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Ficha de ampliação
Nome:
Procurar alimentos
Alguns animais dependem dos sentidos apurados na busca de alimento.
A   O dragão-de-komodo “cheira” o ar com a lín-
gua – O dragão-de-komodo, da Indonésia, deteta com a
língua o mais leve cheiro. O maior lagarto do Mundo ali-
menta-se quase sempre de carne em decomposição e con-
segue detetar uma carcaça apodrecida a mais de 400 m de
distância. Mas não é cheirando o ar que consegue fazê-lo,
é através da língua. Como todos os lagartos monitores, o
dragão-de-komodo, que pode atingir 3 metros de compri-
mento, tem uma língua bifurcada que movimenta perma-
nentemente para dentro e para fora, captando do ar
quantidades mínimas de odores. Quando a língua se
retrai, faz pressão num órgão especial, o órgão de Jacob-
son, situado no céu da boca, onde uma camada de células
sensíveis a substâncias químicas permite ao animal deci-
frar os odores.
B   Orelhas grandes para ouvir melhor – A raposa-
-de‑orelhas-de-morcego do Sul e do Leste de África usa a
audição para encontrar alimento. Em grupos familiares
de quatro a seis, as raposas espalham-se pela savana para
caçar. De vez em quando, param com o focinho a apontar
para o solo, as orelhas inclinadas para a frente, e põem-se
à escuta, virando levemente a cabeça de um lado para o
outro para ouvirem melhor. Assim, conseguem ouvir as
térmites que se deslocam nos seus túneis e até as larvas
de escaravelho a mascarem no meio do estrume. Quando
localiza um som que lhe agrada, a raposa escava com as
patas anteriores e põe a presa a descoberto. Os inverte-
brados, como as térmites e as suas larvas, são vulgares na
dieta da raposa‑de-orelhas-de-morcego, mas os ratos,
lagartos, pequenas cobras, aranhas e centopeias também
entram no cardápio. A raposa também apanha insetos à
superfície, mas só se eles se mexem ou fazem algum som.
Um inseto que fique imóvel e silencioso passa completa-
mente despercebido.
1 Identifica as adaptações na procura de alimento:
do dragão-de-komodo.
1.1. dos alfaiates.
da raposa-de-orelhas-de-morcego.
1.2. dos morcegos-de-peluche.
2 Justifica se as interações descritas nos textos são intraespecíficas ou interespecíficas.
3 “Nas interações de predação, predadores e presas tentam ludibriar-se mutuamente.” Justifica a
afirmação utilizando um exemplo que conheças.
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N.º Turma:
C   Cálculo mental – Os alfaiates (Gerris thoracicus)
VT8DP © Porto Editora
são insetos matemáticos inatos. Eles descobrem as suas
presas através da deteção da ondulação produzida na
água pelos insetos que ficam a boiar na camada superfi-
cial dos lagos. Um alfaiate compara o tempo que uma
pequena onda leva a chegar às patas adjacentes ou às
patas dos lados opostos do corpo e faz um cálculo-relâm-
pago da direção de onde ela surgiu. Então, apoiado no ar
que fica preso nas densas almofadas de pelo em quatro
das suas seis patas, desliza velozmente sobre a água,
“remando” com as longas patas centrais, enquanto as
patas posteriores funcionam como leme. Depois, agarra a
presa com as patas da frente, mais curtas, trespassa-a
com a sua armadura bocal perfurante e suga-lhe os flui-
dos corporais.
D   Refeições e meteorologia – O morcego-anão
(Pipistrellus pipistrellus) tem um barómetro incorporado.
Com ele, este habitante das grutas de várias regiões do
Globo, incluindo Portugal, consegue perceber se lá fora o
tempo está ou não favorável para ir à caça de insetos voa-
dores. Este morcego dispõe de um órgão sensor, o órgão
vitali, situado no ouvido médio, capaz de avaliar a pressão
atmosférica. Quando a pressão está alta, os morcegos
ficam nas grutas, porque os insetos que gostam de caçar
não conseguem voar. Quando a pressão baixa, os morce-
gos sabem que o número de presas aumenta; saem então
das grutas e partem à caça. Capturando uma média de
oito a nove insetos por minuto, um morcego consegue
consumir mais de 1 g de insetos por hora – cerca de um
quinto do peso do seu corpo. Este facto faz do morcego-
-anão um dos mais eficientes morcegos caçadores.
1001 Maravilhas da Natureza (adaptado)
1.3.
1.4.
2/5/14 5:22 PM