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INTERPRETAÇÃO NA SANFONA
O QUE É A SEMANA A ARTE DE
TOCAR SANFONA?
Marcelo Caldi
#vemtocarsanfona
Nove caminhos para melhorar a sua
Interpretação na Sanfona
Quando se aprende uma música não quer dizer que se esteja apto a
interpretá-la. Muitas vezes você apenas reproduz, quase que
mecanicamente, sem dar seu toque original.
Interpretar bem é uma habilidade que cem por cento dos músicos
buscam em seu aperfeiçoamento pessoal. Tocar uma música de
maneira autêntica e com bom gosto não é tarefa simples.
O músico que não tem uma boa interpretação toca mais amarrado,
duro e mecanicamente. É muito comum observar bons músicos com
pequenas falhas, especialmente neste quesito expressivo. São
apenas lacunas de aprendizado.
01 SÓ TOCA QUEM
SE DEBRUÇA
SOBRE O FOLE
A primeira coisa que você tem que saber é
que a sanfona é um instrumento complexo.
Todo sanfoneiro sabe bem o quanto é
importante ter TEMPO para se dedicar ao
estudo. Aprender um instrumento musical
é um trabalho de longo prazo, exige horas,
dias, semanas, meses, anos, décadas.
E também descanso físico e mental,
intervalos de 10 minutos entre estudos
de 1 hora são bem-vindos.
ESTUDE
DIGITAÇÕES
SEPARADAMENTE
PARA CADA UMA
DAS MÃOS
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Na execução da sanfona, as mãos têm
funções completamente diferentes.
O músico deve estudar digitações
específicas PARA CADA UMA DAS
MÃOS em separado, como se fossem
dois instrumentos diferentes.
DECORE OS BOTÕES E APRIMORE
A SENSIBILIDADE TÁTIL
É impossível tentar ver o que se está tocando na mão esquerda pois não há ângulo suficiente
para enxergar os baixos, a menos que se use um espelho ao estudar. Os 120 botões parecem
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todos iguais, mas temos três botões que ajudam na localização tátil - C (dó), E (mi) e Ab (lá
bemol), localizados na 2ª coluna mais próxima ao fole. Eles são marcados para que o tato da ponta
dos dedos os sinta, criando assim a referência de 3 terças maiores, sendo o dó o principal botão
de referência. Para entender melhor as relações entre os botões é muito importante o estudo
aprofundado de HARMONIA funcional. E para executá-los, é importante conhecer os estilos
para ter consciência das levadas rítmicas
04 JUNTE AS DUAS
MÃOS NUMA
RELAÇÃO DE
FLUIDEZ
A parte mais difícil do treinamento é
juntar as duas mãos. Apenas quando você
estiver seguro do que fazer em cada uma
das mãos, aí sim será a hora de juntá-las.
Para criar uma relação de fluidez com seu
instrumento, a cada novo passo do estudo
é necessário paciência e repetição em
andamento lento. Quanto mais lento, mais
rápido você aprende.
DOMINE O FOLE
O fole é a força motriz de toda expressividade da sanfona. Ele funciona como um pulmão do
instrumento. Acionado exclusivamente pelo pulso esquerdo. O seu abrir e fechar alimenta o
fraseado dos dedos das duas mãos. A relação entre o fole e cada nota na sanfona é íntima. A
intensidade da 'puxada' é que define a dinâmica da música e que também cria efeitos como
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vibrato e resfolego.
06 APRENDA A
RESFOLEGAR
O resfolego é uma técnica de mão
esquerda que consiste no domínio da
precisão do abrir e fechar do fole. Esta
técnica ajuda muito na consciência
rítmica. Um pouco de matemática
auxilia na compreensão dos encaixes
rítmicos.
REPETIÇÃO É O
PRINCÍPIO
BÁSICO DO
CONHECIMENTO
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Repetição significa pedir novamente. Quando Ao estudar, você deve repetir muitas vezes
você repete uma frase musical, uma sucessão buscando a fluidez, e sempre afastar os
de acordes, um ritmo ou o que for, está pedindo pensamentos ruins, tais quais: não tenho
novamente para que seu corpo, sua mente e musicalidade, não consigo, já tentei mas não
sua sensibilidade absorvam aquele aprendi, quero mas não levo jeito, entre tantos
conhecimento. outros que ouço de pessoas que desistem ou
não tem a determinação necessária para
continuar o estudo.
Decorar, palavra com vários significados: enfeitar, ornamentar, embelezar, honrar, engrandecer.
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Em música, decorar vem do francês de coeur, que quer dizer ‘de coração’.
Ou seja, decorar é também memorizar, fixar, guardar no coração. É tocar uma música sem auxílio
de partitura ou outro elemento que o auxilie. E isto só acontece quando você repete de forma
consciente.
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este ‘sotaque’. Se seu objetivo for ampliar de castellano, entender o sentimento
suas linguagens musicais, aprender estilos porteño que existe por trás daquela
diferentes dos que já está acostumado a expressão cultural. Quanto mais você se
tocar, é importante ter uma noção do todo, aprofundar, mais você vai amadurecer
de qual cultura vem aquele estilo. como músico. Eu defendo que a interseção
de linguagens é a grande chave para o
desenvolvimento de qualquer
instrumentista.
A Semana A Arte De Tocar Sanfona continua e
ainda temos mais conteúdos pela frente.
Um grande abraço!
Marcelo Caldi
#vemtocarsanfona