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Secretário Municipal
Eng. Marcos Antonio Moura Cristaldo
Secretário Adjunto
Eng. João Alberto Borges dos Santos
Departamento de Licenciamento e Monitoramento Ambiental
Eng. Denise Gálico Marroni Name
Divisão de Fiscalização e Monitoramento Ambiental
Eng. Zuleide Tomiko Katayama
Divisão de Fisc. e Políticas Sustentáveis e Educação Ambiental
Eng. Juliana Casadei
Elaboração:
Getúlio Ezequiel da Costa Peixoto Filho
Adrienne G. L. da Costa
Colaboração:
Aryane Oliveira Custódio
Gilmara Martins Marcos Galache
Natália Machado Ribeiro de Morais
Paulo Tarso Sanches de Oliveira
Talita Silva Terra Macedo
Silmara Ribeiro Martins Zanchttin
Gustavo Endrigo Lopes de Figueiredo
Thiago Nascimento Moraes
Revisão:
Eng. Antônio Carlos Silva Sampaio
Eng. Juliana Casadei
Eng. João Alberto Borges dos Santos
CAMPO GRANDE. Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Urbano. Qualidade das Águas Superficiais de
Campo Grande: Relatório 2009. Campo Grande, MS, 2010. 136p.
Sumário
Apresentação 5
Siglas e Abreviaturas 8
Procedimentos Metodológicos 9
Coleta e interpretação de amostras 11
Periodicidade 11
Parâmetros de qualidade da água 12
Classificação dos corpos d’água 12
Índice de qualidade da água 27
Siglas e Abreviaturas
Periodicidade
De uma maneira geral, informações de qualidade de água referem-
se a um intervalo de tempo (mensal, bimestral, semestral, anual) que
esta qualidade pode variar.
...: Turbidez
A turbidez de uma amostra de água é o grau de atenuação de
intensidade que um feixe de luz sofre ao atravessá-la, sendo
relacionada a presença de sólidos em suspensão, tais como
partículas inorgânicas (areia, silte, argila) e de detritos orgânicos,
algas e bactérias, plâncton em geral, etc. A erosão das margens dos
rios em estações chuvosas é um exemplo de fenômeno que resulta
em aumento da turbidez das águas e que exigem manobras
operacionais, como alterações nas dosagens de coagulantes e
auxiliares, nas estações de tratamento de águas. A erosão pode
decorrer do mau uso do solo em que se impede a fixação da
vegetação. Este exemplo, mostra também o caráter sistêmico da
poluição, ocorrendo inter-relações ou transferência de problemas de
um ambiente (água, ar ou solo) para outro (CETESB, 2007).
...: Temperatura
É a medição da intensidade de calor, ou seja, a variação da
temperatura da água resultante de fenômenos naturais
(transferência de calor pelos fenômenos de radiação, condução e
convecção) ou da ação antrópica (lançamento de efluentes
industriais).
onde:
em que:
Microbacia do Anhanduí
O Rio Anhanduí é o principal curso d'água de Campo Grande,
destacando-se como contribuintes, na área urbana, os Córregos
Sóter, Lageado, Bandeira, Prosa, Segredo, entre outros. É tributário
do Rio Pardo, que por sua vez é afluente do Rio Paraná.
...: Resultados
A Tabela 6 mostra os resultados do IQACETESB nos pontos de
monitoramento localizados no Rio Anhanduí. Observa-se que no 3º e
no 4º trimestre a qualidade da água no ponto ANH01 foi classificada
como ruim. Porém o restante dos pontos foram classificados como
regular e boa.
ANH07 - Montante ETE Los Angeles ANH08 - Jusante ETE Los Angeles
Figura 8 - Resultados do IQACETESB nos pontos ANH07 e ANH08
(montante e jusante da ETE Los Angeles)
2
Figura 9 - Coliformes termotolerantes no Rio Anhanduí nos 1º, 2º e 3º
2
Figura 10 – Concentração da DBO5,20 no Rio Anhanduí nos quatro
trimestres de 2009.
Microbacia do Bálsamo
Um dos afluentes do córrego Lageado, o córrego Bálsamo, sofre da
poluição ocasionada principalmente pela ocupação irregular de suas
margens. Essa microbacia está totalmente desprovida de rede
coletora de esgoto e o lançamento dos efluentes domésticos é
realizado, predominantemente, em fossas sépticas e sumidouros.
Apesar do índice de pavimentação alfáltica baixo e pouca rede de
drenagem de águas pluviais, existem lançamentos clandestinos de
esgotos.
Código do Período
Ponto 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre
BAL01 77 65 46
BAL02 48 53 X
BAL05 55 68 63
BAL06 56 54 57
BAL04 57 68 63
Ótima (100-79) Boa (79-51) Regular (51-36) Ruim (36-19) Péssima (<19)
Coliformes Termotolerantes
20.000 2.000 10.000
(NPM/100 ml)
pH 7,8 7,5 7,5
DBO5,20 (mg/L O2) 3,6 7,9 1,7
Fósforo Total (mg/L P) 0,0750 0,03 0,02
BAL04
Nitrogênio Total (mg/L N) 3,7 3,5 3,1
Temperatura (°C) X 21,3 26,0
Turbidez (UNT) 10,0 4,0 3,0
Sólidos Totais (mg/L) 117,0 120,0 151,0
Oxigênio Dissolvido (mg/L O2) 7,1 7,7 7,6
Microbacia do Bandeira
A microbacia do Bandeira está localizada à sudeste da zona urbana.
É formada pelos córregos Bandeira, Portinho Pache e Cabaça,
possuindo média densidade demográfica, por estar constituída ainda
de vazios urbanos. É abrangida pelos bairros: Carlota, Dr.
Albuquerque e parte dos bairros Tiradentes, Aero Rancho,
Piratininga, Parati, Jockey Club, América, Jardim Paulista, TV
Morena, Vilasboas, Rita Vieira, São Lourenço, Pioneiros e
Universitário, conforme mostrado na Figura 16 e na Tabela 12.
...: Resultados
Período
Pontos
1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre
BAN 01 X 68 65 62
BAN 02 X 60 70 71
BAN 03 X 54 52 57
BAN 04 X 51 46 52
BAN 05 X 71 68 66
60
BAN 06 X 60 66 66
BAN 07 52 59 57 39
CAB 01 X 73 61 49
CAB 03 37 49 42 42
Ótima (100-79) Boa (79-51) Regular (51-36) Ruim (36-19) Péssima (<19)
Figura 19 – Microbacia do Coqueiro e distribuição de bairros. Qualidade das Águas Superficiais de Campo Grande | Relatório 2009
Microbacia do Gameleira
Localizada na região sul de Campo Grande, apresenta pouca
densidade populacional. Abrange parte dos bairros: Centro Oeste,
Los Angeles e Moreninhas, conforme mostrado na Figura 22 e
Tabela 19.
Centro Oeste
Microbacia do Imbirussu
Localizada na região noroeste da zona urbana, esta microbacia é
composta pelos córregos Zé Pereira, Serradinho e Imbirussu,
abrangendo os bairros: José Abrão, Panamá, Popular, Nova Campo
Grande, Núcleo Industrial e parte dos bairros, Nasser, Santo Amaro,
Santo Antônio, Sobrinho, Taveirópolis, São Conrado e Caiobá,
conforme mostrado na Figura 23
...: Resultados
A Tabela 23 mostra resultados do IQACETESB nos pontos de
monitoramento, localizados no Córrego Imbirussu e Serradinho.
Períodos
Pontos
1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre
IMB 01 X 77 69 67
IMB 02 59 61 54 61
IMB 03 40 31 35 38
IMB 04 X 65 66 62
IMB 05 57 X X X
IMB 06 47 X X X
IMB 10 48 X 29 X
IMB 15 32 X 27 X
SER 01 X 43 52 57
SER 02 51 44 50 60
SER 03 48 49 43 52
Ótima (100-79) Boa (79-51) Regular (51-36) Ruim (36-19) Péssima (<19)
pH 7,1 X X X
DBO5,20 (mg/L O2) 3,5 X X X
Fósforo Total (mg/L P) 0,7600 X X X
Nitrogênio Total (mg/L N) 5,1 X X X
Temperatura (°C) 27,0 X X X
Turbidez (UNT) 19,4 X X X
Sólidos Totais (mg/L) 118,0 X X X
Oxigênio Dissolvido
4,9 X X X
(mg/L O2)
Coliformes
1480000,0
Termotolerantes 14.000 X X
0
(NPM/100 ml)
pH 6,8 X 6,73 X
DBO5,20 (mg/L O2) 5,5 X 48,00 X
Fósforo Total (mg/L P) 1,3 X 0,03 X
IMB 10
(Montante) Nitrogênio Total (mg/L N) 1,0 X 1,53 X
Temperatura (°C) 26,0 X 25,50 X
Turbidez (UNT) 68,4 X 58,60 X
Sólidos Totais (mg/L) 160,0 X 249,00 X
Oxigênio Dissolvido
4,8 X 3,90 X
(mg/L O2)
Coliformes
1320000,0
Termotolerantes 16.000 X X
0
(NPM/100 ml)
pH 7,1 X 6,74 X
Microbacia do Lageado
A microbacia Lageado localiza-se a sudoeste de Campo Grande,
região de baixa densidade populacional. Essa microbacia é muito
importante para o município, tendo em vista ser um manancial de
captação de águas, representando o segundo maior sistema de
abastecimento de água de Campo Grande.
...: Resultados
A Tabela 27 mostra os resultados do IQACETESB nos pontos de
monitoramento LAG01, LAG02, LAG05, LAG06, LAG08, LAG09,
LAG03, LAG04 e LAG11, localizados no Córrego Lageado.
Observou-se que a qualidade de água manteve se Boa em todos os
pontos.
Período
Pontos
2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre
LAG 01 65 62 63
LAG 02 67 75 X
LAG 03 72 78 63
LAG 04 64 68 69
LAG 05 72 68 68
LAG 06 74 76 61
LAG 08 60 69 X
LAG 09 58 65 59
LAG 11 77 78 x
LAG 07 61 X 49
LAG 15 86 X 60
Ótima (100-79) Boa (79-51) Regular (51-36) Ruim (36-19) Péssima (<19)
Oxigênio Dissolvido
X X 6,18 X
(mg/L O2)
Coliformes
Termotolerantes X 1,00 X 0,00
(NPM/100 ml)
pH X 6,00 X 3,20
Microbacia do Lagoa
Localizada na região oeste da zona urbana, esta microbacia possui
baixa densidade demográfica por ainda estar constituída de vazios
urbanos. Está inserida em uma área de 36,6 km² (PLANURB, 1997).
...: Resultados
A Tabela 31 apresenta os resultados obtidos por meio do IQACETESB
nos pontos de monitoramento localizados no Córrego Lagoa e Buriti.
Observou-se que a qualidade da água manteve-se boa nos períodos
amostrados.
LAO 03 X 66 68 57
LAO 08 45 59 72 59
LAO 02 X 54 58 58
LAO 05 X X 43 X
LAO 06 X X 41 X
BUR 01 X X 64 X
Ótima (100-79) Boa (79-51) Regular (51-36) Ruim (36-19) Péssima (<19)
101
18,0
16,0
14,0
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
2003 2004 2005 2006
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
2003 2004 2005 2006
Coliformes
Termotolerantes 44.000 10000 1000 16.000
(NPM/100 ml)
pH 7,7 6,9 6,80 7,3
Microbacia do Prosa
Localizada nas regiões Leste e Central da área urbana de Campo
Grande, a microbacia do Prosa é composta pelos córregos Prosa,
Sóter, Pindaré, Desbarrancado, Joaquim Português, Reveillon e
Vendas. O córrego Prosa nasce no Parque Estadual do Prosa, na
confluência dos córregos Desbarrancado e Joaquim Português e
suas cabeceiras estão protegidas.
PRO 01 X 70 73 69
110
PRO 02 X 59 56 57
PRO 03 X 53 42 54
SOT 01 X 79 68 57
SOT 02 62 52 51 52
VEN 01 X 53 52 58
VEN 02 X 56 54 52
Ótima (100-79) Boa (79-51) Regular (51-36) Ruim (36-19) Péssima (<19)
Microbacia do Segredo
As cabeceiras do córrego Segredo, onde estão localizadas as
nascentes, se situam na porção norte da área urbana do município,
sendo que uma delas está na Lagoa da Cruz, outra no Parque
Estadual Mata do Segredo e, a última, na área do Exército Brasileiro,
próximo ao bairro Nova Lima.
...: Resultados
Observou-se que o resultado do IQA na maioria dos pontos foi de
qualidade regular. No ponto SEG02 (montante da ETE Cabreúva),
no 3° trimestre, a qualidade permaneceu regular. E nos pontos SEG
06, SEG08 e SEG09 a qualidade permaneceu boa.
Período
Pontos
1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre
SEG 02 42 51 46 51
SEG 03 31 38 28 51
SEG 04 X 42 26 31
SEG 09 X 60 57 57
SEG 01 X 50 51 63
CAS 01 X 50 55 42
SEG 08 X 68 69 69
SEG 07 X 48 42 57
SEG 06 X 63 66 72
CAS 02 X 46 51 58
Ótima (100-79) Boa (79-51) Regular (51-36) Ruim (36-19) Péssima (<19)
120
inclusive com valores de DBO5,20 (28,0 - 20,0 – 63,0 e 7,0 mg/L O2)
acima do estabelecido para corpos d'águas doces classe 2, até 5,0
mg/L O2.
Referências Bibliográficas
APHA; AWWA; WPCF. Standard Methods for the Examination for
Water and Wastewater. 20th ed. Washington: American Public
Health Association, 1998.
BRANCO, S. M. Hidrologia Aplicada a Engenharia Sanitária, 3. ed.
São Paulo: CETESB, ASCETESB, 616p. 1986.
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In: PORTO, R. L. L. (Org). Hidrologia Ambiental. São Paulo: Editora
da Universidade de São Paulo: ABRH. p. 3- 25. 1991.
BRAGA, B.; HESPANHOL, I.; CONEJO, J.G.L.; BARROS, M.T.L.de;
SPENCER, M.; PORTO, M.; NUCCI, N.; JULIANO, N. & EIGER, S.
Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 305p.
2002.