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A concepção de inteligência da abordagem psicométrica está sustentada na análise fatorial. A análise fatorial por
sua vez baseia-se nas diferenças individuais reveladas por uma centena de testes criados para avaliar as capacidades
cognitivas. O propósito da análise fatorial é identificar subgrupos de testes que avaliam uma mesma capacidade
cognitiva.
Carroll fez um levantamento das pesquisas dos últimos 60 anos das quais obteve 461 conjuntos de dados. Ele fez então
uma reanálise utilizando métodos de análise fatorial mais avançados. O produto final desta análise foi publicado em seu
livro e é chamado a Teoria dos Três Estratos.
A Teoria CHC enfatiza a natureza multidimensional da inteligência ao invés da visão unidimensional que dominou o
início do desenvolvimento dos testes psicométricos.
O QI total WISC-III reflete principalmente três fatores amplos: inteligência cristalizada (Gc), processamento visual
(Gv) e velocidade de processamento (Gs).
Os QI’s de testes diferentes nem sempre dizem respeito às mesmas capacidades das pessoas. As baterias são compostas
de subtestes avaliando vários fatores específicos da inteligência e a partir dos quais se calcula uma nota global o QI.
Uma definição bastante ampla diz que a inteligência é a capacidade de se adaptar ao meio. Os fatores cognitivos
indicam áreas mais especializadas do funcionamento cognitivo que favorecem a adaptação.
Levenson e Mayer e Salovey definem emoção como fenômenos psico-fisiológicos que organizam o comportamento em
maneiras eficientes de adaptação às exigências dinâmicas do ambiente.
A inteligência pode ser definida como uma capacidade geral de adaptação. As emoções estão envolvidas na
adaptação a um conjunto de situações fundamentais ligadas à sobrevivência do organismo.
Tanto inteligência como emoção são funções adaptativas do organismo associadas a comportamentos do cérebro que
auxiliam o organismo a se adaptar ao meio.
Mayer e Salovey apresentaram uma definição da inteligência emocional dividida em quatro níveis:
1) a capacidade de perceber as emoções;
2) a capacidade de usar as emoções para facilitar o pensamento;
3) o conhecimento emocional;
4) capacidade de regulação emocional.
HISTÓRICO >>>>
1° Spearman = teoria dos dois fatores (bi-fatorial) - inteligência geral (fator g), inteligência específica (fator s)
Fator g = espécie de energia, com base neurológica, capaz de ativar a capacidade de realização de trabalhos intelectuais.
Fator s = fatores específicos seriam relativos a uma tarefa específica, representando particularidades de cada instrumento.
2° Thorndike = contesta o sistema bi-fatorial. Teoria multifatorial (esta seria um produto de um amplo número de capacidades
intelectuais diferenciadas, mas interlacionadas).
3° Thurstone = Análise fatorial múltipla - capacidades mentais primárias (espacial – S; rapidez de percepção – P; numérica –
N; compreensão verbal – V; fluência verbal – W; memória – M e raciocínio indutivo - I).
INTELIGÊNCIA FLUIDA (GF) = componentes não verbais, pouco dependente de aspectos culturais. Determinada por
aspectos biológicos. Alterações orgânicas podem influenciar a GF.
- Capacidade fluida opera em 3 tarefas: a formação e o reconhecimento de conceitos, a identificação de relações
complexas, compreensão de implicações e a realização de inferências. WISC não mede GF.
INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA (GC) = inteligência usada na solução dos problemas cotidianos (inteligência social
ou senso comum). É desenvolvida a partir de experiências culturais e educacionais. Tende a evoluir com a idade.
GC Não é sinônimo de desempenho escolar, porém algumas pessoas apresentam níveis de GF igual e de GC
diferente, isto seria explicado pela extensão da instrução ou do esforço que cada uma teria investido no
trabalho acadêmico.
Varia de acordo com fatores individuais, desenvolvimento neurológico e os anos de escolaridade.
A capacidade fluida seria fundamental às mudanças no rendimento acadêmico, principalmente no que diz respeito às
capacidades quantitativas.
* O movimento do nível mais alto da hierarquia (fator g) ao nível mais baixo (fatores específicos) indica o
progressivo aumento da especialização das capacidades cognitivas.
- Modelo dispõe as capacidades intelectuais em três diferentes camadas
○ Cada uma das oito capacidades gerais está associada a uma inteligência geral (G) e inclui capacidades
específicas, presentes na camada I.
Carroll (1997) afirmou que as “três camadas” podem ser consideradas como uma extensão e expansão de
teorias anteriores referentes às capacidades cognitivas, principalmente as elaboradas por Spearman,
Thurstone, Vernon, Horn e Cattell, Hakstian e Cattell.
CARROLL X HORN-CATTEL
FATOR G = A mais marcante diferença está relacionada ao fator geral ou g disposto no topo da sua teoria das três camadas.
De acordo com Carroll, o fator de inteligência geral seria semelhante ao fator g de Spearman que seria seguido pelo fator GF,
GC... Horn não concordava com a existência de um fator geral acima das capacidades Gf-Gc.
GQ = o Conhecimento Quantitativo de acordo com Horn seria uma capacidade geral. Carroll entretanto, considerou que o
Conhecimento Quantitativo não era uma capacidade geral, mas sim uma capacidade específica relacionada à Inteligência
Fluida (Gf).
GRW = O modelo Horn-Cattell têm incluído o fator Grw, descrito como uma capacidade geral de Leitura-Escrita. Porém,
Carrol concebeu que a Leitura e a Escrita deveriam ser consideradas capacidades específicas, associadas à Gc (Inteligência
Cristalizada).
MEMÓRIA = Carroll incluiu as capacidades de Extensão da Memória, Memória Associativa, Espontânea, para Significados
e Visual à capacidade de Aprendizagem: todas associadas ao fator de Memória Geral e Aprendizagem (Gy). Horn, por sua
vez, realizou a distinção entre Memória a Curto Prazo e Armazenamento e Recuperação a Longo Prazo, considerando-os
como capacidades ou fatores diferentes. Carrol (único fator geral) / Horn (fatores diferentes).
MODELO Cattell-Horn-Carroll (CHC)
McGrew e Flanagan mantiveram as dez capacidades gerais de Horn-Cattell, relacionando a elas a maioria das capacidades
específicas da camada I proposta por Carroll.
A teoria das capacidades cognitivas de Cattell-Horn-Carroll (teoria CHC) representa uma evolução do modelo dicotômico Gf-
Gc.
WISC, WAIS
PSICODIAGNÓSTICO – TAI