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REPÚBLICA DE ANGOLA

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COMUNICADO DE IMPRENSA CONJUNTO

O Ministério das Finanças, o Ministério do Comércio e a Administração Geral Tributária


informam que entrou em vigor no passado dia 1 de Outubro do corrente ano, o IVA - Imposto
sobre Valor Acrescentado, que é aplicado sobre o consumo de bens e serviços e sobre as
importações.

Para esclarecer as dúvidas que subsistem no seio da população, sobretudo relacionadas com a
subida de preços de vários produtos e serviços, a AGT destacou vários funcionários que têm
interagido directamente com os contribuintes nos mercados, armazéns, lojas, restaurantes,
grandes superfícies e órgãos de comunicação social.

Estas brigadas de sensibilização serão reforçadas por funcionários da Inspecção Geral do


Comércio e do INADEC com o objectivo de continuar a esclarecer os contribuintes e corrigir os
que estiverem a calcular o imposto erradamente.

No entanto, os efectivos do Serviço de Investigação Criminal irão integrar igualmente as equipas,


na segunda fase deste processo a fim de tomarem as medidas legalmente previstas nos casos
em que se revele reincidência ou manifesta má fé.

Aproveitamos informar que estas equipas têm constatado várias situações de que destacaríamos
as seguintes:

1. Contribuintes que aderiram ao Regime Geral do IVA e, portanto, devem incluir o IVA nas
suas facturas;

1.1 Alguns contribuintes que aderiram ao Regime Geral do IVA mantiveram o Imposto de
Consumo (na generalidade,10%) e o Imposto de Selo de 1% e acrescentaram o IVA de
14%. Esta prática é errada pelo que recomendamos a retirada do Imposto de Consumo e
de Selo nas suas facturas uma vez que deixaram de estar em vigor;

2. Os Contribuintes de Regime Transitório e o de Não Sujeição, portanto não enquadrados


no Regime Geral do IVA não devem incluir o IVA nas suas facturas. Devem retirar dos
preços das suas mercadorias o Imposto de Consumo, pois não têm que no final do mês,
entregar os valores correspondentes à cobrança deste imposto nas Repartições Fiscais.
Os preços dos seus produtos devem baixar.

2.1 O Executivo reitera que não existe qualquer fundamento para o aumento de preços,
particularmente nos produtos da cesta básica, nomeadamente o açúcar, arroz, óleo
alimentar, feijão, leite, farinha de trigo, fuba de milho e bombó pois estes produtos estão
isentos de IVA. Por isso, nenhum comerciante deve incluir na sua factura o IVA na venda
dos referidos produtos. Logo os seus preços devem manter-se;
REPÚBLICA DE ANGOLA
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2.2 Não existe razão para o aumento do preço do pão uma vez que a farinha de trigo (matéria
prima) está isenta e as padarias estão no Regime de Não Sujeição;

2.3 No tocante ao peixe, frutas nacionais e outras mercadorias adquiridas a pescadores ou


camponeses, entendemos que estes não devem alterar o preço porque os pescadores e
os camponeses não pagam o IVA. Adicionalmente, o combustível também está isento do
IVA;

2.4 Quanto aos produtos como postiço, perucas e vestuário, a taxa de Imposto de Consumo
destes produtos era de 30% acrescido de 1% do Imposto de Selo. Considerando a taxa
de 14% do IVA, o preço destes produtos deve reduzir 17%;

2.5 Finalmente, gostaríamos de esclarecer que as operações bancárias como depósitos e


levantamentos não estão sujeitos ao IVA. O IVA aplica-se apenas às comissões bancárias
cobradas pelos bancos comerciais.

O Ministério das Finanças, o Ministério do Comércio e a Administração Geral Tributária


tranquilizam assim a população e apelam aos agentes económicos maior rigor na execução das
regras tributárias.

Apelamos igualmente à sociedade em geral para que denuncie os agentes económicos que
pratiquem aumentos e especulação de preços através dos contactos:

Disque Denúncia: 991158193 / 991158194

Central de Atendimento ao Contribuinte: 923 167272

Email: denúncias.gaii.agt@minfin.gov.ao

Luanda, 3 de Outubro de 2019

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