Escrituras
Ryan McGraw
Copyright © 2014, Os Puritanos
1ª. Edição: Fevereiro de 2014
É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem autorização
por escrito do editor, exceto citações em resenhas.
Editor
Manoel S. Canuto
Tradutor
Marcelo Smeets
Revisores
Waldemir Magalhães e Marcio Santana Sobrinho
Designer
Heraldo Almeida
ISBN
978856282861-4
Sumário
Créditos
Prefácio
1 - Fundamentos Bíblicos
2 - A Assembleia de Westminster
3 - Sua Importância
4 - Objeções
5 - Conclusões Práticas
Bibliografia
Nossos livros
Mídias
Para o Dr. Joseph A. Pipa
pai, mentor, professor
conselheiro e amigo
Prefácio
Adoração
As doutrinas das duas naturezas de Cristo e da triunidade de Deus
demonstram que a igreja depende do princípio do “lógica e claramente
deduzido” em suas formulações teológicas mais fundamentais.
Entretanto esse princípio é vital em muitas outras áreas da teologia e
da prática. O “lógica e claramente deduzido” é especialmente
importante em determinar que práticas de adoração são requeridas na
Escritura. Quando a igreja negligencia ou nega o “lógica e claramente
deduzido”, ela corre o risco de violar a santidade da adoração coletiva,
distanciando-se dos mandamentos de Deus (Dt 12.32).
Isso é evidente no relato da morte de Nadabe e Abiú, os dois filhos
de Arão, em Levítico 10.1-3. Após já ter desfrutado de grandes
privilégios e bênçãos entre o povo de Deus, Nadabe e Abiú receberam
a honra de ser consagrados sacerdotes. Ao final do capítulo 9, desceu
fogo do céu e consumiu o sacrifício do altar. O capítulo 10 começa com
Nadabe e Abiú se aproximando de Deus com seu primeiro ato de
serviço sacerdotal. Quando trouxeram seus incensários com fogo para
adorar ao Senhor, o mesmo fogo do céu que havia consumido
previamente os sacrifícios saiu do altar e consumiu os sacerdotes. A
natureza de seu pecado foi declarada com clareza: eles ofereceram
“fogo estranho [ou profano]” perante o Senhor, “o que lhes não
ordenara” (v. 1). O que quer de verdadeiro que esteja relacionado a
esse “fogo estranho”, a única falta enfatizada no texto foi de que ele
não foi aceito porque Deus não havia ordenado.
Esse exemplo é significativo porque não há um lugar na lei anterior
a esse momento no qual tenha sido dada uma ordem explícita aos
sacerdotes de que deveriam oferecer somente determinado tipo de
fogo. Deus nunca proibiu aos sacerdotes diretamente de oferecer mais
de um tipo de fogo. Naquele momento, ele não havia nem mesmo
ordenado expressamente que tipo de fogo seria aceitável diante dele.
Ainda assim, a acusação de que eles ofereceram fogo “que lhes não
ordenara” justificou a pena de morte. Quando os leitores ignoram as
divisões do capítulo, o texto dá a impressão de que Nadabe e Abiú
inferiram a vontade de Deus com base em suas ações imediatamente
anteriores. O Senhor testificou sua boa vontade quanto à consagração
do sacerdócio e do altar, que foram feitos de acordo com suas
ordenanças, pelo envio de fogo sobrenatural vindo do céu para
consumir os sacrifícios (Lv 9.24). Esse fogo deveria ser mantido
queimando perpetuamente daí em diante. Jeremiah Burroughs
(1600–1646), que foi membro da Assembleia de Westminster,
observou: “Eles deveriam ter raciocinado consigo mesmos: ‘Deus
enviou fogo do céu sobre o altar e ordenou que o fogo deveria ser
preservado sobre o altar para cultuá-lo? Certamente essa deve ser a
disposição de Deus, de que, então, devemos fazer uso desse fogo em
vez de qualquer outro fogo’”.[79] A falha em extrair o “lógica e
claramente deduzido” da ação de Deus provou ser fatal nesse caso.
Deus tratou Nadabe e Abiú como se o “lógica e claramente
deduzido” de suas palavras e ações fosse tão obrigatório para as
práticas de adoração de seu povo como seus mandamentos explícitos.
Como Burroughs relembra a seus leitores:
Eu disse a vocês que, quanto a questões referentes à adoração, devemos ter autorização da
Palavra, mas isso não significa que devamos ter uma autorização expressa e direta para
tudo. Como muitas vezes ocorre em certos tipos de pintura, a verdadeira arte está no
arranjo do visual. Não é possível dizer que está em uma pincelada em uma linha ou em
outra, mas em todo o conjunto. Portanto, na Escritura você não pode dizer que esta única
linha ou outra prova isso, mas coloque todas juntas e teremos algo como a mente de Deus.
Podemos ver que esse é o pensamento de Deus e não outro, e estamos unidos para seguir
por esse caminho.[80]
Caso esse princípio seja excluído, muitos elementos do culto que são
comumente aceitos serão excluídos com ele. Não haveria autorização
para práticas como o chamado à adoração, o uso do batismo no culto,
a oferta, e a bênção sem o uso do “lógica e claramente deduzido”.[81]
Negar a dedução lógica poderia até mesmo excluir as mulheres de
participar da Ceia do Senhor, pois não há uma ordem expressa ou
exemplo indicando que elas devam participar. Se a única base para
excluir certas práticas de adoração é a de que não há mandamento
expresso na Escritura para elas, então a igreja inevitavelmente irá
ofender ao Senhor por omitir partes de sua vontade revelada, como
fizeram Nadabe e Abiú. Entretanto, se a igreja continua a incluí-las,
apesar de não haver fundamento bíblico para elas, então ela também
será culpada do pecado de Nadabe e Abiú, pelo fato de
conscientemente oferecer o que Deus não ordenou.
Se objetarmos que esse foi um princípio de interpretação do Antigo
Testamento, não mais aplicável à igreja de hoje, então devemos
perguntar se esse princípio é ou não similar ao procedimento que
Jesus usou para refutar os saduceus. A igreja tem usado
continuamente alguns de seus elementos de adoração simplesmente
por costume por muito tempo, assim fazendo as coisas certas pelas
razões erradas. A igreja não pode permitir o uso de qualquer elemento
de culto que não tenha autorização bíblica. É pouco proveitoso ter
elementos bíblicos de adoração se a igreja não os inclui como
fundamentados biblicamente. Embora Deus não execute a pena de
morte contra seu povo a cada vez que ele falha em adorá-lo
perfeitamente, é prejuízo para a igreja — e, às vezes, um risco — se ela
não busca o “lógica e claramente deduzido” da vontade de Deus como
revelado na Escritura. O peso da responsabilidade cai mais
pesadamente sobre aqueles a quem foi confiado o ministério da
Palavra de Deus e de conduzir o culto público a Deus. O “lógica e
claramente deduzido” é indispensável para a prática da adoração
bíblica.
Sacramentos
Há outro exemplo que é digno de menção. Ao menos tacitamente
(ou seja, com respeito à Trindade e às duas naturezas de Cristo), a
maioria dos batistas Reformados admite que algumas coisas
necessárias à fé e à prática não são expressamente declaradas na
Escritura, mas antes são dela deduzidas pelo princípio do “lógica e
claramente deduzido”.[82] Entretanto, embora os batistas admirem
inferências e deduções com respeito à Trindade, eles frequentemente
decidem colocá-las de lado quando se trata de questões relacionadas
ao pedobatismo. Os batistas geralmente exigem um exemplo definido
de batismo infantil no Novo Testamento ou uma ordem expressa para
o batismo de crianças. Isso estabelece uma limitação não bíblica sobre
a discussão. Os socinianos e os unitaristas não rejeitaram a doutrina
da Trindade nesses mesmos termos? Seria mais apropriado dizer que
se a doutrina do batismo infantil fosse requerida da Escritura pelo
“lógica e claramente deduzido”, então ela deve ser crida e praticada do
mesmo modo como se tivesse sido revelado por mandamento expresso
ou exemplo aprovado.
Aqui não é o lugar para uma defesa do batismo infantil, mas um
breve resumo do argumento em seu favor esclarece o ponto em
questão.[83] O motivo para batizar os filhos dos crentes repousa
essencialmente sobre a unidade da aliança da graça no Antigo e no
Novo Testamentos, assim como o fato de o batismo ter substituído a
circuncisão como sinal da mesma aliança (Cl 2.11-12). Deus ordenou
que os filhos dos crentes deveriam receber o sinal da aliança, e ele
nunca revogou essa ordem, mesmo tendo o sinal mudado da
circuncisão para o batismo. O apelo de Pedro, em Atos 2.38-39
(“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo para remissão de vossos pecados... Pois para vós outros é a
promessa, para vossos filhos e para todos que ainda estão longe, isto é,
para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar”) é quase um paralelo
exato com a aliança da circuncisão dada a Abraão, em Gênesis 17.4, 7:
“será contigo a minha aliança, serás pai de numerosas nações...
Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no
decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e o da
tua descendência”. A inferência de tudo isso é que, assim como as
crianças receberam a circuncisão, que foi o selo da justiça que veio
pela fé e a circuncisão do coração (Rm 2.28-29; 4.11; Dt 10.16; Jr 4.4),
assim os filhos dos crentes devem continuar a ser contados como
herdeiros da promessa sob o sinal da nova aliança, o batismo. Tanto a
circuncisão quanto o batismo são sinais espirituais e selos da fé, dados
a um povo espiritual, em um contexto de aliança espiritual da graça.
Uma coisa é se um batista nega que o pedobatismo seja uma
dedução lógica do ensino da Escritura, mas negar a validade do
pedobatismo somente baseado em que não há exemplos explícitos no
Novo Testamento é, em princípio, a mesma coisa que negar a Trindade
com base em que não há passagens explícitas em que ela seja
declarada. Se nossos irmãos batistas rejeitam o “lógica e claramente
deduzido” como categoria para argumentação nesse caso, então, para
serem consistentes, eles devem negá-lo da mesma maneira em
qualquer outro caso.[84]
Em sua defesa da prática do batismo infantil, Pierre Marcel destaca:
“A teologia que segue de deduções legítimas das normas da Escritura é
tão exata quanto a que é explicitamente afirmada... Se assim não fosse,
o exercício do ministério pastoral, a cura de almas, a pregação, a
disciplina, e assim por diante, seriam absolutamente impossíveis”.[85]
Essa afirmação serve como uma conclusão geral de tudo o que foi dito
neste capítulo. O “lógica e claramente deduzido” é importante não
somente com respeito a doutrinas nas quais cristãos piedosos podem
divergir (como a questão de quem deve ser batizado), mas ela é
também basilar para algumas das doutrinas fundamentais da fé cristã,
assim como para as práticas de culto. Como Bannerman resume:
...fica evidente que é tanto impróprio como perigoso estabelecer como regra de
interpretação das Escrituras que se não houver uma ordem expressa e explícita, com tais e
tais palavras, exigindo que um dever seja cumprido, tal necessidade é ilícita, ou no mínimo
não ordenada. Isso não tem fundamento legal, pois não temos o direito de limitar Deus
quanto à maneira pela qual ele quer tornar conhecida a sua vontade, e como, de uma forma
ou de outra, ela se torna conhecida. Isso é perigoso quanto a nós mesmos; porque não
existe posição mais perigosa do que assumir a atitude de rejeição com respeito à vontade de
Deus a nós declarada, pelo fato de não ter sido declarada da forma que talvez consideremos
a mais clara e melhor.[86]
[73] Para o desenvolvimento histórico e a fundamentação bíblica da doutrina da pessoa de Cristo, veja
Herman Bavinck, Reformed Dogmatics, org. John Bolt, trad. John Vriend (Grand Rapids: Baker, 2004)
p. 223-322; e Donald MacLeod, The Person of Christ (Westmont, Ill.: InterVarsity, 1998).
[74] Bannerman, A Igreja de Cristo, volume 2. Não quero sugerir que as controvérsias cristológicas
devam ser pensadas de modo simplista nos termos da controvérsia ariana somente. Os ensinos de
Êutico, Nestório e Apolinário, assim como as decisões de vários concílios posteriores da igreja, deram
a forma final na qual a igreja formulou a doutrina da pessoa de Cristo. Eu cortei muito do material,
buscando simplicidade, para exemplificar o ponto em questão. Para obter mais informações, veja J. N.
D. Kelly, Early Christian Doctrines (Nova York: Harper Collins, 1960). Para um esboço da complexa
história dos desenvolvimentos posteriores em Cristologia, veja Robert Letham, Union with Christ: In
Scripture, History, and Theology (Phillipsburg, N.J.: P&R, 2011) p. 23-35.
[75] Posteriormente o Catecismo Maior de Westminster forneceria um resumo útil sobre esses
critérios: “Pergunta 11: Donde se infere que o filho e o Espírito Santo são Deus, iguais ao Pai?
Resposta: As Escrituras revelam que o Filho e o Espírito Santo são Deus igualmente com o Pai,
atribuindo-lhes os mesmos nomes, atributos, obras e culto, que só a Deus pertencem”.
[76] As perguntas 38 a 40 do Catecismo Maior de Westminster contêm uma declaração incomparável
do por que nosso Mediador deveria ser Deus e homem, em uma mesma pessoa. Veja as Escrituras
citadas ali para mais detalhes.
[77] Apresento aqui somente o mais simples esboço de dados bíblicos relevantes sobre a Trindade.
Para conhecer duas defesas contemporâneas da doutrina da Trindade, veja Robert Letham, The Holy
Trinity: In Scripture, History, Theology, and Worship (Phillipsburg, N.J.: P&R: 2004), e Peter Toon, Our
Trinue God: A Biblical Portrayal of the Trinity (Vancouver: Regent College Publishing, 1996). Como
muito da evidência para a doutrina da Trindade vem do Evangelho de João, veja também Andreas J.
Kostenberger e Scott R. Swain, Father, Son, and Spirit: The Trinity and John’s Gospel (Westmont, Ill.:
InterVarsity, 2008). Entretanto, pelo fato de Kostenberger e Swain se preocuparem principalmente
com a teologia bíblica, em vez da teologia sistemática e histórica, a abordagem deles sofre limitações
nessas duas últimas áreas. Para uma abordagem da centralidade da Trindade na teologia sistemática,
veja Douglas F. Kelly, Systematic Tehology, vol. 1, Grounded in Holy Scripture and Understood in Light
of the Church: The God Who Is; The Holy Trinity (Ross-shire, UK: Christian Focus, 2008). Quanto às
falhas nesse trabalho, veja minha resenha em Wesminster Theological Journal 72, n. 1 (Primavera
2010), p. 193-197.
[78] A Introdução de W. G. T. Shedd, Augustine on the Trinity, em Nicene and Psot-Nicene Fathers, org.
Philip Schaff, 1st series (1887, reedição: Peabody, Mass: Hendrickson, 2004) 3:3.
[79] Jeremiah Burroughs, Gospel Worship, org. Don Kistler (1648, reedição: Morgan, Pa.: Soli Deo
Gloria, 1990), p. 18.
[80] Burroughs, Gospel Worship, p. 19.
[81] Para autoridade escriturística para cada um desses elementos na adoração corporativa, veja
McGraw, “Consequeces of Reformed Worship”.
[82] Por exemplo, a Confissão de Fé Batista de Londres de 1689, a qual foi intencionalmente
modelada após a Confissão de Westminster, afirma que todas as coisas necessárias para a glória de
Deus, a salvação, fé e a vida são “ou expressamente declaradas ou necessariamente contidas na Santa
Escritura” (1.6). A expressão “necessariamente contida” parece ser sinônima de “lógica e claramente
deduzido”, uma vez que ambas contrastam com as afirmações “expressas” da Escritura. Rowland
Ward aponta que, como a Confissão de Londres foi modelada após a Confissão de Westminster e
alterou sua linguagem somente nos pontos com os quais discordavam, seus autores deviam ter tido a
intenção de rejeitar o “lógica e claramente deduzido”. Veja Muller e Ward, Scripture and Worship, p.
97. Assim como J. V. Fesko, Word, Water, and Spirit: A Reformed Perspective on Baptism (Grand
Rapids: Reformation Heritage Books, 2010), p. 148, n.o 61. Essa observação deveria ser devidamente
valorizada. No entanto, a afirmação não tem de ser necessariamente corretiva. Isso pode ter mudado
a força da declaração de que doutrina e prática que são deduzidas adequadamente da Escritura
possuem completa autoridade divina porque estão “necessariamente contidas” na Escritura. Ao
menos foi assim que o teólogo batista Samuel E. Waldron entendeu essa mudança: “A expressão ‘ou
necessariamente contida na Santa Escritura’ é equivalente à expressão da Confissão de Fé de
Westminster e procura esclarecê-la: ‘lógica e claramente deduzido dela’. O que pode soar como
logicamente deduzido da Escritura, ou seja, que está necessariamente contido nela, como a própria
autoridade da Escritura”. Samuel E. Waldron, A Modern Exposition of the the 1689 Baptist Confession
of Faith (Webster, N.Y.: Evangelical Press, 2005), p. 42-43. Essa questão requer mais pesquisa nas
fontes primárias, mas à luz do fato que rejeitar o “lógica e claramente deduzido” no século 17 era
comumente associado a heresia, parece improvável que os batistas quisessem correr o risco de tal
associação. Para saber mais sobre esse ponto, veja o capítulo 4.
[83] Em minha opinião, as três melhores abordagens sobre o pedobatismo são: Pierre Marcel, The
Biblical Doctrine of Infant Baptism: Sacrament of the Covenant Grace, trad. de Philip Edgcumbe
Hughes (1951, Nova York: Westminster Publisher House, 2000); Bannerman, A Igreja de Cristo; e João
Calvino, Institutas da Religião Cristã, IV.8.16. Fora do dilúvio de literatura sobre o sacramento do
batismo, uma das abordagens mais minuciosas e úteis, de uma perspectiva Reformada, é a de Fesko,
Word, Water, and Spirit.
[84] Meu ponto nesta seção é apresentar princípios em vez de doutrina. Entretanto, a afirmação de
que os exemplos de batismo do Novo Testamento envolvem apenas adultos que fizeram sua profissão
de fé não é completamente correta. Os batismos de famílias, em Atos 16 e 1Coríntios 1 se encaixam
na prática da circuncisão familiar do Antigo Testamento, a qual explicitamente incluía crianças, algo
melhor do que a explicação batista. Seria possível para um judeu cristão do primeiro século
compreender essas coisas de outra maneira que não fosse a continuidade da maneira pela qual Deus
já havia lidado com seu povo por milhares de anos?
[85] Marcel, Biblical Doctrine of Infant Baptism, p. 189-190.
[86] Bannerman, A Igreja de Cristo, volume 2. Aliás, a legitimidade da teologia sistemática como uma
disciplina fica de pé ou cai sob o princípio do “lógica e claramente deduzido”. Veja Richard B. Gaffin,
“The Vitality of Reformed Systematic Theology”, em The Faith Once Delivered: Essays in Honor of
Wayne R. Spear, org. Anthony T. Selvaggio (Phillipsburg, N.J.: P&R, 2007), p. 29.
Objeções
[100] Um livro particularmente interessante com respeito a isso é D. A. Carson e G. K. Beale, orgs.,
Commentary on the New Testament Use of the Old Testament (Grand Rapids: Baker, 2007). Os vários
autores desse volume abordam a questão de variadas perspectivas.
[101] A melhor abordagem que li a respeito de como fundamentar a aplicação de um sermão no
próprio uso da Escritura é a de John Carrick, The Imperative of Preaching: A Theology of Sacred
Rhetoric (Edimburgo: Banner of Truth, 2002).
[102] O puritano Joseph Alleine (1634–1668) deu o seguinte sensato conselho quanto à eleição e
conversão: “Você começa pelo lado errado se primeiro entra em disputa quanto à sua eleição. Prove a
sua conversão, e então nunca duvide de sua eleição”. Joseph Alleine, A Sure Guide do Heaven,
publicado originalmente como An Alarm to the Unconverted, in a Serious Treatise (1671; reedição:
Edimburgo: Banner of Truth, 1989), p. 30.
[103] Bannerman, A Igreja de Cristo, volume 1. Observe, do mesmo modo, o seguinte comentário:
“Confissões de fé não são imediatamente destinadas a dar um relato do que o Espírito Santo diz a
respeito de determinado artigo, mas do que uma pessoa ou igreja crê; e assim as palavras de um
credo ou confissão não são expressões da vontade do Espírito Santo, mas de nossa fé, e da mente
daquele que a subscreve”. William Dunlop, The Uses of Creeds and Confessions of Faith, org. James
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