TAI

Técnicas de Avaliação
de Inteligência
Profª Bárbara Vazi Miranda

Setembro/2022
 CONTEÚDO
01 Avaliação Neuro x Psicológica
02 Inteligência
03 Inteligência Emocional
03 WISC-IV

2
 AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA vs.
NEUROPSICOLÓGICA

3
 AVALIAÇÃO:
Psicológica vs. Neuropsicológica

Psicológica Neuropsicológica
Investigação das causas Investigação mais complexa,
emocionais que geram os em busca das causas de
sintomas atuais do paciente. disfunções cognitivas que
geram os sintomas atuais do
paciente.

Há necessidade de
especialização.

4
 AVALIAÇÃO
NEUROPSICOLÓGICA
- É um tipo de avaliação psicológica mais complexa.

- Fundamental ter o conhecimento do sistema nervoso e suas

patologias.

- Possui duas regras fundamentais:

1. Trate cada paciente como um indivíduo.
2. Pense a respeito do que você está fazendo.

5
 É uma das áreas de especialização de Psicologia, que tem
como objetivo levantar dados clínicos que permitam
auxiliar no diagnóstico e tipos de intervenção e
reabilitação para indivíduos e grupos de pacientes em
condições nas quais tenha ocorrido prejuízo ou
modificação significativa do funcionamento cognitivo,
afetando diretamente o funcionamento e qualidade de
Resolução CFP vida do indivíduo. Auxilia também no fornecimento de
Nº 002/2004 dados objetivos e na formulação de hipóteses sobre o
funcionamento cognitivo para tomada de decisões de
profissionais de outras áreas.

6
 ETAPAS DE UMA AVALIAÇÃO
NEUROPSICOLÓGICA
Queixas do
Encaminhamento História clínica
paciente

HIPÓTESE SOBRE DÉFICIT

COGNITIVO / DISFUNÇÃO
CEREBRAL

História da vida Circunstâncias Desempenho nos

passada atuais testes

7
 INTELIGÊNCIA

8
 DESENVOLVIMENTO DO
PENSAMENTO
➔ Surge numa situação da qual o indivíduo não tem uma
resposta pronta.

➔ Há investigação -> busca de resposta através de análise de

informações para formação de um plano para execução.

◆ Pensamento Sincrético
◆ Pensamento Pré-Categorial
◆ Pensamento Categorial
9
METACOGNIÇÃO
CONHECER O PRÓPRIO
CONHECER

10
 O que é
Inteligência?
11
 DEFINIÇÃO
“O constructo de inteligência
tem sido proposto para explicar
e esclarecer o complexo
conjunto de fenômenos que
justificam as diferenças
individuais em termos de
funcionamento intelectual.”
(Mcgrew & Flanagan, 1998, p.1)

12
1927 HISTÓRIA
SPEARMAN 01 Fator G

Não tem fator g,

1938
mas sim um
conjunto de 02 THURSTONE
habilidades.

1941
CATTELL 03 Teoria Gf - Gc

Aprimorou
1991
Inteligência
Fluída e 04 HORN
Cristalizada

13
 ESTRUTURA DA TEORIA - CATTELL E HORN

14
 TIPOS DE INTELIGÊNCIA

Gf - Inteligência Fluída
● Raciocínio Geral
● Potencial para aprender

Gc - Inteligência Cristalizada
● Conhecimento preexistente
● Potencializa novas aprendizagens

15
1993
Teoria dos Três
HISTÓRIA
CARROLL 05 Estratos:
Específico, Mais
Amplo e Geral

1994
Teoria das Inteligências
Múltiplas. Oito inteligências
independentes, mas
relacionadas
06 GARDNER

1998 Integram as teorias e

MCGREW & 07 crian a TEORIA CHC -
Cattell-Horn-Carroll
FLANAGAN

1998
08
Inteligência Múltipla -
3 aspectos: Analítica,
Criativa e Prática STERNBERG

16
 COMPARAÇÕES

17
 Testes de inteligência: embora alguns testes possam ser
considerados como saturados de fator geral de
inteligência (fator g), sabemos hoje que estes testes
medem algumas “áreas de funcionamento” e não
esgotam a análise da inteligência como um todo.

No caso das Escalas Wechsler de Inteligência, ocorre que

AVALIAÇÃO DE um determinado subteste pode exigir uma área de
INTELIGÊNCIA funcionamento ou uma capacidade cognitiva mais ampla
e mais complexa do que outra. Exemplo: abstração verbal
[Semelhanças] e habilidade para cálculo [Aritmética]).

18
 INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL

19
 HISTÓRICO

SALOVEY E MAYER DANIEL GOLEMAN

THORNDIKE STERNBERG E SALTER STERNBERG
1990
1936 1982 1997 1996
a habilidade de
Inteligência Social (IS) Resolução de problemas Papel das emoções na Lançamento do livro:
monitorar as emoções e
em contextos sociais adaptação social e no Emotional Intelligence
sentimentos próprios e dos
Diferentes comportamento
outros, discriminá-los e
Inteligente.
utilizar essas
informações para
orientar pensamentos
e ações.

20
 A emoção corresponderia a uma reação
psicobiológica complexa, que envolveria
inteligência e motivação, impulso para
ação, além de aspectos sociais e da
personalidade, que acompanhados de
mudanças fisiológicas, expressariam um
EMOÇÃO acontecimento significante para o
bem-estar subjetivo do sujeito no seu
encontro com o ambiente.
21
 Capacidade de processar informações
emocionais de forma acurada e eficiente
a partir de processos mentais de
reconhecimento e regulação e uso
INTELIGÊNCIA adaptativo das emoções próprias e
EMOCIONAL alheias.
(Salovey & Mayer, 1990)
22
 Percepção Compreensão
Emocional Emocional
IE - Estrutura de
04

Salovey & Mayer

01 03
Mais reconhecida no meio
acadêmico até hoje.

Facilitador 02 Manejo
Emocional Emocional

23
 IE - ESTRUTURA DE
GOLEMAN
Apesar de ter sido mais
popular, dentro do meio
acadêmico recebeu diversas
críticas.

24
 VÁLIDA OU NÃO?

- Denominada de modelo misto, por incluir conceitos não

intelectivos como a personalidade.
- Afirmações sem fundamentos empíricos
- Não foi submetida à avaliação por pares e não ofereceu respaldo
empírico para as afirmações.
- A popularização da proposta de Goleman (1995), sem respaldo e
validação da comunidade acadêmica, levou a um descrédito do
construto e, com isso, achados importantes foram negligenciados
pela comunidade acadêmica.
- Nos últimos 15 anos foram realizados diversos estudos para
auxiliar no constructo.

25
WISC-IV
ESCALA WECHSLER DE INTELIGÊNCIA
PARA CRIANÇA

26
 HISTÓRICO

PRIMEIRA EDIÇÃO 1939

Era denominada Escala Wechsler-Bellevue (Escala W-B).

WISC 1949
Alguns subtestes foram adaptados e o nome mudou.

WISC-R / WISC-I, II, III e IV 2013

Foi apresentada a 4ª edição da escala.

27
 FICHA SÍNTESE
- Instrumento clínico
- Objetivo: avaliar a capacidade intelectual e o processo de
resolução de problemas em crianças
- Público: 6 anos e 0 meses até 16 e 11 meses
- Aplicação: Individual
- Material:
A. 1 manual técnico
B. 1 manual de instruções para aplicação e avaliação
C. 1 livro de estímulos
D. 1 caixa de cubos
E. Protocolos de aplicação
F. Crivos para correção
28
10 subtestes + 5 suplementares
PRINCIPAIS SUPLEMENTARES
1. CUBOS 11. COMPLETAR FIGURAS
2. Psicológica
SEMELHANÇAS 12. CANCELAMENTO
3. DÍGITOS 13. INFORMAÇÃO
Investigação das causas
4. CONCEITOS 14. ARITMÉTICA
emocionais que geram os
FIGURATIVOS 15. RACIOCÍNIO COM
sintomas atuais do paciente.
5. CÓDIGO PALAVRAS
6. VOCABULÁRIO
7. SEQUÊNCIA DE
NÚMEROS E LETRAS
8. RACIOCÍNIO MATRICIAL
9. COMPREENSÃO
10. PROCURAR SÍMBOLOS

29
 USO DOS TESTES
SUPLEMENTARES
- Ampliam o leque de habilidades cognitivas avaliadas.
- A substituição deverá basear-se em necessidades clínicas
apropriadamente.
- Só é permitida 1 substituição por Índice.
- Para calcular o QI total, é permitido apenas DUAS substituições.
- ICV: Informação e Raciocínio com palavras
- IOP: Completar figuras
- MOP: Aritmética SE…

- IVP: Cancelamento a. O resultado do teste obrigatório for MAIOR

que do teste suplementar = NÃO TROCA

b. O resultado do teste obrigatório for MENOR

que do teste suplementar = TROCA
30
 PRINCIPAIS SUBSTITUIÇÕES ACEITÁVEIS

Semelhanças Informação, Raciocínio com palavras

Vocabulário Informação, Raciocínio com palavras

Compreensão Informação, Raciocínio com palavras

Cubos Completar figuras

Conceitos Figurativos Completar figuras

Raciocínio Matricial Completar figuras

Dígitos Aritimética

Sequência de Núm. e Letr. Aritimética

Código Cancelamento

Procurar Símbolos Cancelamento

31
 ÍNDICES COGNITIVOS OU
PONTOS COMPOSTOS
ICV - Índice de IOP - Índice de
Compreensão Verbal Organização Perceptual
Semelhanças Cubos
Vocabulário Conceitos Figurativos
Compreensão Raciocínio Matricial
Informação Completar Figuras
Raciocínio com palavras
QIT

IMO - Índice de Memória IVP - Índice de Velocidade

Operacional de Processamento
Dígitos Códigos
Sequência de nºs e letras Procurar Símbolos
Aritmética Cancelamento

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 ÍNDICE DE COMPREENSÃO
VERBAL - ICV
Considerado uma medida de conceitos verbais. Formação de conceitos
verbais, raciocínio verbal e conhecimento adquirido.
Fazer relação com uma
Habilidades de escutar uma
resposta e expressar Riqueza do vocabulário
pergunta
pensamentos

Capacidade para
Capacidade de entender a
compreender e expressar
instrução formal e informal
ideias e pensamentos

Pode ser influenciado pela base de estimulação,

pela instrução e pelas oportunidades culturais. 33
 ÍNDICE DE MEMÓRIA
OPERACIONAL - IMO
- Avalia a habilidade de memorizar a informação nova, de mantê-la na
memória em curto prazo, concentrada, e de manipular essa informação
para produzir alguns processos de resultado ou de raciocínio.
- Envolve atenção, concentração, controle mental e raciocínio,
componente essencial de outros processos cognitivos de ordem mais
elaborada.
- Avalia a concentração, a habilidade de planejamento, a Flexibilidade
cognitiva, habilidade para organização sequencial, mas é sensível à
ansiedade elevada.

34
 ÍNDICE DE ORGANIZAÇÃO
PERCEPTUAL - IOP

- Relaciona-se com a habilidade com que a pessoa mostra-se capaz de

organizar elementos relacionados com um todo complexo.
- Avalia a integração visiomotora, atenção para detalhes, grau de
raciocínio verbal e fluído, capacidade tanto para conteúdos perceptuais
quanto para o processo mental (organização).
- Organização Perceptiva refere-se à aptidão para perceber relações e
sequências espaciais.

35
 ÍNDICE DE VELOCIDADE DE
PROCESSAMENTO - IVP
- Relacionado aos processos de atenção, memória e concentração para
processar imediatamente a informação visual - resistência à distração.
- Avalia habilidades de focalizar a atenção em estímulos distintos,
discriminá-los e sustentar o foco da atenção em período de tempo.
- É uma medida de velocidade de processamento da informação.
- Requer a persistência da habilidade de planejamento, mas é sensível à
motivação, dificuldade de trabalhar sob pressão do tempo e à
coordenação motora elevada.
REFLETE A VELOCIDADE PSICOMOTORA E VELOCIDADE
MENTAL PARA RESOLVER PROBLEMAS NÃO VERBAIS.
36
 ORIENTAÇÕES GERAIS

- Evidencia-se: talentos, deficiências, capacidades e dificuldades.

- Os resultados servem para planejar um tratamento ou tomada de
decisão pedagógica, ou mesmo fornece informação para pesquisas
neuropsicológicas.
- Na avaliação neuropsicológica o desempenho da criança no WISC-IV
complementa outros testes aplicados.
- Para reaplicação, os testes de IOP exigem 2 anos e os de ICV 1 ano de
intervalo. Caso precise antes do prazo, fazer substituições.
- Cuidado com as necessidades do paciente!
37
 ORIENTAÇÕES GERAIS
CASO A APLICAÇÃO EXIJA, PODE-SE MARCAR EM MAIS DE 1 SESSÃO, DESDE QUE
SEJA O MAIS PRÓXIMA POSSÍVEL UMA DA OUTRA!
- Itens de Entrada: Considera-se a idade da criança
- Sequência Inversa: Ajuda a determinar se certos itens devem ou não ser
aplicados. Caso a criança não atinja pontuação total nos primeiros itens,
utiliza-se a ordem inversa até que consiga.
- Interrupção: Cada teste tem um limite, observar!
- Tempo: Alguns testes exigem um tempo específico - cronômetro!
- Repetição: atenção com aritmética e raciocínio com palavras.
- Inquéritos: Quando a resposta não for clara. Cuidado!
38
 APLICAÇÃO E RAPPORT

- Ambiente silencioso, livre de distrações (de costas para janelas e

portas), mesa e cadeiras apropriadas para a criança.
- SEM INTERRUPÇÕES DE TERCEIROS!!
- ATENÇÃO sobre o que e como conversar com a criança.
- NÃO utilizar a expressão - TESTE DE INTELIGÊNCIA
- Incentive a criança - “Faça da melhor maneira que puder…”
- Cuidado com a SUA ansiedade, fale de maneira tranquila.
- TREINE MUUUUUUUIIIIITTTOOO!

39
 SUBTESTES

40
 1 - CUBOS (IOP)
A criança deverá REPRODUZIR UM MODELO ou figuras do Livro de estímulos,
utilizando cubos brancos/vermelhos dentro de um tempo determinado.
OBJETIVO: Medir a habilidade de analisar e sintetizar estímulos visuais
abstratos.
O QUE AVALIA: Envolve a criação de conceitos não verbais, percepção visual
e organização, processamento simultâneo, coordenação visual e motora,
aprendizado e habilidade de separar figura e fundo por estímulos visuais
(processamento visual).

41
 1 - CUBOS (IOP)
MATERIAL:
- Protocolo de Registros
- Livro de Estímulos
- Caixa de Cubos
- Cronômetro

INÍCIO:
- 6 - 7 anos: Item 1 / 8 - 16 anos: Item 3
- Suspeita de Déficit Intelectual, a aplicação deve começar pelo Item 1!

42
 1 - CUBOS (IOP)
CORREÇÃO DE ERROS:
- Toda rotação acentuada (30° ou mais) é considerado erro.
- Corrigir somente a primeira rotação que ocorrer, girando o cubo para a
posição correta e dizendo: “Veja, é assim”.
Exemplos de graus e erros de rotação:

43
APLICAÇÃO DOS ITENS: 1 - CUBOS (IOP)
Pegar 2 cubos e colocar na frente do examinando e dizer:
“Você está vendo estes cubos? Eles são todos iguais. Eles tem alguns
lados só vermelhos, outros só brancos e outros são metade vermelhos,
metade brancos”.
ITEM 1 (Tempo: 30’) - Apenas os itens 1 a 3 que possuem duas tentativas.
- Colocar 2 cubos na frente do examinando e dizer: “Veja como eu junto
os cubos para fazer algo”. Construa a primeira imagem DEVAGAR.
- Colocar mais 2 cubos na frente do examinando e apontar para
o modelo dizendo: “Agora faça um igualzinho”.
- Montagem correta: segue para o próximo item
- Montagem errada: passar para tentativa 2 44
 1 - CUBOS (IOP)
- Registrar o tempo COM PRECISÃO, principalmente nos itens que recebem
pontos de bonificação.
- Iniciar o cronômetro assim que disser a última palavra: “pode começar”
e parar apenas quando o paciente indicar (verbal ou fisicamente) que
concluiu o item.
- Se estiver quase terminando quando o limite de tempo for atingido,
deixar que ele trabalhe por mais alguns segundos.
- ATENÇÃO PARA O USO DO CELULAR!

45
 2 - SEMELHANÇAS (ICV)
São apresentadas 2 palavras à criança representando OBJETOS ou CONCEITOS COMUNS, e ela deverá
indicar em quais pareceres SÃO SEMELHANTES.
OBJETIVO: Medir o raciocínio verbal e a formação de conceitos.
- Envolve a compreensão oral, memória, capacidade de distinguir o essencial do não essencial e
a forma de se expressar verbalmente.
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros Suspeita de Déficit
Intelectual, a aplicação deve
INÍCIO: começar pelo item 1.
- 6 a 8 anos: Exemplo e em seguida item 1
- 9 a 10 anos: Exemplo e em seguida item 3
46 - 12 a 16 anos: Exemplo e em seguida item 5
 2 - SEMELHANÇAS (ICV)

- Ler cada item da seguinte forma: “O que (a)_______ e (a)________ têm em comum?”
- Os itens podem ser repetidos quantas vezes o aplicador julgar necessário, mas não pode ser
alterado.
- Se a resposta for vaga ou pouco clara, dizer: “Explique o que quis dizer ou Fale um pouco
mais sobre isso.”
- Os itens 1 e 2 têm como objetivo ensinar a tarefa. Se o examinando der uma resposta errada
nesses itens, corrigi-lo.

47
 3 - DÍGITOS (IMO)
Divide-se em duas partes:
1. ORDEM DIRETA: A criança deverá repetir os números lidos em voz alta NA
MESMA ORDEM.
2. ORDEM INVERSA: A criança deverá repetir os números lidos em voz alta em
ORDEM DECRESCENTE.
OBJETIVO: medir a memória auditiva de curto prazo, sequenciamento, atenção
e concentração.
O QUE AVALIA:
- OD: Envolve a aprendizagem por memorização, atenção, codificação e
processamento auditivo.
- OI: Envolve a memória operacional, transformação de
informações, agilidade mental e imagens visuais e espaciais. 48
MATERIAL: 3 - DÍGITOS (IMO)
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros
INÍCIO: todas as idades iniciam a partir do Item 1.
APLICAÇÃO:
- ORDEM DIRETA - Dizer: “Eu vou dizer alguns números. Ouça com
atenção e, assim que eu terminar, repita exatamente o que eu disse. É
só falar o que eu falei.”
- ORDEM INVERSA - Dizer: “Agora eu vou dizer mais alguns
números, mas desta vez, quando eu parar, eu quero que você
me fale os números de trás para frente. Se eu disser 8 - 2, o
que você deverá dizer?” 49
 3 - DÍGITOS (IMO)
INSTRUÇÕES GERAIS:
- Ler os números a um ritmo de um dígito por segundo, baixando a voz
lentamente ao chegar no último dígito da sequência.
- NÃO REPETIR NENHUMA DAS TENTATIVAS. Se o examinando pedir, diga:
“Fale o que você acha que eu disse.”
- Oferecer ajuda APENAS no exemplo da ORDEM INVERSA.
- A OI deve ser aplicada, independente do desempenho do examinando na
OD.

50
 4 - CONCEITOS FIGURATIVOS (IOP)
Mostra-se para a criança uma “prancha” com duas ou três fileiras de figuras e ela deve ESCOLHER
UMA FIGURA de cada fileira que tenha alguma CARACTERÍSTICA EM COMUM.
OBJETIVO: medir o nível de abstração e a habilidade de raciocinar, fazendo montagens conforme
uma classe específica.

MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Livro de Estímulos Suspeita de Déficit
Intelectual, a aplicação deve
- Protocolo de Registros começar pelo item 1.
INÍCIO:
6 a 8 - Exemplos A e B e em seguida Item 1
9 a 11 - Exemplos A e B e em seguida Item 5
51 12 a 16 - Exemplos A e B e em seguida Item 7
 4 - CONCEITOS FIGURATIVOS (IOP)
APLICAÇÃO:
- Abrir o livro de estímulos no exemplo A e dizer: “Olha isto aqui (percorre o dedo na 1ª fileira).
Olhe isto aqui (percorrer o dedo na 2ª fileira). Escolha uma figura daqui (mostrar a 1ª
fileira) que combine com uma figura daqui (mostrar a 2ª fileira).
- Para itens de 3 fileiras: “Escolha uma figura de cada fileira: uma aqui (apontar a 1ª), uma
aqui (apontar a 2ª) e outra aqui (apontar a 3ª).
- Se ele oferecer mais de uma combinação de figuras, pedir que escolha a melhor.

CRIANÇAS MENOS VERBAIS OU COM DIFICULDADES NA FALA, MAS QUE COMPREENDEM A

LINGUAGEM, PODEM APONTAR OS ITENS!

52
 5 - CÓDIGO (IVP)
A criança deverá copiar símbolos que se relacionam às formas geométricas
simples ou números. Usando um gabarito, a criança deverá desenhar esses
símbolos junto à figura geométrica ou retângulo correspondente, dentro de
um limite de tempo.
OBJETIVO: medir a velocidade de processamento, memória de curto prazo,
aprendizado, percepção visual, coordenação visual e motora, amplitude
visual, flexibilidade conectiva, atenção motivação.

53
 5 - CÓDIGO (IVP)
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros
- Protocolo de Respostas 1
- Lápis sem borracha
- Cronômetro

INICIO:
6 a 7 anos: Código A / 8 a 16 anos: Código B

54
 5 - CÓDIGO (IVP)
APLICAÇÃO:
- Código A: “Aqui estão algumas formas com sinais dentro delas. Cada
forma tem seu próprio sinal. Veja como eu faço. Aqui nós temos um
círculo. Este círculo aqui em cima tem duas linhas que são assim.
Assim, eu desenho duas linhas aqui neste círculo.”
- Código B: “Olhe estes quadros divididos. Cada quadro tem um
número na parte de cima e um símbolo na parte de baixo. Aqui
embaixo os quadros tem os números na parte de cima, mas
embaixo está vazio. Eu quero que você desenhe os símbolos nos
quadros vazios. Faça assim.”
55
 5 - CÓDIGO (IVP)
APLICAÇÃO:
- “Quando eu disser ‘Pode começar’, faça estes da mesma maneira.
Comece aqui e continue na ordem, sem pular nenhum. Trabalhe o mais
depressa que puder e procure não errar, até eu dizer para parar.
Pronto? Pode começar.”
- NÃO DAR BORRACHA
- Caso o examinando erre, diga: “Não tem problema. Continue
trabalhando o mais depressa possível.”
- Ficar atento com a frequência de erros e omissões.
- TEMPO TOTAL: 120 segundos.
56
 6 - VOCABULÁRIO (ICV)
OBJETIVO: medir o conhecimento de palavras e a formação de conceitos
verbais, bem como o nível de conhecimento, habilidade de aprendizado,
memória a longo prazo e nível de desenvolvimento linguístico.
O QUE AVALIA: envolve a percepção auditiva e compreensão, conceituação
verbal, pensamento abstrato e expressão verbal.
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros
- Livro de Estímulos
57
 6 - VOCABULÁRIO (ICV)
INÍCIO:
6 a 8 anos - item 5 (não usar livro de estímulos) Suspeita de Déficit
9 a 11 anos - item 7 Intelectual, a aplicação deve
começar pelo item 5.
12 a 16 anos - item 9
APLICAÇÃO: Dizer - ‘Eu vou dizer algumas palavras. Preste atenção e diga o que
cada palavra quer dizer.”
- Ler cada item.
- Eles podem ser repetidos quantas vezes o aplicador julgar necessário, mas o
enunciado não pode ser alterado.
- Se a resposta for vaga ou não puder ser avaliada de imediato, dizer: “Explique o
que você quer dizer ou Fale um pouco mais sobre isso.”
58
- Desconsiderar caso a criança não responda verbalmente.
 7 - SEQ. NÚMEROS E
LETRAS (IMO)
O examinador lê em voz alta uma série de números e letras misturados e a
criança deverá repeti-los, colocando os números em ordem crescente e as
letras em ordem alfabética - primeiro os números e depois as letras.
OBJETIVO: verificar a capacidade de sequenciamento, agilidade mental,
atenção, memória auditiva de curto prazo, imagens visuais e espaciais e
velocidade de processamento.
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros
59
 7 - SEQ. NÚMEROS E
LETRAS (IMO)
INICIO:
6 a 7 anos: itens de qualificação primeiro + item exemplo e em seguida Item
1. Suspeita de Déficit
8 a 16 anos: Item de exemplo e em seguida o Item 1. Intelectual, a aplicação deve
começar pela qualificação.

APLICAÇÃO:
- Aplicar sempre as 3 tentativas de cada item.
- Ler em um ritmo de um dígito ou letra por segundo com entonação
sugestiva para o final.
- NÃO REPETIR NENHUMA ALTERNATIVA!
60
 8 - Raciocínio Matricial (IOP)
É mostrada para a criança uma matriz incompleta e ela deverá ENCONTRAR A PARTE
QUE FALTA, dentre as cinco opções de resposta que lhe são apresentadas.
OBJETIVO: medir a fluidez da inteligência e para se obter uma estimativa realista da
habilidade intelectual de modo geral.
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros
- Livro de Estímulos

61
 8 - Raciocínio Matricial (IOP)
INÍCIO: Aplicar os exemplos A-C em todos
6 a 8 anos - Item 4 Suspeita de Déficit
9 a 11 anos - Item 7 Intelectual, a aplicação deve
começar pelo item 4
12 a 16 anos - Item 11
APLICAÇÃO:
- O examinando deve apontar ou dizer o número do item correspondente à sua
resposta. Caso use outra verbalização, diga: “Mostre para mim.”
- Protocolo de Registros
- Livro de Estímulos

62
 9 - COMPREENSÃO (ICV)
A criança deve responder às perguntas do examinador com base em seu
entendimento dos princípios gerais e vivência social.
OBJETIVO: medir o raciocínio verbal e conceituação, compreensão verbal e
expressão, habilidade para avaliar e utilizar experiências anteriores e
habilidade para transmitir informações de ordem prática.
Envolve o conhecimento de padrões de comportamento, julgamento,
maturidade e bom senso.
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros 63
 9 - COMPREENSÃO (ICV)
INÍCIO:
6 a 8 anos - Item 1 Suspeita de Déficit
9 a 11 anos - Item 3 Intelectual, a aplicação deve
começar pelo item 1
12 a 16 anos - Item 5
INSTRUÇÕES GERAIS:
- Os itens PODEM ser repetidos quantas vezes o aplicador julgar
necessário, SEM ALTERAR O ENUNCIADO.
- Em caso de resposta vaga, pedir que o examinando elabore mais.
- O Item 1 tem o objetivo de ensinar a tarefa. Caso a criança não consiga 2
pontos, corrigi-la e NÃO OFERECER MAIS AJUDA.
64
 10 - PROCURAR SÍMBOLOS (IVP)
A criança indica se o símbolo alvo combina ou não com algum dos que estão no
grupo de busca, dentro de um tempo limite.
OBJETIVO: medir a velocidade de processamento, memória visual de curto prazo,
coordenação visual e motora, flexibilidade cognitiva, discriminação visual e
concentração.
Envolve compreensão oral, organização e habilidade de planejar e aprender.
INÍCIO:
6 a 7 anos - Procurar Símbolos A
8 a 16 anos - Procurar Símbolos B
65
 10 - PROCURAR SÍMBOLOS (IVP)
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros
- Protocolo de Respostas 1
- Lápis/Caneta
- Cronômetro
- Crivo de correção
INSTRUÇÕES GERAIS:
- No protocolo A, há apenas 1 estímulo de busca, já no B há 2 estímulos.
- Aplicar os itens de exemplo para explicar e em seguida o treino.
66 - NÃO DAR BORRACHA. Caso erre, incentive para que continue.
 11 - COMPLETAR FIGURAS
(IOP) - S
A criança deverá apontar ou indicar com palavras o que está faltando.
OBJETIVO: medir a percepção visual e a organização, concentração e
reconhecimento visual de detalhes essenciais dos diferentes objetos.
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros
- Livro de Estímulos
- Cronômetro

67
 11 - COMPLETAR FIGURAS
(IOP) - S
INÍCIO: Aplicar item de exemplo em todos.
6 a 8 anos - Item 1
9 a 11 anos - Item 5
12 a 16 anos - Item 10
INSTRUÇÕES GERAIS:
- Esclarecer repostas SEMPRE QUE FOR NECESSÁRIO
- Dizer frases APENAS 1 VEZ durante a execução
- Respostas que exigem inquérito específico tem símbolo de *

68
 12 - CANCELAMENTO (IVP) - S
A criança examina uma montagem de figuras, estruturadas ou aleatórias, e assinala as
figuras alvo, dentro de um limite de tempo.
OBJETIVO: medir a velocidade de processamento, atenção visual seletiva, vigilância ou
negligência visual.
INÍCIO: TODOS começam no mesmo item, após exemplo e treino
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros
- Protocolo de Respostas 2
- Lápis/Caneta
69 - Cronômetro
 12 - CANCELAMENTO (IVP) - S
INSTRUÇÕES GERAIS:
- NÃO dar borracha
- Aplique os exemplos e garanta que a criança compreendeu a tarefa
- Aplicar primeiro o item ALEATÓRIO e depois o ESTRUTURADO.

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 13 - INFORMAÇÃO (ICV) - S
A criança deverá responder os questionamentos que cobrem amplo leque de
conhecimentos gerais.
OBJETIVO: medir a capacidade de adquirir, reter e recuperar conhecimentos
factuais.
O QUE AVALIA: envolve a inteligência, memória de longo prazo e capacidade
de reter e recuperar informações adquiridas na escola e no ambiente em que
vive, além da percepção auditiva, compreensão e expressão verbal.

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 13 - INFORMAÇÃO (ICV) - S
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros
INÍCIO:
- 6 a 8 anos: Item 5 Suspeita de Déficit
- 9 a 11 anos: Item 10 Intelectual, a aplicação deve
começar pelo item 5
- 12 a 16 anos: Item 12

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 13 - INFORMAÇÃO (ICV) - S
INSTRUÇÕES GERAIS:
- Os itens podem ser repetidos quantas vezes o avaliador julgar
necessário.
- Se a resposta for vaga, dizer: “Explique o que você quer dizer” ou “Fale
mais um pouco sobre isso.”
- Caso o examinando entenda errado a palavra, repetir até que possa
compreendê-la corretamente.
- Os itens 1 e 2 servem para ensinar a tarefa, caso o examinando erre
nesses itens, corrigi-lo e NÃO OFERECER MAIS AJUDA ATÉ O FINAL DO
TESTE.
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 14 - ARITMÉTICA (IMO) - S
A criança deverá resolver MENTALMENTE, uma série de problemas matemáticos que lhe
são apresentados oralmente, dentro de um limite de tempo preestabelecido.
OBJETIVO: avaliar a agilidade mental, concentração, atenção, memória de curto prazo e
longo prazo, habilidade de raciocínio numérico.
O QUE AVALIA: envolve sequenciamento, fluidez de raciocínio e lógica.
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros
- Livro de Estímulos
- Cronômetro
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 14 - ARITMÉTICA (IMO) - S
INÍCIO:
- 6 a 7 anos: Item 3
- 8 a 9 anos: Item 9 Suspeita de Déficit
- 10 a 16 anos: Item 12 Intelectual, a aplicação deve
começar pelo item 3
INSTRUÇÕES GERAIS:
- O enunciado só pode ser repetido apenas 1 vez, caso o paciente solicite ou o avaliador
perceba que o examinando não compreendeu o enunciado.
- Contar o tempo assim que terminar de ler o enunciado.
- ATENÇÃO: os itens 1 a 5 utilizam o livro de estímulos.
- Não pode utilizar lápis e papel, porém, não impedir se o examinando usar o dedo na
mesa.
- Os itens 1 a 3 são para ensinar a tarefa, caso erre, corrigir e NÃO
75 AUXILIAR ATÉ O FINAL DO TESTE.
 15 - RACIOCÍNIO COM
PALAVRAS (ICV) - S
A criança deverá identificar conceitos comuns por meio de uma série de
pistas que lhe são fornecidas.
OBJETIVO: medir a compreensão verbal, habilidade de raciocínio analógico e
geral, abstrações verbais, conhecimentos do assunto, capacidade de
integrar-se e sintetizar vários tipos de informações, e habilidade de criar
conceitos alternativos.
MATERIAL:
- Manual de Instruções para Aplicação e Avaliação
- Protocolo de Registros
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