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1° LIÇÃO
relacionados a produção do sintoma, uma vez que quando estes conteúdos eram
verbalizados durante a hipnose, promoviam o desaparecimento ou alteração do sintoma.
Esta observação de diferentes níveis de consciência é o que levará Freud a,
posteriormente, conceber a ideia do Inconsciente, como afirma ao fim da Primeira
Lição.
A “Teoria dos Traumas” é desenvolvida a partir das experiências clínicas de Breuer, que
passa a trabalhar com a ideia de que um acontecimento muito intenso, em que o sujeito
não pode reagir de sua forma natural, produz um sintoma patológico. Este
acontecimento não externalizado da maneira apropriada é esquecido e passa a ser
chamado de “Trauma”, configurando a causa do sintoma.
2° LIÇÃO
Na Segunda Lição, Freud conta sobre as influências que teve de Charcot e Janet,
ambos médicos franceses que trabalhavam com histeria no Hospital Psiquiátrico de
Salpêtrière. Charcot foi o primeiro médico a usar a técnica da hipnose para provar que a
histeria não era uma farsa do doente e nem causada por problemas orgânicos nos órgãos
atingidos. Nos experimentos de Charcot se mostrava que, durante a hipnose, o órgão
atingido voltava a funcionar normalmente pela sugestão, porém, quando encerrada a
hipnose, o sintoma persistia de outras formas.
Janet foi um discípulo de Charcot, responsável por elaborar uma tese de que a
histeria teria causas no sistema nervoso, o que explicaria a não correspondência entre o
sintoma e a anatomia dos órgãos. É nesse ponto que, Freud, em sua observação clínica,
irá discordar de todos os outros médicos de seu tempo, pois conceberá que os processos
observados na histeria não eram próprios de degeneração do sistema nervoso, já que
suas pacientes dispunham de capacidades elevadas em diversas áreas não afetadas pelos
sintomas. Para Freud, a gênese da doença não é estritamente biológica.
Freud abandona o uso da hipnose por diversos motivos, dentre eles a
incapacidade de sugestionar todos os pacientes. Passa então a usar o método catártico
sem o uso da hipnose, sugestionando os pacientes em seu estado normal a falar tudo que
sabiam sobre as cenas patogênicas e os sintomas.
A partir do método catártico, Freud percebe que com certo grau de investimento,
memórias antes esquecidas podem ser retomadas à consciência do paciente, porém, não
sem uma força que resista a esse movimento. Essas observações permitem esclarecer: 1)
a existência de uma estrutura psíquica em que os acontecimentos esquecidos estão
armazenados – o inconsciente; e 2) um mecanismo psíquico que estabelece uma força
de repulsão de certos conteúdos do consciente, fazendo-os permanecer no inconsciente.
Essa força é chamada por Freud de resistência.
A repressão seria o mecanismo que anteriormente teria expelido o conteúdo
indesejado do consciente para o inconsciente.
A repressão permite que as ideias perturbadoras para o sujeito sejam retiradas da
consciência e esquecidas, mas os impulsos desejosos em torno desta ideia permanecem
atuando sobre o aparelho psíquico do sujeito. No lugar da ideia reprimida entra um
3ª LIÇÃO
Freud acreditava que os doentes sabiam o que supunham ter esquecido, posto
que na hipnose estes contavam estórias e traziam conteúdos. A partir disso, coloca de
lado a técnica da hipnose e “força” os pacientes a falar, apostando que o que fosse
associado livremente encaminharia para a chave do sintoma.
Quando Freud diz que não acreditava que uma ideia concebida pelo doente com
atenção concentrada (ou seja, a hipnose) fosse inteiramente espontânea, sem nenhuma
relação com a representação mental por ele procurada. Para ele este seria um conteúdo
que deveria ter alguma relação com a causa (etologia) do sintoma. A origem do sintoma
estaria nesta representação mental que se procura.
Duas forças contrárias atuantes: O sintoma não poderia ser idêntico à
representação mental do trauma pois existem forças contrárias na psique; uma que busca
trazer à consciência aquilo que já havia sido deslembrado pelo inconsciente e a outra era
a resistência, impedindo a passagem para consciente do elemento reprimido ou dos
derivados deste. Desta forma, o sintoma faz alusão àquilo que se procura, mas nunca é
idêntico.
Resistência: quanto mais forte for a resistência, maior é a deformação relativa
àquilo que se procura e se não fosse por ela o esquecimento se tornaria consciente sem
deformação. Portanto, quanto menor a deformação do conteúdo torna-se mais fácil,
desvendar o que está oculto ‘’graças’’ às forças que atuam como resistência.
Sintoma e pensamento aparecem no lugar do desejo reprimido, e Freud descobre
que eles têm a mesma origem, pois ambos são frutos da repressão. Lembremos: Freud
nos disse há pouco que existem duas forças contrárias na psique, uma que busca trazer
uma ideia à consciência e outra resiste, sendo assim, aquilo que surge como pensamento
seria na verdade um disfarce, uma alusão, tal como sintoma, ao desejo que o sujeito
reprime.
As ideias livres (aquelas que surgem pela via da associação livre) NUNCA
deixam de aparecer, a não ser que enfrentem resistência, daí a afirmação do doente
narrada por Freud de que já não resta mais nada a dizer. A associação livre é importante
porque conduz à origem do sintoma, devido a existência das duas forças contrárias da
psique.
Além do estudo relativo às divagações, a interpretação dos sonhos e o estudo dos
lapsos e atos casuais servem, também, para se alcançar o inconsciente.
A interpretação dos sonhos é o meio mais eficiente para se alcançar o
inconsciente, é a base mais segura da psicanálise. É campo onde pode por si mesmo
chegar a adquirir convicção própria, como maiores aperfeiçoamentos.
O sonho:
Na criança seria sempre a realização de desejos que o dia anterior lhe trouxe e
que ela não satisfez.
4ª LIÇÃO:SEXUALIDADE
5ª LIÇÃO
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