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3:

O código Civil apresenta-nos algumas condições/requisitos para que seja configurado a


posse originaria através do usucapião. Diante do caso em tela narrado, Marcos Alfredo é
o proprietário do sítio que tem sua extensão de área de 200 hectares. Ocorre que, Zeca
Boagente é apenas um caseiro da propriedade, e de acordo com o artigo 1198, o caseiro
(como é o caso de Zeca Boagente) e o empregado, não tem a posse do bem, mas apenas
a detenção. Além disso, a nossa Constituição Federal de 1988, no artigo 191, aduz que:
“... em zona rural, não superior a cinquenta hectares.”, portanto, visualizamos mais um
requisito que não fora atendido por Zeca Boagente, tendo em vista que o imóvel teria
sua área de extensão superior a 50 hectares. O Código Civil também nos revela esse
requisito no artigo 1239.

Diante do caso outrora narrado, Chico Inocêncio, era novo na cidade, e através de um
anúncio de venda de um terreno na zona rural, foi que ele despertou interesse pela
aquisição do bem, inclusive, Chico pagou a quantia de R$ 20 mil reais pelo bem imóvel.
Zeca Boagente, argumentou a ele que não seria necessário a escritura em cartório, mas
tão somente um recibo de pagamento. Desta forma, diante da boa-fé de Chico
Inocêncio, inclusive, de posse do bem imóvel, erguer uma casa e passa a morar com sua
família, Chico Inocêncio, terá direito a Usucapião Ordinária, conforme o artigo 1242, do
Código Civil, tendo em visto que ele, estava de posse do justo título e da boa-fé.
Tratando-se do justo título, tem-se que é um instrumento que induz a crer que ele é o
proprietário do bem através de algum documento que lhe é conferido, no caso em tela,
através de recibo de pagamento. Portanto, percebe-se claramente que o Chico Inocêncio,
era ignorante quanto aos vícios presentes na aquisição da coisa.

Sim, neste caso, Chico terá direito a indenização. No entanto, será necessário observar
um rito, diante da necessidade de uma sentença judicial. O artigo 1228, § 4°, do Código
Civil, apresenta a perda da propriedade pelo legítimo dono, sendo, portanto, necessário
que o possuidor para que este adquira a propriedade, deverá observar precisamente o
que aduz o § 4°: ". O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel
reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa fé, por mais de
cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em
conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e
econômico relevante". Neste caso, Chico estava no imóvel de boa fé. Diante disso, o §
5°, carrega consigo a previsão de indenização que será de incumbência do proprietário
expropriado, sendo fixada pelo juiz, uma “justa indenização”, sendo esta, devida ao
proprietário, que valerá a sentença como título para o registro do imóvel no nome do
possuidor. No caso, o que foi erguido por Chico, deverá ser analisado pelo juiz, para
que seja fixada a indenização.

6:

O código civil, elenca que a propriedade é um direito pleno, que se manifesta


através do uso, da fruição e da disposição, além de ser um direito absoluto, tendo em
vista que o dono poderá administrar da forma que desejar.

No entanto, deve-se observar que há algumas limitações no direito de vizinhança que


deverão ser observadas. O uso anormal da propriedade, configura-se exatamente,
quando o proprietário deixa de seguir o padrão e os Pressupostos do uso normal da
propriedade, previstos no artigo 1277, do CC. Pode-se falar em uso anormal quando:
perturbo a saúde, o sossego e a segurança dos demais vizinhos. Em alguns casos, o
interesse público transcende os inconvenientes, no entanto, gerando uma indenização,
porém, o juiz precisará analisar o caso concreto, como por exemplo observando ”quem
chegou primeiro”. No entanto, tratando-se especificadamente de vizinhança, destaca-se
que se o vizinho perturba o sossego, a saúde e a segurança dos demais, este deverá ser
atribuído uma indenização de danos morais e matérias,

7:

Os atributos da propriedade manifestam-se em: Uso, na qual o proprietário poderá usar


a coisa, além de ocupá-la para o seu objetivo final, como morar em uma casa. Fruição
(gozo que é sinônimo), explorando o bem, inclusive economicamente, como alugando o
imóvel. Disposição, na qual o proprietário pode dispor da coisa, modifica-la, vende-la.
Além do direito de Reaver, manifestando-se quando o proprietário tem o direito de
recuperar o bem para si. Conforme o artigo 1228, do Código Civil. Temos portanto na
propriedade plena as três faculdade (uso, fruição e disposição) centralizadas nas mãos
do próprio proprietário, sem que tenha restrições, conforme o artigo 1231, do Código
Civil. Já na propriedade restrita, ocorrendo quando os elementos da propriedades estão
desfocados, passando ou transmitindo alguns de seus poderes, como: usar, gozar e
reivindicar, ao possuidor, constituindo o direito real sobre este bem.

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