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Psicodiagnóstico e a Inteligência (RAYMOND CATTELL HOWARD GARDNER e ROBERT STERBERG)

Raymond Cattell

 Iniciou seus estudos na Química e depois de se formar mostrou interesse na Psicologia


 Foi professor por 30 anos na Universidade de Illinois e por 20 anos na Universidade do Havaí
 Pesquisou o comportamento humano e fundou Instituto para o Teste de Personalidade e
Habilidade (IPAT)

Inspiração para o modelo Gf-Gc de Cattell e Horn

 Raymond Cattell após analisar as coerências entre as capacidades primárias de Thurstone

(Que propôs a existência de um pequeno número de fatores independentes ou capacidades mentais


como: Espacial (fator S Space), Rapidez de Percepção (fator P Perceptual speed), Numérica (fator N
Number), Compreensão Verbal (fator V Verbal meaning), Fluência Verbal (fator W Word fluency),
Memória (fator M Memory) e o fator I (Inductive reasoning), representando o Raciocínio Indutivo
(Almeida, 1988; Gardner, Kornhaber, & Wake, 1998; Sternberg, 1992; Thorndike, 1997)).

 E o fator g da teoria bi-fatorial de Spearman onde:

(Era dito que o desempenho em qualquer medida de inteligência estaria relacionado ao nível de
inteligência geral do indivíduo e habilidades específicas exigidas em cada teste (Aiken, 2000;
McGrew & Flanagan, 1998; Thorndike, 1997). Dessa forma, durante a solução de um problema, dois
tipos de fatores estariam presentes: o fator de inteligência geral (fator g) e outros fatores específicos
(fatores s)).

 O fator de (fator g) estaria relacionado a todas as atividades intelectuais, representaria uma


espécie de energia, com base neurológica, capaz de ativar a capacidade de realização de
trabalhos intelectuais (Gardner, Kornhaber, & Wake, 1998; Sattler, 1992). Os fatores
específicos (fator s) seriam relativos a uma tarefa específica, representando particularidades
de cada instrumento (Jensen, 1994).
 Raymond Cattell analisou e constatou a existência dos dois fatores gerais da inteligência que
anos depois foram provados por John Horn. E esses fatores gerais passaram a ser designados
como "inteligência fluida e cristalizada" (Cattell, 1998).

A inteligência fluida (Gf fluid intelligence)

 Está ligado a fatores não-verbais ou seja, independentes de fala ou conhecimentos pré-


adquiridos ou até da influência de atributos culturais
 Segundo Horn e McGrew (1991, 1997) As operações mentais que as pessoas utilizam frente
a uma tarefa relativamente nova e que não podem ser executadas automaticamente
representam Gf

a inteligência cristalizada (Gc crystallized intelligence)

 Segundo Horn (1991) a inteligência cristalizada (Gc crystallized intelligence) representa tipos
de capacidades exigidas na solução da maioria dos complexos problemas cotidianos, sendo
conhecida como "inteligência social" ou "senso comum"
 A inteligência que evolui a partir de experiencias culturais e educacionais ou seja, vivencia
em casa e ambiente acadêmico
A relação entre (Gf) - (Gc)

 A relação entre inteligência fluida e cristalizada são instáveis


 segundo Cattell (1987), variando de acordo com fatores individuais, incluindo o
desenvolvimento neurológico e os anos de escolaridade. Ainda de acordo com Cattell, no
início da infância Gf e Gc (inteligência pré-adquirida e inteligência “senso comum”) seriam
proximamente relacionadas, mas começariam a divergir no final da infância e na
adolescência.

Howard Gardner

 Formado no campo da psicologia e da neurologia


 Se popularizou pela participação na área educacional com sua teoria das inteligências
múltiplas
 Teoria das Inteligências Múltiplas
 O importante nessa teoria não seria “quanto” você é inteligente, mas “como” (Renner,
Morrissey, Mae, Feldman, & Majors, 2012).
 O autor propôs diversos tipos de inteligência, entre elas: linguística, lógico-matemática,
espacial, musical, corporal cinestésica, interpessoal, intrapessoal e naturalista, e mantém o
Projeto Zero (Pz.harvard.edu, c2015) na Universidade de Harvard, cujo objetivo é
desenvolver formas alternativas de avaliação da inteligência.

Robert Sternberg

 Psicólogo norte-americano, investigou a inteligência inspirando-se no modelo de


processamento de informação.
 Desenvolveu a definição mais completa de inteligência conhecida até hoje
 Segundo Sternberg (2000), “inteligência é a capacidade para aprender a partir da
experiência, usando processos metacognitivos para melhorar a aprendizagem e a
capacidade para adaptar-se ao ambiente circundante, que pode exigir diferentes adaptações
em diferentes contextos sociais e culturais”.
 Ou seja, sua teoria basicamente une os fatores vistos a cima. A capacidade de aprender
dependente das experiências vividas, a adaptação á diversos ambientes, e as ideias que
temos durante a vida, uma junção de tudo
 Sua teoria é conhecida como Teoria Triárquica, composta de inteligências prática, analítica e
criativa
 Enquanto a primeira estaria relacionada a aprendizagem e aplicação de normas e princípios
na resolução de problemas do cotidiano, a segunda se focaria em tipos de problemas
abstratos, mas tradicionais, medidos em testes de QI, ao passo que a terceira envolveria a
geração de ideias e produtos novos (Sternberg, Grigorenko, & Kidd, 2005).
 Ou seja, a prática seria voltada ao senso comum, a analítica já seria um “grau” mais sério
envolvendo questões de sabedoria ou estudo, e a criativa com base na mente idealista do
ser humano, ideias, invenções, produtos, tudo que venha da mente criativa do individuo

A bibliografia e as referencias podem ser encontradas em:

https://www.scielo.br/j/epsic/a/BCX9HwQJpSFXjJSfVmrYDKH/?lang=pt

E no livro:
Psicodiagnóstico (da aula do Fábio)

Caso queiram que eu reúna mais da bibliografia me avisem

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