Pdf-193788-Aula 09-157043-E9

Aula 09
1000 Questões Comentadas - Leis Penais Extravagantes, Dir. Penal e Dir. Processual
Penal.
Professor: Alexandre Herculano

Prof. Alexandre Herculano Aula 09
Aula 09 - Prisão Temporária (Lei nº 7.960/89). Crimes praticados

por funcionário público contra a administração em geral.
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 1
2. Questões propostas 2
3. Questões comentadas 26
3.1. Crimes praticados por funcionário público contra a 24
administração em geral.
3.2. Prisão Temporária (Lei nº 7.960/89). 59
4. Gabarito 71
Olá, meus amigos!
Hoje vou abordar questões sobre os seguintes tópicos:
 Crimes praticados por funcionário público contra a
administração em geral;
 Prisão Temporária (Lei nº 7.960/89).
Meus amigos, primeiramente, façam as questões; e depois leiam os
comentários, mesmo que tenham acertado!
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 71

Questões propostas
01) (2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária) Com
relação aos crimes contra a administração pública, julgue os itens
abaixo.
O detentor de cargo em comissão não é equiparado a funcionário público
para fins penais.
abaixo.
A exigência, por funcionário público no exercício da função, de vantagem
indevida, configura crime de corrupção ativa.
abaixo.
Caso os autores de crime contra a administração pública sejam ocupantes
de função de direção de órgão da administração direta, as penas a eles
impostas serão aumentadas em um terço.

abaixo.
Tratando-se de crime de peculato culposo, a reparação do dano após o
trânsito em julgado de sentença penal condenatória ocasiona a extinção
da punibilidade do autor.
abaixo.
Não configura crime o fato de o funcionário deixar de praticar ato de ofício
a pedido de outrem se, com isso, ele não obtiver vantagem patrimonial.
06) (2015 - CESPE - TCE-RN - Assessor Técnico Jurídico - Cargo)
Acerca dos delitos previstos na parte especial do Código Penal e
na legislação extravagante, julgue o item que se segue.
No peculato culposo, a reparação do dano antes do recebimento da
denúncia incorre em extinção da punibilidade, ao passo que a reparação
realizada entre o recebimento da denúncia e o trânsito em julgado da
sentença condenatória possibilita a aplicação de causa de diminuição de
pena.

07) (2015 - CESPE - TCE-RN - Auditor) A respeito dos crimes
contra a administração pública e do crime de responsabilidade de
prefeitos e vereadores, julgue o próximo item.
A conduta de apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-las em
proveito próprio ou alheio, tipificada na lei que regula os crimes de
responsabilidade dos prefeitos, é crime próprio, o qual somente pode ser
praticado por prefeito, admitindo-se, contudo, conforme o STF,
participação.
Segundo o entendimento do STJ, é desnecessária a constituição definitiva
do crédito tributário por processo administrativo-fiscal para a
configuração do crime de descaminho.
09) (2015 - CESPE - AGU - Advogado da União) João, empregado
de uma empresa terceirizada que presta serviço de vigilância a
órgão da administração pública direta, subtraiu aparelho celular
de propriedade de José, servidor público que trabalha nesse
órgão. A respeito dessa situação hipotética, julgue o item que se
segue.

O ato praticado por João configura crime de peculato-furto, em que o
sujeito passivo imediato é José e o sujeito passivo mediato é a
administração pública.
(2015 – FAURGS - TJ-RS - Outorga de Delegação de Serviços
Notoriais e Registrais) Sobre os crimes praticados por
funcionários públicos, julgue os itens abaixo.
10) O peculato, em qualquer uma de suas modalidades, é considerado
como crime próprio, razão pela qual não se admite a ocorrência de
coautoria ou participação envolvendo particulares.
11) O crime de concussão, de natureza puramente formal, prescinde da
obtenção de qualquer vantagem indevida para sua consumação.
(2015 – CESPE – TCU - Procurador do Ministério Público) Ainda
com relação aos crimes praticados contra a administração pública,
julgue os itens.
12) O crime de abandono de função é comissivo por omissão.
13) Será automática a perda do cargo, se o crime funcional praticado
com abuso de poder ou violação de dever para com a administração

pública resultar em condenação a pena privativa de liberdade superior a
quatro anos.
14) A falsa apresentação de particular na qualidade de funcionário
público configura o crime de usurpação de função pública, na sua
modalidade simples.
15) Para a caracterização do crime de emprego irregular de verba ou
renda pública, não há que se fazer presente o lucro ou proveito próprio ou
de terceiro; esse crime será caracterizado ainda que não haja lucro ou
proveito próprio ou de terceiro.
16) O crime de corrupção ativa consiste no ato de exigir para si, ou para
outrem, vantagem indevida em razão do cargo e configura crime de mera
conduta.
17) (2015 – CESPE – STJ - Analista Judiciário – Administrativa)
Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue o item a
seguir.
A pessoa que exerça temporariamente cargo público, mesmo sem
remuneração, poderá ser enquadrada em crime de advocacia
administrativa.

seguir.
Incorre em crime de peculato o servidor público que, embora não tendo
posse de determinado bem, concorra para sua subtração, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade proporcionada pelo cargo que
ocupe.
seguir.
Cometerá crime de prevaricação o servidor público que deixar de
responsabilizar, por clemência, o seu subordinado que tenha cometido
infração no exercício do cargo.
20) (2015 – FUNIVERSA - SEAP-DF) Segundo entendimento do
STJ, do STF e da doutrina dominante acerca do direito penal,
julgue o item subsequente.
Considere que Eduardo, em proveito alheio, tenha desviado material do
almoxarifado de um estabelecimento penal do Distrito Federal,
exclusivamente em razão de sua condição funcional, que lhe permitia
contar com a total confiança de seus superiores, dos demais funcionários
e dos vigilantes, além de ter livre acesso ao referido setor. Nessa
hipótese, Eduardo praticou o delito de concussão.

O indivíduo que iluda, em parte, o pagamento de imposto devido pela
entrada de mercadoria no país pratica o delito de descaminho.
22) (CESPE - 2013 - TCE-RO - Auditor de Controle Externo -
Direito) Com base nas normas de direito penal vigentes, julgue os
próximos itens.
A diferença básica entre os crimes de corrupção passiva e de corrupção
ativa diz respeito à qualidade do sujeito ativo: no de corrupção passiva, é
o funcionário público; no de corrupção ativa, o particular.
23) (CESPE - 2013 - DPE-ES - Defensor Público - Estagiário) No
que se refere aos crimes contra a administração pública, assinale
a opção correta.
Configura crime de corrupção ativa o ato de o particular dar vantagem
indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício.
que se refere aos crimes contra a administração pública, julgue o
item em C ou E.

Em se tratando de crime de falso testemunho, o fato deixa de ser punível
caso, antes do trânsito em julgado da sentença, a testemunha se retrate
ou declare a verdade para o juiz da causa.
item em C ou E.
O crime de corrupção passiva ocorre quando o funcionário público exige,
para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.
item em C ou E.
Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função
em entidade paraestatal, bem como quem trabalha para empresa
prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de
atividade típica da administração pública.
item em C ou E.

É requisito indispensável para a configuração do crime de peculato a
circunstância de o funcionário público ter a posse do dinheiro, valor ou
bem.
28) (CESPE - 2006 - OAB - Exame de Ordem) Considerando os
crimes contra a administração pública, julgue o item em C ou E.
O agente que, valendo-se das atribuições de um assessor de funcionário
público, lhe promete ou oferece vantagem indevida, para determiná-lo a
praticar, omitir ou retardar ato de ofício, comete crime de corrupção
ativa.
29) (2006 - FCC - TRT - 24ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área
Judiciária - Execução de Mandados) Caio é Analista Judiciário,
Área Judiciária, Especialidade Execução de Mandados. No
exercício de suas funções, de posse de mandado judicial, exigiu do
executado Cadmo a quantia de R$ 1.000,00 para retardar a
penhora de seu veículo. Nesse caso, Caio cometeu crime de
A) excesso de exação.
B) corrupção passiva.
C) peculato.
D) concussão.
E) prevaricação.

30) (2016 – UFMT - DPE-MT - Defensor Público) Assinale o delito
que admite a modalidade culposa.
A) Corrupção passiva
B) Peculato
C) Concussão
D) Corrupção ativa
E) Prevaricação
Judiciária - Execução de Mandados) Tício é Analista Judiciário,
exercício de suas funções, no cumprimento de mandado judicial,
efetuou a remoção de dois televisores penhorados em uma
execução. No caminho para o local onde os aparelhos ficariam
depositados, trocou um dos televisores por outro de menor valor e
se apropriou daquele que havia sido penhorado. Nesse caso, Tício
cometeu crime de
A) corrupção passiva.
B) prevaricação.
C) excesso de exação.
D) concussão.
E) peculato.

32) (Promotor – MP-PI – 2012 – CESPE) julgue o item com base
no que dispõe o CP.
O funcionário público que, por imprudência, deixar aberta a porta do setor
em que trabalha, facilitando, assim, a entrada de terceiros que furtem
bens da administração pública, deverá responder pelo crime de peculato-
furto, pois, consoante o CP, terá concorrido de qualquer forma para o
crime.
33) (Advogado – AGU – 2012 – CESPE) Julgue os itens
subsecutivos, a respeito dos efeitos da condenação criminal e de
crimes contra a administração pública.
O tipo penal denominado peculato-desvio constitui delito
plurissubsistente, podendo a conduta a ele associada ser fracionada em
vários atos, coincidindo o momento consumativo desse delito com a
efetiva destinação diversa do dinheiro ou valor sob a posse do agente,
desde que haja obtenção material do proveito próprio ou alheio.
34) (Analista – TJ-ES – 2011 – CESPE) Julgue os itens abaixo.
Se A, funcionário público, na companhia de B, que sabe da qualidade
funcional de A, retardar ato de seu ofício, infringindo dever funcional, a
pedido de terceiro, ambos responderão por prevaricação.
35) (Advogado – CEHAP – 2009 – CESPE) Joaquim, servidor
público, desviou para a reforma da repartição pública em que

trabalha determinada quantia de que dispunha em razão de seu
cargo e que estava regularmente destinada à construção de
escolas no município. Na situação hipotética acima descrita, trata-
se de
A) crime de peculato, independentemente de Joaquim ter-se apropriado
da quantia para proveito próprio ou não.
B) crime de apropriação indébita, independentemente de Joaquim ser ou
não servidor público.
C) crime de emprego irregular de verbas públicas, já que o desvio da
quantia ocorreu em proveito da administração.
D) crime de prevaricação, posto que Joaquim agiu para satisfazer
sentimento pessoal.
36) (Advogado – AGU – 2009 – CESPE) Julgue os itens abaixo.
Segundo entendimento do STJ em relação ao crime de peculato, configura
bis in idem a aplicação da circunstância agravante de ter o crime sido
praticado com violação de dever inerente a cargo.
37) (Procurador – SEMAD- Aracaju – 2008 – CESPE) Julgue os
itens subsequentes, a respeito dos crimes contra a administração
pública.
No peculato doloso, se o sujeito ativo do delito repara o dano antes da
sentença penal definitiva, fica extinta a sua punibilidade.

pública.
No peculato culposo, se o sujeito ativo do delito repara o dano após a
sentença penal definitiva, sua pena será reduzida de metade.
pública.
Considere que um funcionário público competente para tanto empregue,
na cobrança de contribuição social devida, meio vexatório, não autorizado
pela lei. Nessa situação, o funcionário pratica crime de concussão.
40) (2016 – CESPE - PC-PE - Agente de Polícia) Assinale a opção
correta com relação a crimes contra a administração pública.
A) Policial que exigir propina para liberar a passagem de pessoas por uma
estrada cometerá corrupção passiva.
B) O agente penitenciário que não recolher aparelhos celulares de
pessoas em privação de liberdade cometerá crime de condescendência
criminosa.
C) Um governador que ordenar a aquisição de viaturas policiais e o
pagamento destas com recurso legalmente destinado à educação infantil
cometerá o crime de peculato.

D) Se forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção
ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder
público, os autores de crimes contra a administração pública terão direito
a redução de suas penas.
E) A circunstância de funcionário público é comunicável a particular que
cometa o crime sabendo dessa condição especial do funcionário.
41) (2016 – MPE - Prova: Promotor de Justiça – Matutina) No crime
de excesso de exação, previsto no art. 316, § 1°, do Código Penal,
quando o funcionário emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso
para exigir o tributo ou contribuição social devida, não se admite a
modalidade culposa.
42) (2016 - Prefeitura do Rio de Janeiro ) Dar às verbas públicas
aplicação diversa da estabelecida em lei é conduta que
corresponde ao seguinte tipo penal:
A) emprego irregular de verbas ou rendas públicas
B) exercício funcional ilegalmente prolongado
C) concussão
D) corrupção passiva

43) (2016 - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ) Se o funcionário
público se apropria de bem móvel público de que tem a posse em
razão do cargo, acaba por praticar o seguinte crime:
A) extravio
B) concussão
C) patrocínio
D) peculato
44) (2016 - Prefeitura do Rio de Janeiro) Dar às verbas ou rendas
públicas aplicação diversa da estabelecida em lei configura o
seguinte crime:
A) excesso de exação
B) emprego irregular de verbas
C) estelionato
D) cooptação
45) (2016 – FGV - MPE-RJ - Técnico do Ministério Público –
Administrativa) Caio ocupa cargo em comissão em órgão da
administração direta, tendo se apoderado, indevidamente e em
proveito próprio, de um laptop pertencente ao órgão por ele
dirigido e do qual tinha a posse em razão do cargo. Diante do fato
narrado, Caio deverá responder por:
A) crime comum, mas não próprio, já que não pode ser considerado
funcionário público;

B) peculato-furto, com o aumento de pena em razão do cargo
comissionado ocupado;
C) peculato apropriação, com o aumento de pena em razão do cargo
D) peculato apropriação, com direito à extinção da punibilidade se
devolvida a coisa ou reparado o dano antes do recebimento da denúncia;
E) peculato-furto, com a redução da pena pela metade se devolvida a
coisa antes do recebimento da denúncia.
46) (2016 – FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área
Administrativa) A respeito dos Crimes contra a Administração
pública, é INCORRETO afirmar que
A) o particular pode ser coautor do crime de concussão.
B) comete o crime de excesso de exação o funcionário que emprega meio
vexatório na cobrança de tributo.
C) o crime de prevaricação exige o intuito do agente de satisfazer
interesse ou sentimento pessoal.
D) comete crime de corrupção passiva quem oferece dinheiro a
funcionário público para determiná-lo a retardar ato de ofício.
E) o ato de desferir um tapa no rosto de funcionário público, em razão da
sua função, sem causar lesão, pode caracterizar o crime de desacato.
47) (2016 – FCC - TRF - 3ª REGIÃO) É punível na forma culposa o
delito de

A) abandono de função.
B) peculato.
C) violação de sigilo funcional.
D) prevaricação.
E) concussão.
48) (2016 - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ – administrador)
Solicitar para si, indiretamente, ainda que antes de assumir a
função, mas em razão dela, vantagem indevida, configura o crime
de:
A) concussão
B) corrupção passiva
C) estelionato
D) furto
49) (2006 - ESAF - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) O
funcionário que, sabendo devida a contribuição social, emprega na
cobrança meio gravoso que a lei não autoriza, pratica crime de:
B) prevaricação.
C) advocacia administrativa.
D) excesso de exação.
E) corrupção ativa.

50) (2016 – CESGRANRIO – ANP - Técnico em Regulação de
Petróleo e Derivados - Especialidade Geral) Um servidor público,
por força de necessidades decorrentes de dívidas surgidas no
curso da sua vida, realiza serviços esporádicos fora do serviço. Em
determinado momento, utilizando sua condição de servidor, passa
a patrocinar, na sua repartição, interesses privados de pessoas
com pleitos a defender. Nos termos do Código Penal, o crime
tipificado é o de
A) Excesso de exação
B) Advocacia administrativa
C) Exercício ilegal de função
D) Violação de sigilo
E) Abandono de função
51) (2016 - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ - Agente de
Administração) Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade
de funcionário, corresponde ao seguinte tipo legal:
A) peculato
B) advocacia administrativa
C) prevaricação

52) (2016 – CESPE - PC-PE - Escrivão de Polícia) Cabe prisão
temporária de acusado pela prática de crimes de
A) resistência e cárcere privado.
B) tráfico internacional de pessoa para fins de exploração sexual e
homicídio qualificado.
C) quadrilha ou bando e contra o sistema financeiro.
D) roubo e concussão.
E) extorsão e corrupção passiva.
53) (2015 – FGV - TJ-PI - Analista Judiciário - Analista Judicial) O
crime que admite a decretação de prisão temporária, quando
observados os demais requisitos legais, é:
A) homicídio privilegiado;
B) epidemia culposa;
C) adulteração de substância medicinal;
D) envenenamento de substância alimentícia;
E) tortura.
54) (2015 – CESPE – AGU - Advogado da União) Com referência a
prisão, julgue o item subsequente.
A prisão temporária somente poderá ser decretada em situações
excepcionais, quando for imprescindível para a realização de diligências
investigatórias ou para a obtenção de provas durante o processo judicial.

55) (2015 – CESPE – DPU - Defensor Público Federal de Segunda
Categoria) Em relação a coisa julgada, prova criminal e restituição
de bens, medidas assecuratórias e cautelares no direito
processual penal, julgue o item subsequente.
Na hipótese de uma investigação policial pelo crime de latrocínio, a prisão
temporária poderá ser decretada pelo prazo de trinta dias, prorrogáveis
por igual período, sem prejuízo da possibilidade de decretação da prisão
preventiva. Nesse caso, o inquérito deverá ser concluído no prazo, sob
pena de constrangimento ilegal.
56) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Rodolfo é acusado
da prática de crime contra o sistema financeiro e, para as investigações,
se considerou imprescindível a custódia do mesmo. Nessa situação, a
autoridade policial estará legitimada a representar pela decretação da
prisão temporária.
57) (CESPE - 2013 - Polícia Federal - Escrivão da Polícia Federal)
Admite-se a prisão preventiva para todos os crimes em que é prevista
prisão temporária, sendo esta realizada com o objetivo específico de
tutelar a investigação policial.
58) (Juiz – TJ-CE – 2012 – CESPE) Assinale a opção correta no que
concerne à prisão temporária.

A) Caberá prisão temporária quando houver fundadas razões, com base
em qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou
participação do indiciado nos crimes de homicídio doloso ou culposo, entre
outros.
B) Está prevista, no procedimento da prisão temporária, a possibilidade
de o juiz determinar que o preso lhe seja apresentado e que seja
submetido a exame de corpo de delito.
C) A prisão temporária, para a qual está previsto o prazo improrrogável
de cinco dias, será decretada pelo juiz em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do MP.
D) Os presos sujeitos a esse tipo de prisão não são obrigados a
permanecer separados dos demais detentos.
E) Não se aplica à prisão temporária o entendimento jurisprudencial do
STJ segundo o qual a mera gravidade do crime imputado à pessoa não é
fundamento suficiente para justificar a sua segregação, antes de a
decisão condenatória transitar em julgado.
59) (Delegado – PC-PB – 2009 – CESPE) Considerando a lei que
regulamenta a prisão temporária, assinale a opção correta.
A) Pode ser decretada a prisão temporária em qualquer fase do IP ou da
ação penal.
B) A prisão temporária pode ser decretada por intermédio de
representação da autoridade policial ou do membro do MP, assim como
ser decretada de ofício pelo juiz competente.

C) O prazo da prisão temporária, que em regra é de 5 dias, prorrogáveis
por igual período, é fatal e peremptório, de modo que, esgotado, o preso
deve ser imediatamente posto em liberdade, não podendo ser a prisão
convertida em preventiva.
D) Quando a prisão temporária for requerida pela autoridade policial, por
intermédio de representação, não haverá necessidade de prévia oitiva do
MP, devendo o juiz decidir o pedido formulado no prazo máximo de 24
horas.
E) Não cabe prisão temporária nas contravenções nem em crimes
culposos.
60) (CESPE – 2013 – DP) Considere a seguinte situação
hipotética. Evandro é acusado de prática de homicídio doloso simples
contra a própria esposa. Nessa situação, recebida a denúncia pelo juiz
competente, é cabível a decretação da prisão temporária de Evandro, com
prazo de 30 dias, prorrogável por igual período, haja vista tratar-se de
crime hediondo.

Questões comentadas
Crimes praticados por funcionário público contra a
administração em geral.
abaixo.
O detentor de cargo em comissão não é equiparado a funcionário público
para fins penais.
Comentários:
Segundo o art. 327 do CP, “considera-se funcionário público, para os
efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração,
exerce cargo, emprego ou função pública”. Dessa forma, o detentor
de cargo em comissão é equiparado a funcionário público para fins
penais.
Gabarito: E.
abaixo.

A exigência, por funcionário público no exercício da função, de vantagem
indevida, configura crime de corrupção ativa.
Comentários:
Trata-se do crime de concussão (art. art. 316 do CP):
“exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida”.
Gabarito: E.
abaixo.
Caso os autores de crime contra a administração pública sejam ocupantes
de função de direção de órgão da administração direta, as penas a eles
impostas serão aumentadas em um terço.
Comentários:
Isso mesmo! Nos termos do art. 327, § 2º, do CP, a pena será
aumentada de um terço quando o responsável pelo crime for ocupante
de cargo em comissão ou de função de direção ou assessoramento de
órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa
pública ou fundação instituída pelo poder público.
Gabarito: C.

abaixo.
Tratando-se de crime de peculato culposo, a reparação do dano após o
trânsito em julgado de sentença penal condenatória ocasiona a extinção
da punibilidade do autor.
Comentários:
Segundo a norma, a reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de
metade a pena imposta.
Gabarito: E.
abaixo.
Não configura crime o fato de o funcionário deixar de praticar ato de ofício
a pedido de outrem se, com isso, ele não obtiver vantagem patrimonial.
Comentários:
Configura sim! Trata-se do crime de prevaricação: “art. 319. Retardar
ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra

disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal.”
Gabarito: E.
06) (2015 - CESPE - TCE-RN - Assessor Técnico Jurídico - Cargo)
Acerca dos delitos previstos na parte especial do Código Penal e
na legislação extravagante, julgue o item que se segue.
No peculato culposo, a reparação do dano antes do recebimento da
denúncia incorre em extinção da punibilidade, ao passo que a reparação
realizada entre o recebimento da denúncia e o trânsito em julgado da
sentença condenatória possibilita a aplicação de causa de diminuição de
pena.
Comentários:
Segundo a norma, a reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de
metade a pena imposta.
Gabarito: E.
A conduta de apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-las em
proveito próprio ou alheio, tipificada na lei que regula os crimes de

responsabilidade dos prefeitos, é crime próprio, o qual somente pode ser
praticado por prefeito, admitindo-se, contudo, conforme o STF,
participação.
Comentários:
Isso mesmo! O crime do art. 1º, I, do Decreto-Lei 201/1967 é próprio,
somente podendo ser praticado por prefeito, admitida, porém, a
participação, nos termos do art. 29 do Código Penal.
“Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal,
sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, independentemente do
pronunciamento da Câmara dos Vereadores: I - apropriar-se de
bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou
alheio.”
Gabarito: C.
Segundo o entendimento do STJ, é desnecessária a constituição definitiva
do crédito tributário por processo administrativo-fiscal para a
configuração do crime de descaminho.
Comentários:
Vejamos um julgado do STJ sobre o assunto!

1. “A consumação do delito de descaminho e a posterior abertura
de processo-crime não estão a depender da constituição
administrativa do débito fiscal. Primeiro, porque o delito de
descaminho é rigorosamente formal, de modo a prescindir da ocorrência
do resultado naturalístico. Segundo, porque a conduta materializadora
desse crime é ‘iludir’ o Estado quanto ao pagamento do imposto devido
pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria. E iludir não
significa outra coisa senão fraudar, burlar, escamotear” (HC 99.740,
Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 1º.02.11). No
mesmo sentido: HC 120.783, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa
Weber, DJe de 11.04.14.
Gabarito: C.
09) (2015 - CESPE - AGU - Advogado da União) João, empregado
de uma empresa terceirizada que presta serviço de vigilância a
órgão da administração pública direta, subtraiu aparelho celular
de propriedade de José, servidor público que trabalha nesse
órgão. A respeito dessa situação hipotética, julgue o item que se
segue.
O ato praticado por João configura crime de peculato-furto, em que o
sujeito passivo imediato é José e o sujeito passivo mediato é a
administração pública.
Comentários:

Pessoal, trata-se de crime contra o patrimônio (furto), pois para ser
peculato, o bem subtraído precisava ser do órgão público, ou sendo
particular, deveria estar sob a custódia da Administração Pública.
Gabarito: E.
(2015 – FAURGS - TJ-RS - Outorga de Delegação de Serviços
Notoriais e Registrais) Sobre os crimes praticados por
funcionários públicos, julgue os itens abaixo.
10) O peculato, em qualquer uma de suas modalidades, é considerado
como crime próprio, razão pela qual não se admite a ocorrência de
coautoria ou participação envolvendo particulares.
Comentários:
Apesar de ser crime próprio, pode ter coautoria ou participação, mas isso
só poderá ocorrer se o particular souber a qualidade de funcionário
público. Essa qualidade é do agente que cometeu o crime.
Gabarito: E.
11) O crime de concussão, de natureza puramente formal, prescinde da
obtenção de qualquer vantagem indevida para sua consumação.
Comentários:

Isso mesmo, e já reforçado pelo STF e pelo STJ!
"Crime de concussão: é crime formal, que se consuma com a exigência.
Irrelevância do não recebimento da vantagem indevida (STF, HC
74009/MS)". “Crime de concussão: trata-se a concussão de delito formal,
que se consuma com a realização da exigência, independentemente da
obtenção da vantagem indevida (STJ, HC 266460)”.
Gabarito: C.
(2015 – CESPE – TCU - Procurador do Ministério Público) Ainda
com relação aos crimes praticados contra a administração pública,
julgue os itens.
12) O crime de abandono de função é comissivo por omissão.
Comentários:
Trata-se de crime omissivo próprio, pois o tipo penal descreve uma
conduta omissiva. Consuma-se com o abandono do cargo por tempo
juridicamente relevante, capaz de criar uma situação de perigo à
Administração Pública.
Gabarito: E.
13) Será automática a perda do cargo, se o crime funcional praticado
com abuso de poder ou violação de dever para com a administração

pública resultar em condenação a pena privativa de liberdade superior a
quatro anos.
Comentários:
O parágrafo único do art. 92 do CP, deixa evidente que os efeitos não
são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença!
“Art. 92 - São também efeitos da condenação:(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo
igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de
poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por
tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou
curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos
contra filho, tutelado ou curatelado;
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como
meio para a prática de crime doloso.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são
automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença.”
Gabarito: E.

14) A falsa apresentação de particular na qualidade de funcionário
público configura o crime de usurpação de função pública, na sua
modalidade simples.
Comentários:
Não. Temos uma contravenção penal! A usurpação de função pública
acontece quando uma pessoa atribui a si a qualidade de certo funcionário
público, exercendo alguma conduta típica deste. Caso intitula-se
funcionário público, sem atuar como um funcionário se enquadrará nas
contravenções penais.
“Art. 45. Fingir-se funcionário público:
Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa, de
quinhentos mil réis a três contos de réis.”
Gabarito: E.
15) Para a caracterização do crime de emprego irregular de verba ou
renda pública, não há que se fazer presente o lucro ou proveito próprio ou
de terceiro; esse crime será caracterizado ainda que não haja lucro ou
proveito próprio ou de terceiro.
Comentários:
Isso mesmo! O crime é material, consuma-se com a efetiva aplicação das
verbas ou rendas públicas em finalidade diversa da legalmente prevista. É
irrelevante, todavia, a efetiva comprovação de prejuízo aos interesses da

Administração Pública, o qual se presume como efeito da violação do
princípio da legalidade.
Gabarito: C.
16) O crime de corrupção ativa consiste no ato de exigir para si, ou para
outrem, vantagem indevida em razão do cargo e configura crime de mera
conduta.
Comentários:
Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida,
é crime de concussão.
Gabarito: E.
seguir.
A pessoa que exerça temporariamente cargo público, mesmo sem
remuneração, poderá ser enquadrada em crime de advocacia
administrativa.
Comentários:

Isso mesmo! Segundo o art. 327 do CP, considera-se funcionário público,
para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem
remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
Gabarito: C.
seguir.
Incorre em crime de peculato o servidor público que, embora não tendo
posse de determinado bem, concorra para sua subtração, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade proporcionada pelo cargo que
ocupe.
Comentários:
Questão tranquila! Trata-se do § 1º do art. 312 do CP!
“Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a
posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou
alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público,
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o
subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito

próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário.”
Gabarito: C.
seguir.
Cometerá crime de prevaricação o servidor público que deixar de
responsabilizar, por clemência, o seu subordinado que tenha cometido
infração no exercício do cargo.
Comentários:
Neste caso, teremos o crime de condescendência criminosa, pois o
art. 320 do CP menciona que deixar o funcionário, por indulgência, de
responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo
ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da
autoridade competente, estará cometendo esse crime. Já a prevaricação
está tipificada no art. 319 do CP. Para cometer este crime, o agente tem
que retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal.
Gabarito: E.

Considere que Eduardo, em proveito alheio, tenha desviado material do
almoxarifado de um estabelecimento penal do Distrito Federal,
exclusivamente em razão de sua condição funcional, que lhe permitia
contar com a total confiança de seus superiores, dos demais funcionários
e dos vigilantes, além de ter livre acesso ao referido setor. Nessa
hipótese, Eduardo praticou o delito de concussão.
Comentários:
Negativo pessoal, trata-se de peculato-desvio. A segunda parte do art.
312 prevê o peculato-desvio. Nesse caso o agente não atua no sentido de
inverter a posse da coisa, agindo como se fosse o dono, mas sim desvia o
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, em proveito próprio ou
alheio.
Gabarito: E.
O indivíduo que iluda, em parte, o pagamento de imposto devido pela
entrada de mercadoria no país pratica o delito de descaminho.

Comentários:
No descaminho o núcleo do tipo é iludir, ou seja, enganar, ludibriar,
frustrar o pagamento de tributo devido pela entrada ou saída de
mercadoria do território nacional.
Gabarito: C.
22) (CESPE - 2013 - TCE-RO - Auditor de Controle Externo -
Direito) Com base nas normas de direito penal vigentes, julgue os
próximos itens.
A diferença básica entre os crimes de corrupção passiva e de corrupção
ativa diz respeito à qualidade do sujeito ativo: no de corrupção passiva, é
o funcionário público; no de corrupção ativa, o particular.
Comentários:
O crime de corrupção passiva é crime próprio, isto é, só pode incorrer
nessa figura típica o funcionário público, ou qualquer outra pessoa, em
participação. Já o crime de corrupção ativa é crime comum, pode ser
cometido por qualquer pessoa, até mesmo por funcionário público, que
nesse caso não age em razão da sua função, ou seja, a qualidade de
funcionário público não influencia o cometimento do crime.
Gabarito: C.

que se refere aos crimes contra a administração pública, assinale
a opção correta.
Configura crime de corrupção ativa o ato de o particular dar vantagem
indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício.
Comentários:
Pessoal, fiquem atentos ao tipo penal, ok? Pois para caracterizar o delito é
necessário que o agente "ofereça ou prometa."
Gabarito: E.
item em C ou E.
Em se tratando de crime de falso testemunho, o fato deixa de ser punível
caso, antes do trânsito em julgado da sentença, a testemunha se retrate
ou declare a verdade para o juiz da causa.
Comentários:
Muito cuidado, trânsito em julgado não, sentença! Vejamos:
"Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo

judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:
(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
[...]
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo
em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade."
Gabarito: E.
item em C ou E.
O crime de corrupção passiva ocorre quando o funcionário público exige,
para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.
Comentários:
Olha o verbo "exigir". Trata-se do crime de concussão!
Gabarito: E.
item em C ou E.

Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função
em entidade paraestatal, bem como quem trabalha para empresa
prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de
atividade típica da administração pública.
Comentários:
Isso mesmo!
"art. 327 (...)§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem
exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e
quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada
ou conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)."
Gabarito: C.
item em C ou E.
É requisito indispensável para a configuração do crime de peculato a
circunstância de o funcionário público ter a posse do dinheiro, valor ou
bem.
Comentários:
Não necessariamente! “Ou desviá-lo”. Vejamos:

"Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio: pena - reclusão, de dois a doze
anos, e multa”.
Gabarito: E.
28) (CESPE - 2006 - OAB - Exame de Ordem) Considerando os
crimes contra a administração pública, julgue o item em C ou E.
O agente que, valendo-se das atribuições de um assessor de funcionário
público, lhe promete ou oferece vantagem indevida, para determiná-lo a
praticar, omitir ou retardar ato de ofício, comete crime de corrupção
ativa.
Comentários:
Conforme art. 333, oferecer ou prometer vantagem indevida a
funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato
de ofício.
Gabarito: C.
Judiciária - Execução de Mandados) Caio é Analista Judiciário,

exercício de suas funções, de posse de mandado judicial, exigiu do
executado Cadmo a quantia de R$ 1.000,00 para retardar a
penhora de seu veículo. Nesse caso, Caio cometeu crime de
A) excesso de exação.
B) corrupção passiva.
C) peculato.
D) concussão.
E) prevaricação.
Comentários:
Fiquem atentos no verbo. Veja que o servidor “exigiu”, o que configura o
crime de concussão.
Gabarito: D.
30) (2016 – UFMT - DPE-MT - Defensor Público) Assinale o delito
que admite a modalidade culposa.
A) Corrupção passiva
B) Peculato
C) Concussão
D) Corrupção ativa
E) Prevaricação
Comentários:

Não esqueçam que o único crime, que admite a forma culposa é o
peculato. Isso, falando em crimes contra a Administração.
Gabarito: B.
Judiciária - Execução de Mandados) Tício é Analista Judiciário,
exercício de suas funções, no cumprimento de mandado judicial,
efetuou a remoção de dois televisores penhorados em uma
execução. No caminho para o local onde os aparelhos ficariam
depositados, trocou um dos televisores por outro de menor valor e
se apropriou daquele que havia sido penhorado. Nesse caso, Tício
cometeu crime de
B) prevaricação.
C) excesso de exação.
D) concussão.
E) peculato.
Comentários:
Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro
bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo,
ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio, estará cometendo o crime de
peculato.

Gabarito: E.
32) (Promotor – MP-PI – 2012 – CESPE) julgue o item com base
no que dispõe o CP.
O funcionário público que, por imprudência, deixar aberta a porta do setor
em que trabalha, facilitando, assim, a entrada de terceiros que furtem
bens da administração pública, deverá responder pelo crime de peculato-
furto, pois, consoante o CP, terá concorrido de qualquer forma para o
crime.
Comentários:
Não, trata-se do crime de peculato culposo (§ 2º do art. 312): “se o
funcionário concorre culposamente para o crime de outrem”.
Gabarito: E.
33) (Advogado – AGU – 2012 – CESPE) Julgue os itens
subsecutivos, a respeito dos efeitos da condenação criminal e de
crimes contra a administração pública.
O tipo penal denominado peculato-desvio constitui delito
plurissubsistente, podendo a conduta a ele associada ser fracionada em
vários atos, coincidindo o momento consumativo desse delito com a

efetiva destinação diversa do dinheiro ou valor sob a posse do agente,
desde que haja obtenção material do proveito próprio ou alheio.
Comentários:
O peculato desvio ocorre quando o funcionário público dá ao objeto
material uma aplicação diversa daquela que lhe foi determinada, em
benefício próprio ou de terceiro. O crime resta consumado no momento
em que o funcionário público dá ao bem destinação diversa da
determinada, sem a necessidade de proveito próprio ou alheio.
Gabarito: E.
34) (Analista – TJ-ES – 2011 – CESPE) Julgue os itens abaixo.
Se A, funcionário público, na companhia de B, que sabe da qualidade
funcional de A, retardar ato de seu ofício, infringindo dever funcional, a
pedido de terceiro, ambos responderão por prevaricação.
Comentários:
Aqui temos as diferenças entre os crimes de corrupção passiva
privilegiada e prevaricação. No crime de prevaricação, o agente retarda
ato de ofício com o objetivo de satisfazer interesse ou sentimento
pessoal. No crime de corrupção passiva privilegiada, o agente retarda ato
de ofício cedendo a pedido ou influência de terceira pessoa, que não
engloba o próprio interessado na prática do ato.
Gabarito: E.

35) (Advogado – CEHAP – 2009 – CESPE) Joaquim, servidor
público, desviou para a reforma da repartição pública em que
trabalha determinada quantia de que dispunha em razão de seu
cargo e que estava regularmente destinada à construção de
escolas no município. Na situação hipotética acima descrita, trata-
se de
A) crime de peculato, independentemente de Joaquim ter-se apropriado
da quantia para proveito próprio ou não.
B) crime de apropriação indébita, independentemente de Joaquim ser ou
não servidor público.
C) crime de emprego irregular de verbas públicas, já que o desvio da
quantia ocorreu em proveito da administração.
D) crime de prevaricação, posto que Joaquim agiu para satisfazer
sentimento pessoal.
Comentários:
O crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas está tipificado
no art. 315 do CP:
“dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida
em lei”.
Fiquem atentos, pois as bancas cobram bem este crime.
Gabarito: C.

36) (Advogado – AGU – 2009 – CESPE) Julgue os itens abaixo.
Segundo entendimento do STJ em relação ao crime de peculato, configura
bis in idem a aplicação da circunstância agravante de ter o crime sido
praticado com violação de dever inerente a cargo.
Comentários:
As agravantes no caso de concurso de pessoas previstas no art. 62, CP,
só devem ser admitidas quando elas não constituem ou qualificam o
crime. O entendimento é da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça,
que reconheceu a prescrição da pena aplicada a um juiz de Angra dos
Reis (RJ), condenado pelo crime de peculato, abuso de poder ou violação
de dever e promoção ou organização em crime.
Gabarito: C.
pública.
No peculato doloso, se o sujeito ativo do delito repara o dano antes da
sentença penal definitiva, fica extinta a sua punibilidade.
Comentários:
No caso do peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a
pena imposta.

Gabarito: E.
pública.
No peculato culposo, se o sujeito ativo do delito repara o dano após a
sentença penal definitiva, sua pena será reduzida de metade.
Comentários:
Isso mesmo! No caso do peculato culposo, a reparação do dano, se
precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é
posterior, reduz de metade a pena imposta.
Gabarito: C.
pública.
Considere que um funcionário público competente para tanto empregue,
na cobrança de contribuição social devida, meio vexatório, não autorizado
pela lei. Nessa situação, o funcionário
pratica crime de concussão.
Comentários:

Trata-se do crime de excesso de exação que ocorre quando o funcionário
exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido,
ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que
a lei não autoriza.
Gabarito: E.
40) (2016 – CESPE - PC-PE - Agente de Polícia) Assinale a opção
correta com relação a crimes contra a administração pública.
A) Policial que exigir propina para liberar a passagem de pessoas por uma
estrada cometerá corrupção passiva.
B) O agente penitenciário que não recolher aparelhos celulares de
pessoas em privação de liberdade cometerá crime de condescendência
criminosa.
C) Um governador que ordenar a aquisição de viaturas policiais e o
pagamento destas com recurso legalmente destinado à educação infantil
cometerá o crime de peculato.
D) Se forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção
ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder
público, os autores de crimes contra a administração pública terão direito
a redução de suas penas.
E) A circunstância de funcionário público é comunicável a particular que
cometa o crime sabendo dessa condição especial do funcionário.

Comentários:
Para efeitos penais, a circunstância de o autor ser funcionário público se
comunica ao particular que concorreu para a prática do delito, que
também responderá pelo crime, por exemplo, do artigo 312 do Código
Penal. Entretanto, o particular tem que saber da condição especial do
funcionário.
Gabarito: E.
41) (2016 – MPE - Prova: Promotor de Justiça – Matutina) No crime
de excesso de exação, previsto no art. 316, § 1°, do Código Penal,
quando o funcionário emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso
para exigir o tributo ou contribuição social devida, não se admite a
modalidade culposa.
Comentários:
Isso mesmo, só se admite a forma culposa no crime de peculato.
Gabarito: C.
42) (2016 - Prefeitura do Rio de Janeiro ) Dar às verbas públicas
aplicação diversa da estabelecida em lei é conduta que
corresponde ao seguinte tipo penal:
A) emprego irregular de verbas ou rendas públicas
B) exercício funcional ilegalmente prolongado
C) concussão

Comentários:
no art. 315 do CP:
em lei”.
Gabarito: A.
43) (2016 - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ) Se o funcionário
público se apropria de bem móvel público de que tem a posse em
razão do cargo, acaba por praticar o seguinte crime:
A) extravio
B) concussão
C) patrocínio
D) peculato
Comentários:
Bem tranquila essa! Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse
em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio, estará
cometendo o crime de peculato.
Gabarito: D.

44) (2016 - Prefeitura do Rio de Janeiro) Dar às verbas ou rendas
públicas aplicação diversa da estabelecida em lei configura o
seguinte crime:
A) excesso de exação
B) emprego irregular de verbas
C) estelionato
D) cooptação
Comentários:
no art. 315 do CP:
em lei”.
Gabarito: B.
45) (2016 – FGV - MPE-RJ - Técnico do Ministério Público –
Administrativa) Caio ocupa cargo em comissão em órgão da
administração direta, tendo se apoderado, indevidamente e em
proveito próprio, de um laptop pertencente ao órgão por ele
dirigido e do qual tinha a posse em razão do cargo. Diante do fato
narrado, Caio deverá responder por:
A) crime comum, mas não próprio, já que não pode ser considerado
funcionário público;
B) peculato-furto, com o aumento de pena em razão do cargo

C) peculato apropriação, com o aumento de pena em razão do cargo
D) peculato apropriação, com direito à extinção da punibilidade se
devolvida a coisa ou reparado o dano antes do recebimento da denúncia;
E) peculato-furto, com a redução da pena pela metade se devolvida a
coisa antes do recebimento da denúncia.
Comentários:
O crime de peculato ocorre quando o funcionário público apropriar-se de
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
que tem a posse em razão do cargo (peculato-apropriação), ou desviá-lo
(peculato desvio), em proveito próprio ou alheio. Já o peculato-furto
aplica-se àquele que, mesmo não tendo a posse do dinheiro, valor ou
bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio
ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário. Fiquem atentos, pois no peculato-furto o agente não tem a
posse da coisa.
Gabarito: C.
46) (2016 – FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área
Administrativa) A respeito dos Crimes contra a Administração
pública, é INCORRETO afirmar que
A) o particular pode ser coautor do crime de concussão.

B) comete o crime de excesso de exação o funcionário que emprega meio
vexatório na cobrança de tributo.
C) o crime de prevaricação exige o intuito do agente de satisfazer
interesse ou sentimento pessoal.
D) comete crime de corrupção passiva quem oferece dinheiro a
funcionário público para determiná-lo a retardar ato de ofício.
E) o ato de desferir um tapa no rosto de funcionário público, em razão da
sua função, sem causar lesão, pode caracterizar o crime de desacato.
Comentários:
Cuidado aqui, pois se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda
ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou
influência de outrem, estará cometendo a corrupção passiva
privilegiada. Entretanto, quem oferece, neste caso, comete o crime de
corrupção ativa. As demais estão corretas, e a leitura é importante para
uma pequena revisão.
Gabarito: D.
47) (2016 – FCC - TRF - 3ª REGIÃO) É punível na forma culposa o
delito de
A) abandono de função.
B) peculato.
C) violação de sigilo funcional.
D) prevaricação.

E) concussão.
Comentários:
Esta, agora, está muito fácil. Forma culposa, somente no peculato.
Gabarito: B.
48) (2016 - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ – administrador)
Solicitar para si, indiretamente, ainda que antes de assumir a
função, mas em razão dela, vantagem indevida, configura o crime
de:
A) concussão
B) corrupção passiva
C) estelionato
D) furto
Comentários:
Trata-se do crime de corrupção passiva, tipificado no art. 317: “solicitar
ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”.
Gabarito: B.
49) (2006 - ESAF - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) O
funcionário que, sabendo devida a contribuição social, emprega na
cobrança meio gravoso que a lei não autoriza, pratica crime de:

B) prevaricação.
C) advocacia administrativa.
D) excesso de exação.
E) corrupção ativa.
Comentários:
Trata-se do crime de excesso de exação, tipificado no § 1º do art. 312 do
CP: “se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou
deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza”.
Gabarito: D.
50) (2016 – CESGRANRIO – ANP - Técnico em Regulação de
Petróleo e Derivados - Especialidade Geral) Um servidor público,
por força de necessidades decorrentes de dívidas surgidas no
curso da sua vida, realiza serviços esporádicos fora do serviço. Em
determinado momento, utilizando sua condição de servidor, passa
a patrocinar, na sua repartição, interesses privados de pessoas
com pleitos a defender. Nos termos do Código Penal, o crime
tipificado é o de
A) Excesso de exação
B) Advocacia administrativa
C) Exercício ilegal de função

D) Violação de sigilo
E) Abandono de função
Comentários:
Trata-se do crime de advocacia administrativa, tipificado no art. 321 do
CP:
“patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário”.
Gabarito: B.
51) (2016 - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ - Agente de
Administração) Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade
de funcionário, corresponde ao seguinte tipo legal:
A) peculato
B) advocacia administrativa
C) prevaricação
Comentários:
Trata-se do crime de advocacia administrativa, tipificado no art. 321 do
CP:
“patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário”.

Gabarito: B.
Prisão Temporária (Lei nº 7.960/89).
52) (2016 – CESPE - PC-PE - Escrivão de Polícia) Cabe prisão
temporária de acusado pela prática de crimes de
A) resistência e cárcere privado.
B) tráfico internacional de pessoa para fins de exploração sexual e
homicídio qualificado.
C) quadrilha ou bando e contra o sistema financeiro.
D) roubo e concussão.
E) extorsão e corrupção passiva.
Comentários:
Caberá prisão temporária:
 quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
 quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
 quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova
admitida na legislação penal, de autoria ou participação do
indiciado nos seguintes crimes:
 homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);

 sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1°
e 2°);
 roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
 extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
 extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§
1°, 2° e 3°);
 estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223,
caput, e parágrafo único);
 atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua
combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
 rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223
 epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
 envenenamento de água potável ou substância alimentícia
ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput,
combinado com art. 285);
 quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
 genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de
outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
 tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de
outubro de 1976);
 crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de
junho de 1986);

 crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei
nº 13.260, de 2016)
Pessoal, aqui temos novidades! Com a publicação da Lei 13.260/16, agora
cabe prisão temporária para os "crimes de terrorismo".
Outra coisa, segundo o STJ, “uma vez ofertada a denúncia, mostra-se
desnecessária a prisão temporária, pois visa resguardar a integridade das
investigações, já encerrada.”
Gabarito: C.
53) (2015 – FGV - TJ-PI - Analista Judiciário - Analista Judicial) O
crime que admite a decretação de prisão temporária, quando
observados os demais requisitos legais, é:
A) homicídio privilegiado;
B) epidemia culposa;
C) adulteração de substância medicinal;
D) envenenamento de substância alimentícia;
E) tortura.
Comentários:
Vejamos, novamente, o rol:
e 2°);

1°, 2° e 3°);
outubro de 1976);
junho de 1986);
 crimes previstos na Lei de Terrorismo.
Gabarito: D.
54) (2015 – CESPE – AGU - Advogado da União) Com referência a
prisão, julgue o item subsequente.

A prisão temporária somente poderá ser decretada em situações
excepcionais, quando for imprescindível para a realização de diligências
investigatórias ou para a obtenção de provas durante o processo judicial.
Comentários:
Caberá prisão temporária:
 quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
 quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
 quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova
admitida na legislação penal, de autoria ou participação do
indiciado nos seguintes crimes:
e 2°);
1°, 2° e 3°);

outubro de 1976);
junho de 1986);
 crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei
nº 13.260, de 2016)
Pessoal, aqui temos novidades! Com a publicação da Lei 13.260/16, agora
cabe prisão temporária para os "crimes de terrorismo".
Outra coisa, segundo o STJ, “uma vez ofertada a denúncia, mostra-se
desnecessária a prisão temporária, pois visa resguardar a integridade das
investigações, já encerrada.”
Gabarito: E.
55) (2015 – CESPE – DPU - Defensor Público Federal de Segunda
Categoria) Em relação a coisa julgada, prova criminal e restituição

de bens, medidas assecuratórias e cautelares no direito
processual penal, julgue o item subsequente.
Na hipótese de uma investigação policial pelo crime de latrocínio, a prisão
temporária poderá ser decretada pelo prazo de trinta dias, prorrogáveis
por igual período, sem prejuízo da possibilidade de decretação da prisão
preventiva. Nesse caso, o inquérito deverá ser concluído no prazo, sob
pena de constrangimento ilegal.
Comentários:
Segundo a norma são considerados hediondos alguns crimes tipificados
no Código Penal, consumados ou tentados, sendo que um deles é o
latrocínio. Dessa forma, os crimes hediondos, a prática da tortura, o
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são
insuscetíveis de prisão temporária, assim, o latrocínio terá o prazo de 30
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
Gabarito: C.
56) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Rodolfo é acusado
da prática de crime contra o sistema financeiro e, para as investigações,
se considerou imprescindível a custódia do mesmo. Nessa situação, a
autoridade policial estará legitimada a representar pela decretação da
prisão temporária.

Comentários:
A autoridade policial pode representar pela decretação da prisão
temporária pois essa só pode ser decretada na fase investigatória, ou seja
no curso do inquérito policial. A outra hipótese é o requerimento do MP ao
juiz pela decretação da prisão temporária, não podendo também ser
decretada de ofício pelo juiz como ocorre na prisão preventiva. Vale
ressaltar que, existe um rol taxativo de crimes que pode ser decretada a
prisão temporária e estão previstos no art.1º, III da Lei nº7.960/89 e
devendo existir pelo menos uma das hipóteses prevista nos incisos I e II
do referido artigo da lei que são: ser imprescindível para as investigações
do IP e o indiciado não ter residência fixa ou não fornecer elementos
necessários ao esclarecimento da sua identidade.
Gabarito: C.
57) (CESPE - 2013 - Polícia Federal - Escrivão da Polícia Federal)
Admite-se a prisão preventiva para todos os crimes em que é prevista
prisão temporária, sendo esta realizada com o objetivo específico de
tutelar a investigação policial.
Comentários:
Isso mesmo policial, para todo crime que é prevista a prisão temporária
pode ser decretada a prisão preventiva. Talvez a sua maior dúvida seria
no antigo crime de quadrilha ou bando, que hoje tem a denominação de
associação criminosa mas que não possui a sua pena privativa de

liberdade máxima superior a 4 anos, porém vejamos que se o agente for
reincidente em crime doloso, caberá assim também a decretação da
prisão preventiva.
Gabarito: C.
58) (Juiz – TJ-CE – 2012 – CESPE) Assinale a opção correta no que
concerne à prisão temporária.
A) Caberá prisão temporária quando houver fundadas razões, com base
em qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou
participação do indiciado nos crimes de homicídio doloso ou culposo, entre
outros.
B) Está prevista, no procedimento da prisão temporária, a possibilidade
de o juiz determinar que o preso lhe seja apresentado e que seja
submetido a exame de corpo de delito.
C) A prisão temporária, para a qual está previsto o prazo improrrogável
de cinco dias, será decretada pelo juiz em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do MP.
D) Os presos sujeitos a esse tipo de prisão não são obrigados a
permanecer separados dos demais detentos.
E) Não se aplica à prisão temporária o entendimento jurisprudencial do
STJ segundo o qual a mera gravidade do crime imputado à pessoa não é
fundamento suficiente para justificar a sua segregação, antes de a
decisão condenatória transitar em julgado.

Comentários:
Na letra “A” temos o art. 1º, III, a, da Lei nº 7.960/89. Já na letra “B”,
que é a nossa resposta, temos o art. 2º, § 3º, da Lei. Na letra “C” temos
o art. 2º, caput, da Lei. A letra “D” trata-se do art. 3º, da Lei. Já na letra
“E” temos o entendimento sedimentado no nos Tribunais Superiores.
Gabarito: B.
59) (Delegado – PC-PB – 2009 – CESPE) Considerando a lei que
regulamenta a prisão temporária, assinale a opção correta.
A) Pode ser decretada a prisão temporária em qualquer fase do IP ou da
ação penal.
B) A prisão temporária pode ser decretada por intermédio de
representação da autoridade policial ou do membro do MP, assim como
ser decretada de ofício pelo juiz competente.
C) O prazo da prisão temporária, que em regra é de 5 dias, prorrogáveis
por igual período, é fatal e peremptório, de modo que, esgotado, o preso
deve ser imediatamente posto em liberdade, não podendo ser a prisão
convertida em preventiva.
D) Quando a prisão temporária for requerida pela autoridade policial, por
intermédio de representação, não haverá necessidade de prévia oitiva do
MP, devendo o juiz decidir o pedido formulado no prazo máximo de 24
horas.
E) Não cabe prisão temporária nas contravenções nem em crimes
culposos.

Comentários:
Vejamos, novamente, o rol:
e 2°);
1°, 2° e 3°);

outubro de 1976);
junho de 1986);
 crimes previstos na Lei de Terrorismo.
Gabarito: E.
60) (CESPE – 2013 – DP) Considere a seguinte situação
hipotética. Evandro é acusado de prática de homicídio doloso simples
contra a própria esposa. Nessa situação, recebida a denúncia pelo juiz
competente, é cabível a decretação da prisão temporária de Evandro, com
prazo de 30 dias, prorrogável por igual período, haja vista tratar-se de
crime hediondo.
Comentários:
O prazo em questão é de 5 dias, prorrogável por igual período em caso de
extrema e comprovada necessidade, em observância ao disposto no art.
2º, Lei n. 7.960/89.
Gabarito: E.

1-E 2-E 3-C 4-E 5-E
6-E 7-C 8-C 9-E 10-E
11-C 12-E 13-E 14-E 15-C
16-E 17-C 18-C 19-E 20-E
21-C 22-C 23-E 24-E 25-E
26-C 27-E 28-C 29-D 30-B
31-E 32-E 33-E 34-E 35-C
36-C 37-E 38-C 39-E 40-E
41-C 42-A 43-D 44-B 45-C
46-D 47-B 48-B 49-D 50-B
51-B 52-C 53-D 54-E 55-C
56-C 57-C 58-B 59-E 60-E

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Aula 09

Professor: Alexandre Herculano

Aula 09 - Prisão Temporária (Lei nº 7.960/89). Crimes praticados

Olá, meus amigos!

Hoje vou abordar questões sobre os seguintes tópicos:

 Crimes praticados por funcionário público contra a

 Prisão Temporária (Lei nº 7.960/89).

Meus amigos, primeiramente, façam as questões; e depois leiam os

comentários, mesmo que tenham acertado!

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01) (2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária) Com

relação aos crimes contra a administração pública, julgue os itens

O detentor de cargo em comissão não é equiparado a funcionário público

para fins penais.

02) (2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária) Com

relação aos crimes contra a administração pública, julgue os itens

A exigência, por funcionário público no exercício da função, de vantagem

indevida, configura crime de corrupção ativa.

03) (2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária) Com

relação aos crimes contra a administração pública, julgue os itens

Caso os autores de crime contra a administração pública sejam ocupantes

de função de direção de órgão da administração direta, as penas a eles

impostas serão aumentadas em um terço.

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04) (2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária) Com

relação aos crimes contra a administração pública, julgue os itens

Tratando-se de crime de peculato culposo, a reparação do dano após o

trânsito em julgado de sentença penal condenatória ocasiona a extinção

05) (2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária) Com

relação aos crimes contra a administração pública, julgue os itens

Não configura crime o fato de o funcionário deixar de praticar ato de ofício

06) (2015 - CESPE - TCE-RN - Assessor Técnico Jurídico - Cargo)

Acerca dos delitos previstos na parte especial do Código Penal e

na legislação extravagante, julgue o item que se segue.

No peculato culposo, a reparação do dano antes do recebimento da

denúncia incorre em extinção da punibilidade, ao passo que a reparação

realizada entre o recebimento da denúncia e o trânsito em julgado da

sentença condenatória possibilita a aplicação de causa de diminuição de

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07) (2015 - CESPE - TCE-RN - Auditor) A respeito dos crimes

contra a administração pública e do crime de responsabilidade de

prefeitos e vereadores, julgue o próximo item.

A conduta de apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-las em

proveito próprio ou alheio, tipificada na lei que regula os crimes de

responsabilidade dos prefeitos, é crime próprio, o qual somente pode ser

praticado por prefeito, admitindo-se, contudo, conforme o STF,

08) (2015 - CESPE - TCE-RN - Auditor) A respeito dos crimes

contra a administração pública e do crime de responsabilidade de

prefeitos e vereadores, julgue o próximo item.

Segundo o entendimento do STJ, é desnecessária a constituição definitiva

do crédito tributário por processo administrativo-fiscal para a

configuração do crime de descaminho.

09) (2015 - CESPE - AGU - Advogado da União) João, empregado

de uma empresa terceirizada que presta serviço de vigilância a

órgão da administração pública direta, subtraiu aparelho celular

de propriedade de José, servidor público que trabalha nesse

órgão. A respeito dessa situação hipotética, julgue o item que se

Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 71

O ato praticado por João configura crime de peculato-furto, em que o

sujeito passivo imediato é José e o sujeito passivo mediato é a

(2015 – FAURGS - TJ-RS - Outorga de Delegação de Serviços

Notoriais e Registrais) Sobre os crimes praticados por