O transtorno do Déficit de Atenção (TDHA) é um transtorno neurobiológico,
de causas muitas vezes genéticas, que aparece na infância e frequentemente
acompanha a pessoa por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas como desatenção, alteração de memória, inquietude, impulsividade e a procrastinação, os déficits executivos, eles vão impactar diretamente, no desempenho ocupacional desse indivíduo, como a criança e ao adolescente, cada um no seu contexto social, a criança na escola e o adolescente no colegial para o vestibular, trazendo impacto também na dificuldade em seus relacionamentos. É importante ressaltar que é importante o tratamento medicamentoso, e é importantes as terapias, tendo assim uma interligação dos dois, para que possa ter qualidade de vida, e que essa criança ou adolescente tenha um bom resultado com o tratamento.
O TDHA tem três principais grupos de sintomas, a desatenção, dificuldade
essa de manter a atenção, de concentrar-se pelo o período suficiente para o aprendizado, de algum determinado conteúdo, dificuldades em executar tarefas, a impulsividade, que é a dificuldade de autocontrole, e de controle inibitório, e o sintomas de hiperatividade, sendo um aumento da atividade motora, deixando a mesma quase constantemente em movimento. Nem todo individuo vai obter todos os grupos de sintomas, mas sempre predomina um dos três, esse grupo de sintomas, pertencem, a parte pré-frontal do nosso cérebro, que chamamos de funções executivas ou habilidades executivas, elas são as funções que regulam nosso comportamento, evolvendo as funções que exige da pessoa, que inicie uma tarefa com bom desempenho, e consiga termina com bom êxito, mas para a pessoa com TDHA, não é tão simples, tendo dificuldade em iniciar, executar e como terminar, algumas tarefas, tendo desarmonia com o gerenciamento do tempo também. Segundo Benczink (2010), em sua obra, expõe algumas principais características que a criança com TDHA pode apresentar, a saber: alteração no nível de atenção; superatividade; dificuldade em seguir normas e regras; problemas de conduta; agressividade; dificuldades de aprendizagem; conflitos sociais e familiares; baixa tolerância á frustação; baixa estima e percepção negativa de si mesmo. Contudo, já existem várias técnicas de enfrentamento para esta problemática, novos recursos psicoterapêuticos e medicamentoso, com a finalidade de que haja uma diminuição da interferência que os sintomas do TDHA causam na vida da pessoa.
Tradicionalmente são usados os estimulantes, esse grupo medicações age
no cérebro em regiões especificas bloqueando a recaptação de neurotransmissores, principalmente a dopamina e noradrenalina, com isso esses neurotransmissores permanecem mais tempo entre os neurônios, aumentando sua ação e melhorando os sintomas, é uma classe de medicamentos utilizadas há muito anos, cerca de setenta e oitenta anos, existem vários medicamentos, mas no Brasil temos um principal: o conhecido pelo o nome de Ritalina e esse medicamento é utilizado uma ou varias vezes ao dia, dependendo do preparado. Contudo é de suma importância, que haja um diagnóstico estruturado, pois muitas crianças e adolescestes são diagnosticadas com TDHA, devido a um diagnostico superficial, logo muitas vezes incorreto. É oferecido um teste, um questionário denominado SNAP-IV, cujo objetivo é auxiliar a identificação dos sintomas do TDHA nos indivíduos, os aspectos avaliativos do questionário classificam cada ação do indivíduo em níveis, -----mas se partimos somente da analise desse questionário, desconsideramos os fenômenos que ocorrem na educação e o contexto social onde a criança estar inserida.
De acordo------- a idade limite para o aparecimento dos sintomas passou a
ser 12 anos e, conforme o grau de comprometimento desses sintomas na vida do sujeito, o TDHA pode ser classificado em leve, moderado ou grave. Os critérios apresentados pelo o manual DSM-V (Manual Diagnostico e Estáticos de Transtornos Mentais: DSM-IV, 1994), além de auxiliarem no diagnóstico, também servem de parâmetro para o estabelecimento da medicação. Pois na bula da Ritalina consta que seu mecanismo de ação no ser humano ainda não foi completamente elucidado, logo ele pode provocar muitas reações adversas, além de dependência física ou psíquica. Diante disso evidencia-se a necessidade de uma avaliação com uma equipe multiprofissional, possibilitando uma visão integrada da situação do sujeito, a fim de se determinar as possíveis intervenções, sendo uma delas psicopedagógicas.
No contexto escolar, os problemas decorrentes desse transtorno podem se
tornar evidentes, pois o rendimento escolar do aluno passa a ser oscilante devido à instabilidade da atenção (SILVA 2009). Além do mais, é importante destacar que o TDHA não é um transtorno de aprendizagem, mas pode levar o sujeito a ter dificuldades de aprendizagem, sendo necessário uma intervenção eficiente, com uma didática diferenciada, visando estratégias motivantes, que chame sua atenção, para envolve-lo nas atividades, pois o psicopedagogo atuara com estratégias estimulantes, agindo juntamente com o coordenador pedagógico. Estimular, potencializar, desenvolver e consolidar a aprendizagem, e fazer a reabilitação de aprendizagem perdidas.
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)