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AULA 5
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Depois de Freud e ainda hoje, nós temos a teoria antes da clínica e
justamente por isso corremos o risco de sermos tecnicistas, ao subordinar a
clínica à teoria.
Um cuidado que se deve ter constantemente é para não "enquadrar" ou
"ajustar" a pessoa à teoria, "fazer caber", pois essa atitude distancia
completamente o terapeuta do método psicanalítico.
Um exemplo seria subentender qual é o conflito da criança pela idade que
ela tem. Isso por considerar os estágios do desenvolvimento psicossexual
infantil. O reducionismo também pode ser verificado quando se deseja ter um
manual de interpretações de sonhos em que se atribui sentido e significado aos
elementos do sonho. Dentre o inestimável legado de Sigmund Freud
destacamos aqui que:
- a clínica é soberana à teoria; e
- o psicanalista conduz o tratamento, mas o processo se dá a partir da
associação livre e da atenção flutuante
No método catártico que foi o precursor imediato da psicanálise, já havia
a expressão “esvaziamento da chaminé” para se referir à sensação de alívio
produzida por falar de si ao médico. Já no método psicanalítico, por meio da
associação livre na linguagem falada, os pacientes comunicavam seus desejos
inconscientes através de fenômenos tais como atos falhos, sonhos e
esquecimentos e outros sintomas compreendidos como manifestações do
inconsciente. O que se apresentava era uma verdade diferente daquela do
discurso racional, em que o paciente conta ou relata algo sobre si. Na associação
livre, o paciente ao falar inicia uma série de encadeamentos que se difere de
conteúdos planejados intencionalmente a serem comunicados, e ao falar
livremente levam a demonstrarem algo sobre si.
Exemplo: uma paciente chega ao consultório médico queixando-se de
uma dor intensa e constante que a impede de manter suas atividades cotidianas
desde as mais simples como arrumar a casa e trabalhar. Ao narrar ao médico
como é essa dor, a paciente relata que ela é intensa, e muda de lugar no seu
corpo, cada hora dói uma parte do corpo. Ela explica que nenhum remédio é
eficaz para apaziguar a sua dor: já utilizou “todos” os analgésicos, fez terapias
alternativas e visitou muitos profissionais que nunca encontraram as causas da
sua dor, não se tratava de nenhum problema neurológico ou muscular. Não se
identificou nada nos exames de imagem e nem clínico e disse ao médico que ele
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era a última tentativa em seu desespero. O médico de fato constatou em seu
exame clínico e estudando os exames trazidos pela paciente que “ela não tinha
nada” e sugeriu que ela procurasse um psicanalista. Um pouco surpresa, e talvez
decepcionada por não obter mais uma vez uma resposta objetiva sobre o mal
que a acometia, ela pensou que o médico a estava acusando de “ser louca”.
Contrariada, mas sem mais esperança, marcou uma hora com a psicanalista só
para “desencargo de consciência”: afinal, mal não poderia fazer, tinha certeza
que de nada adiantaria esse expediente de consultar alguém sobre uma dor que
sentia no corpo: ora, ela pensava “– Eu não sou louca” e ainda vou gastar
dinheiro à toa.
Eis que, no dia e hora marcados, ela vai ao encontro da psicanalista, e,
chegando lá ela é convidada a falar sobre o que está se passando com ela,
relatando tudo o que lhe vier a cabeça e aos poucos ela começa a perceber
quando surgiram as dores: em uma época difícil da sua vida, após a separação
de seu marido. Falou sobre a vergonha social que sentiu, a dor de ter sido traída
e quando percebeu chorava enquanto falava sobre o que ela sabia, mas que
evitava pensar. A sessão, era assim que a psicanalista chamava a consulta,
passou rapidamente, e ela se sentiu mais leve, as situações mais claras. A
psicanalista a convidou para ir novamente à uma sessão, na semana seguinte,
no mesmo dia e no mesmo horário, se a paciente quisesse. Ela pensou que não
custava ir mais uma vez (apesar de considerar o preço correspondente ao valor
da sessão), mas só mais uma vez não iria fazer mal. E confirmou a sessão.
Durante a semana, percebeu que suas dores tinham diminuído em
frequência e em intensidade, mas pensou que poderia ter sido porque deixou de
comer doces, ou um certo queijo, ou ainda porque tinha trocado o colchão para
aliviar as dores.
Foi à sessão seguinte. Percebeu que falava coisas que já sabia, mas que
não lembrava que sabia. E, assim, na semana seguinte, e na outra e na outra
ainda. Era preciso reconhecer que suas dores estavam diminuindo
significativamente e que talvez a dor da separação conjugal, que tinha sido
colocada em palavras naqueles encontros diferentes com uma pessoa que ela
mal conhecia, a estavam curando: ela estava conseguindo aproveitas os dias
com seus filhos, estava voltando a trabalhar e até indo comprar algumas roupas
que combinavam com o seu novo jeito. E ela pensou: como pode ela ter me
tratado sem remédios? Só conversando? Pois é. Isto se chama psicanálise.
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É necessário coragem para encarar a dor no lugar de negá-la. Difícil, mas
necessário.
E para onde leva a psicanálise? Para a autonomia, para o reconhecimento
de si. Essa é a ética da psicanálise: "Cada interpretação reconduz o sujeito à
escolha de seu desejo e de seus modos de gozo, levando em conta que a ética
da psicanálise é manter a estrutura de falta do inconsciente" (Santoro, V. 2006,
p. 61).
A psicanálise leva àquele lugar que sobra depois de ser retirado o excesso
(per via de levare – pela via de retirar). Durante a vida as pessoas são levadas,
por ação da cultura, a se adaptar, se ajustar, fazer o que é esperado socialmente
das pessoas na sua geração: estudar, trabalhar, casar, ter filhos, adquirir bens
etc. É uma série de "ter que" como bem exemplificado no filme Happiness, de
Steve Cutts, 2017 1.
Uma conduta massificada, em uma sociedade capitalista,
heteronormativa que segue seu rumo sem se dar conta da subjetividade
aniquilada em cada um. A psicanálise leva ao resgate da subjetividade, mesmo
que doa, mesmo que contrarie, mesmo que incomode, para que então o sujeito
decida como se relacionar com isso que restou da análise.
Chegar a este lugar onde nos leva a análise é de muita responsabilidade,
pois as pessoas sofrem com o problema. Por outro lado, o problema lhe traz
compensações (ganhos secundários) às quais nem sempre é fácil renunciar. Se
dar conta disso e assumir seu papel de protagonista, de quem atua para se
manter no lugar que ocupa e do qual se queixa, é, geralmente, muito pesado.
Para Freud, as pessoas deveriam chegar na autonomia, ou seja, aprender
a lidar com as situações, com as tendências, com os desejos, especialmente os
mais infantis. Sobre isso é preciso entender um pouco mais sobre "A Ética da
Autonomia".
Em "O Mal-Estar na Civilização" (Freud, 1929/1986), Freud fala sobre o
mal-estar que a consciência da autonomia e a liberdade provocam. Enquanto a
pessoa se perceber vítima de uma história de vida que a determinou assim, ela
de certa forma apazigua seu sofrimento, pois encontra um sentido para seu
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Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=e9dZQelULDk>. Acesso em: 6 jan. 2022.
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estado/sofrimento. Entende que algo ou alguém superior quis assim, o que a
coloca na condição de repetir: eu não posso fazer nada.
Em sendo vítima, a pessoa segue o fluxo: estuda, trabalha, casa, tem
filhos, consome bens e serviços e a vida se repete de geração em geração. Essa
postura acrítica em relação a si anula qualquer subjetividade e internaliza um
padrão social que pode ser a fonte de suas queixas, mas que também é em
grande medida confortável.
A analogia pode ser feita com uma gaiola aberta, mas onde a pessoa
permanece dentro, se sentindo prisioneira. Essa situação, muito frequentemente
relatada pelos pacientes nas entrevistas preliminares, é um exemplo do que
Freud teorizou posteriormente sobre a relação entre o princípio do prazer e o
princípio da realidade.
Para Freud, cada indivíduo deveria superar o que seria a tendência
universal ao infantilismo, ou seja, o apego ao princípio do prazer (desejos
individuais, egoístas), e enfrentar o princípio de realidade (adaptação às leis
sociais); deveria dominar os instintos, aceitar e saber lidar com as frustrações
que a realidade impõe, tornando-se autônomo e não escravo dos desejos,
sobretudo os infantis: “A ética da autonomia”.
Na técnica psicanalítica, o terapeuta deve agir conforme o princípio da
abstinência, ou seja, agir no sentido de desconstruir os mecanismos de defesa:
"o tratamento analítico deve ser efetuado, na medida do possível, sob privação
– num estado de abstinência" (Freud, 1919/1986, p. 205). Vamos nos ater a este
trecho entre vírgulas: na medida do possível. Em alguns casos, há o perigo de
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descontruir e fragilizar ainda mais uma mente enferma. Ao escrever sobre as
linhas de progresso na terapia psicanalítica no mesmo ano em que se encerrava
a primeira guerra mundial, em um contexto social marcado por importante
vulnerabilidade emocional entre as pessoas, Freud (1919/1986) se preocupa
com o risco de oferecer muita análise e pouca síntese ao paciente, ou seja,
interpretar muito suas defesas, fragilizando suas resistências sem ajudá-lo no
processo de reorganização, pois na verdade é com o que resta que o sujeito
compõe o mundo.
Freud reconhece que existem pessoas tão pouco preparadas para a vida,
que é preciso, com relação a elas, usar pedagogia.
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A situação que se colocava era a de que para diferentes pessoas
precisam ser planejadas diferentes intervenções, como se fosse um princípio da
equidade. Quanto mais “saudável” a pessoa, mais autonomia e autocuidado são
esperados. Quanto mais vulnerável, mais frágil emocionalmente, quanto menor
ou pior for a sua rede de apoio social, maior deve ser a preocupação do terapeuta
com o cuidado e menor a exigência de autonomia. Imaturidade versus
Autonomia.
Na clínica psicanalítica clássica, a ênfase é pela não gratificação, pela
privação e abstinência. Reforçar defesas seria um erro técnico.
O método ativo teve sua origem na psicanálise e inicialmente foi
apresentado como uma proposta de alteração na técnica psicanalítica para
encurtar a duração dos tratamentos, que eram muito longos e inacessíveis à
maioria das pessoas.
Alguns casos atendidos por Freud tiveram curta duração e bons
resultados. Gilliéron E. (1993, p. 6) apresenta um levantamento dos casos para
mostrar o quanto foram considerados exitosos mesmo tendo sido curtos,
destacamos alguns deles aqui:
Srª Emmy – sete semanas;
O Pequeno Hans – dois meses; e
O Homem dos Ratos – onze meses.
Além dos processos psicanalíticos, outras experiências de intervenções
de características ativas e breves, feitas durante conversas em passeios a tarde
ou no tempo de uma viagem de trem, também resultaram em bons resultados
para as pessoas.
Os benefícios de um tratamento mais curto foram percebidos pelo próprio
Freud, por exemplo, no caso “Homem dos Lobos”, tratado durante 5 anos e
publicado em 1918. Nesse caso, Freud percebia importante resistência do
paciente, sem avanços no tratamento psicanalítico. Decidiu então por determinar
uma data para a análise terminar e pressionado por essa data, o paciente cessou
sua resistência e entregou-se ao processo psicanalítico que evoluiu tão
rapidamente que em nada se comparou ao tempo anterior (Gilliéron, 1993).
Freud, Otto Hank e Sándor Ferenczi eram colegas de trabalho, amigos,
trabalhavam em Viena (na Áustria) e discutiam juntos a possibilidade de
assumirem postura mais ativa nos tratamentos. Otto Rank relacionava o tempo
maior ou menor do tratamento à motivação do paciente e questionava se a
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motivação poderia ser incentivada pelo analista. Freud chegou a reconhecer os
benefícios da técnica, mas mesmo diante dos resultados positivos decorrentes
dos tratamentos curtos, negou-se a modificar a técnica psicanalítica justificando
que o tratamento deveria ser atemporal, de modo a ficar o mais próximo possível
do inconsciente do paciente. Em 1928, Ferenczi decidiu por recomendar
tratamentos psicanalíticos mais curtos, apresentando o conceito de Técnica
Ativa para caracterizar uma nova modalidade de psicoterapia, e publicou o artigo
“A elasticidade da técnica psicanalítica”. O argumento de Ferenczi era o de que
"não é o analisando que assumiria a tarefa de se adaptar à técnica psicanalítica,
então definida pelo tripé associação livre, princípio de abstinência no campo
transferencial e interpretação; o analista é que precisaria dispor da flexibilidade
elástica necessária para atender aqueles que até então eram considerados
inanalisáveis” (Kupermann, 2019, p. 52). Ferenczi acreditava que era a
passividade do analista o principal fator responsável pelo prolongamento do
tratamento clássico. A reação de Freud e de outros psiquiatras psicanalistas
tradicionais foi pela defesa da técnica psicanalítica tradicional, sem ceder às
pressões e demandas sociais por adaptação. O próprio Ferenczi, depois de obter
êxito em alguns tratamentos ativos, abandonou a técnica ao concluir que as
modificações poderiam ser usadas como resistência e que a interpretação ainda
continuava sendo um método eficaz (Cordioli, 2008).
Logo após a segunda guerra mundial (terminada em 1945), foi muito maior
a demanda social por tratamentos à saúde mental e, ainda assim, a Psicoterapia
Breve era vista como “uma rendição humilhante às pressões de circunstâncias
que levam a resultados transitórios, superficiais, pro forma” (Malan, 1981, p. 19).
O desconforto inicial se deu pela proposta de modificação na técnica
psicanalítica, pois como não havia outra modalidade de tratamento na época a
não ser a psicanálise, e a Técnica Ativa tentou nascer como uma evolução da
psicanálise, o que não agradou os psicanalistas tradicionais. Foi necessária a
construção de um novo modelo de psicoterapia para que a Psicoterapia Breve
fosse então reconhecida e respeitada e se distanciasse da ideia de ser um “erro
técnico” da psicanálise.
Esse novo modelo começou a ser elaborado no Instituto de Psicanálise
de Chicago no período de 1938 a 1945 por meio de um projeto de pesquisa
coordenado por Alexander e French, que investigou quais seriam os princípios
básicos que permitissem um tipo de psicoterapia breve e eficaz. O estudo
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concluiu que a experiência emocional corretiva era o fator curativo, pela
“reexposição do paciente a situações emocionais semelhantes às situações
vivenciadas no passado, que o paciente não conseguiu manejar” (Cordioli, 2008,
p. 94).
A partir de 1950, o grupo de pesquisa em Psicoterapia Breve da Clínica
de Tavistock, em Londres, coordenado por Balint e depois por Malan, avançaram
na elucidação de princípios que caracterizariam o método de condução do
processo de PB, seguidos por Sífneos, em Boston, e juntos estes autores
definiram conceitos e princípios fundamentais que constituem hoje a teoria da
técnica da Psicoterapia Breve de orientação psicanalítica, também denominada
de Psicoterapia Psicodinâmica.
TEMA 4 – WINNICOTT
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Entre o estado de total dependência até a autonomia, o ser humano terá
necessidade de apoios emocionais para apaziguar a ansiedade de separação
decorrente da imposição do princípio da realidade sobre o princípio do prazer.
No bebê, podemos observar rituais e uso de paninhos e chupetas eleitos
como indispensáveis que assumem o lugar de "ficar no lugar da mãe",
tecnicamente conceituados como fenômenos e objetos transicionais que irão
ocupar o lugar vazio deixado pela mãe, entre a realidade interna e a externa.
Foi a partir da experiência clínica de Winnicott com as crianças que surgiu
“A Ética do Cuidado” como uma atitude do analista e ampliou as possibilidades
de analisar pessoas vulneráveis, antes consideradas sem indicação para o
método psicanalítico.
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suficientemente boa ao seu bebê, uma forma especializada de estar-com-o-
outro.
O reconhecimento de que o outro está doente leva-nos naturalmente para
a posição daquele que responde à necessidade, ou seja, à adaptação, à
preocupação e à confiabilidade, à cura no sentido de cuidado. Isso não acarreta,
em nenhum sentido de superioridade. Se assumimos o lugar de quem cuida,
precisamos estar disponíveis para aceitar o outro como ele é, como pode ser,
seja qual for a possibilidade de ser do outro que se apresente num dado
momento da relação terapêutica. Para deixar ser o outro, precisamos estar
preparados para reconhecer qual é a possibilidade de ser do momento e
acompanhá-lo enquanto perdure essa possibilidade, por estreita que seja.
NA PRÁTICA
Por mais madura que uma pessoa possa ser, não está descartada a
possibilidade de em um dado momento e situação de vida acontecer uma
regressão. Esse processo regressivo pode ocorrer durante o curso de uma
análise.
O caso a seguir é um exemplo: uma jovem senhora iniciou o tratamento
com questões relacionadas ao seu relacionamento conjugal. O tratamento
avançou até o ponto em que os insights reflexivos estavam bastante
desconfortáveis e foi neste momento que a paciente faltou a uma sessão. Na
próxima sessão, chegou e justificou a falta falando de uma grave doença que
acometeu seu filho e ela precisou cuidar dele no hospital. O psicanalista
interpretou a resistência da paciente. Na próxima sessão, a paciente limitou-se
a deitar no divã e chorar quase todo o tempo da sessão, com períodos de
silêncio. Novamente a interpretação foi quanto à resistência ao claro progresso
que havia sido evidenciado no tratamento na semana anterior. Depois desta
sessão, a paciente abandonou o tratamento e por telefone contou ao analista
que seu filho havia morrido poucas horas depois que ela deixou o consultório
pela última vez.
Este caso mostra que a ética do cuidado deve permear a competência do
analista em todas as fases do tratamento. Além da possibilidade de ser uma
reação de defesa e regressão, que atende à resistência e à repetição, também
há a possibilidade real de situações que fragilizam o paciente ao ponto de não
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fazer mais sentido a ele a elaboração em curso nas sessões, pois a eminência
de morte do filho se impõe com supremacia neste caso.
A ética recomenda que o processo de tratamento fique em suspenso e
que o psicanalista possa dizer ao paciente: “me fale sobre seu filho, seu processo
analítico pode esperar e continuamos com ele depois”.
Esta atitude seria um exemplo do que Winnicott definiu como Holding.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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OLIVEIRA, Marcos de Moura. Contribuições da técnica ativa para a clínica
psicanalítica. Cad. psicanal., Rio de Jeneiro , v. 43, n. 44, p. 191-
202, jun. 2021 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
62952021000100013&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 15 dez. 2021.
SANTORO, Vanessa Campos. Clínica psicanalítica e ética. Reverso, Belo
Horizonte , v. 28, n. 53, p. 61-66, set. 2006 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
73952006000100009&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 15 dez. 2021.
WINNICOTT, D. W., O Ambiente e os Processos de Maturação – Estudos
sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artmed, 1983.
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