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POR QUE O TRABALHO FOI

REALIZADO?
O trabalho foi realizado durante o 4º Ciclo do
Programa de Fiscalização em Entes
Federativos (FEF).
Ministério da Transparência e
Controladoria-Geral da União

RELATÓRIO Nº 201700033
QUAIS AS CONCLUSÕES
ALCANÇADAS? QUAIS
QUAL FOI O RECOMENDAÇÕES FORAM
TRABALHO EMITIDAS?
REALIZADO?
Verificou-se, por meio do presente trabalho,
O presente trabalho visou que, embora os equipamentos e materiais
verificar a execução do permanentes tenham sido adquiridos como
Convênio nº 814910/2014, previstos, parte destes ainda não tinha sido
firmado entre o Ministério da entregue e parte estava sem utilização
Saúde (MS) e a Associação dependendo de obras arquitetônicas a cabo da
Hospitalar de Sergipe para entidade beneficiada. Com base nos exames
aquisição de equipamentos e realizados, conclui-se que a aplicação dos
materiais permanentes para o recursos federais não está totalmente adequada
Hospital Nossa Senhora da e exige providências de regularização por parte
Conceição em Lagarto/SE, no dos gestores federais, no sentido de que os
valor de R$ 2.943.000,00. equipamentos adquiridos possam ser
aproveitados no menor prazo possível.

Secretaria Federal de Controle Interno


Unidade Examinada: ASSOCIACAO HOSPITALAR DE
SERGIPE

Introdução
1. Introdução

Os trabalhos de campo foram realizados no período de 23 a 26 de janeiro de 2017 sobre a


aplicação de recursos federais do programa 2015 - Fortalecimento do Sistema Único de Saúde
(SUS) / 8535 - Estruturação de Unidades de Atenção Especializada em Saúde no município de
Lagarto/SE.

Os exames foram realizados em estrita observância às normas de fiscalização aplicáveis ao


Serviço Público Federal, tendo sido utilizadas, dentre outras, técnicas de inspeção física e
registros fotográficos, análise documental e realização de entrevistas.

A ação fiscalizada destina-se a Verificação da execução do Convênio nº 814910/2014, que foi


firmado entre o Ministério da Saúde (MS) e a Associação Hospitalar de Sergipe para aquisição
de equipamentos e materiais permanentes para o Hospital Nossa Senhora da Conceição em
Lagarto/SE.

Os executores dos recursos federais foram previamente informados sobre os fatos relatados,
tendo se manifestado em 14 de fevereiro de 2017, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos
pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas,
bem como à apuração das responsabilidades.
1.1. Informações sobre a Ação de Controle

Ordem de Serviço: 201700033


Número do Processo: 00000.000000/0000-00
Município/UF: Lagarto/SE
Órgão: MINISTERIO DA SAUDE
Instrumento de Transferência: Convênio - 56472/2014
Unidade Examinada: ASSOCIACAO HOSPITALAR DE SERGIPE
Montante de Recursos Financeiros: R$ 2.943.000,00

2. Resultados dos Exames

Os resultados da fiscalização serão apresentados de acordo com o âmbito responsável pela


tomada de providências para saneamento das situações encontradas, bem como pela existência
de monitoramento a ser realizada por este Ministério.

2.1 Parte 1

Os fatos apresentados a seguir destinam-se aos órgãos e entidades da Administração Pública


Federal - gestores federais dos programas de execução descentralizada. A princípio, tais fatos
demandarão a adoção de medidas preventivas e corretivas por parte desses gestores, visando
à melhoria da execução dos Programas de Governo ou à instauração da competente Tomada
de Contas Especial, as quais serão monitoradas pelo Ministério da Transparência,
Fiscalização e Controladoria-Geral da União.

2.1.1. Atraso na construção de três salas de Centros Cirúrgicos para realização de


cirurgias a vídeo e cirurgias de alta complexidade direcionadas a ortopedia.

Fato

O Convênio nº 814910/2014 foi firmado entre o Ministério da Saúde (MS) e a Associação


Hospitalar de Sergipe em 09 de dezembro de 2015, com vigência até 19 de novembro de 2016,
para aquisição de equipamentos e materiais permanentes para unidade de atenção
especializada em saúde (Hospital Nossa Senhora da Conceição), tendo havido prorrogação da
vigência até 20 de março de 2018.

De acordo com a cláusula quinta do convênio e respectivos plano de trabalho e projeto, os


recursos somam o total de R$ 2.943.000,00, cabendo ao concedente a disponibilização do
valor total, não havendo previsão de contrapartida financeira a ser aportada pelo convenente.

A totalidade dos recursos previstos foi disponibilizada em parcela única em 08 de abril de


2016.
Parte dos materiais e equipamentos serão utilizados nas três novas salas dos centros cirúrgicos,
que serão construídas, por meio do Convênio nº 778766/2012, firmado em 13 de fevereiro de
2013, entre o Ministério da Saúde (MS) e a Associação Hospitalar de Sergipe, contudo, as
obras de construção destas novas salas ainda não foram iniciadas.

Os seguintes materiais, já foram adquiridos mas dependem da construção das salas para serem
utilizados:

- 01 Foco cirúrgico de teto;


- 01 Analisador de gases respiratórios;
- 02 Lavadoras ultrassônicas;
- 01 Bipap;
- 04 Serras perfuradoras ósseas;
- 21 Bombas de Infusão;
- 03 Sistemas de vídeo laparoscopia/endoscopia rígida;
- 02 Ventiladores Pulmonares;
- 02 Cardioversores;
- 01 Ultrassom; e
- 02 Aparelhos de Anestesia.

O quadro a seguir mostra alguns equipamentos adquiridos e ainda não instalados:

Quadro – Equipamentos ainda embalados.

Bombas de Infusão (Lagarto/SE - 25/01/2017) Serra Perfuradora Óssea (Lagarto/SE - 25/01/2017)


Foco cirúrgico de teto (Lagarto/SE - 25/01/2017) Ventilador Pulmonar (Lagarto/SE - 25/01/2017)

Outros equipamentos já foram contratados e aguardam a entrega pelos fornecedores, tais


como:
- Mesa Cirúrgica Elétrica;
- Monitor de Pressão Intracraniana-
- Bisturi Elétrico;
- Sistema Holter analisador e gravador
- Sistema de Vídeo Endoscopia Flexível; e
- Aparelho de densitometria óssea

Esses equipamentos, adquiridos entre os meses de agosto e novembro de 2016, estão sem
prazo previsto para instalação e utilização, por aguardar a construção das salas cirúrgicas, que
podem ultrapassar o prazo de doze meses para entrarem operação, fato que pode resultar na
perda da garantia de fábrica antes mesmo de sem utilizados, além do risco de sofrerem algum
dano durante este período de armazenamento.
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Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício 20, de 14 de fevereiro de 2017, o Presidente da Associação Hospitalar de


Sergipe apresentou a seguinte manifestação:
“Antes da efetiva concretização da construção das novas salas do centro cirúrgico, a legislação
estabelece determinados trâmites burocráticos a serem cumpridos que visam a legalidade e
segurança do empreendimento. Devido a essa quantidade de etapas prévias que este
nosocômio vem obedecendo é que ainda não se findou a construção das salas e consequente
utilização dos equipamentos.

Para melhor esclarecimento, destacamos quais são esses procedimentos em ordem sequencial:

• Confecção do Projeto Arquitetônico, observando-se requisitos técnicos e de


segurança;
• Encaminhamento do projeto ao Corpo de Bombeiros para que proceda a aprovação
do projeto de incêndio;
• Encaminhamento de toda a documentação para a Prefeitura Municipal com o fito
de liberar o início das obras.
• Análise dos projetos complementares de instalação de gases, bombeiro e tratamento
de afluentes pela Caixa Econômica.

Impende frisar que a Associação já cumpriu a primeira fase - Projeto arquitetônico - e que
neste momento está em curso a aprovação pelo Corpo de Bombeiro do projeto de incêndio
(cópia do formulário de entrega em anexo), como também já estão em análise pela Caixa
Econômica os projetos de complementares.

Finalizadas as fases acima descritas, restará somente a aprovação da Prefeitura Municipal para
que se executem as obras, sendo que a partir da sua largada, a conclusão se operará no prazo
máximo de 06 meses.

Cumpre destacar que esta associação está medindo esforços para que se realizem as obras no
mais curto espaço de tempo possível e que a morosidade que se acometeu até a presente data
é justificada pela obediência aos constantes reajustes exigidos pelos órgãos acima
identificados.”
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Análise do Controle Interno

Não há razoabilidade no transcurso de mais de 48 meses entre a apresentação e aprovação do


Projeto Básico junto à Caixa Econômica federal para assinatura do convênio e aprovação das
alterações exigidas pelos Órgãos responsáveis por autorizarem a execução das obras.

Os equipamentos ficarão sem uso por mais doze meses após a entrega, apesar da informação
do gestor que todos os esforços estão sendo empreendidos a fim de concluir a construção das
salas cirúrgicas em seis meses após o início da execução.
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2.2 Parte 2

Não houve situações a serem apresentadas nesta parte, cuja competência para a adoção de
medidas preventivas e corretivas seja do executor do recurso federal descentralizado.

3. Consolidação de Resultados
Com base nos exames realizados, conclui-se que a aplicação dos recursos federais não está
totalmente adequada e exige providências de regularização por parte dos gestores federais, no
sentido de que os equipamentos adquiridos possam ser aproveitados no menor prazo possível.

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