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LiV de
LÍNGUA PORTUGUESA
5º-
ANO
ENSINO
F U N DA M E N TA L
L Í N G UA
PORTUGUESA
MANUAL DO
PROFESSOR
MEURO de
LiV
LÍNGUA PORTUGUESA
MANUAL DO
PROFESSOR
5º-
ANO
ENSINO
F U N DA M E N TA L
LÍNGUA
PORTUGUESA
Samira Campedelli
Professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo,
Bacharel e licenciada em Letras - Português pela Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo,
mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo,
doutora em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo
e autora de livros didáticos para o Ensino Fundamental e Médio.
2ª- edição
São Paulo
2019
Título original: Meu Livro de Língua Portuguesa – 5o ano
APRESENTAÇÃO
© Editora AJS Ltda, 2019
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também apresenta forte apelo emocional e induz Nesse sentido, o livro didático pode desempenhar
ao imediatismo de respostas e à efemeridade das diferentes papéis. Independentemente da concepção,
informações, privilegiando análises superficiais e o estrutura, organização e seleção de conteúdos e do
uso de imagens e formas de expressão mais sinté- tipo de abordagem propostos por uma obra, o que de-
ticas, diferentes dos modos de dizer e argumentar termina o encaminhamento, o cumprimento dos obje-
característicos da vida escolar. (BNCC, 2017, p. 57) tivos e os resultados do processo, sem dúvida, é o uso
que dela se faz. Pode-se colocar nas mãos do professor
A escola precisa integrar os conhecimentos histo- o livro mais tradicional ou o mais inovador e não se
ricamente construídos e os saberes escolares com as obter os resultados esperados. Isso acontece porque o
novas tecnologias de comunicação de modo eficiente processo se efetiva mesmo na sala de aula, num espaço
e crítico, a fim de possibilitar a criação de um cidadão em que a concepção do professor prevalece sobre o
que saiba lidar de forma ética e democrática com esse escrito. É pelas mãos do professor que um livro assume
universo da cultura digital. O desafio da escola é de efetivamente sua condição de didático.
assegurar a democratização do acesso aos meios téc- É o professor que o atualiza quando transforma
nicos de comunicação, estimular e preparar as novas o que era uma virtualidade em uma aula. É o profes-
gerações para a apropriação ativa, consciente e crítica sor quem dá o tom e empresta a voz ao texto escri-
dessas novas tecnologias, tornando a aprendizagem to, criando novas virtualidades que, por sua vez, serão
dos saberes mobilizados no âmbito escolar significativa atualizadas pelos alunos, em um movimento contínuo
e incorporada à vida dos alunos. de alimentação de virtualidades educativas, chamadas
de ensino e de aprendizagem.
CURRÍCULOS, DEMANDAS É interessante observar que geralmente se fala que
SOCIAIS E O LIVRO DIDÁTICO o livro didático é “usado”, e não propriamente “lido”,
indicando essa sua particularidade. Esse uso é sistemáti-
O livro didático é um instrumento capaz de eliminar co, pressupondo mais de uma leitura, tanto do professor
os limites existentes entre a ciência e o acesso aos direitos como do aluno, na sala de aula ou fora dela. É só nessa
de cidadania, pois auxilia a implementação das políticas condição que o livro didático de fato se realiza como tal,
de educação em geral, uma vez que se trata de um obje- ou seja, com um recurso promotor de aprendizagem.
to de pesquisa de valor considerável para o aluno, numa
Como ressalta Lajolo, ele pode ser tomado como defi-
realidade em que pode se configurar como uma das úni-
nidor único de conteúdos, estratégias e objetivos de deter-
cas fontes disponíveis.
minada disciplina ou, ao contrário, pode ser visto como um
Na sala de aula, o livro didático configura-se como parceiro em um processo de ensino muito especial, cujo
um elemento prescritivo essencial para a prática didática beneficiário final é o aluno (LAJOLO, 1996, p. 4).
do professor, pois o seu uso possibilita a concretização
É consenso, atualmente, que os livros didáticos
dos currículos oficiais, juntamente com outros recursos,
não são apenas veiculadores de informações, pois
tendo a condição de subvertê-los ou adaptá-los ao pres-
também difundem valores e representações do mun-
crito, dadas as condições colocadas pelo contexto (CAS-
do, tanto por meio de textos verbais como de não
SIANO, 2004).
verbais (fotografias, desenhos, obras de arte, gráficos
Apresenta-se como um instrumento, muitas vezes, etc.). Por isso, quando o professor analisa uma obra
insubstituível, uma vez que muitos outros recursos didáti- desse tipo, visando selecionar aquela com a qual vai
cos não se organizam como um corpo de conhecimentos trabalhar ao longo de todo o ano, é fundamental que
sistematizados em que diferentes saberes, procedimentos realize uma avaliação de todos esses elementos, consi-
e valores possam ser mobilizados para a promoção do derando a realidade em que atua.
ensino e da aprendizagem com objetivos tão delineados.
O melhor dos livros didáticos não pode com-
[...] o livro didático insere-se no processo de petir com o professor: ele, mais do que qualquer
formação da identidade nacional, seja pelos te- livro, sabe os aspectos do conhecimento que fa-
mas e conteúdos priorizados nos manuais didáti- lam mais de perto a seus alunos, que modalidades
cos, seja pelas metodologias neles indicadas, seja de exercício e que tipos de atividades respondem
pela perspectiva ideológica neles subjacentes [...] mais fundo em sua classe. [...] Nenhum livro, por
(HORIKAWA e JARDILINO, 2010, p. 156) melhor que seja, pode ser utilizado sem adaptações.
V
Como todo e qualquer livro, o didático também As avaliações promovidas pelo MEC represen-
propicia diferentes leituras para diferentes leitores tam importante contribuição para os professores no
e é em função da liderança que tem na utilização momento da escolha do livro didático. Mas só o pro-
coletiva do livro didático que o professor precisa fessor sabe qual livro melhor atende às necessidades
preparar com cuidado os modos de utilização de seus alunos e de sua escola, pois apenas ele co-
dele, isto é, as atividades escolares por meio das nhece a sua realidade, sua concepção de educação,
quais um livro didático vai se fazer presente no sua prática, seu compromisso com a formação inte-
curso em que foi adotado. (LAJOLO, 1996, p. 6) gral dos alunos.
2. PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
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língua é um sistema de signos que se aprende pelo seu sível, uma de cada vez, a fim de não confundir aquele
próprio uso. Percebe-se, neste passo, por que a lingua- que aprende, os construtivistas consideram o aprendiz
gem é uma forma de ação, e, no caso da linguagem ver- um sujeito, protagonista do seu próprio processo de
bal, a leitura e a escrita são processos de conhecimento aprendizagem, alguém que vai produzir a transforma-
e patamares significativos da atividade social e cultural. ção que converte informação em conhecimento pró-
Lev Vygotsky (1896-1934) deu início a estudos prio. Essa construção, pelo aprendiz, não se dá por si
da teoria que, mais tarde, veio a ser nomeada “so- mesma e no vazio, mas por meio de situações nas quais
ciointeracionismo”, cujo eixo pressupõe que todo co- ele possa agir sobre o objeto de conhecimento, pensar
nhecimento é construído socialmente, no âmbito das sobre ele, recebendo ajuda, sendo desafiado a refletir,
relações humanas. interagindo com outras pessoas. De suas investigações,
Piaget concluiu que a linguagem infantil pode ser divi-
Para Vygotsky, a linguagem tinha papel fundamen-
dida em egocêntrica e socializada.
tal na mediação entre as relações sociais e a aprendiza-
gem. O objeto de estudo de Vygotsky era o desenvol- Na fala egocêntrica, a criança fala para si, como se
vimento humano, a partir do processo histórico que o estivesse pensando alto. Não se preocupa em saber se
indivíduo estava vivendo. alguém a ouve. Geralmente fala do que está vendo ou
acontecendo com ela num determinado momento. Na
É oportuno, a essa altura de nosso diálogo com fala socializada, a criança tenta realizar uma espécie de
os colegas, relembrar que a marca principal, o traço comunicação com os outros.
diferencial da teoria da aprendizagem de Lev Vygotsky
Dessa forma, a linguagem egocêntrica se distingue
em relação a outras teorias da aprendizagem ou do
da linguagem socializada em sua função. Por meio da
desenvolvimento é justamente a crença de que o co-
linguagem socializada, a criança tenta estabelecer tro-
nhecimento se constrói primeiramente pela interação
cas com os outros, faz perguntas, pedidos, transmite
interpessoal – e, posteriormente, tornar-se-á intrapes-
informações. Nesse momento se estabelece a troca ver-
soal (desenvolvimento real, autonomia, apropriação).
dadeira, discussão, ou mesmo colaboração, em busca
Vygotsky ensina que as funções psicológicas superio-
de um objetivo comum.
res, que são características do ser humano, estão an-
coradas, por um lado, nas características biológicas da Vygotsky aprecia o valor da descoberta de Piaget
espécie humana e, por outro lado, são desenvolvidas e, embasado em um exame detalhado das investigações
ao longo de sua história social. O grupo social fornece e conclusões desse autor, conclui que, para Piaget, “a
o material (signos e instrumentos) que possibilita o de- linguagem da criança pequena é, em sua maior parte,
senvolvimento das atividades psicológicas. egocêntrica”. Não serve aos fins nem às funções de co-
municação, serve somente para acompanhar a atividade
Isso significa que se deve analisar o reflexo do
e as sensações da criança.
mundo exterior no mundo interior dos indivíduos com
base na interação destes com a realidade. Para Piaget, a linguagem egocêntrica não desempe-
nha função importante na atividade infantil, pois o psicó-
Ainda segundo Vygotsky, para que o indivíduo se logo suíço crê que “atrofia e desaparece na idade escolar”.
constitua como pessoa, é fundamental que ele se in-
Vygotsky, por outro lado, acredita que a lingua-
sira em determinado ambiente cultural. As mudanças
gem egocêntrica assume, desde a mais tenra idade,
ao longo de seu desenvolvimento estão ligadas à sua
uma função importante e definida na atividade infantil:
interação com a cultura e a história da sociedade da
converte-se em um instrumento para pensar no sentido
qual faz parte.
estrito, ou seja, começa a exercer a função de planejar
Por isso, o aprendizado envolve sempre a interação a resolução da tarefa surgida no curso de sua atividade.
com outros indivíduos e a interferência direta ou indi-
Na teoria vygotskyana, o enfoque é sociointeracionis-
reta deles.
ta, já que para ele todo conhecimento é construído social-
Na teoria da aprendizagem denominada cognitivis- mente, no âmbito das relações humanas. A relação entre
mo, originada dos estudos do psicólogo suíço Jean Piaget, desenvolvimento e aprendizagem, do ponto de vista de
o aluno é um ser ativo no seu processo de aprendizado Vygotsky, está assentada no conceito de zona de desen-
– daí o nome “construtivismo”, metáfora que sugere volvimento proximal, definida como “a distância entre o
que o conhecimento é construído pelo aprendiz. nível de desenvolvimento real, que se costuma determi-
Diferentemente dos empiristas, para quem a infor- nar pela solução independente de problemas, e o nível de
mação deveria ser fornecida da forma mais simples pos- desenvolvimento potencial, determinado por meio da solu-
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ção de problemas sob a orientação de um adulto ou em priação de conhecimentos e procedimentos do sistema de
colaboração com companheiros mais capazes”. Vale dizer escrita alfabética que se relacionam a habilidades de: dife-
que, neste nível, o aprendiz não tem total autonomia, mas renciar desenhos e letras; conhecer as letras do alfabeto;
já tem elementos que possibilitam a realização de tarefas. compreender a posição determinada das letras no interior
Com base nesse conceito, tornam-se possíveis de- das palavras; relacionar grafema/fonema, para transformar
terminadas conclusões pedagógicas: som em letra; juntar letras para formar sílabas; juntar síla-
• a aprendizagem não deve ser um ato solitário, bas para formar palavras; juntar palavras para formar frases
mas de interação com o outro; e frases para formar textos, assim como compreender, as
regras ortográficas. Também se relacionam ao processo de
• o professor, antes de ser mero transmissor de alfabetização as capacidades motoras e cognitivas que en-
saberes, desempenha papel de mediador entre volvem as habilidades de ler e escrever seguindo a direção
aprendiz e conhecimento; correta da escrita na página, como a orientação da escrita
• a escola precisa levar em conta quanto de cola- de cima para baixo e da esquerda para a direita e as con-
boração o aluno necessita para chegar a produzir venções que indicam a delimitação de palavras (espaços
atividades de forma independente; em branco) e de frases (pontuação), fazer uso adequado
• o diálogo e a interação entre professor e aluno e de instrumentos de escrita (lápis, caneta, borracha, régua e
entre alunos devem ser permanentes, permean- outros) e aprendizagem de escrita de diferentes categoriza-
do o trabalho escolar. ções das letras (maiúsculas, minúsculas, imprensa, cursiva)
(SOARES e BATISTA, 2005).
ALFABETIZAÇÃO E O letramento consiste no “conjunto de conheci-
mentos, atitudes e capacidades envolvidas no uso da
LETRAMENTO língua em práticas sociais e necessários para uma parti-
As crianças, desde cedo, estão imersas no mundo le- cipação ativa e competente na cultura da escrita” (SOA-
trado, por isso trazem consigo para a escola experiências RES e BATISTA, 2005, p. 50). Os eventos de letramentos
diversas com a leitura e a escrita e suposições acerca de são concretizados com a leitura e a escrita de diferentes
seu funcionamento, que advêm de sua participação em gêneros textuais e escritos, em contextos formais e infor-
diferentes práticas sociais mobilizadas pela linguagem. mais, compreendidos como práticas sociais que ocorrem
Mesmo com avanços nos níveis de alfabetismo em função dos objetivos da situação comunicativa, da
da população e no acesso à educação básica, o índice relação entre interlocutores, do portador no qual os tex-
de analfabetismo funcional, segundo dados do Índice tos são publicados, dos espaços sociais em que circulam,
Nacional de Analfabetismo Funcional – INAF (2016), dos valores estéticos e éticos transmitidos.
chega a 27%. Isso quer dizer que, desse percentual, Em virtude disso, nesta coleção, concebem-se alfa-
muitas pessoas têm habilidades de escrever algo como betização e letramento como interfaces de um mesmo
seu nome, copiar alguma informação, porém não con- processo, no qual habilidades distintas são desenvolvi-
seguem interpretar nem usar a escrita e a leitura para das concomitantemente. A alfabetização e o letramento
outros fins que são solicitados usualmente numa socie- são processos que se entrelaçam e devem acontecer de
dade letrada. Segundo Maciel e Lúcio (2008), para que forma simultânea e indissociável, pois a apropriação do
interaja em práticas sociais efetivas em uma sociedade sistema de escrita alfabética (SEA) deve ocorrer intima-
letrada, o sujeito precisa apropriar-se do sistema alfa- mente nos usos sociais da língua, com a produção de
bético e ortográfico, que se obtém pelo processo de gêneros textuais orais e escritos. Desse modo, as ativi-
alfabetização, e da leitura e da escrita em diferentes dades de alfabetização constituem um meio para o es-
situações e contextos, cujo desenvolvimento de habili- tabelecimento de relações entre diferentes convenções e
dades ocorre no processo de letramento. notações e para a reflexão sobre estes nos processos das
A alfabetização consiste no ensino e no aprendizado práticas discursivas e sociais e de conhecimentos relevan-
da tecnologia da escrita alfabética-ortográfica, que envolve tes para a vida, de modo que as crianças possam falar,
um conjunto de conhecimentos e procedimentos relaciona- escutar, ler e escrever em diferentes contextos sociais.
dos tanto ao seu funcionamento de representação quan- A apropriação do sistema de escrita alfabética
to às capacidades motoras e cognitivas para manipulá-la (SEA) é o resultado esperado no processo de alfabeti-
(SOARES e BATISTA, 2005). Dessa forma, de acordo com zação. O SEA é concebido como um sistema notacional
Cafiero e Rocha (2008), a alfabetização envolve a apro- de sons (fonemas) e letras (grafemas), não um sistema
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de códigos, pois é preciso que sejam compreendidos, A apropriação do sistema de escrita alfabética se
e não apenas memorizados, o seu funcionamento e suas fundamenta nas hipóteses formuladas pelo aprendiz,
funções (MORAIS, 2012). Como Ferrero e Teberosky relacionadas às perguntas citadas, que oferecem infor-
(1986) demonstraram, para entender como o SEA funcio- mações às etapas do processo de alfabetização. Emi-
na, os aprendizes precisam mobilizar duas questões: “O lia Ferreiro e Ana Teberosky descreveram e explicaram
que a escrita nota (ou representa)? Como ela cria no- cada uma dessas etapas, apontando a existência de um
tações (representações)?” (MORAIS, 2014a). Para com- parâmetro evolutivo regular na construção de hipóte-
preendê-lo e explicá-lo, Morais (2012) criou um decálogo ses sobre a escrita, por parte das crianças, levando o
(dez princípios) sobre o SEA: professor a construir novo olhar sobre o processo de
alfabetização, para, assim, poder reavaliar e redirecio-
1. Escreve-se com letras, que não podem ser nar a sua prática. As etapas, segundo as autoras, com-
inventadas, que têm um repertório finito e que preendem três diferentes níveis: pré-silábico, silábico e
são diferentes de número e de outros símbolos; alfabético, sendo que o último é dividido em silábico-al-
2. As letras têm formatos fixos e pequenas fabético e alfabético.
variações produzem mudanças na identidade das No nível pré-silábico, a criança não estabelece rela-
mesmas (p, q, b, d), embora uma letra assuma for- ções entre a escrita e a pronúncia, ainda representa a es-
matos variados (P, p, P, p); crita por meio de desenhos, rabiscos ou letras aleatórias,
sem repetição e com o critério de no mínimo três. Nessa
3. A ordem das letras no interior da palavra
fase, a criança associa de maneira direta a palavra ao ob-
não pode ser mudada;
jeto a que se refere, não distingue ainda objeto da pala-
4. Uma letra pode se repetir no interior de vra que o representa. Acredita que a palavra “cão” deva
uma palavra e em diferentes palavras, ao mesmo ser maior que a palavra “formiga”, porque representa
tempo em que distintas palavras compartilham as um objeto maior e mais pesado. Essa hipótese foi deno-
mesmas letras; minada por Piaget de “realismo nominal”. A superação
5. Nem todas as letras podem ocupar certas do realismo nominal se dá quando a criança compreende
posições no interior das palavras e nem todas as que a palavra escrita, diferentemente do desenho, não
letras podem vir juntas de quaisquer outras; representa o objeto, mas o nome do objeto.
6. As letras notam ou substituem a pauta Quando a criança percebe que há estabilidade na es-
sonora das palavras que pronunciamos e nunca crita das palavras, isto é, que há uma forma única conside-
levam em conta as características físicas ou fun- rada convencional para escrever corretamente cada pala-
cionais dos referentes que substituem; vra, ela atinge a etapa subsequente: o nível silábico. Nesse
nível, a criança descobre a lógica da escrita por meio da
7. As letras notam segmentos sonoros meno- correspondência entre a representação escrita das palavras
res que as sílabas orais que pronunciamos; e as propriedades sonoras das letras, usando, ao escrever,
8. As letras têm valores sonoros fixos, apesar uma letra para cada emissão sonora, pois supõe que deve
de muitas terem mais de um valor sonoro e certos escrever tantos sinais quantas forem as vezes que mexe a
sons poderem ser notados com mais de uma letra; boca, ou seja, para cada sílaba oral corresponde uma letra
ou um sinal escrito. Nesta fase, é comum o uso aleató-
9. Além de letras, na escrita de palavras,
rio dos símbolos gráficos, empregando ora letras “inven-
usam-se, também, algumas marcas (acentos) que
tadas”, ora apenas consoantes, ora vogais, repetindo-as
podem modificar a tonicidade ou o som das letras
conforme o número de sílabas das palavras.
ou sílabas onde aparecem;
Para essa etapa, sugere-se:
10. As sílabas podem variar quanto às combi-
nações entre consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, • identificação, primeiramente, do próprio nome
CVC, V, VC, VCC, CCVCC...), mas a estrutura pre- e, depois, do nome dos colegas, evidenciando
dominante no português é a sílaba CV (consoante que nomes maiores nem sempre pertencem aos
– vogal) e todas as sílabas do português contêm, colegas maiores;
ao menos, uma vogal. • organização dos nomes (ou de outros textos),
(MORAIS, A. G. de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: seguindo critérios como som inicial, som final,
Melhoramentos, 2012. p. 51.) rimas, número de letras, entre outros;
IX
• organização de palavras-texto em ordem alfa- grafofonêmica entre as partes das palavras: contar as
bética e ilustrada por meio de desenhos, para letras e sílabas, pronunciar um a um os segmentos que
serem expostas na sala de aula; compõem a palavra, identificar ou produzir fonemas
• criação de jogos com os nomes; parecidos, adicionar ou subtrair segmentos sonoros,
comparar o tamanho das palavras e os segmentos so-
• trabalho com rótulos e embalagens de produtos
noros (rimas, fonemas, sílabas ou posição em que apa-
conhecidos; com recortes de jornais; com títulos
recem na palavra). Segundo Morais (2014b), não se
que remetam a assuntos ou temas próprios do
trata de treinar a consciência fonológica das crianças,
universo da criança etc.
artificialmente, mas permitir que brinquem com as pa-
Já no nível silábico-alfabético a criança compreen- lavras, com trava-línguas, jogo de rimas, entre outras. A
de que a escrita representa a fala e começa a perceber tomada de consciência sobre os aspectos fonológicos
que cada emissão sonora (sílaba) pode ser representa- da palavra e sua correspondência grafofonêmica é uma
da, na escrita, por uma ou mais letras. Nesse período, é condição necessária para o aprendiz avançar em dire-
comum a criança combinar só vogais ou só consoantes, ção à hipótese alfabética, mas não é condição suficien-
fazendo grafias equivalentes para palavras diferentes. te reconstruir os dez princípios do SEA.
Por exemplo, OA para “sopa” e para “bota”ou PT para Nesse processo, a intervenção do professor, como
“pote” e para “pato”. Em alguns casos, ela combina mediador das práticas de linguagem, deverá ser a de
vogais e consoantes em uma mesma palavra, em uma facilitar a apropriação do sistema de escrita alfabética
tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua es- e ajudar os aprendizes a construir os conhecimentos
crita socializável. Por exemplo, MAO para “macaco”. de modo gradativo, possibilitando a sistematização
Para a superação dessa fase, sugere-se: dos saberes produzidos. O papel do professor é de
• fazer a leitura apontada do texto do aluno, para utilizar estratégias de leitura, a fim de motivar as crian-
que ele perceba se o número de sons pronun- ças para o momento da leitura dos diferentes gêneros
ciados corresponde (ou não) ao que escreveu; textuais, como atividade permanente em sua rotina
diária, levantamento de conhecimentos prévios, enga-
• propor a escrita de listas com finalidades diversas
jamento das crianças nesses momentos, relacionando
(registrar o nome dos alunos ausentes/presentes,
as atividades de reflexão sobre o SEA e a realização
itens de uma feira, ingredientes de uma receita,
das correspondências som-grafia e a quantidade de
cardápio do lanche, títulos de textos lidos etc.);
letras das palavras, com as diferentes práticas de lin-
• promover a escrita coletiva ou individual de guagem em sala de aula.
parlendas, trava-línguas, charadas, provérbios,
entre outros. LEITURA
No nível alfabético, o aprendiz compreendeu que Tudo se reduz ao diálogo, à contraposição dialógi-
a escrita representa a pauta sonora das palavras, co- ca como centro. Tudo é meio, o diálogo é o fim. Uma
locando um grafema para cada um dos fonemas que só voz nada termina, nada resolve. Duas vozes são o
aparecem em cada sílaba, sem considerar as con- mínimo de vida. (BAKHTIN, 1979)
venções ortográficas. De acordo com Leite e Morais A prática da leitura é considerada um ato de cons-
(2012) “devemos estar atentos para o fato de que ter tituição do sentido, pois a linguagem é um fenômeno
alcançado uma hipótese alfabética não é sinônimo de profundamente social, histórico e ideológico, numa
estar alfabetizado. Se já compreendeu como o SEA relação direta com a construção do sujeito, porque
funciona, a criança tem agora que dominar as conven- todo discurso se constitui na fronteira entre aquilo
ções som-grafia de nossa língua.” que é seu e aquilo que é do outro, de acordo com a
Para superar as hipóteses de apropriação da es- concepção bakhtiniana da língua, ou seja, como um
crita, o aprendiz precisa desenvolver a consciência fo- processo. Bakhtin elege a enunciação como o motor
nológica que consiste num vasto conjunto de habili- essencial da língua, pois esta se constitui, segundo ele,
dades que permite a reflexão sobre as partes sonoras numa evolução ininterrupta, ou seja, num processo de
das palavras, assumindo uma atitude metacognitiva, criação contínua que se efetiva na e pela interação ver-
sobre o seu processo de alfabetização. Esse conjunto bal dos interlocutores.
de habilidades é variado quanto às operações que o Bakhtin, ao estabelecer relações entre língua e
aprendiz efetua ao refletir e realizar a correspondência vida, esclarece que “a língua penetra na vida pelos
X
enunciados que a realizam, e é também por meio dos O aluno deve ser considerado um receptor ativo
enunciados concretos que a vida penetra na língua”. e um produtor de diversos textos. Ao professor cabe
Assim, a utilização da língua se dá sempre sob a forma o papel de mediador no processo de desenvolvimento
de enunciados orais ou escritos, “concretos e únicos”, das capacidades cognitivas e metacognitivas, focando
utilizados pelos participantes em cada uma das ativida- o texto como o centro de todo processo de ensino e de
des humanas. aprendizagem e conduzindo o aluno a compreender o
Considera ainda que cada esfera de utilização processo de construção dos sentidos produzidos dialo-
da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de gicamente no convívio social.
enunciados — os gêneros do discurso, como denomi-
na, com características temáticas, composicionais e es- A leitura é objeto historicamente reconhe-
tilísticas próprias. cido de aprendizagem em Língua Portugue-
Se, por um lado, Bakhtin destaca a individualidade sa. Se, para os outros componentes curricula-
do enunciado, por outro, reconhece os gêneros como res, ela é instrumento, em Língua Portuguesa
enunciados “relativamente estáveis” utilizados em dife- é tema central. O eixo Leitura compreende a
rentes situações de comunicação. aprendizagem da decodificação de palavras e
O dialogismo bakhtiniano define o texto como um textos (o domínio do sistema de escrita alfa-
“tecido de muitas vozes” ou de muitos textos ou dis- bética), o desenvolvimento de habilidades de
cursos, que se entrecruzam, completam-se, respondem compreensão e interpretação de textos verbais
uns aos outros ou polemizam entre si no interior do e multimodais e, ainda, a identificação de gêne-
texto. Por outro lado, o dialogismo diz respeito também ros textuais, que esclarecem a contextualização
às relações que se estabelecem entre o eu e o outro nos dos textos na situação comunicativa, o que é
processos discursivos instaurados historicamente pelos essencial para compreendê-los. São também
sujeitos que, por sua vez, instauram-se e são instaura- constituintes essenciais desse eixo, por sua re-
dos por esses discursos. levância para a compreensão e interpretação de
textos, o desenvolvimento da fluência e o enri-
É no acontecimento da enunciação que a palavra se
quecimento do vocabulário. (BNCC, p. 64)
torna concreta, como signo ideológico, e se transforma
de acordo com o contexto em que surge. É no aconteci-
mento da enunciação que ocorre polifonia, pois, segun- As atividades de leitura precisam se configurar em
do Bakhtin, “a palavra é o produto da relação recíproca práticas de compreensão e interpretação de textos
entre falante e ouvinte, emissor e receptor”. verbais, verbo-visuais e multimodais de diferentes gê-
Durante a leitura, o leitor depara-se com ideias que neros textuais, que tenham relação direta com o co-
podem refutar, confirmar e antecipar respostas e objeti- tidiano do aluno e seja de seu interesse, com temas
vos. A leitura de textos passa a ser a forma mais imedia- apropriados à faixa etária, imagens representativas e
ta de aquisição – confrontação de sentidos acumulados nível de textualidade com vocabulário e recursos ex-
historicamente pelo uso da linguagem. Isso significa pressivos adequados ao nível de proficiência leitora.
que, num mundo demarcado pela comunicação escri- Essas práticas precisam levar em consideração as es-
ta, cabe ao aluno, orientado pelo professor, a tarefa de tratégias de leitura, de modo que possam desenvolver
negociar os sentidos e os diferentes significados históri- diferentes habilidades que possibilitem a reconstrução
cos e culturais que lhe são apresentados nos textos que das condições de produção e recepção de diferentes
lê, do confronto de opiniões e pontos de vista funda- gêneros textuais, a reflexão sobre o seu conteúdo te-
mentados, discutido as diferentes perspectivas que se mático e sobre o léxico do texto.
encontram em jogo. Na BNCC, há uma separação entre os eixos leitura
Ao compreender o uso da linguagem como intera- e educação literária. Essa separação pode ser explicada
ção na sociedade, o aluno amplia seu conhecimento de da seguinte forma:
si e do outro, num processo dialógico, passa a utilizar as
diferentes linguagens como meio de comunicação, ou O eixo Educação literária tem estreita rela-
processo de construção de significados, tornando-se re- ção com o eixo Leitura, mas se diferencia deste
ceptor e produtor de diversos textos, entendidos como por seus objetivos: se, no eixo Leitura, predomi-
unidade básica da linguagem verbal oral e escrita. nam o desenvolvimento e a aprendizagem de
XI
habilidades de compreensão e interpretação de sino e aprendizagem de Língua Portuguesa “é garan-
textos, no eixo Educação literária predomina a tir a todos os alunos o acesso aos saberes linguísticos
formação para conhecer e apreciar textos literá- necessários para a participação social e o exercício da
rios orais e escritos, de autores de língua por- cidadania, pois é por meio da língua que o ser hu-
tuguesa e de traduções de autores de clássicos mano pensa, comunica-se, tem acesso à informação,
da literatura internacional. Não se trata, pois, no expressa e defende pontos de vista, partilha ou cons-
eixo Educação literária, de ensinar literatura, mas trói visões de mundo e produz conhecimento (BNCC,
de promover o contato com a literatura para a 2017, p. 63).
formação do leitor literário, capaz de apreender Nesta coleção, os conhecimentos linguísticos e
e apreciar o que há de singular em um texto cuja discursivos com os quais o aluno opera ao participar
intencionalidade não é imediatamente prática, das práticas mediadas pela linguagem são o objeto de
mas artística. (BNCC, p. 65) estudo. O trabalho com o sistema alfabético, como sis-
tema ortográfico e com aspectos gramaticais é consi-
derado instrumento de apoio para discussões e/ou re-
Desse modo, a educação literária tem como ob- flexões sobre a organização funcional da língua, como
jetivo possibilitar o desenvolvimento de habilidades meio de melhorar a qualidade da produção linguística,
de leitura e produção textual voltados à compreen- tornando-se uma ferramenta essencial na importante
são singular e plurissignificativa dos contextos de e indispensável tarefa de revisão, reescrita e/ou rees-
produção desses textos e das características desses truturação ou refacção de textos.
discursos. Além disso, possibilita apreciação esté-
Segundo Geraldi (1991, p. 74), “a análise linguís-
tica, reflexão sobre os recursos de sentido e as di-
tica não se limita à higienização do texto em seus as-
mensões estética e sociocultural dessas produções,
pectos gramaticais e ortográficos”, pois uma série de
compreendendo o texto literário como expressão de
elementos textuais podem ser reelaborados durante
identidades e de diversidade cultural. A leitura de
esse processo, por exemplo:
textos de gênero literário proporciona a vivência em
mundos ficcionais, assim como a ampliação da visão • as regularidades linguísticas dos gêneros;
de mundo, pela experiência de outras épocas, de ou- • as especificidades de produção;
tros espaços, de outras culturas, de outros modos de
vida e de outros seres humanos. Para a formação do • as questões semânticas;
leitor, cujas intencionalidades podem ser práticas ou • a função do texto;
artísticas, há a necessidade de criação de espaços e
• o interlocutor;
momentos de leitura e reflexão como “cantinho de
leitura da classe” e rodas de leitura e conversa, de • as questões ortográficas e morfossintáticas;
modo que possa selecionar e recomendar ou não o • as questões relacionadas às consciências grafo-
que leu. Essas ações se mostram relevantes para que fonêmica e silábica;
todas as crianças tenham contato com livros, revistas
e jornais, mesmo que, a princípio, seja para manuseá- • a coerência e a coesão;
-los, olhá-los, percorrê-los. • os recursos expressivos (metáforas, discurso dire-
to ou indireto, paráfrases, pontuação, citações).
XII
as repetições, as combinações possíveis, a quantidade Essa orientação da palavra em função do
de letras e de sílabas orais etc. interlocutor tem uma importância muito gran-
Isso não significa, de modo algum, relegar o sen- de. Na realidade, toda palavra comporta duas
tido discursivo e dialógico da linguagem ao segundo faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que
plano. Trata-se de instrumentalizar o aluno para ga- procede de alguém, como pelo fato de que se
dirige para alguém. Ela constitui justamente o
rantir também sua autonomia. Sem o domínio do sis-
produto da interação do locutor e do ouvinte.
tema de escrita, a compreensão de seu caráter social
[...] A palavra é uma espécie de ponte lançada
e constitutivo pode até acontecer. Todavia, a liberdade
entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre
ou independência intelectual, a capacidade de se go-
mim numa extremidade, na outra apoia-se so-
vernar por si mesmo, ainda estará comprometida. bre meu interlocutor. A palavra é o território
Para um trabalho de língua voltado para essa comum do locutor e do interlocutor. (BAKHTIN,
perspectiva, o papel do professor é fundamental, 2002. p. 113)
pois, como mediador competente, torna-se o respon-
sável pela transposição didática, pelo processo de for-
mação de um indivíduo capaz de dominar a língua, O texto compreende, em sua configuração, a arti-
de compreender e respeitar suas variedades sabendo culação de elementos inter e intradiscursivos.
escolher a mais adequada a cada situação concreta Os elementos interdiscursivos referem-se à ma-
de comunicação. neira como um determinado discurso estabelece uma
interação com outros discursos, que se lhe compõem
ou não.
ESCRITA Os elementos intradiscursivos, por sua vez, dizem
A prática de produção de textos visa à apropriação respeito ao modo como é estabelecida linguisticamen-
de diferentes linguagens, partindo de propostas signi- te essa interação, ou seja, o modo como é tecida a
complexa rede de sentidos que constitui o texto.
ficativas, reais e constantes e deve ser entendida como
um processo comunicativo e cognitivo realizado por O texto é uma síntese complexa de interação do
meio de atividades discursivas e dialógicas. discurso com ele mesmo e também entre interlocuto-
res, que se tornam, desse modo, coprodutores daquele
Para tanto, é necessário que essa prática se realize
discurso, uma vez que desvelam e identificam, a partir
em um espaço/tempo em que sejam consideradas as do nível intradiscursivo, inscrito na materialidade lin-
funções e a estrutura do texto, seja ele oral ou escrito, guística do texto, as contradições e/ou alianças interdis-
bem como as condições nas quais é produzido. cursivas estabelecidas e desenvolvidas por eles em toda
Os textos são, portanto, duplamente determina- a extensão intradiscursiva.
dos: pelos sentidos do discurso que aparecem no pró- Se é no texto que a linguagem se materializa em
prio texto e por formas, significados e construções de sua totalidade discursiva e concreta, a compreensão
um gênero específico. de texto leva a considerar, como Geraldi (1995, p. 37),
A superfície textual, o que está explícito em for- que para a produção de uma unidade textual é neces-
mas linguísticas, é um dos elementos da construção do sário que:
sentido do texto; não é, todavia, o único. Para com- a) se tenha o que dizer;
preender a profusão de informações e efeitos de senti- b) se tenha uma razão para dizer o que se tem
do que o uso da linguagem é capaz de produzir, temos, a dizer;
no nosso papel de coprodutores dos textos veiculados c) se tenha para quem dizer o que se tem a dizer;
pelos indivíduos, que nos remeter aos elementos que
d) o locutor se constitua como tal, enquanto sujei-
circundam os atos de linguagem. A cena enunciativa
to que diz o que diz para quem diz [...];
propõe ou impõe elementos que são fundamentais à
e) se escolham as estratégias para realizar (a), (b),
construção do(s) sentido(s) do texto da argumentação
(c) e (d).
que se faz em torno das questões propostas pelo locu-
tor ao seu interlocutor, dos jogos manipulativos que se Nessa perspectiva, é importante, desde o proces-
dão por meio da linguagem. Cabe aqui uma referência so: inicial de alfabetização, acompanhar e estimular
às palavras de Bakhtin: os alunos a escreverem nas mais diversas situações
XIII
comunicativas, refletindo com eles a respeito dos se- • clareza;
guintes aspectos:
• segmentação de palavras;
• função da escrita;
• ortografia de acordo com a convenção;
• gênero textual;
• acentuação;
• interlocutor;
• uso adequado de letra maiúscula;
• recursos linguísticos;
• pontuação;
• recursos gráficos.
• concordâncias verbal e nominal;
Compreendido isso, será possível contribuir para a • recursos coesivos;
formação de produtores competentes, aptos a analisar
o próprio texto e verificar se está ambíguo, confuso, • seleção vocabular adequada ao interlocutor;
redundante ou incompleto. E, ainda, constatar se está • uso adequado da margem;
adequado ao interlocutor, ao objetivo a que se propõe,
• elementos que caracterizam o gênero etc.
ao suporte textual, ao momento da produção, ou seja,
ao contexto comunicativo. Não é necessário, todavia, que todos esses aspectos
Para escrever, deve-se ter um objetivo: situação co- sejam analisados sempre em todos os textos. O professor
municativa, os interlocutores (quem escreve/para quem poderá selecionar os aspectos a serem discutidos, consi-
escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); derando as necessidades individuais ou da turma.
a circulação (onde o texto vai circular); o portador (onde
o texto será publicado ou veiculado); a linguagem, a
organização, a estrutura; o tema e o assunto do texto. ORALIDADE
No processo de alfabetização, reescrever, reestru- A prática de oralidade é, sem dúvida, a mais utili-
turar ou refazer textos produzidos pelos alunos torna-se zada no processo comunicativo interacional humano, o
uma aliada fundamental para o sucesso da atividade que justifica um trabalho de análise e reflexão sobre os
de produção textual. É importante que, durante o pro- seus usos e formas.
cesso de análise da produção do aluno, o professor Ao chegar à escola, os alunos já dominam algu-
aborde não somente as inadequações cometidas, mas mas das variedades da fala, geralmente relacionadas às
os acertos e os aspectos positivos do texto. Os acertos instâncias privadas. Cabe, então, à escola desenvolver
são os indicativos de conteúdos que o aluno já domina, habilidades que lhes permitam usar a língua falada em
enquanto as inadequações indicam os conteúdos ainda instâncias públicas.
a serem apropriados. Esse processo auxilia o professor
Nesse sentido, a escrita torna-se uma boa aliada,
no estabelecimento de um diagnóstico pontual e pode
à medida que o professor vai relacionando-a com a lín-
gerar critérios para seu planejamento. Sugere-se que a
gua oral (em que situação comunicativa a fala se mostra
reescrita seja feita em dois níveis: coletivo e individual.
mais eficiente que a escrita? Quais os aspectos típicos
Na reescrita coletiva, o texto escolhido deve possi- da produção oral? Em que momentos da escrita poderá
bilitar a reflexão das dificuldades gerais da turma, tendo acontecer a transcrição da fala? Ou: é possível trans-
por objetivo discutir as ideias do texto, bem como sua crever a fala?). Outro aspecto relevante no estudo da
organização. fala é a possibilidade de identificar a imensa riqueza e
A reescrita individual deve ser feita pelo aluno com variedade de usos da língua. Ao serem trabalhadas as
a mediação do professor, pois tem o intuito de levar o noções de “gíria”, “dialeto”, “sotaque”, “padrão”, “va-
autor a perceber os conteúdos que ele domina e os que riante” e outras, prepara-se o aluno para compreender
ainda necessita apropriar-se. que a língua não é homogênea nem monolítica.
Alguns aspectos sobre os quais se pode refletir no Mais uma importante reflexão a respeito da orali-
momento da reescrita são: dade: a compreensão do texto oral “exige” outros níveis
• fuga do assunto; de interpretação, porque o produtor do discurso está
presente, o que possibilita a interferência do interlocu-
• unidade temática;
tor de maneira imediata, se assim o desejar e a situação
• sequência lógica (início, meio e fim); permitir. O que já não acontece no caso do texto escrito,
XIV
quando o autor está ausente, podendo, assim, exigir do pátio, no horário do lanche) – para a constata-
leitor inferências mais complexas. ção de que o discurso oral varia de acordo com
Em função dessas considerações, o professor preci- a situação de comunicação;
sa transformar a sala de aula em um ambiente dinâmico • contato com diferentes variedades linguísticas,
e repleto de vozes, em que a troca de ideias e o respeito para que possam tomar consciência de que a
mútuo estejam presentes a cada assunto tratado. língua é um fenômeno histórico e sociocultural;
Além disso, as atividades que levam as crianças a re-
• respeito às diferenças e rejeição a qualquer for-
fletirem sobre o que e como falar, em cada situação de
ma de preconceito, compreendendo seus usos
comunicação, constituem um processo de elaboração do
e implicações.
pensamento e da linguagem, não devendo ser ignoradas.
Durante as situações de leitura e escrita, o trabalho As atividades que visam à prática da língua, de
com a oralidade se faz presente. Entretanto, atividades uma maneira não artificializada, permitem às crianças
específicas envolvendo a prática de oralidade devem a expansão das possibilidades de uso da linguagem e a
ser previstas, para que o aluno não só reconheça as intensificação de suas relações pessoais.
características do discurso oral em diferentes situações
Eleger a língua oral como conteúdo exige o plane-
comunicativas, mas respeite as diversas formas e usos
jamento de ações pedagógicas que garantam, na sala
da língua falada.
de aula, atividades sistemáticas de fala, escuta e refle-
Para isso, a escola poderá oportunizar ao aluno: xão sobre a língua, tais como:
• relato de histórias vividas, lidas ou ouvidas;
• produção e interpretação de uma ampla varie-
• conto de “causos” e piadas; dade de textos orais;
• brincadeiras, explicitando as regras; • observação de diferentes usos da língua oral;
• apresentação de trabalhos das diferentes áreas
• reflexão sobre os recursos que a língua ofere-
de ensino para sua turma e para outras turmas
ce para alcançar diferentes finalidades comu-
da escola (ou, quem sabe, para a comunidade);
nicativas, diversificando o tipo de assunto e os
• escuta de gravações de telejornais para poste- aspectos formais que cada situação demanda
rior análise do discurso oral utilizado; (diante de diferentes interlocutores, diferentes
• gravação de conversas em situações comunica- intenções), de modo que os alunos transitem
tivas distintas – formal (debate de assunto pro- das situações mais informais e coloquiais para
posto pelo professor) e informal (conversas no outras, mais estruturadas e formais.
XV
PRIMEIRO ANO
Unidade 1 – Nomes, imagens e histórias
Alfabeto
Nome próprio
Tudo tem nome no Placas e ícones Letra inicial de palavra Lista de regras (combinados) para boa
mundo Letra de canção Número de letras de palavra convivência na sala de aula
Letra inicial e final de palavra
Letras vogais
Nomes de personagens
Letra inicial de palavra
Sílaba Narrativa visual: montagem de narrativa a partir de cenas disponíveis
Imagens que contam Número de sílabas em quadrinhos
Narrativa visual
histórias Número de letras de palavra
Número de letras de sílaba Contação de histórias: apresentação oral da história criada
Comparação sílabas/letras
Formações silábicas
Ordem alfabética e o contexto de uso
Alfabeto de imprensa minúsculo
Escrita de nome próprio em letra de imprensa
Texto de divulgação maiúscula e minúscula
Desenhos e letras
científica Letras consoantes
Número de letras e de sílabas de palavra
Palavras dentro de palavras
Análise sonora das palavras
f/v
Ordenação de sílabas para formação de palavra
Relato de experiência Alteração da segunda letra com consequente alteração
Relato de
Brincar é uma arte vivida da palavra
experiência
Pintura p/b
Sílaba, número de letras da sílaba, número de sílabas
Ordem alfabética
XVI
Palavras embaralhadas
Sílabas embaralhadas
Desenho legendado
Letras embaralhadas
O brinquedo na história Reportagem p/b
Elaboração de álbum com
Sílaba ca em diferentes posições nas palavras
fotolegenda de brinquedos
Comparação entre palavras quanto ao número de letras
e de sílabas
Anúncio de Campanha de Sílabas iniciadas por c com som /k/ Spot (arquivo de áudio) de conscientização sobre
Textos por toda casa conscientização r no meio da sílaba os cuidados contra o mosquito da dengue e
Bilhete l no meio da sílaba outras doenças
Leitura de sílabas
Número de sílabas Saudação
Histórias que
Fábula Palavras dentro de palavras O aluno assume o lugar de um personagem e cria sua própria
ensinam
Letras embaralhadas saudação
ch (leitura)
r e rr
r em diferentes posições nas palavras
lh
Uma voz da África Lenda Reconto oral de lenda
l e lh (leitura e escrita)
Palavras dentro de palavras
Nomes das letras do alfabeto
XVII
SEGUNDO ANO
Unidade 1 – Da pedra à tela
Produção de texto,
Capítulos Gêneros de leitura Conteúdos linguísticos
gêneros e atividades
Comunicação Tirinha (M. Sousa) Sílabas; número de sílabas; número de letras; comparação entre palavras quanto
HQ sem texto verbal
pelas imagens HQ (M. Sousa) ao número de sílabas e de letras; vogais e consoantes; formação silábica
De palavra
Letra de canção Sons de c e ç; usos de ç; rimas Glossário de expressões com a palavra “mão”
em palavra
Que nome Formação de palavras com letras aleatórias; substituição de letra para forma- Acrósticos
Acróstico
se esconde? ção de nova palavra; antônimo; sons da letra g (leitura e escrita) Mural de acrósticos
Batalha de rimas
Rima, rima, Poema
Som da letra j; g com som de j; antônimo; formação do antônimo por prefixo Completar rimas das quadrinhas lidas por
rimador Quadrinhas
outro grupo
XVIII
Unidade 3 – Você quer brincar comigo?
Produção de texto,
Capítulos Gêneros de leitura Conteúdos linguísticos
gêneros e atividades
Uma corrida Sinônimos e antônimos; usos do ponto de interrogação; uso do travessão para
Fábula Dramatização da fábula
e tanto indicação de diálogo; letra cursiva
XIX
TERCEIRO ANO
Unidade 1 – Falando em natureza…
Produção de texto,
Capítulos Gêneros de leitura Conteúdos linguísticos
gêneros e atividades
Divulgação científica
Pau-brasil, Lh / li; r em início, meio e fim da sílaba; encontros consonantais
Quadro Pesquisa / Cartaz
quem já viu? com r
Poema
Flor amarela
Haicai Acentos agudo e circunflexo; hífen Haicai
da primavera
E a fauna, Reportagem Sons da letra g; gue / gui; g / j; palavras derivadas; gêneros do substantivo;
Texto expositivo
como fica? Texto expositivo página de dicionário
Vamos para H inicial; grafia de palavras derivadas; dígrafos com h: ch, lh, nh; letras
Anúncio Cartaz / Enquete
uma festa? cursivas
XX
Unidade 3 – Aprendendo a conviver
Produção de texto,
Capítulos Gêneros de leitura Conteúdos linguísticos
gêneros e atividades
Crianças
HQ Usos da inicial maiúscula; o e u em final de palavras Estatuto da classe – direitos e deveres
têm direitos
XXI
QUARTO ANO
Unidade 1 – Histórias de heróis
Produção de texto,
Capítulos Gêneros de leitura Conteúdos linguísticos
gêneros e atividades
Adjetivos e locuções adjetivas / substantivos concretso e abstratos / próprios e Mito (grego)
Um herói invencível Mito grego
comuns / verbo (definição) Exposição de perfis de heróis míticos
Pronomes pessoais Mito (africano)
Heróis da natureza Mito africano
Dêiticos, catáforas, anáforas Festival de recontos orais
Pronomes pessoais do caso oblíquo HQ
Perfil de super-herói
Super-heróis Dêiticos com imagens Galeria de perfis de heróis de HQ
HQ de anti-herói
Interjeição e onomatopeia + ponto de exclamação (conhecidos e criados)
XXII
QUINTO ANO
Unidade 1 – Alimentação e saúde: informe-se!
Produção de
Gêneros Conteúdos Habilidades
Capítulos texto, gêneros e
de leitura linguísticos da BNCC
atividades
(EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares, contextuais e morfo-
lógicas e palavras de uso frequente com correspondências irregulares.
(EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados,
de acordo com o contexto de uso), comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas
científicas com esses mesmos termos utilizados na linguagem usual.
(EF05LP15) Ler/assistir e compreender, com autonomia, notícias, reportagens, vídeos em vlogs argumentativos,
dentre outros gêneros do campo político-cidadão, de acordo com as convenções dos gêneros e considerando
a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF05LP17) Produzir roteiro para edição de uma reportagem digital sobre temas de interesse da turma, a partir
de buscas de informações, imagens, áudios e vídeos na internet, de acordo com as convenções do gênero e
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF05LP19) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social, com base em conhecimentos
sobre fatos divulgados em TV, rádio, mídia impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes.
(EF05LP23) Comparar informações apresentadas em gráficos ou tabelas.
(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes
de informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comuni-
cativa e o tema/assunto do texto.
(EF05LP26) Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concor-
dância nominal e verbal, convenções de escrita de citações, pontuação (ponto final, dois-pontos, vírgulas em
enumerações) e regras ortográficas.
(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa
cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecen-
do para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sen-
tidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
Notícia sobre textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e
Alimentação alimentação e saúde inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
saudável
Fonemas- Gravar uma notícia a (EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
versus Notícia
grafemas partir de um roteiro (EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para
obesidade
como um repórter corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
infantil
Produção de notícia
(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustran-
do, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido
pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF15LP12) Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção
do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de
voz.
(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em
meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após
a leitura.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da
frase ou do texto.
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia,
regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de
interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas
e de acordo com as características do gênero textual.
(EF35LP16) Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público
infantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica
de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclu-
sive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e
sonoros e de metáforas.
XXIII
(EF05LP03) Acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
(EF05LP04) Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos e reconhecer, na leitura de
textos, o efeito de sentido que decorre do uso de reticências, aspas, parênteses.
(EF05LP09) Ler e compreender, com autonomia, textos instrucional de regras de jogo, dentre outros gêneros do
campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a
finalidade do texto.
(EF05LP12) Planejar e produzir, com autonomia, textos instrucionais de regras de jogo, dentre outros gêneros
do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e
a finalidade do texto.
(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de
informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa
e o tema/assunto do texto.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos,
da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de pro-
dução e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais,
recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências
realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos
Campanha informati-
multissemióticos.
va sobre alimentação
e saúde (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunica-
Acentuação tiva, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a cir-
de oxítonas, Podcast culação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do
paroxítonas e Gravação de campa- texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias
Verbete enci-
O poder proparoxítonas. nha informativa sobre à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
clopédico
das cores Pontuação - alimentação e saúde (EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corri-
Texto didático
vírgula, Resumo gi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
ponto e vírgula (EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustran-
Produção de um re-
e dois pontos. do, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
sumo para um painel
na feira de ciências (EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido
da escola. pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e
solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
(EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e inter-
pretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopéias).
(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.
(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos
curtos com nível de textualidade adequado.
(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios
digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase
ou do texto.
(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e
de acordo com as características do gênero textual.
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e
naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusi-
ve aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados,
de acordo com o contexto de uso), comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas
científicas com essesmesmos termos utilizados na linguagem usual.
(EF05LP04) Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos e reconhecer, na leitura de
textos, o efeito de sentido que decorre do uso de reticências, aspas, parênteses.
(EF05LP15) Ler/assistir e compreender, com autonomia, notícias, reportagens, vídeos em vlogs argumentativos,
Notícia / Reportagem dentre outros gêneros do campo político-cidadão, de acordo com as convenções dos gêneros e considerando
/ Entrevistas a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF05LP16) Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual
Uso de parên- Jornal falado.
Descobrindo é mais confiável e por quê.
teses, Produção de uma
novos Reportagem (EF05LP17) Produzir roteiro para edição de uma eportagem digital sobre temas de interesse da turma, a partir
reticências e reportagem com uma
sabores de buscas de informações, imagens, áudios e vídeos na internet, de acordo com as convenções do gênero e
aspas. pequena entrevista considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
sobre alimentação /
merenda escolar. (EF05LP26) Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concor-
dância nominal e verbal, convenções de escrita de citações, pontuação (ponto final, dois-pontos, vírgulas em
enumerações) e regras ortográficas.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sen-
tidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
XXIV
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos
multissemióticos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comu-
nicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê);
a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e
forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações
necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para
corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustran-
do, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
(EF15LP08) Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzi-
dos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido
pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e inter-
pretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias).
Notícia / Reportagem (EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em
/ Entrevistas meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após
Uso de parên- Jornal falado. a leitura.
Descobrindo
teses, Produção de uma (EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
novos Reportagem
reticências e reportagem com uma (EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
sabores
aspas. pequena entrevista (EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da
sobre alimentação / frase ou do texto.
merenda escolar. (EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia,
regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de
interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas
e de acordo com as características do gênero textual.
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de
palavras com relações irregulares fonema-grafema.
(EF35LP16) Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público
infantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica
de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais.
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e
naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.
(EF35LP19) Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e
palestras.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclu-
sive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e perso-
nagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a
construção do discurso indireto e discurso direto.
(EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados, de
acordo com o contexto de uso), comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científi-
cas com esses mesmos termos utilizados na linguagem usual.
(EF05LP08) Diferenciar palavras primitivas, derivadas e compostas, e derivadas por adição de prefixo e de sufixo.
(EF05LP22) Ler e compreender verbetes de dicionário, identificando a estrutura, as informações gramaticais
(significado de abreviaturas) e as informações semânticas.
Palavras (EF05LP26) Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concor-
primitivas, dância nominal e verbal, convenções de escrita de citações, pontuação (ponto final, dois-pontos, vírgulas em
As histórias Poema derivadas e Poema narrativo enumerações) e regras ortográficas.
que os narrativo compostas (EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos,
poemas e cordel Declamação de
Prefixos e Poemas da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de pro-
contam narrativo dução e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais,
sufixos
recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências
Morfologia
realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunica-
tiva, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a cir-
culação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do
texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias
à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
XXV
(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido
pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão
lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.
(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios
digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase
ou do texto.
Palavras (EF35LP13) Memorizar a grafia de palavras de uso frequente nas quais as relações fonema-grafema são irregulares
primitivas, e com h inicial que não representa fonema.
As histórias Poema derivadas e Poema narrativo
que os narrativo (EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e
compostas naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.
poemas e cordel Declamação de
Prefixos e Poemas (EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive
contam narrativo
sufixos aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
Morfologia (EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de
divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.
(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos
e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de persona-
gens.
(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e perso-
nagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a
construção do discurso indireto e discurso direto.
(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de pala-
vras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.
(EF35LP28) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação adequadas.
(EF05LP05) Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sen-
tidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunica-
tiva, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a cir-
culação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do
texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias
à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Os Verso / Rima Poema lírico (EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em
sentimentos meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após
x / ch “Roda de Rimas”,
que os Soneto lírico a leitura.
sonetos Verbos de ação construindo uma lista
de rimas (EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
cantam / Modos verbais
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da
frase ou do texto.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclu-
sive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de
divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.
(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de
palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.
(EF35LP28) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação adequadas.
(EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e
sonoros e de metáforas.
(EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados, de
acordo com o contexto de uso), comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científicas
com esses mesmos termos utilizados na linguagem usual.
(EF05LP08) Diferenciar palavras primitivas, derivadas e compostas, e derivadas por adição de prefixo e de sufixo.
As palavras Versificação / Poema visual (EF05LP28) Observar, em ciberpoemas e minicontos infantis em mídia digital, os recursos multissemióticos presen-
e as imagens Rimas tes nesses textos digitais.
Poema visual Varal de poemas
dos poemas (EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
visuais Polissemia visuais
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e
recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráfi-
cos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e
durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
XXVI
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comu-
nicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê);
a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e
forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações
necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
(EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e inter-
pretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias).
(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de sentido criados pelo formato do texto
na página, distribuição e diagramação das letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
As palavras Versificação / Poema visual (EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
e as imagens Rimas
Poema visual Varal de poemas (EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da
dos poemas
Polissemia visuais frase ou do texto.
visuais
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e
naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclu-
sive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de
divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.
(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de
palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.
(EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e
sonoros e de metáforas.
(EF05LP08) Diferenciar palavras primitivas, derivadas e compostas, e derivadas por adição de prefixo e
de sufixo.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sen-
tidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comu-
nicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê);
a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e
forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações
necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido
pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF15LP12) Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do
olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.
Grau dos Relatos de vida (EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informa-
Vivendo no Relato de adjetivos ções, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).
Brasil imigrante Comentário crítico
Pronomes sobre os relatos (EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde,
de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de
assombração etc.) e crônicas.
(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos
curtos com nível de textualidade adequado.
(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em
meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após
a leitura.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da
frase ou do texto.
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia,
regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de
interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes
pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal
(pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, compara-
ção), com nível suficiente de informatividade.
XXVII
(EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas, identificando
características regionais, urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como caracte-
rísticas do uso da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos
linguísticos.
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na
escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a
Grau dos Relatos de vida situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Vivendo no Relato de adjetivos (EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas
Brasil imigrante Comentário crítico
Pronomes sobre os relatos pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclu-
sive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de
divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.
(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de
palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.
(EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados,
de acordo com o contexto de uso), comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas
científicas com esses mesmos termos utilizados na linguagem usual.
(EF05LP08) Diferenciar palavras primitivas, derivadas e compostas, e derivadas por adição de prefixo e
de sufixo.
(EF05LP17) Produzir roteiro para edição de uma reportagem digital sobre temas de interesse da turma, a partir
de buscas de informações, imagens, áudios e vídeos na internet, de acordo com as convenções do gênero e
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes
de informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comuni-
cativa e o tema/assunto do texto.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sen-
tidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos
multissemióticos.
Ortografia (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comu-
Derivação a nicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê);
Idas e vindas: Artigo de partir de verbos Relato oral de a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e
a imigração no divulgação (-ção / -ssão) imigrantes forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações
Brasil científica necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Substantivo Fichamento
derivado de (EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para
verbo corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustran-
do, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
(EF15LP08) Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzi-
dos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido
pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informa-
ções, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).
(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos
curtos com nível de textualidade adequado.
(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em
meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após
a leitura.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na
escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclu-
sive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
XXVIII
(EF05LP17) Produzir roteiro para edição de uma reportagem digital sobre temas de interesse da turma, a partir de
buscas de informações, imagens, áudios e vídeos na internet, de acordo com as convenções do gênero e conside-
rando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF05LP23) Comparar informações apresentadas em gráficos ou tabelas.
(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de
informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e
o tema/ assunto do texto.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos,
da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais,
recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências
realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos
multissemióticos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa,
os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
(onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu
tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção
Infográfico do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Numerais Entrevista oral (EF15LP08) Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos,
E foi preciso Conto (com Infográfico explorando os recursos multissemióticos disponíveis.
Adjetivos
mudar de país narração (EF15LP12) Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do
gentílicos ou Conto (com narração
do jogo de olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.
pátrios do jogo de futebol)
futebol) (EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações,
apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).
(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos
curtos com nível de textualidade adequado.
(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios
digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e
suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica,
entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos
no rádio e TV, aula, debate etc.).
(EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas, identificando caracterís-
ticas regionais, urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como características do uso
da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos linguísticos.
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e
naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.
(EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas
pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
(EF35LP19) Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e palestras.
(EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados, de
acordo com o contexto de uso), comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científicas
com esses mesmos termos utilizados na linguagem usual.
(EF05LP15) Ler/assistir e compreender, com autonomia, notícias, reportagens, vídeos em vlogs argumentativos,
dentre outros gêneros do campo político-cidadão, de acordo com as convenções dos gêneros e considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF05LP16) Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual é
mais confiável e por quê.
(EF05LP19) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social, com base em conhecimentos sobre
fatos divulgados em TV, rádio, mídia impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes.
(EF05LP22) Ler e compreender verbetes de dicionário, identificando a estrutura, as informações gramaticais (signi-
Relatório de pesquisa ficado de abreviaturas) e as informações semânticas.
(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de
Coesão textual: informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e
Roteiro de
Uma nova substituição o tema/assunto do texto.
Verbete apresentação de
vida lexical e (EF05LP25) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de dicionário, digitais ou impressos, considerando
Seminário
pronominal a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
(EF05LP27) Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de
Exposição oral relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível adequado de informatividade.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos,
da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais,
recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências
realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comu-
nicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê);
a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e
forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações
necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
XXIX
(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido
pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informa-
ções, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).
(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos
curtos com nível de textualidade adequado.
(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em
meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após
a leitura.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP06) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos
por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que
Relatório de pesquisa
contribuem para a continuidade do texto.
(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes
Coesão textual:
Roteiro de pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal
Uma nova substituição
Verbete apresentação de (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, compara-
vida lexical e
Seminário ção), com nível suficiente de informatividade.
pronominal
(EF35LP14) Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos,
como recurso coesivo anafórico.
Exposição oral
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na
escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e
naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.
(EF35LP19) Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e
palestras.
(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos
(imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a
linguagem à situação comunicativa.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclu-
sive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF05LP04) Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos e reconhecer, na leitura de
textos, o efeito de sentido que decorre do uso de reticências, aspas, parênteses.
(EF05LP06) Flexionar, adequadamente, na escrita e na oralidade, os verbos em concordância com pronomes
pessoais/nomes sujeitos da oração.
(EF05LP07) Identificar, em textos, o uso de conjunções e a relação que estabelecem entre partes do texto:
adição, oposição, tempo, causa, condição, finalidade.
(EF05LP13) Assistir, em vídeo digital, a postagem de vlog infantil de críticas de brinquedos e livros de literatura
infantil e, a partir dele, planejar e produzir resenhas digitais em áudio ou vídeo.
(EF05LP14) Identificar e reproduzir, em textos de resenha crítica de brinquedos ou livros de literatura infantil, a
formatação própria desses textos (apresentação e avaliação do produto).
(EF05LP16) Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual
é mais confiável e por quê.
(EF05LP18) Roteirizar, produzir e editar vídeo para vlogs argumentativos sobre produtos de mídia para público
infantil (filmes, desenhos animados, HQs, games etc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos, de
acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade
Conto Concordância do texto.
Contando a Resenha de livro
Resenha verbal (EF05LP19) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social, com base em conhecimentos
história Vlog
de livro Conjunções sobre fatos divulgados em TV, rádio, mídia impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes.
(EF05LP20) Analisar a validade e força de argumentos em argumentações sobre produtos de mídia para públi-
co infantil (filmes, desenhos animados, HQs, games etc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos.
(EF05LP21) Analisar o padrão entonacional, a expressão facial e corporal e as escolhas de variedade e registro
lingüísticos de vloggers de vlogs opinativos ou argumentativos.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sen-
tidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comu-
nicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê);
a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e
forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações
necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
XXX
(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para
corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustran-
do, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
(EF15LP08) Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzi-
dos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido
pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e
solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
(EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala,
selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação
e a posição do interlocutor.
(EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informa-
ções, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).
(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde,
de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de
assombração etc.) e crônicas.
(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos
curtos com nível de textualidade adequado.
(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em
Conto Concordância meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após
Contando a Resenha de livro a leitura.
Resenha verbal
história Vlog (EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
de livro Conjunções
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da
frase ou do texto.
(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e
de acordo com as características do gênero textual.
(EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas, identificando
características regionais, urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como caracte-
rísticas do uso da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos
linguísticos.
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na
escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclu-
sive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação
e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.
(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de
eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de
personagens.
(EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de
vista com base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
(EF35LP30) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de
enunciação e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sen-
tidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos
multissemióticos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comu-
nicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê);
a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e
Roteiro cine- Relação forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações
Antes de virar matográfico necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
texto- Dramatização
filme…
Fotograma imagem (EF15LP08) Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzi-
dos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido
pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e
solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
(EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala,
selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação
e a posição do interlocutor.
(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em
meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após
a leitura.
XXXI
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da
frase ou do texto.
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na
escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e
naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.
Roteiro cine- Relação (EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas
Antes de virar matográfico texto- Dramatização pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
filme…
Fotograma imagem (EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos
(imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a
linguagem à situação comunicativa.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclu-
sive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de
diálogos entre personagens e marcadores das falas das personagens e de cena.
(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e perso-
nagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a
construção do discurso indireto e discurso direto.
XXXII
4. AVALIAÇÃO
A avaliação não deve ser entendida como o mo- Nessa perspectiva de acompanhamento e avalia-
mento final de um período de atividades escolares, ção é relevante salientar que essa etapa do processo
mas como parte integrante do processo de ensino e de ensino e de aprendizagem é uma prática fundamen-
de aprendizagem. O processo de avaliação precisa ter tal para verificar o alcance das metas estabelecidas, as
como meta: compreender necessidades, avanços e di- aprendizagens realizadas pelos educandos e o impacto
ficuldades dos alunos; oferecer informações relevantes dessas aprendizagens na vida de cada um.
para o professor, sobre o desenvolvimento do ensino no A prática avaliativa necessita, portanto, integrar todo
cotidiano das aulas; possibilitar o planejamento da prá- o processo educativo. Seu resultado precisa ser a fonte de
tica docente bem como o redimensionamento das es- informação para nortear o processo de aprendizagem de
tratégias e procedimentos didáticos (MELO, 2007). Para cada educando ou do grupo e, ao mesmo tempo, instru-
englobar todo o processo de avaliação, esta precisa ser:
mento de regulação do planejamento e de verificação de
diagnóstica e formativa.
sua adequação às necessidades de aprendizagem.
A avaliação diagnóstica permite ao professor
Se o que se quer é formar usuários da língua, ca-
acompanhar o desempenho e o desenvolvimento de
pazes de utilizá-la para fins variados é importante que
seu aluno e redimensionar as suas estratégias e proce-
a avaliação, além de verificar o domínio dos vários as-
dimentos didáticos.
pectos do sistema de representação da escrita, volte-se
para o modo como os sujeitos participam das situações
(...) diagnosticar é coletar dados relevantes,
em que a leitura e a escrita estão envolvidas. Precisa
através de instrumentos que possibilitem iden-
verificar, por exemplo, a familiaridade com que os ava-
tificar os conhecimentos adquiridos pelo aluno,
liados lidam com textos reais e variados, desde o início
tendo em vista objetivos e capacidades que se
pretende avaliar, em relação a determinado obje- do processo de alfabetização.
to de conhecimento (por exemplo, a apropriação A avaliação é uma atividade ampla e complexa. É
de princípios alfabéticos ou de certas convenções importante que, ao exercê-la, o professor tenha em vis-
do sistema de escrita). (...) Para realizar o levan- ta não um instrumento usado para atribuir nota, mas o
tamento dessas informações o professor poderá domínio gradativo das atividades propostas. Para aten-
criar situações diversificadas, desde as mais for- der ao processo diagnóstico e formativo da avaliação,
mais, como a aplicação de testes, até aquelas me- é necessário o uso de diferentes instrumentos para que
nos formais, decorrentes das observações cotidia- se tenha noção completa sobre a evolução do processo
nas que faz quando os alunos realizam as tarefas educativo como: observação sistemática, registro das ati-
propostas em sala de aula. (FRADE; SILVA, 2005) vidades e evolução, provas operatórias, autoavaliação in-
dividual, como portfólio ou grade avaliativa, e colabora-
A avaliação formativa engloba todas as atividades tiva, em rodas de conversa entre os alunos e o professor.
desenvolvidas pelos educandos, inclusive sua autoava- A avaliação compreendida dessa forma auxilia o
liação, e permite atender tanto aos interesses dos pro- professor e a escola a tomarem decisões sobre proce-
fessores para tomar decisões programáticas, quanto dimentos pedagógicos, assim como os alunos e as suas
aos alunos por permitirem o acompanhamento de seu famílias a refletirem sobre o seu envolvimento no pro-
próprio desenvolvimento (VILLAS BOAS, 2006). cesso de aprendizagem e desempenho.
5. ORGANIZAÇÃO DA OBRA
O professor de natação não pode ensinar o não se trava com o seu professor de natação, mas
aluno a nadar na areia fazendo-o imitar seus ges- com a água. O diálogo do aluno é com o pensa-
tos, mas leva-o a lançar-se na água em sua com- mento, com a cultura corporificada nas obras e
panhia para que aprenda a nadar lutando contra nas práticas sociais e transmitidas pela linguagem
as ondas, [...] revelando que o diálogo do aluno e pelos gestos do professor. (CHAUÍ, 1980 p. 37)
XXXIII
Dominar a língua escrita é um direito de todo cida- e não verbal), multimodal. Os textos da tradição oral
dão e uma das formas de desenvolvimento da cidadania também foram contemplados, pelo fato de serem ade-
e de inclusão na sociedade letrada. O direito à educação quados a esta etapa de escolaridade e de facilitarem as
não se refere apenas a uma vaga na escola, mas à justa atividades que visam à relação entre o oral e o escrito.
distribuição de bens culturais e materiais e a um ensino de O trabalho com gêneros textuais tem como obje-
qualidade, que respeite as diferenças individuais e sociais. tivo o desenvolvimento de competências de leitura e
Nesta coleção, diferentes pressupostos teóricos de produção de textos orais e escritos, viabilizando o
serviram de base para a efetivação da proposta e para acesso do aluno aos gêneros que circulam socialmente,
a elaboração das atividades. como tirinhas, histórias em quadrinhos, placas de sina-
Para que se compreenda a perspectiva assumida, é lização, receitas, certidão de nascimento, carteira de
preciso esclarecer que, a partir da década de 1980, con- identidade, regras de jogos, manual de instrução, poe-
tribuições, advindas da Psicologia do Desenvolvimento, mas, pinturas, adivinhas, trava-línguas, parlendas de
da Sócio e da Psicolinguística, elucidaram alguns aspec- escolha, sinopse, cantigas, contos, fábulas, lendas etc.
tos a respeito do processo de aquisição da linguagem No Brasil, há muitos anos, aceita-se o conceito
por aprendizes em fase inicial de escolarização. de que o texto embasa o ensino e a aprendizagem de
Essas contribuições auxiliaram a reconstrução de con- Língua Portuguesa. Por muito tempo, considerava-se o
ceitos e práticas de ensino, de forma que, sem relegar os texto como objeto de ensino, mas, em sala de aula,
aspectos referentes ao domínio do código linguístico, o muitos educadores não apresentam “uma concepção
significado também fosse considerado como componente sociointeracionista de linguagem centrada na proble-
essencial no processo de aquisição da língua escrita. mática da interlocução” (BRANDÃO, 2001, p. 17).
Nesse contexto, o texto surge como o veiculador
O texto é o centro das práticas de linguagem
de significado, tornando-se, por excelência, o objeto de
e, portanto, o centro da BNCC para Língua Portu-
estudo da linguagem para práticas escolares de alfabeti-
guesa, mas não apenas o texto em sua modalida-
zação e de letramento.
de verbal. Nas sociedades contemporâneas, textos
Mas, como definir um texto? Bakhtin define texto não são apenas verbais: há uma variedade de com-
como sendo a menor unidade simbólica com significado posição de textos que articulam o verbal, o visual, o
completo, dentro de um determinado texto. gestual, o sonoro – o que se denomina multimoda-
Atualmente, já na fase inicial de escolarização, o tra- lidade de linguagens. Assim, a BNCC, para a Língua
balho sistemático com textos tem sido uma prática recor- Portuguesa, considera o texto em suas muitas mo-
rente na escola, explorando, entre outros aspectos, ques- dalidades: as variedades de textos que se apresen-
tões de intertextualidade, de interlocução, de contexto tam na imprensa, na TV, nos meios digitais, na pu-
de comunicação, de produção de recepção etc. Esses as- blicidade, em livros didáticos e, consequentemente,
pectos são fundamentais para a reconstrução do sentido considera também os vários suportes em que esses
do texto. Porém, para garantir que a compreensão se dê textos se apresentam. (BNCC, p. 59)
de forma global e autônoma, é necessário também que
os leitores iniciantes se apropriem do código por meio do O professor deve apresentar aos alunos os tipos
qual os discursos são materializados. e os gêneros textuais que fazem parte do dia a dia,
Em função disso, as atividades propostas neste ma- fazendo-os compreender que não se tratam somente
terial visam estimular e desenvolver habilidades de uso de composições escritas, pois os textos são produzidos
da língua, de modo que, aos poucos, os estudantes se diariamente, em todos os momentos de comunicação,
apropriem de seus recursos e de seu funcionamento, tor- tanto na forma escrita quanto na oral.
nando-se usuários competentes dela. Deve-se trabalhar o ensino de gêneros textuais por
meio de situações concretas de uso da língua, para que
ESTRUTURA DA COLEÇÃO os alunos consigam, com criatividade e consciência, es-
O texto é concebido como unidade significativa, a colher meios adequados aos fins que se deseja alcançar.
base sobre a qual os conhecimentos são construídos. É necessário ter a consciência de que a escola é um
Para tanto, a coleção foi pensada de forma a abranger “autêntico lugar de comunicação” e as situações esco-
uma rica diversidade textual, materializada em diferen- lares “são ocasiões de produção e recepção de textos”
tes linguagens: verbal, não verbal e/ou mista (verbal (SCHNEUWLY e DOLZ, 2004, p. 78).
XXXIV
linguísticas e discursivas, com base na compreensão ati-
ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA va e crítica da realidade deles.
A coleção, composta por cinco volumes, destina- Os textos verbais, visuais e multimodais que com-
-se a alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental põem esta coleção foram selecionados de acordo com
l. Cada volume é composto por quatro unidades com cada faixa etária, respeitando-se o nível de compreen-
quatro capítulos em cada unidade. A cada unidade há são dos alunos e buscando despertar nas crianças o
a abordagem de temas contemporâneos que afetam a prazer pela leitura.
vida humana em escala local, regional e global, prefe-
rencialmente de forma integradora, como: vida fami-
liar e social, meio ambiente, direitos humanos, diversi-
dade cultural, educação alimentar e nutricional, direitos NOSSA LÍNGUA
da criança, consumo, entre outros.
A escolha por essa forma de organização favore-
ce a relação entre ideias e a reflexão sobre diferentes
As atividades desta seção objetivam levar os alu-
formas, estruturas e pontos de vista, contribuindo para
nos a construir conhecimentos sobre o funcionamento
a ampliação dos universos cultural, linguístico e social
do sistema alfabético, bem como sobre aspectos lin-
dos alunos.
guísticos e textuais.
Durante o desenvolvimento das atividades propos-
SEÇÕES E ÍCONES tas nesta seção, os alunos são conduzidos a continuar
compreendendo os textos, de maneira divertida, e as
sistematizações com efetivo uso da escrita garantem às
crianças condição diferenciada na relação delas com o
PARA LER mundo, um estado não necessariamente conquistado
por aquele que apenas domina o sistema de escrita al-
fabética. Aprender a ler e a escrever, neste livro, envolve
Esta seção objetiva que os alunos tenham um con- o conhecimento das letras e o modo de decodificá-las e
tato sistemático com a atividade de ler, coletiva ou in- associá-las, possibilitando aos alunos usar esse conhe-
dividualmente. cimento em benefício de formas de expressão e comu-
nicação possíveis, reconhecidas, necessárias e legítimas
É importante levá-los a compreender que o ato de
em um determinado contexto cultural.
ler está relacionado a um objetivo de leitura, ou seja,
lê-se para aprender sobre algum tema, para obter infor- Por meio do esquema a seguir, ilustra-se a integra-
mações, para seguir instruções, para comunicar alguma ção das várias dimensões do aprender a ler e escrever
coisa a alguém, para se entreter, divertir-se etc. no processo de alfabetização do letrando, proposto por
esta coleção:
Com base nos textos selecionados nas unidades,
leva-se para a prática da sala de aula a realidade da • Alfabetizar
leitura e ainda motivam-se os alunos a desenvolver o • Aprender a escrita
senso crítico e reflexões sobre os assuntos propostos. • Descobrir a escrita
Nesta coleção, a preocupação se refere à constru- • Usar a escrita
ção do conhecimento com base na leitura e a motivação
da criatividade.
Há crianças que chegam à escola sabendo
Todas as unidades do livro apresentam um tema que a escrita serve para registrar coisas inteligen-
e gêneros textuais que o mobilizam. A leitura inicia o tes, divertidas ou importantes. Essas são as que
processo de ensino e aprendizagem de cada capítulo, o terminam de alfabetizar-se na escola, mas come-
que favorece a contextualização dos alunos. çaram a alfabetizar-se muito antes, pela possibi-
Por meio de cada leitura proposta, demonstre aos lidade de entrar em contato, de interagir com a
alunos a função social, as características, os recursos lin- língua escrita. Há outras crianças que necessitam
guísticos, os aspectos culturais, a contribuição de cada da escola para apropriar-se da escrita.
gênero para ler e produzir textos na escola, procurando FERRERO, Emília. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 1999.
fazer com que os alunos desenvolvam suas capacidades
XXXV
As crianças dominam a linguagem mesmo antes A produção de textos, nesta seção, conduz as
de entrarem na escola, mas esse domínio é inconscien- crianças a escolher palavras, organizar suas ideias, re-
te. Mesmo usando o tempo verbal correto ao se expres- fletir sobre características internas da língua, definir
sar, elas não sabem declinar ou conjugar palavras. seus objetivos.
O desenvolvimento de atividades envolvendo a es- As propostas feitas ao final de cada capítulo di-
crita, apresentado nesta seção, é válido porque permite recionam os alunos ao tipo de interlocutor, ao objeti-
aos alunos sistematizarem esses conhecimentos de for- vo para a situação de produção e às características do
ma consciente, o que lhes permite avançar no desenvol- texto a que se propõe: para quem escrever, para que
vimento da fala. escrever, o que escrever, como escrever, onde escrever,
O objetivo principal das atividades propostas na que tipo de linguagem e que gênero de texto usar.
seção Nossa língua é o de contribuir para o desenvol- A aprendizagem da escrita de textos foi articulada
vimento da linguagem escrita das crianças. Essas ativi- com a aprendizagem da língua materna, priorizando
dades conduzem os alunos a momentos de interação aspectos descritivos e fatos linguísticos cuja abrangên-
social e estimulam a habilidade, a criatividade, a percep- cia excede o limite da frase.
ção auditiva e a participação ativa da turma.
Dessa forma, a produção textual envolve os estu-
Nesta seção, desenvolve-se uma proposta peda- dos linguísticos realizados nas demais seções, ou seja,
gógica que dê suporte ao pleno desenvolvimento dos os alunos incorporam na produção textual os conheci-
aspectos envolvidos na aprendizagem da leitura e da mentos adquiridos anteriormente.
escrita desde o início da escolaridade.
Realiza-se, portanto, a necessária integração en-
Para isso, é necessário distribuir o tempo pedagó- tre a atividade de produção de textos (linguística) e a
gico de forma equilibrada e individualizada, entre ativi- análise linguística voltada para a sistematização dos co-
dades que estimulem esses dois componentes: a língua nhecimentos, com ações articuladas, guardando entre
por meio de seus usos sociais e o sistema de escrita si relação que garanta a compreensão dos conteúdos e
com atividades que estimulem a consciência fonológica procedimentos envolvidos em todas as atividades reali-
e evidenciem de forma mais direta para as crianças as zadas nas seções anteriores.
relações existentes entre as unidades sonoras da pala-
vra e sua forma gráfica. Na seção Produção de texto, há momentos em
que os alunos devem tentar ler e interpretar o que o
outro escreveu. Essa leitura e interpretação desenvol-
DESAFIO vem a capacidade de eles se expressarem por meio de
oralidade. Trata-se de um momento em que escritores e
leitores devem ser valorizados e respeitados.
É uma subseção que aparece pelo menos uma vez Essa interação é importante no sentido de fazer
em cada capítulo e consiste em convidar os alunos a rea- com que as crianças expressem seu modo de ver as coi-
lizar atividades lúdicas que envolvem os conhecimentos sas e escutem o colega para entendê-lo melhor. Deve-se
mobilizados nas seções Para ler e Nossa língua. realizar essa dinâmica sem enfatizar medos e melindres,
com uma leitura cujo objetivo é o aprimoramento lin-
guístico e da estrutura textual. Isso significa orientar os
alunos a ler o texto produzido pelos colegas com os sen-
PRODUÇÃO DE TEXTO tidos a ele atribuídos pelo escritor e não impostos pelo
professor. É importante mostrar às crianças que o mes-
mo texto pode ter diferentes leitores, considerando-se
a diversidade social e cultural que os rodeia.
Esta seção visa ao desenvolvimento das ações de
O trabalho de produção de textos, nesta coleção,
escrita dos alunos, desde as suas primeiras hipóteses.
desenvolve-se com base no conceito de gênero textual
São oferecidas diversas atividades relacionadas aos te-
abordado em cada capítulo.
mas das unidades, para serem trabalhadas em dupla,
em grupo ou individualmente. É o momento de os alu- Todas as atividades propõem roteiros prévios sobre
nos descobrirem para que serve a escrita, o que ela re- o que deve ser elaborado. Os alunos precisam definir,
presenta e como funciona. com base em seus conhecimentos e nos conteúdos apre-
sentados nas seções anteriores, a escrita dos textos.
XXXVI
Produzir é realizar, criar, fabricar. As solicitações uma prática comum, atualmente, os registros do dia a
de produção, nesta seção, envolvem a elaboração de dia são mais fáceis de se encontrar em blogs ou redes
desenhos, palavras, frases ou um conjunto de regis- sociais. Na contemporaneidade, o costume de escrever
tros e expressões para transmitir ideias. Acredita-se cartas e postá-las nos correios tem sido substituído pelo
que produzir textos é inerente à criança. Antes mesmo meio eletrônico, pela facilidade com que se enviam e se
de conhecer letras, ela conta um fato, descreve um recebem e-mails ou mensagens via Whatsapp.
passeio, dita regras de uma brincadeira, ou seja, em Esse é um cenário que chegou para permanecer.
sua rotina, ela produz texto oral. Todavia, para uma participação social mais efetiva, nun-
Para elaborar individualmente um texto, com ca foi tão importante manejar e selecionar várias infor-
forma e conteúdos próprios, as crianças também pre- mações, interpretá-las de acordo com seus contextos
cisam trabalhar textos coletivamente, ou pequenos e transformá-las em conhecimento. As transformações
grupos, sob a orientação do professor, com base em pelas quais o mundo atual passa apontam para a ne-
gêneros textuais corretos e variados quanto à forma cessidade de uma sociedade mais inclusiva, em que a
(poesia, conto, música, trava-língua etc.). solidariedade e o respeito às diferenças sejam valores
Na avaliação, os alunos e professores podem cultivados por todos.
fazer uma avaliação coletiva e avaliativa sobre o que Acentua-se a importância da interface com o ou-
foi tratado. Isso permite o desenvolvimento da capa- tro, assim como a interface com pontos de vista dife-
cidade de expressão das crianças por meio de orali- rentes, ampliando-se as relações e, por conseguinte,
dade, assim como ter um papel ativo na compreen- os horizontes, de modo que possamos nos posicionar
são de seu processo de ensino e aprendizagem e de diante da realidade.
seus colegas. Cabe a escola e ao livro didático favorecer o desen-
volvimento da competência leitora, condição imprescin-
dível para o desenvolvimento pessoal e para a plena
ENCAMINHAMENTO participação social. O compromisso da escola com a
METODOLÓGICO formação de cidadãos que participarão de forma ativa
Para estabelecer diretrizes que apontem um enca- e crítica na sociedade deve ter na leitura e na produção
minhamento metodológico condizente com o que foi ex- de textos um lugar de destaque.
posto até esse momento, é preciso ressaltar que quanto Para compreender a função e o funcionamento da
maiores forem as oportunidades de uso e reflexão sobre escrita, as crianças precisam interagir com diferentes
a escrita, maiores serão as possibilidades de seu aprendi- gêneros textuais que circulam socialmente — placas,
zado. Desse modo, desde o início do processo, o aluno anúncios, rótulos, folhetos, receitas, instruções, carta-
precisa interagir com a linguagem escrita: ouvir histórias, zes, revistas, jornais, enciclopédias, catálogos, livros de
tentar ler e escrever. poemas, livros de contos etc. São importantes também
Antes de escreverem por si próprios, os alunos são as oportunidades de uso da escrita funcional: escrever
capazes de criar textos. Nesses casos, o professor as- (em dupla, individual ou coletivamente) bilhetes, reca-
sume a função de escriba e registra o texto do aluno dos, mensagens, convites, notícias, entre outros, como
no quadro ou em folhas grandes, mostrando como é ato de comunicação, para um leitor real.
feita a estruturação do texto por meio da análise dos Esse uso social da língua contribui para que as crian-
seguintes aspectos: ças a compreendam como um sistema de representação
que amplia as possibilidades de comunicação interpessoal.
• disposição gráfica no papel;
• coesão entre as partes do texto; Por isso, no ato da escrita, é necessário valorizar cada
tentativa do aluno, pois a experiência do sucesso aumenta
• seleção e organização das ideias e fatos;
a autoestima e garante a continuidade do esforço.
• segmentação das palavras;
É preciso orientá-lo durante a produção, pela in-
• uso de sinais de pontuação etc.
tervenção e mediação preventiva, tornando o “erro”
A circulação social de textos se configura em dife- observável para o aluno, que se incumbirá, ele mesmo,
rentes gêneros que se relacionam com as necessidades e da correção, pela compreensão do processo. A corre-
atividades socioculturais de um dado momento histórico ção posterior só tem efeito punitivo, desencorajando o
— por exemplo, se há duas décadas escrever diários era aluno a novas tentativas.
XXXVII
6. REFERÊNCIAS
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XL
MEU O
LiVR de
LÍNGUA PORTUGUESA
5º-
ANO
ENSINO
F U N DA M E N TA L
L Í N G UA
PORTUGUESA
Samira Campedelli
Professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Bacharel e licenciada em Letras - Português pela Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo.
Doutora em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo
e autora de livros didáticos para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
2ª- edição
São Paulo
2019
Título original: Meu Livro de Língua Portuguesa – 5o ano
APRESENTAÇÃO
© Editora AJS Ltda, 2019
PÁGINAS DE ABERTURA -
Essa introdução o ajudará a
resgatar aquilo que você já
conhece do tema e dos tipos
de texto que serão abordados,
levantando hipóteses sobre o
que irá estudar na unidade.
UNIDADE
SAÚDE: INFORME-SE!
Professor, peça aos alunos que
leiam o título da unidade. Depois
disso, pergunte a eles qual é a
relação entre alimentação e saúde.
Espera-se que os alunos expandam a
discussão para variáveis como a falta
de alimentação, alimentação de má
qualidade, excessos na alimentação,
cuidados exagerados com a
alimentação e as consequências de
todas essas variáveis para a saúde.
Se houver relação com outros temas
debatidos em outras disciplinas ou
com a realidade da escola, discuta
também temas como o desperdício Nesta unidade, trataremos de dois assuntos
de alimentos, a fome no mundo etc. muito importantes na vida de todos nós:
alimentação e saúde. Comer é um prazer, mas
devemos saber nos alimentar adequadamente
para sermos pessoas saudáveis
8 OITO
8 OITO
Observe a cena e reflita sobre estas questões:
1. Você já pensou em como os alimentos são coloridos?
2. Você se interessa pela culinária? Já pensou sobre sua
importância em nossas vidas?
3. Para você, o que é uma alimentação saudável?
NOVE 9
Objetivos da unidade
Em articulação com as competências, objetos de conheci- Desenvolver práticas de linguagem que permitam a
mento e habilidades de Língua Portuguesa, espera-se que os produção de textos próprios da esfera jornalística, na
alunos sejam capazes de: modalidade verbal, verbo-visual e multimodal;
Ampliar o entendimento dos gêneros textuais notícia Compreender e utilizar elementos linguístico-gramaticais
e reportagem, observando suas características, as em intersecção com os processos de leitura e produção
esferas de circulação e o modo de funcionamento, suas dos textos – sinais de pontuação, elementos do discurso
finalidades e os portadores de divulgação; direto e indireto, ortografia e acentuação.
NOVE 9
C APÍTULO
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Professor, oriente a participação dos
alunos na conversa: peça que cada um
fale na sua vez, que todos ouçam os
1 VERSUS OBESIDADE INFANTIL
colegas com atenção e respeito, que
peçam a vez para falar. Peça também
que falem em tom de voz adequado
para uma conversa (todos precisam
escutar, mas não é preciso gritar). PARA LER
Comer é muito bom, mas nem tudo o que é gostoso é saudável... Por essa
razão, é importante saber quais alimentos fazem bem à nossa saúde e quais
não são adequados.
Professor, proponha uma leitura
silenciosa do texto pelos alunos. Em 1. Você sabe o que é obesidade infantil?
seguida, leia-o em voz alta e peça 2. Você sabe o que é desnutrição infantil?
que o acompanhem silenciosamente.
Sua leitura é muito importante para 3. Você sabe o que é saúde pública em um país?
os alunos, por se tratar de uma
referência de leitura para eles. Por isso,
é fundamental que você conheça o
Photodisc
BNCC
Atividades 1 a 3:
(EF05LP15) Ler/assistir e compreen-
der, com autonomia, notícias, repor-
tagens, vídeos em vlogs argumentati-
vos, dentre outros gêneros do campo
político-cidadão, de acordo com as
convenções dos gêneros e conside-
rando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
(EF05LP19) Argumentar oralmente
sobre acontecimentos de interesse
social, com base em conhecimentos
sobre fatos divulgados em TV, rádio,
mídia impressa e digital, respeitando
pontos de vista diferentes.
(EF15LP02) Estabelecer expectati- A alimentação saudável é um fator importante para a saúde de cada um de nós.
vas em relação ao texto que vai ler
(pressuposições antecipadoras dos Nesta capítulo, você vai ler uma notícia sobre obesidade infantil. Antes,
sentidos, da forma e da função so-
cial do texto), apoiando-se em seus porém, converse com seus colegas e o professor sobre esse assunto.
conhecimentos prévios sobre as con-
dições de produção e recepção desse 10 DEZ
texto, o gênero, o suporte e o universo
temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante
Pensando sobre a BNCC
a leitura de textos, checando a ade- O tema deste capítulo permite problematizações com os alunos acerca de problemas
quação das hipóteses realizadas. sociais e de saúde pública como obesidade infantil e desnutrição, partindo de notícia,
(EF15LP09) Expressar-se em situações reportagens e entrevistas, gêneros estes que são abordados de modo mais específico,
de intercâmbio oral com clareza, preo-
como apresentação do lide da notícia (e aspectos fonológicos e ortográficos, integrados
cupando-se em ser compreendido
pelo interlocutor e usando a palavra às práticas de leitura e escrita propostas, o que condiz com as estratégias de leitura e
com tom de voz audível, boa articu- escrita previstas nas seguintes habilidades da BNCC:
lação e ritmo adequado.
10 DEZ
Obesidade infantil é
considerada problema de saúde
maior do que a desnutrição no
Brasil
ONZE 11
(EF05LP15) Ler/assistir e compreender, com autonomia, As reflexões sobre a produção de textos e as atividades
notícias, reportagens, vídeos em vlogs argumentativos, dentre de exploração desses gêneros textuais permitem contemplar
outros gêneros do campo político-cidadão, de acordo com as a competência 6 da Área de Linguagens: 6. Compreender
convenções dos gêneros e considerando a situação comunicativa e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação
e o tema/assunto do texto. de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por
organizando resultados de pesquisa em fontes de informação meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conheci-
impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, mentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais
considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. e coletivos.
ONZE 11
“Sabemos que melhor do que ser bem atendido no posto de saúde é não
precisar ir ao posto de saúde. As pessoas precisam cuidar bem da sua saúde,
pois a obesidade e o sedentarismo são grandes problemas de comportamento,
custam caro ao sistema e são, muitas vezes, decisões pessoais. Temos que
educar as pessoas para evitar este problema”, disse Ricardo Barros.
O ministro afirmou que a obesidade está em 18,9% dos brasileiros e o
sobrepeso em 53% . Barros lamentou pelos atuais programas de alimentação
do País. “Baixamos uma portaria de alimentação saudável. Se queremos
Para saber mais sobre o assun-
to e qualificar as mediações do pessoas saudáveis precisamos alimentá-las adequadamente e o governo
professor em sala de aula, reme- lamentavelmente patrocina uma alimentação inadequada com seus próprios
temos a estas leituras:
ARRAES, Jarid. A saúde mental das programas de cesta básica, restaurante popular e merenda escolar e isso
pessoas gordas. Revista Fórum, 2015. precisa ser solucionado”, ressaltou Barros.
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jan. 2018. pais praticarem atividade física”, enfatiza Marchesini.
Para ele, outro grande perigo da obesidade está em não colocar limites
na alimentação dos filhos. “Pais que não impõem limites na alimentação dos
filhos, permitindo alimentos calóricos e guloseimas a qualquer hora, estão
estimulando um comportamento nocivo. O ideal é evitar lanches fora de hora
e estipular apenas um dia por semana para as guloseimas”, enfatiza.
Uma pesquisa recente realizada pelo IBGE demonstra que 32,3% das
crianças com menos de dois anos de idade bebem refrigerantes ou sucos
artificiais regularmente.
12 DOZE
Interdisciplinaridade
As discussões deste capítulo favorecem o estabelecimento de sobre padrões de beleza e o preconceito sofrido pelas pessoas
relação com as áreas de Ciências da Natureza e Ciências Humanas obesas e, em específico, sobre o bullying na escola. Tais problema-
e o componente de Educação Física. Aproveite a discussão sobre tizações favorecem o desenvolvimento da competência específica 5
obesidade infantil para organizar rodas de conversa com a classe, de Ciências da Natureza, da competência 1 de Ciências Humanas
mediadas pelos professores dessas disciplinas, sobre os fatores que e da competência 4 de Educação Física, previstaspela BNCC para
causam a obesidade e suas consequências, estimulando a reflexão o Ensino Fundamental, as quais tratam, respectivamente, de:
12 DOZE
Para o ano de 2017 a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica (SBCBM) pretende encampar debates em todo o país para reduzir
o avanço da obesidade infantil. Atualmente são realizadas cerca de 70 mil BNCC
cirurgias bariátricas todos os anos no Brasil para tratar a obesidade. “No Atividades 1 e 2:
momento, o Brasil não possui médicos para atender todos os pacientes que (EF35LP03) Identificar a ideia central
sofrem dessa epidemia que se tornou a obesidade no Brasil e no mundo”, do texto, demonstrando compreen-
são global.
finalizou o cirurgião Caetano Marchesini.
(EF35LP04) Inferir informações im-
PORTAL TERRA. Obesidade infantil é considerada problema de saúde maior do que a desnutrição no Brasil. 22 ago. 2016. plícitas nos textos lidos.
Disponível em: <https://www.terra.com.br/noticias/dino/obesidade-infantil-e-considerada-problema-de-saude-maior-do-
que-a-desnutricao-no-brasil,0e821b8c444ec5b40abd0b26ccf216d7zjws0p7g.html>. Acesso em: 05 jul. 2018.
e o sedentarismo.
TREZE 13
5. Construir argumentos com base em dados, evidências e 4. Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho,
informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de saúde, beleza e estética corporal, analisando, criticamente,
vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si os modelos disseminados na mídia e discutir posturas con-
próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indi- sumistas e preconceituosas
víduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. Nessa discussão, o que se propõe é articular a discussão sobre
1. Compreender a si e ao outro como identidades dife- bons hábitos alimentares e prática de atividades físicas à con-
rentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma cepção de que é possível haver pessoas saudáveis em diferentes
sociedade plural e promover os direitos humanos. biótipos, evitando, assim, reforçar estereótipos preconceituosos.
TREZE 13
3. Esta notícia é de 2016 e mostra que houve um aumento de casos de
Professor, o objetivo da questão é fazer que obesidade infantil em determinado período. Que período é esse e quanto a
os alunos localizem informações no texto. obesidade infantil cresceu no mundo?
O período mencionado é o início da década de 1990 até 2014 (mais ou
Dawidson França
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus conhe-
cimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo te-
mático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, 14 CATORZE
dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante
a leitura de textos, checando a ade-
quação das hipóteses realizadas. Prática pedagógica
(EF15LP03) Localizar informações ex-
plícitas em textos. A partir da leitura do texto que abre este capítulo, proponha que os alunos
(EF35LP04) Inferir informações implí- façam uma roda de conversa sobre estilo de vida saudável e padrões estéticos de
citas nos textos lidos. beleza. Estimule-os a refletir sobre preconceitos reproduzidos na escola contra
alunos obesos ou acima do peso e sobre possibilidades de viver de modo saudável
respeitando a diversidade estética. Faça intervenções pontuais, argumentando
que o conceito de alimentação saudável é uma construção histórica, assim como
os padrões de beleza.
14 CATORZE
b) Como você se exercita e brinca,
Dawidson França
mais ao ar livre ou dentro de casa,
com aparelhos eletrônicos?
Professor, promova uma discussão que leve
Resposta pessoal. os alunos a traçar um paralelo entre a infância
deles e a infância das crianças de outras
épocas, a fim de promover uma reflexão sobre
os hábitos de se exercitar e brincar.
6. De acordo com a notícia, qual é a influência da família nos hábitos alimentares 6. Professor, o objetivo desta questão é fazer que
os alunos localizem informações no texto.
das crianças que pode levar à obesidade? Justifique sua resposta com um
Aproveite a oportunidade para perguntar
trecho do texto. aos alunos se eles acham que a alimen-
tação e a educação alimentar é função
Segundo o médico entrevistado, os pais devem dar o exemplo aos filhos, pois,
apenas da família. Pergunte que outras
instituições sociais os alunos frequentam
se eles não fazem exercícios, os filhos tendem a não fazer também: “[...] ‘se que poderiam colaborar para uma reedu-
cação alimentar. Caso os alunos não indi-
os pais querem que os seus filhos pratiquem atividades físicas regularmente, quem a escola, pergunte qual poderia ser
o papel da escola na educação alimentar.
o primeiro passo é os próprios pais praticarem atividade física’, enfatiza 7. Novamente, oriente os alunos a lerem o
glossário e faça-os perceber que os jorna-
Marchesini.”. Além disso, os pais devem impor limites na alimentação dos listas, em geral, não são especialistas nos
assuntos sobre os quais escrevem; por
filhos (“Pais que não impõem limites na alimentação dos filhos, permitindo isso, precisam entrevistar pessoas com
conhecimento específicos.
alimentos calóricos e guloseimas a qualquer hora, estão estimulando um Neste caso, o especialista entrevistado foi o
cirurgião bariátrico Caetano Marchesini. A
comportamento nocivo. O ideal é evitar lanches fora de hora e estipular importância do cirurgião é que, por tratar as
causas e as consequências da obesidade e
apenas um dia por semana para as guloseimas”). por fazer parte da Sociedade Brasileira de Ci-
rurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), ele
7. A notícia que você leu apresenta falas de pessoas entrevistadas, entre elas é uma pessoa com grandes conhecimentos
um especialista sobre o assunto abordado. Quem é o especialista e qual é sobre oassunto. Pergunte aos alunos se eles
conhecem outros profissionais que atuam
sua importância para o texto? na área da alimentação e das questões re-
lacionadas ao peso e /ou índice de gordura
corporal (endocrinologistas, nutricionistas,
engenheiros de alimentos etc.). É importante
expandir o olhar para além da área médica,
mostrando que vários setores estão envolvi-
dos na questão.
QUINZE 15
Peça que façam, em grupo, uma pesquisa sobre preconceito com o corpo e bullying na escola e sobre o conceito de
alimentação saudável, e estabeleça um dia para que compartilhem com a turma os resultados, numa roda de conversa.
Pergunte à turma as diferenças que perceberam entre a primeira e a segunda roda de conversa.
Para saber mais, sugerimos as leituras:
COSTA, Elaine Melo de Brito; VENÂNCIO, Silvana. Atividade física e saúde: discursos que controlam o corpo. Revista Pensar
a Prática, v. 7, n. 1, 2004. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/66/2685>. Acesso em: 30 jan. 2018.
DUTRA, Valesca da Silva. Refletindo sobre a discriminação epreconceito com o corpo no espaço escolar. EFDeportes.
com, Revista Digital. Buenos Aires, año 15, n. 152, 2011. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd152/a-discrimina-
cao-com-o-corpo-no-espaco-escolar.htm>. Acesso em: 05 jul. 2018.
QUINZE 15
8. Com o auxílio e a orientação do professor, façam um levantamento
sobre os hábitos de praticar atividades físicas de todos os alunos da sala
BNCC preenchendo a tabela abaixo:
Atividade 8: Frequência de prática de atividades físicas (brincadeiras, jogos ou
(EF15LP03) Localizar informações exercícios que movimentam o corpo inteiro)
explícitas em textos.
Meninos Meninas Total
(EF05LP24) Planejar e produzir texto
sobre tema de interesse, organizando Todo dia, várias vezes
resultados de pesquisa em fontes de Algumas vezes ao dia
informação impressas ou digitais, in-
Uma vez ao dia
cluindo imagens e gráficos ou tabelas,
considerando a situação comunicativa Certos dias da semana
e o tema/ assunto do texto. (por exemplo, nos dias da aula
de Educação Física)
Quase nunca
Em qual dessas situações está a maior parte dos alunos da sala? Justifique sua
resposta com base na tabela.
16 DEZESSEIS
Anotações:
16 DEZESSEIS
Leia a tira a seguir:
Alexandre Beck
BNCC
Atividade 1:
(EF05LP02) Identificar o caráter po-
lissêmico das palavras (uma mesma
palavra com diferentes significados,
de acordo com o contexto de uso),
comparando o significado de deter-
minados termos utilizados nas áreas
BECK, Alexandre. Armandinho, 2017.
científicas com esses mesmos termos
utilizados na linguagem usual.
1. “Lamentar-se pelo leite derramado” é uma expressão que significa ficar (EF35LP04) Inferir informações im-
sofrendo por algum fato (qualquer um) que não se pode mais remediar. plícitas nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de pa-
a) Na tira, para qual fato a personagem Armandinho usa essa lavras ou expressões desconhecidas
em textos, com base no contexto da
expressão? frase ou do texto.
Para o fato de ter derramado leite no sofá da sala.
DEZESSETE 17
DEZESSETE 17
2. Troque a letra inicial da palavra sala e forme outras palavras.
Você também pode analisar, por exemplo, a palavra gato. Ela possui
Professor, esclareça que se trata do
som da letra G especificamente na
quatro grafemas e quatro fonemas: /g/, /a/, /t/, /o/. Nesse caso, o número de
palavra girafa, ou diante das letras grafemas (letras) e de fonemas (sons) é o mesmo.
E e I.
Observe mais um exemplo, a palavra girafa. No alfabeto da língua
portuguesa, existe outra letra que tem o som do g em girafa: a letra j.
Com ele podemos escrever joelho, jiló, jaula, joaninha etc. Com esses
exemplos, concluímos que:
Professor, as atividades de
consciência fonológica propostas
• um mesmo grafema pode representar mais de um fonema, como o g em
aqui têm o objetivo de ajudar os gato e girafa;
alunos a perceber tais diferenças
de forma mais sistemática, algo que • um mesmo fonema pode ser representado por por mais de um grafema,
vem sendo desenvolvido ao longo do
Ensino Fundamental I.
como o som /j/ em girafa e jiló.
18 DEZOITO
Anotações:
18 DEZOITO
REGULARIDADES CONTEXTUAIS
No início de uma palavra, não ocorrem ç, rr ou ss; que só podem ser
BNCC
usados no meio de uma palavra. No final das palavras, apenas as vogais e
Atividades 2 a 4:
algumas consoantes (l, m, n, r, s, x e z) podem ser utilizadas; antes de b e p,
(EF05LP01) Grafar palavras utili-
devemos usar a letra m. Além disso, só podemos usar rr entre vogais e ç se a zando regras de correspondência
vogal seguinte for a, o ou u. fonema-grafema regulares, contex-
Portanto, podemos concluir que os sons que uma letra pode assumir tuais e morfológicas e palavras de
uso frequente com correspondên-
dependem de sua posição na palavra. cias irregulares.
5. Leia esta letra de canção:
[...]
DEZENOVE 19
DEZENOVE 19
a) Qual é o tema da canção?
Um dia chuvoso.
BNCC
Atividades 5 e 6: b) Releia os dois primeiros versos (linhas). Copie as palavras em que as duas
(EF05LP01) Grafar palavras utilizan- letras iniciais são iguais.
do regras de correspondência fone- As palavras em que as duas letras iniciais se repetem nos dois primeiros
ma-grafema regulares, contextuais
e morfológicas e palavras de uso
frequente com correspondências versos são “chove”, “chuva”, “chuvisco”, “chuvarada”.
irregulares.
(EF35LP03) Identificar a ideia central c) Agora releia a parte com a fala da avó. Que outras palavras têm as
do texto, demonstrando compreen- mesmas duas letras iniciais que você encontrou na questão anterior?
são global.
(EF35LP31) Identificar, em textos “Chá” e “chocolate”.
versificados, efeitos de sentido decor-
rentes do uso de recursos rítmicos e
sonoros e de metáforas.
d) Que fonema essas duas letras iniciais representam?
As letras ch representam o fonema /x/.
e) Você acha que o autor da música repetiu essas duas letras iniciais e,
assim, repetiu esse som de propósito? Explique.
Resposta pessoal, mas seria interessante que os alunos respondessem
que a repetição do fonema /x/ lembra o som da chuva caindo, como se
fosse um chiado.
6. Faça a correspondência entre fonemas e letras:
Professor, leia em voz alta os fonemas. (a) fonema /s/ (b) fonema /z/ (c) fonema /k/
20 VINTE
Anotações:
20 VINTE
FIQUE SABENDO
NOTÍCIA BNCC
Atividades 1 e 2:
Reflita sobre as questões a seguir e responda.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
1. Como sua família costuma se informar: em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função social do
lendo jornais? texto), apoiando-se em seus conhe-
Dawidson França
cimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto,
por revistas, pelo rádio ou pela televisão? o gênero, o suporte e o universo te-
mático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,
acessando a internet? dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e du-
pelas redes sociais? rante a leitura de textos, checando a
adequação das hipóteses realizadas.
VINTE E UM 21
VINTE E UM 21
Em seguida, o primeiro parágrafo, chamado lide, deve responder às
seguintes perguntas:
BNCC
(EF35LP16) Identificar e reproduzir,
Obesidade infantil é
em notícias, manchetes, lides e cor- considerada problema de saúde
po de notícias simples para público
infantil e cartas de reclamação (revista maior do que a desnutrição no
infantil), digitais ou impressos, a for-
matação e diagramação específica de Brasil
cada um desses gêneros, inclusive em
suas versões orais.
A obesidade infantil é considerada atualmente um dos maiores
problemas de saúde pública do Brasil, superando a desnutrição.
Estima-se que hoje uma em cada três crianças brasileiras apresentem
sobrepeso.
1. O fato relatado é que, atualmen- O lide desta notícia responde a algumas das perguntas fundamentais.
te, a obesidade infantil é consi- Responda oralmente:
derada um problema de saúde
maior do que a desnutrição. 1. Qual é o fato relatado, ou seja, o que a notícia relata?
2. Com crianças brasileiras.
3. No Brasil.
2. Com quem acontece o fato relatado pela notícia?
4. Estimativas apontam que uma
criança brasileira em cada grupo
de três apresenta sobrepeso. 3. Onde acontece o fato relatado pela notícia?
22 VINTE E DOIS
Anotações:
22 VINTE E DOIS
PRODUÇÃO DE TEXTO
Professor, este roteiro tem como
NOTÍCIA PRODUZIDA COLETIVAMENTE: ESCRITA E EM VÍDEO objetivo orientar a produção de uma
notícia gravada e uma notícia escrita
Os jornais, tanto os impressos quanto os falados, transmitidos pelo rádio, pela por parte dos alunos.
televisão e pela internet, são veículos de comunicação fundamentais na sociedade,
e a notícia é um dos gêneros que circulam nesses veículos. Por isso, vamos organizar
roteiros para produzir duas notícias sobre os hábitos de brincar e de se exercitar ao
ar livre e/ou com aparelhos eletrônicos dentro de casa: uma escrita e uma gravada.
Professor, caso ache necessário,
Apesar de terem o mesmo tema, há diferenças entre uma notícia escrita e você pode pedir ajuda ao professor
uma notícia gravada. A notícia escrita é um texto planejado, introduzido por um de Matemática em relação ao
título, seguido por um subtítulo e por um texto que relata um fato ocorrido, trabalho com os dados da pesquisa
(produzir gráficos para ilustrar a
enquanto a notícia gravada é apresentada por um repórter que relata um fato notícia, trabalhar com porcentagem
ocorrido, também de maneira planejada, em frente a uma câmera. etc.), o que pode gerar um trabalho
A classe será organizada em grupos, e sob a orientação e o auxílio do professor interdisciplinar.
VINTE E TRÊS 23
• A notícia pode ter um destaque, no meio do corpo do texto, para um
resultado mais expressivo.
• A notícia pode ter uma foto dos alunos ou um gráfico que resuma os
resultados do levantamento.
• Os créditos devem informar ao leitor quem escreveu a notícia, ou seja, os
alunos da sala.
• Na revisão da notícia escrita, deve ser verificada se a ortografia de todas
as palavras está correta. Caso haja dúvidas quanto a escrita de uma
palavra, deve-se recorrer ao dicionário.
• Também, precisa verificar se há uso de letra maiúscula no início das
frases, uso de pontuação adequada e concordância adequada entre os
substantivos, adjetivos, ativos e verbos.
Roteiro para notícia em vídeo
A notícia em vídeo terá a duração de até cinco minutos. Nas notícias que vemos
BNCC na televisão ou na internet, um repórter é filmado relatando um fato de interesse
Roteiro para notícia de vídeo: de uma comunidade, no estúdio ou no local relacionado com a notícia. Podem ser
(EF05LP17) Produzir roteiro para edi- usadas também outras imagens produzidas para a matéria jornalística – imagem do
ção de uma reportagem digital sobre local de uma obra, da pessoa sobre a qual se fala na notícia, imagem de um gráfico
temas de interesse da turma, a partir etc. Combinem com seu professor se haverá apenas o repórter falando ou se vocês
de buscas de informações, imagens,
áudios e vídeos na internet, de acor- usarão outras imagens, podendo ser até mesmo das tabelas que produziram.
do com as convenções do gênero e Como o tema da notícia será o levantamento realizado dos hábitos de
considerando a situação comunicati-
va e o tema/assunto do texto.
praticar atividades que movimentem o corpo inteiro entre os alunos da escola,
(EF15LP12) Atribuir significado a ela poderá ser gravada na escola ou ainda na casa de um ou mais alunos.
aspectos não linguísticos (paralin- A notícia escrita poderá servir de base para o texto que o repórter falará na
guísticos) observados na fala, como
direção do olhar, riso, gestos, movi-
notícia gravada. Assim:
mentos da cabeça (de concordância • Os resultados mais relevantes do levantamento deverão ser selecionados
ou discordância), expressão corporal, e abordados na notícia gravada.
tom de voz.
• O repórter deve situar o telespectador sobre o levantamento realizado
(número de participantes e resultados), além de falar sobre a importância
do tema da pesquisa, como na notícia escrita.
• Um aluno pode segurar cartazes para o repórter ler, como um teleprompt.
• Um aluno deve ficar responsável pela gravação.
• Um aluno deve ficar responsável por editar o vídeo, caso seja necessário.
24 VINTE E QUATRO
Anotações:
24 VINTE E QUATRO
Produção escrita: notícias escritas individualmente
A alimentação saudável é um tema muito importante para a comunidade
escolar, já que crianças passam boa parte do dia na escola e devem se BNCC
alimentar da maneira mais saudável possível. Por isso, produziremos uma (EF15LP06) Reler e revisar o texto
notícia sobre alimentação saudável na escola. produzido com a ajuda do professor
e a colaboração dos colegas, para
Cada aluno deve escolher um assunto sobre alimentação saudável na escola, corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo
focando, por exemplo, se houver, a merenda escolar (que tipos de alimentos são cortes, acréscimos, reformulações,
servidos) ou os alimentos vendidos na cantina (se os alimentos vendidos são fritos correções de ortografia e pontuação.
ou assados, se há alimentos industrializados, lanches, frutas, sucos naturais etc.) (EF15LP07) Editar a versão final do
texto, em colaboração com os colegas
ou ainda o que os alunos trazem de casa nas lancheiras (se há alunos que trazem e com a ajuda do professor, ilustran-
lanches naturais ou se a maioria traz alimentos industrializados etc.). do, quando for o caso, em suporte
adequado, manual ou digital.
Seguindo o roteiro dado anteriormente, só que agora abordando um tema
sobre alimentação saudável na escola, você deve se organizar para escrever
uma notícia. Você pode entrevistar um adulto responsável pela merenda, pela
cantina ou pela lancheira de algum aluno.
As notícias impressas poderão ser colocadas nos murais da escola para que todos Professor, esta proposta de
os alunos, professores, funcionários e responsáveis pelos estudantes possam lê-las. produção de texto é secundária
e visa à escrita de uma notícia
individual pelos alunos, já que a
proposta anterior visa à produção de
notícia de modo coletivo. A escrita
SUGESTÕES DE LEITURA Divulgação
individual da notícia (ou em grupos
pequenos) poderá evidenciar melhor
as necessidades de aprendizagem de
BATELLA, Juva. A língua de fora. Rio de Janeiro: cada aluno (ou pequeno grupo de
Vieira & Lent Casa Editorial, 2011. 272 p. alunos) da sala, tanto em relação ao
gênero notícia quanto às convenções
Conheça uma princesa enclausurada diferente — da escrita formal.
a própria Língua Portuguesa. Ela vive no Reino das
Palavras Contadas, que já foi o Reino das Palavras
Livres. Lá, tudo pode acontecer!
BNCC
Sugestão de leitura:
LOPEZ, Mercé. O menino que comia lagartos. (EF35LP02) Selecionar livros da bi-
Divulgação
VINTE E CINCO 25
VINTE E CINCO 25
C APÍTULO
BNCC
Atividades 1 a 3:
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus conhe-
cimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo te-
mático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e du-
rante a leitura de textos, checando a
adequação das hipóteses realizadas. Prato de comida com alimentos de cores variadas.
26 VINTE E SEIS
26 VINTE E SEIS
O poder das cores
BNCC
Montar um prato colorido significa oferecer uma maior (EF35LP01) Ler e compreender, si-
lenciosamente e, em seguida, em
variedade de nutrientes, revelando o poder das cores. voz alta, com autonomia e fluência,
textos curtos com nível de textuali-
Abusar das cores na hora de montar um prato é uma das dicas mais dade adequado.
valiosas da nutrição. Isso porque os alimentos coloridos são atrativos
para as crianças, além de possuírem diversos nutrientes importantes.
Veja na lista abaixo as propriedades de cada uma das cores e, na
próxima refeição, monte um prato colorido para toda a família!
Roxo, preto e azul: alimentos dessas cores contêm substâncias
chamadas antocianinas, que têm ação antioxidante e auxiliam a
função cognitiva; também contêm potássio e vitamina C. Exemplos:
uva, ameixa preta, cebola roxa e beterraba.
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Vermelho: os alimentos vermelhos são ricos em licopeno,
substância que fortalece os olhos e a pele, além de prevenir doenças
como o câncer e melhorar a memória. Exemplos: tomate, goiaba
vermelha e morango.
Laranja: possui betacaroteno, que, dentre vários benefícios, ajuda
a fortalecer o sistema imunológico. Além disso, alimentos desse grupo
têm boas quantidades de vitamina A, importante para a saúde da
visão. Exemplos: abóbora, cenoura, laranja e mamão.
Verde: alimentos dessa coloração são ricos em magnésio, cálcio,
fósforo e ferro, que auxiliam o crescimento, além de auxiliar o corpo
VINTE E SETE 27
VINTE E SETE 27
a eliminar toxinas. Exemplos: abacate, acelga, kiwi, pimentão verde,
couve, brócolis.
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Branco: frutas e vegetais dessa cor possuem vitaminas do complexo
B e flavonoides, que irão atuar na produção de energia e proteção das
células. Já o leite e seus derivados são fontes de cálcio e potássio, que
ajudam na formação de ossos e dentes.
Amarelo: alimentos com esse pigmento possuem substâncias que
favorecem o processo de cicatrização e melhoram a saúde do sistema
digestório. Exemplos: milho, abacaxi, banana e maracujá.
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Não é preciso incluir todas as cores em uma única refeição, mas é
importante que as crianças consumam esses alimentos ao longo do dia.
Além de melhorar a saúde, estimulam a alimentação, pois as crianças
gostam e se divertem na hora de comer.
28 VINTE E OITO
Prática pedagógica
Planeje uma aula de leitura que explore a seleção de infor- outros aspectos da alimentação saudável, pedindo aos alunos
mações e desenvolva a habilidade (EF35LP17) da BNCC: Buscar que levem para a sala rótulos de alimentos que consumam
e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse com frequência. Proponha, então, que façam a leitura analítica
sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em e comparativa da informação nutricional constante em cada
meios impressos ou digitais. A partir da pergunta motivadora rótulo, elaborando uma lista dos alimentos com mais sódio ou
“Vocês sabem do que é feito o que vocês comem?”, explore mais gordura, por exemplo. O estudo dos rótulos pode ser feito
28 VINTE E OITO
1. Além do valor alimentício, o texto apresenta outra vantagem de preparar
um prato bem colorido. BNCC
Atividades 1 a 3:
a) Qual seria essa vantagem? Justifique sua resposta com uma passagem (EF15LP02) Estabelecer expectativas
do texto. em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
O estímulo à alimentação, já que, de acordo com o texto, “as crianças dos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus conhe-
gostam e se divertem na hora de comer”. cimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo te-
mático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e du-
b) Você concorda com isso? Faz diferença para você se o prato for atraente rante a leitura de textos, checando a
visualmente? adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP03) Localizar informações
Resposta pessoal.
explícitas em textos.
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com
o apoio do professor, informações de
interesse sobre fenômenos sociais e
naturais, em textos que circulam em
meios impressos ou digitais.
de nutrientes.
paralelamente ao estudo da pirâmide alimentar, a fim de que os alunos possam se tornar capazes
de realizar escolhas conscientes para um consumo saudável dos alimentos. Como material de apoio
para esta aula, recomendamos a cartilha da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária:
ANVISA. Rotulagem nutricional obrigatória: manual de orientação aos consumidores. Edu-
cação para o Consumo Saudável. Universidade de Brasília – Brasília: Ministério da Saúde, Agên-
cia Nacional de Vigilância Sanitária / Universidade de Brasília, 2005. Disponível em: <http://
portal.anvisa.gov.br/documents/33916/396679/manual_consumidor.pdf/e31144d3-0207-4a37-
9b3b-e4638d48934b. Acesso em: 05 jul. 2018.
VINTE E NOVE 29
NOSSA LÍNGUA
BNCC
(EF05LP03) Acentuar corretamen- ACENTUAÇÃO DE PALAVRAS OXÍTONAS,
te palavras oxítonas, paroxítonas e
proparoxítonas. PAROXÍTONAS E PROPAROXÍTONAS
As sílabas tônicas são pronunciadas com maior intensidade quando estamos
falando. Cada palavra de nossa língua tem a sua sílaba tônica, que fica em uma
das três diferentes posições existentes em português: na última, na penúltima ou
na antepenúltima sílaba da palavra. De acordo com essa posição, classificamos as
palavras em três grupos: oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
No texto que você leu no início deste capítulo, em relação aos alimentos
de cores preta e roxa, podemos encontrar um exemplo de frase com palavras
oxítonas: “Também contêm potássio e vitamina C”. As palavras “também” e
“contêm” são oxítonas.
30 TRINTA
Anotações:
30 TRINTA
Paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima sílaba. Acentuam-se as paroxítonas
terminadas em:
l fácil
n pólen
r cadáver
ps tríceps
x tórax
us vírus
i, is júri, lápis
TRINTA E UM 31
TRINTA E UM 31
1. Leia um trecho do poema “José”, do poeta Carlos Drummond de Andrade.
32 TRINTA E DOIS
Anotações:
32 TRINTA E DOIS
d) Agora releia em voz alta o texto e procure observar a musicalidade
desse poema. Lembre-se de que todas as palavras que você analisou são Professor, o objetivo é sensibilizar os alunos
oxítonas, o que pode mudar a forma de pronunciá-las. Que impressão para perceberem efeitos estéticos da escolha
das palavras no poema, no caso, efeito sonoro
essa leitura causou em você? – todos os versos terminam em palavra oxítona,
Resposta pessoal. ou seja, todas as sílabas que finalizam os versos
são pronunciadas de maneira mais forte. O
ritmo marcado do poema colabora com o seu
tom pessimista.
Quino/Fotoarena
cenário, as expressões faciais das personagens,
os tipos de balão e as letras em itálico e negrito,
além da escrita comum. Procure mostrar a
importância de observar os elementos não
linguísticos na constituição de sentidos do texto
em quadrinhos.
b) Por que você acha que a palavra “péssimo”, no primeiro quadrinho, está (EF05LP03) Acentuar corretamen-
te palavras oxítonas, paroxítonas e
escrita entre aspas e com outro tipo de letra? proparoxítonas.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos infiram que foi a professora
c) Por que Manolito ficou tão bravo com o que a professora anotou em
seu caderno? Como ele se justifica?
Manolito ficou bravo porque a professora lhe deu um “péssimo”, ainda que
ele frequente a escola diariamente. De acordo com a personagem, isso só
seria justificado se ele fosse à escola de vez em quando.
TRINTA E TRÊS 33
TRINTA E TRÊS 33
d) O que significa a palavra “freguês”? Como Manolito a relaciona com a
palavra “aluno” ou “estudante”?
O objetivo aqui é, primeiramente, ati- Resposta pessoal.
var o conhecimento prévio do aluno
sobre a palavra freguês (pessoa que
frequenta o mesmo estabelecimento
comercial, que costuma fazer com-
pras no mesmo lugar) e inferir que e) Em relação à tonicidade, qual é a classificação de “péssimo” e “freguês”?
Manolito, por ir todos os dias à es-
“Péssimo” é proparoxítona, e “freguês” é oxítona.
cola, como aluno, é considerado um
freguês, um cliente.
3. Complete a tabela como no exemplo:
Separação Sílaba
Palavra Classificação Classificação
de sílabas tônica
BNCC quí
química quí-mi-ca trissílaba proparoxítona
Atividade 3: (antepenúltima)
(EF05LP03) Acentuar corretamen-
te palavras oxítonas, paroxítonas e trissílaba mú proparoxítona
proparoxítonas. músicos mú-si-cos (antepenúltima)
polissílaba fô proparoxítona
sinfônicas sin-fô-ni-cas
(antepenúltima)
ú
saúde sa-ú-de trissílaba paroxítona
(penúltima)
rên
carência ca-rên-cia trissílaba paroxítona
(penúltima)
cân
câncer cân-cer dissílaba paroxítona
(penúltima)
ví
vírus ví-rus dissílaba paroxítona
(penúltima)
sé
José Jo-sé dissílaba oxítona
(última)
bém
também tam-bém dissílaba oxítona
(última)
34 TRINTA E QUATRO
Anotações:
34 TRINTA E QUATRO
DESAFIO
1. Que tal aprender acentuação brincando? Você vai montar um
dominó da acentuação com um colega. O dominó terá 28 fichas
divididas ao meio. Veja os exemplos: BNCC
(EF05LP09) Ler e compreender, com
autonomia, textos instrucional de re-
gras de jogo, dentre outros gêneros
do campo da vida cotidiana, de acor-
Bússola Paroxítona do com as convenções do gênero e
considerando a situação comunica-
tiva e a finalidade do texto.
c) Escreva na segunda metade das fichas, sem combinar com a Professor, a montagem do jogo
palavra que já está escrita (não pode ser a mesma classificação exige pesquisa de palavras conforme
as instruções dadas. Essa já é uma
dessa palavra): tarefa que envolve retomar tanto
o reconhecimento da tonicidade
• Monossílabo tônico – em 5 fichas; das palavras quanto as regras de
• Oxítona – em 8 fichas; acentuação. Ajude-os na etapa de
pesquisa e de montagem do jogo.
• Paroxítona – em 8 fichas; Faça as mediações necessárias
durante o jogo, ou seja, indague-os
• Proparoxítona – em 7 fichas. sobre possíveis equívocos, ajude-os a
refletir sobre os fenômenos.
Regras do jogo
O jogo funciona assim: em vez de combinarem números, como no
dominó comum, vocês vão combinar a palavra e sua classificação
quanto à tonicidade (monossílabo tônico, oxítona, paroxítona ou
proparoxítona). Ganha quem ficar com menos peças na mão.
Embaralhem as cartas e divirtam-se!
TRINTA E CINCO 35
TRINTA E CINCO 35
2. Agora é a sua vez de produzir um jogo de dominó ou forca,
usando alimentos como tema. Para a realização deste desafio, siga
as instruções:
Dawidson França
a) Pesquise nomes de cinco grupos de alimentos: frutas, legumes,
verduras, carnes e laticínios.
36 TRINTA E SEIS
Anotações:
36 TRINTA E SEIS
SINAIS DE PONTUAÇÃO (I)
Diferenças, na leitura, entre vírgula, ponto e vírgula e dois-pontos Professor, caso seja necessário, releia
o texto da seção Para Ler, atente-
Na seção Para ler, lemos um texto didático. Ele tem a função de informar o os para a organização dos textos
leitor a respeito de um determinado assunto, tema, palavra etc. Pensando nisso, em tópicos e analise o emprego dos
como os sinais de pontuação devem ser empregados ao escrevermos um texto sinais de pontuação com os alunos.
Os sinais de pontuação devem ser
didático? empregados com o objetivo de
organizar os textos de modo a fazer
Os sinais de pontuação são sinais gráficos característicos da linguagem com que a leitura seja também
escrita e têm como objetivo, na linguagem oral, estabelecer pausas e organizada, principalmente em
entonações (modulações) na fala. Basicamente os sinais de pontuação (ou sinais relação à organização em tópicos.
Vírgula (,)
A vírgula indica uma pequena pausa na voz e é empregada principalmente
para separar explicações e elementos enumerados em uma frase.
Exemplo: “[...] os alimentos vermelhos são ricos em licopeno, substância que
fortalece os olhos e a pele, além de prevenir doenças como o câncer e melhorar
a memória. Exemplos: tomate, goiaba vermelha e morango.”
TRINTA E SETE 37
TRINTA E SETE 37
Dois-pontos (:)
Os dois-pontos marcam uma sensível pausa ou suspensão na voz, que indica
BNCC que a frase ainda não foi concluída.
Atividade 4:
(EF05LP04) Diferenciar, na leitura Ponto final (.)
de textos, vírgula, ponto e vírgula,
dois-pontos e reconhecer, na leitura
Indica máxima pausa da voz por meio do emprego de um tom descendente,
de textos, o efeito de sentido que já que seu objetivo é sinalizar que o período foi concluído.
decorre do uso de reticências, aspas,
parênteses. Ponto de interrogação (?)
(EF35LP05) Inferir o sentido de pa-
lavras ou expressões desconhecidas O ponto de interrogação marca uma pergunta, uma interrogação direta
em textos, com base no contexto da que, na entonação, deve ser indicada por um tom ascendente (de baixo para
frase ou do texto.
cima) na voz.
Exemplo: “E agora, José?”
Reprodução
pausas e da entonação. Peça que os
da vírgula. Nele, há cinco exemplos
alunos leiam também, para que eles de uso e os efeitos de sentido que a
se apropriem das funções discursivas vírgula pode produzir. Explique cada
da pontuação nos textos.
um desses exemplos.
38 TRINTA E OITO
Anotações:
38 TRINTA E OITO
a) A vírgula pode ser uma pausa, ou não:
Não, espere.
Não espere.
Alguém está dizendo a outra pessoa que espere.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Alguém diz que aceita algo e agradece.
TRINTA E NOVE 39
TRINTA E NOVE 39
e) A vírgula pode mudar uma opinião.
Não quero ler.
Professor, caso seja possível
exiba aos alunos o vídeo com a Não, quero ler.
narração de um ator disponível Alguém afirma que não quer ler.
em: <https://www.youtube.com/
watch?v=NDn1tukRE_E>. Acesso
Alguém afirma que quer ler, negando o contrário.
em: 26 jan. 2018. Chame a atenção
deles para a importância das pausas
e da entonação na voz. 5. Leia as sentenças abaixo e assinale a alternativa correta.
• Ela pode sumir com o seu dinheiro.
a) R$ 234.
BNCC
© Mauricio de Sousa Editora
Atividades 5 e 6:
(EF05LP04) Diferenciar, na leitura
de textos, vírgula, ponto e vírgula,
dois-pontos e reconhecer, na leitura
de textos, o efeito de sentido que
decorre do uso de reticências, aspas,
parênteses.
(EF15LP04) Identificar o efeito de
sentido produzido pelo uso de re-
cursos expressivos gráfico-visuais em
© Mauricio de Sousa Editora
textos multissemióticos.
(EF15LP14) Construir o sentido de
histórias em quadrinhos e tirinhas,
relacionando imagens e palavras e
interpretando recursos gráficos (tipos
de balões, de letras, onomatopeias).
(EF15LP18) Relacionar texto com
ilustrações e outros recursos gráficos.
40 QUARENTA
Anotações:
40 QUARENTA
PRODUÇÃO DE TEXTO
RESUMO
O resumo é um gênero muito importante, que pode ser escrito ou lido em
diferentes contextos de produção: para estudar um assunto; para registrar, de
forma breve, as informações que coletamos em um trabalho de pesquisa; para
apresentar a um grupo de discussões etc.
O objetivo do resumo é identificar as ideias centrais de um texto e
diferenciá-las de um detalhe, uma explicação, algo que não seja tão
importante. Quando o texto original conta uma história, é preciso inserir
no resumo os acontecimentos principais. Quando o texto original defende
um ponto de vista, o resumo deve identificar esse ponto de vista e os
argumentos que ajudem a defendé-lo.
Mas não basta apenas juntar as partes sublinhadas para produzir um bom
resumo. É necessário reler o texto para compreendê-lo melhor e saber como
reinserir as informações nele de uma maneira que todos entendam.
Assim, ao produzir um resumo, você deve:
• Ler o texto com muita calma e atenção, procurando compreender o tema
sobre o qual está falando. Por exemplo, o texto da seção Para ler tem
como tema geral a alimentação saudável, e seu assunto é o poder de
um prato de comida bem colorido.
• Reler o texto, sublinhando as partes principais de cada parágrafo. Alguns
textos indicam no título o tema de que tratam, o que ajuda a selecionar
as informações centrais.
• Listar os tópicos principais que não podem ficar de fora do seu resumo.
Este será o seu plano de texto para escrevê-lo.
• Iniciar a escrita, observando como aquelas informações destacadas,
que estão espalhadas no texto, podem compor o seu resumo. Nesse
momento, é preciso reformular as frases para juntar essas informações de
modo coerente.
• É bom salientar que, para resumir um texto, não basta fazer uma lista
de itens nem copiar pequenas partes e juntá-las. O resumo é um novo
texto, que precisa ser compreendido até por quem não conhece o
texto original.
QUARENTA E UM 41
QUARENTA E UM 41
Como vimos no início deste capítulo, as cores dos alimentos, além de
BNCC estimularem as pessoas a comer, fazem com que a refeição tenha uma
(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre variedade de nutrientes. Por isso é tão importante compor um prato com
tema de interesse, organizando resultados de
pesquisa em fontes de informação impressas
alimentos de várias cores; quanto mais cores estão presentes, mais nutrientes
ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou você está ingerindo.
tabelas, considerando a situação comunicativa
e o tema/ assunto do texto. O texto nos fala sobre algumas cores, mas de maneira rápida, pois se trata
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do profes- de um texto didático. Agora é sua vez de compartilhar com a turma mais
sor, o texto que será produzido, consideran- algumas informações sobre alimentação!
do a situação comunicativa, os interlocutores
(quem escreve/para quem escreve); a finali-
dade ou o propósito (escrever para quê); a
circulação (onde o texto vai circular); o suporte
PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
(qual é o portador do texto); a linguagem,
Com o auxílio de seu professor, em pequenos grupos, pesquisem na
organização e forma do texto e seu tema,
pesquisando em meios impressos ou digitais, biblioteca da escola, da cidade ou na internet um texto didático sobre
sempre que for preciso, informações neces- alimentos de uma determinada cor, à sua escolha. Depois de lê-lo, escrevam
sárias à produção do texto, organizando em um resumo desse texto para apresentar aos colegas. Lembrem-se de que o
tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de objetivo desse resumo é apresentar aos colegas informações básicas sobre
intercâmbio oral com clareza, preocupando- alimentação, com base em um texto que eles não leram. Por isso, o resumo
-se em ser compreendido pelo interlocutor e deve conter uma apresentação clara dos dados principais.
usando a palavra com tom de voz audível, boa
articulação e ritmo adequado. Vocês devem entregar ao professor:
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de
professores e colegas, formulando perguntas • O texto original sem alterações e com a marcação das informações
pertinentes ao tema e solicitando esclareci-
mentos sempre que necessário. mais importantes.
(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de
sentido, dividindo-o em parágrafos segundo
• O resumo escrito por vocês com base nas informações que selecionaram.
as normas gráficas e de acordo com as carac-
terísticas do gênero textual.
• É muito importante indicar também, abaixo do resumo, a fonte do
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio texo original (autor, título do livro ou revista, título do texto, cidade em
do professor, informações de interesse sobre que foi publicado, editora, ano de publicação). Assim, todos os leitores
fenômenos sociais e naturais, em textos que
circulam em meios impressos ou digitais. podem saber de onde vieram aquelas informações e acessar o texto
original, se desejarem.
AVALIAÇÃO
O professor redistribuirá a produção final entre os grupos: o texto original
Professor, cada trio ou quarteto de
alunos deve ficar responsável por com marcações e o resumo. Avaliem o texto dos colegas e, se necessário,
pesquisar mais a fundo um grupo de sugiram melhorias, observando o seguinte:
alimentos com uma cor predominante,
relacionada aos seus nutrientes (grupo 1. O resumo apresenta a informação principal do texto original?
dos alimentos verde-escuros). Os
resumos finais podem ser expostos em 2. O resumo expõe as ideias principais ou deixou algo importante de fora?
um mural na escola, cujo título pode
ser “Vamos comer em cores?”. Oriente 3. O resumo eliminou os detalhes do texto que não são tão importantes?
a leitura do texto original, a elaboração
do plano de texto e a escrita do resumo.
42 QUARENTA E DOIS
É fundamental lembrar a função
desse resumo específico: apresentar
aos colegas que não leram o texto
original as suas principais informações.
Ter em mente a função do resumo
em virtude dos interlocutores é uma Interdisciplinaridade
estratégia importante para a escrita Aproveite a aula de leitura de rótulos para estabelecer relação com o componente de
de um texto coerente. Ao devolver os
materiais, ajude-os a compreender em
Matemática. Peça aos alunos que observem os valores diários de referência de cada item da
que medida os sublinhados e o plano tabela nutricional e criem listas com os alimentos amigos da saúde, ou seja, com os produtos
de texto estavam mais ou menos com baixo percentual (%VD) de gorduras saturadas, gorduras trans ou sódio, por exemplo.
adequados e se contribuíram para a Os alunos podem também elaborar gráficos com os alimentos mais perigosos para a
elaboração final do resumo. saúde, aqueles com maiores índices de sódio, açúcares ou gordura, criando cartazes com um
“ranking” da boa alimentação, a serem expostos no mural da escola.
42 QUARENTA E DOIS
4. O resumo conseguiu interligar as informações, sem parecer uma
“colagem” de partes do texto original?
5. O resumo segue as convenções da escrita formal: pontuação, ortografia, BNCC
disposição do texto no papel etc.? Avaliação:
(EF15LP06) Reler e revisar o texto
6. Para cada um desses aspectos, se necessário, sugiram as mudanças produzido com a ajuda do professor
devidas. e a colaboração dos colegas, para cor-
rigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes,
acréscimos, reformulações, correções
de ortografia e pontuação.
(EF15LP07) Editar a versão final do
SUGESTÕES DE LEITURA texto, em colaboração com os colegas
e com a ajuda do professor, ilustran-
do, quando for o caso, em suporte
Divulgação
adequado, manual ou digital.
LISPECTOR, Clarice. A vida íntima de Sugestão de leitura:
Laura. Rio de Janeiro: Rocco, 2011. 32 p. (EF35LP02) Selecionar livros da bi-
blioteca e/ou do cantinho de leitura
Laura é casada com o galo Luís e tem da sala de aula e/ou disponíveis em
uma grande qualidade: é a que bota mais meios digitais para leitura individual,
justificando a escolha e comparti-
ovos em todo o galinheiro. Mas, mesmo lhando com os colegas sua opinião,
assim, morre de medo de virar “galinha ao após a leitura.
molho pardo”. (EF35LP21) Ler e compreender, de
forma autônoma, textos literários
de diferentes gêneros e extensões,
inclusive aqueles sem ilustrações,
estabelecendo preferências por gê-
neros, temas, autores.
Divulgação
QUARENTA E TRÊS 43
Anotações:
QUARENTA E TRÊS 43
C APÍTULO
BNCC
3 DESCOBRINDO NOVOS SABORES
Atividades 1 a 3:
(EF05LP15) Ler/assistir e compreen-
der, com autonomia, notícias, repor-
tagens, vídeos em vlogs argumentati-
vos, dentre outros gêneros do campo
político-cidadão, de acordo com as
PARA LER
convenções dos gêneros e conside-
rando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto. 1. Você sabe o que é uma dieta vegetariana?
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
em relação ao texto que vai ler (pres- 2. Você tem alguma restrição alimentar ou faz algum tipo de dieta?
suposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função social do 3. O que você come na escola?
texto), apoiando-se em seus conhe-
cimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo te- Escolas estaduais têm cardápio
mático, bem como sobre saliências sem carne às segundas-feiras
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações 31 de Maio de 2017 16 comentários
e inferências realizadas antes e du-
Reprodução
rante a leitura de textos, checando a
adequação das hipóteses realizadas.
44 QUARENTA E QUATRO
44 QUARENTA E QUATRO
A nutricionista Mariana F aulin F oresto, do Departamento de
Alimentação e Assistência ao Aluno, da Secretaria da Educação do
Estado (SEE), explica que o projeto objetiva promover a alimentação
saudável. “Começou no ano passado, e surgiu em conjunto com a
chef de cozinha Janaina Rueda, a princípio para dar uma nova
roupagem a cardápios que existiam nas escolas.”
De início, a chef testou os produtos que já faziam parte da
alimentação, como arroz e carne, e elaborou novas receitas. “Ela fez
alguns pratos especiais e começou a repassar técnicas de preparo
para as merendeiras da rede”, diz Mariana.
QUARENTA E CINCO 45
Entendendo que a alimentação é um ato também social, tanto esse tema quanto as atividades propostas a partir dele, mobi-
lizam as competências 1 e 2 de Linguagens para o Ensino Fundamental:
“Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e
valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais”.
“Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade
humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de
uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva”.
QUARENTA E CINCO 45
Essa novidade coloca a rede paulista de ensino trabalhando com
personalidades de vários países que apoiam a campanha
BNCC
internacional Segunda sem Carne, como o cantor e compositor
Atividades 1 a 6: britânico Paul McCartney .
(EF15LP03) Localizar informações
explícitas em textos.
MPL Communications
(EF15LP04) Identificar o efeito de sen-
tido produzido pelo uso de recursos
expressivos gráfico-visuais em textos
multissemióticos.
(EF35LP04) Inferir informações implí-
citas nos textos lidos.
46 QUARENTA E SEIS
Prática pedagógica
Realize a atividade sobre os diferentes significados do léxico alimentar, ainda que não seja saudável. Aborde com os alunos
dieta (em geral, associado a regime para emagrecer). Depois, a dieta vegetariana dentro desse contexto, permitindo que os
realize uma roda de conversa para refletir sobre os diferentes alunos expressem suas ideias e dúvidas quanto a esse tipo par-
sentidos e significados, de modo que todos possam chegar à ticular de alimentação.
conclusão de que todos fazemos uma dieta, já que o termo Prepare uma ou mais aulas sobre tabus alimentares e men-
remete, originalmente, a “modo de vida”, isto é, a um costume sagens fakes que circulam na internet, e discuta com os alunos
46 QUARENTA E SEIS
FIQUE SABENDO
A campanha “Segunda sem Carne” (Meatless Monday, em inglês) 1. Professor, oriente os alunos a reler o
foi lançada nos Estados Unidos em 2003 e está presente em 35 países; cartaz e a tentar identificar os animais.
no Brasil, seu lançamento foi em 2009. O objetivo da campanha é 2. Porque a carne desses animais é a mais
conscientizar as pessoas a respeito dos impactos, no meio ambiente e na consumida no mundo, entre outras fon-
tes de proteína animal para a alimen-
sociedade, do consumo de carne e de produtos de origem animal. tação do ser humano, como o peru, o
Como exemplo, pode-se citar que, para produzir 1 quilgrama de carne, pato, a codorna, o coelho etc.
são necessários, em média, 17 mil litros de água; para produzir a mesma 3. Oriente os alunos a ler o box “Fique sa-
bendo”, que explica a campanha “Se-
quantidade de alimentos de origem vegetal (como cereais, vegetais e gunda sem Carne”, pois o objetivo da
legumes) são necessárias algumas centenas de litros de água. Além disso, questão é fazer que os alunos estabele-
há ainda o desmatamento causado pela criação de pasto e o aquecimento çam relações entre os dois textos: o da
reportagem e o do boxe.
global; segundo estudos, a pecuária é responsável por 17% dos gases de
A iniciativa de não oferecer carne aos
efeito estufa do planeta. alunos da rede estadual paulista de
ensino às segundas-feiras faz parte do
Outro fator levado em consideração pela campanha é a crueldade projeto “Segunda sem Carne”, que su-
com que bois, vacas, porcos e galinhas, dentre outros animais, são criados gere que, às segundas-feiras, não con-
e abatidos. sumamos carne ou qualquer alimento
de origem animal.
Desse modo, a campanha visa ao bem-estar animal, à preservação do 4. Espera-se que os alunos percebam que
meio ambiente e à diversidade das dietas e dos sabores. as informações da matéria do jornal são
dadas pela entrevistada Mariana Faulin
Foresto e o/a repórter responsável pela
entrevista. A questão tem como objetivo
fazer que os alunos identifiquem exem-
plos de discursos direto e indireto.
1. Observe o cartaz usado na campanha “Segunda sem Carne”. Quais animais O projeto começou em 2016 com a ajuda
estão representados nele? da chef de cozinha Janaina Rueda, que, a
princípio, testou produtos que já faziam
Da esquerda para a direita: vaca/boi, porco, galinha e peixe. parte da merenda e, então, elaborou no-
2. Por que esses animais foram escolhidos para o cartaz da campanha? vas receitas e treinou as merendeiras.
5. O objetivo desta questão é a localização
de ideias.
3. Relacione a iniciativa de não oferecer carne aos alunos da rede estadual
A carne é substituída por ovos e por ali-
paulista de ensino às segundas-feiras com o projeto “Segunda sem Carne”. mentos de origem vegetal, como grão-de-
-bico, ervilhas, cogumelos, sojas e semen-
4. Como surgiu o projeto e quais foram os primeiros passos de sua implementação? tes; assim, os alunos não perdem nenhum
nutriente com a alteração do cardápio.
6. Os alunos da escola EE Henrique Villa-
5. A carne é substituída por quais alimentos? Os alunos perdem nutrientes res, além de comer refeições sem carne,
com essa substituição? acompanham uma horta.
QUARENTA E SETE 47
QUARENTA E SETE 47
7. Quais são os objetivos do projeto?
8. De que maneira não comer carne uma vez por semana pode ajudar o
7. Professor, o objetivo é oferecer uma meio ambiente?
alimentação saudável aos alunos e
promover diversidade de sabores,
fazendo que descubram novos sa-
bores de alimentos de origem ve-
getal.
8. Para responder a essa questão, os
NOSSA LÍNGUA
alunos deverão ler o box “Fique
sabendo”. Eles devem estabelecer
relações entre o fato de deixar de
comer carne uma vez por semana e SINAIS DE PONTUAÇÃO (II)
a diminuição do desmatamento e da
produção de gases do efeito estufa. O menino Bruno não consegue dormir e resolve ler para esperar o sono chegar.
Deixar de comer carne uma vez por De repente, ele ouve alguém gritando: era o ponto de interrogação, reclamando
semana contribui para diminuir o de só fazer perguntas e dizendo estar cansado − ele queria férias! Assim começa a
desmatamento e a produção de greve dos sinais de pontuação, que não fica só no ponto de interrogação...
gases do efeito estufa.
48 QUARENTA E OITO
Prática pedagógica
Nos capítulos desta unidade, os alunos leram notícia e reportagem que tratam de alimentação
e obesidade. Aproveite que os alunos entraram em contato com os gêneros do campo jornalístico,
para realizar atividade de comparação do mesmo fato atual, publicado em mídias diferentes.
Essa atividade contempla a habilidade: (EF05LP16) Comparar informações sobre um mesmo
fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual é mais confiável e por quê.
48 QUARENTA E OITO
PARÊNTESES ( )
Os parênteses têm a função de intercalar indicações no texto, com o
objetivo de:
• Separar informações, para explicar, comentar ou refletir:
QUARENTA E NOVE 49
Leve para sala de aula diferentes jornais impressos ou realize essa aula na sala de informática,
para que os alunos possam pesquisar as notícias. Oriente-os a acessar portais de notícias confiá-
veis. Se necessário, faça uma lista de sites onde os alunos podem fazer a pesquisa.
Peça para os alunos tomarem nota do título, subtítulo e do lide das notícias e o site em que
foi feita a pesquisa. Após as pesquisas, organize os alunos numa roda de conversa, a fim de
possam compartilhar as notícias pesquisadas, compará-las e concluir qual dos veículos parece
mais confiável para eles.
QUARENTA E NOVE 49
RETICÊNCIAS (...)
As reticências marcam uma interrupção na frase,
que na linguagem oral ou na leitura em voz alta
Folhapress
deve ser marcada por um declínio no tom de voz.
Podem indicar uma ação ou ideia que se prolonga,
uma hesitação ou dúvida ou ainda que um trecho de
um texto citado foi suprimido.
Segundo Mário Quintana (1906-1994), poeta
brasileiro, “as reticências são os três primeiros passos
do pensamento que continua por conta própria o
seu caminho”. Mário Quintana
Assim, as reticências têm poder de sugestão, e seu uso pode depender do
estado de espírito ou emotivo do autor.
Veja como Machado de Assis (1839-1908), escritor brasileiro, usa as
reticências nesse trecho de seu romance Dom Casmurro:
Responda:
1. No livro Dom Casmurro, a mãe de Bentinho prometera a Deus que o filho
Professor, leia em voz alta este trecho.
seria padre. A fala acima é de José Dias, um amigo da família. De acordo
Os alunos devem perceber que José com ele, em quanto tempo surgiria a vocação eclesiástica de Bentinho?
Dias quis dizer que se a vocação Dentro de um ano.
eclesiástica de Bentinho não surgisse 2. Em sua opinião, o que José Dias quis dizer com “também, se não vier em
em um ano, não surgiria mais. Assim,
as reticências expressam que, nessa
um ano...”? Que efeito de sentido as reticências expressam?
situação, Bentinho não seria padre.
50 CINQUENTA
Anotações:
50 CINQUENTA
ASPAS (“ ”)
As aspas são utilizadas para indicar a transcrição de citações. No texto da
1. Professor, a nutricionista Ma-
seção Para ler, temos exemplos de discursos diretos. Releia-o e responda: riana Faulin Foresto, do Depar-
tamento de Alimentação e As-
1. Quem foram as pessoas entrevistadas? sistência ao Aluno, da Secretaria
da Educação do Estado (SEE), a
2. Transcreva uma fala de uma das pessoas entrevistadas e justifique sua coordenadora pedagógica Nádia
Moya Brocardo e as alunas Carla
resposta: como você sabe que a parte do texto que você está indicando é a Beatriz e Júlia.
fala da pessoa entrevistada e não de quem fez a entrevista? 2. Espera-se que os alunos perce-
bam que a utilização do verbo
3. Duas alunas opinaram sobre a merenda vegetariana. Como isso está dicendi (“dizer”) e das aspas si-
naliza as falas das entrevistadas.
apresentado no texto? “Começou no ano passado, e
surgiu em conjunto com a chef
de cozinha Janaina Rueda, a prin-
cípio para dar uma nova roupa-
gem a cardápios que existiam nas
NOSSA LÍNGUA escolas. ‘Ela fez alguns pratos
especiais e começou a repassar
técnicas de preparo para as me-
rendeiras da rede’, diz Mariana e
‘Temos aqui na escola uma hor-
1. Leia o texto abaixo sobre a organização não governamental (ONG) “Obra ta, e os alunos acompanham o
do Berço”: crescimento das verduras desde
o primeiro ano’, diz.”.
3. Aqui é o momento em que se
Beatriz precisava trabalhar, mas não tinha com quem deixar o introduz o discurso indireto em
contrapartida ao discurso direto.
filho caçula, Nicolas. Tentou a única creche pública perto de casa, O texto afirma que, segundo Car-
mas não havia vaga. Até que surgiu uma oportunidade na Obra la Beatriz e Júlia, as duas alunas
do Berço, em 2015. “Minha prima foi atendida por eles e me entrevistadas, as comidas são
gostosas (mas isso não é dito
disse que as crianças tinham um respaldo muito grande”, conta. O com as palavras das alunas, por
menino fica na ONG de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30. isso não está entre aspas.
Recebe alimentação, estuda e participa de rodas de contação
de história. O filho mais velho, Lucas, também foi atendido:
participou do Programa de Educação Empreendedora para Jovens.
Além disso, a Obra do Berço sugeriu a Beatriz que procurasse
o Centro de Apoio ao Trabalho (CAT), da prefeitura, onde, no
BNCC
começo de 2016, ela conquistou o seu atual emprego: uma
Atividades 1 a 3:
vaga de atendente no Poupatempo (órgão estadual que oferece
(EF05LP04) Diferenciar, na leitura
serviços aos cidadãos). “Como sei que o Nicolas está sendo de textos, vírgula, ponto e vírgula,
cuidado, tenho tranquilidade para trabalhar”, diz a mãe, aliviada. dois-pontos e reconhecer, na leitura
de textos, o efeito de sentido que
decorre do uso de reticências, aspas,
Revista Todos, Editora Mol, São Paulo, dez./jan. 2017, p. 50. parênteses.
(EF15LP03) Localizar informações
CINQUENTA E UM 51 explícitas em textos.
CINQUENTA E UM 51
a) Retire do texto trechos em que parênteses foram usados e explique a
função em cada um deles.
a. Professor, “Centro de Apoio ao Trabalho b) Explique a importância das informações entre parênteses para o leitor.
(CAT)”: os parênteses informam a sigla da
instituição; “Poupatempo (órgão estadual
c) Quem o repórter entrevistou para escrever esse texto? Por que essa pessoa
que oferece serviços aos cidadãos)”: a infor-
mação entre parênteses explica o que é o foi escolhida?
Poupatempo.
b. Os alunos devem perceber que essas infor- d) Transcreva as falas da pessoa entrevistada e justifique sua resposta.
mações são importantes para o leitor que não
sabe o que é o CAT e/ou o Poupatempo ( o e) Agora, transcreva um trecho do texto escrito pelo jornalista com as
autor do texto não deve pressupor que o leitor informações fornecidas pela pessoa entrevistada.
conheça essas instituições.
c. Caso seja necessário, relembre o gênero en-
trevista estudado no capítulo 1 deste volume.
2. Leia o texto abaixo.
O repórter entrevistou a Beatriz, escolhida
porque seu filho caçula frequenta a ONG
Obra do Berço. Esta é uma bela história de amizade:
d. Os alunos devem se lembrar de que as aspas
e os verbos dicendi sinalizam o discurso direto.
uma ave visita com frequência o
As falas de Beatriz são: “Minha prima foi aten- menino Tonho, pousando em sua
dida por eles e me disse que as crianças tinham janela para dar notícias de lugares onde
um respaldo muito grande” e “Como sei que há chuva – logo para ele, que vive na
o Nicolas está sendo cuidado, tenho tranqui-
lidade para trabalhar”. O aluno deve justificar secura do sertão.
sua resposta sinalizando as falas entre aspas e
os verbos dicendi: “contar” e “dizer”.
Na vizinhança de Tonho, a terra é
e. A questão tem como objetivo trabalhar o seca e as esperanças têm de brigar
discurso indireto. com a falta de tempo. Todos estão
“Beatriz precisava trabalhar, mas não tinha sempre muito ocupados na lida, no
com quem deixar o filho caçula, Nicolas. Ten-
tou a única creche pública perto de casa, mas trabalho, na lavoura… O pássaro é a
não havia vaga. Até que surgiu uma vaga na única comunicação do menino com
‘Obra do Berço’, em 2015.”. um mundo de terras molhadas, onde a
água é abundante, no céu e no solo.
Dawidson França
Quando a ave some por um período
mais longo, Tonho fica aflito, pois teme
a. As personagens da história são o menino
Tonho e uma ave, e ambos são amigos. que algo de ruim tenha acontecido
b. Espera-se que os alunos deduzam que trata-se com seu amigo. Será que ele nunca
do sertão nordestino, pois o autor descreve mais vai voltar?
um lugar seco onde pouco chove.
52 CINQUENTA E DOIS
c) Como é a rotina dos moradores da região? Explique.
CINQUENTA E TRÊS 53
4. Agora, leia esta tira:
a. Joaninha está lendo e respondendo
as perguntas dos internautas.
c. No segundo quadrinho, “negativa”
refere-se à personalidade de Joa-
ninha, no sentido de “pessimista”.
Já no terceiro quadrinho, Joaninha
retruca que “negativa” é a conta
bancária de seu interlocutor, ou
seja, no sentido de que a pessoa Fonte: Disponível em: <http://www.bichinhosdejardim.com.br>.
deve dinheiro ao banco.
a) O que Joaninha está fazendo?
b) Por que a fala de Joaninha, no segundo quadrinho, está entre aspas?
c) Qual é o sentido do adjetivo “negativa” no segundo e no terceiro quadrinhos?
Dawidson França
entrevistas com especialistas, apresentação
BNCC de dados estatísticos, infográficos, fotos etc.
Atividade 4: Assim, com um texto mais profundo e detalhado, o leitor/telespectador não
(EF15LP03) Localizar informa- fica sabendo apenas o que aconteceu, mas recebe informações com base nas
ções explícitas em textos. quais pode formar opinião sobre o tema abordado.
(EF05LP02) Identificar o cará-
ter polissêmico das palavras (uma
Nesta seção de Produção de texto, apresentaremos um roteiro para
mesma palavra com diferentes produção de uma reportagem sobre alimentação na escola.
significados, de acordo com o
contexto de uso), comparando 54 CINQUENTA E QUATRO
o significado de determinados
termos utilizados nas áreas cien-
tíficas com esses mesmos termos
utilizados na linguagem usual.
(EF05LP04) Diferenciar, na leitura Anotações:
de textos, vírgula, ponto e vírgula,
dois-pontos e reconhecer, na lei-
tura de textos, o efeito de sentido
que decorre do uso de reticên-
cias, aspas, parênteses.
54 CINQUENTA E QUATRO
Roteiro para reportagem
Na sequência do tema da reportagem do capítulo, vocês vão produzir, em
grupos, reportagens sobre a alimentação na escola. O tema pode ser abordado
sob diferentes aspectos, como: Professor, explique aos alunos que
• merenda escolar; o indivíduo que adota o veganismo
como estilo de vida não consome
• tipos de alimentos vendidos na cantina; produtos de origem animal na
• alunos com restrições alimentares (alergias, intolerâncias, dietas alimentação nem os utiliza em seu dia
a dia, no vestuário ou em acessórios,
especiais etc.); por exemplo.
• vegetarianismo na escola;
• veganismo na escola;
• legislação sobre o assunto.
com imagens, gráficos etc. Trabalhem em, no máximo, três páginas. (EF35LP16) Identificar e reproduzir,
d) Verifiquem se todas as palavras estão com a grafia correta. Caso em notícias, manchetes, lides e corpo
de notícias simples para público in-
haja dúvida sobre a grafia de uma palavra, consulte o dicionário. fantil e cartas de reclamação (revista
e) Organizem a reportagem em frases e parágrafos, iniciando-as com letra infantil), digitais ou impressos, a for-
maiúscula e usando pontuação adequada, vírgulas e pontos finais. matação e diagramação específica
de cada um desses gêneros, inclusive
f) Utilizem os pronomes pessoais e sinônimos, para substituir palavras, a em suas versões orais.
fim de evitar a repetição. (EF35LP17) Buscar e selecionar, com
o apoio do professor, informações de
interesse sobre fenômenos sociais e
CINQUENTA E CINCO 55
naturais, em textos que circulam em
meios impressos ou digitais.
(EF05LP26) Utilizar, ao produzir o
texto, conhecimentos linguísticos e
gramaticais: regras sintáticas de con-
cordância nominal e verbal, conven-
ções de escrita de citações, pontuação
(ponto final, dois-pontos, vírgulas em
enumerações) e regras ortográficas.
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário
para esclarecer dúvida sobre a escrita
de palavras, especialmente no caso
de palavras com relações irregulares
fonema-grafema.
CINQUENTA E CINCO 55
• Exponham as reportagens nos murais do colégio, para que toda a
comunidade escolar possa ler.
BNCC
Produção oral: Reportagem em vídeo
(EF15LP08) Utilizar software, inclu-
sive programas de edição de tex- A grande maioria das casas brasileiras possui um aparelho de televisão, e
to, para editar e publicar os textos assistir a um telejornal é um costume entre as famílias. Seja na hora do almoço,
produzidos, explorando os recursos
multissemióticos disponíveis.
no jantar ou antes de dormir, muitos brasileiros acompanham o noticiário na
(EF35LP19) Recuperar as ideias televisão, para ficarem informados sobre o que acontece no Brasil e no mundo.
principais em situações formais de Há telejornais que abordam apenas os fatos ocorridos em uma determinada
escuta de exposições, apresentações
e palestras. cidade ou região (os chamados “jornais regionais”); há os que abordam o
(EF05LP17) Produzir roteiro para edi- que acontece no país e no exterior, normalmente exibidos à noite; há os que
ção de uma reportagem digital sobre abordam mais questões econômicas e políticas, outros que abordam mais
temas de interesse da turma, a partir problemas relacionados à segurança etc.
de buscas de informações, imagens,
áudios e vídeos na internet, de acordo Esses telejornais exibem notícias e reportagens produzidas por uma equipe
com as convenções do gênero e consi-
derando a situação comunicativa e o
de jornalistas (repórter, repórter cinematográfico, editor, infografista etc.) e de
tema/assunto do texto. técnicos (câmeras, sonoplasta − profissional responsável pelo som − etc.), que
busca interatividade com o telespectador e com o âncora do telejornal, ou seja,
com o jornalista que o apresenta.
Nesta seção, vocês transformarão a reportagem impressa sobre alimentação na
escola em uma reportagem em vídeo, como um jornal exibido na televisão.
Para tanto, vocês deverão adaptar o conteúdo da reportagem impressa,
pois vão trabalhar com texto escrito, imagem e som. Os telejornais costumam
alternar entre a imagem do repórter falando o texto da reportagem e outras
imagens relevantes, com a voz do repórter ao fundo. Por isso, algumas
partes da reportagem impressa, que só trazem a informação escrita, serão
transformadas, na reportagem em vídeo, na fala do repórter enquanto imagens
são exibidas. É o que chamamos de locução em off: texto narrado por um
locutor que não está na cena e que acompanha uma ação de um vídeo.
Passo a passo
• Em primeiro lugar, façam um roteiro da reportagem, com a
Artem Twin/
Shuttertock
chamadas existem nos jornais impressos e naqueles veiculados
na internet: trazem apenas o título e às vezes uma frase curta
sobre o assunto, na primeira página ou na tela inicial do jornal.
56 CINQUENTA E SEIS
Anotações:
56 CINQUENTA E SEIS
• Os entrevistados deverão aparecer também, por isso as entrevistas devem
ser gravadas em vídeo. Para isso, é preciso observar a resposta dada na
entrevista escrita e imaginar qual teria sido a pergunta feita. Nesse caso, BNCC
o repórter e o entrevistado devem mostrar desenvoltura. Sugestão de leitura:
• A reportagem gravada deve ser editada em um editor de vídeo. Seu (EF35LP02) Selecionar livros da bi-
professor pode ajudá-los a selecionar quais momentos das gravações blioteca e/ou do cantinho de leitura
da sala de aula e/ou disponíveis em
são essenciais e quais podem ser cortados na edição. A edição permite meios digitais para leitura individual,
também mesclar narração e outros sons (música de fundo, gravação de justificando a escolha e compartilhan-
conversa telefônica etc.) com imagens selecionadas (entre as quais pode do com os colegas sua opinião, após
a leitura.
haver fotos e documentos digitalizados), além de inserir legendas.
(EF35LP21) Ler e compreender, de
• Os dados numéricos podem ser exibidos como um slide. forma autônoma, textos literários
de diferentes gêneros e extensões,
• Se possível, insiram, na edição do vídeo, o nome do repórter e os nomes inclusive aqueles sem ilustrações, es-
e a profissão dos entrevistados. tabelecendo preferências por gêneros,
temas, autores.
Vocês devem se organizar para assumir diferentes papéis:
• o apresentador (também chamado de locutor ou de “âncora”), que
cumprimenta os telespectadores, apresenta a chamada e fala o texto
principal da reportagem;
• o repórter (entrevistador);
• os entrevistados;
• o câmera;
• o editor.
SUGESTÃO DE LEITURA
Divulgação
CINQUENTA E SETE 57
CINQUENTA E SETE 57
2 NA TRAMA
UNIDADE
DOS POEMAS
Os versos dos poetas nos falam
do amor e da dor; da alegria e da
tristeza; da amizade e da saudade;
além de tantos outros sentimentos
tão verdadeiros e humanos.
58 CINQUENTA E OITO
58 CINQUENTA E OITO
MOISÉS, Massaud.
A literatura brasileira através dos textos.
20. ed. rev. e com. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 229.
CINQUENTA E NOVE 59
Objetivos da unidade
A unidade mobiliza objetos de conhecimento e habilidades verbais do modo indicativo;
com os seguintes objetivos: Compreender aspectos relacionados ao texto literário:
Estimular a leitura de fruição do texto poético; neologismo, métrica e sonoridade, versos livres/
Compreender a estrutura composicional dos gêneros brancos, polissemia – sinonímia, antonímia, homonímia
poema narrativo, soneto lírico e poema visual; – e metáfora;
Compreender e exercitar processos de formação de Produzir textos poéticos para apresentação em saraus,
palavras (prefixos, sufixos e composição), tempos rodas de rimas, exposições visuais.
CINQUENTA E NOVE 59
C APÍTULO
AS HISTÓRIAS QUE
Professor, em qualquer trabalho com textos
poéticos é preciso criar uma disposição
4 OS POEMAS CONTAM
positiva para a leitura dos poemas. Explore
com os alunos suas experiências com leitura
de poemas ou questione sobre versos ou
pequenas estrofes que saibam de cor.
Estimule o contato criando familiaridade PARA LER
com esses textos.
60 SESSENTA
A Serra do Rola-Moça
Professor, peça aos alunos que leiam
Eles eram do outro lado, o poema silenciosamente e depois
Vieram na vila casar. faça a leitura em voz alta para eles.
Essa estratégia permite que você se
E atravessaram a serra, coloque como modelo de leitura – e
de leitor – de poemas. Habilidades
O noivo com a noiva dele como: o emprego adequado e
Cada qual no seu cavalo. expressivo de pausas, do tom e da
altura de voz, além da expressividade,
sempre relacionados com os
Antes que chegasse a noite, sentidos do poema, estão ainda em
Se lembraram de voltar. desenvolvimento no grupo de alunos.
Alterne também a leitura em voz alta
Disseram adeus para todos feita por você com a leitura em voz
E puseram-se de novo alta feita pelos alunos, a fim de que
eles sejam desafiados a imprimir
Pelos atalhos da serra entonação, ritmo e expressividade
à leitura.
Cada qual no seu cavalo.
Os dois estavam felizes,
Na altura tudo era paz.
SESSENTA E UM 61
Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários
e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço,
personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.
SESSENTA E UM 61
Com as risadas dos cascalhos
Que pulando levianinhos
Da vereda se soltavam
Buscando o despenhadeiro.
Jótah
O noivo se despenhou.
E a serra do Rola-Moça
Rola-Moça se chamou.
62 SESSENTA E DOIS
Anotações:
62 SESSENTA E DOIS
1. Do que trata o poema “Serra do Rola-Moça”?
Conta a triste história do casal que foi à vila casar, mas na volta a moça
BNCC
sofreu um acidente de cavalo e caiu, rolando serra abaixo.
Atividades 1 a 6:
(EF05LP26) Utilizar, ao produzir o
texto, conhecimentos linguísticos
e gramaticais: regras sintáticas de
2. Quais são os protagonistas do poema? concordância nominal e verbal,
convenções de escrita de citações,
Os protagonistas do poema são um homem e uma mulher, um casal. pontuação (ponto final, dois-pontos,
vírgulas em enumerações) e regras
ortográficas.
(EF35LP03) Identificar a ideia central
do texto, demonstrando compreen-
são global.
(EF35LP04) Inferir informações im-
3. Por que os protagonistas atravessaram a serra? plícitas nos textos lidos.
Os protagonistas atravessaram a serra para se casar na cidade vizinha. (EF35LP05) Inferir o sentido de pa-
lavras ou expressões desconhecidas
em textos, com base no contexto da
frase ou do texto.
noite, já que há dois versos que dizem “As tribos rubras da tarde /
Rapidamente fugiam”.
5. “Serra do Rola-Moça” é considerado um poema narrativo. Se sabemos que Professor, nesta questão, os alunos terão
narrar é contar uma história, como podemos explicar esta denominação? de trabalhar com as palavras do vocabulário,
quanto à palavra rubro, relativo ao pôr do sol.
“Serra do Rola-Moça” é considerado um poema narrativo porque
SESSENTA E TRÊS 63
SESSENTA E TRÊS 63
7. Qual acontecimento inesperado ocorreu?
O cavalo que a moça montava pisou em falso e ambos, cavalo e moça, caíram
BNCC
Atividades 7 e 8: em um abismo. Desesperado, o noivo se jogou no mesmo penhasco.
(EF15LP03) Localizar informações ex-
plícitas em textos.
(EF35LP04) Inferir informações implí-
citas nos textos lidos. 8. O poema é iniciado pelos seguintes versos:
A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não...
Professor, pergunte aos alunos
se conhecem a história do nome
de algum lugar. Se sim, convide a Por que o poeta afirma que a Serra do Rola-Moça não tinha esse nome?
pessoa a compartilhar na classe a Por que ela passou a ter este nome?
narrativa (mesmo que seja duvidosa
ou falsa, mas isso deve ser avisado).
A serra passou a se chamar Serra do Rola-Moça porque houve este
BNCC
Para ler: PARA LER
(EF15LP15) Reconhecer que os tex-
tos literários fazem parte do mundo
do imaginário e apresentam uma Agora você vai conhecer outro poema narrativo, contando outra história de
dimensão lúdica, de encantamento,
amor. Mas este é um poema de cordel: literatura popular típica do Nordeste
valorizando-os, em sua diversidade
cultural, como patrimônio artístico brasileiro.
da humanidade.
(EF35LP04) Inferir informações im-
plícitas nos textos lidos. A força do amor: Alonso e Marina
(EF35LP21) Ler e compreender, de
forma autônoma, textos literários Nestes versos eu descrevo
de diferentes gêneros e extensões, a força que o amor tem
inclusive aqueles sem ilustrações,
estabelecendo preferências por gê- que ninguém pode dizer
neros, temas, autores.
que não há de querer bem
(EF35LP23) Apreciar poemas e ou-
tros textos versificados, observando o amor é como a morte
rimas, aliterações e diferentes modos que não separa ninguém
de divisão dos versos, estrofes e re-
frões e seu efeito de sentido.
64 SESSENTA E QUATRO
Anotações:
64 SESSENTA E QUATRO
Marina era uma moça
muito rica e educada Professor, peça aos alunos que
o pai dela era um barão leiam o poema silenciosamente e
depois faça a leitura em voz alta
duma família ilustrada para eles. Essa estratégia permite
Roberto Weigand
que você se coloque como modelo
mas ela amou Alonso de leitura – e de leitor – de poemas.
que não possuía nada Habilidades como: o emprego
adequado e expressivo de pausas,
Ambos nasceram num sítio do tom e da altura de voz, além da
expressividade, sempre relacionados
num dia, na mesma tarde; com os sentidos do poema, estão
pegaram logo a se amar ainda em desenvolvimento no
grupo de alunos. Alterne também
com nove anos de idade a leitura em voz alta feita por você
se todos dois fossem ricos com a leitura em voz alta feita pelos
alunos, a fim de que eles sejam
era um casal de igualdade desafiados a imprimir entonação,
ritmo e expressividade à leitura.
Alonso era enjeitado
sem ter de família o nome
criado por um ferreiro
trapilho, passando fome
pois quem é criado assim
todos os dias não come
SESSENTA E CINCO 65
SESSENTA E CINCO 65
– Amanhã pelas dez horas
você vá ao barão
chegue lá declare a ele
que pretende a minha mão
conforme o que ele disser
eu tomo resolução
Alonso aí respondeu:
não obsta ser um barão
título comprado não pode
comprar a um coração
ele é mortal como eu
um de nós perde a ação
Roberto Weigand
chegou com toda coragem
fez-lhe a declaração
que amava a filha dele
pretendia dela a mão
66 SESSENTA E SEIS
Interdisciplinaridade
A partir do poema A Serra do Rola-Moça, enriqueça a aula e reforce a importância da literatura
para a prática de pensar sobre sua realidade, ao estabelecer relações com o conteúdo de História,
promovendo a articulação entre texto e conhecimentos prévios de mundo, crenças e valores.
Explique aos alunos que os poemas narrativos podem contar histórias reais ou ficcionais, e
proponha que eles pesquisem sobre algum acontecimento ocorrido na comunidade no passado
e produzam outros poemas narrativos, podendo os textos serem fiéis ao ocorrido ou terem ele-
mentos ficcionais, inspirados na história real. Essa atividade contempla a competência específica 2
66 SESSENTA E SEIS
Exclamou logo o barão:
és assim tão atrevido?
não respeitas mais a mim?
aonde estás tu metido?
então eu tenho uma filha
para dar a um bandido?
Roberto Weigand
Disse Alonso: senhor barão
não obsta eu ser um pobre
sua filha é potentada
me ama sem eu ser nobre
amor não olha riqueza
inda que a pobreza dobre
SESSENTA E SETE 67
SESSENTA E SETE 67
1. A força do amor: Alonso e Marina é um cordel narrativo. O cordel é uma
manifestação literária da Região Nordeste do Brasil. Por que podemos
Professor, para responder a esta
afirmar que este cordel é um cordel narrativo?
questão, os alunos terão que Porque narra uma história.
relacionar o cordel narrativo com
parte do enunciado da questão
número 1, que informa que o cordel
é uma manifestação literária do
2. Onde se passa a narrativa do cordel A força do amor: Alonso e Marina?
Nordeste brasileiro. Justifique sua resposta.
Em uma fazenda que provavelmente se situa no interior do Nordeste brasileiro.
BNCC
Atividades 1 a 7:
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti- 4. Qual era o desejo do casal? Quem se opunha a ele?
dos, da forma e da função social do
O desejo do casal era de se casar, mas o pai de Marina se opunha a isso.
texto), apoiando-se em seus conhe-
cimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo te-
mático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, 5. Como Alonso é visto pelo pai de Marina?
dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações O pai de Marina vê Alonso como um bandido atrevido.
e inferências realizadas antes e du-
rante a leitura de textos, checando a
adequação das hipóteses realizadas. 6. Como Alonso vê o amor entre ele e Marina?
(EF15LP03) Localizar informações
explícitas em textos.
Alonso argumenta que o amor entre ele e Marina não se importa
(EF35LP04) Inferir informações im- com a desigualdade social que existe entre eles, pois “o amor não
plícitas nos textos lidos.
(EF35LP26) Ler e compreender, olha riqueza”.
com certa autonomia, narrativas
ficcionais que apresentem cenários
e personagens, observando os ele- 68 SESSENTA E OITO
mentos da estrutura narrativa: en-
redo, tempo, espaço, personagens,
narrador e a construção do discurso
indireto e discurso direto.
Anotações:
68 SESSENTA E OITO
7. O trecho deste cordel mostra apenas o início de uma história. Como você
gostaria que esta história acabasse?
Resposta pessoal.
NOSSA LÍNGUA
florada
florido
florescer
BNCC
reflorescer
(EF05LP08) Diferenciar palavras
primitivas, derivadas e compostas,
e derivadas por adição de prefixo e
de sufixo.
Você reparou que há um elemento comum neste grupo de palavras?
O elemento flor- serve de base para os significados. Este elemento é
denominado radical.
SESSENTA E NOVE 69
SESSENTA E NOVE 69
O radical é o elemento básico e significativo das palavras. No quadro da
página anterior, por exemplo, temos várias palavras com um radical comum:
o elemento flor.
É a partir do radical que se dão os dois processos básicos de formação de
palavras: a derivação e a composição. Na derivação há um único radical,
enquanto na composição a formação da nova palavra se dará por meio de dois
ou mais radicais.
Sendo assim, a derivação é o processo de formação pelo qual se obtém
uma nova palavra, chamada derivada, a partir de outra já existente, a palavra
primitiva.
A derivação prefixal ou prefixação ocorre quando há o acréscimo de um
prefixo à palavra primitiva, que tem seu sentido alterado. Veja os exemplos:
amar – desamar
ler – reler
capaz – incapaz
70 SETENTA
Anotações:
70 SETENTA
1. Leia a tira de Calvin abaixo:
BNCC
b) A mãe de Calvin, no segundo quadrinho, diz que se trata de comida Atividade 1:
vegetariana. Esse adjetivo vem de qual substantivo? O que significa (EF05LP08) Diferenciar palavras
comida vegetariana? primitivas, derivadas e compostas,
e derivadas por adição de prefixo e
Vegetariana vem de vegetal e significa comida que não contém de sufixo.
(EF35LP05) Inferir o sentido de pa-
proteína de origem animal, ou seja, carne. lavras ou expressões desconhecidas
em textos, com base no contexto da
c) No terceiro quadrinho, como Calvin reage à resposta dada pela sua frase ou do texto.
mãe? Explique a expressão facial e o movimento do corpo do menino.
Calvin grita que não é vegetariano e empurra com força o prato
para longe.
SETENTA E UM 71
SETENTA E UM 71
2. Leia o poema de Vinicius de Moraes, que também aborda o amor, como os
poemas anteriores:
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
BNCC
b) O que o eu lírico deseja?
Atividade 2:
(EF05LP08) Diferenciar palavras O eu lírico deseja que a pessoa para a qual ele está declamando este
primitivas, derivadas e compostas,
e derivadas por adição de prefixo e poema perceba que sentir saudade não compensa e que devemos viver
de sufixo.
(EF15LP03) Localizar informações intensamente, como se cada segundo fosse o último de nossas vidas.
explícitas em textos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de pa-
lavras ou expressões desconhecidas c) Escreva abaixo palavras do poema que são derivadas de outras.
em textos, com base no contexto da Tristeza, verdadeiro, desfaz.
frase ou do texto.
(EF35LP13) Memorizar a grafia de
palavras de uso frequente nas quais d) Escreva abaixo as palavras primitivas que deram origem às palavras
as relações fonema-grafema são escritas no item c.
irregulares e com h inicial que não
representa fonema. Triste, verdade, faz.
72 SETENTA E DOIS
Anotações:
72 SETENTA E DOIS
e) Como as palavras do item c foram formadas?
Tristeza foi formada por sufixação de -eza mais radical trist-; verdadeiro
NEOLOGISMO
Toda língua se renova ao longo do tempo: criamos novas palavras e
expressões, deixamos de usar outras, atribuímos novos sentidos a palavras
que já existem. Isso é um fenômeno normal e acontece porque o mundo
também muda. Antes de o telefone existir, não havia essa palavra, que
precisou ser criada para dar nome ao aparelho que tinha sido inventado.
Novos comportamentos também são adotados pelas pessoas e precisamos
de palavras que os nomeiem, como o verbo blogar, que significa “digitar,
escrever em um blog para se comunicar”. BNCC
(EF35LP23) Apreciar poemas e ou-
Essas palavras e expressões que criamos são neologismos. Os neologismos
tros textos versificados, observando
podem se originar de palavras já existentes, na mesma língua ou em outra; rimas, aliterações e diferentes modos
ou podem ser completamente novos, e não basear-se em nenhuma palavra de divisão dos versos, estrofes e re-
previamente existente. frões e seu efeito e sentido.
(EF35LP27) Ler e compreender, com
3. Leia o poema de Manuel Bandeira (1886-1968), escrito em 1947, na cidade certa autonomia, textos em versos,
de Teresópolis, no Rio de Janeiro: explorando rimas, sons e jogos de
palavras, imagens poéticas (sentidos
figurados) e recursos visuais e sonoros.
Neologismo
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo.
Teadoro, Teodora.
SETENTA E TRÊS 73
SETENTA E TRÊS 73
a) No poema “Neologismo”, Manuel Bandeira diz ter inventado o verbo
Professor, ajude os alunos na elaboração dessa “teadorar”. Como você acha que ele inventou esse verbo?
definição, pois o estilo dos verbetes tem algumas
características, como a concisão. Ainda que a resposta Manuel Bandeira inventou o verbo juntando o pronome te com
seja pessoal, é esperado que os alunos relacionem o
significado aos sentidos do poema e que ele seja um o verbo adorar.
pouco diferente do significado de “adorar”, tal como
apontado no poema pelo eu lírico.
Prática pedagógica
Aproveite a atividade sobre neologismo e o tema da uni- lhanças e diferenças entre os gêneros. Na sala de informática,
dade para abordar com os alunos o Slam de poesia. Pergunte mostre aos alunos vídeos com exemplos de slams, destacando
se alguém já ouviu falar sobre slam, e explique que a palavra é que a poesia transcende a temática do amor, podendo inclusive
uma onomatopeia em inglês e significa “batida”, e é usada para ser instrumento de denúncia social. Organize com a turma uma
designar uma forma de poesia oral em que ocorre um desafio/ oficina de criação poética: solicite que escrevam sobre seus
batalha entre os participantes, chamados de slammers. Estabeleça desejos e incômodos no e com o mundo; separe algumas aulas
conexões com a literatura de cordel e o rap, apontando seme- para que compartilhem seus escritos e reestruturemos textos,
74 SETENTA E QUATRO
c) Fazer um bico: trabalhar de forma temporária, sem que isso seja a
Professor, esta atividade pode ser
principal fonte de renda. A expressão vem da junção de palavras em expandida para uma pesquisa em casa, com
entrevistas e produção de um glossário de
português que têm outros significados. neologismos e seus significados. A área de
tecnologia é bastante fértil na criação de
neologismos, assim como universo digital.
PRODUÇÃO DE TEXTO
BNCC
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do
POEMA NARRATIVO professor, o texto que será produzido,
considerando a situação comunicativa,
Planejamento e Desenvolvimento os interlocutores (quem escreve/para
quem escreve); a finalidade ou o pro-
Agora é sua vez de criar um poema narrativo. pósito (escrever para quê); a circulação
1. Formem duplas e escolham uma história conhecida, que transformarão (onde o texto vai circular); o suporte
(qual é o portador do texto); a lingua-
em um poema narrativo. A história deve ser conhecida e popular, ou gem, organização e forma do texto
seja, muitas pessoas devem conhecê-la, para que todos entendam sua e seu tema, pesquisando em meios
transformação em poema narrativo. Pode ser a história de um livro, um impressos ou digitais, sempre que for
preciso, informações necessárias à pro-
filme, uma música, uma novela ou, de alguma pessoa conhecida em sua dução do texto, organizando em tópi-
cidade ou em sua escola etc. cos os dados e as fontes pesquisadas.
2. Façam um resumo dos pontos que deverão estar presentes no (EF35LP25) Criar narrativas ficcio-
nais, com certa autonomia, utilizando
poema narrativo e, com base nisso, planejem o poema, pensando na detalhes descritivos, sequências de
quantidade de estrofes e de versos. eventos e imagens apropriadas para
sustentar o sentido do texto, e mar-
3. Finalmente decidam quais as partes da história que cada estrofe abordará.
cadores de tempo, espaço e de fala
4. Não se esqueçam do título do poema! de personagens.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros
Circulação textos versificados, observando rimas,
aliterações e diferentes modos de divi-
• Agora é sua vez de declamar o seu poema para todos os seus colegas de são dos versos, estrofes e refrões e seu
classe em um sarau poético! efeito de sentido.
(EF35LP28) Declamar poemas, com
75 entonação, postura e interpretação
SETENTA E CINCO
adequadas.
SETENTA E CINCO 75
FIQUE SABENDO
Professor, oriente os alunos quanto Um sarau poético é uma reunião de poetas e de apreciadores de
à importância da entonação e poemas no qual os poetas declamam seus poemas para o público ouvir
da altura da voz, assim como em
relação às diferentes inflexões na e apreciar. Desse modo, a entonação e a altura da voz do poeta são
leitura do poema, timbre de voz etc. fundamentais para expressar a emoção do poema e prender a atenção do
Caso seja possível e pertinente, há a público, que deve se envolver na declamação. A entonação de voz pode
possibilidade de se realizar um jogral
de poemas nesse sarau. Oriente-os gerar diferentes efeitos de sentido. Além disso, você deve tentar declamar
para ensaiar várias vezes antes da seu poema, recorrendo a sua memória.
apresentação final.
SUGESTÕES DE LEITURA
Divulgação
MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo.
BNCC São Paulo: Global, 2014. 66 p.
(EF15LP09) Expressar-se em situa-
ções de intercâmbio oral com cla- A grande escritora brinca com
reza, preocupando-se em ser com- perguntas imprevisíveis e situações
preendido pelo interlocutor e usando surpreendentes, explorando sons, ritmo,
a palavra com tom de voz audível,
boa articulação e ritmo adequado. rimas e musicalidade das palavras.
(EF35LP02) Selecionar livros da bi-
blioteca e/ou do cantinho de leitura
da sala de aula e/ou disponíveis em
meios digitais para leitura individual,
justificando a escolha e comparti-
lhando com os colegas sua opinião, SIMEÓN, Jean-Pierre. Isto é um poema
Divulgação
76 SETENTA E SEIS
Anotações:
76 SETENTA E SEIS
C APÍTULO
OS SENTIMENTOS QUE
5 OS SONETOS CANTAM BNCC
Para ler:
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
PARA LER dos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus conhe-
cimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo te-
1. Você sabe o que é lirismo? mático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,
2. Você já leu um soneto? dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações
O soneto lírico é um poema do gênero lírico, uma modalidade poética e inferências realizadas antes e du-
rante a leitura de textos, checando a
do período medieval cantada e executada ao som de instrumentos musicais,
adequação das hipóteses realizadas.
como o violão e a lira. Acredita-se que sua origem seja italiana, do termo (EF35LP21) Ler e compreender, de
franco-provençal sonet, diminutivo de suono (melodia, som). Giacomo de forma autônoma, textos literários
Lentino (1210-1260) teria elaborado os primeiros sonetos baseado na poesia de diferentes gêneros e extensões,
inclusive aqueles sem ilustrações,
popular da região da Sicília, na Itália.
estabelecendo preferências por gê-
Leia, a seguir, um soneto de um dos maiores poetas e compositores neros, temas, autores.
brasileiros: Vinícius de Moraes. (EF35LP23) Apreciar poemas e ou-
tros textos versificados, observando
rimas, aliterações e diferentes modos
de divisão dos versos, estrofes e re-
frões e seu efeito de sentido.
Soneto do Amigo
(EF35LP27) Ler e compreender, com
certa autonomia, textos em versos,
explorando rimas, sons e jogos de pa-
Enfim, depois de tanto erro passado lavras, imagens poéticas (sentidos fi-
gurados) e recursos visuais e sonoros.
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
SETENTA E SETE 77
SETENTA E SETE 77
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
Dawidson França
Los Angeles, 1946.
ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
um dos maiores compositores, poetas e dramaturgos
brasileiros do século XX. Formado em Letras e em
Direito, também atuou como jornalista e diplomata
nos Estados Unidos, mais precisamente na cidade
de Los Angeles. Lançou livros, filmes e discos em
parcerias com músicos, como Baden Powell. Vinicius
morou em vários países, por conta de seu trabalho
como diplomata, mas voltou ao Brasil em 1964, tendo
sido aposentado compulsoriamente pelo governo
militar em 1968, sob o argumento de que sua vida
de artista o impedia de cumprir suas obrigações Vinicius de Moraes.
profissionais. Em 1998, porém, a Justiça brasileira
reverteu essa decisão e, mesmo após sua morte compulsoriamente:
obrigatoriamente.
Vinicius foi, em 2010, promovido a embaixador.
78 SETENTA E OITO
78 SETENTA E OITO
A maneira como se organiza um poema é muito importante para que ele
alcance o efeito que se quer causar nos leitores: comover, impressionar etc. Essa 1. Professor, o objetivo desta questão é o de-
organização tem relação com cada palavra escolhida, a quantidade de versos e as senvolvimento da habilidade de formular
rimas, entre outros elementos. O soneto é uma forma muito comum de organizar inferências a partir do texto.
um poema. Neste capítulo, vamos entender melhor como isso funciona. Sim, podemos afirmar que o soneto foi escri-
to para um amigo do qual o eu lírico havia se
afastado, possivelmente por causa de uma
1. Releia o trecho e observe os termos sublinhados. briga ou discussão, já que os versos citam
retaliação, erro do passado e reencontro.
2. Professor, nessa atividade o aluno é de-
safiado a perceber como a temática do
poema se espraia pelo texto inteiro.
Enfim, depois de tanto erro passado
“É bom sentá-lo novamente ao lado /
Dawidson França
Tantas retaliações, tanto perigo Com olhos que contêm o olhar antigo”.
3. Professor, o objetivo desta questão é o de-
Eis que ressurge noutro o velho amigo senvolvimento da habilidade de formular
Nunca perdido, sempre reencontrado. hipóteses a partir do texto.
O eu lírico sente-se bem de reencontrar o
amigo e ver que, mesmo após um afasta-
mento, nada mudou na amizade entre eles.
4. Professor, o objetivo desta questão é a
localização de informações.
Ao lermos o primeiro quarteto do “Soneto do amigo”, podemos afirmar
O eu lírico afirma que ambos são iguais na
que ele foi escrito para um amigo do qual o eu lírico havia se afastado? simplicidade e na humanidade e sabem se
Justifique sua resposta. mover e se comover, se emocionar.
5. Para o eu lírico, o amigo é um ser que a
2. Que outros trechos apontam para esse reencontro e esse recomeço? vida não explica e que é uma espécie de
“igual”, pois multiplica o espelho da alma
do outro amigo.
3. Qual é o sentimento do eu lírico em relação ao reencontro com esse amigo? 6. Professor, aproveite para explorar a metá-
fora construída pelo poeta: o espelho repre-
4. O eu lírico faz uma comparação entre ele e seu amigo. Como essa sentando a semelhança entre os dois ami-
gos, uma semelhança de alma, de modos
comparação é feita? de sentir a vida. Esse aspecto da semelhança
é mencionado em outros momentos do
poema – “Um bicho igual a mim”.
5. O eu lírico, no último terceto (estrofe de três versos), define o que, para ele,
é um amigo. Como ele define um amigo?
BNCC
Lembrando que as linhas de um poema são os versos e que as estrofes são
Atividades 1 a 6:
conjuntos de versos, o soneto é composto por dois quartetos e dois tercetos,
(EF15LP03) Localizar informações
isto é, duas estrofes com quatro versos cada uma e duas estrofes com três explícitas em textos.
versos cada uma, totalizando quatorze versos. (EF35LP03) Identificar a ideia central
do texto, demonstrando compreen-
79 são global.
SETENTA E NOVE
(EF35LP04) Inferir informações im-
plícitas nos textos lidos.
(EF35LP31) Identificar, em textos
versificados, efeitos de sentido de-
do pressuposto, descrito pela BNCC, de que os textos são realizações sociais que se correntes do uso de recursos rítmicos
manifestam em diversas formas de expressão: “verbal (fala e escrita), não verbal (visual, e sonoros e de metáforas.
gestual, corporal, musical) e multimodal (integração de formas verbais e não verbais)”.
SETENTA E NOVE 79
A métrica é um dos principais aspectos de um soneto. Cada um dos
quatorze versos deve conter a mesma métrica, ou seja, a mesma quantidade de
sílabas poéticas − veja o boxe Fique sabendo. Geralmente, cada verso de um
soneto contém dez sílabas poéticas, os decassílabos, mas alguns apresentam
doze sílabas poéticas, os chamados dodecassílabos.
As rimas também são importantes em um soneto. Nos quartetos, elas
podem se apresentar como:
• entrelaçadas ou opostas (ABBA): o primeiro verso rima com o quarto e o
segundo verso rima com o terceiro;
• alternadas (ABAB): o primeiro verso rima com o terceiro e o segundo rima
com o quarto;
• emparelhadas (AABB): o primeiro verso rima com o segundo e o terceiro
verso rima com o quarto.
As rimas têm a ver com a sonoridade, isto é, com o posicionamento das
sílabas tônicas em cada verso do soneto. Esse cuidado com a sonoridade
aproxima o soneto da canção.
FIQUE SABENDO
Professor, neste volume, não iremos Ao analisarmos a métrica de um texto, devemos separar as sílabas de
aprofundar a contagem de sílabas cada verso. Na metrificação, contamos até a última sílaba tônica de cada
poéticas; traremos apenas uma breve
informação sobre essa característica um deles. Veja o exemplo:
dos sonetos.
En/fim, de/pois /de/tan/toer/ropas/sa/do (10 sílabas)
Tan/tas/ re/ta/lia/ções, tan/to pe/ri/go (10 sílabas)
Eis/que/ res/sur/genou/tro o/ve/lho a/mi/go (10 sílabas)
Nun/ca/ per/di/do, sem/pre/reen/con/tra/do (10 sílabas)
80 OITENTA
Interdisciplinaridade
Ajude os alunos a expandirem seu repertório de conhecimento, explorando com eles o pe-
ríodo medieval no qual o gênero lírico nasceu, para que compreendam esse momento histórico
e exercitem sua criatividade em uma aula interdisciplinar com Arte. Leve para a sala de aula
folhas impressas com poesias líricas diversas e peça aos alunos, em duplas ou grupos, que criem
melodias para elas. Se houver na turma quem toque algum instrumento, peça que leve para a
aula, ou então, em conjunto com o professor de Arte, oriente-os a utilizar o próprio corpo como
instrumento, criando acompanhamentos sonoros.
80 OITENTA
NOSSA LÍNGUA:
OITENTA E UM 81
OITENTA E UM 81
• Pretérito imperfeito: expressa uma ação ocorrida no passado,
mas que ainda não foi concluída, ou algo que ocorria com certa
regularidade no passado.
82 OITENTA E DOIS
Anotações:
82 OITENTA E DOIS
Você conseguiria completar com mais exemplos dessa conjugação do
verbo “saber”?
OITENTA E TRÊS 83
OITENTA E TRÊS 83
1. Leia “Soneto criança”, de Nathan de Castro:
BNCC
Atividade 1: Soneto criança
(EF05LP05) Identificar a expressão de pre-
sente, passado e futuro em tempos verbais Eu sou criança, sei contar estrelas
do modo indicativo.
e elas me contam versos de voar...
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou
expressões desconhecidas em textos, com As noites de quintais são sempre belas
base no contexto da frase ou do texto.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma
quando as nuvens retornam para o mar.
autônoma, textos literários de diferentes
gêneros e extensões, inclusive aqueles sem Preciso apenas de umas passarelas
ilustrações, estabelecendo preferências por
gêneros, temas, autores. de cores vivas para desfilar
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros o amor, a paz, a vida e as aquarelas
textos versificados, observando rimas,
aliterações e diferentes modos de divisão que a lua me ensinou a desenhar.
dos versos, estrofes e refrões e seu efeito
de sentido.
(EF35LP27) Ler e compreender, com certa
Não quero a fome, a sede, as tristes bombas
autonomia, textos em versos, explorando e nem os nevoeiros, feitos sombras,
rimas, sons e jogos de palavras, imagens
poéticas (sentidos figurados) e recursos nos olhos dos meus pais... Felicidade
Dawidson França
visuais e sonoros.
(EF35LP31) Identificar, em textos versifi- é um passarinho livre no arvoredo,
cados, efeitos de sentido decorrentes do
uso de recursos rítmicos e sonoros e de é caminhar ao sol sem sentir medo
metáforas.
e adormecer no chão da liberdade.
Anotações:
84 OITENTA E QUATRO
d) Circule as formas verbais utilizadas no soneto. Lembre-se: os verbos
variam conforme o tempo e a pessoa.
d. Professor, o objetivo da atividade
e) Das formas verbais encontradas, quais expressam ações e quais é verificar se os alunos, por meio
expressam estado? da interpretação de texto, conse-
guem identificar os verbos como
f) Que tempo verbal predomina no soneto? O que ele expressa? palavras que expressam ações e
estados.
g) Quais verbos não estão conjugados? As formas verbais são: “sou”,
“sei”, “contar”, “contam”,
h) Você se reconhece, como criança, nesse soneto? Explique sua resposta. “voar”, “são”, “retornam”,
Resposta pessoal. “preciso”, “desfilar”, “ensinou”,
“desenhar”, “quero”, “é”, “cami-
2. Leia o soneto abaixo: nhar”, “sentir” e “adormecer”..
e. Ações: “sei”, “contar”, “contam”,
“voar”, “retornam”, “preciso”,
Quando criança “desfilar”, “ensinou”, “dese-
nhar”, “quero”, “caminhar”,
O meu cavalo imaginário “sentir” e “adormecer”; estado:
que eu tinha quando criança, “sou”, “são”, “é”.
f. Professor, o intuito desta questão
era o primeiro do páreo é verificar se os alunos compreen-
com crina de belas tranças. dem as diferenças entre os tempos
verbais do modo Indicativo.
Tinha rédeas e tinha nome O tempo verbal predominante no
soneto é o presente do indicativo,
representava-o tão bem... que indica fatos que certamente
sobre ele eu era um homem acontecem no atual momento.
meu cavalo do além. g. Professor, oriente aos alunos a
perceber que verbos no modo
infinitivo não estão conjugados.
Escutava o mastigado
Os verbos que não estão conju-
do meu cavalo inventado, gados são: “contar”, “desfilar”,
que enfeitava o meu cenário. “desenhar” e “adormecer”. Eles
estão no modo infinitivo do verbo.
Dawidson França
Ansioso ao amanhecer
para nos campos correr,
com o meu cavalo imaginário
BNCC
Antonio Hugo da Silva Santos (1957, Ilhéus-BA) é um artista plástico e poeta Atividade 2:
criado na cidade de São Paulo. Possui treze livros publicados, entre eles O amor e a (EF35LP23) Apreciar poemas e ou-
tros textos versificados, observando
natureza e O menino homem.
rimas, aliterações e diferentes modos
de divisão dos versos, estrofes e re-
frões e seu efeito de sentido.
OITENTA E CINCO 85
(EF35LP27) Ler e compreender, com
certa autonomia, textos em versos,
explorando rimas, sons e jogos de
palavras, imagens poéticas (senti-
dos figurados) e recursos visuais e
sonoros.
(EF35LP31) Identificar, em textos
versificados, efeitos de sentido de-
correntes do uso de recursos rítmicos
e sonoros e de metáforas.
OITENTA E CINCO 85
a) O eu lírico escreve como uma criança que tem um amigo imaginário.
Quem é esse amigo e o que o eu lírico imagina sobre ele?
a. Professor, o objetivo desta ques- b) Que tempo verbal do modo Indicativo podemos encontrar no soneto?
tão é trabalhar com interpretação
de texto do soneto. Transcreva essas formas verbais.
O amigo imaginário do eu lírico
era um cavalo e ele imagina que
c) Como o eu lírico sentia-se ao imaginar brincando com seu amigo
cavalga esse cavalo por campos, imaginário? Que verbo ele usa para expressar esse estado?
que o cavalo corre numa com-
petição (páreo) e que o cavalo d) Você já teve um amigo imaginário? Se sim, como você o imaginava?
enfeita onde ele vive ou mora. Resposta pessoal.
b. Professor, o objetivo desta ques-
tão é saber se os alunos identifi-
cam os tempos verbais do modo
indicativo e suas respectivas con-
jugações. PRODUÇÃO DE TEXTO ORAL
Pretérito imperfeito: “tinha”,
“era”, “representava”, “escutava”
e “enfeitava”.
c. O eu lírico sentia-se como um
RODA DE RIMAS
homem ao se imaginar brincando
com o cavalo. Para isso, ele usa o
A roda de rimas é uma espécie de
verbo “ser”. sarau contemporâneo organizado por
grupos de jovens de grandes centros
urbanos que se reúnem nas ruas das
cidades, em roda, em uma verdadeira
competição de rima. Misturam rap e
poesia, lembrando o repente (verso
improvisado rimado típico da região
Nordeste) para quem quiser parar e
acompanhar as batalhas.
Os participantes devem rimar, de
improviso, a respeito de temas pré-
-selecionados, escolhidos pela plateia
ou ainda sobre temas livres. Cada
participante tem, geralmente, trinta
Dawidson França
segundos para elaborar e recitar
sua rima. É o público quem decide o
vencedor de cada batalha, que passará
para a próxima fase.
Com a popularidade dos smartphones, as rodas de rimas normalmente
são filmadas pelos organizadores, ou por alguém que as está assistindo, e são
publicadas na internet.
86 OITENTA E SEIS
Prática pedagógica
Aproveite a atividade da roda de rimas para retomar a atividade do Slam no pátio. Peça aos
alunos que indiquem as semelhanças e diferenças entre as duas formas de expressão. Mostre que a
batalha de rimas se assemelha as raps e as repentes, por conta não só da presença de rimas como
também do improviso, enquanto o Slam abre espaço para apresentação de textos criados previa-
mente e sem obrigatoriedade de rimas. Convide os alunos para assistir aos documentários sobre
essas manifestações artísticas urbanas e peça-os que, em grupos, pesquisem se há eventos como
esses no bairro ou na região e, se possível, organize uma entrevista coletiva com representantes.
86 OITENTA E SEIS
Agora que você já sabe o que é uma roda de rimas, é a sua vez de participar
de uma! Com a ajuda do professor, você e seus amigos organizarão uma roda
de rimas da classe, que poderá ser realizada na própria sala de aula ou em
outro espaço da escola, como o pátio ou a quadra.
Organizem os poetas, vejam quantos irão participar e elaborem as fases
da roda de rima como se fossem as chaves de um campeonato de futebol, Professor, a roda de rimas é uma
opção para algum evento cultural da
por exemplo, até chegar à fase final. Como sugestão, as primeiras fases escola ou mesmo para uma atividade
poderão ser feitas com temas pré-selecionados por todos vocês. A partir das especial na hora do intervalo. Caso seja
quartas de final, os temas serão livres, a fim de que o melhor improvisador possível, o uso de microfones e caixas
de som é recomendável para que
ganhe a roda de rimas. todos possam ouvir os participantes.
Vocês podem realizar a roda de rimas na própria aula ou ainda no intervalo, Chame a atenção dos alunos em
relação à importância da organização
para que os demais alunos possam assistir e votar nos vencedores de cada e do respeito, principalmente quando
etapa e, finalmente, no grande ganhador. os temas forem livres, para que não
haja nenhum tipo de desrespeito
Caso seja possível, alguém pode ficar responsável por filmar as batalhas da entre eles.
roda de rimas e publicar na internet.
PRODUÇÃO DE TEXTO
BNCC
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do
professor, o texto que será produzido,
POEMA LÍRICO considerando a situação comunicati-
va, os interlocutores (quem escreve/
Depois de estudarmos o soneto, para quem escreve); a finalidade ou
que é um poema lírico, e analisarmos o propósito (escrever para quê); a cir-
sua estrutura em versos e estrofes, culação (onde o texto vai circular); o
suporte (qual é o portador do texto);
esquemas de rimas e as infinitas a linguagem, organização e forma
possibilidades do uso de verbos para do texto e seu tema, pesquisando
expressar ações, estados ou fenômenos em meios impressos ou digitais,
sempre que for preciso, informações
da natureza, chegou a sua vez de necessárias à produção do texto, or-
escrever um poema lírico− um soneto! ganizando em tópicos os dados e as
fontes pesquisadas.
Dawidson França
OITENTA E SETE 87
ou primos mais velhos (já que a infância de cada geração foi diferente), como
é a infância de sua geração, como seria a infância ideal para você, como é a
infância de crianças que passam por dificuldades, etc. Comece aos poucos, e
seu poema vai surgir. Inicie pelo primeiro quarteto: do que ele vai tratar? Você
pode escrever palavras soltas e iniciar uma livre associação entre elas, até que
seus versos comecem a surgir.
Depois de escolhido o tema, revise, com o auxílio do professor, a teoria
sobre sonetos e escreva o seu, prestando atenção na estrutura (dois quartetos
e dois tercetos), escolhendo o esquema de rimas e dando um título para seu
poema lírico.
Depois de prontos, os sonetos poderão ser declamados e, posteriormente,
escritos em folhas de papel sulfite e expostos para que todos possam apreciá-los!
Divulgação
a roda de rimas para a produção
dessa versão. Os alunos tomam ilustrada da poesia brasileira para crianças
os versos originais e modificam de qualquer idade. São Paulo: Casa da
pequenos trechos, a fim de abordar
a infância. Por exemplo, na primeira Palavra/Leya, 2013. 136 p.
estrofe, eles podem produzir algo
como: “Enfim, depois de fantasias
Esta obra reúne poetas brasileiros de
e brincadeiras / Tantos encontros, diferentes épocas e estilos, consagrados
tanto riso / Eis que surgem as e nem tão conhecidos: de Gonçalves
lembranças do amigo / Nunca Dias a Gregório Duvivier, passando por
perdido, sempre reencontrado”.
Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de
Moraes, Adélia Prado e Paulo Leminski.
Divulgação
88 OITENTA E OITO
Anotações:
88 OITENTA E OITO
C APÍTULO
AS PALAVRAS E AS IMAGENS
6 DOS POEMAS VISUAIS
Professor, caso julgue pertinente, após o
trabalho com a literatura podem ser explorados
PARA LER os temas da primavera e da polinização das flores
realizada pelas abelhas etc., interdisciplinarmente
com Ciências.
OITENTA E NOVE 89
OITENTA E NOVE 89
Professor, se possível, acesse o site com os
alunos na escola para que eles conheçam o acervo Sérgio Capparelli (1947-) nasceu em Uberlândia-MG.
Dulce Helfer/Ag.RBS/Folhapress
disponibilizado. Além de poemas, há contos, Tem mais de trinta livros publicados, especialmente
mapas poéticos e relatos sobre a escrita poética,
para o público infantojuvenil. Ganhou quatro vezes o
além de matérias jornalísticas republicadas.
1. Professor, é importante dar espaço para possí- prêmio Jabuti, a premiação literária mais importante do
veis estranhamentos, pois talvez seja o primeiro Brasil. Formado em Jornalismo, é professor universitário
contato dos alunos com esse tipo de poema. aposentado. Suas principais obras são A jiboia Gabriela
2. A imagem da flor, com pétalas, miolo e cau-
le. Existe ainda uma pequena espiral, que
(1984), Meg Foguete (1985), Tigres no quintal (1988) e
forma o miolo. 111 poemas para crianças (2003). O poeta tem um site
3. Professor, oriente os alunos a analisar como com poemas visuais e interativos muito interessantes:
os versos formam cada parte da flor. O ideal http://www.capparelli.com.br. Acesso em: 12 jan. 2018.
é que notem que dois versos formam o cau- Sérgio Capparelli.
le, mais dois versos formam cada pétala e o
termo “zum” forma o miolo, tendo como
resultado uma flor.
A frase “A primavera endoideceu” está dis-
posta sobre a flor numa linha que sugere al- 1. Você gostou do poema visual “A primavera endoideceu”? Por quê?
gum movimento, porque é curva. Além disso, Resposta pessoal.
o termo “zum” forma uma espiral que lembra 2. Você identificou alguma imagem no poema? Qual?
o voo das abelhas sobre o miolo da flor.
4. Professor, oriente os alunos a concluir que
sim, levando em consideração que a prima- 3. Como o poema visual “A primavera endoideceu” combinou palavras e
vera, tema desse poema visual, está presen- imagens?
te tanto no texto verbal quanto nas imagens
formadas pela disposição do texto.
Sim, a flor e a sugestão de abelhas em voo
formadas pela disposição visual das palavras
O poema que você leu é um poema visual, elaborado para ser lido e
têm relação com o tema do poema visual, a também visto. Esse tipo de poema combina imagens e palavras. Os versos
primavera, pois as flores simbolizam essa es- são compostos levando em conta sua organização no papel (ou na tela do
tação, quando ocorrer com maior frequên-
cia, especialmente nas regiões em que as computador) e sua relação com o efeito visual. No poema “A primavera
estações do ano são mais marcadas. endoideceu”, o texto vai formando a flor, com pétalas, miolo e caule.
5. Professor, espera-se que os alunos perce- Mesmo empregando poucos elementos, os poemas visuais podem produzir
bam que a imagem da flor e a que sugere
o movimento das abelhas reforçam o senti- um grande impacto no leitor. Por meio do arranjo das imagens e do texto,
do do texto. Além disso, resta sempre uma a mensagem é produzida não só pelos aspectos visuais, mas também pelos
questão: por onde começa a leitura de um elementos sonoros e lúdicos.
poema visual como o de Sérgio Capparelli?
Isso vai depender muito da disposição do
texto no papel. A tendência é começarmos
pelo alto à esquerda, como nos textos con- 4. O resultado visual da combinação entre palavras e imagens tem relação com
vencionais, mas não há regras rígidas. o tema desse poema visual? Justifique sua resposta.
6. Professor, o objetivo desta questão é, ba-
sicamente, desenvolver a localização dos
trechos no poema, especialmente no caso 5. Agora reflita: se alguém lesse o poema para você em voz alta, sem que você
dos poemas visuais, ainda pouco familiares pudesse vê-lo na página, sua interpretação do poema seria a mesma? Por quê?
à boa parte dos alunos.
Resposta pessoal.
Caule: “nos meus olhos zumbiam mil abe-
lhas e me fitavas detrás da cerca dos cílios” 6. Cada parte do desenho formado é constituída por texto. Transcreva no
Pétalas: “bem me quer, mal me quer” caderno o texto que constitui cada parte do desenho.
Miolo: “zum, zum, zum, zum, zum”
90 NOVENTA
90 NOVENTA
7. Você conhece a brincadeira “bem
me quer, mal me quer”? Em caso 7. Professor, espera-se que os alunos conheçam
a brincadeira e saibam como ela funciona.
afirmativo, como ela funciona? Em É uma brincadeira na qual se pega uma flor
caso negativo, pesquise e responda e retiram-se as pétalas, uma a uma, falando
como ela funciona. para cada uma delas “bem me quer” e “mal
me quer”, com a intenção de saber se uma de-
terminada pessoa gosta ou não de quem está
8. Há algumas expressões repetidas fazendo a brincadeira. A frase que for dita ao
Dawidson França
no poema. Por que o poeta teria se retirar a última pétala indica supostamente
a verdade sobre o que sente a pessoa amada:
escolhido repetir: “bem me quer” (me quer bem, me ama) ou
“mal me quer” (me quer mal, não me ama).
a) a expressão “bem me quer mal
8. a) O efeito de sentido da repetição “bem
me quer”? me quer mal me quer” é fazer o leitor se
lembrar da brincadeira e talvez se imaginar
b) o termo “zum”? retirando as pétalas da flor para adivinhar
se é amado ou não.
9. A primavera é geralmente associada à alegria, à renovação e ao amor. No b) O efeito de sentido da repetição de “zum” é
fazer o leitor se lembrar do zumbido da abelha.
poema, a brincadeira do “bem me quer, mal me quer” retoma essa ideia. Professor, espera-se que os alunos lembrem
Agora, releia o texto que forma o caule da flor: também que, na primavera, as abelhas rodeiam
mais as flores para fazer a polinização.
9. Professor, alguns podem interpretar como uma
nos meus olhos zumbiam mil abelhas imagem metafórica do amor, da confusão pró-
pria dos apaixonados, do aparente “endoideci-
e me fitavas detrás da cerca dos cílios mento” da paixão. Aceite outras interpretações
plausíveis, desde que explicadas.
NOVENTA E UM 91
NOSSA LÍNGUA
Jótah
explorando rimas, sons e jogos de pa- Marrom do chocolate gostoso
lavras, imagens poéticas (sentidos fi- e das castanhas de Natal.
gurados) e recursos visuais e sonoros.
(EF35LP31) Identificar, em textos
versificados, efeitos de sentido decor-
Rosa da corola de muitas flores
rentes do uso de recursos rítmicos e e do rosto de muitos nenéns.
sonoros e de metáforas.
92 NOVENTA E DOIS
Anotações:
92 NOVENTA E DOIS
Preto das noites escuras,
da fumaça e do carvão.
1. Professor, caso seja necessário,
Jótah
Verde das folhas viçosas relembre aos alunos que estrofes
são conjuntos de versos.
e das pedras de esmeralda. 3. Professor, espera-se que os
alunos percebam que cada cor
E vermelho vivo do sangue é representada por coisas que
que colore nossos corações. geralmente são das cores abor-
dadas nas estrofes.
RAINHO, Cleonice. Cores. Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/cleo12.html>. Acesso em: 31 jan. 2018. Cada cor é abordada como parte
de onde ela está presente: em
1. Em quantas estrofes o poema está dividido? um objeto, em um elemento da
O poema “Cores” está dividido em dez estrofes. natureza etc.
2. De que trata cada estrofe? 4. Professor, a questão tem como
Cada estrofe trata de uma determinada cor. objetivo desenvolver a localiza-
3. Como as cores são abordadas nas estrofes? ção de informações.
Na segunda estrofe, que trata
4. Cite exemplos de elementos do nosso dia a dia presentes no poema para da cor amarela, a autora cita
laranjas, ouro e girassóis: fruta,
representar as cores. elemento da natureza (mineral)
e flor que são amarelos.
5. Por que podemos afirmar que o poema “Cores” apresenta versos livres? 6. Espera-se que os alunos digam
Porque os versos não apresentam métrica rígida. que o efeito produzido no leitor
6. Que efeitos o poema produz no leitor? é o de lembrança dos objetos
Resposta pessoal. e elementos mencionados e a
7. Recitem o poema e tentem se lembrar em quais objetos ou elementos da associação destes com as cores
mencionadas.
natureza podemos encontrar as cores nele mencionadas. 7. Professor, conduza a atividade
Os versos brancos, ou soltos, até podem seguir uma determinada métrica, como julgar mais conveniente:
coletivamente, um aluno de cada
mesmo sem apresentar rimas. Eles são conhecidos na literatura brasileira desde vez, em pequenos grupos etc.
o século XVIII. Faça que os alunos acessem seu
conhecimento prévio de mundo.
Veja um exemplo de um poema com versos brancos de Paulo Venturelli.
Leia em voz alta o “Poema 8”:
Vou lá fora
Um instantinho só
Jótah
VENTURELLI, Paulo. Introdução à arte de ser menino. Curitiba: Nova Didática, 2000. p. 14.
NOVENTA E TRÊS 93
BNCC
Atividades 1 a 6:
(EF35LP03) Identificar a ideia central
do texto, demonstrando compreensão
global.
(EF35LP05) Inferir o sentido de pala-
vras ou expressões desconhecidas em
textos, com base no contexto da frase
ou do texto.
(EF35LP31) Identificar, em textos versi-
ficados, efeitos de sentido decorrentes
do uso de recursos rítmicos e sonoros
e de metáforas.
NOVENTA E TRÊS 93
1. Que situação o “Poema 8” retrata?
Jótah
expressa.
no bolso das camisas,
costura uma hora na outra,
um carinho no outro.
E o chão fica cheio de fios
e linha colorida
BNCC enquanto a avó vai costurando
Atividades 1 a 5: amor.
(EF35LP03) Identificar a ideia central
do texto, demonstrando compreen-
MURRAY, Roseana. Máquina de costura. Disponível em: <http://notaterapia.com.br/2017/08/22/8-poemas-de-
são global. roseana-murray-que-toda-crianca-deveria-conhecer/>. Acesso em: 31 jan. 2018.
(EF35LP04) Inferir informações implí-
citas nos textos lidos.
94 NOVENTA E QUATRO
(EF35LP05) Inferir o sentido de pa-
lavras ou expressões desconhecidas
em textos, com base no contexto da
frase ou do texto.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros Anotações:
textos versificados, observando rimas,
aliterações e diferentes modos de di-
visão dos versos, estrofes e refrões e
seu efeito de sentido.
(EF35LP27) Ler e compreender, com
certa autonomia, textos em versos,
explorando rimas, sons e jogos de
palavras, imagens poéticas (sentidos
figurados) e recursos visuais e sonoros.
94 NOVENTA E QUATRO
1. O poema é sobre uma máquina de costura, usada para fazer e consertar
roupas. A quem pertence o objeto tema do poema? 2. Professor, chame a atenção dos alunos
A máquina de costura do poema pertence à avó do eu lírico. para a primeira estrofe do poema e a leia
com calma, pois pode confundi-los.
2. Em muitas famílias, a máquina de costura é um bem que passa de geração em
A máquina de costura foi, primeiro, da
geração. Quem foram as antigas donas da máquina de costura do poema? avó de sua avó, depois passou para a
mãe de sua avó e, depois, passou para
3. Sobre o primeiro verso da segunda estrofe, responda: a avó do eu lírico. Resumindo: era da
tataravó do eu lírico, depois passou para
a) Em sua opinião, o verbo “pedalar” é mais usado em qual sentido? sua bisavó e depois para sua avó.
3. Professor, pergunte aos alunos quem
b) Por que o eu lírico afirma que a “avó pedala a máquina”? já viu uma máquina de costura e use
a ilustração que acompanha o poema
4. Cite dois exemplos de costuras feitas na máquina de costura do poema. para mostrar que as máquinas de costura
possuem pedal.
5. Para o eu lírico, costurar é uma tarefa automática, sem sentimentos a) O verbo “pedalar” é mais usado quan-
do se fala sobre bicicletas.
envolvidos? Justifique sua resposta. b) Porque a máquina de costura possui
um pedal que deve ser acionado para
6. Por que podemos afirmar que o poema apresenta versos brancos ou soltos? que ela funcione.
Porque não há rimas. 4. Professor, o objetivo da questão é a lo-
calização de informações.
“Costura renda na barra dos vestidos”
NOSSA LÍNGUA e “costura um sol e uma lua no bolso
das camisas”.
5. Não, costurar é um ato de amor e de
carinho. O verso afirma: “enquanto a avó
vai costurando amor”.
POLISSEMIA
Precisamos ter palavras que nos ajudem a expressar os mais diversos
significados. Algumas vezes, usamos as palavras de um modo que não há
dúvida em relação a seu significado:
BNCC
Aquela pedra rolou da ribanceira. (sentido literal)
Atividades 1 a 6:
(EF05LP02) Identificar o caráter polis-
sêmico das palavras (uma mesma pa-
Em outras ocasiões, usamos as palavras de forma que podem significar algo
lavra com diferentes significados, de
a mais do que já expressam: acordo com o contexto de uso), com-
parando o significado de determinados
termos utilizados nas áreas científicas
O rosto de pedra do meu pai não revelava nenhum com esses mesmos termos utilizados
na linguagem usual.
sentimento. (sentido figurado)
(EF05LP08) Diferenciar palavras primi-
tivas, derivadas e compostas, e deriva-
das por adição de prefixo e de sufixo.
Nesse caso, o rosto “de pedra” era um rosto pouco expressivo, que não
(EF15LP03) Localizar informações ex-
transparecia sentimentos, ou seja, “duro” como pedra, “implacável”. plícitas em textos.
(EF35LP04) Inferir informações implí-
NOVENTA E CINCO 95 citas nos textos lidos.
(EF35LP31) Identificar, em textos versi-
ficados, efeitos de sentido decorrentes
do uso de recursos rítmicos e sonoros
e de metáforas.
NOVENTA E CINCO 95
As palavras, então, têm sentidos variados, e algumas estão relacionadas entre
si por causa do que significam, ou seja, têm relações semânticas, de sentido. Na
língua portuguesa, podemos encontrar três tipos de relações semânticas:
Professor, se julgar conveniente,
explique que a semântica é um • Sinonímia: relação entre duas ou mais palavras que apresentam
campo de estudo linguístico que
significados iguais ou semelhantes;
busca compreender os significados de
palavras e expressões em um idioma. • Antonímia: relação entre duas ou mais palavras que apresentam
significados opostos.
• Homonímia: relação entre duas ou mais palavras que apresentam a
mesma estrutura fonológica, ou seja, que são pronunciadas da mesma
forma, mas têm significados diferentes.
Professor, vamos explorar apenas É dessas relações que se originam os sinônimos, os antônimos e os homônimos.
os homônimos homógrafos: aqueles
que têm pronúncia e escrita iguais, O glossário apresentado após alguns textos da seção Para Ler, por
como manga, que se refere à fruta exemplo, pode trazer sinônimos. É bom lembrar que nem sempre sinônimos
ou à parte da roupa. Existem os
homônimos homófonos, que têm são exatamente equivalentes, pois isso depende das escolhas dos autores
pronúncia igual, mas grafia distinta, ao escrever seus textos. A palavra “firmamento”, por exemplo, sinônimo de
como sessão e seção. “céu”, soa melhor em um poema ou em uma canção do que em uma notícia
ou reportagem. Veja outros casos parecidos:
• gretas – rachaduras
• assoalho – chão – piso
96 NOVENTA E SEIS
Anotações:
96 NOVENTA E SEIS
POLISSEMIA E METÁFORA
Existem outros casos de polissemia. Uma palavra pode assumir sentidos
distintos quando a empregamos de forma diferente à que é mais usual. Veja
os exemplos:
Voarei,
um dia,
sem saber
se é de terra ou de céu
a pegada do voo que sonhei.
MIA COUTO. Vagas e lumes. Lisboa: Editorial do Caminho, 2014. Disponível em:
<http://www.miacouto.org/mia-couto-escreve-sua-autobiografia-em-registro-poetico/>.
Acesso em: 1 fev. 2018.
NOVENTA E SETE 97
NOVENTA E SETE 97
Mundo Animal
Qual a altura máxima de voo já atingida por uma ave?
Por Ana Alice Vercesi
19 ago. 2016 − Publicado em 27 jun. 2013.
Dawidson França
Embora a espécie costume subir “apenas” até 6 km, a proeza
é possível, já que “esse tipo de ave absorve oxigênio mesmo sob
baixa pressão atmosférica”, explica o ornitólogo Bruno Troiano, da
Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (Save).
Em condições normais, porém, o animal que voa mais alto é o
ganso-cabeça-listrada (Anser indicus). Para migrar do sul da Índia
para o Tibete, onde deposita seus ovos na primavera, ele tem que
atravessar a cordilheira do Himalaia. “Alguns afirmam já ter visto a
ave passar pelo Everest, a quase 9 km do nível do mar, mas a maior
altitude comprovada foi de 8,2 km”, comenta Enrico Lippi Ortolani,
diretor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.
Consultoria Bruno Troiano, ornitólogo da Sociedade para a
Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil) e Dr. Enrico Lippi Ortolani,
diretor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP
Fonte: Guinness World Records 2012.
98 NOVENTA E OITO
Anotações:
98 NOVENTA E OITO
Na matéria da revista Mundo Estranho, o verbo “voar” foi utilizado em seu
sentido literal, isto é, o que consta no dicionário, que é “sustentar-se ou mover-se
por meio de asas ou de máquinas (aviões, balões etc.); deslocar-se pelo ar”.
No poema de Mia Couto, usou-se o verbo “voar” em seu sentido figurado, ou
seja, diferente do seu sentido literal. Isso também ocorre quando dizemos que
“o tempo voou”, no sentido de que o tempo passou muito rápido.
A linguagem literal é mais usada em gêneros que precisam ser objetivos,
como uma notícia, enquanto a linguagem figurada é mais encontrada
em gêneros literários e artísticos, como poemas, romances, contos, letras
de canções etc., e também naqueles em que é preciso explicar conceitos
complexos a pessoas que não são da área em questão, por exemplo: nos
textos de divulgação científica ou de economia publicados em jornais e revistas
dirigidos ao grande público.
No dia a dia, encontramos vários casos de polissemia:
• banco: instituição financeira ou assento;
• cabo: posto militar, acidente geográfico, parte de um objeto (cabo da faca).
A polissemia é muito importante para a linguagem, inclusive para a
linguagem poética, pois, por meio dela, novos sentidos são construídos. Os
escritores e poetas constroem textos polissêmicos, que convidam os leitores a
tentar compreendê-los, interpretando os sentidos figurados.
Leia o poema “Rede”, de Jorge Fernandes, para compreender a polissemia
na linguagem poética.
Rede
Embaladora do sono
Balanço dos alpendres e dos ranchos
Vai e vem nas modinhas langorosas...
Vai e vem de embalos e canções...
Professora de violões...
Tipoia dos amores clandestinos...
Grande... larga e forte... pra casais...
Berço de grande raça.
NOVENTA E NOVE 99
NOVENTA E NOVE 99
1. Professor, faça que os alunos aces- S A
sem seu conhecimento de mundo
prévio. U S
Espera-se que os alunos citem rede
de pesca, rede de balanço (caso do
S N
poema), rede de internet, rede de ca- P E
belo (para fazer coques ou prender os
cabelos) etc.
2. Professor, pergunte quem já viu ou
Guardadora de sonhos
tem em casa uma rede de balanço. Pra madona ao meio-dia
A palavra “rede”, no poema, signifi-
ca rede de balanço, objeto que fica Grande... côncava...
pendurado em dois ganchos (em
paredes uma em frente à outra) e
Lá no fundo dorme um bichinho...
no qual as pessoas podem se sentar, — Balança o punho da rede pro menino dormir.
balançar, deitar, dormir etc.
3. Cada verso é estruturado em tor-
no de uma função da rede, como FERNANDES, Jorge. Rede. Disponível em: <http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grande_norte/
“emboladora do sono”, “balanço jorge_fernandes.html>. Acesso em: 31 jan. 2018.
dos ranchos” etc.
4. Porque uma rede é desenhada por
meio da palavra “suspensa”, pro- 1. Que significados da palavra “rede” você conhece?
duz o efeito de reconhecimento Resposta pessoal.
no leitor. 2. Qual significado da palavra “rede” é tratado no poema de Jorge Fernandes?
5. Professor, explique que se trata de
uma metáfora. 3. Como os versos do poema estão estruturados? Justifique sua resposta.
O poeta quer dizer que pessoas po-
dem tocar violão sentadas na rede 4. Por que podemos afirmar que o poema “Rede” é um poema visual? Que
– seja para ensinar, para aprender
ou simplesmente para se divertir efeito é produzido no leitor?
tocando o instrumento.
5. Explique o verso “professora de violões”.
BNCC DESAFIO
Atividade 6:
(EF05LP02) Identificar o caráter
Você já ouviu falar em ciberpoemas? Ciberpoemas são poemas
polissêmico das palavras (uma interativos, nos quais o leitor é chamado a interagir em sua composição,
mesma palavra com diferentes arrastando ou clicando em elementos visuais dispostos na tela.
significados, de acordo com o
contexto de uso), comparando
o significado de determinados
termos utilizados nas áreas cien-
tíficas com esses mesmos termos 100 CEM
utilizados na linguagem usual.
(EF35LP31) Identificar, em
textos versificados, efeitos de
sentido decorrentes do uso de
recursos rítmicos e sonoros e de Prática pedagógica
metáforas.
Sugerimos que o professor explore as múltiplas formas de relação entre palavra e imagem, em
(EF15LP17) Apreciar poemas
visuais e concretos, observando uma aula de produção de poemas concretos. Disponibilize cartolinas e papel de seda com cores
efeitos de sentido criados pelo sortidas, cola, lápis de cor, canetas hidrocor, tinta guache/pintura a dedo, palitos de sorvete etc.,
formato do texto na página, dis- e proponha que produzam poemas que componham imagens. Separe uma aula para a exposição
tribuição e diagramação das le- dos textos concretos em varais literários e em murais.
tras, pelas ilustrações e por outros
efeitos visuais.
100 CEM
Agora, você está convidado a interagir com esses ciberpoemas.
Você vai acessar a internet e clicar no site Ciber e Poesia
(http://www.ciberpoesia.com.br/), produzidos e desenvolvidos por
Ana Cláudia Gruszynski e Sérgio Capparelli. Lá você vai encontrar
uma aba que o levará aos ciberpoemas. Escolha um deles e divirta-se,
observando os recursos usados para interagir e recriar esses poemas.
BNCC
(EF05LP28) Observar, em ciberpoe-
mas e minicontos infantis em mídia
digital, os recursos multissemióticos
presentes nesses textos digitais.
Reprodução da internet.
Disponível em: <http://www.ciberpoesia.com.br>
PRODUÇÃO DE TEXTO
POEMA VISUAL
Como vimos na seção Para ler, no poema visual as imagens e o texto
são dispostos de tal forma que o elemento visual passa a ter um papel
muito importante.
O poema visual não é uma novidade. “O ovo”, do poeta grego Símias de
Rodes, é o poema visual mais antigo de que se tem notícia, pois foi escrito há
mais de 2300 anos.
CENTO E UM 101
CENTO E UM 101
Foi no início do século XX que os poemas visuais passaram a ter mais
destaque na literatura. Paulo Leminski (1944-1989), poeta brasileiro, é autor de
alguns poemas visuais, como “Brasa”:
Paulo Leminski
que o autor escolheu essa forma
para o poema visual. Apesar de as
respostas serem pessoais, eles podem
comparar a figura do octógono do
poema com um ventilador, que,
por sua vez, faz brisa, que tem
semelhança com a palavra “brasa”.
BNCC
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com
o apoio do professor, informações de
interesse sobre fenômenos sociais e
naturais, em textos que circulam em
meios impressos ou digitais.
(EF35LP23) Apreciar poemas e ou-
tros textos versificados, observando
rimas, aliterações e diferentes modos
de divisão dos versos, estrofes e re-
frões e seu efeito de sentido.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda
do professor, o texto que será pro-
duzido, considerando a situação co- LEMINSKI, Paulo. Almanak 88. São Paulo: Kraft, 1988.
municativa, os interlocutores (quem
escreve/para quem escreve); a fina-
lidade ou o propósito (escrever para Agora é sua vez de produzir um poema visual. Você pode fazer poemas
quê); a circulação (onde o texto vai visuais sobre provérbios ou ditados populares, textos cuja autoria se desconhece
circular); o suporte (qual é o porta-
dor do texto); a linguagem, organi- e que se baseiam no senso comum. Por exemplo: “Quem espera sempre
zação e forma do texto e seu tema, alcança”, “Quem ri por último ri melhor”, “Deus ajuda quem cedo madruga”
pesquisando em meios impressos etc. Assim, faremos provérbios visuais!
ou digitais, sempre que for preciso,
informações necessárias à produção Com a orientação do professor e a ajuda de seus familiares, pesquise
do texto, organizando em tópicos os provérbios ou ditados populares, anote-os no caderno e leve-os para a sala
dados e as fontes pesquisadas.
de aula. O professor distribuirá tiras de papel nas quais você e seus colegas
escreverão seus ditados populares. Depois que todos escreverem, espalhem
as tiras pelo chão da sala de aula e brinquem com elas, procurando possíveis
sentidos na seleção de algumas letras ou palavras.
Interdisciplinaridade
Planeje uma atividade interdisciplinar que dialogue como conteúdo de Arte e explore os
elementos da linguagem descritos na habilidade (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos
constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.), inter-relacionando
a aula com Matemática e Informática, coordenando uma oficina de criação de poemas concretos
por meio de programas de computador, como Word ou Paint.
Divulgação
BANDEIRA, Manuel. Os sinos.
São Paulo: Global, 2012. 24 p.
UNIDADE
BRASIL DE TODOS
O Brasil é um país de muitos rostos, marcado pela presença de
gente de todo o mundo. Aos povos indígenas, aos colonizadores
e aos africanos, somaram-se imigrantes e refugiados.
Todas essas pessoas fazem parte de nosso país e trouxeram para
cá enormes contribuições.
Objetivos da unidade
A unidade integra o desenvolvimento de competências e da BNCC: “Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de
habilidades de Português, História, Geografia, Arte e Mate- conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo
mática, por meio de gêneros nas modalidades oral, escrita o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento
e multimodal. e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais,
A temática, apresentada de maneira interdisciplinar, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem pre-
relaciona-se especialmente com a competência geral 9 conceitos de qualquer natureza”.
BNCC
7 VIVENDO NO BRASIL
(EF15LP13) Identificar finalidades da
interação oral em diferentes contex-
tos comunicativos (solicitar informa-
ções, apresentar opiniões, informar,
relatar experiências etc.).
PARA LER
(EF15LP16) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com
a ajuda do professor e, mais tarde,
de maneira autônoma, textos narra- A imigração ocorre quando uma pessoa ou um grupo de pessoas entra
tivos de maior porte como contos em certo país para trabalhar e/ou morar, por um período determinado ou
(populares, de fadas, acumulativos,
de assombração etc.) e crônicas.
não. A chegada em um novo país é cercada por novidades, já que se trata de
(EF35LP21) Ler e compreender, de um lugar com outra cultura, outras tradições, costumes e culinária próprios e
forma autônoma, textos literários língua diferente, dentre outros aspectos. Por isso, é necessário um período de
de diferentes gêneros e extensões, adaptação, que nem sempre é fácil.
inclusive aqueles sem ilustrações,
estabelecendo preferências por gê- Pensando nisso, vamos ver, neste capítulo, como foi a chegada ao Brasil de
neros, temas, autores. alguns imigrantes e seus descendentes e sua adaptação.
Detalhe da Planta geral da cidade de São Paulo, mostrando a região da Avenida Paulista, 1913.
Anotações:
Guilherme Gaensly
Avenida Paulista em direção ao Paraíso, nas imediações da
Alameda Santos, 1900.
GATTAI, Zélia. Anarquistas, graças a Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
BNCC
Atividades 1 e 2:
Anotações: (EF35LP04) Inferir informações im-
plícitas nos textos lidos.
KUBOTA, N. F. L. Relatos de chegada: imigrantes japoneses em Campo Grande. Aurora, ano II,
n. 2, junho de 2008, p. 62-63. Disponível em: <http://www.academia.edu/11697305/Relatos_de_Chegada_
Imigrantes_Japoneses_em_Campo_Grande-MS>. Acesso em: 2 jan. 2018.
Cáceres: cidade do estado de Mato Grosso que gaijin: estrangeiro; modo como os japoneses
faz fronteira com a Bolívia. chamavam os demais imigrantes, os europeus,
capataz: chefe de um grupo organizado de por exemplo.
trabalhadores. granja: pequena propriedade rural em que
Capem: colônia japonesa que ficava a 500 km de se explora uma atividade agrícola (criação de
Cuiabá, capital de Mato Grosso. galinhas, por exemplo) em pequena escala.
Interdisciplinaridade
Aproveite a oportunidade para realizar atividade interdisciplinar com o componente curricular
História. Podem ser realizadas atividades que analisem os diferentes fluxos populacionais e suas contri-
buições para a formação da sociedade brasileira. Também, identificar as contribuições dos imigrantes,
para a formação da cultura local e brasileira e as mudanças associadas à migração internacional.
A BNCC, ao se reportar às diretrizes curriculares que a embasam, menciona como princípios
a valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural. Os textos e
0º
ITÁLIA
CONNECTICUT
Nápoles
ESTADOS
UNIDOS
Meridiano de Greenwich
OCEANO
Círculo Polar Ártico ATLÂNTICO
Equador
0º
0 715
km
Anotações:
c) Há diferença entre dizer que uma pessoa é “muito correta” e “corretíssima”? Professor, a intenção é fazer que
os alunos percebam as nuanças de
Qual é? significado entre “correto”, “muito
correto” e “corretíssimo”.
A palavra “corretíssima” está no grau superlativo. Ela é derivada, por meio c. O termo “corretíssima” está en-
de sufixos, do adjetivo “correto” e está expressando as qualidades de bom fatizando que a pessoa é correta;
caráter e honradez do pai de Anella em um grau máximo, como se ele nunca é como se ela nunca falhasse ou
fizesse algo errado ou ilegal, mais
cometesse erros, falhas ou fizesse algo ilegal, por exemplo. Assim, Anella quis intenso do que a expressão “muito
enfatizar que seu pai era correto no maior grau possível, em sua vida familiar, correta” ou o adjetivo “correta”.
nos negócios etc.
Desse modo, o grau superlativo é o grau dos adjetivos que expressa
características, qualidades ou defeitos em um grau muito elevado, em um grau
máximo. O superlativo pode ser absoluto ou analítico:
Superlativo absoluto: ocorre quando a característica de um ser é intensificada,
BNCC
sem relações de comparação com outros seres. Apresenta-se nas formas:
Atividade 1:
a) Analítica: a intensificação se dá por meio do uso de palavras com ideia (EF15LP03) Localizar informações
de intensidade, ou seja, por advérbios de intensidade. explícitas em textos.
(EF05LP08) Diferenciar palavras
Exemplos: primitivas, derivadas e compostas,
e derivadas por adição de prefixo e
• Ele é uma pessoa muito correta. de sufixo.
• Ele é pouco correto no que faz.
(...) Ele era uma pessoa muito correta, corretíssima. Um pouco nervoso.
Minha mãe era mais calma, muito caseira, muito passiva. (...)
Anotações:
Dawidson França
magro, magérrimo,
quase morre de cansaço.
CAPPARELLI, Sérgio. Restos de arco-íris. 5. ed. Porto Alegre: L&PM, 1996. p. 32.
117 BNCC
CENTO E DEZESSETE
Atividades 2 a 5:
(EF05LP08) Diferenciar palavras
primitivas, derivadas e compostas,
e derivadas por adição de prefixo e
de sufixo.
(EF35LP04) Inferir informações im-
plícitas nos textos lidos.
PARA LER
Coleção Particular
mais dois.
E continuava trabalhando
no empório. E depois ele
mandou construir mais um
quarto grande e cozinha, no
mesmo terreno. Alugava e
recebia os aluguéis.
Eu estudei. Eu queria ser
professora, mas meu pai, Casarão da Avenida Paulista em 1920.
Anotações:
Coleção Particular
de eu estudar mais. Estudei até o
quarto ano sem terminar, que era
primeiro, segundo, terceiro, eu estava
na metade do quarto ano (...) . A
professora gostava muito de mim,
eu era muito aplicada, Português
principalmente, e a professora veio
na minha casa, foi pedir pro meu
pai: “Não tire a sua filha da escola Casarão da Avenida Paulista em 1915.
porque a sua filha tem muito futuro e ela é muito aplicada” “Não, ela
vai trabalhar. Precisa trabalhar, precisa aprender o trabalho”. Tá certo, me
ensinou o trabalho.
Eu agradeço meu pai que ele me ensinou o trabalho, não estudei. BNCC
(...) Fui trabalhar numa fábrica de meia. Eu tinha 13 anos. (...) Minha Atividades 1 a 4:
irmã já estava trabalhando na fábrica de meia, ela tinha três anos a (EF15LP03) Localizar informações
explícitas em textos.
mais que eu, e eu fui trabalhar na fábrica de meia. Era pespontadeira.
(...) O salário eu dava pro meu pai e meu pai me dava mil réis. (...) Eu
fui juntando aquele mil réis. Depois meu pai dizia pra mim: “Dá pra
mim que eu te guardo, porque senão você perde”. Eu dava pra ele
e ele guardava. E a minha irmã a mesma coisa. (...) Depois meu pai
faleceu. Consegui juntar 30 mil réis, mas estava com meu pai. (...)
Morreu o pai? Quem vai mandar é o filho homem. Então ela pegava
todos os aluguéis e levava pra ele. Depois ele mandava mantimento,
mandava coisas para nós. (...)
1. Anella quis estudar, mas não pôde com-
pletar os estudos, pois seu pai a tirou da
SCARPELLE, A. C. Tutti buona gente. Disponível em:
escola para começar a trabalhar numa
<http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/tutti-buona-gente-98076>. Acesso em: 27 dez. 2017.
fábrica de meias junto com a irmã. Mas
Anella também brincava.
pespontadeiro: pessoas que trabalhavam nas indústrias de vestuário e calçados no início do século XX. 2. Anella estudou até o 4o ano e não com-
réis: moeda antiga. pletou os estudos, pois o pai a tirou da
escola para trabalhar.
3. O pai comandava os negócios da famí-
1. Como foi a infância de Anella no Brasil? lia, e após sua morte o filho mais velho
passou a tomar conta de tudo. A família
2. Anella estudou até que ano na escola? Por que ela não completou os estudos? possuía um empório e contava ainda
com os aluguéis de algumas casas.
3. Quem comandava os negócios da família? E que negócios eram esses? 4. Foi em uma fábrica de meias, como
pespontadeira.
4. Qual foi o primeiro emprego de Anella?
Dawidson França
de vida interessante para contar.
imigrantes que vieram para o Brasil em
busca de trabalho e que, anos mais
tarde, contaram suas histórias para
outras pessoas. Por se tratar de coisas
que aconteceram no passado, os verbos
usados em relatos estão no pretérito.
Prática pedagógica
As competências específicas 1, 2 e 5 de linguagens para o 2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artís-
Ensino Fundamental reforçam o compromisso firmado na BNCC ticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade
com respeito à pluralidade e diversidade: humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades
“1. Compreender as linguagens como construção humana, his- de participação na vida social e colaborar para a construção de
tórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão 5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e res-
de subjetividades e identidades sociais e culturais. peitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da língua. Enfatize que a língua é um produto social que reflete a história
humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, in- e cultura de seus falantes e está em constante variação e mudança.
dividuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito Paralelamente, discuta com eles, numa roda de conversa, o problema
à diversidade de saberes, identidades e culturas.” do preconceito linguístico, estimulando-os a refletir sobre isso e a
Para explorar esses pressupostos, sugerimos que o professor orien- pensar em formas de desconstruí-lo no dia a dia.
te a turma a construir uma lista de palavras e expressões típicas das Para saber mais:
origens imigratórias ou migratórias dos familiares dos alunos. Explore BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística,
com os alunos as palavras e expressões regionais, demonstrando que São Paulo: Contexto, 1997.
a miscigenação e o fluxo migratório e imigratório enriqueceram nossa
BNCC
“Achei esse relato muito surpreendente, porque pensei que a chegada ao
(EF05LP27) Utilizar, ao produzir o Brasil fosse só de felicidade, mas houve alguns momentos de tristeza também.”
texto, recursos de coesão prono-
minal (pronomes anafóricos) e ar-
ticuladores de relações de sentido
(tempo, causa, oposição, conclusão, “Para mim, esse relato foi o mais emocionante que li, pois as pessoas
comparação), com nível adequado de da família e da vizinhança se ajudaram muito para poder viver no Brasil.”
informatividade.
(EF35LP08) Utilizar, ao produzir
um texto, recursos de referencia- Observe que é importante usar palavras e expressões que liguem sua
ção (por substituição lexical ou por opinião à justificativa, como “porque”, “pois”, “uma vez que”, para que haja
pronomes pessoais, possessivos e
demonstrativos), vocabulário apro-
conexão entre as duas partes do texto.
priado ao gênero, recursos de coesão
pronominal (pronomes anafóricos) e
articuladores de relações de sentido
(tempo, causa, oposição, conclusão, SUGESTÃO DE LEITURA
Divulgação
comparação), com nível suficiente de
informatividade. VARELLA, Dráuzio. Nas ruas do Brás. São Paulo:
(EF35LP15) Opinar e defender ponto Companhia das Letrinhas, 2000. 80 p.
de vista sobre tema polêmico relacio-
nado a situações vivenciadas na es- O médico e escritor reúne neste livro suas memórias de
cola e/ou na comunidade, utilizando infância. Neto de imigrantes espanhóis e portugueses,
registro formal e estrutura adequa- morou no Brás (um bairro de São Paulo) e passou seus
da à argumentação, considerando dias de menino brincando, brigando na rua. Quantas
a situação comunicativa e o tema/
assunto do texto. lembranças de um tempo que não volta...
Divulgação
Sugestão de leitura:
(EF35LP02) Selecionar livros da bi- BELINKY, Tatiana. Transplante de menina.
blioteca e/ou do cantinho de leitura 3.ed. São Paulo: Moderna, 2003. 160 p.
da sala de aula e/ou disponíveis em
meios digitais para leitura individual,
As memórias da autora começam na distante
justificando a escolha e comparti- Rússia, onde nasceu, e continuam no Brasil,
lhando com os colegas sua opinião, desde que chegou, com 10 anos, na década de
após a leitura. 1930. Durante seu relato, Tatiana conta como
(EF35LP21) Ler e compreender, de foi se tornando brasileira.
forma autônoma, textos literários
de diferentes gêneros e extensões,
inclusive aqueles sem ilustrações,
estabelecendo preferências por gê- 122 CENTO E VINTE E DOIS
neros, temas, autores.
Anotações:
8
IDAS E VINDAS: Professor, este conteúdo pode ser
A IMIGRAÇÃO NO BRASIL
trabalhado de maneira interdisciplinar
com as disciplinas de História e Geografia.
O texto apresentado – composto de texto
verbal e fotografias – é parte do acervo
do Museu da Imigração, localizado em
São Paulo (SP). Ele está disponível no
site dessa instituição, em: <http://www.
PARA LER museudaimigracao.org.br/>. Acesso em:
17 jan. 2018. Contextualiza os objetivos
da instituição e o que é exibido, a fim de
que os visitantes – virtuais e presenciais
Você já sabe que desde a colonização portuguesa o Brasil recebe imigrantes – possam ampliar sua experiência ao
de várias partes do mundo e, assim, a miscigenação é uma característica do nosso conhecer o acervo do museu. Auxilie seus
país. As famílias brasileiras, em sua maioria, possuem mais de uma ascendência, alunos a compreender o funcionamento
desse texto, que traz também fotografias
o que caracteriza essa mistura de origens, culturas e histórias. dos processos imigratórios e que
funcionam como documentos históricos.
1. Você conhece a ascendência da sua família, ou seja, se seus pais, avós, Caso algum aluno não tenha visitado um
bisavós etc. vieram de outros países? museu, faça uma breve explanação, a
fim de que possa compreender melhor a
2. Você sabe o que é árvore genealógica? necessidade de textos explicativos como
este nesses locais. Se possível, visite a
3. Sua família conta histórias de antepassados estrangeiros? exposição virtual disponível em: <https://
www.google.com/culturalinstitute/beta/
4. Você sabe como chegavam e eram recebidos no Brasil os imigrantes há exhibit/GQLCZOwEZpgsJw>. Acesso em:
cerca de 100 anos? 17 jan. 2018, que contém muitas fotos, ou
organize uma visita presencial ao Museu da
5. E hoje, como você imagina que eles são recebidos aqui? Imigração ou a outro espaço cultural da sua
cidade que trate desse assunto.
Rawpixel/Shutterstock
BNCC
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus conhe-
cimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo te-
mático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e du-
Fotomontagem de imigrantes de diversas nacionalidades. rante a leitura de textos, checando a
adequação das hipóteses realizadas.
CENTO E VINTE E TRÊS 123 (EF15LP09) Expressar-se em situa-
ções de intercâmbio oral com clareza,
preocupando-se em ser compreendi-
do pelo interlocutor e usando a pa-
lavra com tom de voz audível, boa
articulação e ritmo adequado.
Prática pedagógica
Retome com os alunos as perguntas motivadoras de leitura cons- um texto autobiográfico, contando sobre si e seus familiares, numa
tantes do início do capítulo, que podem servir de componente para espécie de versão escrita da “árvore geo-genealógica”. Separe uma
uma atividade de produção de um memorial familiar, partindo da ár- aula para cada um apresentar suas produções aos colegas. Estimu-
vore genealógica dos alunos. Peça que eles tragam fotos de familiares le-os a relatarem suas dificuldades no processo de produção de seus
para montar sua própria árvore (eles também podem fazer desenhos, textos, a fim de que os recursos linguístico-gramaticais e estratégias
em lugar de fotos), mas vá além, pedindo que acrescentem sob os no- de escrita possam ser retomados e apropriados nas cotidianas práticas
mes dos familiares a origem de cada um. Depois, solicite que escrevam de escrita, dentro e fora da sala de aula.
Trajetos
Um traço une as milhares de histórias de vida que reunimos aqui:
a experiência do deslocamento e do primeiro contato com um futuro
desconhecido. Será, portanto, por aqui que iniciamos nossa “viagem”.
O Porto de Santos era o ponto final da primeira parte do trajeto percorrido
por milhares de trabalhadores e suas famílias, estrangeiros e nacionais. Após o
desembarque, todos eram encaminhados à Inspetoria de Imigração, onde seus
documentos eram conferidos e agentes sanitários e médicos avaliavam seu estado
Anotações:
A Hospedaria do Brás
A história da Hospedaria do Brás começa em 1887 (data do início de suas
operações) e se encerra em 1978 (quando o último grupo de imigrantes – coreanos
– é recebido). Nesses 91 anos percorreram suas edificações cerca de 2,5 milhões
de homens, mulheres e crianças, vindos de outros países e também de estados
Anotações:
Anotações:
Interdisciplinaridade
Aproveite o texto de abertura do capítulo e as fotografias históricas que ele apresenta para
planejar uma atividade interdisciplinar com o conteúdo de Arte, conforme o descrito na habilida-
de (EF15AR07). Reconhecer algumas categorias do sistema das artes visuais (museus, galerias,
instituições, artistas, artesãos, curadores etc.)”. Na sala de informática, realize visitas virtuais a
diferentes museus, como: Museu da Imigração do Estado de São Paulo, Museu do Índio, Museu
Virtual de Arte Japonesa, Museu Nacional de Arte Africana e outros que os alunos possam sugerir.
todos brasileiros.
Trabalhe em conjunto com o professor de inglês, para ajudar os alunos com alguns conteúdos em
língua estrangeira, e proponha que os alunos façam prints, com a devida identificação de créditos
e legenda, de algumas imagens para compor um mural da diversidade na sala de aula. Depois,
solicite que elaborem, em duplas ou grupo, relatos da visita feita.
Para saber mais:
SILVESTRE, Maria de Fátima; CUNHA, Daiane S. S. da; VAZ, Adriana. Museu virtual nas aulas de
arte: uma proposta de ensino motivadora. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.
br/portals/pde/arquivos/2433-8.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2018.
Museu da Imigração do
Estado de São Paulo
Museu da Imigração do
Estado de São Paulo
Preto Perola/Shutterstock
BNCC
Atividade 6:
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação Fotografias. Documentos. Cartas.
ao texto que vai ler (pressuposições antecipa-
doras dos sentidos, da forma e da função social
do texto), apoiando-se em seus conhecimentos
prévios sobre as condições de produção e recep-
ção desse texto, o gênero, o suporte e o universo
temático, bem como sobre saliências textuais,
recursos gráficos, imagens, dados da própria
Elnur/Shutterstock
fortton/Shutterstock
Tassenmuseum
obra (índice, prefácio etc.), confirmando anteci-
pações e inferências realizadas antes e durante
a leitura de textos, checando a adequação das
hipóteses realizadas.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de inter-
câmbio oral com clareza, preocupando-se em
ser compreendido pelo interlocutor e usando a
palavra com tom de voz audível, boa articulação Joias. Chapéus. Bolsas.
e ritmo adequado.
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista 6. Releia e responda as questões a seguir:
sobre tema polêmico relacionado a situações
vivenciadas na escola e/ou na comunidade, uti-
lizando registro formal e estrutura adequada à “A alimentação era certamente um dos primeiros choques culturais
argumentação, considerando a situação comu- pelos quais passavam os trabalhadores e seus familiares acolhidos pela
nicativa e o tema/assunto do texto.
Hospedaria e não por acaso, esse é um dos temas mais lembrados
em entrevistas realizadas pelo Museu que hoje compõem seu valioso
acervo de História Oral.”
a. Professor, estimule os alunos a a) Por que você acha que seria um choque cultural a alimentação que os
refletirem sobre diferentes for-
mas de alimentação que existem
imigrantes encontravam no Brasil?
no mundo e em como pode ser
Resposta pessoal.
difícil adaptar-se a novos hábitos
b) De qual comida brasileira você sentiria mais saudades se tivesse de ir
alimentares. morar em outro país? Resposta pessoal.
b. Aproveite para discutir o que se-
riam comidas (ou ingredientes) 132 CENTO E TRINTA E DOIS
mais difíceis de encontrar em ou-
tros países. Um exemplo de ingre-
diente é a farinha de mandioca,
muito comum no Brasil, mas não
na Europa ou nos Estados Unidos. Anotações:
Sean Pavone/Shutterstock
dade adequado.
Anotações:
FIQUE SABENDO
Liberdade é um bairro da cidade de São Paulo caracterizado pela
ocupação de imigrantes japoneses. Enfeitado com cores e aspectos típicos
da cultura japonesa, hoje é considerado um destino turístico, por possuir
arquitetura característica do Japão e abrigar restaurantes típicos e karaokês.
Ao longo do ano, a Liberdade sedia festas japonesas e campeonatos de
artes marciais oriundas do Japão.
1. Rubens Ricupero nasceu e cresceu em São Paulo. O que ele ouvia em relação
aos imigrantes japoneses quando era criança?
Rubens Ricupero ouvia os adultos de sua casa elogiando os japoneses, dizendo
BNCC
Atividades 1 a 3:
2. Como o autor define o povo japonês? (EF15LP03) Localizar informações
explícitas em textos.
O autor define o povo japonês como um povo que não faz autopromoção, ou
(EF35LP04) Inferir informações im-
plícitas nos textos lidos.
seja, faz a sua parte, cumpre os seus deveres e não fica se vangloriando ou se
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
A derivação regressiva ocorre quando uma palavra é formada a partir de um
verbo não por acréscimo, mas por redução. Veja os exemplos abaixo:
Dawidson França
Os substantivos formados a
partir de verbos recebem o nome
de substantivos deverbais.
FIQUE SABENDO
Para descobrirmos se um substantivo derivou de um verbo ou se
ocorreu o contrário, se um verbo derivou de um substantivo, podemos
pensar no seguinte:
• Se o substantivo indica ação, será palavra derivada e o verbo será
palavra primitiva;
• Se o substantivo indica objeto ou substância, será palavra primitiva
e o verbo será palavra derivada.
Nos exemplos acima, “compra”, “abraço” e “beijo” indicam ações,
logo são palavra derivadas dos verbos comprar, abraçar e beijar,
respectivamente. Já um exemplo de substantivo que indica objeto é
“âncora”, que dá origem ao verbo “ancorar”.
Quando um verbo no infinitivo vira substantivo, o -r é suprimido e o
substantivo obedecerá a sua flexão em gênero: masculino, feminino ou
os dois.
Anotações:
Verbo Substantivo
abrigar abrigo
alimentar alimentação
encaminhar encaminhamento
alimentar -ção
Anotações:
extinguir: extinção
reproduzir: reprodução
distender: distensão
expandir: expansão
deter: detenção
reter: retenção
manter: manutenção
conter: contenção
Anotações:
Assunto principal:
Comentários do leitor
Autor do fichamento:
Anotações:
Sugestão de leitura:
mascates. São Paulo: Companhia das
(EF35LP02) Selecionar livros da bi-
Letrinhas, 2016. 96 p. blioteca e/ou do cantinho de leitura
da sala de aula e/ou disponíveis em
Filho de pais poloneses, Bernardo meios digitais para leitura individual,
cresceu no Brasil no início do século XX, justificando a escolha e comparti-
entre diferentes influências culturais e lhando com os colegas sua opinião,
vivenciando muitas dificuldades. Seu após a leitura.
relato encanta e nos faz refletir sobre a (EF35LP21) Ler e compreender, de
forma autônoma, textos literários
importância do respeito às diversidades. de diferentes gêneros e extensões,
inclusive aqueles sem ilustrações,
estabelecendo preferências por gê-
ARRABAL, José. A estrela de rabo.
Divulgação
9
E FOI PRECISO
Professor, durante o trabalho desta
unidade, discuta com seus alunos
MUDAR DE PAÍS
o fato de que os seres humanos, ao
longo da história em todo o mundo,
sempre se mudaram de um lugar para
outro, seja dentro do seu próprio país
(ou reino etc.) – migração interna –
seja indo para outro país – movimento PARA LER
que recebe o nome de imigração
(se o ponto de vista é o do país para
onde se vai) ou de emigração (se o
ponto de vista é o do país de onde se TEXTO 1
sai). Um dos objetivos desta unidade
é sensibilizar os estudantes para Agora, você conhecerá um infográfico sobre a origem dos imigrantes
o fato de que conviver com essa
diversidade de pessoas no nosso país
no Brasil.
(ou conviver com outras pessoas no
país delas) não é um problema, mas
uma oportunidade de crescimento ORIGEM
ORIGEM
ORIGEM DOS
DOSDOS
IMIGRANTES
IMIGRANTES
IMIGRANTES NO
NO NO
BRASIL
BRASIL
BRASIL
pessoal e de aprendizagem. Talvez
alguns alunos precisem de informações Milhares
Milhares
de imigrantes
de imigrantes
vieram
vieram
de todos
de todos
os continentes
os continentes
do mundo
do mundo
para opara
Brasil
o Brasil
da família para saber das origens dos O BrasilOrecebeu,
Brasil recebeu,
ao longo
ao de
longo
sua de
história,
sua história,
um grande
um grande
número número
de pessoas
de pessoas
de outros
de outros
países, países,
seus antepassados, por isso pode que vieram
que vieram
morar aqui.
morarAlguns
aqui. Alguns
fugiamfugiam
da guerra,
da guerra,
outros outros
apenasapenas
buscavam
buscavam
novas novas
ser produtivo pedir que busquem oportunidades,
oportunidades,
uma nova
umavida
nova
aqui.
vidaEsses
aqui.imigrantes
Esses imigrantes
terminaram
terminaram
por formar
por formar
parte do
parte do
essas informações antes de iniciar povo brasileiro,
povo brasileiro,
com seus
comcostumes,
seus costumes,
línguas,línguas,
culinária,
culinária,
danças,danças,
músicas,
músicas,
histórias
histórias
etc. etc.
este trabalho. Promova um ambiente
favorável à escuta e ao respeito pelas
diferenças, especialmente se houver JudeusJudeus
Vieram de Vieram
muitos de muitos
estrangeiros ou filhos de estrangeiros Polônia
Polônia países da Europa
países da Europa
na sala e na escola. Valorize as Alemanha
Alemanha
experiências relatadas e estimule os FrançaFrança Turquia
Turquia RússiaRússia
alunos a conhecê-las. EspanhaEspanha Síria Síria Japão Japão
Portugal
Portugal LíbanoLíbano
CoreiaCoreia
do Suldo Sul
Itália Itália Jordânia
Jordânia
EUA EUA
Cuba Cuba
Haiti Haiti
NigériaNigéria
Venezuela
Venezuela
Brasil Brasil CongoCongo
BolíviaBolívia F
Argentina
Argentina Angola Angola E
E
BNCC África África
do Suldo Sul 5
A
(EF15LP18) Relacionar texto com
ilustrações e outros recursos gráficos.
Flávio Nigro
Imigração
Imigração
por nacionalidade
por nacionalidade
(1884/1933)
(1884/1933) dos dados apresentados nos
gráficos, demonstrando a relação
1.006.617
1.006.617 Nos últimos
Nos 10 últimos
anos,10já anos, já entre as diversas formas de
883.668
Total Total 883.668
852.110
852.110 no séculonoXXI,século
começaram
XXI, começaram
apresentar uma informação. Além
717.223717.223
a chegaraao chegar
Brasilao Brasil
tambémtambém
muitos haitianos,
muitos haitianos, de desenvolver a interpretação dos
503.981
503.981 nigerianos,
nigerianos,
congoleses,congoleses, dados em relação à imigração.
bolivianos
bolivianos
e sírios, entre
e sírios, entre
outras nacionalidades.
outras nacionalidades.
Os motivos
Os motivos
para essas para essas
Ano Ano 1884-1893 1884-18931894-1903 1894-1903 1904-1913 1904-1913
1914-1923
1914-1923
1924-1933 imigrações
1924-1933 imigrações
continuam continuam
variados.variados.
Pode serPodeo ser o
Alemães Alemães 22.778 22.7786.698 6.698 33.859 33.859 29.339 29.339 desejo de
61.723 61.723 desejo
se juntar
de sea juntar a
parentesparentes
que já moramque já moram
Espanhóis Espanhóis 113.116113.116 102.142102.142 224.672224.672 94.779 94.779
52.405 52.405
no Brasil,nodeBrasil,
ter uma
de ter
vidauma vida BNCC
Italianos Italianos510.533510.533 537.784537.784 196.521196.521 86.320 86.320
70.177 70.177
melhor oumelhor
a fuga oudea fuga de
Japoneses Japoneses - - - -
11.868 11.868
20.398 20.398 países em
110.191110.191 países
guerras
em ouguerras
em ou em (EF15LP02) Estabelecer expectativas
crise econômica.
crise econômica. em relação ao texto que vai ler (pres-
Portugueses Portugueses 170.621170.621 155.542155.542 384.672384.672 201.252201.252
233.650233.650
Outras pessoas
Outras pessoas
são são suposições antecipadoras dos senti-
Sírios eSírios e 96 967.124 7.124 45.803 45.803 20.400 20.400
20.400 20.400
perseguidas
perseguidas
por motivospor motivos dos, da forma e da função social do
TurcosTurcos políticos,políticos,
raciais ou raciais ou
texto), apoiando-se em seus conhe-
religiososreligiosos
nos seusnos países.
seus países.
OutrosOutros 66.524 66.524 42.820 42.820 109.222109.222 51.493 51.493
164.586164.586 cimentos prévios sobre as condições
QuandoQuando
os imigrantes
os imigrantes
Fontes: Convenção
Fontes: Convenção
de Genebra de(ONU,
Genebra
1951)(ONU, 1951) deixam odeixam
seu país o seu
por país por de produção e recepção desse texto,
Estatísticas de
Estatísticas
povoamento:de povoamento:
imigração por
imigração
nacionalidade
por nacionalidade
(1884-1903). (1884-1903). medo damedo guerra daouguerra
de ou de o gênero, o suporte e o universo te-
Em INSTITUTO Em BRASILEIRO
INSTITUTO BRASILEIRO
DE GEOGRAFIA DE GEOGRAFIA
E ESTATÍSTICA
E ESTATÍSTICA
(IBGE). Brasil:
(IBGE). Brasil:
500 anos de500povoamento.
anos de povoamento.
Rio de Janeiro,
Rio 2000.
de Janeiro, 2000.
perseguições,
perseguições,
eles são eles são mático, bem como sobre saliências
considerados
considerados
refugiados.
refugiados.
Apêndice: Estatísticas
Apêndice: de Estatísticas
500 anosdede500
povoamento.
anos de povoamento.
p. 226. p. 226. textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e du-
rante a leitura de textos, checando a
adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP04) Identificar o efeito de
sentido produzido pelo uso de re-
cursos expressivos gráfico-visuais em
CENTO E QUARENTA E CINCO 145 textos multissemióticos.
as diferentes formas de tratar o mesmo conteúdo. Assim, relacionam-se com o objeto de conheci-
mento de Língua Portuguesa “recuperação da intertextualidade e estabelecimento de relações entre
textos” e as habilidades que mobiliza e com a competência específica 6 de Matemática: “Enfrentar
situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas, não diretamente
relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utili-
zando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua
materna e outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados).
X gráfico X mapa
X texto escrito
BNCC
Atividades 1 e 2:
(EF15LP04) Identificar o efeito de e) O que as bandeiras representam?
sentido produzido pelo uso de re- As bandeiras representam as nacionalidades dos imigrantes que vieram
cursos expressivos gráfico-visuais em
textos multissemióticos.
para o Brasil ao longo do tempo.
(EF35LP03) Identificar a ideia central
do texto, demonstrando compreen-
são global. f) O que o navio representa?
(EF35LP04) Inferir informações im-
plícitas nos textos lidos. O navio representa o meio de transporte mais usado pelos imigrantes.
Anotações:
Planisfério
Allmaps
EUROPA
AMÉRICA
DO NORTE ÁSIA
Trópico de Câncer
Meridiano de Greenwich
ÍNDICO
DO SUL
Trópico de Capricórnio OCEANIA
d) Europa: europeu
e) Ásia: asiático
f) Oceania: oceânico
Prática pedagógica
Na área de Ciências Humanas, a BNCC salienta a importância de vida no Brasil, e que no século XXI pessoas de várias partes do mundo
romper com a concepção linear dos espaços vividos, “para possibilitar continuam vindo ao Brasil, enquanto outras partem para fora do país.
uma leitura geo-histórica dos fatos e uma análise com abordagens his- Peça que pesquisem se há pessoas no bairro que emigraram para outros
tóricas, sociológicas e espaciais (geográficas) simultâneas”. Ao discutir o países e quais os motivos dessa mudança, ou então se há imigrantes,
tema desta unidade com os alunos, explique que após o fim da escravi- pesquisando também as motivações do deslocamento geográfico. Pes-
dão, começaram a chegar pessoas de várias partes do mundo, atraídas quise em jornais e revistas reportagens sobre estrangeiros no Brasil e
pela propaganda feita na Europa, de emprego e melhores condições de brasileiros no exterior e os motivos da mudança.
2. Analise abaixo o mapa político do Brasil e, com o auxílio de seu professor, Professor, os estados federativos do
preencha as lacunas com os adjetivos gentílicos referentes aos estados país estão escritos em ordem alfabética
levando em consideração as siglas de
brasileiros: cada um, conteúdo que julgamos
também importante e que sugerimos
que seja trabalhado nessa aula.
Mapa Político do Brasil
Allmaps
VENEZUELA GUIANA 50°O
FRANCESA
SURINAME (FRA)
COLÔMBIA Boa Vista GUIANA
AMAPÁ
RORAIMA
Equador Macapá
0°
Cuiabá DF OCEANO
BRASÍLIA
Goiânia ATLÂNTICO
BOLÍVIA
GOIÁS MINAS GERAIS
MATO GROSSO
DO SUL ESPÍRITO SANTO
OCEANO Campo Belo Vitória
Grande Horizonte
PACÍFICO SÃO PAULO
RIO DE JANEIRO
icórnio PARAGUAI Rio de Janeiro
de Capr PARANÁ São Paulo
Trópico
Curitiba
ARGENTINA
URUGUAI 0 340
km
Sugestões de leitura:
DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO. Os imigrantes europeus deixaram seus países pelos mesmos
motivos que os refugiados de hoje. Disponível em: <http://www.diariodocentrodomundo.com.
br/os-imigrantes-europeus-deixaram-seus-paises-pelos-mesmos-motivos-que-os-refugiados-de-
-hoje/>. Acesso em: 2 fev. 2018.
MUNDO ESTRANHO. Quais foram as maiores levas de imigração para o Brasil? Disponível em
<https://mundoestranho.abril.com.br/historia/quais-foram-as-maiores-levas-de-imigracao-para-
-o-brasil/>. Acesso em: 2 fev. 2018.
Anotações:
4. Responda as perguntas abaixo sobre a sua origem. Caso seja necessário, peça
ajuda para seus pais, responsáveis, alguém de sua família ou para seu professor.
a) Qual é a sua cidade natal, isto é, a cidade onde você nasceu?
Resposta pessoal.
b) Qual é o adjetivo gentílico usado para indicar quem nasceu na sua Professor, ajude-os a conhecer
formas alternativas para essa
cidade natal? designação, se houver.
Resposta depende da resposta anterior.
d) Haiti: haitiano
e) Cuba: cubano
g) Angola: angolano
h) Congo: congolês
i) Nigéria: nigeriano
k) Alemanha: alemão
l) Espanha: espanhol
m) França: francês
n) Itália: italiano
o) Polônia: polonês
p) Portugal: português
chinês
q) China:
s) Índia: indiano
t) Jordânia: jordaniano
u) Síria: sírio
v) Turquia: turco
w) Israel: israelense
Interdisciplinaridade
Aproveite a oportunidade para trabalho interdisciplinar com palavras da língua correspondente que foram incorporadas ao
o componente curricular de Geografia, pois essa discussão tem nosso vocabulário. Outra possibilidade é propor que localizem no
relação com a habilidade (EF05GE02) “Identificar diferenças ét- mapa do Brasil o estado de origem de seus familiares, e depois
nico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre gru- pesquisem sobre as características de sua cultura, como tradições,
pos em diferentes territórios”. Favoreça o desenvolvimento dessa alimentação. Enriqueça a aula explorando os problemas socioeco-
habilidade, possibilitando que os alunos usem o mapa-múndi nômicos enfrentados pelos habitantes das regiões pesquisadas e
para pesquisar os países de origem de seus ascendentes e as os preconceitos que podem sofrer em consequência disso.
TEXTO 2
Professor, trabalhe coletivamente
A seguir, há um gráfico de barras e uma tabela elaborados pelo Instituto com os alunos, de maneira paralela,
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com informações sobre o povoamento o gráfico de barras e a tabela, pois
do nosso país, organizadas por nacionalidades, entre os anos 1884 (século XIX) um complemente o outro.
e 1933 (século XX).
Flávio Balmant
1 200 000 1 145 737
1 000 000
800 000
Fonte: IBGE. Brasil 500 anos. Estatísticas de povoamento. Disponível em: https://brasil500anos.ibge.gov.br/estatisticas-do-
povoamento/imigracao-por-nacionalidade-1884-1933.html. Acesso em: 20 jan. 2018.. BNCC
(EF05LP23) Comparar informações
Estatísticas do povoamento – imigração por nacionalidade (1884/1933) apresentadas em gráficos ou tabelas.
Nacionalidade 1884-1893 1894-1903 1904-1913 1914-1923 1924-1933 (EF15LP04) Identificar o efeito de
Alemães 22 778 6 698 33 859 29 339 61 723 sentido produzido pelo uso de re-
cursos expressivos gráfico-visuais em
Espanhóis 113 116 102 142 224 672 94 779 52 405 textos multissemióticos.
Italianos 510 533 537 784 196 521 86 320 70 177 (EF35LP01) Ler e compreender, si-
Japoneses – – 11 868 20 398 110 191 lenciosamente e, em seguida, em
voz alta, com autonomia e fluência,
Portugueses 170 621 155 542 384 672 201 252 233 650 textos curtos com nível de textuali-
Sírios e Turcos 96 7 124 45 803 20 400 20 400 dade adequado.
Professor, espera-se que os alunos percebam para o Brasil e, com sua altura (extensão da barra) o número de imigrantes
que as barras, representadas em cores, indicam
as nacionalidades e a quantidade de imigrantes de cada uma delas, o que pode ser estimado pela comparação com a
que vieram para o Brasil nos períodos históricos
contemplados no gráfico.
escala do eixo vertical.
Anotações:
5. No gráfico, o número de imigrantes não é exato, mas dá para ter uma ideia
da quantidade de pessoas de cada nacionalidade que vieram para o Brasil.
Como chegamos a essa informação? Professor, ajude os alunos a
Para isso, é preciso observar a escala no eixo vertical, no gráfico e chegar a chegarem a esses números
aproximados, pela comparação entre
números aproximados, por exemplo: “Mais de 300 000 japoneses vieram para o tamanho das barras e a escala,
inclusive para saber quais números
o Brasil no período 1904-1913” ou “cerca de 400 000 japoneses vieram para o estão entre os indicados (entre 0 e
300 mil etc.). Nesse caso, o trabalho
com conhecimentos matemáticos é
Brasil no período 1904-1913”.
fundamental. Estimule os alunos a
6. Analise o gráfico e a tabela e responda: criarem suas hipóteses.
NUMERAIS
Professor, este conteúdo pode ser Numeral é a palavra que indica número, podendo transmitir a ideia de
trabalhado de maneira interdisciplinar
com Matemática. ordem (sequência), quantidade, multiplicação e divisão.
Observe alguns exemplos:
• Mais de trezentos mil japoneses vieram para o Brasil entre 1904 e 1913.
• Cerca de cento e setenta mil portugueses imigraram para cá entre
1884 e 1893.
• Entre 1924 e 1933, cerca do dobro de japoneses imigrou, em comparação
ao número de espanhóis.
Anotações:
Quadro de Numerais
O quadro de numerais a seguir serve para que você o consulte quando tiver
dúvidas sobre o numeral ou sua grafia. Mas você já conhece bastante sobre
os numerais, porque costumamos utilizá-los no nosso cotidiano. Complete as
lacunas, com a ajuda do seu professor e dos seus colegas.
Anotações:
PARA LER
Machado, Antônio Alcântara Machado. Brás, Bexiga e Barra Funda, p. 27. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000005.pdf. Acesso em 19 out. 2019.
FIQUE SABENDO
O time de Futebol Sociedade Esportiva Palmeiras foi criado em 1914
por imigrantes italianos, com o nome de “Palestra Itália”. No entanto, em
1942, ocorreu o episódio chamado de “Arrancada heroica”, em que o time
foi obrigado a mudar de nome, por causa de decreto do governo Getúlio
Vargas, que proibia em qualquer entidade o uso de nomes relacionados aos
países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) nas batalhas da Segunda Guerra
Mundial. Primeiramente, foi mudado para Palestra de São Paulo e, depois,
Sociedade Esportiva Palmeiras, como é conhecido até hoje.
Anotações:
Ponto de vista do
narrador (1a ou em O ponto de vista do narrador é em 3a pessoa.
3a pessoa)
Anotações:
PRODUÇÃO DE TEXTO
ENTREVISTA ORAL
Ao longo deste capítulo, abordamos a imigração no Brasil através do
tempo, mas ficamos nos perguntando se há imigrantes (sejam refugiados ou
não) em sua comunidade. Para responder a esta pergunta, você fará entrevistas
orais nas quais coletará dados sobrequantos existem, quando chegaram etc. A
entrevista tem como objetivo também recolher relatos de imigrantes que moram
em sua cidade, no seu bairro, que estudam na sua escola etc.
Vamos caprichar nesta entrevista, pois as informações coletadas serão
usadas na produção escrita para a elaboração de um infográfico e de um
Professor, para melhor ilustrar o
seminário no final desta unidade. gênero aos alunos você pode mostrar
a eles jornais e revistas impressos que
contenham entrevistas ou ainda, se
A entrevista possível, exibir trechos de programas
Entrevista é um gênero em que se alternam perguntas do entrevistador de entrevistas de rádio, televisão ou
internet.
e respostas do entrevistado e que circula na esfera jornalística como
Como essa entrevista irá coletar dois
objetivo de levar informações para o público leitor, ouvinte, telespectador tipos de informação: quantitativa
ou internauta de um jornal, de uma revista, de um site ou de programa. e qualitativa (o relato), talvez seja
recomendável estruturar com os
Em jornais e em revistas impressos podem haver seções dedicadas alunos uma ficha de entrevista para
exclusivamente às entrevistas, sobretudo em revistas de tiragem o registro das respostas. Os dados
semanal, nas quais há o entrevistado da semana. Além disso, as quantitativos podem ser anotados
em uma tabela, que será passada a
entrevistas são usadas para enriquecer notícias e reportagens com limpo posteriormente, na reunião das
detalhes e informações de testemunhas ou de especialistas sobre o entrevistas de toda a turma. Esses dados
assunto abordado. Por exemplo, uma notícia sobre um acidente na também irão compor o seminário ao
final desta unidade (ou a exposição,
estrada pode trazer partes de entrevistas com testemunhas, vítimas ou
conforme a decisão do professor).
especialistas em trânsito; já em uma reportagem sobre imigração, um
imigrante ou refugiado pode ser entrevistado sobre o assunto.
Anotações:
Anotações:
São Paulo: Vergara e Riba, 2016. 44 p. ção, tempo, causa, condição, finalidade.
Este livro traz relatos reais muito sensíveis sobre as Sugestão de leitura:
muitas dificuldades pelas quais passam as pessoas que (EF35LP01) Ler e compreender, silencio-
samente e, em seguida, em voz alta, com
foram forçadas a sair de sua terra de origem e têm de autonomia e fluência, textos curtos com
começar de novo em um novo país, sob o ponto de nível de textualidade adequado.
vista de crianças.
EUROPA
AMÉRICA
DO NORTE
OCEANO SÍRIA ÁSIA
ATLÂNTICO
Trópico de Câncer
AMÉRICA
OCEANO CENTRAL NIGÉRIA OCEANO
PACÍFICO PACÍFICO
Equador VENEZUELA ÁFRICA
0°
OCEANO
BRASIL
Meridiano de Greenwich
AMÉRICA ÍNDICO
Trópico de Capricórnio DO SUL OCEANIA
ANTÁRTIDA km
Anjila tem 17 anos e sonha em voltar para sua terra e reencontrar suas
amigas. Sua mãe não pensa assim. Para ela, recomeçar a vida do zero, com seu
marido e dois filhos, basta uma vez. Anjila se tornou a porta-voz da família.
Há apenas 9 meses aqui, já fala português bem, diferente de seus pais, e ainda dá
Reprodução
cias, reportagens, vídeos em vlogs
argumentativos, dentre outros gê-
neros do campo político-cidadão,
de acordo com as convenções dos
gêneros e considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do
texto.
(EF05LP19) Argumentar oralmente
sobre acontecimentos de interesse
social, com base em conhecimen-
tos sobre fatos divulgados em TV,
rádio, mídia impressa e digital, res-
peitando pontos de vista diferentes.
(EF15LP03) Localizar informações
Temi Olusola, nascida em Lagos – Nigéria.
explícitas em textos.
(EF15LP09) Expressar-se em si-
tuações de intercâmbio oral com Temi era contadora na Nigéria e não escolheu se refugiar no Brasil. Queria
clareza, preocupando-se em ser chegar em Trinidade e Tobago. Mas, em uma conexão no aeroporto de Guarulhos,
compreendido pelo interlocutor e
usando a palavra com tom de voz seu destino mudou. Estava acompanhada apenas por Isaac, ainda na barriga,
audível, boa articulação e ritmo quando foi avisada de que, por suas condições, não poderia seguir viagem.
adequado.
O bebê nasceu em duas semanas e hoje é um brasileiro de quase 3 anos.
(EF35LP04) Inferir informações im-
plícitas nos textos lidos. Conheceu o pai há um ano. Também contador, ele conseguiu um emprego de
(EF35LP15) Opinar e defender pon- auxiliar administrativo aqui. “Estamos trabalhando duro para juntar dinheiro e
to de vista sobre tema polêmico re- trazer nossos três filhos que ainda estão lá.”
lacionado a situações vivenciadas
Disponíveis em: <www.meuamigorefugiado.com.br>. Acesso em: 24 jan. 2018.
na escola e/ou na comunidade, uti-
lizando registro formal e estrutura
adequada à argumentação, consi- contador: profissional que administra as “contas” de uma empresa, incluindo impostos, pagamento de
derando a situação comunicativa e salários e outras despesas e recebimentos em geral.
o tema/assunto do texto.
(EF35LP17) Buscar e selecionar, 1. Com um colega, faça uma pesquisa sobre a história e a atual situação social,
com o apoio do professor, informa-
ções de interesse sobre fenômenos política e econômica dos três países de origem das pessoas cujos perfis você leu.
sociais e naturais, em textos que Transcrevam, em seu caderno, o que descobriram e, com o auxílio do professor,
circulam em meios impressos ou
digitais. compartilhem com seus colegas suas descobertas. Não se esqueçam também de
dizer em que continente cada país se localiza e que língua(s) é(são) falada(s) lá.
2. Em grupo, e com a mediação de seu professor, discutam as possíveis motivações
que levaram José Alejandro, Anjila Fares e Temi Olusola a virem para o Brasil.
1. Professor, com a pesquisa os alunos vão poder se situar em relação ao contexto histórico, econômico, político e social dos países citados nos textos da seção Para
Ler. O objetivo é fazer que eles tenham informações a partir das quais possam formular hipóteses e inferências. Sugerimos que seja dado um tempo para fazer a
pesquisa e, depois, responder as questões propostas. Oriente-os a transcrever no caderno os pontos que acharem mais relevantes dos aspectos mencionados no
enunciado. Se achar mais adequado, apresente alguns materiais sobre esses países durante a aula.
2. Professor, faça a mediação desta discussão entre os alunos e oriente-os a embasar suas respostas na pesquisa feita anteriormente. As respostas são pessoais, mas
algumas possibilidades são: fuga de más condições de vida (fome, sede, falta de saneamento básico, educação), de epidemias, de guerra civil, de crise econômica,
de perseguições políticas etc. Sugerimos que você apresente informações sobre os intensos fluxos imigratórios de refugiados que vêm ocorrendo e que atingem,
principalmente, a Europa. Além disso, fale sobre os perigos enfrentados pelos refugiados nas zonas de travessia de um país para outro − acidentes com barcos,
áreas desérticas, zonas de guerra etc.
Anotações:
BNCC
Atividades 4 e 5:
(EF05LP22) Ler e compreender ver-
betes de dicionário, identificando a
estrutura, as informações gramati-
cais (significado de abreviaturas) e
as informações semânticas.
Anotações:
© UNHCR/Andrew McConnell
Disponível em: <http://www.acnur.org/portugues/noticias/noticia/refugiado-ou-migrante-o-
acnur-incentiva-a-usar-o-termo-correto.
Acesso em: 23 jan. 2018.
Interdisciplinaridade
A diferença entre imigrante e refugiado, mencionada no poderem ter acepções diferentes; mostre aos alunos que nem
início da unidade, é retomada neste capítulo, por meio de sempre o verbete do dicionário consegue englobar as diferen-
texto específico que aprofunda essa diferenciação. A partir do ças de efeito de sentido que palavras consideradas sinônimas
caso específico dos termos migrantes e refugiado, desenvolva podem evocar, daí não existirem sinônimos perfeitos.
com os alunos uma aula interdisciplinar com História, na qual Na conexão com o conteúdo de História, favoreça a habili-
os alunos reflitam sobre palavras do mesmo campo semântico dade (EF05HI06): Comparar o uso de diferentes linguagens e
tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados que permeia os discursos na linguagem, e que a variação de
sociais, políticos e culturais atribuídos a elas”, realizando uma sentidos, a polissemia ocorre por conta disso.
roda de conversa com a turma sobre como os sentidos são Para saber mais:
determinados historicamente e como língua e História se inter- CARTA CAPITAL, fevereiro de 2018. Entenda a diferença
-relacionam. Selecione outros termos correlatos, como fave- entre migrante, refugiado e requerente de asilo. Disponível em:
la-comunidade; lixeiro - coletor de lixo; mendigo - pessoa em <https://www.cartacapital.com.br/internacional/entenda-a-di-
situação de rua, e peça aos alunos para dizerem que sentidos ferenca-entre-migrante-refugiado-e-requerente-de-asilo-2601.
cada um deles evoca. Aproveite para explicar o papel ideológico html>. Acesso em: 4 jul. 2018.
Prática pedagógica
Ao mediar a seleção de fontes confiáveis, o professor pode exemplos de fakes com a informação correta acompanhando
discutir sobre a responsabilidade que temos com a disseminação a notícia. Na sala de informática, oriente os alunos a retextua-
de informações sem verificar procedência e confiabilidade da lizarem os cartazes produzidos, elaborando, em grupo, slides
fonte. Em roda de conversa, propor uma reflexão sobre a proli- de PowerPoint para exposição oral.
feração de fakes nas redes sociais. Peça aos alunos que relatem Para saber mais, acesse o Projeto dos alunos de Jornalismo
episódios em que receberam informações falsas pela internet ou e Direito contra a propagação das fake news em http://portal.
mesmo as disseminaram. Solicite que produzam cartazes com mackenzie.br/fakenews/ (acesso em 07 fev. 2018).
Reprodução
possibilidade de estudar fora, demonstrativos) que contribuem para a
continuidade do texto.
para sair daquela realidade.
(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto,
Fez Arquitetura e trabalhou no
FOTO DE LEON DIAB,
DISPONÍVEL EM: <HTTP:// recursos de referenciação (por substituição
Egito. De lá, foi para a Alemanha
MEUAMIGOREFUGIADO.COM. lexical ou por pronomes pessoais, pos-
BR/REFUGIADOS>. ACESSO
fazer um curso deEMDesign de
2 FEV 2018. sessivos e demonstrativos), vocabulário
apropriado ao gênero, recursos de coesão
Automóveis. Mas, ao voltar para pronominal (pronomes anafóricos) e arti-
o Egito, se deparou com outra culadores de relações de sentido (tempo,
realidade: o país não aceitava causa, oposição, conclusão, comparação),
com nível suficiente de informatividade.
mais receber palestinos e ele foi
(EF05LP27) Utilizar, ao produzir o texto,
mandado de volta para Gaza. recursos de coesão pronominal (pronomes
Depois de meses tentando, Leon Diab. anafóricos) e articuladores de relações de
conseguiu vir para São Paulo. sentido (tempo, causa, oposição, conclu-
são, comparação), com nível adequado de
“Ser refugiado não define quem eu sou. São só papéis. É um informatividade.
estágio pelo qual a pessoa foi obrigada a passar. Isso não faz
diferença no que ela é por dentro.”
c) Classe gramatical
f) Sinônimos
Anotações:
Dawidson França
na organização da exposição “Gente de todo
o mundo, Brasil de todos”, e alguns deles
servirão como apoio para a apresentação do
seminário. Combine um dia para os alunos
trazerem para a sala de aula os materiais
produzidos para o seminário ou acesse os
materiais que você tenha guardado na escola,
em pastas ou portfólios
Anotações:
SUGESTÃO DE LEITURA
Divulgação
TAN, Shaun. A árvore vermelha. Trad. Isa em situações formais de escuta de expo-
Mesquita. São Paulo: Edições SM, 2009. 32 p. sições, apresentações e palestras.
(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas
Quando passamos por mudanças difíceis, às escolares, em sala de aula, com apoio de
vezes não conseguimos explicar e traduzir em recursos multissemióticos (imagens, dia-
palavras nossos sentimentos. Parece que tudo é grama, tabelas etc.), orientando-se por
roteiro escrito, planejando o tempo de
estranho e nos causa tristeza.Mas este livro nos
fala e adequando a linguagem à situação
mostra que a esperança é sempre aquela que comunicativa.
nos ajuda a superar as dificuldades. (EF35LP15) Opinar e defender ponto de
vista sobre tema polêmico relacionado a
situações vivenciadas na escola e/ou na
comunidade, utilizando registro formal
CENTO E OITENTA E CINCO 185
e estrutura adequada à argumentação,
considerando a situação comunicativa e
o tema/assunto do texto.
Sugestão de leitura:
(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca
e/ou do cantinho de leitura da sala de
aula e/ou disponíveis em meios digitais
para leitura individual, justificando a es-
colha e compartilhando com os colegas
sua opinião, após a leitura.
(EF35LP21) Ler e compreender, de forma
autônoma, textos literários de diferentes
gêneros e extensões, inclusive aqueles
sem ilustrações, estabelecendo prefe-
rências por gêneros, temas, autores.
UNIDADE
PARA A TELA
Objetivos da unidade
A unidade aborda leitura e escrita dos gêneros resenha e sinopse de obra artístico-cultural,
vlog, roteiro de filme, visando possibilitar compreensão do conteúdo temático, forma composicional
e estilo dos gêneros multimodais e multimidiáticos relacionados; identificar e analisar aspectos
de intertextualidade, concordância verbal e de linguagem oral (marcadores conversacionais, ele-
mentos da entonação).
“4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável
em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo
contemporâneo”.
ADEMIR
LEIVINHA TEIA
– Estou dizendo que leva quinze mas não paga quinze. Paga só
catorze, faço um abatimento. Leva quinze e morre com catorze, uma
de graça, pelo certo, de ponta a ponta.
– Quero essas dez aí no papel.
Anotações:
MARINHO, João Carlos. O gênio do crime – Uma aventura da turma do Gordo. 1. ed. digital.
São Paulo: Global, 2014. s/p.
João Carlos Marinho nasceu no Rio de Janeiro, em 1935, e vive em São Paulo,
principal cenário das aventuras que escreveu. A primeira delas, publicada em 1969,
foi O gênio do crime, considerado por muitos um clássico da literatura infantil
brasileira. A turma do Gordo, que surgiu nesse livro, protagoniza outros 12 livros.
Um deles é Sangue fresco, pelo qual o autor recebeu o Prêmio Jabuti e o Grande
Prêmio da Crítica (APCA). Marinho escreveu ainda quatro livros para adultos.
Andre M. Chang/ARDUOPRESS/Alamy/Fotoarena
1598, onde se erguia uma pequena
capela. Em 1660, o Largo já tinha se
expandido e a Igreja Católica solicitou
a construção de um mosteiro. Ele
tem um calçadão para caminhadas,
bancos, jardins e um chafariz
projetado pelo arquiteto francês
Fourchon, em 1864. No centro do
Largo há o Mosteiro de São Bento,
que atrai visitantes pela história e
curiosidades. Circulam por lá cerca de
80 mil pessoas todos os dias. Abaixo
Mosteiro de Sao Bento, Largo Sao Bento,
do Largo há a estação de metrô São Sao Paulo, 2014
Bento, inaugurada em 1975.
(Disponível em: <http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/pontos-turisticos/largo-sao-bento/>.
Acesso em: 25 jan. 2018.)
Reprodução
Anotações:
3. Você considera correto comprar figurinhas de um cambista apenas para Espera-se que os alunos reflitam
que não é bom comprar coisas
completar um álbum facilmente? Discuta com seus colegas. de vendedores ilegais, pois eles
prejudicam as pessoas que vi-
vem comercializando produtos
4. Leia a notícia abaixo e responda: O que significa dizer que os paulistanos
honestamente.
estavam andando com “passo de zatopeque”?
Como Emil Zatopek foi um atleta considerado muito ágil, dizer que os
Bridgeman/Fotoarena
beira os 20 quilômetros por hora é
tarefa das mais difíceis. Fazer isso
depois de ter, em menos de dez
dias, disputado também as provas
de 5.000 e 10.000 metros é ainda
mais complicado. E que tal se tudo
isso vier acompanhado de três
medalhas de ouro olímpicas?
Esse foi o feito do tcheco
Emil Zatopek, que, nos Jogos de
Helsinque-52, se tornou o único
atleta a vencer essas três provas
em uma mesma edição olímpica.
Quatro anos antes, em Londres-48,
Zatopek já havia conquistado duas Emil Zatopek.
medalhas: ouro nos 10 mil metros
e prata nos 5 mil. Por isso, chegava com certo favoritismo à Finlândia. Mas
seus 30 anos e a dificuldade física natural para aguentar as três provas
colocava dúvidas sobre a real possibilidade da trinca.
Pelo feito que parecia impossível, o tcheco foi apelidado de
“locomotiva humana” e alçado ao patamar de um dos maiores nomes
do atletismo da história.
Zatopek morreu em 2000, aos 78 anos, vítima de um AVC. Depois de
sua morte, foi homenageado com a medalha Pierre de Coubertin pelo
conjunto de sua carreira.
Emil Zatopek: a “locomotiva humana que fez história nos jogos de Helsinque. Revista GQ (on-line),
5 jul. 2016. Disponível em: <http://gq.globo.com/GQ-no-podio/noticia/2016/07/emil-zatopek-locomotiva-
humana-que-fez-historia-nos-jogos-de-helsinque.html>. Acesso em: 26 jan. 2018.
Anotações:
Pessoa que ajuda o caminhoneiro a fazer carga e descarga. Professor, espera-se que os alunos
desenhem de acordo com as descrições
oferecidas. Destaque essa qualidade da
X Pessoa que é amiga, companheira, camarada. obra impressa: permitir que os leitores
criem, na imaginação, o cenário e as
personagens; que eles, de certa forma,
“reconstruam” a narrativa e dela se
Placa ou lâmina feita de material resistente; por exemplo, metal. apropriem.
Anotações:
FIQUE SABENDO
O gênio do crime nas telas
Divulgação
BNCC
9
(EF15LP16) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com
a ajuda do professor e, mais tarde,
de maneira autônoma, textos nar- [...]
rativos de maior porte como contos
(populares, de fadas, acumulativos,
– Peguei-te! – gritou o gordo e deu uma palmada na testa. –
de assombração etc.) e crônicas. Vamos seguir o cambista ao avesso.
(EF35LP21) Ler e compreender, de – Seguir ao avesso?
forma autônoma, textos literários
de diferentes gêneros e extensões, – O cambista chega no Largo de São Bento às duas horas, sai
inclusive aqueles sem ilustrações, às três e meia, e faz aquele sistema de despistamento para não ser
estabelecendo preferências por gê-
neros, temas, autores. seguido. Mas, para ir de sua casa ao Largo de São Bento, com certeza
vai direto. Despista quando vai, mas não quando vem.
– Explique melhor.
– Esperamos o cambista antes das duas horas no Largo de São
Bento, vemos ele chegar e marcamos o lugar de onde veio. No dia
seguinte um pouco mais cedo ficamos no lugar que apareceu na
véspera e marcamos o lugar de onde veio para chegar ali e assim
vamos fazendo, marcando os pontos de onde vem, e no fim damos
no lugar de onde partiu. Tá? Isto se chama seguir pelo avesso ao
revés ao contrário de trás para diante inversamente revirado...
– Chega! – disse Edmundo. – Parece que o gordo engoliu a pílula
do doutor Caramujo, passou de mudo a falante. Começo a entender,
mas vamos devagar, que senão me funde o cérebro. Até aí está
certo, mas me diga: e se o cambista entra em contato com a fábrica
clandestina depois que sai do Largo de São Bento? Não adiantava
segui-lo antes das duas.
– Adianta sim. Seguindo como falei, chegamos na casa do
cambista. Bom, então deixamos ele ir para a cidade e ficamos
esperando lá. De tardinha, na hora que ele voltar, marcamos o ponto
Anotações:
MARINHO, João Carlos. O gênio do crime – Uma aventura da turma do Gordo. 1. ed. digital.
São Paulo: Global, 2014. s/p.
3. O que significa dizer que essa é “a ideia mais bigue que vi até hoje”, como
fala Edmundo?
BNCC
Atividades 1 e 2:
(EF15LP03) Localizar informações explícitas
em textos.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de
intercâmbio oral com clareza, preocupan- 4. Por que os meninos afirmam que Bolacha engoliu a pílula do doutor
do-se em ser compreendido pelo interlo- Caramujo? Explique a referência feita pela turma.
cutor e usando a palavra com tom de voz
audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas
de professores e colegas, formulando per-
guntas pertinentes ao tema e solicitando
esclarecimentos sempre que necessário.
200 DUZENTOS
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de
vista sobre tema polêmico relacionado a
situações vivenciadas na escola e/ou na
comunidade, utilizando registro formal
e estrutura adequada à argumentação,
considerando a situação comunicativa e o Anotações:
tema/assunto do texto.
Atividades 3 e 4:
(EF35LP04) Inferir informações implícitas
nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de pala-
vras ou expressões desconhecidas em
textos, com base no contexto da frase
ou do texto.
200 DUZENTOS
PARA LER
TAVARES, Cristiane. Resenha do livro O gênio do crime (João Carlos Marinho). SuperLibris, SescTV, 12 abr. 2016.
Adaptado. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=wGzYCygRvAg>.
Acesso em 25 jan 2018.
DUZENTOS E UM 201
DUZENTOS E UM 201
1. Segundo Cristiane Tavares, o que faz O gênio do crime ser considerado
um clássico?
Para Cristiane, isso se deve a três elementos infalíveis: 1) apresentar uma turma
FIQUE SABENDO
A resenha é um texto que tem como objetivo fazer uma apreciação
de determinada obra artístico-cultural, seja ela um livro, um filme, uma
pintura etc. Nesse texto, o autor deve fazer um pequeno resumo da
obra, para, em seguida, avaliar sua qualidade, chegando à conclusão se a
recomenda ou não ao leitor.
3. E você? Já leu O gênio do crime? Se ainda não leu, ficou curioso sobre a
aventura depois de ler esses trechos, informações e a opinião que Cristiane
Tavares expressou em sua resenha? Justifique sua resposta.
Respostas pessoais.
Anotações:
– (nós) Esperamos o cambista antes das duas horas no Largo de São Bento.
1a pessoa do
plural
BNCC
Atividades 1 a 3: 1. De acordo com a terminação do verbo, identifique os pronomes sujeitos nas
(EF05LP06) Flexionar, adequadamente, frases a seguir:
na escrita e na oralidade, os verbos em
concordância com pronomes pessoais/ eles
nomes sujeitos da oração. a) Às duas da tarde estavam no
(EF05LP07) Identificar, em textos, o uso meio do Largo de São Bento vendo a
de conjunções e a relação que estabele-
cem entre partes do texto: adição, oposi- paulistanada cruzar rápido por ali naquele
ção, tempo, causa, condição, finalidade.
passo de zatopeque que paulista usa quando
anda devagar.
Ele/Ela
b) cruzou a rua, de passo firme, tirou
a lista do bolso e entregou.
Eu você
c) estou dizendo que leva
Você
quinze mas não paga quinze. paga
eu
só catorze, faço um abatimento.
Eu
d) começo a entender, mas vamos
devagar, que senão me funde o cérebro.
eu
e) – Adianta sim. Seguindo como falei,
Dawidson França
nós
chegamos na casa do cambista.
eles
f) Estava na hora de ir dormir e foram
saindo do quarto pé aqui pé ali para não pisar
nos terecos do gordo.
Anotações:
trajetos despistantes.
As expressões que funcionam como conjunções que dão ideia de tempo são
CONJUNÇÕES
As conjunções e as locuções conjuntivas são termos que têm a função de
ligar orações ou palavras. Por isso mesmo, muitas vezes também são chamadas
de conectivos. Cada tipo de conjunção estabelece um sentido entre as orações
ou palavras. Veja alguns sentidos possíveis:
Conjunções /
Exemplos
Locuções conjuntivas
Anotações:
não era um gênero que eu estava tão familiarizada, mas devia estar
na moda ou por alguma razão me atraiu.
PRODUÇÃO DE TEXTO
Dawidson França
editar vídeo para vlogs argumenta-
tivos sobre produtos de mídia para
público infantil (filmes, desenhos
animados, HQs, games etc.), com
base em conhecimentos sobre os
mesmos, de acordo com as con-
venções do gênero e considerando
a situação comunicativa e o tema/
FIQUE SABENDO
assunto/finalidade do texto. Vlog
Vlog é a abreviação de vídeo + blog. Como o nome sugere, trata-se
de fazer um blog no formato de vídeo. Como já sabemos, um blog pode
ser similar a um diário pessoal ou ainda abordar diferentes temáticas, como
moda, esportes, culinária, literatura, viagens, ciência etc. Da mesma maneira,
o vlogger (nome dado à pessoa que produz esse tipo de vídeo) pode tanto
falar de assuntos cotidianos de sua vida como criar um canal temático.
Prática pedagógica
Detenha-se nos elementos que compõem a estrutura do uma aula para que a turma visite os blogs dos colegas, e propo-
gênero vlog e peça aos alunos que contem o que sabem sobre nha que participem deles, escrevendo comentários e sugestões.
um blog. Pergunte se alguém tem um blog pessoal ou diário Para saber mais:
escrito e peça que indiquem as diferenças entre esses textos. SENRA, Marilene Lanci Borges; BATISTA, Helena Aparecida.
Na sala de informática, visitem alguns blogs e proponha que os Uso do blog como ferramenta pedagógica nas aulas de língua
alunos elaborem seus próprios diários digitais, com conteúdo portuguesa. Diálogo e interação, v. 5, 2011. Disponível em: <http://
pessoal ou com um tema específico de sua preferência. Reserve faccrei.edu.br/gc/anexos/diartigos69.pdf>. Acesso em: 17 jan. 2018.
Anotações:
Avaliação
Avaliem as resenhas, de acordo com os critérios abaixo:
1. A resenha permitiu a você conhecer o livro, sua narrativa, suas
Professor, exiba o seguinte vídeo para
os alunos: <https://www.youtube.com/ personagens e suas ilustrações, mesmo sem o ter lido?
watch?v=v09GplhEpR4> (acesso em: 04
jul. 2018). Tome cuidado para acessar 2. O autor da resenha recomenda a leitura para outros leitores e justifica o
diretamente o link sugerido e não saia do canal motivo pelo qual considera o livro especial?
recomendado, evitando exibir conteúdos
impróprios. Analise com os alunos a postura 3. A partir da resenha, você ficou com vontade de ler o livro?
e a linguagem da vlogger, que se aproxima de
uma conversa mais informal, diferentemente
da resenha escrita. Uma das vantagens do VLOG
vlog literário em relação à resenha escrita é
que ele permite mostrar diretamente para o Agora que já temos as resenhas escritas, que tal transformá-las também
leitor o livro recomendado. em um vlog? Para conhecer melhor como funciona um vlog de resenhas
literárias, assista ao vídeo que seu professor irá exibir e responda às questões
a seguir.
Reprodução
BNCC
(EF15LP08) Utilizar software, inclusive
programas de edição de texto, para
editar e publicar os textos produzidos,
explorando os recursos multissemióti-
cos disponíveis.
Vlog:
Atividades 1 a 5:
(EF15LP03) Localizar informações
explícitas em textos.
(EF15LP13) Identificar finalidades da
interação oral em diferentes contex-
tos comunicativos (solicitar informa-
ções, apresentar opiniões, informar,
relatar experiências etc.).
(EF05LP13) Assistir, em vídeo digital, a
postagem de vlog infantil de críticas de
brinquedos e livros de literatura infan-
til e, a partir dele, planejar e produzir Gabriela Gil, vlogger do canal Lagarta Listrada. Vídeo, 2016.
resenhas digitais em áudio ou vídeo.
(EF05LP14) Identificar e reproduzir, 210 DUZENTOS E DEZ
em textos de resenha crítica de brin-
quedos ou livros de literatura infantil,
a formatação própria desses textos
(apresentação e avaliação do produto).
(EF05LP19) Argumentar oralmente Interdisciplinaridade
sobre acontecimentos de interesse
social, com base em conhecimentos Retome o gênero podcast e estimule os alunos a gravarem áudios com sugestões de leitura
sobre fatos divulgados em TV, rádio, para os colegas. Enriqueça a aula, relacionando-a com Arte e tecnologia: peça aos alunos
mídia impressa e digital, respeitando que produzam gifs, que são conteúdos de imagem em movimento, a partir de fotografias
pontos de vista diferentes. que tenham relação com o tema da obra sugerida, para serem postados juntamente com os
(EF05LP16) Comparar informações podcasts. Esta atividade permite desenvolver a habilidade “(EF15AR26) Explorar diferentes
sobre um mesmo fato veiculadas em tecnologias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio
diferentes mídias e concluir sobre qual
é mais confiável e por quê.
e vídeo, fotografia, softwares etc.) nos processos de criação artística”.
BNCC
Para saber mais:
(EF15LP08) Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos
MACHADO, Mércia Freire Rocha produzidos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.
Cordeiro. O uso dos recursos didáti-
(EF05LP19) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social, com base em conhecimentos
co-tecnológicos como potencializado- sobre fatos divulgados em TV, rádio, mídia impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes.
res ao processo de ensino e aprendi- (EF05LP20) Analisar a validade e força de argumentos em argumentações sobre produtos de mídia
zagem. Educere, s/d. Disponível em: para público infantil (filmes, desenhos animados, HQs, games etc.), com base em conhecimentos sobre
<http://educere.bruc.com.br/arquivo/ os mesmos.
pdf2017/24989_14142.pdf>. Acesso (EF05LP21) Analisar o padrão entonacional, a expressão facial e corporal e as escolhas de variedade e
em: 9 fev. 2018. registro linguísticos de vloggers de vlogs opinativos ou argumentativos.
BNCC
SUGESTÕES DE LEITURA
Circulação e avaliação:
Divulgação
(EF15LP08) Utilizar software, inclu- ROALD, Dahl. Matilda. Trad. Cecília Camargo Bartalotti.
sive programas de edição de texto,
4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010. 264 p.
para editar e publicar os textos pro-
duzidos, explorando os recursos mul- Matilda é uma menina especial, que passa horas na
tissemióticos disponíveis. biblioteca, se divertindo e aprendendo muito ao ler
(EF15LP09) Expressar-se em situa- um livro atrás do outro. Mas seus pais, a diretora do
ções de intercâmbio oral com clareza,
preocupando-se em ser compreen-
colégio e alguns colegas acham muito estranho ela
dido pelo interlocutor e usando a gostar tanto de ler. Será que é tão estranho assim?
palavra com tom de voz audível, boa
articulação e ritmo adequado.
(EF15LP10) Escutar, com atenção,
Divulgação
falas de professores e colegas, for- BURNETT, Frances Hodgson. Trad. Marcos Maffei.
mulando perguntas pertinentes ao
tema e solicitando esclarecimentos
O jardim secreto. 4. ed. São Paulo: Editora 34, 2013. 272 p.
sempre que necessário. Mary, ao ficar órfã, tem de ir viver em um casarão triste
(EF35LP02) Selecionar livros da bi- na Inglaterra com o tio. Lá, com Dickon, um menino que
blioteca e/ou do cantinho de leitura conversa com plantas e animais, e Colin, um pequeno
da sala de aula e/ou disponíveis em
meios digitais para leitura individual,
lorde doente, a menina vive uma aventura inesquecível
justificando a escolha e comparti- no jardim secreto.
lhando com os colegas sua opinião,
após a leitura.
(EF35LP21) Ler e compreender, de
forma autônoma, textos literários
de diferentes gêneros e extensões, 212 DUZENTOS E DOZE
inclusive aqueles sem ilustrações,
estabelecendo preferências por gê-
neros, temas, autores.
Anotações:
MÁRIO
Em busca de tesouros?
FELIPE BNCC
Em busca de uma arca perdida! (EF35LP21) Ler e compreender, de
forma autônoma, textos literários
de diferentes gêneros e extensões,
inclusive aqueles sem ilustrações,
DUZENTOS E TREZE 213 estabelecendo preferências por gê-
neros, temas, autores.
(EF35LP24) Identificar funções do
texto dramático (escrito para ser en-
cenado) e sua organização por meio
de diálogos entre personagens e
marcadores das falas das persona-
gens e de cena.
MÁRIO (CONT.)
Agora sim!
16 MAPA – ANIMAÇÃO
Uma linha é traçada num mapa ligando o Brasil ao
Egito, numa referência aos filmes de Indiana Jones.
Ao invés de um avião, é um armário que percorre a
trajetória.
PROFESSOR ASIM
A senhora não vai se arrepender. 65 libras muito
bem investidas nessa tapeçaria. A entrega será
feita nos próximos 3 dias. Ma’a s-salamah!
TEL
Onde a gente tá?
FELIPE
A gente chegou no Egito?
MÁRIO
SabaH al-xeir meu amigo! Nós fizemos uma longa
viagem do Brasil até aqui.
PROFESSOR ASIM
Nesse armário? Impressionante!
MÁRIO
De fato é um objeto único.
TEL
Oi!? Desculpa interromper, mas qual é o seu nome?
PROFESSOR ASIM
Lamo’axza, me desculpe. Meu nome é professor Asim.
Anotações:
TEL
Tel.
MÁRIO
Muito prazer, meu nome é Mário. Obrigado por
nos receber.
FELIPE
E desculpa aí a invasão.
PROFESSOR ASIM
Imagina, imagina. Ahlanwasahlan, sejam bem-vindos
à minha humilde loja.
TEL
Você tem umas coisas bem bacanas por aqui.
É tudo do Egito Antigo?
PROFESSOR ASIM
Não, não. Isso aí não tem mais que cinquenta anos.
FELIPE
Acho que você pode nos ajudar. A gente tá
procurando um tesouro.
PROFESSOR ASIM
Tesouro? Que tipo de tesouro?
MÁRIO
(para Tel)
Onde nós estamos?
TEL
(para Mário)
No Egito. Não lembra não?
Anotações:
PROFESSOR ASIM
Por que no Egito?
FELIPE
Minha professora uma vez disse que o Egito guarda
a história da humanidade. Meu avô faz parte da
humanidade, então o Egito deve guardar a história
do meu avô. E se a história dele tá aqui, a
memória também tá.
PROFESSOR ASIM
Hum. Eu acho que eu sei como te ajudar, menino!
Caroline Fioratti é uma cineasta brasileira. Graduada em Cinema pela FAAP, trabalhou
na Gullane Filmes, integrando o Núcleo de Dramaturgia. Estreou na direção com o
curta-metragem Formigas, cujo roteiro ganhou o Prêmio Estímulo de Curta-Metragem
2007. Atualmente, desenvolve roteiros para cinema e TV com o diretor Carlos Cortez e
dirige a web série Botolovers, copatrocinada pela Prefeitura do Município de São Paulo,
produção conjunta da Aurora Filmes e da Imagens do Brasil.
SINOPSE
A Grande Viagem conta a história de Lipe, um menino de 10 anos, e
de Vovô Mário, ex-vendedor de porta-em-porta de guias de viagem.
Mário está começando a apresentar sintomas do Mal de Alzheimer.
A aventura deles começa quando Lipe resolve ajudar o avô a
encontrar sua“memória perdida”. Junto com Stella, a Tel, sua melhor
amiga, eles descobrem que o armário do avô é um portal mágico
pelo qual podem viajar pelo mundo, até mesmo através do tempo,
passando por diferentes países e épocas em busca de um grande
tesouro: as lembranças de Vovô Mário.
Lipe, Tel e Vovô são os pilotos dessa jornada que a cada episódio
os leva para um país diferente: percorrendo desde o velho oeste
americano até o Japão feudal dos samurais, desvendando os mistérios
de uma tumba egípcia e do castelo assombrado do Conde Drácula,
vivendo amores em Paris e despedidas na Itália. Memória, perda e
sonho estão presentes em cada episódio dessa fábula moderna.
Anotações:
4. Por que você acredita que a série faz referência à personagem Indiana
Jones? Que elemento faz Felipe ficar parecido com ela?
O episódio da série descreve uma viagem ao Egito, fazendo com que as
BNCC
Divulgação
Atividades 5 a 7:
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus conhe-
cimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo te-
mático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e du-
rante a leitura de textos, checando a
adequação das hipóteses realizadas.
Elenco principal do Episódio 1: Os caçadores da memória perdida.
(EF15LP04) Identificar o efeito de
sentido produzido pelo uso de re- Imagem retirada do trailer de A Grande Viagem, Haikai Filmes. Vídeo, 2017.
cursos expressivos gráfico-visuais em
textos multissemióticos. Espera-se que os alunos relacionem facilmente quem são Felipe e Tel
(EF35LP26) Ler e compreender,
com certa autonomia, narrativas e também o Vovô, pela idade (senhor de chapéu e baú na mão).
ficcionais que apresentem cenários
e personagens, observando os ele-
Por consequência, o professor Asim deve ser identificado como o homem
mentos da estrutura narrativa: en-
redo, tempo, espaço, personagens,
narrador e a construção do discurso de barba, vestido com roupas azuis e douradas e turbante, o que remete a
indireto e discurso direto.
elementos de um povo distinto do brasileiro, no caso do episódio em
estudo, os egípcios.
Anotações:
Divulgação
1
Divulgação
2
nas duas imagens, os alunos podem descrever que os móveis são antigos
BNCC
Atividades 8 e 9:
(EF35LP15) Opinar e defender ponto
de vista sobre tema polêmico relacio-
nado a situações vivenciadas na es-
cola e/ou na comunidade, utilizando
registro formal e estrutura adequa-
da à argumentação, considerando
a situação comunicativa e o tema/
assunto do texto.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas
em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus conhe- Imagem retirada do trailer de A Grande Viagem – Episódio 1: Os caçadores da
cimentos prévios sobre as condições memória perdida, TV Brasil. Vídeo, 2017.
de produção e recepção desse texto,
o gênero, o suporte e o universo te-
mático, bem como sobre saliências Pela cara de espanto do Professor Asim, os alunos devem relacionar
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefá-
cio etc.), confirmando antecipações
que se trata do momento em que os três chegam ao armário na
e inferências realizadas antes e du-
rante a leitura de textos, checando a loja de Asim.
adequação das hipóteses realizadas.
Anotações:
18 INT. LOJA DE RELÍQUIAS NO EGITO - MOMENTOS DEPOIS Professor, oriente os alunos a realizar
uma leitura silenciosa e depois
Vovô Mário, Felipe e Tel tomam shai num copo muito organize uma leitura dramatizada
bonito, específico para a bebida. com eles, de forma que possam
reproduzir as falas dos personagens
Professor Asim entra trazendo um pergaminho como nas rubricas.
de papiro.
PROFESSOR ASIM
Hoje é o seu dia de sorte, garoto. O armário de
vocês pousou no lugar certo, pois além de um
vendedor de relíquias, eu, professor Asim, sou um BNCC
dos mais conhecidos colecionadores do Cairo. Venham (EF35LP21) Ler e compreender, de
ver esse mapa. Tem mais de 4 mil anos. forma autônoma, textos literários
de diferentes gêneros e extensões,
TEL inclusive aqueles sem ilustrações,
4 mil anos! Ué? Mas você não falou que tudo aqui estabelecendo preferências por gê-
neros, temas, autores.
tinha no máximo cinquenta?
(EF35LP24) Identificar funções do
PROFESSOR ASIM texto dramático (escrito para ser
encenado) e sua organização por
Como eu ia saber que você não era uma meio de diálogos entre personagens
pequena espiã? Mapas como esse, em papiro, são e marcadores das falas das persona-
verdadeiras fortunas. gens e de cena.
Anotações:
Divulgação
-se em ser compreendido pelo interlocutor e
usando a palavra com tom de voz audível, boa
articulação e ritmo adequado.
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de
professores e colegas, formulando perguntas
pertinentes ao tema e solicitando esclareci-
mentos sempre que necessário.
(EF15LP11) Reconhecer características da con-
versação espontânea presencial, respeitando
os turnos de fala, selecionando e utilizando,
durante a conversação, formas de tratamen-
to adequadas, de acordo com a situação e a
posição do interlocutor.
Imagem retirada do trailer de A Grande Viagem, Haikai Filmes. Vídeo, 2017. (EF35LP04) Inferir informações implícitas nos
textos lidos.
É possível dizer que Vovô e Felipe estão na tumba, pois estão em um lugar (EF35LP18) Escutar, com atenção, apresen-
tações de trabalhos realizadas por colegas,
escuro, que deve ser iluminado com um lampião. Além disso, há uma formulando perguntas pertinentes ao tema
e solicitando esclarecimentos sempre que
parede com tijolos antigos ao fundo e uma parede cheia de desenhos que necessário.
restante do texto.
Anotações:
3. Leia novamente:
de uma personagem.
amontoados. Além disso, podemos saber que não são objetos comuns,
BNCC FELIPE
Atividade 4:
(sussurrando somente para Asim)
(EF35LP04) Inferir informações im-
plícitas nos textos lidos. Você acha que a memória do meu avô está guardada
numa tumba?
Anotações:
COSME
Ô esse menino! Sempre apressado!
Anotações:
Divulgação
BNCC
Atividades 5 a 7:
(EF15LP03) Localizar informações
explícitas em textos.
(EF35LP24) Identificar funções do
Imagem retirada do trailer de A Grande Viagem, Haikai Filmes. Vídeo, 2017. texto dramático (escrito para ser en-
cenado) e sua organização por meio
de diálogos entre personagens e
marcadores das falas das persona-
X MÁRIO gens e de cena.
MÁRIO
SabaH al-xeir meu amigo! Nós fizemos uma longa
viagem do Brasil até aqui.
16 MAPA – ANIMAÇÃO
Uma linha é traçada num mapa ligando o Brasil
ao Egito, numa referência aos filmes de Indiana
Jones. Ao invés de um avião, é um armário que
percorre a trajetória.
BNCC
Atividades 8 a 10:
(EF35LP24) Identificar funções do A cena 16 não indica cenas a serem interpretadas pelos atores, mas sim
texto dramático (escrito para ser
encenado) e sua organização por um recurso audiovisual que deve ser inserido em meio às outras cenas.
meio de diálogos entre personagens
e marcadores das falas das persona- Nesse sentido, o texto de ação não guia os atores, mas serve como roteiro
gens e de cena.
(EF35LP05) Inferir o sentido de pa- para a animação que deverá ser elaborada.
lavras ou expressões desconhecidas
em textos, com base no contexto da
frase ou do texto. 10. Você acha que o recurso inserido na cena 16 contribui para contar essa
parte da história de uma forma interessante? Se sim, explique sua resposta.
Resposta pessoal. O objetivo da atividade é sensibilizar os alunos para a função
estética dos efeitos especiais e de outras técnicas (no caso, a inserção de uma
animação no meio de um filme). A animação ilustra para o telespectador o
percurso da viagem, o que pode ser mais atrativo do que apenas se passar da
cena 15 para a 17, sem nenhuma ligação ou haver apenas a voz do narrador
dizendo algo como “Depois de algum tempo, eles chegam ao Egito”. Discuta
com os alunos outros recursos narrativos possíveis numa obra cinematográfica.
232 DUZENTOS E TRINTA E DOIS
Interdisciplinaridade
Problematize questões relacionadas a estereótipos e pre- sugestões de formas não preconceituosas de composição.
conceitos culturais e étnicos que podem ocorrer nas carac- Esta atividade remete ao objeto de conhecimento “Cidadania,
terizações de sotaque, vestimentas, comportamentos dos diversidade cultural e respeito às diferenças sociais, culturais
personagens em atividade interdisciplinar com História, orga- e históricas”, previsto em História, e permite desenvolver a
nizando uma roda de conversa sobre estereótipos e precon- habilidade (EF05HI04) Associar a noção de cidadania com
ceitos retratados em personagens de filmes ou programas de os princípios de respeito à diversidade, à pluralidade e aos
TV. Peça aos alunos uma lista dos problemas percebidos, com direitos humanos.
EM GRUPO
Todo roteiro serve para ser filmado. Que tal encenarmos as cenas 15, 17 e Professor, você será o diretor do filme
18 de A Grande Viagem? Para isso, dividam-se em grupos, de acordo com as e, portanto, ficará responsável por
comandar todas as equipes. Ajude
sugestões a seguir. Seu professor será o diretor do filme. os alunos a buscarem e produzirem
os materiais necessários, auxilie-os
com o manuseio de equipamentos
PLANEJAMENTO técnicos, como celulares para as
filmagens e edição de vídeo no
Figurinistas computador. Para tornar a atividade
mais lúdica, cada integrante das
Serão responsáveis por reunir e criar figurinos para os atores. Itens que não equipes pode ganhar um crachá com
seu nome e sua função. Por exemplo:
podem faltar: Joana, figurinista.
1. Roupa egípcia do Professor Asim. Dica: utilizem panos bem coloridos e
enfeitem com lantejoulas, purpurina e outros materiais.
2. Roupa e chapéu de Indiana Jones para o Felipe. Dica: escolham
roupas em tom marrom ou bege. O chapéu pode ser feito de papel
ou material reciclável. BNCC
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda
Cenógrafos do professor, o texto que será pro-
duzido, considerando a situação co-
Serão responsáveis pela criação dos cenários. municativa, os interlocutores (quem
escreve/para quem escreve); a fina-
1. Quarto do Vovô: reúnam objetos antigos ou que pareçam antigos, livros lidade ou o propósito (escrever para
quê); a circulação (onde o texto vai
(para serem os guias de viagem) e produzam o armário com cartolinas circular); o suporte (qual é o porta-
na cor marrom. Dica: caso a sala tenha um armário, ele pode ser dor do texto); a linguagem, organi-
decorado para que pareça o armário do Vovô. zação e forma do texto e seu tema,
pesquisando em meios impressos
2. Loja egípcia: reúnam ou produzam diversos objetos que pareçam ou digitais, sempre que for preciso,
informações necessárias à produção
relíquias antigas, como vasos e baús. Dica: os objetos podem ser do texto, organizando em tópicos os
feitos com material reciclável e decorados com papel laminado, dados e as fontes pesquisadas.
lantejoulas e purpurina.
Cinegrafistas
Serão responsáveis pela filmagem.
Dica: verifiquem se alguém possui uma câmera filmadora. Caso contrário,
utilizem câmeras de celular. Algumas dicas de filmagem:
Anotações:
BNCC
Ensaios
(EF15LP08) Utilizar software, inclu-
sive programas de edição de texto, Enquanto os cenários vão sendo produzidos e os equipamentos
para editar e publicar os textos
produzidos, explorando os recursos providenciados, promova ensaios com os atores. Além da memorização
multissemióticos disponíveis. das falas, é importante que eles “ajam” como as personagens. Uma parte
da classe pode ajudar nos ensaios, ouvindo as tentativas e dando dicas de
como os atores podem melhorar.
Prática pedagógica
Explore com os alunos a importância do trabalho de equipe numa produção cinematográfica,
enfatizando a importância de todos os profissionais envolvidos, inclusive aqueles que estão por
trás das câmeras ou nas atividades de infraestrutura, como motoristas de elenco. Oriente os
alunos a analisaremos créditos de alguns filmes e listem todos os citados. Em roda de conversa,
indague o que perceberam, como as diferenças entre os créditos de uma produção e outra. Per-
gunte se algum profissional é omitido nos créditos de alguma obra e estimule-os a refletir sobre
Circulação
Professor, escolha qual tipo de
Gravem o filme produzido e distribuam para pais e colegas assistirem. Se mídia é melhor para ser veiculada,
desejarem, ele também pode ser colocado em um canal de vídeos na internet seja em DVD ou exibição em canal
ou exibido em alguma sessão de cinema na escola. de vídeos. Caso escolham colocar o
vídeo em um canal como YouTube,
Ah, uma boa pipoca pode animar a exibição! atentem para deixar o canal privado
ou com acesso restrito, somente
para pessoas autorizadas e que
possuam o link, evitando que os
alunos sejam expostos na rede sem
autorização dos pais.
SUGESTÕES DE LEITURA
Divulgação
DONKIN, Andrew. William Shakespeare e seus
atos dramáticos. Trad. Eduardo Brandão. São
Paulo: Cia. das Letras, 2006. 176 p.
William Shakespeare é um dos maiores
dramaturgos de todos os tempos. Foi ele o autor BNCC
de Romeu e Julieta, Hamlet, Muito barulho por Sugestão de Leitura:
nada, entre muitas outras peças, muitas das quais (EF35LP02) Selecionar livros da bi-
se tornaram filmes. Neste livro, você vai ficar blioteca e/ou do cantinho de leitura
da sala de aula e/ou disponíveis em
sabendo como Shakespeare vivia e pensava. meios digitais para leitura individual,
justificando a escolha e comparti-
lhando com os colegas sua opinião,
Divulgação
os fatores que estão envolvidos nisso, como valores e mercado de consumo na circulação das
obras artístico-visuais, e peça que elaborem os créditos dos vlogs produzidos em aulas anteriores.
Para saber mais:
MUNDO ESTRANHO. O que significam as siglas nos créditos de um filme? Disponível
em: <https://mundoestranho.abril.com.br/cinema-e-tv/o-que-significam-as-siglas-nos-creditos-
-de-um-filme/>. Acesso em: 10 fev. 2018.
Menino Maluquinho – O filme. Produção de Tarcísio Vidigal. Belo Horizonte: Quimera Filmes, 1995. Capa do DVD.
Divulgação
do filme é parecido com o da ilustração que em relação ao texto que vai ler (pres-
suposições antecipadoras dos senti-
Ziraldo, o autor do livro que deu origem a esse dos, da forma e da função social do
longa-metragem, fez da personagem? Compare texto), apoiando-se em seus conhe-
as duas capas e comente. cimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto,
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos o gênero, o suporte e o universo te-
mático, bem como sobre saliências
comentem as diferenças e semelhanças entre a textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefá-
personagem ilustrada para o livro de Ziraldo e cio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e du-
rante a leitura de textos, checando a
a personagem do filme. Podem ser destacados
adequação das hipóteses realizadas.
(EF15LP04) Identificar o efeito de
como características semelhantes a panela na ZIRALDO. O Menino
sentido produzido pelo uso de re-
Maluquinho. 92. ed. São
cursos expressivos gráfico-visuais em
cabeça e o casaco azul. Paulo: Melhoramentos,
textos multissemióticos.
2008. Capa do livro.
(EF35LP04) Inferir informações implí-
citas nos textos lidos.
Item 3 : O que significa esse selo?
Significa o tipo de produto: um DVD de um vídeo.
Anotações:
FIQUE SABENDO
Capas e contracapas de DVDs e Blu-rays
Veja como são compostas geralmente as capas e contracapas de DVDs
e Blu-rays.
• Capa:
– título do filme;
– nomes dos atores principais (opcionais);
– selo da distribuidora do filme;
– imagem que o representa;
– chamadas (opcionais) que lançam alguma informação ou pergunta
para o espectador, deixando-o com vontade de assistir ao filme.
• Contracapa:
– sinopse – pequeno resumo que tem como objetivo apresentar o
filme ao espectador, sem contar seu final;
– informações técnicas – tempo de duração do filme, língua dos
áudios e legendas, formato de tela, presença de menus interativos
e cenas extras etc.
– créditos – atores e outros profissionais que participaram da
produção e idealização do filme (direção, figurino, cenário,
coreografia, música, efeitos especiais etc.);
– classificação indicativa – faixa etária indicada para assistir
ao filme;
– cenas dos filmes e outras imagens (opcionais).
Divulgação
1
7 8
2
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11
12
5
4 6
Coraline e o mundo secreto. Produção de Bill Mechanic e Henry Selick. Barueri, SP:
Universal Pictures no Brasil, 2009. Capa do DVD.
Item 1 :
Professor, organize a pesquisa dos a) O que aparece logo no alto da capa?
alunos na internet, sempre sob sua Aparece a informação de que o diretor do filme é o mesmo de O
supervisão.
O estranho mundo de Jack (1993) é estranho mundo de Jack.
um filme produzido por Tim Burton
e dirigido por Henry Selick, mesmo
diretor de Coraline e o mundo se-
creto. Nessa animação, Jack é um
ser fantástico que habita a Cidade b) O que é O estranho mundo de Jack? Pesquise e comente com
do Halloween e decide atravessar o
portal do Natal.
seus colegas.
Anotações:
d) Por que é importante marcar que os dois filmes foram dirigidos pela
mesma pessoa?
Quando um filme é bem recebido pelo público e pela crítica, muitas vezes BNCC
Itens 1 e 2:
credita-se que o sucesso seja devido ao diretor, portanto, mencionar que
(EF15LP03) Localizar informações
explícitas em textos.
outra obra foi dirigida pela mesma pessoa incentiva o público a assisti-la.
(EF15LP09) Expressar-se em situa-
ções de intercâmbio oral com clareza,
preocupando-se em ser compreen-
dido pelo interlocutor e usando a
palavra com tom de voz audível, boa
articulação e ritmo adequado.
Item 2 : Qual é o título do filme?
(EF35LP04) Inferir informações implí-
O nome do filme é Coraline e o mundo secreto. citas nos textos lidos.
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com
o apoio do professor, informações de
interesse sobre fenômenos sociais e
naturais, em textos que circulam em
meios impressos ou digitais.
apresenta título (2), imagem de capa (3), selo indicativo do tipo de produto
– DVD vídeo (4), distribuidora (6); na quarta capa também aparecem sinopse
(7), cenas do filme (9), créditos (10), classificação indicativa (11) e informações
técnicas (12). Como diferenças, temos as duas chamadas na capa (itens 1 e 5),
que têm como objetivo contextualizar a obra e quem a produziu. Além disso,
Divulgação
Espera-se que os alunos comentem suas expectativas de do livro Coraline e compare-a com
assistir Coraline e o mundo secreto ou sua indiferença a da capa do DVD. Converse com
quanto ao filme. Recomendamos que o filme não seja
exibido até que se termine a leitura da resenha.
o professor e os colegas sobre
semelhanças e diferenças.
BNCC
Itens 3, 5 a 7:
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em GAIMAN, Neil. Coraline. Trad. Regina de
relação ao texto que vai ler (pressuposi- Barros Carvalho. Rio de Janeiro: Rocco,
ções antecipadoras dos sentidos, da forma 2003. Capa do livro.
e da função social do texto), apoiando-se
em seus conhecimentos prévios sobre as
condições de produção e recepção desse Item 5 : Qual é a finalidade da frase: “Uma aventura tão estranha que
texto, o gênero, o suporte e o universo é impossível descrevê-la”?
temático, bem como sobre saliências tex- Essa frase tem como objetivo ser uma chamada para o filme e atiçar a
tuais, recursos gráficos, imagens, dados
da própria obra (índice, prefácio etc.),
confirmando antecipações e inferências curiosidade do espectador.
realizadas antes e durante a leitura de
textos, checando a adequação das hipó-
teses realizadas. Item 6 : A distribuidora desse filme é a mesma de Menino Maluquinho –
(EF15LP03) Localizar informações explíci- O filme?
tas em textos. Não.
(EF15LP09) Expressar-se em situações de
intercâmbio oral com clareza, preocupan-
do-se em ser compreendido pelo interlo- Item 7 : Leia a sinopse e comente com seus colegas se você ficou com
cutor e usando a palavra com tom de voz vontade de assistir ao filme. Resposta pessoal.
audível, boa articulação e ritmo adequado.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras
242 DUZENTOS E QUARENTA E DOIS
ou expressões desconhecidas em textos,
com base no contexto da frase ou do texto.
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de
vista sobre tema polêmico relacionado a
situações vivenciadas na escola e/ou na
Anotações:
comunidade, utilizando registro formal
e estrutura adequada à argumentação,
considerando a situação comunicativa e
o tema/assunto do texto.
(EF05LP19) Argumentar oralmente sobre
acontecimentos de interesse social, com
base em conhecimentos sobre fatos divul-
gados em TV, rádio, mídia impressa e digi-
tal, respeitando pontos de vista diferentes.
PARA LER
13
Divulgação
Agora, observe um cartaz do 14
filme Coraline e o mundo secreto.
A numeração dos itens aqui dá 15
continuidade à dos itens da capa
e da quarta capa do DVD.
16
que aparecem no cenário. Isso faz com que agora o espectador possa
Anotações:
Anotações:
BORGO, Érico. Coraline e o mundo secreto. Omelete, UOL, 2 fev. 2009. Disponível em:
<https://omelete.uol.com.br/filmes/noticia/coraline-e-o-mundo-secreto/>. Acesso em: 5 jan. 2018. [Adaptado.]
FIQUE SABENDO
Tim Burton (1958-)
Famoso cineasta norte-americano, conhecido por seu estilo próprio
na direção de arte dos filmes, Burton já dirigiu filmes como Alice no
País das Maravilhas (2010), A fantástica fábrica de chocolate (2005), A
noiva cadáver (2004), Edward mãos de tesoura (1990) e Beetlejuice – Os
fantasmas se divertem (1988).
recomenda que o leitor assista ao filme, afirmando que “é um filme para ver,
rever e adorar”.
Anotações:
NOSSA LÍNGUA
Divulgaçãoa
BNCC
Atividade 1:
(EF15LP04) Identificar o efeito de sen-
tido produzido pelo uso de recursos
expressivos gráfico-visuais em textos
multissemióticos.
Divulgação
(EF15LP04) Identificar o efeito de sen-
tido produzido pelo uso de recursos
expressivos gráfico-visuais em textos
multissemióticos.
(EF35LP04) Inferir informações implí-
citas nos textos lidos.
(EF35LP05) Inferir o sentido de pala-
vras ou expressões desconhecidas em
textos, com base no contexto da frase Segundo a resenha, Coraline “acaba encontrando um mágico universo alternativo,
ou do texto.
onde existem amorosas versões de seus pais com botões no lugar dos olhos”.
Assim, o botão do título faz referência aos botões nos olhos das personagens.
Divulgação
para a expressão facial de Coraline na imagem da
quarta capa.
Coraline pode estar espantada/admirada por ter
Anotações:
Divulgação
Divulgação
Coraline e o mundo secreto. A noiva cadáver. Produção de Tim O estranho mundo de Jack.
Produção de Bill Mechanic e Henry Burton. Rio de Janeiro: Produção de Skellington
Selick. Barueri, SP: Universal Pictures Warner Bros. Pictures BR, 2005. Productions. São Paulo: Walt Disney
no Brasil, 2009. Capa do DVD. Capa do DVD. Pictures/Buena Vista International, As três capas utilizam, predominan-
1993. Capa do DVD. temente, tons sombrios, como preto,
azul-escuro e roxo, ambientando as
a) O que elas têm em comum, em relação ao uso de cores e imagens? personagens em cenário noturno,
que apresenta a lua como destaque.
Em todas, há elementos visuais típi-
cos de terror e mistério, como gato
preto, casa mal-assombrada, árvore
seca e retorcida, fantasma e abóbora
(que remetem ao Halloween, a festa
do Dia das Bruxas, muito comemo-
rada em países de língua inglesa,
principalmente nos Estados Unidos).
Para contrapor as cores escuras de
fundo, os cartazes de Coraline e de
O estranho mundo de Jack utilizam
b) O que elas têm em comum, em relação à escolha da fonte do texto? cores claras, como amarelo e laranja,
As três capas não utilizam fontes de texto comuns. As letras são irregulares, para destacar o título do filme.
estranho e cadáver.
Divulgaçãoa
de um dos contos mais engraçados de
todos os tempos. Toda a sua família
vai se enrolar na diversão, emoção e
aventura deste filme mágico. Quando o
criminoso mais procurado – e charmoso
– do reino, Flynn Rider, se esconde em
uma misteriosa torre, a última coisa que
ele espera é encontrar Rapunzel, uma
garota espirituosa com um superpoder
BNCC
incomum: 21 metros de cabelo dourado
Atividade 5: e mágico! Juntos, o casal parte em
(EF05LP14) Identificar e reprodu- uma fantástica jornada recheada de
Enrolados. Produção de Roni Conli/
zir, em textos de resenha crítica de heróis surpreendentes, muita risada e Walt Disney Animation Studios. São
brinquedos ou livros de literatura in- expectativa. Solte os cabelos e prepare-se Paulo: Walt Disney Pictures/Buena Vista
fantil, a formatação própria desses International, 2010. Cartaz de divulgação.
textos (apresentação e avaliação do para se divertir com ENROLADOS!
produto). Enrolados. Produção de Roni Conli e Walt Disney Animation Studios. São Paulo: Walt Disney Pictures/
Buena Vista International, 2010. Sinopse de quarta capa do DVD.
(EF15LP04) Identificar o efeito de
sentido produzido pelo uso de re-
cursos expressivos gráfico-visuais em
textos multissemióticos. Em Enrolados, o formato da letra E se assemelha ao extenso cabelo de
(EF35LP05) Inferir o sentido de pa-
lavras ou expressões desconhecidas Rapunzel, pois se prolonga além das demais, lembrando a onda formada
em textos, com base no contexto da
frase ou do texto.
pelo cabelo longo da personagem. Além disso, a cor do título é a mesma
do cabelo da personagem.
Anotações:
Divulgaçãoa
como Shrek, o simpático ogro que se
tornou um fenômeno cinematográfico
e cativou a imaginação do mundo
com... o Conto de Fadas que nunca foi
contado! Os críticos classificam SHREK
como “não só uma brilhante animação,
mas também um filme esplêndido
em todos os níveis” (Larry King, USA
Today). Reviva todos os momentos da
tentativa destemida de Shrek para salvar
a alegre e independente Princesa Fiona
com a ajuda do seu amoroso Burro
estridente e recuperar o seu adorado Shrek. Produção de Aron Warner/
DreamWorks Animations. S.l.:
pântano do astuto Lorde Farquaad. DreamWorks Animations, 2001.
Encantadoramente irreverente e Cartaz de divulgação.
“monstruosamente inteligente”
(Leah Rozen, People Magazine), SHREK é uma aventura do tamanho
de um monstro, que você vai querer ver inúmeras vezes!
Shrek. Produção de Aron Warner/DreamWorks Animations. S.l.: DreamWorks Animations, 2001.
Sinopse de quarta capa do DVD.
Divulgaçãoa
em algum lugar que pode estar
procurando por ela, o trio Dory, Nemo
e Marlin embarca em uma aventura
que vai mudar suas vidas cruzando
o oceano em direção ao Instituto da
Vida Marinha (IVM) na Califórnia,
um centro de reabilitação e aquário.
Em uma tentativa de encontrar seus
pais, Dory conta com a ajuda de
três dos residentes mais intrigantes
do IVM: Hank, um polvo briguento
que frequentemente dá um perdido Procurando Dory. Produção de Lindsey
Collins/Pixar Animation Studios. São
nos funcionários; Bailey, uma baleia Paulo: Walt Disney Pictures/Buena Vista
International, 2016.
branca que está convencida que suas Cartaz de divulgação.
habilidades de ecolocalização não
funcionam mais; e Destiny, um tubarão baleia míope. Nesta
divertida aventura dentro do IVM, Dory e seus amigos vão viver
descobertas inesperadas recheadas de humor e ação.
Procurando Dory. Produção de Lindsey Collins/Pixar Animation Studios. São Paulo: Walt Disney
Pictures/Buena Vista International, 2016. Sinopse de quarta capa do DVD.
Anotações:
Divulgaçãoa
apresenta a hilária história de como dois
monstros incompatíveis se conhecem e
se tornam amigos para sempre em um
filme cheio de gargalhadas e emoção.
Desde que era só um monstrinho,
Mike Wazowski, agora a caminho da
universidade, sonha em se tornar um
Assustador. E ele sabe melhor do que
ninguém que os melhores Assustadores
estudam na Universidade Monstros
(UM). Mas durante o primeiro semestre
na UM, os planos de Mike saem dos
Universidade Monstros. Produção
trilhos quando seu caminho cruza de Kori Rae/Walt Disney Animation
com o do sabichão James P. Sullivan, Studios/Pixar.
São Paulo: Walt Disney Pictures/Buena
“Sulley”, um Assustador nato. O espírito Vista International, 2013.
competitivo fora de controle da dupla Cartaz de divulgação.
Anotações:
Ziraldo
muitas aventuras.
O trio Dory, Nemo e Marlin embarca em uma aventura que vai mudar
suas vidas.
Nesse caso, o verbo vai para o plural, pois o sujeito deixa de ser trio e
Divulgação
alguma esperança de acertar as coisas.
BNCC
Com seus sonhos temporariamente destruídos, Mike e Sulley percebem que
Atividades 9 a 11:
(EF05LP06) Flexionar, adequada- terão que se unir e trabalhar com um estranho e rejeitado grupo de monstros
mente, na escrita e na oralidade,
os verbos em concordância com se quiserem ter alguma esperança de acertar as coisas.
pronomes pessoais/nomes sujeitos
da oração.
10. Complete a segunda frase, usando a concordância verbal adequada:
Divulgação
recheada de heróis surpreendentes, muita risada
e expectativa.
Interdisciplinaridade
A BNCC enfatiza a importância do letramento matemático evento da mostra de cinema na escola para explorar, de forma
no desenvolvimento das competências e habilidades de racioci- interdisciplinar, o planejamento de datas e horários da exibição
nar, representar e comunicar matematicamente em diferentes dos filmes. Peça aos alunos que elaborem um cronograma de
contextos, o que evidencia o reconhecimento da Matemática exibição dos filmes da Mostra em uma planilha de Excel. Amplie
como uma ciência humana que contribui para a resolução a atividade, propondo que cada aluno elabore uma planilha
de problemas. Contemple essa concepção, aproveitando o pessoal para organização de seus horários e atividades diárias.
DESENVOLVIMENTO BNCC
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do
Divulgação do evento professor, o texto que será produzido,
considerando a situação comunicativa, os
1. Façam um cartaz de divulgação da Mostra, com o objetivo de afixá-lo interlocutores (quem escreve/para quem
em um local de grande circulação da escola. Ele deve conter: escreve); a finalidade ou o propósito (es-
crever para quê); a circulação (onde o texto
• o nome do evento; vai circular); o suporte (qual é o portador
• a data e o local em que a mostra será realizada; do texto); a linguagem, organização e for-
ma do texto e seu tema, pesquisando em
• o título de cada um dos filmes, seguido de suas sinopses e horários meios impressos ou digitais, sempre que
de exibição; for preciso, informações necessárias à pro-
dução do texto, organizando em tópicos os
• imagens das personagens e de cenas dos filmes para decorar. dados e as fontes pesquisadas.
Anotações:
Dawidson França
exemplo. Organizem-no da seguinte maneira:
• Criem uma saudação inicial aos ouvintes.
• Anunciem o nome da Mostra, as datas e o local em
que será realizada, o título de cada filme e os horários
em que serão exibidos.
• Façam um convite para que todos os colegas,
professores e funcionários participem.
BNCC
(EF15LP08) Utilizar software, inclusive
programas de edição de texto, para Dica: Utilizem o roteiro de fala acima, mas evitem lê-lo, tentando falar
editar e publicar os textos produzidos, naturalmente com o ouvinte.
explorando os recursos multissemióti-
cos disponíveis.
Decoração da sala
1. Criem cartazes sobre cada um dos filmes escolhidos, a exemplo das
capas e quartas capas dos DVDs e cartazes que vimos neste capítulo.
Façam da seguinte maneira:
•Coloquem o título do filme em tamanho grande.
• Desenhem ou adicionem imagens do filme (personagens principais e/
ou cenas importantes, por exemplo).
2. Afixem os cartazes dentro da sala da Mostra e decorem-na da forma
que desejarem, deixando-a bonita e atrativa para os visitantes. E por que
não levar pipoca para deixar tudo mais gostoso e divertido?
Caixa de avaliação da Mostra
1. Decorem a caixa de papelão como desejarem e coloquem o título de:
Caixa de avaliação da Mostra de cinema infantil.
2. Deixem prontos para os visitantes formulários com as seguintes perguntas
e espaços para as respostas:
• Como você ficou sabendo da Mostra de cinema infantil?
• Quais filmes da Mostra você assistiu?
• Você gostou dos filmes da Mostra? Por quê?
• A sala estava agradável e bem decorada?
• Você gostou das discussões em roda sobre os filmes? Comente.
Prática pedagógica
Os gêneros multimodais e multimidiáticos são essencialmente intertextuais e inter/transdis-
ciplinares, o que abre um leque de possibilidades ao professor. Amplie a atividade de produção
da caixa de avaliação da Mostra para preparar uma aula interdisciplinar em conexão com Ma-
temática. Peça aos alunos para tabularem as respostas do formulário e proponha a elaboração
de um texto de comentário do evento no blog da escola do qual conste a tabulação realizada.
Com isso, contemple a competência específica 5 de Matemática para o Ensino Fundamental:
Dawidson França
2. Peçam aos visitantes que preencham o
formulário de Avaliação da Mostra.
3. Combine com o professor, um momento na
sala de aula, para uma roda de contação dos
filmes assistidos na Mostra.
BNCC
AVALIAÇÃO Sugestão de leitura:
Avaliem os resultados da Mostra a partir da leitura das respostas do (EF35LP02) Selecionar livros da bi-
formulário e tentem refletir sobre algumas questões: blioteca e/ou do cantinho de leitura
da sala de aula e/ou disponíveis em
1. Os visitantes souberam da Mostra pelo cartaz de divulgação e do meios digitais para leitura individual,
podcast ou de outras formas? Quais? justificando a escolha e comparti-
lhando com os colegas sua opinião,
2. Os visitantes gostaram dos filmes escolhidos e das discussões feitas? após a leitura.
3. Os visitantes se sentiram acolhidos na sala montada? (EF35LP21) Ler e compreender, de
forma autônoma, textos literários
de diferentes gêneros e extensões,
inclusive aqueles sem ilustrações,
SUGESTÃO DE LEITURA estabelecendo preferências por gê-
Divulgação
POSTURA DE ESTUDANTE
Quase
Minha postura Raramente Às vezes
sempre
Frequento as aulas assiduamente
Cumpro os combinados do grupo
Organizo meus materiais na sala para realizar as atividades
Meus cadernos e livros são organizados
Faço os trabalhos de casa
Fico atento durantes as aulas
Demonstro interesse pelos assuntos tratados
Levanto a mão para falar
Ouço meus colegas e professor quando estão falando
Dou minha opinião e respeito a dos outros
Trabalho bem em grupo e contribuo com os colegas
Cumpro compromissos assumidos
Adquiri novos conhecimentos
Resolvo os conflitos por meio do diálogo
Procuro ajudar meus colegas
Aceito críticas ao meu trabalho e ao meu comportamento
Relaciono-me bem com os colegas
Respeito meus colegas e professor
Anotações:
Adolar
seu aprendizado de Língua Portuguesa. Você pode
escrever, por exemplo, sobre os conhecimentos que
acha que contribuíram para a sua qualidade de vida,
as dificuldades que encontrou e superou e o que você
gostaria de aprofundar.
ABUJANRA, A. NOME DAS COISAS. IN: KARNAK. OS PIRATAS DO KARNAC. SÃO PAULO: SPIN
MUSIV, 2003. 1 DVD: DIGITAL, ESTÉREO. SPIN002.
CAMPEDELLI, G. VINHAS, VINHAS, ADIVINHAS. TEXTO NÃO PUBLICADO.
CATA-VENTOS BOMBEIAM ÁGUA. DISPONÍVEL EM: <HTTP://WWW.CATAVENTOSFENIX.COM.
BR/>. ACESSO EM: 22 DEZ. 2017.
CLEMENT, R. LENDAS AMAZÔNICAS: A LENDA DO GUARANÁ. DISPONÍVEL EM: <HTTP://
WWW.SUMAUMA.NET/AMAZONIAN/LENDAS-GUARANA.HTML>. ACESSO EM: 22 DEZ. 2017.
DINORAH, M. CANTIGA DE ESTRELA. 2. ED. PORTO ALEGRE: MERCADO ABERTO, 1999.
ÉBOLI, T. A LENDA DA VITÓRIA-RÉGIA. RIO DE JANEIRO: EDIOURO, 2001.
(LENDAS BRASILEIRAS.)
FOLCLORE BRASILEIRO ILUSTRADO: LENDA DO SACI-PERERÊ. DISPONÍVEL EM: <HTTP://WWW.
SITEDEDICAS.COM.BR/>. ACESSO EM: 26 DEZ. 2017.
GÓES, F. MELHORES POEMAS DE PAULO LEMINSKI. SÃO PAULO: GLOBAL, 2013.
HEINE, E. UMA HISTÓRIA DO SACI-PERERÊ QUE NINGUÉM TE CONTOU. DISPONÍVEL EM:
<HTTP://WWW.DIVERTUDE.COM.BR/HISTORIAS.HTM>. ACESSO EM: 26 DEZ. 2017.
LALAU; LAURABEATRIZ. ÁRVORES DO BRASIL: CADA POEMA NO SEU GALHO. SÃO PAULO:
PEIRÓPOLIS, 2011.
LOPES, S. CATA-VENTO. CURITIBA: NOVA DIDÁTICA, 2007.
MACHADO, A. M. VAMOS BRINCAR DE ESCOLA? SÃO PAULO: SALAMANDRA, 2005.
MACHADO, A. M.; CLAUDIUS. O RATO ROEU A ROUPA. SÃO PAULO: SALAMANDRA, 2013.
MACHADO, D. HISTÓRIAS COM POESIA, ALGUNS BICHOS E CIA. 4. ED. SÃO PAULO:
MODERNA, 1997.
NÓBREGA, M. J.; PAMPLONA, R. SALADA, SALADINHA: PARLENDAS. SÃO PAULO:
MODERNA, 2005.
RUIZ, A.; JABUR, C. ESTAÇÃO DOS BICHOS. SÃO PAULO: ILUMINURAS, 2011. 64 P.
SOUSA, M. DE. MAGALI E QUINZINHO. PORTAL TURMA DA MÔNICA. TIRAS.
SOUSA, M. DE. MANUAL DE BRINCADEIRAS DA MÔNICA. SÃO PAULO: GLOBO, 2003.
SOUSA, M. DE. MÔNICA. SÃO PAULO: GLOBO, N. 159, DEZ. 1999.
VOCÊ PENSA QUE UMA CENTOPEIA TEM CEM PÉS? DISPONÍVEL EM: <HTTP://WWW.TJ.RO.GOV.
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ZATZ, LIA. AVENTURA DA ESCRITA: HISTÓRIA DO DESENHO QUE VIROU LETRA. 2. ED. SÃO
PAULO: MODERNA, 2012.
Anotações: