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Revisitando abordagens sobre sentidos e significados do trabalho

Conference Paper · January 2005

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5 authors, including:

Davi Baasch Joana Soares Cugnier


CESUSC Federal University of Santa Catarina
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REVISITANDO ABORDAGENS SOBRE SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO
TRABALHO.

Suzana da Rosa Tolfo; Maria Chalfin Coutinho; Andrei Roberto de Almeida; Davi Baasch;
Joana Soares Cugnier.

Instituição de origem: Universidade Federal de Santa Catarina

RESUMO
As mudanças no “mundo do trabalho” contemporâneo são inquestionáveis. Questões como
globalização, desregulamentação, (des)emprego, precarização, dentre outras fazem parte da
agenda de discussões sociais. Além da preocupação social com os reflexos das mudanças, há
sociólogos que passam a questionar se o trabalho permanece sendo o principal fato social.
Como então pensar em definir quais os significados coletivos do trabalho? E os sentidos
pessoais que os sujeitos atribuem àquilo que fazem? O presente artigo propõe uma discussão
teórica com base em abordagens identificadas na literatura internacional e brasileira que
tratam da questão. Dada a revisão realizada, verificou-se que há diferentes bases
epistemológicas que dão suporte aos estudos. Por seu lado, quando se trata das definições,
preponderam os indicadores adotados pelos estudos precursores do MOW, independente da
abordagem que a sustente (histórico-crítica, cognitivista, construcionista, humanista). As
conclusões explicitam que há confusões conceituais, de modo que diferentes autores muitas
vezes adotam significados e sentidos do trabalho como se fossem o mesmo fenômeno.

INTRODUÇÃO
A sociedade contemporânea tem sido marcada por uma série de transformações e
paradoxos que se fazem sentir em uma das principais categorias de análise social, que é o
trabalho. Genericamente o trabalho remete à capacidade do homem de transformar a natureza
e está associado ao alcance de objetivos. Do ponto de vista histórico, verifica-se que há um
questionamento quanto aos diferentes papéis que o trabalho tem ocupado conforme o sistema
político, econômico e social predominante.
A globalização, o processo de reestruturação produtiva, a competitividade, as
mudanças nas contratualidades do trabalho, dentre outros fenômenos, têm se refletido na
categoria trabalho. Emergem investigações voltadas para o estudo da alienação, do
desemprego, da precarização das relações de trabalho, da crise das motivações. Em meio a
essas temáticas, é relevante, social e cientificamente, compreender quais os significados do
trabalho nesta sociedade marcada pela multidiversidade e quais os sentidos pessoais que o
trabalho engendra para a classe que dele vive.
Para tratar da questão, o presente artigo teórico traz uma breve revisão sobre trabalho,
para, em seqüência, apresentar conceitos e definições sobre os seus significados e sentidos.
Por meio da revisão da literatura foi possível verificar que há diferentes bases epistemológicas
buscando conceituar e definir significados e sentidos do trabalho. A principal contribuição
deste estudo está na explicitação dessas diferentes perspectivas.

O TRABALHO E SUAS TRANSFORMAÇÕES


A preocupação com os sentidos e os significados do trabalho nos estudos da
Psicologia e da Sociologia do Trabalho ganha ênfase em decorrência das transformações
observadas nas relações de trabalho, em particular, se considerarmos os estudos sobre o
capitalismo, a reestruturação produtiva e as discussões sobre a centralidade da categoria
trabalho.
O capitalismo trouxe grandes transformações no mundo do trabalho. Nesta
perspectiva, a finalidade do trabalho não é apenas a busca de produzir algo que tenha somente
valor de uso, mas também valor de troca. O interesse não é o produto e sim a valorização do
capital. O objetivo é produzir mercadorias, que além do valor de uso gerem também valor
excedente. O trabalhador é separado dos meios de produção e obrigado a vender sua força de
trabalho para o capitalista, que, desta forma, passa a exercer controle sobre o processo
produtivo.
Marx (1983) é um dos autores clássicos que aborda o trabalho e salienta que no modo
de produção capitalista o mesmo deixa de hominizar e passa a alienar. O produto do
trabalhador torna-se estranho a ele, embora a alienação não remeta somente ao resultado;
aparece também como processo de produção, dentro da própria atividade produtiva. O
trabalhador torna-se escravo do objeto, pois recebe os objetos de trabalho e os meios de
subsistência. É o objeto que possibilita sua existência como trabalhador e também como
sujeito físico. O apogeu dessa escravização é o fato dele só poder se manter como sujeito
físico na medida em que é um trabalhador e é só nesta condição que ele pode ser trabalhador.
A temática do trabalho tem sido objeto de estudo há longo tempo. O conceito de
trabalho vem se modificando de acordo com o contexto histórico e social. Conforme
PICCININI et all (2004): “É através do trabalho que o ser humano tem buscado atender suas
necessidades, atingir seus objetivos e realizar-se. Contudo, em decorrência de sua natureza
ampla e complexa, influenciada pela cultura e momento histórico, este conceito pode se
modificar” (p. 334). Os autores afirmam que uma das primeiras concepções, a clássica, nasce
nas sociedades antigas, onde o trabalho era tido como aquilo que tortura, tripallium; um
trabalho que não valorizava nem a tarefa nem o indivíduo. Posteriormente, o trabalho passou
a ser percebido como um esforço físico ou intelectual direcionado para algum fim. O trabalho
é o esforço e também seu resultado.
Na era industrial, o trabalho passa a ser visto como um símbolo de liberdade em
relação ao sistema escravagista e predominantemente agrícola, e que possibilita ao homem
transformar a natureza, as coisas e a sociedade. A “grande transformação” econômica, social e
política fez com que o capital fosse predominante sobre as demais esferas da vida humana
associada, refletindo-se nas formas como ocorre a produção em uma determinada sociedade.
Assim, o processo produtivo na sociedade capitalista passa por transformações em
decorrência da sua principal força impulsionadora: a acumulação de capital.
Para Marx (1968), o trabalho implica em uma transformação que tem como objetivo
atender necessidades humanas. Em qualquer estrutura social, trabalho é uma relação dialética
entre homem e natureza. Na sociedade moderna, o trabalho passa a ser compreendido como
um esforço coletivo no qual todos teriam que participar. De acordo com Kovács (apud
Piccinini et all, 2004), o trabalho passa a ser, então, considerado como uma atividade central
que estrutura a vida dos indivíduos e da sociedade, pois deixa de ser somente um meio de
subsistência, para tornar-se também um meio de auto-realização, status, poder e identidade. A
centralidade do trabalho está associada a seu papel enquanto principal fato social.
No século XX, a centralidade da categoria trabalho permanece hegemônica até a
década de 70, e é expressa na forma de organização do trabalho e da produção predominante
com o Taylorismo/Fordismo, onde se tinha uma produção em série e empresas verticalizadas.
A partir de então, uma Reestruturação Produtiva começou a se intensificar referindo-se , de
maneira geral, a transformações na estrutura do sistema, especialmente com a dita Terceira
Revolução Industrial, no bojo da reestruturação de base microeletrônica. A partir desta
década, o modelo Taylorista deu sinais de esgotamento, não conseguindo mais manter os
índices de crescimento do processo de acumulação de capital nem as taxas de emprego formal
mantidas até então. Enquanto o trabalho remete a transformação da natureza, o emprego está
associado, na maior parte das vezes, a relações contratuais, vínculo formal com a organização,
obrigações e assalariamento. Isso significa que sendo o emprego relativo a relações formais
de vínculo (empregatício) que pressupõem a venda da força de trabalho e a recepção de
contrapartidas como salário, benefícios, férias, houve uma redução significativa na capacidade
de gerar contratos de trabalho. Verifica-se então, que o mundo do trabalho vem passando por
um intenso processo de transformação, no qual há um aumento da precarização das relações e
condições de trabalho e um significativo crescimento dos índices de desemprego. Neste
cenário ocorre uma diversificação e complexificação das formas de trabalho, que trouxeram
novos elementos para a relação homem/trabalho.
A diversidade dos “mundos do trabalho” gera, entre outras coisas, a pluralidade e o
questionamento quanto à centralidade da categoria trabalho (OFFE, 1989), dado que o mesmo
estaria contribuindo para a pauperização, a racionalização, a alienação e perdendo princípios
éticos. A vivência de estranhamento e alienação dos trabalhadores também estaria colocando
em xeque essa categoria. A alienação produz um modo de vida no qual o resultado objetivo da
atividade humana não está de acordo com o conteúdo subjetivo que a motivou. Para satisfazer
suas necessidades pessoais (habitação, vestuário, comida, etc.) o trabalhador realiza uma
atividade em troca de salário. Desta forma “(...) o seu sentido para o operário não coincide
com sua significação objetiva.” (OFFE, 1989, p. 122). Berger e Luckman (2004) identificam,
ainda, a existência de uma crise de sentidos decorrente da pluralidade de valores e de
instituições que influenciam os sujeitos sociais em diferentes direções e perspectivas. Dado o
exposto, torna-se relevante social e cientificamente compreender o significados e os sentidos
do trabalho na sociedade contemporânea.

SIGNIFICADOS E SENTIDOS DO TRABALHO


Os significados e os sentidos do trabalho tem sido objeto de estudo mais recente,
especialmente no bojo de questionamentos relativos a alienação, motivação, qualidade de vida
no trabalho, mudanças nas formas de organização e das relações de trabalho, dentre outros.
Antunes (2000) afirma que no modelo flexibilizado do capital há uma considerável
expansão das formas de trabalhos precarizados, informais e/ou terceirizados. Há a emergência
de relações de trabalho diferenciadas, como os núcleos terceirizados que são cada vez mais
responsabilizados pela produção, ao mesmo tempo em que são significativamente
precarizados frente aos seus direitos. Muitas vezes o sujeito vivencia um estranhamento diante
daquilo que faz e surgem questionamentos quanto aos significados e os sentidos das
atividades que realiza. Dado que o trabalho implica em uma relação dialética de
transformação entre homem e natureza e que é fonte de significados, as alterações na relação
sujeito-objeto, ocasionadas pelas mudanças no mundo do trabalho, acarretam em alterações
nos seus signos. Os signos, por sua vez, são produções sociais que são generalizáveis na
medida em que precisam ter sentido para o outro, assim como possuem um caráter de
reversibilidade ao significar tanto para o sujeito emissor quanto para o sujeito espectador. O
signo opera no campo da consciência, no qual seu autor e espectador constituem atributos de
uma mesma pessoa. (PINO, 2000, p. 59).
A temática dos sentidos do trabalho tem sido pesquisada mais intensamente a partir da
década de 70. Apesar de ainda existir uma escassez de estudos relacionados à referida
temática, diferentes correntes epistemológicas deram suporte aos estudos desde então. Dentre
as principais vertentes contemporâneas, destacam-se as seguintes: sócio-histórica,
construcionista, cognitivista e humanista.
Na perspectiva sócio-histórica (SIEVERS, 1990; BERGAMINI, 1998), os
significados do trabalho aparece como uma dimensão que vem sendo esquecida, uma vez que
foi substituída por pressupostos de que a motivação seria um fator gerenciável externamente
ao sujeito, independentemente do sentido que este atribui ao trabalho.
Para Leontiev (1978), a significação é uma generalização de práticas sociais humanas
da realidade, correspondendo às representações e conhecimentos em uma dada época e
sociedade, fixadas principalmente através da linguagem. O autor atribuiu um duplo sentido ao
termo ‘significação’: “(...) em certos casos ele designa significação de uma palavra
(significação verbal), noutros, os conhecimentos, o conteúdo da consciência social assimilada
pelo indivíduo.” (p. 130). Este trabalho pretende se apropriar dessa perspectiva de
significados, entendido como consciência social. As transformações nas condições de
existência da vida humana têm, na perspectiva de Leontiev (1978), profundas implicações na
estrutura psicológica dos sujeitos. Para o autor, a principal modificação na produção da
consciência, com o desenvolvimento da sociedade de classes, é relativa às mudanças entre o
plano dos sentidos e o plano das significações.
Se o significado remete ao coletivo, já a atividade do sujeito, na sua relação com a
vida, remete ao sentido pessoal, que diz respeito à forma como os fenômenos objetivos são
apreendidos pela consciência individual. Sendo assim, o sentido pessoal e subjetivo de uma
determinada significação depende de sua apropriação ou não, bem como do grau e forma
como é assimilada por cada sujeito (BASSO, 1998).
Uma contribuição teórica importante para a análise sobre os sentidos e os significados
é a perspectiva histórico-crítica. Esta abordagem tem como seu precursor o russo L. S.
Vygotski e está fundamentada epistemologicamente nos princípios do materialismo histórico
dialético. Ao considerar o homem como um ser eminentemente social, esta corrente teórica
reafirma a relação inexorável entre sujeito e sociedade. O desenvolvimento da cultura marca o
momento de ruptura na história humana, em que o homem passa a transformar a natureza pelo
trabalho, criando suas próprias condições de existência e, dessa forma, recriando-se a si
mesmo em uma dupla e simultânea transformação.
O trabalho como um processo de transformação é possível graças à utilização de
instrumentos mediadores, criados pelos homens, os quais podem ser de duas espécies: física,
produzidos para agir sobre a natureza, ou semiótica (signos), produzidos para possibilitar a
comunicação e a representação da realidade (PINO, 2000). Vygotski (apud PINO, 1995) dá
destaque especial em sua obra para a mediação semiótica1, compreendendo que esta tem o
papel de estruturar a consciência humana, pois graças ao sistema de signos, especialmente o
lingüístico, o homem pode nomear e pensar os objetos e suas experiências, assim como
compartilhá-las com os demais. Nesse processo a atividade humana ocorre em uma dupla
direção, visto que o sujeito ao transformar a realidade se objetiva e, transformando-se a si
mesmo, se subjetiva.
A significação ocorre nas interações sociais e diz respeito ao processo de produção de
sentidos e aos significados por estes veiculados, aquilo que o signo significa para os sujeitos.
O significado é um componente indispensável da palavra, o qual é generalizável, portanto,
compartilhado socialmente, caracterizando-se na zona mais estável do sentido, não sendo, no
entanto, imutável. Há, segundo Vygostki (1991), uma preponderância do sentido sobre o
significado e a cada palavra podem ser atribuídos diversos significados, os quais serão
transformados em sentidos singulares de acordo com as emoções e necessidades que
motivaram seu uso. Sendo assim, o sentido da palavra é para Vygotski (1991), a soma de
todos os eventos psicológicos evocados em nossa consciência através da palavra.
A definição de sentido é compreendida ao longo da obra de Vygotski como não
restrita apenas à palavra enquanto unidade fonética, mas relacionando esta ao seu contexto. A

1 . A função semiótica equivale ao desdobramento do real em sua forma simbólica. (PINO, 1995).
evocação dos eventos psicológicos também se estende para além da palavra, compreendendo
os signos como um todo.
O sentido da palavra, diz Pauhlan, é um fenômeno complexo e móvel que, em certa
medida, se transforma constantemente de uma consciência para outra e de uma
situação a outra na mesma consciência. Neste aspecto, o sentido da palavra é
ilimitado (...). O verdadeiro sentido de cada palavra está determinado pela
abundância de elementos existentes na consciência e que se referem ao que é
expresso pela palavra em questão (...), o que quer dizer que nunca abarcamos o
sentido completo da coisa e tão pouco o sentido completo das palavras. A palavra é
uma fonte inesgotável de novos problemas, e seu sentido nunca está acabado. O
sentido das palavras depende conjuntamente da interpretação do mundo de cada um
e da estrutura interna da personalidade. (VYGOTSKI, 1991, p. 334)

O sujeito assume, assim, a condição de autor ao poder atribuir diversos sentidos ao


socialmente estabelecido, ao manter, como diz Zanella (2004), uma relação marcada por
movimentos de aceitação, oposição, confrontamento, indiferença, produzindo sempre novas e
infinitas possibilidades de significação da cultura e das atividades sociais como um todo.
Na abordagem construcionista a realidade não existe independente do modo que as
pessoas têm de compreendê-la, pois os sujeitos e os objetos são entendidos como construções
histórico-sociais. O construcionismo não postula a existência de uma verdade absoluta, ou que
os processos sociais têm uma validade interna relativa a uma realidade externa aos sujeitos. O
entendimento da realidade é construído com base no entendimento de senso comum que as
pessoas constroem e com base nesses conhecimentos elas constituem os seus significados
(SPINK, 2004).
A identidade do indivíduo decorre das múltiplas sucessões de agir social presentes na
vida cotidiana. O fundamento da constituição de sentido está nas vivências subjetivas. A
constituição subjetiva do sentido é a origem de todo o acervo social do conhecimento. As
experiências armazenadas socialmente (história e instituições) aliviam o indivíduo na solução
de problemas já identificados anteriormente. “A parte acessível em geral do reservatório do
sentido constitui o cerne do entendimento comum, com o auxílio do qual o indivíduo tem de
se virar no meio ambiente natural e social de sua época” (BERGER e LUCKMANN, 2004, p.
20).
Nos Estudos Culturais a cultura e a linguagem estão intimamente ligadas porque a
linguagem é o mecanismo essencial pela qual a cultura produz significados sociais. Desta
maneira, aparece um novo dimensionamento do conceito de linguagem passando a ter um
lugar especial na construção dos significados; o que as pessoas consideram conceitos
´naturais` são parte de fenômenos discursivos, “(...) a linguagem, além de produzir aquilo que
reconhecemos como realidade, também vai produzir os sujeitos dessa realidade, suas
identidades.” (GUARESCHI, MEDEIROS e BRUSCHI, 2003. p. 40)
Segundo Bernardes e Hoenisch (2003), a linguagem permite construir discursos que
estabelecem o que é verdadeiro e o que não é, de uma forma arbitrária. Para os Estudos
Culturais, não existe a possibilidade de produção de sentidos fora da linguagem. Ao nomear
os objetos pela linguagem, os sujeitos criam um mundo no qual atuam. As palavras ou os
conceitos não são um reflexo do que as coisas são, através dos sistemas de significação
fazemos o mundo inteligível, operacional e constituído de sentidos.
Para Berger e Luckmann (2004), o sentido se constitui nas consciências do indivíduo,
que se individualizou em um corpo e tornou-se pessoa por meio dos processos sociais. Só
existe consciência de algo, voltada para um objeto, um objetivo intencional. O fundamento
sobre o qual o sentido pode surgir é o núcleo ou tema do objeto intencional. O núcleo da
experiência, separado da base da vivência, permite captar a relação do núcleo com novas
experiências e é a consciência que capta a relação. Normalmente a experiência atual não se
relaciona com uma outra experiência, mas com um conjunto delas, que são armazenadas no
conhecimento subjetivo ou buscadas no acervo social do conhecimento. Para os mesmos
autores, é necessária a instrumentação da perspectiva antropológica para considerar
pressupostos gerais e estruturas básicas da significância da vida humana e “(...) nas análises
sociológicas atuais pressupõe-se obviamente algo como sentido e significância como motivo
do agir humano e como pano de fundo sobre o qual se projeta à suposta crise de sentido da
modernidade” (2004, p. 14).
Na perspectiva cognitivista o significado do trabalho é definido como uma cognição
multifacetada, que tem um caráter histórico, dinâmico e subjetivo (BORGES, 1997). Isso
implica em três componentes: a) uma cognição subjetiva, que apresenta uma variação
individual refletindo a história pessoal de cada um e representa a forma como o indivíduo
interpreta e dá sentido ao trabalho, b) uma sócio-histórica, que além de apresentar aspectos
compartilhados por um conjunto de indivíduos, reflete as condições históricas da sociedade,
na qual estão inseridos, e c) dinâmica, enquanto um construto inacabado, em permanente
processo de construção. As quatro variáveis que compõem os significados do trabalho são:
centralidade, atributos descritivos, atributos valorativos e hierarquia dos atributos. A autora
identifica, também, a importância da cultura e da sociedade para a compreensão dos
significados. Os significados são componentes afetivo-cognitivos elaborados pelos indivíduos
na inter-relação com a sociedade na qual se insere, constituindo-se em elementos da cultura e,
por conseqüência, em componentes fundantes da própria condição humana (BRUNER, 1990,
1997 apud BORGES e ALVES-FILHO, 2003). É também dinâmica no sentido de que está
sempre em construção para cada indivíduo. Esta construção individual ocorre através da
socialização, na qual o indivíduo apropria-se e recombina os elementos da realidade social e
material, bem como das concepções de trabalho – oriundas das diversas formas de
conhecimento do seu tempo histórico. Então, a construção de significados é um processo
subjetivo que envolve tanto a história do indivíduo quanto a sua inserção social.
Borges (1997, 1999) argumenta ainda que o indivíduo, ao atribuir significados ao
trabalho ou ressignificá-lo, ora tenta justificar o que vê, vivencia e ouve no ambiente de
trabalho, ora quer explicações que tornem inteligível suas vivências, ora pretende criar um
caminho para suas ações, ora pode ter outras possibilidades. O ponto-chave, aqui, é lembrar
que os significados atribuídos ao trabalho são atos dos indivíduos e muitas vezes das
organizações, do grupo e/ou da ocupação, fazendo parte efetiva da vida no trabalho.
Em seu estudo sobre “Os Atributos e a Medida do Significado do Trabalho”, Borges
(1997) distinguiu os seguintes: centralidade do trabalho, atributos descritivos, atributos
valorativos e hierarquia dos atributos. A Centralidade do trabalho pressupõe uma
hierarquização das esferas da vida (família, trabalho, religião, lazer e comunidade), e que
levou à conclusão de que a esfera do trabalho é tida como a segunda mais importante, sendo
precedida apenas pela esfera família. Os Atributos descritivos são relativos à percepção do
trabalho, como ele é concretamente. Os Atributos valorativos referem-se às características
atribuídas ao trabalho que definem como ele “deve ser”, e, finalmente, a Hierarquia de
atributos, que remete à organização hierárquica das características atribuídas ao trabalho
pelos indivíduos.
Em uma perspectiva que sugere a predominância da abordagem humanista
(fenomenológica) encontram-se os estudos de Morin (2001). A autora investigou os sentidos
do trabalho e do emprego para profissionais e estudantes de administração do Quebec e da
França, buscando identificar quais as características de um trabalho que tem sentido. Os
estudantes de administração investigados têm uma concepção positiva do trabalho. As
principais razões que os motivam a trabalhar são para realizar-se a atualizar seu potencial;
para adquirir segurança e ser autônomo; para relacionar-se com os outros e ter o sentimento
de vinculação; para prestar um serviço e fazer sua contribuição à sociedade; para ter um
sentido. A análise desses componentes permitiu determinar três conjuntos de características
para que o trabalho tenha sentido: boas condições de trabalho; oportunidades para aprender e
prestar serviços; um trabalho interessante, variado e com muita autonomia.
Uma revisão dos estudos teóricos e empíricos sobre a temática permitiu elaborar a
Figura 1, que permite verificar as categorias ou variáveis que os autores vêm utilizando para
estudar o significado e os sentidos do trabalho.

Autor Categorias/Variáveis Intermediárias de Trabalho Categoria Central


RIGON e DÍAZ Utilizaram 4 dimensões principais: Significado do
VILELA (2004). Centralidade do trabalho, Normas sociais sobre o trabalho
trabalho, Resultados valorados do Trabalho/Metas (Questionário
de trabalho, Identificação dos papéis do trabalho MOW)
(esta última apresentou pouca consistência e foi
excluída).
MORIN (2001). Padrões - MOW: A – atividade que acrescenta um Sentidos do
valor a alguma coisa e pela qual tem que se prestar Trabalho
conta dos resultados; B – descreve o trabalho como
uma atividade que proporciona a quem o realiza um
sentimento de vinculação e que traz uma
contribuição para a sociedade; C – atividade que
beneficia os outros, contribuição social e valor
agregado; D – atividade que não é agradável, mas
deve ser realizado por alguém em um lugar
específico, sob a supervisão de outra pessoa; E –
atividade desagradável que comporta exigências
físicas e mentais; F – atividade que segue um
horário regular em um local de trabalho e pela qual
se recebe um salário. (3 positivos: A, B, e C; 2
negativos: D e E; e 1 neutro: F)
Para Morin, existe trabalho sem sentido, uma vez
que um trabalho com sentido é: eficiente e produz
um resultado útil; há prazer na realização da tarefa;
permite autonomia; é fonte de relações humanas
satisfatórias; mantém as pessoas ocupadas; é
moralmente aceitável.
BORGES (1997). Atributos valorativos (o que o trabalho deve ser): 1. Significado do
independência financeira e prazer; 2. justiça no trabalho (Atributos e
trabalho; 3. esforço físico; 4. aprendizagem e medida)
dignidade social.
Atributos descritivos (o que o trabalho é): 1.
expressão e independência financeira; 2. respeito; 3.
execução e função social.
Referenciou as dimensões: Centralidade do trabalho
(MOW); Objetivos e resultados valorados (MOW);
Normas sociais (MOW); Hierarquia de atributos
(RAVLIN e MEGLINO; SALMASO e POMBENI).
MORIN; Dimensões: Individual (satisfação pessoal; Sentidos do trabalho
TONELLI e independência/sobrevivência; crescimento/
PLIOPAS (2003). aprendizagem; identidade), Organizacional
(utilidade; relacionamento), Social (inserção social,
contribuição social).
Para as autoras, existe trabalho sem sentido.
PICCININI et all Dimensões: Individual (coerência; alienação; Sentidos do trabalho
(2004). valorização; prazer; desenvolvimento;
sobrevivência/independência), Organizacional
(utilidade; organização do trabalho; relações
interpessoais), Social (utilidade).
Para as autoras, existe trabalho sem sentido.
SALANOVA; Centralidade do trabalho (MOW): Significado do
GRACIA; PEIRÓ Absoluta (valor ou crença geral da importância do Trabalho e valores
(2001). trabalho em termos globais ou absolutos) e Relativa laborais
(importância concedida ao trabalho em relação a
outras áreas relevantes da vida).
Normas sociais e crenças sobre o trabalho (trabalho
como obrigação e trabalho como direito).
Valores laborais: resultados valorados do trabalho
(conjunto de produtos que os indivíduos buscam do
trabalho); importância de aspectos laborais
(importância que tem para as pessoas determinados
aspectos do trabalho em termos e absolutos).
DIAZ VILELA Centralidade do trabalho, Crenças normativas sobre Significado do
(2001). o trabalho, Motivos laborais (resultados valorados Trabalho
do trabalho e metas laborais).
QUINTANILLA Significado do trabalho e comportamento do Significado do
(2001). indivíduo no trabalho; Significado do trabalho e o Trabalho
nível de grupo; Significado do trabalho e o nível
social; Significado do trabalho e o nível
internacional (para estudos em um contexto de
globalização); Centralidade do trabalho; Metas do
Trabalho; Normas sociais sobre o trabalho;
Definições de trabalho (dos respondentes da
pesquisa).
Figura 1: Categorias de análise utilizadas por diversos autores para estudar o significado e os sentidos do
trabalho

Com base na figura 1, é possível constatar que a maioria dos autores utiliza como a
variável principal de estudo os significados do trabalho (RIGON e VILELA, 2004;
BORGES,1997, 1999; SALANOVA; GRACIA; PEIRÓ, 2001; DIAZ VILELA , 2001;
QUINTANILLA, 2001), ao passo que um número menor de estudos remete aos sentidos do
trabalho (MORIN, 2001; MORIN; TONELLI e PLIOPAS, 2003; OLIVEIRA; PICCININI;
FONTOURA e SCHWEIG, 2004). Quando se verifica as bases que deram suporte aos
estudos e as variáveis intermediárias, constata-se que elas são em grande parte coincidentes.
Dentre os estudos predominam investigações pautadas nos estudos desenvolvidos pelo
Meaning of Work (MOW), que é um grupo de pesquisas internacional, sediado no Canadá
que, desde a década de 1970, investiga o sentido e a centralidade do trabalho em diversos
países. Dentre as variáveis intermediárias, têm destaque aquelas identificadas pelo MOW
como representativas dos significados do trabalho e que são: a centralidade do trabalho, os
objetivos e resultados valorados e as normas sociais. A Figura 1 e a descrição dos seus
principais elementos em comum permitem verificar que embora utilizem definições comuns
(variáveis intermediárias coincidentes), autores diferentes utilizam como variável principal
sentido ou significado do trabalho distintamente. Isso demonstra que não há adoção das
conceituações que caracterizam os significados como relativo ao conceito social de trabalho,
ao passo que estudos sobre sentidos do trabalho deveriam remeter ao sentido pessoal do
mesmo. Aí reside uma confusão conceitual que vai se verificar de mesmo modo com a
apropriação do conceito de centralidade utilizado em uma perspectiva sociológica, mais
tradicional, que identifica o trabalho como o principal fato social, a categoria sociológica
chave. Por outro lado, a centralidade do trabalho também é adotada em uma perspectiva mais
psicológica, ou seja, como a identificação de quão central e, portanto, cercado de sentido, o
trabalho é para as pessoas. Para evitar confusões conceituais os estudos deveriam identificar
se estão interessados em compreender qual a percepção sobre os significados sociais do
trabalho ou se sobre a percepção dos sentidos que o trabalho adquire para as pessoas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
No contexto contemporâneo o trabalho assume uma pluralidade de formas. Na
perspectiva marxista, que predomina na literatura, o trabalho pode ser compreendido de forma
genérica, como uma transformação sobre a natureza para atender necessidades humanas. Por
seu lado, o emprego configura uma forma de trabalho assalariado tradicionalmente
característica do capitalismo, o que pode levar a uma equiparação equivocada dos significados
relativos aos dois conceitos. Ainda que se mantenha o trabalho assalariado, característico do
capitalismo, se ampliam a diversidade, a heterogeneidade e a complexidade da classe
trabalhadora, incluindo aí “(...) todos aqueles e aquelas que vendem sua força de trabalho em
troca de salário...” (ANTUNES, 2000, p. 103), ainda que sob relações precárias, terceirizadas,
informais, temporárias, etc. Desta forma, é possível pensar também em uma ampliação dos
significados coletivos atribuídos ao trabalho e ao emprego, bem como dos sentidos pessoais
apreendidos no cotidiano das diferentes formas de trabalho.
A revisão da literatura permitiu verificar que parte dos estudos empíricos sobre
sentidos e significados do trabalho busca identificar quais as atividades que têm sentido para
os trabalhadores e quais as que não têm. A idéia aqui não é compreender os sentidos
produzidos cotidianamente no trabalho, mas sim pensar trabalhos com maior ou menor
significado na vida de cada um. A maior parte destes estudos utiliza apenas um dos conceitos,
sentidos ou significados, apresentando diferentes compreensões para os mesmos.
Apesar das diferenças, as abordagens sobre sentidos e significados apresentadas têm
em comum a concepção que estes são produzidos pelos sujeitos a partir de suas experiências
concretas na realidade. Sendo assim, neste estudo compreendemos os significados como
construções elaboradas coletivamente em um determinado contexto histórico, econômico e
social concreto. Já os sentidos são uma produção pessoal decorrente da apreensão individual
dos significados coletivos, nas experiências cotidianas. É importante ressaltar as
transformações porque passam os sentidos e os significados, uma vez que são construídos em
uma relação dialética com a realidade.
As diferentes abordagens demonstram que embora a temática venha tomando cada vez
mais vulto, ela é complexa e ainda está em construção. Autores utilizam definições de
significados e de sentidos do trabalho como se estivessem tratando do mesmo fenômeno e em
um mesmo nível de análise, o que dificulta a construção de um conhecimento mais amplo
sobre a questão.
Por outro lado, a dificuldade em estabelecer um “paradigma” em relação ao que
significa trabalhar e o que é um trabalho com sentido pode estar associada à diversidade, à
modernidade e ao pluralismo, conforme asseveram Berger e Luckman (2004). Para os autores,
a indissociabilidade do sentido é possível quando existem comunidades de vida que têm como
função manter o sentido, ou seja, grupos sociais que compartilham experiências semelhantes
na vida cotidiana e são portadores de valores sociais. As comunidades ao compartilharem as
experiências de vida representam o agir que se repete com regularidade e são verificáveis em
relações sociais mais duráveis. As instituições têm um papel importante para a manutenção e
durabilidade da comunidade, que pressupõe um mínimo de compartilhamento de valores e de
sentido. À medida que os cientistas atualmente também estão sujeitos à crise das instituições e
ao zeitgest, tendem a encontrar mais dificuldades de manter regularidade nos significados e
nos sentidos do trabalho e, conseqüentemente, na sua conceituação.

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