Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3ª Aula:
Tema de discussão:
A descoberta do inconsciente:
REFERÊNCIA:
FREUD, S. Cinco Lições de Psicanálise: Segunda Lição (1912). In: Obras Completas
de S. Freud (volume XI), Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda.
_______________________________________________________________
Nesta sessão do seminário, segunda lição, Freud expõe que ao mesmo tempo
em que Breuer praticava a cura de conversão com sua paciente, o “grande
Charcot”, em Paris, iniciava suas investigações com as histéricas de Salpêtrière,
onde havia de surgir uma nova concepção de enfermidade.
Freud menciona que Charcot não era propenso a concepções psicológicas, mas
seu discípulo Pierre Janet, debruçou-se nos processos psíquicos particulares da
histeria, tomando a divisão da mente e a dissociação da personalidade como
ponto central da teoria.
Quando Freud prosseguia sozinho as pesquisas iniciadas por Breuer, foi levado
a outro ponto de vista a respeito da dissociação histérica, a divisão da
consciência. Nesse sentido diverge com Janet, ao passo que não atribuiu a
divisão psíquica à incapacidade inata para síntese da parte do aparelho psíquico,
mas sim pela dinâmica constante de conflito de forças mentais contrarias que
resulta em uma luta ativa de dois agrupamentos. Observa-se assim uma
regularidade do eu se defender de recordações penosas, sem que isso produza
a divisão psíquica.
Freud admitiu que o método hipnótico se tornou enfadonho, como recurso incerto
e místico. Percebeu também, que mesmo com muitos esforços conseguia
hipnotizar apenas uma pequena parte dos pacientes, e, que as experiências dos
hipnotizadores de Nancy, indicavam que os participantes se recordavam de atos
realizados sob sonambulismo hipnótico.
Neste momento Freud se depara cada vez mais, com um fenômeno muito
contundente, a resistência1.
1RESISTÊNCIA: Chama-se resistência a tudo o que nos atos e palavras do analisando, durante o tratamento
psicanalítico, se opõe ao acesso deste ao seu inconsciente. Por extensão, Freud falou de resistência à
psicanálise para designar uma atitude de oposição às suas descobertas na medida em que elas revelavam
os desejos inconscientes ao homem um “vexame psicológico”
2 AFETO: termo que a psicanálise exprime para qualquer estado afetivo, penoso ou desagradável.
3 REPRESSÃO OU RECALCAMENTO: Em sentido amplo: operação psíquica que tende a fazer desaparecer
Nesse sentido, Freud destaca o sintoma como resultado da luta de duas forças,
o impulso de satisfação inconsciente da libido contra a proteção do recalque,
como forças exercem seu imperativo no mesmo momento, até que o sofrimento
que as forças provocam, levam o indivíduo a buscar de uma solução. A
repressão ou recalcamento é o principal mecanismo de defesa utilizado pelo
neurótico. Ele procura repelir ou manter inconsciente as representações ligadas
à pulsão. Desejos ou necessidades provocadoras “de prazer em si mesmas “,
mas que provocariam desprazer no consciente. O recalque é também o principal
mecanismo de defesa da histeria. Quando o desejo que permanece no
inconsciente não foi recalcado de forma efetiva, ele continua fazendo pressão,
exigindo satisfação. Foi denominado de retorno do recalcado, esse material
reprimido, o qual continua a pressionando por satisfação, gerará conflito no
consciente, conflito este que, afastado da consciência, se torna gerador de
ansiedade. O sintoma é a formação de compromisso que tende conciliar o desejo
reprimido com a instância repressora.
_______________________________________________________________
RESISTÊNCIA: Chama-se resistência a tudo o que nos atos e palavras do
analisando, durante o tratamento psicanalítico, se opõe ao acesso deste ao seu
inconsciente. Por extensão, Freud falou de resistência à psicanálise para
designar uma atitude de oposição às suas descobertas na medida em que elas
revelavam os desejos inconscientes ao homem um “vexame psicológico”
REPRESSÃO OU RECALCAMENTO: Em sentido amplo: operação psíquica que tende a fazer desaparecer da
consciência um conteúdo desagradável ou inoportuno.