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Neuropsicologia da

inteligência humana
Me. Vander Pereira da Silva
(2021)
Apresentação Acadêmica

→Psicólogo – Universidade Cruzeiro do Sul

→Especialização em Neuropsicologia – Centro de Diagnóstico Neuropsicológico - CDN

→Especialização em Reabilitação Neuropsicológica – Instituto de Neurologia – Faculdade de


Medicina da Universidade de São Paulo (IN-FMUSP)

→Mestre pelo departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

→Doutorando pelo departamento de Neurociência e Cognição da Universidade Federal do ABC


(UFABC)

→Professor da Universidade Cruzeiro do Sul – curso de Psicologia


O que é Inteligência para vocês?
Estudo de Sternberg et al., 1981 → objetivo - averiguar o que as pessoas
consideravam ser a inteligência (O que é inteligência para você?)

Pessoas leigas

Dois
grupos
Psicólogos experientes
na área de inteligência
Pessoas leigas:

→ Falar com clareza


→ Falar com fluidez
→ Raciocinar com lógica
→ Identificar as relações entre as ideias
→ Ver todas as variantes de um problema
→ Saber conversar
→ Dominar uma determinada área do conhecimento
→ Manter a mente aberta
→ Interessar-se pelas coisas do mundo em geral

(Sternberg et al., 1981)


Psicólogos experientes na área de inteligência:

→ Distinção básica entre os grupos de pesquisa:


→ os psicólogos costumam separar as capacidades de raciocinar sobre conteúdos
abstratos (inteligência fluída) da capacidade para resolver problemas já conhecidos
(inteligência cristalizada)

Raciocinar com lógica


Inteligência Fluida
Identificar relações
entre várias ideias

(Sternberg et al., 1981)


Psicólogos experientes na área de inteligência:

→ Distinção básica entre os grupos de pesquisa:


→ os psicólogos costumam separar as capacidades de raciocinar sobre conteúdos
abstratos (inteligência fluída) da capacidade para resolver problemas já conhecidos
(inteligência cristalizada)

Raciocinar com lógica


Identificar relações entre Inteligência Fluida
várias ideias

Falar com clareza


Falar com fluidez Inteligência Cristalizada

(Sternberg et al., 1981)


Pesquisadores e inteligência

1994: The Bell Curve


→ psicólogo Richard J Hernstein
→ sociólogo e cientista político
Charles Murray
Mensagem central do livro: que a inteligência
pessoal é três vezes mais relevante que as condições
sociais em que crescem os cidadãos para predizer sua
futura posição dentro da estrutura social (Colom
2006; Hernstein & Murray 1994)
2 medidas:
❖Declaração no The Wall Street Journal (Gottfredson et al.,
1994)

❖ Relatório elaborado por especialistas da American


Psychological Association (APA) sobre inteligência (Neisser et
al., 1996) (APA)

(Colom 2006, Deary, 2001)


2 medidas:
❖Declaração no The Wall Street Journal (Gottfredson et al.,
1994)

Relatório elaborado por especialistas da American Psychological


Association (APA) sobre inteligência (Neisser et al., 1996) (APA)

(Colom 2006, Deary, 2001)


Declaração no The Wall Street Journal
→ The Wall Street Journal (Gottfredson et al., 1994)
❖ Elaborou uma declaração com 25 pontos sobre o estudo
científico da inteligência;
❖ 52 pesquisadores de diferentes países (John B Carroll,
Raymond Cattel, Douglas Detterman, Hans Eysenck, Arthur
Jensen, Sandra Scar, entre outros....)
❖ Alguns pontos:
1º) A inteligência é uma capacidade mental muito
geral que implica a aptidão para raciocinar,
planejar, resolver problemas, pensar de maneira
abstrata, compreender ideias complexas, aprender
com rapidez e aprender com a experiência.

(Colom 2006)
2º) A inteligência pode ser medida, e os testes de
inteligência fazem isso de maneira adequada. Os
testes de inteligência não medem a criatividade,
o caráter ou a personalidade, mas também não
pretendem fazer isso.

(Colom 2006)
4º)

(Feldman, 2015)
16º) Os indivíduos não nascem com níveis
intelectuais fixos e invariáveis

17º) Ainda não sabemos como manipular o nível de


inteligência para aumenta-lo de maneira
permanente

(Colom 2006)
Gottfredson(1997)
Modelos de investigação da inteligência
Modelos de Inteligência Conceito-chave Autores de destaque
Fatoriais Aptidões e capacidades Sperman, Thurstone,
Cattell, Carroll
Computacionais Eficiência e velocidade Jensen, Detterman, etc
cognitiva
Globais Conjunto de aptidões e Sternberg, Gardner, etc
habilidades
Evolutivos Etapas cognitivas Piaget, Flavell
Culturais Atributos sociais Vygotsky, Berry

(Andrés-Pueyo 2006)
Modelos de Inteligência Conceito-chave Autores de destaque
Fatoriais Aptidões e capacidades Sperman, Thurstone,
Cattell, Carroll
Computacionais Eficiência e velocidade Jensen, Detterman, etc
cognitiva
Globais Conjunto de aptidões e Sternberg, Gardner, etc
habilidades
Evolutivos Etapas cognitivas Piaget, Flavell
Culturais Atributos sociais Vygotsky, Berry

(Andrés-Pueyo 2006)
“As teorias psicométricas da inteligência são maneiras
diversas de organizar os elementos (ou unidades) que
formam e compõem a estrutura da inteligência humana”
(Andrés-Pueyo 2006, pg80/81)
“As teorias psicométricas da inteligência são maneiras diversas
de organizar os elementos (ou unidades) que formam e
compõem a estrutura da inteligência humana”
(Andrés-Pueyo 2006, pg80/81)

“Ela se fundamenta na teoria da medida em ciências em


geral, ou seja, do método quantitativo que tem, como
principal característica e vantagem, o fato de representar o
conhecimento da natureza com maior precisão do que a
utilização da linguagem comum para descrever a observação
dos fenômenos naturais.”
(Pasquali, 2009)
“As teorias psicométricas da inteligência são maneiras diversas de
organizar os elementos (ou unidades) que formam e compõem a
estrutura da inteligência humana”
(Andrés-Pueyo 2006, pg80/81)

“Ela se fundamenta na teoria da medida em ciências em geral,


ou seja, do método quantitativo que tem, como principal
característica e vantagem, o fato de representar o conhecimento da
natureza com maior precisão do que a utilização da linguagem
comum para descrever a observação dos fenômenos naturais.”
(Pasquali, 2009)
“É dentro desse contexto de quantificação da inteligência que surge o
termo Quociente de Inteligência (QI), bastante popularizado -
apesar de controverso.”
(Righetto et al., 2012)
Modelo bifatorial de sperman (fator g)
Charles Sperman (1863-1945)

→ Correlações positivas nas mais diversas medidas cognitivas

(Andrés-Pueyo 2006)
Modelo bifatorial de sperman (fator g)
Charles Sperman (1863-1945)

→ Correlações positivas nas mais diversas medidas cognitivas

→Sperman assumi:
→ Todas as medias possíveis de inteligência relacionam-se com
uma inteligência geral (fator g); (estudos que corroboram esta visão: Gustafsson 1984;
Jensen 1998; Carroll 2003, Johnson et al., 2004)

(Andrés-Pueyo 2006)
Modelo bifatorial de sperman (fator g)
Charles Sperman (1863-1945)

→ Correlações positivas nas mais diversas medidas cognitivas

→Sperman assumi:
→ Todas as medias possíveis de inteligência relacionam-se com
uma inteligência geral (fator g); (estudos que corroboram esta visão:
Gustafsson 1984; Jensen 1998; Carroll 2003, Johnson et al., 2004)

→Pontuação em um teste de inteligência deve ser dividido em dois


componentes: um geral “g” e outro específico “s”

(Andrés-Pueyo 2006)
Proposta de Spearman (1904)

g = inteligência geral

s1 = uma habilidade específica


(p. ex., matemática)

s2 = uma segunda habilidade específica


(p. ex., escrita)

s3 = uma terceira habilidade específica


(p. ex., resolução de problemas)

s4 = uma quarta habilidade específica


(p. ex., desenhar)

(Gazzaniga et al., 2018)


Proposta de Spearman (1904)

Spearman viu a inteligência geral, ou


g, como um fator que contribui para o
desempenho em qualquer tarefa
intelectual

Ao mesmo tempo, Spearman


reconheceu que as pessoas podem
diferir em habilidades específicas, ou
s, que lhes possibilitam um melhor
desempenho em algumas tarefas do
que em outras

(Gazzaniga et al., 2018)


(McGrew 2005)
S

Amostra: 3 – 18 anos
(Reynolds et al 2007)
Modelo das aptidões primárias de Thurstone

L. L Thurstone (1887-
1955)

(Andrés_Pueyo 2006; Laros et al 2014; Thurstone 1924 )


Modelo das Aptidões Primárias de Thurstone
7 aptidões mentais primárias (1938):

→Compreensão verbal (V);


→Fluência verbal (W);
→Numérica (N);
→Espacial (S);
→Memória (M);
→Velocidade Perceptual (P);
→Raciocínio (R)

(1945):
→Velocidade de julgamento (J)

(Andrés_Pueyo 2006; Laros et al 2014; Thurstone 1924 )


Inteligência fluida e inteligência cristalizada (Gf & Gc) de Cattell e Horn

Raymond B Cattell (1905-1998)

→Críticas a Binet
→Criou: testes livres de cultura (Cattell Culture-Fair Tests)
→1943: teoria da inteligência fluida (Gf) e cristalizada (Gc)

John L Horn (1928-2006)


→Aluno de Cattell
→Confirmou os achados de Cattell (Horn & Cattell 1966)
→Ajudou na estruturação do modelo

(Andrés-Pueyo 2006; Cattell 1963; Horn & Cattell 1967; Laros et al., 2014; Schelini 2006)
Inteligência cristalizada e inteligência fluida
→Cattel (1943): em um trabalho dedicado a inteligência e os efeitos da
idade, propôs a necessidade de diferenciar dois tipos de inteligência:

Inteligência
Inteligência fluida
cristalizada (Gc)
(Gf)
Inteligência fluida
Fluida (Gf): capacidade de adaptação a problemas ou
situações novas, controle deliberado, mas flexível da atenção
para resolver novos problemas, pouco dependente de
conhecimentos previamente adquiridos e da influência dos
aspectos culturais, não podem ser realizados confiando
exclusivamente em hábitos, esquemas, e roteiros previamente
adquiridos

(Schneider & McGrew, 2012)


Inteligência fluida
→Está relacionada a operações mentais frente a uma tarefa relativamente nova e
que não podem ser executadas automaticamente (Horn 1991; McGrew 1997)
Inteligência fluida
→Está relacionada a operações mentais frente a uma tarefa relativamente nova e
que não podem ser executadas automaticamente (Horn 1991; McGrew 1997)

→Opera em tarefas: formação e reconhecimento de conceitos, identificação de


relações complexas, compreensão de implicações, raciocínio abstrato e a realização
de inferências (Carroll 1993, Cattell, 1987)
Inteligência fluida
→Está relacionada a operações mentais frente a uma tarefa relativamente nova e
que não podem ser executadas automaticamente (Horn 1991; McGrew 1997)

→Opera em tarefas: formação e reconhecimento de conceitos, identificação de


relações complexas, compreensão de implicações, raciocínio abstrato e a realização
de inferências (Carroll 1993, Cattell, 1987)

→Lesões cerebrais, ação dos genes, nutrição, desenvolvimento pré-natal, processos


de degeneração e envelhecimento – afetam mais Gf (Andrés-Pueyo 2006)
Inteligência fluida
→Está relacionada a operações mentais frente a uma tarefa relativamente nova e
que não podem ser executadas automaticamente (Horn 1991; McGrew 1997)

→Opera em tarefas: formação e reconhecimento de conceitos, identificação de


relações complexas, compreensão de implicações, raciocínio abstrato e a realização
de inferências (Carroll 1993, Cattell, 1987)

→Lesões cerebrais, ação dos genes, nutrição, desenvolvimento pré-natal, processos


de degeneração e envelhecimento – afetam mais Gf (Andrés-Pueyo 2006)

→Estudos indicam que esta capacidade parece ter um pico de desempenho aos 20
anos, e então começa a declinar gradualmente (Cacioppo & Freberg, 2013)
Inteligência Cristalizada
Cristalizada (Gc): conhecimentos adquiridos por meio da
experiência, como vocabulário e informações culturais, e a
capacidade de usar esse conhecimento para resolver
problemas (Horn, 1968; Horn & McArdle, 2007)

Profundidade e amplitude de conhecimento e habilidades


que são valorizados pela cultura de cada um (Schneider & McGrew, 2012)
Inteligência Cristalizada
→Desenvolvida a partir de experiências culturais e educacionais (Schelini, 2006)
Inteligência Cristalizada
→Desenvolvida a partir de experiências culturais e educacionais (Schelini, 2006)

→Refere-se a aquisição e à solidificação (cristalização) de conhecimentos formais e informais


(Cattell, 1943)
Inteligência Cristalizada
→Desenvolvida a partir de experiências culturais e educacionais (Schelini, 2006)

→Refere-se a aquisição e à solidificação (cristalização) de conhecimentos formais e informais


(Cattell, 1943)

→Opera em tarefas: vocabulário, conhecimentos gerais, perguntas de compreensão verbal –


avaliam a influencia da escolaridade e dos conhecimentos adquiridos através da interação social
(Andrés-Pueyo 2006; Laros et al 2014)
Inteligência Cristalizada
→Desenvolvida a partir de experiências culturais e educacionais (Schelini, 2006)

→Refere-se a aquisição e à solidificação (cristalização) de conhecimentos formais e informais


(Cattell, 1943)

→Opera em tarefas: vocabulário, conhecimentos gerais, perguntas de compreensão verbal –


avaliam a influencia da escolaridade e dos conhecimentos adquiridos através da interação social
(Andrés-Pueyo 2006; Laros et al 2014)

→Tende a evoluir com o aumento da idade, e parece declinar após os 65 anos (Cavanaugh &
Blanchard-Fields, 2011, 2015)
Inteligência Cristalizada
Exemplo de testes:

Vocabulário – “o que significa a palavra cadeira?”; “o que significa a


palavra chapéu?”

Sinônimos – “qual o sinônimo de alegria?”, “qual o sinônimo de longe?”,


“de questionar?”

Semelhanças – “em que são iguais laranja e banana?”, “violão e


bateria?”; “cachorro e gato?”

Informações – “Quantas patas tem um cachorro?”; “diga o nome de dois


tipos de dinheiro”; “quais são as quatro estações do ano?”; “qual país tem a
maior população do mundo?”; “quem foi Platão?”; “qual a capital do
Brasil?”
Horn (1965):
→Inteligência fluida (Gf);
→Inteligência cristalizada (Gc);
→Processamento visual (Gv);
→Memória a curto prazo (Gsm);
→Armazenamento e recuperação (Glr);
→Velocidade de Processamento (GS);

Horn, Donaldson & Engstron (1981):


→Rapidez para decisão correta (GDS);

Horn & Stankov (1982):


→Processamento auditivo (Ga);
Institute for Applied Psychometrics (IAP)
(Gc) (Gsm)

(Glr)

(Gv) (Gf)

(adaptado de Reynolds et al 2007)


Modelos dos 3 estratos de John B Carroll
→Reuniu um conjunto de 477 estudos (1925-1987):

Modelo de inteligência de 3 estratos

→1º estrato: (+ ou - 65 habilidades primárias);

→2º estrato: (8 fatores = inteligência fluida (Gf), inteligência cristalizada (Gc),


visual abrangente (Gv), memória geral e aprendizagem (Gy), habilidade de
retenção abrangente (Gr), percepção auditiva abrangente (Gu), rapidez cognitiva
abrangente (Gs) e(1916-
John B Carroll velocidade de processamento (Gt);
2003)
→3º estrato: possui um único fator (Fator Geral ou g)
(Carroll 2005)
Modelo Cattell-Horn-Carroll - CHC -
(McGrew & Flanagam 1998)

→Integração: Gf e Gc (Cattell e Horn) e


teoria dos 3 estratos (Carroll)
Cattell-Horn-Carroll → CHC
Kevin McGrew

→O modelo CHC – foi proposto no


intuito de reorganizar e ampliar a teoria
dos estratos

Dawn P Flanagan
16

80

(Flanagan & McGrew 2000)


Fixação do conteúdo
Inteligência emocional (IE)

“Frequentemente se argumenta que a IE prediz importantes critérios


educacionais e profissionais, para além da proporção da variância que a
capacidade geral prediz” (Roberts et al., 2006, pg 156)

Conceito foi criado por (Salovey & Mayer 1990; Mayer & Salovey 1999) “IE
como capacidade cognitiva”
Mayer & Salovey 1997
Definição de inteligência emocional (4 níveis):
→ capacidade de regulação emocional: controle reflexivo das emoções, que envolve o
monitoramento, a avaliação e a utilização dos conhecimentos dos próprios humores, para
mantê-lo ou modifica-lo conforme as necessidades
Mayer & Salovey 1997
Definição de inteligência emocional (4 níveis):
→ capacidade de regulação emocional: controle reflexivo das emoções, que envolve o
monitoramento, a avaliação e a utilização dos conhecimentos dos próprios humores, para
mantê-lo ou modifica-lo conforme as necessidades

→ conhecimento emocional: vocabulário conceitual sobre as emoções, à identificação de


diferenças e nuances entre as emoções e o entendimento de emoções complexas
Mayer & Salovey 1997
Definição de inteligência emocional (4 níveis):
→ capacidade de regulação emocional: controle reflexivo das emoções, que envolve o
monitoramento, a avaliação e a utilização dos conhecimentos dos próprios humores, para
mantê-lo ou modifica-lo conforme as necessidades

→ conhecimento emocional: vocabulário conceitual sobre as emoções, à identificação de


diferenças e nuances entre as emoções e o entendimento de emoções complexas

→ capacidade de usar as emoções para facilitar o pensamento: utilização da emoção


como sistema de alerta que dirige a atenção e o pensamento para as informações (internas e
externas) mais importantes
Mayer & Salovey 1997
Definição de inteligência emocional (4 níveis):
→ capacidade de regulação emocional: controle reflexivo das emoções, que envolve o
monitoramento, a avaliação e a utilização dos conhecimentos dos próprios humores, para mantê-lo
ou modifica-lo conforme as necessidades

→ conhecimento emocional: vocabulário conceitual sobre as emoções, à identificação de


diferenças e nuances entre as emoções e o entendimento de emoções complexas

→ capacidade de usar as emoções para facilitar o pensamento: utilização da emoção


como sistema de alerta que dirige a atenção e o pensamento para as informações (internas e
externas) mais importantes

→ capacidade de perceber as emoções: identificar emoções em si mesmo e em outras pessoas


e a capacidade de expressar essas emoções
Amostra – 12.198 (17 anos até 76 anos) (Cabello et al., 2016)
(Alvarado et al., 2020)
Branch 1 – Identificando
emoções (≠)

Branch 2 – Usando
emoções

Branch 3 – Entendimento
das emoções (≠)

Branch 4 – Regulação
emocional (≠)

Total da escala – (≠)

Idade:
Pacientes – 34.37 (7.69)
Controles – 32.97(5.17)
Quadros com prejuízos
na inteligência
emocional

- Transtorno
depressivo maior

- Transtorno de
personalidade
borderline

- Transtorno do uso
abusivo de
substâncias

(2012)
Pequena relação com Gf e Gc Moderada relação com Gf e Gc

Percebendo as emoções Entendendo as emoções


Usando as emoções para facilitar o pensamento
Gerenciando emoções
Fixação do conteúdo
Desenvolvimento da inteligência ao longo da vida
Amostra = 1.500 pessoas
Gf

Gc
Inteligência fluida

N = 555 (18 – 87 anos)


Kievit et al., 2016
Inteligência cristalizada

Gc

(Salthouse, 2004)
Amostra - 600,00
Educação – efeitos benéficos sobre as habilidades cognitivas (1 a 5 pontos a mais no QI a cada ano
adicional de educação)

“A educação parece ser o método mais consistente, robusto e durável já identificado para
aumentar a inteligência.” (ABSTRACT)
Teoria neurobiológica da
inteligência
(2010)
(Colom et al., 2010)
(Colom et al., 2010)
(Colom et al., 2010)
(Martínez & Colom, 2020)
(Dahnke & Gaser, 2017)
(Bonilha et al., 2015)
(Goriounova & Mansvelder, 2019)
(Goriounova & Mansvelder, 2019)
Diferenças encontradas:

Volume cortical

Sinalização mais efetiva

(Genç et al., 2018)


Novas e revisadas baterias de inteligência
→The Wechsler Scales
→Stanford-Binet Intelligence Scales
→Kaufman Assessment Battery for Children
→Woodcock-Johnson III Tests of Cognitive Abilities
→The Differencial Ability Scales
→The Universal Nonverbal Intelligence Test
→The Cognitive Assessment System
→Reynolds Intellectual Assessment Scales
(Flanagan & Harrison 2005)
Novas e revisadas baterias de inteligência
→The Wechsler Scales
→Stanford-Binet Intelligence Scales
→Kaufman Assessment Battery for Children
→Woodcock-Johnson III Tests of Cognitive Abilities
→The Differencial Ability Scales
→The Universal Nonverbal Intelligence Test
→The Cognitive Assessment System
→Reynolds Intellectual Assessment Scales
(Flanagan & Harrison 2005)
Escala Wechsler de Inteligência
para crianças (WISC-IV)

-6 anos
-16 anos 11 meses

-15 subtestes:
-Índice de Compreensão Verbal
-Índice de Organização Perceptual
-Índice de Memória Operacional
-Índice de Velocidade de Processamento

QI Total

(Wechsler 2014 – 4.ed)


(http://pt.slideshare.net/iapsych/mds-analysis-of-the-chcbased)
Resalvas para uso dos testes – wechsler
scales
“Atualmente, os instrumentos desenvolvidos por David Wechsler, o WISC e o WAIS, recebem críticas
por não avaliarem a inteligência sob o olhar de modelos teóricos mais recentes” (Chiodi & Wechsler 2009)
Resalvas para uso dos testes – wechsler
scales
“Atualmente, os instrumentos desenvolvidos por David Wechsler, o WISC e o WAIS, recebem críticas
por não avaliarem a inteligência sob o olhar de modelos teóricos mais recentes” (Chiodi & Wechsler 2009)

“Wisc-III tem sido criticada por não avaliar áreas importantes como a inteligência fluida, a capacidade
e armazenamento e recuperação da memória de longo prazo e processamento auditivo” (Primi 2003)
Resalvas para uso dos testes – wechsler
scales
“Atualmente, os instrumentos desenvolvidos por David Wechsler, o WISC e o WAIS, recebem críticas
por não avaliarem a inteligência sob o olhar de modelos teóricos mais recentes” (Chiodi & Wechsler 2009)

“Wisc-III tem sido criticada por não avaliar áreas importantes como a inteligência fluida, a capacidade
e armazenamento e recuperação da memória de longo prazo e processamento auditivo” (Primi 2003)

“...ao comparar o WISC com a teoria CHC, foi observado que QI total do WISC-III reflete
principalmente três fatores amplos da teoria CHC: inteligência cristalizada (Gc), processamento visual
(Gv) e velocidade de processamento (Gs)” (Chiodi & Wechsler 2009)
Woodcock-Johnson III (WJIII)
Woodcock revisou suas duas antigas baterias a fim de adequá-las ao modelo CHC, incluindo
assim todos os fatores do estrato II e pelo menos dois subtestes para cada um desses estratos.

(Chiodi & Wechsler 2009)


Woodcock-Johnson III (WJIII)
Woodcock revisou suas duas antigas baterias a fim de adequá-las ao modelo C-H-C, incluindo
assim todos os fatores do estrato II e pelo menos dois subtestes para cada um desses estratos.
Atualmente a Bateria WJIII é considerada pelos especialistas internacionais como sendo a mais
completa medida das habilidades cognitivas, na medida em que apresenta mais possibilidades de
avaliar as diferentes habilidades envolvidas no processo intelectual

(Chiodi & Wechsler 2009)


Woodcock-Johnson III (WJIII)
Woodcock revisou suas duas antigas baterias a fim de adequá-las ao modelo C-H-C, incluindo
assim todos os fatores do estrato II e pelo menos dois subtestes para cada um desses estratos.
Atualmente a Bateria WJIII é considerada pelos especialistas internacionais como sendo a mais
completa medida das habilidades cognitivas, na medida em que apresenta mais possibilidades de
avaliar as diferentes habilidades envolvidas no processo intelectual
A WJIII é composta por 42 medidas relacionadas as amplas habilidades e também abrange um
amplo campo de idade

(Chiodi & Wechsler 2009)


(Schrank 2005)
Deficiência Intelectual (DI)
A deficiência intelectual (DI) é quando o desempenho intelectual fica significativamente
abaixo da média desde o nascimento ou período inicial da vida do bebê, causando limitações à
capacidade de realizar atividades normais da vida diária
Deficiência intelectual é um distúrbio do neurodesenvolvimento
Causas:
- Antes ou durante a concepção (distúrbios hereditários, fenilcetonúria, hipotireoidismo, etc.)
- Durante a gravidez (desnutrição, toxinas – como álcool, chumbo, mercúrio; medicamentos,
etc.)
- Durante o nascimento (falta de oxigênio (hipóxia), prematuridade extrema)
- Após o nascimento (infecções no cérebro – meningite, encefalite; traumatismo craniano
grave, tumores cerebrais)
(Sulkes, 2018)
Diagnóstico da DI

A deficiência intelectual deve aparecer antes dos 18 anos de


idade, tem seu diagnóstico a partir da informação da avaliação
obtida pela administração padronizada e individualizada de
instrumentos que avaliam o funcionamento intelectual e a
conduta adaptativa, e exames genéticos (AAIDD, 2010,
Sulkes, 2018)
Nível da deficiência intelectual
→Limítrofe (QI = 84 - 68)
→Leve (QI = 67 - 52)
→ Moderado (QI = 51 – 36)
→Severo (QI = 35 – 20)
→Profundo (QI = menor que 20)
(Silva, 2016)

(Gazzaniga et al., 2018)


A conduta adaptativa é um conjunto de habilidades conceituais,
sociais e práticas adquiridas pelo sujeito para responder às
demandas do seu ambiente (AAIDD, 2010)
Tratamento
O melhor tipo de cuidado prestado a uma criança com DI é por meio de uma equipe
multidisciplinar que inclui

- Clínico geral
- Assistentes sociais
- Terapeutas da fala
- Terapeutas ocupacionais
- Fisioterapeutas
- Neurologistas ou pediatras especializados em desenvolvimento
- Psicólogos
- Nutricionistas
- Educadores
- Ortopedistas
(Sulkes, 2018)
vanderesp@gmail.com

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