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Zoologia de vertebrados 1

CLASSE
CHONDRICHTHYES

Ligiane M. Moras
ligiane.moras@izabelahendrix.edu.br
Quimeras

Tubarões

Raias
Chondrichthyes

• Primeiro fóssil já apresentava muitas características


dos tubarões atuais (Cladoselache).

• Cerca de 850 espécies viventes conhecidas.


Chondrichthyes

• Quase todas as espécies são marinhas (apenas 28


espécies de água doce).

16 cm (Etmopterus perryi)
20 metros (Rhincodon typus, tubarão-baleia)
Chondrichthyes

Dois grupos atuais:

• Holocephali – quimeras (uma fenda


branquial de cada lado da cabeça).

• Elasmobranchii – tubarões e raias


(cinco ou sete fendas branquiais de
cada lado da cabeça).
Subclasse Holocephali

• Cerca de 50 espécies.
• < 2 metros de
comprimento.
• Profundidades > 80 m.
• Não possuem escamas.
• Apresentam opérculo
carnoso.
Subclasse Holocephali

Hydrolagus colliei

Chimaera sp

Harriotta sp
Holocephali
Holocephali

• Maxila fundida ao crânio com


grandes placas portando dentes
achatados (placas permanentes).

• Dieta: algas, crustáceos,


moluscos, equinodermos e
peixes.
Holocephali

• Aberturas urogenital e anal separadas.

• Espinho associado à glândula de veneno na


nadadeira dorsal.
Holocephali

• Presença de clásper e fertilização interna.

Ovos de Callorhinchus milii


Subclasse
Elasmobranquii

• > 1000 espécies;


• 28 espécies de raias de
água doce;
Elasmobranquii

• Clásper nos machos.

• Presença de cloaca.

• Escamas placóides.
Elasmobranquii - Tubarões
• Cerca de 510 espécies conhecidas.

• Carnívoros e pelágicos.
Elasmobranquii - Tubarões
• Rostro anterior e cauda heterocerca.

• Nadadeiras pares (peitorais e pélvicas) sustentadas


por elementos esqueléticos.
Elasmobranquii - Tubarões

• Nadadeiras pélvicas parcialmente modificadas em


clásper (machos);

• Nadadeira anal única presente ou ausente.


Elasmobranquii - Tubarões

• Narinas pares (bolsas de fundo cego) ventrais e


anteriores à boca.
Elasmobranquii - Tubarões

• Olhos laterais sem pálpebras


mas com membrana nictitante.
Elasmobranquii - Tubarões

Localizam as presas através de vários órgãos


especializados:
• 1 – Audição Pressão Olfato Audição
<100m >100m >1000m
Visão
• 2 – Olfato Tato, gosto
Percepção
elétrica <50 m <100m

• 3 – Pressão
• 4 – Visão
• 5 – Eletricidade
• 6 – Tato/gosto
Elasmobranquii - Tubarões

1 – Audição
• Conseguem ouvir frequências baixas (25 a 100 Hz)
– Mais de 1 km de distância.

• Ouvido interno localizado atrás e acima dos olhos.


– Informações sobre equilíbrio e captam sons.
Elasmobranquii - Tubarões

2 – Olfato
• Conseguem detectar concentrações de sangue
abaixo de uma parte por milhão.
Elasmobranquii - Tubarões
3 – Pressão
• Relacionado ao sistema de linha lateral;

• Unidade básica: neuromasto


Elasmobranquii - Tubarões
4 – Visão

• Sentido utilizado em curtas distâncias.

• Muitos bastonetes na retina e tapetum lucidum (células


ricas em cristais de guanina que refletem os raios
luminosos).
Elasmobranqui - Tubarões

5 – Eletricidade
• Ampolas de Lorenzini espalhadas
na região da cabeça.
Elasmobranquii - Tubarões

6 – Tato/gosto
• Muitas células quimiossensoriais (papilas gustativas)
na língua e na faringe.
Elasmobranquii - Tubarões

• Dentes sem raiz: membrana


conjuntiva prende os dentes às
cartilagens mandibulares.

• Dentes produzidos
anteriormente e empurrados
para a frente, à medida que a
membrana se desloca,
formando fileiras.
Elasmobranquii - Tubarões
Elasmobranquii - Tubarões

• O tubarão-baleia (Rhincodon typus) e o tubarão-


peregrino (Cetorhinus maximus) → Planctônicos
– Nunca utilizam seus dentículos cônicos!! Rastros branquiais
modificados filtram o plâncton enquanto engolem a água.

Maior tubarão do mundo!


20 m
Elasmobranquii - Tubarões

• Alguns carnívoros apresentam dentes cônicos, curtos e


fortes → quebrar conchas duras de moluscos (ex.
cação-anjo Squatina sp.)
Elasmobranquii - Tubarões

• Cinese craniana: ligação fraca


entre as cartilagens
mandibulares e o crânio.

– Ligamentos elásticos entre o


crânio e o processo etmóide.
Elasmobranquii - Tubarões

• O sistema digestivos dos tubarões é completo


(Cloaca).
Elasmobranquii - Tubarões

• Fígado com função de flutuabilidade (grandes e com


óleos de baixa densidade – sem bexiga natatória).

• Válvula espiral no intestino (retarda a passagem do


alimento e aumenta a superfície de absorção).
Elasmobranquii - Tubarões

• Glândula retal (exclusiva): secreta cloreto de sódio.


Elasmobranquii - Tubarões

• Todos apresentam fecundação interna – Clásper.

• Alguns clásperes apresentam ganchos para fixação na


fêmea.

• Não apresentam canal interno para a passagem do


esperma. O clásper é sulcado dorsalmente, por onde o
esperma flui.
Elasmobranquii - Tubarões

• Sistema reprodutor masculino


Elasmobranquii - Tubarões

• Sistema reprodutor feminino


Elasmobranquii - Tubarões
Elasmobranquii - Tubarões
• Espécies ovíparas, ovovivíparas e vivíparas.

– a) Ovíparas: ovos grandes com muita reserva


energética. Produção da casca por glândula
nidimental (bolsa de sereia). Desenvolvimento
entre 6-10 meses.
Elasmobranquii - Tubarões

• b) Ovovivíparas: ovos retidos no oviduto, onde se


desenvolvem. Eclodem dentro do oviduto, nascendo
filhotes formados. Cerca de 70% das espécies.
Elasmobranquii - Tubarões

• c) Vivíparas: embriões se desenvolvem em estreito


contato com as paredes do oviduto da mãe.
Elasmobranquii - Tubarões

• Não apresentam opérculo.

• Poucas espécies conseguem


respirar quando paradas.
– Espiráculos desenvolvidos:
bombeiam água para dentro da
cavidade branquial.
Elasmobranquii - Tubarões

• Ataques a humanos (90 ataques/ano; 12 fatais).

• No Brasil, de 1920 a 2002 foram registrados 92


ataques, com 25 mortes.

• Apenas 33 espécies das 360 conhecidas atacam o


homem.

• Comportamento de arquear o dorso e baixar as


nadadeiras peitorais é indicativo de ataque.
Elasmobranquii - Tubarões

• Chance: 1 em 94.900.000 (24% dos


ataques são provocados);

• Maioria dos ataques em águas


tropicais, com temperatura igual ou
superior a 21°C e profundidade
superior a 2 m.

• Dois tipos de ataques: “golpear e


correr” e “bater e morder”.
Elasmobranquii - Tubarões

• Brasil
– Década de 90;
– Nordeste
• Pernambuco
Elasmobranquii - Tubarões

Hazin et al., 2008


Elasmobranquii - Tubarões
• Repelentes químicos, surfactantes e elétricos
(produzem campos elétricos fortes). Redes nas praias
também são efetivas.
Elasmobranquii - Tubarões

Peixe-piloto (Naucrates ductor).

• Rêmoras (Remora remora ).


Elasmobranquii - Raias

• 650 espécies.

• Marinhas e de água-doce.

• Carnívoras (moluscos e crustáceos)


ou filtradoras.

• Tamanho variando entre 1,3 m e 6,5


m de largura.

• Bentônicas ou pelágicas.
Elasmobranquii - Raias
Elasmobranquii - Raias

• Dentes durofágicos com coroas achatadas, formando


placas dentígeras.

• Boca subterminal ou terminal.


Elasmobranquii - Raias

• Cauda alongada, que pode portar duas nadadeiras


dorsais e uma caudal ou cauda filamentosa, em
forma de chicote.
Elasmobranquii - Raias

• Nadadeiras peitorais muito desenvolvidas (“asas”).

• Jamantas (Família Mobulidae) apresentam


nadadeiras peitorais com prolongamentos na frente
de cada olho
– Comem plâncton.
Elasmobranquii - Raias

• Grandes áreas do corpo sem escamas ;

• Aberturas branquiais
situam-se no lado
inferior da cabeça, mas
os grandes espiráculos
situam-se no topo.
Elasmobranquii - Raias

• Raias-elétricas são peixes lentos, com grandes órgãos


elétricos em cada lado da cabeça.

• Tecido muscular modificado. As células produtoras


de eletricidade são chamadas eletrócitos.
Elasmobranquii - Raias

• Diferenças de potenciais
elétricos: descarga elétrica (íons
sódio).

• Eletrócitos descarregam-se
simultaneamente, criando
correntes que podem chegar a
200 volts.
Elasmobranquii - Raias

• Ovíparas (ovos iguais aos dos tubarões), ovovivíparas


ou vivíparas.

• Machos nadam próximo às fêmeas e tentam morder


as nadadeiras peitorais.

• Fêmeas podem evitar o acasalamento nadando de


cabeça para baixo na superfície.
Elasmobranquii - Raias

• Fertilização interna - clásper

• Gestação variável: entre 6 e 12 meses.

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