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SUMÁRIO EXECUTIVO
INFORMAÇÃO
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observados para fins de concessão do benefício, afigura-se salutar o envio dos autos
à SEGEP/MP, para que se manifeste sobre as matérias tratadas no presente
Parecer, especialmente quanto à obrigatoriedade de comprovação de dependência
econômica ante o instituidor, para fins de concessão de pensão por morte, na forma
da Lei no 3.373, de 1958, ao filho inválido que é beneficiário de aposentadoria por
invalidez estatutária, bem como sobre a regularidade de tal acumulação.
2
este Tribunal, ao apreciar inúmeros casos concretos, já concluiu pela
possibilidade de o beneficiário perceber, cumulativamente, com a pensão a
aposentadoria, uma vez que não existem vedações legais quanto a este aspecto.
Como exemplos mais emblemáticos de tais julgados cito as decisões 552/1995 e
750/1999, do Plenário, e 141/1997 da 2 a Câmara, e dos acórdãos 1.006/2004,
2.354/2007 e 2755/2009, do Plenário.
10. No entanto, esta Corte deliberou, também, que, no caso de benefício
concedido sob o fundamento do art. 217, II, a, da Lei 8.112/1990, há a presunção
relativa de que o inválido é dependente econômico de seus pais. Entretanto, tal
presunção pode ser afastada se demonstrado que o interessado dispõe de
condições para o próprio sustento. Segundo o entendimento, o objetivo da norma
não é assegurar o duplo ganho ou a melhoria da situação econômica do filho
inválido, mas apenas o seu sustento. Assim, se o sustento já estiver assegurado
por outra fonte, a concessão de pensão civil desvirtuaria a finalidade da lei.
11. Conclui-se, portanto, que as condições econômicas hão de ser examinadas no
caso concreto e ponderadas à luz da realidade brasileira (ver voto condutor do
acórdão 6715/2009-2a Câmara).
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Og Fernandes votaram com a Sra. Ministra Relatora. Presidiu o julgamento o Sr.
Ministro Nilson Naves
CONCLUSÃO