 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

* Não ter relação no sentido de não conservar as 15 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mesmas relações com as demais, por questão de detalhe, mais.
posição etc.

10 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 107


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

16 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

22 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.
17 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.

23 Assinale a figura que não tem relação com as de-


18 Assinale a figura que não tem relação com as de- mais.
mais.

24 Assinale a figura que não tem relação com as de-


19. Assinale a figura que não tem relação com as demais. mais.

20 Assinale a figura que não tem relação com as de- 25 Assinale afigura que não tem relação com es de-
mais. mais.

21 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

26 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 108


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE VÍSUO - ES-


PACIAL

1 4. (Todas as outras figuras podem inverterem-se sem


qualquer diferença).

2 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

3 4 . (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

4 1. (A figura principal gira 180° e o círculo pequeno passa


para o outro lado).

27 Assinale a figura que não tem relação com as de- 5 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
mais. rem).

6. 4. (A figura gira 90° cada vez, em sentido contrario aos


ponteiros do relógio, exceto a 4 que gira no sentido dos
mencionados ponteiros).

7 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

28 Assinale a figura que não tem relação com as de- 8 4. (A figura gira 90° cada vez em sentido contrario aos
mais. ponteiros do relógio, exceto o 4 que gira no mesmo senti-
do dos mencionados ponteiros).

9 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem no plano do papel).

10 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

11 3. (As outras três figuras são esquemas de urna mão


esquerda; a de n.° 3 é o esquema de urna mão direita).

12 3. (A figura gira 45° cada vez em sentido contrario aos


ponteiros do relógio, porém o sombreado preto avança
urna posição a mais, exceto em 3, que é, portanto, a figu-
ra que não corresponde as demais).

13 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


29 Assinale a figura que não tem relação com as de- rem).
mais.
14 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem).

15 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

16 5. (O conjunto completo de 4 círculos gira num ângulo de


30 Escolha, dentre as figuras numeradas, a que corres- 90° cada vez. Em 5 os círculos com + e o com x trocaram
ponde à incógnita. suas posições. Em todas as demais figuras o + está na
mesma fileira que o círculo preto).

17 6. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

18 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

19 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

20 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


rem).

21 5. (1 e 3, e 2 e 4 são duplas que podem se sobreporem


girando 45°. A figura 5 não pode sobrepor-se porque a

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 109


ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente

cruz e o circulo interiores ficariam em posição dife- _______________________________________________________


rente).
_______________________________________________________
22 4. (Os setores preto, branco ou hachur giram em sentido _______________________________________________________
contrario aos ponteiros do relógio; na figura 4 os setores
branco e hachur estão em posição diferente). _______________________________________________________
_______________________________________________________
23 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). _______________________________________________________
_______________________________________________________
24 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). _______________________________________________________

25 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- _______________________________________________________


rem). _______________________________________________________
26 3. (1 e 4 formam urna dupla e o mesmo ocorre com 2 e 5. _______________________________________________________
Em cada dupla os retângulos preto e hachur alternam _______________________________________________________
sua posição; a figura 3 tem o sombreado em posição dife-
rente). _______________________________________________________

27 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- _______________________________________________________


rem). ______________________________________________________

28 6. (As outras figuras podem girar até se sobreporem). _______________________________________________________


_______________________________________________________
29 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). _______________________________________________________
_______________________________________________________
30. (A figura principal gira no sentido dos ponteiros do relógio;
a seta, no sentido contrario). _______________________________________________________

BIBLIOGRAFIA _______________________________________________________
_______________________________________________________
Os testes acima foram extraídos da coleção “FAÇA
_______________________________________________________
SEU TESTE”, da EDITORA MESTRE JOU – SÃO PAULO –
SP. _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________

Raciocínio Lógico Quantitativo Analítico 110

Você também pode gostar