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08/06/2018

Primeiros Socorros-Parte 2
Profa. Dra. Cristiane Maria Colli
Email: cristianemariacolli@gmail.com

ESTADO DE CHOQUE

Mal funcionamento entre o coração, vasos sanguíneos


e o sangue

desequilíbrio no organismo.

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Diferentes tipos de
feedback que
podem levar à
progressão do
choque

Guyton &Hall, 2017

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TIPOS DE CHOQUE

CARDIOGÊNICO HIPOVOLÊMICO

ANAFILÁTICO NEUROGÊNICO SEPTICÊMICO

.Pele pálida, úmida, pegajosa e fria. SINAIS DE IMINÊNCIA


.Cianose DE CHOQUE
· Suor intenso na testa e palmas das
mãos. · Expressão de ansiedade ou
· Fraqueza geral. olhar indiferente e profundo com
· Pulso rápido e fraco. pupilas dilatadas, agitação.
· Sensação de frio, pele fria e · Medo (ansiedade).
calafrios. · Sede intensa.
· Respiração rápida, curta, irregular · Visão nublada.
ou muito difícil. · Náuseas e vômitos.
· Respostas insatisfatórias a
estímulos externos.
· Perda total ou parcial de
consciência.
· Taquicardia

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Prevenir o agravamento e retardar


a instalação do estado de choque

O que fazer??

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HEMORRAGIA

Arterial ou Venosa ou Capilar

Interna ou Externa

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O que fazer??
Hemorragia externa

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Usar apenas em
casos extremos

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HEMORRAGIA INTERNA
Quando suspeitar:
· Acidente violento, sem lesão
externa aparente
· Contusão contra volante ou objetos
rígidos
· Queda de objetos pesados sobre o
corpo
· Queda de altura

• Pulso fraco e rápido


Hemorragia interna
• Taquipneia
Sintomas
• Sudorese
• Palidez intensa
• Sede acentuada • Vômito de sangue
• Apreensão e medo • Calafrios
• Vertigens • Estado de choque
• Náuseas • Confusão mental e
agitação
• "Abdômen em tábua"
(duro não compressível)

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Hospital Hemorragia interna


Prevenir estado de choque O que fazer??
Pequenos focos gelo

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Sangramento no ouvido

• Limpar a área externa


• Posicionar a orelha sangrando
para baixo, se a pessoa estiver
deitada
• Introduzir gaze, se sangramento
leve
• Hospital

CONVULSÃO

ATIVIDADE ELÉTRICA CEREBRAL

CAUSAS: febre alta, meningites, tétano, tumores


cerebrais, HIV, epilepsia, traumas cranianos; abstinência
de álcool e de outras drogas, efeito colateral de alguns
medicamentos, hipoglicemia, diabetes, insuficiência renal
falta de oxigenação no cérebro.

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CRISES GENERALIZADAS
Crise de Ausência

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Tônico-Clônico

O QUE FAZER??

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Infarto Agudo do Miocárdio

a) Dor angustiante e insuportável no peito


b) Compressão no peito e angústia, constrição.
c) Duração maior que 30 minutos.
d) Dor não diminui com repouso.
e) Irradiação no sentido da mandíbula e membros
superiores, particularmente o esquerdo, eventualmente
para o estômago

Infarto Agudo do Miocárdio

O que fazer??
. Procurar socorro médico ou um hospital com urgência.
· Não movimentar muito a vítima.
· Observar com precisão os sinais vitais.
· Manter a pessoa em repouso absoluto na posição mais
confortável, em ambiente calmo e ventilado.
· Afrouxar as roupas.
· Evitar a ingestão de líquidos ou alimentos.
· No caso de parada cardíaca aplicar as técnicas de RCP.

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Infarto Agudo do Miocárdio

O que fazer??
. Administrar Ácido Acetil Salicílico (AAS): 200-300 mg

2 a 3 comp de AAS infantil

CORPOS ESTRANHOS -OLHOS

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O QUE FAZER??

O QUE FAZER??

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Engasgo

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CHOQUE ELÉTRICO

Principais Complicações
· Parada cardíaca
· Parada respiratória
· Queimaduras
· Traumatismo (de crânio, ruptura de
órgãos internos, etc.)
· Óbito.

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FERIMENTOS

1. Causam dor
2. Originam sangramentos
3. São vulneráveis as infecções

Toda ferida é considerada contaminada após


6 horas do trauma

MECANISMOS DO TRAUMA
• Ferimentos incisos ou cirúrgicos: produzidos por um instrumento
cortante. Geralmente são feridas limpas e fechadas por suturas.
Agentes: faca, bisturi, lâmina.

• Ferimentos contusos (contusão): produzidos por objeto rombo e


caracterizados por traumatismo de partes moles, hemorragia e
edema, sem ruptura da pele. - Agentes: pau, pedra, soco.

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MECANISMOS DO TRAUMA
• Ferimentos lacerantes: apresentam margens irregulares
com mais de um ângulo. O mecanismo da lesão é por tração,
rasgo ou arrancamento tecidual. Ex: mordedura de cão

MECANISMOS DO TRAUMA

• Ferimentos perfurantes: são caracterizados por pequenas


aberturas na pele. Há predomínio da profundidade sobre a extensão
na superfície. Agentes: bala, ponta de faca, estilete.

• Ferimentos por avulsão: ocorrem por forças de cisalhamento e


fricção, resultando em destruição e perda tecidual e a amputação é
a situação mais frequente.
• Queimaduras.

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Classificação do trauma

• Superficiais:

• Profundos

Músculos e ossos

Classificação do trauma
• Simples: sem perda tecidual, sem a
presença de corpo estranho.

• ƒ
Complexo: perda de tecido,
esmagamento, queimadura,
deslocamento de tecidos ou implantação
de corpos estranhos.

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FERIMENTOS
PRIMEIROS SOCORROS

Proteger a ferida contra traumas secundários


Conter sangramento
Evitar infecções

FERIMENTOS
O que fazer

Escoriações Lavar
Feridas incisivas Aproximar as bordas
Feridas lacerantes Controlar sangramento

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AMPUTAÇÃO

Verificar a necessidade de vacinação


antitetânica

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QUEIMADURAS

QUEIMADURAS
AGENTES CAUSADORES

Agentes físicos: térmicas, eletricidade, radiação


Agentes químicos: ácidos, bases
Agentes biológicos: lagartos, água viva, látex de plantas

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Primeiro grau (espessura superficial) – eritema solar:


Afeta somente a epiderme, sem formar bolhas.
Apresenta vermelhidão, dor, edema e descama em 4 a 6
dias.

Segundo grau (espessura parcial-superficial e profunda):


Afeta a epiderme e parte da derme, forma bolhas ou
flictenas.
-Superficial: a base da bolha é rósea, úmida e dolorosa.
-Profunda: a base da bolha é branca, seca, indolor e
menos dolorosa.
A restauração das lesões ocorre entre 7 e 21
dias.

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Terceiro grau (espessura total): Afeta a epiderme, a


derme e estruturas profundas.
É indolor.
Existe a presença de placa esbranquiçada ou enegrecida.
Não repiteliza e necessita de enxertia de pele (indicada
também para o segundo grau profundo).

EXTENSÃO DA QUEIMADURA

-Baixa: menos de 15% da superfície corporal atingida


-Média: entre 15 e menos de 40% da pele coberta
-Alta: mais de 40% do corpo queimado.

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Inalação
de Fumaça

Principal causa de óbito após queimadura

Lesão térmica das vias aéreas Lesão química de vias aérea e


sistêmica

Intoxicação por CO

QUEIMADURAS
O que fazer??

• Interrompa o processo de queimadura.


• Remova roupas, joias, anéis, piercings e próteses.
• Cubra as lesões com tecido limpo.

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QUEIMADURAS POR AGENTES QUÍMICOS

-Lesão progressiva: remova as roupas e retire o excesso


do agente causador.
• Remova previamente o excesso com escova ou panos
em caso de queimadura por substância em pó.
• Dilua a substância em água corrente por no mínimo 30
minutos e irrigue exaustivamente os olhos no caso de
queimaduras oculares.
• Entre em contato com o centro toxicológico mais próximo.

Lesões Traumato-Ortopédicas

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Fraturas ósseas
É uma interrupção na continuidade do osso.

Suspeita-se de fratura ou
lesão articular

• Dor intensa no local que aumenta ao menor movimento.


• Angulação ou curvatura anormal da região afetada
• Edema local.
• Crepitação ao movimentar.
• Hematoma
• Paralisia

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Fraturas
O que fazer??
· Observar o estado geral do acidentado, procurando lesões mais graves
com ferimento e hemorragia.
· Acalmar o acidentado
· Prevenir o choque hipovolêmico.
· Controlar eventual hemorragia e cuidar de qualquer ferimento, com
curativo, antes de proceder a imobilização do membro afetado.
· Imobilizar o membro, procurando colocá-lo na posição que for menos
dolorosa para o acidentado

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Tirar os movimentos das juntas acima e abaixo da lesão

Imobilização cervical

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Fraturas
O que fazer??

-Não tentar jamais recolocar o osso exposto de volta para


o seu lugar.
-Limpar o ferimento provocado pela exposição do osso.
- Não tocar no osso exposto.

Entorses e luxações

• São lesões dos ligamentos das articulações, onde estes esticam além
de sua amplitude normal rompendo-se

• Entorse: há uma distensão dos ligamentos, mas não há o


deslocamento completo dos ossos da articulação

• Luxação: deslocamento repentino das extremidades dos ossos de


uma articulação

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O que fazer???

-Colocar gelo
-Imobilizar
-“voltar” o osso para o lugar o mais rápido
possível, por profissional habilitado

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MORDEDURA DE ANIMAIS

Traumas físicos
Transmissão de infecções por bactérias, vírus, fungos

O que fazer??

• Lavar bem com água e sabão


• Imobilizar o membro afetado com elevação do mesmo
• Em caso de dúvidas sobre a contaminação com o vírus da raiva,
manter o animal sob observação por dez dias.
• Se animal apresentar sintomas da raiva, fugir, ou morrer,
providenciar, imediatamente, o tratamento anti-rábico da vítima.

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ANIMAIS PEÇONHENTOS

COBRAS

Acidente botrópico (grupo das jararacas):


-dor e inchaço no local da picada.
-Pode gerar manchas arroxeadas e sangramento pelos orifícios da
picada, além de sangramentos em gengivas, pele e urina.
-Este acidente pode evoluir causando infecção e necrose na região
da picada e também insuficiência renal.

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COBRAS
Acidente laquético (surucucu): este tipo de acidente apresenta quadro
similar ao acidente botrópico, mas também provoca vômitos, diarréia e
queda da pressão arterial.

COBRAS
Acidente crotálico (cascavel):
-Não há sinal evidente de lesão e a vítima tem sensação de
formigamento.
-O acidentado tem dificuldade em manter os olhos abertos, apresenta
aspecto sonolento, tem visão turva ou dupla e possui dores musculares
generalizadas.
-Urina escura.

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COBRAS

Acidente elapídico (coral verdadeira): neste tipo de acidente não é


possível notar alteração importante no local da picada. A vítima tem
quadro com visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto
sonolento.

ESCORPIÕES

Dor imediata, intensa, irradiada.


Náuseas, vômitos, dormência, lacrimejamento,
Salivação excessiva, palidez, sudorese, hipo ou
Amarelo Marrom
hipertermia, agitação.
Hipertensão arterial
Bradicardia
Choque
Isufuciencia renal Preto

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ARANHAS
Aranha Loxosceles (“aranha-marrom”): A picada costuma acontecer
quando a aranha é comprimida.
Ausentes ou dor local discreta.
Sintomas Tardios (>12-24 horas):
-Forma cutânea - dor local de intensidade crescente; sinais locais discretos,
evoluindo com vesículas e bolhas hemorrágicas, que necrosam e ulceram
(difícil cicatrização);
-hipertermia, náusea, mal estar, cefaléia, exantema
-Foram cutaneovisceral - (hemolítica) 1% a 13%: icterícia, hemoglobinúria,
insuficiência renal aguda, anemia hemolítica e trombocitopenia.

ARANHAS
Phoneutria (“armadeira”)
Dor intensa com irradiação, associada ou não a sudorese e a edema e eritema
locais, câimbra, mialgias, hiperreflexia e náusea. Nos casos graves: choque
neurogênico com sudorese fria, agitação, salivação, broncorréia, priapismo,
taquicardia e arritmias respiratórias.

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ARANHAS

Latrodectus (“viúva-negra”): provoca acidentes leves e moderados, além de


gerar contrações musculares, agitação e sudorese na vítima.

O que fazer??

• Lave o local da picada apenas com água ou com água e sabão


• Hidrate o acidentado com goles de água
• Não corte ou fure o local da picada
• Mantenha o local afetado voltado para cima
• Encaminhe o acidentado rapidamente ao serviço de saúde mais
próximo
• Não faça torniquete no local da picada.

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Centro de Controle de Intoxicações (CCI)

(44) 3011-9127

Atividades Realizadas
• Informações Toxicológicas
• Toxicovigilância
• Apoio clínico
• Banco de Soros e Antídotos –
• Ambulatório de Toxicologia – atende
indivíduos recém –intoxicados

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Atividades Realizadas
• Ambulatório de Saúde do Trabalhador –
atende trabalhadores expostos a agentes
químicos com prioridade para exposição ao
chumbo inorgânico, tintas/solventes e
agrotóxicos
• Ambulatório de Psicologia – atende recém-
intoxicados, tendo como circunstância da
intoxicação tentativa de suicídio, independente
da idade

Atividades Realizadas

• Programa de Visita Domiciliar ao


Intoxicado (PROVIDI) – indivíduos recém-
intoxicados, com prioridade para as
intoxicações infantis, tentativas de suicídio e
intoxicações que resultaram em internação
hospitalar e/ou observação clínica em pronto-
atendimentos

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Atividades Realizadas
• Programa de Investigação das Suspeitas de
Reações Adversas a Medicamentos (RAM) –
atende indivíduos que apresentaram suspeitas de
RAM, independente da faixa etária, hoje subordinado
ao Hospital Sentinela
• Programa de Identificação de Animais e
Plantas – pessoas que demandam a identificação
de animais, após acidente ou após constatação da
presença do animal / planta no ambiente

REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Especializada.
Cartilha para tratamento de emergência das queimaduras / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília
: Editora do Ministério da Saúde, 2012.
20 p. : il. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde)

Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ.


Vice Presidência de Serviços de Referência e Ambiente.
Núcleo de Biossegurança. NUBio
Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação
Oswaldo Cruz, 2003.

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