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GC BRAZIL
EXTINTORES DE INCÊNDIO:
1 Edição
Abril - 2017
Fabrício Nogueira
EXTINTORES DE INCÊNDIO:
Orientação Técnica
FABRÍCIO NOGUEIRA
II
ÍNDICE
UMA VISÃO GERAL ..................................................................................................... 1
Introdução..................................................................................................................... 1
O Que é Extintor de Incêndio ...................................................................................... 2
Classes de Fogo: ......................................................................................................... 3
Classificação dos Riscos da Ocupação .................................................................... 5
Classes de Risco de Ocupação ..................................................................................... 6
Métodos de Extinção de Fogo – Triângulo e Tetraedro do fogo .................................. 11
Estudo de Caso – Materiais Listados Pela UL ............................................................. 14
Extintores de Incêndio............................................................................................... 22
Classificação dos Extintores ........................................................................................ 22
Identificando o Conteúdo do Extintor ........................................................................... 28
Unidade Extintora e Capacidade Extintora .................................................................. 31
Constituição do Extintor de Incêndio:........................................................................... 36
Tipos de Extintores ........................................................................................... 37
Estudo de Caso: Nem Sempre Usar Água .................................................................. 42
ÍNDICE DE FIGURAS
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Fabrício Nogueira
ÏNDICE DE QUADROS
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Introdução
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Fabrício Nogueira
• Espuma Mecânica
• Gás Halogenado
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Classes de Fogo:
Com base na NBR 12693, nas ISO 7165 e ISO 3941, temos 4 classes de
Incêndio: A, B, C e D. Já a NFPA 10, desde 1998, além destas quatro classes,
aponta a CLASSE K, vejamos:
CLASSE CARACTERÍSTICAS
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Observe ainda que o objetivo deste ebook não é esgotar este assunto, e sim
gerar conhecimentos gerais para aprofundamentos pelo leitor.
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1. Ocupação,
2. Altura,
3. Área,
4. Carga de Incêndio e
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
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Nomenclaturas Específicas:
Este princípio pode ser encontrado na IT14-SP (2011) com o nome de Método
Determinístico ou na NBR 12693:2013 como o Método Para Levantamento da
Carga de Incêndio Específica.
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Onde:
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Orientações Gerais
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
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Extinção por abafamento retira o ar (comburente) fazendo com que o fogo não
seja realimentado por mais oxigênio. Este tipo de técnica pode ser empregada
principalmente pela espuma aquosa, que ao ser espalhada sobre a área com o
fogo, cria uma barreira impedindo de que novas moléculas de oxigênio sirvam
de comburente para o fogo.
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
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Fabrício Nogueira
Fonte: zonaderisco.blogspot.com.br
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Não são poucos os questionamentos sobre quais normas corretas que devem
padronizar, não só o sistema de extintor, mas todo o sistema de combate a
incêndio. Aqui vamos tentar responder algumas perguntas mais frequentes
deste âmbito.
As normas no Brasil
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
NORMA
REGULAMENTO
LEI
A lei é uma norma jurídica ditada por uma autoridade pública competente,
em geral, é uma função que recai sobre os legisladores dos congressos
nacionais, com prévio debate e o texto que a impulsiona e que deverá observar
um cumprimento obrigatório por parte de todos os cidadãos.
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Fabrício Nogueira
Após a década de 70, que foi marcada por incêndios de grandes proporções,
houve uma corrida de estados e municípios para responderem imediatamente
a opinião pública através de legislações regionais de combate a incêndio.
Neste cenário, o governo federal não conseguiu gerar uma legislação com a
mesma velocidade para todo o território. A referência nacional ficou a cargo
apenas da ABNT que, hoje, possui referências mais atuais quando
comparadas a maioria das leis regionais.
Com isso, cria-se uma restrição o qual especialistas de altíssimo nível por
muitas vezes ficam limitados às fronteiras regionais de seu estado por conta
da pluralidade de normas que devem ser seguidas no momento do projeto e
na execução.
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Quando então houver lei municipal e/ou estadual, estas, normalmente, estão
em harmonia com a federal, a qual levará à uma complementariedade entre
elas, portanto todas devem ser atendidas. As NBRs devem ser observadas
quando as leis assim indicarem ou haja inexistência de leis ou regulamentos
pelo município, estado. (BRENTANO, 2005).
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
https://www.abntcatalogo.com.br/
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Extintores de Incêndio
À Base de Água
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Pó Químico (PQ)
Trata-se de uma substância inodora, utilizada com excelência na classe de fogo C. Passa
por testes para garantir a não condução elétrica para sua aprovação. É importante salientar
que tipo de agente extintor não conduz eletricidade e não deixa resíduos.
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Após o tratado de Montreal houve uma corrida pelas empresas para criarem
gases que substituíssem o Halon 1211 e 1301, surgiram então duas classes de
Gases Limpos: Os Gases Inertes – os quais combatem o incêndio diminuindo
o oxigênio do ambiente até 12% (mínimo necessário sem risco à vida humana)
e Os Gases Ativos, que atua diretamente na retirada da energia térmica do
incêndio e na quebra da reação química em cadeia.
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Para espaços ocupados de aeronaves, onde não existe ventilação forçada, não
há disponibilidade de máscaras de oxigênio e não há um segundo piloto, o
extintor de Halon 1301 é o escolhido e deve ter o mínimo de 8 segundos de
tempo de descarga.
Líquidos Especiais
A norma americana NFPA 10 exige, desde 1998, que as Figura 6 - Extintor Classe K
cozinhas devem ser protegidas com extintores com líquidos
especiais para combater incêndios de classe K. São
identificados como agentes de líquidos especiais
principalmente por serem produtos com patentes protegidas.
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Fabrício Nogueira
• Resfriamento
• Abafamento
Resfriamento
Abafamento
Neste caso o oxigênio é o gás que devemos retirar de cena para acabar com a
reação em cadeia. Para isso utilizamos o agente um extintor para expulsar o
oxigênio do ambiente. Podemos utilizar a espuma mecânica, por exemplo, que
ao entrar em contato com o fogo cria uma película isolando o fogo do ambiente
evitando a entrada de oxigênio.
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Neste Tipo de extintor há gás propelente, ele pode estar comprimido junto ao
agente extintor. Nestes casos, utilizam-se normalmente N2 ou ar comprimido
inserido mecanicamente no extintor.
Neste caso o agente extintor fica separado do gás propelente. Cada um tem
seu compartimento próprio, porém podem estar no mesmo cilindro ou em
cilindros separados.
Observe que temos duas NBRs bem específicas quanto a massa total:
Os extintores portáteis são aqueles que tem sua massa total até 20 kg e os
extintores sobre rodas são aqueles acima de 20 kg até 250 kg.
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
O quadro de instruções deve ser aplicado sempre pela última empresa que fez
a manutenção de segundo e terceiro nível (ver tópico MANUTENÇÃO).
Observe ainda que há outros tipos de lacres e selos que devem ser fixados nos
extintores de incêndio que são baseados em Decretos de Lei. Um exemplo é a
portaria 206/2011, a qual não será objeto de estudo deste ebook, pois se trata
de uma legislação voltada para um público especialista em manutenção de
extintores, o que não é o nosso caso. Abrindo para orientações gerais, vale
ressaltar dois pontos:
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Fonte: bombeiroecia.blogspot.com.br
Fonte: segurancadotrabalhodown.com
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Unidade Extintora
Tanto a NBR 12693 quanto a Instrução Técnica 21 de São Paulo 2011 (IT21-SP (2011))
apresentam uma quantidade mínima, uma unidade extintora, de agente extintor para cada
uma extintor de incêndio, são elas:
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Capacidade Extintora
Ensaios práticos para medir capacidade extintora da Classe A são feitos com
madeira, já os ensaios da Classe B são feitos com líquidos inflamáveis. Na
Classe C o ensaio prático é um o teste de condutividade pelo agente extintor.
Água 2A
Pó Químico BC 5B e C
CO2 5B e C
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Observe as figuras:
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
O extintor de pó químico do tipo ABC é muito eficiente, pois atua em vários Classes
de Incêndio, logo é importante para o momento de combate ao foco do fogo. Observe
que ele possui as seguintes capacidades extintoras: 2A, 20B e C. Equivale a
capacidade extintora de um extintor de água pressurizada de 10L (2A), dois
extintores de Espuma Mecânica cada um com 9 L (20B); e de um extintor de CO₂ de
6 kg.
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Tipos de Extintores
Principais Características
Cuidados:
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Modo De Manuseio
Obs.: Mesmo que extintor não tenha sido utilizado completamente, envie-o
para manutenção.
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Principais Características
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Modo de Manuseio
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Este cilindro não apresenta a solda na parte superior, o agente extintor fica
armazenado sobre pressão e quando acionado é descarregado a uma
temperatura baixíssima, cerca -700C, por isso a importância de se manipular
pelo punho (ou canopla) no momento de uso. Importante falar que o gás é
inodoro, incolor e não conduz eletricidade.
Principais Características
• Carga Extintora: 6 kg e 8 kg
• Uma Unidade Extintora: 6 kg
• Tempo de Descarga: 20 segundos
• Massa Total: 20 kg
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Após algumas horas, o corpo de bombeiros enviou mais uma equipe, desta vez
mais especializada em produtos perigosos, com os equipamentos de proteção
individuais (EPI’s) próprios, pois agora estavam cientes da presença de gases
tóxicos. Extintores de Pó Químico Seco, existentes na própria edificação,
combateram o fogo, até a total extinção.
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
AGENTE EXTINTOR
CLASSE DE
FOGO Espuma Pó Químico Haloge- Líquidos
Água CO₂ Pó BC Pó ABC
Mecânica Especial nados Especiais
D - - - - - Muito Bom - -
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Baixo 2A 25
A Médio 3A 20
Alto 4A 15
Baixo 20B 15
B Medio 40B 15
Alto 80B 15
C - C 15
D - - 20
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Localização
• Casa de caldeira;
• Casa de bombas;
• Casa de força elétrica;
• Casa de máquinas;
• Galeria de transmissão;
• Incinerador;
• Elevador (casa de máquinas);
• Escada rolante (casa de máquinas);
• Quadro de redução para baixa tensão;
• Transformadores;
• Contêineres de telefonia;
• Gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis;
• Outros que necessitam de proteção adequada.
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
O único extintor que passa por testes para verificar a sua não condutividade
é o extintor de CO₂. Estes extintores devem estar localizados nas
proximidades de ambientes que tenham maior quantidade de materiais
elétricos energizados. Um dos primeiros procedimentos, em caso de incêndio,
que devem ser adotados é o corte da energia elétrica. Ao fazer isso, incêndios
que pertenciam a classe C passam a pertencer às classes B e/ou A, logo é
necessário que nas proximidades estejam localizados extintores que
combatam estas classes também. Os extintores de água pressurizada devem
ser muito bem sinalizados para garantir que um usuário com pouca
orientação saiba que não deve utilizar em equipamentos energizados, pois
geram risco de choque elétrico.
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Observe que para uma operação mais eficiente, é interessante que o extintor
esteja sobre uma base no piso, pois eles podem chegar a pesar 20 kg, logo a
retirada de um equipamento pesado da parede pode oferecer riscos de
acidente ao operador que não esteja habituado com seu peso. Contudo é
importante observar devem estar entre 10 e 20cm do chão, e na parede deve
ter altura máxima de 1,6m. É importante que a sinalização esteja numa
altura que alcance uma visão rápida daqueles estão nas proximidades.
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Alguns cuidados devem ser tomados para sinalização vertical. Ela deve ficar
acima do extintor em no mínimo 0,2m até 1,0m, porém, se mesmo assim,
houver obstrução à visualização da sinalização, deverá ser mais alta. Como
apresenta a Erro! Fonte de referência não encontrada. abaixo:
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Extintores de Incêndio: Orientação Técnica
Extintores Embutidos
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Sinalização Horizontal
A sinalização horizontal é feita sobre o piso para que não haja qualquer
obstrução daquela área. O piso deve ser marcado com um quadrado ou
retângulo de 1,0m, no mínimo, de fundo vermelho com bordas amarelas de
0,15m. Este local deve permanecer desobstruído constantemente com objetivo
de permitir acesso livre ao local. Veja um exemplo completo na figura
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Inspeção
A inspeção é a verificação efetuada por uma pessoa habilitada que vai à área
identificar situações que os extintores estejam fora do padrão de uso.
Inspeção Semestral
O extintor de CO₂ deve ser avaliado por seu peso, ele não pode apresentar uma
perda superior a 10%, caso isso venha a acontecer deverá ser reenviado para
a empresa especializada em manutenção.
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Inspeção Anual
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Manutenção
É aquela manutenção que pode ser feita no momento que está sendo realizado
a inspeção por pessoas que passaram por treinamento e se encontram
habilitados para esta intervenção. São manutenções que não há a necessidade
de levar os extintores para uma empresa especializada.
São aquelas manutenções que devem ser feitas por equipamentos e oficinas
especializadas.
Processo o qual o extintor passa por uma revisão geral, incluindo testes
hidrostáticos
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Níveis de
Situação
Manutenção
Lacre Violado
Corrosão, danos térmicos e/ou mecânicos no recipiente ou no cilindro, e/ou em partes que
possam ser submetidas à pressão permanente, e/ou em partes externas contendo
mecanismo ou sistema de acionamento mecânico.
3
Data do último ensaio hidrostático igual ou superior a cinco anos. Quando a empresa
realizar manutenção em extintores de incêndio durante o ano limite para a realização do
ensaio hidrostático, a empresa deve obrigatoriamente realizar a manutenção terceiro nível.
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BIBLIOGRAFIA
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