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2.

Teoria de aprendizagem social 


A teoria é designada de aprendizagem social porque é baseada no que a criança aprende na interação com o seu
meio e na obervação dos outros.

Diferente de Watson e Skinner, que afirmavam que o ambiente modela a personalidade e o comportamento da
criança, Bandura e outos, especialmente Bell, propoem que as ligações entre as pessoas, comportamentos e
ambientes sao biderecionais, assim, uma criança pode influênciar o seu ambiente por meio da sua própria
conduta.

Exemplo, suponha-se que uma criança de quatro anos descubra que pode controlar os brinquedos desejados ao
tomalos dos seus colégas de forma violenta. neste caso, o contrôle sobre o brinquedo desejado é um resultado
favorável que reforça o comportamento agressivo da criança, mas aqui o reforço é produzido pela própria
criança por meio dos seus comportamentos agressivos, não apenas o seu comportamento foi reforçado, mas o
carácter do ambiente mudou, colégas que foram vitimas podem estar inclinados a dar o seu brinquedo ao
agressor para não serem agredidos no futuro.

Nesta teorioa, a aprendizagem social é também referida como aprendizagem por imitação ou observação.

Segundo DA FONSECA (2005:566) a imitação é fulcral e essencial na trasmissao de experiência, o seu poder
ecocinético é extraordinário e muito flexivel, o seu poder de assimilação da experiência alheia baseada em
representações mentais multifacetada constitui uma das caracteristicas mais relevantes da évolução da espécie
humana. Com ela a transmissão da experiência é garantida e perpetuada, na medida em consubstância não uma
cópia do modelo social, mas sim uma reconstrução individual daquilo que é observado nos outros, pois trata-se
da criação de algo novo, uma oportunidade de a criança realizar acções que estõo para além das suas próprias
capacidades, o que obviamente contribuirá para o seu próprio desenvolvimento.

2.1. A imitação/observação na teoria de aprendizagem social 


A imitação ou observação era considerada como uma conduta não criativa, portanto não inteligente e pouco
digna de interesse. Esta tal concepção esquecia das grandes vantagens que a observação oferece principalmente
ao nível da aprendizagem.

Por exemplo, numa situação de aprendizagem de condução de um veículo, imaginemos que a pessoa aprenda
por tentativa e erro, provavelmente longas horas passarão para o aprendiz descobrir que é necessario, primeiro,
girar as chaves da ignição (primeiro reforço posetivo), depois engatar a primeira velicidade (segundo reforço
posetivo), depois engatar a primeira marcha (terceiro reforço posetivo), e entao não podemos imaginar o que
pode acontecer no primeiro cruzamento (reforço negativo final).

Menos paciência sera exigida aquele que, tendo ja visto alguém a conduzir, o observa e imita-o, tendo mais
probabilidade de realizar sua aprendizagem apos um primeiro trajecto. Assim, a observação favorece
consideravelmente a aprendizagem de comportamentos que, espontaneamente teriam uma fraca probabilidade
de ocorrência, isto é de serem aprendidos.
É a teoria de aprendizagem social de Bandura que restituira à observação um lugar de honra, provocando um
surto de grande interesse.

2.2. Aprendizagem observacional 


Bandura destaca a aprendizagem observacional como um processo central de desenvolvimento, ela resulta
simplesmente da obsevação do comportamento do outro.

Por exemplo, uma criança de quatro anos pode aprender a se aproximar e brincar com o cão da família
simplesmente ao observar o irmão mais velho. Uma criança de oito anos pode adquirir uma atitude negativa
em relação a uma minoria após escutar seus pais falando sobre o grupo de maneira pejorativa.

A aprendizagem observacional não poderia acontecer se não houvesse um processo cognitivo, isto é, ela
permite que as crianças pequenas aprendam rapido milhares de novas respostas, em uma variedade de
ambientes em que seus modelos buscam seus proprios interesses e não tentam ensinar nada a elas. De facto
muitos dos comportamentos observados, lembrados e possivelmente imitados pelas crianças, são acções que os
modelos realizam, mas gostariam de desencorajar, praticas como insultar, fumar, comer entre as refeições.

Bandura afirma que as crianças estao continuamente aprendendo, dando respostas desejaveis e indesejados ao
« ficarem de olhos e ouvidos aberto ».

As primeiras versões das teorias de aprendizagem eram em grande parte tributos à doutrinas do determinismo
ambiental de Watson: que dizia que crianças, jovens, sem conhecimentos eram vistos como recepientes
passivos da influência ambiental – elas tornariam aquilo que pais, professores e outros programam para para
elas.

Bandura contesta este ponto de vista ao ressaltar que a criança e adolescentes são seres activos, pensadores que
contribuem em muitas maneiras para o próprio desenvolvimento. A aprendizagem observacional requer que o
observador esteja activamente atento, codifique e retenha os comportamentos realizados pelos modelos sociais.
E as crianças normalmente possuem liberdade para escolher o modelo social o qual observarão, tendo assim
algo a dizer daquilo que aprendem dos outros.

Bandura propos o conceito de determinismo reciproco para desecrever sua visão do que o desenvolvimento
humano reflete a interação entre uma pessoa activa, o seu comportamento e o ambiente onde està inserida, a
situação ou ambiente em que vive a criança sem duvida a influencia, mas o comportamento da criança
influencia ou afecta o ambiente. A implicação é que as crianças estão activamente envolvidas em moldar o
proprio ambiente, que por sua vez vai influenciar no seu crescimento (desenvolvimento).

2.2.1. Exemplo da experiência de Bandura 


Em 1965, Bandura fez algo considerado radical: afirmou que as crianças podiam aprender simplesmente pela
observaçao do comportamento de um modelo social, mesmo sem ter recebido de modo semelhante qualquer
tipo de reforço para tal.
Crianças de educaçao infantil assistiram um filme curto no qual um modelo adulto realizava uma sequência
incomum de respostas agressivas dirigidas a um « Joao Bobo » inflavel, batendo no boneco com um vara
enquanto gritava « toma! » atirando bolas de borachas enquanto gritava « bang banb » e assim por diante.
Houve três condições experimentais:

1. As crianças do modelo de recompensa assistiram o outro filme no qual um segundo adulto dava ao
modelo agressivo reboçados e refrigerantes pelo « desempenho campeao »;
2. As crianças do modelo da puniçao viram um segundo adulto brigando e dando palmadas no modelo
agressivo por ter batido no boneco;
3. As crianças do modelo sem sequencia simplesmente viram o modelo se comportando agressivamente.

Ao final do filme cada criança foi deixada sozinha na sala de brinquedos onde havia um « Joao Bobo »
inflavel, bem como os acessorios usados pelo modelo para bater no boneco. Observadores registavam todos os
momentos em que as crianças imitaram mais ou menos o comportamento agressivo.

As crianças do modelo recompensado e do modelo em que nao havia sequencia imitaram mais os actos
agressivos em relaçao a aqueles que viram este a ser punido pelo comportamento agressivo.

Dai Bandura realizou um outro teste, em que à cada criança foram oferecidas objectos e sumos para que
reproduzissem todos os mesmos comportamentos do modelo que ela se lembrase, a pesquisa revelou que
crianças de cada uma das três condições de pesquisa aprenderam a mesma coisa pela observação.

Entretanto, reforçar ou punir as consequencias do comportamento do modelo pode afectar a ten do observador
de realizar o que ja aprendeu pela observação.

3. As fases do processo da obseração

o Aquisição - o aprendiz observa o modelo e reconhece as caracteristicas distintivas da sua


conduta;
o Retenção - as respostas do modelo sao activamente armazenada na memória;
o Desempenho - se o aprendiz aceita o comportamento do modelo como apropriado e possivel
de levar as consequências por ele valorizado, o aprendiz o reproduz;
o Consequência - a conduta do aprendiz resulta em consequencia que virao fortalece-las ou
enfraquecelas.

3.1. Factores que facilitam a aprendizagem social

 Atenção - Bandura aponta que prestar atenção a um modelo é importante para a aprendizagem social.
A ênfase é dada a atençao deliberada e calculada que levarà ao maximo a aprendizagem. Embora isto
nao signifique que a aprendizagem nao possa ocorrer em menor ou maior grau, com base na atençao
acidental ou inconsciente.
 Memória - O que é observado deve ser processado pela memória a curto-prazo e a longo-prazo e
armazenado. Uma vez armazenado na memória o aluno nao terá problemas em recuperar essas
capacidades ou informações sempre que precisar delas.

O proposito da observação é o que o observador devia ser capaz de reproduzir o comportamento


exposto pelo modelo. Isto so será bem sucedido se a observação for cuidados e se for processada pela
memoria. A não ser que o observador se lembre do que ele observou, nao será possivel reproduzir o
comportamento observado

 Capacidades motoras - Bandura propôs que um acto possa ser aplicado e praticado depois de ser
observado se criança é potencialmente capaz de aplicar e praticar. Na perspectiva de Bandura, em
alguns casos um mero ensaio pode ser adequado para reproduzir um comportamento observado, e a
prática pode ser necessária. Isto pode ser verdadeiro para actividades como guiar, dactilografar,
desenhar e aprender a ler e a escrever.

Para que um comportamento observado seja reproduzido de forma perfeita é necessario a pratica. Por
exemplo, se os alunos estao a ser ensinados a pronunciar palavras de uma lingua estrangeira, o
professor deve demonstrar como é que essas palavras sao pronunciadas, de igual importancia, os
alunos devem pronunciar essas palavras varias vezes até obter o dominio dessa pronunciaçao.

 Reforço - O reforço tem umpapel importante na aprendizagem por obsevaçao. Se o modelo é


recompensado por um comportamento particular, a probabilidade de o comportamento ser modelado é
maior, poeerque o observador partilha e recompensa do modelo vicariante. Por outro lado, se o
modelo é punido por um comportamento particular, o observador também é punido de forma
vicariante e consequentemente é provável que se evite esse comportamento.

A aprendizagem na sala de aulas ou noutro lugar qualquer ocorre como resposta ou reforço, onde quer
que seja os alunos mostrem um comportamento social ou académico desejável, tal comportamento
deve ser seguido de um reforço, isto ira motivar os outros alunos a mostrar um comportamento similar
uma vez que sao reforçados de forma vicariante.

 Identificação - é um processo em que uma pessoa se identifica com o comportamento, atitudes,


sistéma de valores e as crenças de outras pessoas. Essa pessoa pode ser um parente, uma figura de
autoridade ou um par. As pessoas gostam de se identificar com certos individuos na sociedade.

A identificação opera-se na sala de aula quando os alunos se identificam com os outros alunos e
professores. Através da identificação, a pessoa desenvolve uma filósofia de vida que orienta as suas
decisões e o seu comportamento no geral.

 O afecto modelo-sujeito - este factor foi especialmente estudado no âmbito das relações pais-filhos, os
comportamentos parentais adquirem um valor de reforço posetivo secundario aos olhos da criança
dada a sua associaçao frequente com experiencia gratificantes para ela.
 A semelhança modelo-sujeito - a similaridade inscreve-se numa teoria cognitiva de imitação: um
individuo que se aperceba de que partilha de uma mesma caracteristica com a outra pessoa/modelo,
em essa caracteristica está associada a uma outra, qualquer que seja, acaba por conceber que também
ele possui ambas caracteristicas.

Tendo mostrado igualmente que a semelhança modelo-sujeito afecta tanto a aquisição como a
performance da imitaçao, ROSEKRANS (1967) fez a seguinte observação: O facto de a semelhança
percebida determinar a aquisição imitativa, bem como a performance, é mais evidente do que a
forma como esse efeito se produz.

 O estatuto do modelo - de acordo com a aprendizagem social, as pessoas com elevado estatuto e que
sao capazes de recompensar ou punir servem de bons modelos. Os pais são um bom modelo para a
criança, particularmente durante a primeira infância. Durante a idade escolar, o professor é um forte
modelo, ele pode recompensar ou punir. Embora os pais e os professores são vistos como fortes
modelos, mas o desenvolvimento da personalidade da criança também conta.

Pessoas com elevados estatutos são modelados com mais frequência do que com baixo estatuto. O
estatuto do modelo tem um papel significativo na vida académica dos alunos.

 Um modelo norteador - o comportamento de um modelo que é percebido como carinhoso,


amigo, considerado e cuidadoso é provavel que seja mais modelado do que um modelo
indeferente e descuidado. 

Há professores que acreditam que os alunos aprendem efectivamente com professores


severos, agressivos e hostis, isto não é bom, assim, há professores que são carinhosos,
simpáticos que conquistam os corações dos alunos, consequentemente, os alunos
desenvolvem uma atitude posetiva para com estes professores e as disciplinas que eles
ensinam

4. Resultados da aprendizagem social 


Como resultado, na aprendizagem social, espera-se que haja moldagem, solicitação, inibição e desinibição.

A moldagem ocorre quando a pessoa vê a outra envolvida num determinado comportamento e o percebe como
um comportamento interessante e recompensador, comportando-se de forma similar com esperança de ser
reforçado de forma semelhante. Em muitos casos, é desta forma que o novo comportamento é formado.

A solicitação, no sentido em que apela para que envolva num comportamento semelhante, isto pode-se
observar na sala de aulas, onde um comportamento desejavel encoraja os outros alunos a comportarem-se de
forma semelhante.

A inibição, quando uma pessoa nao se quer envolver num determinado comportamento porque viu outros a nao
serem reforçados por esse comportamento, por exemplo, um aluno pode ser reprendido por se comportar
inadequadamente na sala de aulas, os outros que observam esta repreensão têm uma responsabilidade maior de
nao imitar esse comportamento.

A desinibição, quando um comportamento que estava latente ou inibido é reservado como resultado da
exposição a um comportamento semelhante por um modelo, por exemplo, um aluno pode tentar controlar-se a
si mesmo para não se envolver num comportamento indesejado, mas, porque outros se comportam de forma
indesejada, ele pode segui-lo.

5. Televisão no contexto da aprendizagem social 


Há duas perspectivas diferentes sobre o papel da televisao na socialisaçao e os seus efeitos em termos de
aprendizagem por observação.

A primeira argumenta que ver um comportamento indesejável na televisão é inadequado para as crianças,
porque provavelmente elas vao imita-lo.

A segunda defendem-se dizendo que os maus caracteres sao apanhados e punidos, indicando que o crime nao
reconpensa e que justiça sempre vencerá, assim as crianças, de facto, estao a ser ensinadas a nao se envolverem
em comportamentos anti-sociais.

Neste âmbito, os pais e os professores devem ser cautelosos para garantir que as televisões dêm exemplos
certos aos mais novos, o mesmo principio deverá ser estendidas aos programas de televisão a que as crianças
sao expostas.

Apesar dos efeitos negativos da televisão, existem numerosos documentarios e programas educativos
disponiveis para o espectador. Os pais e os professores deveriam ficar a par dos programas disponiveis e
estarem bem atentos aos bons programas para as crianças.

6. Impacto na educação 
A medida que um professor interage com os seus alunos, existe uma determinada informação que vai para
alem do proprio ensino.

Com os professores, os alunos aprendem tantas coisas sobre a higiene, relaxamento, altruismo, egoismo,
autodisciplina e desorganisação.

Os professores não podem so falarem aos seus alunos sobre ser simpático, generoso, util, estudioso e
trabalhador, é necessario expor essas qualidades, é irrealista esperar que os alunos sejam trabalhadores e
estudiosos quando os seus professores vêm para as suas aulas sem estarem preparados, demoram muito tempo
à marcar os trabalhos, é ainda inutel esperar que os alunos sejam simpáticos uns para com os outros quando
nao passa um dia em que uma criança não seja punida.

Sabendo que a aprendizagem social pode ser vicariante, onde o professor pode ser do agrado ou nao dos seus
alunos com base no que os alunos anteriores tinham dito sobre ele, de forma semelhante, o professor pode
gostar ou nao de um aluno pelas informaçoes dadas pelo professor anterior acerca do mesmo, essas atitudes
nao podem ser encorajados, é nacessario que todos envolventes tentem ser mais objectivos na avaliaçao de
comportamento humano do que ouvir dos outros.

O professor deve ser amigo dos seus estudantes e, através da utilizaçao de principios psicologicos, assisti-los
de modo a que venham a ses as pessoas esperadas pela sociedade.

Uma repreençao a um aluno que nao està atento à aula pode impedir o outro de ter um comportamento
semelhante, enquanto que a aprovaçao de um comportamento ou desempenho de um aluno pode ser exemplo
para outros estudantes que desejam uma aprovação semelhante.

É provavel que um professor cuidadoso seja mais popular e modelado, para além disso, provavelmente, os
alunos gostem mais das suas disciplinas e então, estudarão mais arduamente para agradar e receber a sua
aprovação.

A aprendizagem por observação pode ser facilitada pelos alunos se trabalharem frequentemente em pequenos
grupos, para que aqueles que tenham bons resultados sirvam de modelos para os outros.

Os alunos precisam de orientação académica, vocacional, social e de personalidade, os professores sao


responsaveis por favorecer essas orientações que guiam a um melhor conhecimento.

Conclusão

Apos a exploraçao do tema, podemos concluir as observações de modelos estão dericionada para a imagens,
ideias e valores que podem ser observados, conservados, lembrados e reproduzidos, mas para tal à que realsar
os papeis desempenhados pela atenção, retenção, a motivação e reprodução motora.

A atenção e a retenção insidem ensensialmente na aquisição, a reprodução motora e a motivação agem


sobretudo na performance, isto verifica-se no aproximar das semelhanças entre o comportamento do modelo e
do sujeito.

Existem vários factores que podem influênciar a aprendizagem social, sendo os mais destacados na relação
pais-filhos, professores-alunos, salientando-se assim o estatuto do modelo.

A televisão pode influenciar o comportamento das pessoas, principalmente para as crianças se não existir um
acompanhamento por parte dos pais assim como os responsáveis dos mesmos canais.

De acordo com Bandura, a punição e o reforço podem influênciar o que as pessoas fazem e não o que elas
aprendem.
Os professores servem de modelo para as crianças, visto que depois da idade da infância elas passam por um
período longo de aprendizagem, assim o professor de ser o espelho da sociedade para que ele dê ao aluno
aquilo que a sociedade precisa.

Bibliografia

DA FOSECA, Vitor, Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem,1ª Édição, Ancora Editora, Lisboa, 2005

DAVIDOFFE, Linda, Introdução à Psicologia, 3ª Edição

LEYENS, Jacques-Philippe. Psicologia Social, Edições 70, Lisboa

NETO, Félix, Psicologia Social, Universidade Aberta, VolumeI

SHAFFER, David R. Psicologia do Desenvolvimento: Infância e Adolescencia, 6ª Édição, Thomson Learning,


São Paulo.

Publié par Wilson Assumane

Nas graduações e pós-graduações de Educação, são comuns a existência de


disciplinas que abordam as Teorias de Aprendizagem. Dessa forma, esse
texto visa argumentar sobre alguns pontos importantes da Teoria de
Aprendizagem segundo Piaget.

 De acordo com Piaget, as crianças possuem um papel ativo na


construção de seu conhecimento, de modo que o
termo construtivismo ganha muito destaque em seu trabalho.
 O desenvolvimento cognitivo, que é a base da aprendizagem, se dá
por assimilação eacomodação.
 Quando na assimilação, a mente não se modifica.
 Quando a pessoa não consegue assimilar determinada situação,
podem ocorrer dois processos: a mente desiste ou se modifica.
 Se modificar, ocorre então a acomodação, levando a construção de
novos esquemas de assimilação e resultando no processo de
desenvolvimento cognitivo.
 Somente poderá ocorrer a aprendizagem quando o esquema de
assimilação sofre acomodação.
 O que fazer então par provocar o processo de acomodação? Para
modificar os esquemas de assimilação é necessário propor atividades
desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações
sucessivas nos alunos.
 De acordo com Piaget, apenas a acomodação vai promover a
descoberta e posteriormente a construção do conhecimento.
 O conhecimento real e concreto é construído através de experiências.
 Aprender é uma interpretação pessoal do mundo, ou seja, é uma
atividade individualizada, um processo ativo no qual o significado é
desenvolvido com base em experiências.
 O papel do professor é então aquele de criar situações compatíveis
com o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno, em atividades que
possam desafiar os alunos.
 De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo das crianças
ocorre em quatro fases: 1° SENSÓRIO-MOTOR (até os 2 anos), 2°
PRÉ-OPERACIONAL (dos 3 aos 7 anos), 3° OPERATÓRIO CONCRETO
(dos 8 aos 11 anos) e 4° OPERATÓRIO FORMAL (a partir dos 12 anos).
 O professor deve provocar o desequilíbrio na mente do aluno para que
ele, buscando então o reequilíbrio, tenha a oportunidade de agir e
interagir.
 Quando houver situações que gere grande desequilíbrio mental, o
professor dever adotar passos intermediários para adequá-los às
estruturas mentais da fase de desenvolvimento do aluno.
 O aluno, dessa forma, exerce um papel ativo e constrói seu
conhecimento, sob orientação constante do professor.
 O professor deve propor atividades que possibilitem ao aluno a busca
pessoal de informações, a proposição de soluções, o confronto com as
de seus colegas, a defesa destas e a permanente discussão.
 O conhecimento é construído por informações advindas da interação
com o ambiente, tocando esta teoria com aquela proposta por
Vygotsky, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas
como sendo descoberto espontaneamente, nem transmitido de forma
mecânica pelo meio exterior.

Referências:
MOREIRA, Marco Antônio; Teorias de Aprendizagens, EPU, São Paulo, 1995.

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