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O excesso da medicalização infantil associada ao TDAH na fase acadêmica

Para começar é importante entender o que é o TDAH (Transtorno do déficit de atenção com
hiperatividade), segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o TDAH é um transtorno
neurobiológico, de causas genéticas e que aparece na infância e muitas vezes acompanha o
indivíduo por toda a sua vida, basicamente os sintomas incluem desatenção, inquietude e
impulsividade.

Cada vez mais o tema do baixo rendimento escolar é posto em pauta por educadores, sendo assim
maneiras de aumentar o rendimento também são buscadas, uma delas é a medicalização, muitas
vezes exagerada, que é aplicada nas crianças do mundo todo diagnosticadas ou não em alguns casos
com agitação, falta de atenção, dificuldade em compreender as matérias, características que logo
são ligadas ao TDAH, a agitação por exemplo, cada vez mais vem se usando metilfenidato,
exageradamente, para manter as crianças menos agitadas, este medicamento é conhecido
popularmente como Ritalina®.

Graças á uma generalização no diagnóstico do TDAH, ocorreu um aumento exacerbado no


número de crianças utilizando o metilfenidato, segundo dados, em 2020 o Brasil estava em segundo
lugar como maior consumidor de metilfenidato, afinal, o medicamento é considerado como a
primeira linha para o tratamento do TDAH, mas não é só dele que o tratamento é composto, o
tratamento da criança que sofre com o TDAH é de fato muito importante para que o problema não
seja uma “pedra” no caminho da vida adulta então, é necessária uma abordagem multimodal,
incluindo, a medicação, a psicoterapia comportamental e a orientação de pais e professores, tudo
em conjunto para ajudara a criança a entender o que está acontecendo e passar por isso de maneira
saudável.

Muitas vezes o problema é visto somente como uma doença que precisa de um remédio e muitas
vezes esse não é o caso, algumas vezes o problema nem é de fato o TDAH, então sempre associa-lo á
problemas de aprendizado durante a fase acadêmica é errado, nunca deve-se descartar outras
hipóteses e um diagnóstico criterioso afim de saber se não se trata de outro problema, quando o
habito de usar sempre o TDAH como diagnóstico se torna comum e generalizado, provoca uma
medicalização exagerada de um psicoestimulante (Metilfenidato) que deve ser regulado, pois
existem efeitos colaterais, como insônia, perda de apetite, irritabilidade. O uso constante e abusivo é
também perigoso com risco de alucinações e de dependência, agora, imagine estes efeitos colaterais
para o corpo de uma criança, por isso a questão deve ser tratada com o máximo de cautela e
atenção, diagnosticada corretamente e se for o caso, medicar, acompanhar e contar com o amparo
da psicoterapia e dos pais e professores, somente com os passos corretos é que se pode tratar o
problema de maneira saudável

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